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10732-Texto Do Artigo-31812-1-10-20180508
10732-Texto Do Artigo-31812-1-10-20180508
POSSIBILIDADES DE CONTROLE
Resumo: O trabalho objetivou verificar o nível de conhecimento dos alunos do EJA – Educação de
Jovens e Adultos – sobre a dengue. Buscou-se saber se os escolares conheciam a doença em todos
os aspectos: transmissão, etiologia, sintomas, profilaxia e tratamento, além das causas de ocorrência
de epidemias, a origem do mosquito Aedes Aegypti e os hábitos e atitudes que contribuem para
reduzir a proliferação do inseto transmissor. A pesquisa caracterizou-se como bibliográfica e, também,
aconteceu no campo de forma descritiva e explicativa. O campo foi realizado em um Colégio
Estadual, localizado na cidade de Goiânia/GO. Para coleta dos dados utilizou-se a entrevista
semiestruturada. Constatou-se que os alunos têm conhecimento parcial sobre a infecção. O
percentual de alunos ou familiar que já teve dengue é elevado e demonstra que, os conhecimentos
básicos não são suficientes para evitá-la. As campanhas de prevenção para a doença enfatizam a
higienização do ambiente, com informações para promover mudanças de hábitos domésticos, o que
têm-se mostrado ineficientes. São desconsiderados os determinantes sociais e culturais. Há
tendência de responsabilizar as pessoas pela contaminação, em função da não eliminação dos
criadouros do vetor.
Introdução
Os sujeitos que fizeram parte do estudo foram vinte alunos, sendo sete do
sexo masculino e treze do sexo feminino. Todos os participantes são alunos da
turma do 4º Período noturno do EJA de um Colégio Estadual de Goiânia Goiás.
Referente ao entendimento dos alunos sobre o que é dengue, observa-se na
figura 1 que quase todos os alunos responderam que dengue é uma doença.
Somente duas pessoas referem a dengue como sendo o próprio mosquito Aedes
Aegypti. No entanto, este é o vetor da dengue e não a doença.
Figura 1: Demonstrativo sobre entendimento por dengue.
10%
Transmissão da dengue
70% Transmissão da Dengue
30%
Sintomas da Dengue
85% Sintomas da Dengue
15%
Febre, dor de cabeça, nas articulações e nos Dor de cabeça e no corpo e febre.
olhos, manchas vermelha, diarreia, vômito e
fraqueza geral.
30%
Não deixar água parada e limpeza do Eliminar possíveis criadouros, como pneus,
quintal pets, limpar calhas, tampar caixas d'água e
piscinas.
30%
15%
65%
35%
Sim Não
Fonte: Autor (2017).
O ciclo de vida do Aedes Aegypti compreende três fases distintas: a fase de
ovo, a fase aquática e a fase adulta. A fase de ovo pode ser encontrada,
preferencialmente, nas paredes verticais dos criadouros. A fase aquática começa
com as larvas bem pequenas e vão crescendo de tamanho, na medida que o
mosquito se alimenta dos recursos disponíveis até passar para a fase de pupa. A
fase de pupa ocorre a metamorfose do inseto para a fase adulta (IOC/FIOCRUZ,
2016).
Com esses resultados verifica-se que os alunos entendem a dengue como
sendo uma doença, e, a dengue hemorrágica como o estágio mais grave da doença
em que ocorrem sangramentos. Que é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti.
Os alunos descreveram como sintomas da dengue febre, dor de cabeça, nas
articulações e nos olhos, diarreia, vômito e fraqueza geral. Quanto ao diagnóstico, e
tratamento, para os entrevistados, o diagnóstico é feito através de exame de sangue
e pelos sintomas de febre e dor. O tratamento é à base de repouso, hidratação e
analgésico. Como medida de prevenção, disseram que para prevenir a dengue
consiste em não deixar água parada e fazer a limpeza do quintal. Praticamente
todos os entrevistados tiveram dengue ou alguém de sua família. Metade dos alunos
receberam informações sobre a dengue pela televisão. Para os alunos a dengue
atrapalha as atividades escolares porque devido as faltas, perde-se muitos
conteúdos, prejudicando o desempenho em todas as disciplinas. E, grande parte dos
alunos participantes da pesquisa, não têm conhecimento sobre o ciclo de vida do
Aedes Aegypti.
Considerações Finais
Verificamos com este estudo que os alunos têm conhecimento parcial sobre a
dengue. O percentual de alunos ou familiar que já teve dengue é bastante elevado,
isso demonstra que os conhecimentos básicos sobre a dengue, não foram
suficientes para evitar a doença. As campanhas de prevenção da dengue enfatizam
a higienização do ambiente, as informações sobre a dengue na tentativa de mudar
hábitos domésticos mostram-se pouco eficientes. Ignoram os determinantes sociais
e culturais e tendem a responsabilizar as pessoas por contrair a dengue, por não
eliminar os criadouros do vetor. Nesse sentido, É necessário que as ações no
controle da dengue considerem os fatores sociais, culturais, políticos e econômicos.
Agradecimentos
Referências