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Ramos da Geomorfologia

De descritiva e classificatória na sua origem, a geomorfologia evoluiu, como qualquer


outra ciência, para o estudo das causas e inter-relações entre processos e formas. Esta
abordagem, conhecida como a "geomorfologia dinâmica", tem se beneficiado muito dos
avanços tecnológicos, da redução de custos em equipamentos de medição e do aumento
exponencial do poder de processamento dos computadores. A geomorfologia dinâmica é
fundamental no estudo dos processos de erosão e transporte de sedimentos.
A geomorfologia climática estuda a influência do clima sobre a evolução do relevo. O clima
é responsável pelos ventos e precipitação, que agem na modelagem contínua da superfície
da Terra. A diversidade climática implica velocidades diferentes na evolução do ciclo: em
climas áridos, o ritmo evolutivo é mais lento, enquanto climas muito úmidos apresentam
maiores taxas de evolução. A modelagem climática depende ainda dos fatores
predominantes em cada região: gelo, vento, rios ou outros. Este conhecimento é resumido
no que se chama de "domínios morfoclimáticos".
A geomorfologia fluvial é o ramo especializado da geomorfologia que lida com o estudo
das formas e estruturas provocadas pela dinâmica dos rios. Este subcampo é muitas vezes
confundido com o campo da hidrografia.
A geomorfologia de encostas (vertentes) é a que estuda os fenômenos produzidos no
sopé das montanhas, os movimentos de massa, estabilização de encostas e outros. Tem
grande importância para o estudo dos riscos naturais.
A geomorfologia eólica estuda os processos e formas provocados pelo vento,
especialmente em domínios morfoclimáticos onde o vento é predominante, por exemplo,
nas zonas costeiras, desertos quentes e frios e regiões polares.
A geomorfologia glacial estuda as formações e os processos causados pelas geleiras e
alívio periglacial. Este ramo é estreitamente ligado à Glaciologia.
A geomorfologia estrutural, coloca o ênfase na influência dos processos geológicos no
desenvolvimento do relevo. Esta disciplina é importante em áreas com forte atividade
geológica, onde falhas e dobras podem predeterminar a existência de picos ou vales, ou a
existência de baías e promontórios, ou outros afloramentos rochosos mais ou menos
resistentes à erosão.
O sucesso da capacidade preditiva de alguns modelos e suas aplicações potenciais nas
áreas de planejamento urbano, engenharia civil, estratégia militar, desenvolvimento costeiro,
entre outros, forjou nas últimas décadas a "geomorfologia aplicada", mais proeminente na
geografia francesa graças ao Instituto do Geografia Aplicada, fundado por Jean Tricart. Esta
aplicação concentra-se principalmente na interação entre as atividades humanas e as
formas de terra, com ênfase na gestão dos riscos causados pelas mudanças na superfície
terrestre (natural ou induzida), conhecidos como "georriscos". Esses estudos incluem
movimentos de massa, erosão das praias, atenuação das inundações, maremotos e outros.
A geomorfologia estrutural é uma área de estudo da geomorfologia que registra a relação
entre o relevo e a composição geológica. A geomorfologia estrutural enfatiza a influência
das estruturas geológicas no desenvolvimento do relevo. Esta disciplina é muito importante
em áreas com forte atividade geológica em que falhas e dobras predeterminam a existência
de picos ou vales, ou a existência de baías e promontórios.

Um cabo, promontório, ponta ou pontal é um acidente geográfico formado por uma massa
de terra que se estende por um oceano ou mar que lhe está adjacente. Um cabo, em geral,
tem mais importância que um promontório e muitas vezes exerce influência
sobre correntes costeiras e outras características oceanográficas de seu meio. Um cabo,
portanto, é uma península estreita.

Alguns cabos são especialmente famosos, denotando pontos importantes


dos continentes ou ilhas em que se situam (p. ex.: Cabo Frio). A navegação efetuada entre
cabos sem que se perca contacto visual com a costa denomina-se cabotagem.

O relevo de todas as partes do mundo apresenta saliências e depressões oriundas das eras
geológicas passadas. Estas saliências e depressões conhecidas como acidentes de
primeira ordem configuram as montanhas, planaltos, planícies e depressões; além desses
acidentes existem outros menores: as chapadas, as cuestas e as depressões periféricas.
Estes acidentes resultaram da ação de dois tipos de agentes ou fatores do relevo. De origem
interna, que recebe o nome de endógenos (vulcanismo, tectonismo e outros) e de origem
externa, com o nome de exógenos (água
corrente, temperatura, chuva, vento, geleiras, seres vivos).
A história do planeta divide-se em eras geológicas, períodos, épocas e idades, não sendo
proporcional a duração entre elas.
Sendo a crosta terrestre a base da estrutura geológica da Terra, várias rochas passam a
compor esta estrutura e distinguem-se conforme a origem: magmáticas , sedimentares e
metamórficas.
A disposição destas rochas determina três diferentes tipos de formações:

1. Escudos Antigos ou Maciços Cristalinos

São blocos imensos de rochas antigas. Estes escudos são constituídos por rochas
cristalinas (magmático-plutônicas), formadas em eras pré-cambrianas, ou por rochas
metamórficas (material sedimentar) do Paleozoico, são resistentes, estáveis, porém
bastante desgastadas.

2. Bacias Sedimentares
São depressões relativas, preenchidas por detritos ou sedimentos de áreas próximas. Este
processo se deu nas eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica, contudo ainda ocorrem nos
dias atuais. Associam-se à presença de petróleo, carvão, xisto e gás natural.

3. Dobramentos Modernos

São estruturas formadas por rochas magmáticas e sedimentares pouco resistentes; foram
afetadas por forças tectônicas durante o Terciário provocando o enrugamento e originando
as cadeias montanhosas ou cordilheiras.
Em regiões como os Andes, as Montanhas Rochosas, os Alpes, o Atlas e o Himalaia, são
frequentes os terremotos e as atividades vulcânicas. Apresentam também as maiores
elevações da superfície terrestre. Os dobramentos resultam de forças laterais ou horizontais
ocorridas em uma estrutura sedimentar que forma as cordilheiras. As falhas resultam de
forças, pressões verticais ou inclinadas, provocando o desnivelamento das rochas
resistentes.

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