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Disciplina: Conversão eletromecânica de energia II

Aula 2: Eletromagnetismo

Apresentação
Desde os tempos mais remotos, os fenômenos elétricos são analisados. Na tentativa
de explicá-los, muitas questões absurdas já foram levantadas.

Mas quando esses fenômenos se tornaram foco de estudos acadêmicos, a eletricidade


pôde ser mais bem compreendida. Houve grande avanço científico na área,
principalmente devido ao emprego de tecnologias.

Nesta aula, trataremos deste tema: a eletricidade – conjunto de diversos fenômenos


que envolvem um fluxo de cargas elétricas.

Como exemplos observados de maneira indireta, podemos citar uma descarga da


atmosfera e o acúmulo de cargas estáticas. De forma indireta, destacamos o
aquecimento da água em um chuveiro elétrico, um ferro de passar roupas, um som
produzido em alto-falante etc.

Vamos entender melhor os princípios da eletricidade?

Objetivos
Identificar os principais fenômenos elétricos, as interações entre cargas elétricas
e campo elétrico;
Listar os principais fenômenos magnéticos, as forças magnéticas e as interações
entre os campos magnéticos;
Explicar as interações entre eletricidade e magnetismo, com base nas relações
matemáticas dos fenômenos elétricos e magnéticos à luz das equações de
Maxwell.
Conceitos fundamentais
A matéria não possui carga. Por isso, é considerada eletricamente neutra.

A quantidade de partículas subatômicas, responsáveis por definir a quantidade


e o sinal da carga, são iguais.

A imagem a seguir apresenta uma ilustração didática da estrutura atômica da


matéria:

 Figura 1: Visão didática do átomo.


O núcleo é composto de prótons e nêutrons, e os
elétrons o orbitam.

Como você pode observar na figura 1, o quantitativo das partículas elétrons e


prótons é igual.

Esse modelo atômico foi idealizado após os experimentos desenvolvidos por


Thomson, que possibilitaram a constatação de partículas com
comportamentos opostos quando submetidas a determinadas experiências.

Essas partículas foram denominadas, de forma arbitrária, da seguinte


maneira:

Elétrons

Partículas de carga elementar de sinal negativo (-).


Prótons

Partículas de carga elementar de sinal positivo (+).

Nêutrons

Partículas sem carga.

As cargas elétricas são obtidas de três modos distintos:

Atrito

Contato

Indução elétrica

Nosso foco de estudo é a indução, ou seja, a forma de gerar cargas elétricas.


As imagens a seguir apresentam os processos para essa geração:

 Figura 2: Processo de eletrização por indução.

Aqui, observamos que, ao aproximar uma esfera carregada (indutor) de uma


neutra (induzido), as cargas de sinais opostos do induzido são atraídas para
a superfície próxima ao indutor, e as cargas de sinais iguais são repelidas para
a extremidade oposta do induzido.
repelidas
Figura 3: Após o aterramento, as cargas
do indutor descem por ele e são
descarregadas junto à Terra.

Força elétrica e campo elétrico

A força elétrica é uma das quatro forças fundamentais da natureza. Em


algumas literaturas, é chamada de interação eletromagnética.

Essa força se manifesta pela interação dos campos elétricos gerados pelas
próprias cargas. Em outras palavras, as cargas produzem campos de natureza
elétrica, e as linhas de campo interagem, produzindo uma força elétrica: a
força de campo.

A força elétrica pode ser atrativa ou repulsiva, o que depende do sinal das
cargas. Para aquelas de mesmo sinal, a força é de repulsão. Para aquelas de
sinais opostos, a força é de atração.

As imagens a seguir apresentam as linhas de campo elétrico de cargas


positivas e negativas e a interação entre elas:

 Figura 4: Linhas de campo elétrico


Aqui, as linhas de campo elétrico das cargas positivas são orientadas para fora
das cargas, e as linhas de campo elétrico das cargas negativas são orientados
para dentro delas.

 Figuracargas
5: Interação entre linhas de campo das
positivas e negativas

Já neste caso, as linhas de campo interagem entre si, produzindo uma força
de natureza elétrica. Empiricamente, a interação entre as cargas segue
algumas proporcionalidades, tais como:

Intensidade da carga

As forças são diretamente proporcionais aos valores de cada carga.


Assim, temos:

F ∞q1 e F ∞q2

Quanto maior for a carga, maior será a força elétrica.

Distância entre as cargas

Observe a seguinte relação:

 Figura 6: Relação de distância entre cargas


Essa relação tem como objetivo verificar a intensidade da força elétrica
mediante a distância entre as cargas. Assim, temos:

1
F∞ 2
r

Aqui, as forças são inversamente proporcionais ao quadrado da distância


entre as cargas. Quanto maior for essa distância, menor será a
intensidade das forças elétricas.

Considerando as relações de proporcionalidade e fazendo uma combinação


entre elas, temos as seguintes funções vetoriais:

q1 q2
(1) F = k0 2
r

(2) ⃗ 
F = q. E
⃗ 

Onde:

• F = força medida em Newton (N);


• Q = carga medida em Coulomb (C);
• K = constante de permeabilidade elétrica medida em Newton metro
quadrado por Coulomb quadrado (N.m²/C²);
• E = campo elétrico medido em Newton por Coulomb (N/C) ou Volt por metro
(V/m).

A equação 1 demonstra que duas cargas elétricas interagem, produzindo


força elétrica proporcional aos valores das cargas e inversamente proporcional
ao valor da distância que as separa.

A equação 2 demonstra que, quando uma carga elétrica está imersa em um


campo elétrico gerado por outra carga, aquela fica sob a ação de uma força
elétrica que é proporcional ao valor tanto da carga quanto do campo elétrico.
Campo magnético

Um campo magnético pode ser observado em uma região em volta de um ímã


natural, em que há interações de natureza magnéticas. Esse campo é
representado por um vetor chamado de vetor indução magnética.

Comparando com a eletricidade, já sabemos que uma carga produz campo


elétrico a seu redor, do mesmo modo que um ímã gera campo magnético em
volta dele.

A particularidade no ímã é a inexistência de um monopolo no campo


magnético. Afinal, neste, sempre haverá um dipolo magnético com polos
opostos, produzidos em um mesmo ímã.

As interações que ocorrem ao redor dos imãs são verificadas em outros imãs
ou em matérias que ficam submetidas às linhas de campo magnético,
denominadas ferromagnéticas ou paramagnéticas.

A imagem a seguir apresenta as linhas de campo magnético gerado pelo ímã


natural:

 Figura 7: Ímã natural e suas linhas de campo

Aqui, notamos o vetor indução magnética (B) tangente às linhas de campo


magnético.

Comentário

Esse vetor é medido no Sistema Internacional de Unidades (SI) como


Testa (T).

Outra maneira – não natural – de gerar linhas de campo magnético é com a


passagem de uma corrente elétrica por um condutor. Cargas elétricas em
movimento produzem linhas de campo magnético com o vetor indução
magnética também perpendicular a essas linhas.

A imagem a seguir apresenta o comportamento das linhas de campo


magnético ao redor de um condutor quando percorrido por um fluxo orientado
de cargas elétricas:

 Figura 8: Linhas de campo magnético


produzido uma corrente elétrica que atravessa um
condutor.

Neste caso, as linhas de campo são as que circulam o condutor, e o vetor


indução magnética é tangente às linhas de campo magnético.

Intensidade do campo magnético


A intensidade do campo magnético pode ser medida pela Lei de Biot-Savart,
que relaciona a passagem de uma corrente elétrica por um condutor,
produzindo um campo magnético em uma região do espaço.

A intensidade tem relação com algumas grandezas sintetizadas na imagem a


seguir:

 Figura 9: Intensidade de campo magnético


devido à passagem de uma corrente elétrica

Onde:

• P = região do espaço de interesse;


• i = corrente elétrica medida em Ampère (A);
• ɵ = ângulo formado ente o condutor e o ponto (P);
• ds = elemento infinitesimal do condutor percorrido pela corrente elétrica;
• dB = elemento infinitesimal do vetor indução magnética;
• r = distância entre o elemento infinitesimal do condutor e o ponto de
interesse (P).

Assim, temos:

μ0i∆Lsenθ
(3) ∆B = 2
4πd

Intensidade do vetor campo


magnético no centro de uma espira
circular
Motores elétricos, eletroímãs e outros equipamentos eletrônicos são
dispositivos cuja bobina de fio enrolado, formada por várias espiras, cria um
campo magnético para diversos fins. Esse conceito é aplicado a uma única
espira circular e estendido para inúmeras espiras planas, que produzem uma
bobina.

Considerando uma espira circular de centro O e raio R, por onde passa uma
corrente elétrica, o vetor indução magnética possui as seguintes
características:

Intensidade

Intensidade: Lei de Biot-Savart

μ.i
(4) B =
2R

Direção

Direção: Perpendicular ao plano

 Figura 10: Vetor indução magnética


perpendicular ao plano da espira circular de raio
R
Sentido

Sentido: Regra da mão direita

A regra da mão direita estabelece como o polegar, que aponta o sentido


da corrente, e os demais dedos envolvem a espira, conduzindo o sentido
perpendicular do vetor indução magnética.

A imagem a seguir demonstra essa regra:

 Figura 11: Aplicação da regra da mão


direita para estabelecer o sentido do vetor
indução magnética no centro da espira circular

Intensidade do vetor campo


magnético de um solenoide
Na Física, chamamos de solenoide todo fio condutor longo e enrolado, de
forma que pareça com um tubo formado por (n) espiras circulares igualmente
espaçadas.

Esse condutor também possui a configuração de uma bobina chata, cujas


espiras circulares são afastadas umas das outras em espaços iguais. Portanto,
seus nomes representam o mesmo objeto, pois, para os dois casos, há um
agrupamento de espiras.

Um solenoide pode ser facilmente criado quando enrolamos um condutor em


uma superfície cilíndrica, como, por exemplo, um prego, uma caneta, um tubo
de PVC etc.
Formamos um solenoide a partir da junção das configurações das linhas de
campo magnético produzidas por cada uma das espiras.

A figura a seguir nos mostra um solenoide percorrido por uma corrente


elétrica i e de comprimento L:

 Figura 12: Solenoide de comprimento L por


onde passa uma corrente elétrica i

Em todo condutor percorrido por uma corrente elétrica de intensidade (i),


existe a produção de linhas de campo magnético circulares. Esse conceito
também pode ser estendido para um solenoide de comprimento (L).

O campo magnético produzido por um solenoide baseia-se em duas questões


importantes. São elas:

01

No interior do solenoide, o campo magnético é uniforme. Logo, as linhas de


indução são paralelas entre si.

02

Quanto maior for o comprimento do solenoide, mais intenso e uniforme será


seu campo magnético interno, e mais fraco será seu campo magnético
externo.

Para o campo magnético uniforme no interior do solenoide, há um vetor


indução em qualquer ponto dentro dele. Como se trata de um vetor, este terá
intensidade, direção e sentido dados da seguinte forma:
Módulo

(5)
N
B = μ. .i
L

Onde: N/L = densidade linear de espiras, ou seja, números de espiras


por unidade de comprimento de solenoide.

Direção

O vetor indução magnética é retilíneo e paralelo ao eixo do solenoide,


como mostra a imagem a seguir:

 Figura 13: Vetor indução magnética no


interior do solenoide

Sentido

Baseado na regra da mão direita.

Equações de Maxwell
As quatro equações de Maxwell formulam a base do eletromagnetismo
clássico.
Sua elaboração foi responsável por unificar a eletricidade e o magnetismo,
antes estudados separadamente, em uma única teoria: eletromagnetismo.

A união dessas duas ciências – eletricidade e magnetismo – possibilitou um


grande avanço tecnológico, pois esses assuntos já eram bem conhecidos, mas
pouco empregados.

Com base no eletromagnetismo, foi possível desenvolver motores de indução,


geradores, transformadores e outras máquinas de princípio eletromecânico.

Das quatro equações, duas – a Lei de Gauss para a eletricidade e a Lei de


Gauss para o magnetismo – descrevem como os campos elétricos e
magnéticos são produzidos a partir de cargas elétricas.

Para o campo magnético, como não há carga magnética, suas equações não
começam nem terminam: são como trajetórias fechadas.

As outras duas equações descrevem como os campos circulam em torno de


suas respectivas fontes:

Lei de Ampère, com a correção do próprio Maxwell

O campo magnético circula em torno de correntes elétricas e de campos


elétricos variantes com o decorrer do tempo.

Lei de Faraday

Campos elétricos circulam em torno de campos magnéticos que variam com o


tempo.

1ª equação de Maxwell: Leis de Gauss para a


eletricidade
A Lei de Gauss para a eletricidade descreve a relação entre um campo elétrico
(E) e as cargas elétricas que o produzem.

Na descrição, as linhas de campo elétrico começam nas cargas positivas e


terminam nas negativas. Contando o número de linhas de campo em uma
superfície fechada, obtemos o total de cargas inclusas na superfície.
Mais tecnicamente, a Lei de Gauss relaciona o fluxo elétrico através de
qualquer superfície gaussiana fechada para as cargas elétricas.

As equações a seguir apresentam os modelos matemáticos da Lei de Gauss


para a eletricidade nas formas integrais e diferenciais, respectivamente:

2ª equação de Maxwell: Leis de Gauss para o


magnetismo
A teoria afirma que, na Lei de Gauss para o magnetismo, não existem cargas
ou monopolos magnéticos quando equiparados com as cargas elétricas. Em
vez disso, o campo magnético é gerado por uma configuração denominada
dipolo magnético.

Dipolos magnéticos são mais bem representados como correntes fechadas,


mas que podem ser associadas a cargas magnéticas positivas e negativas
unificadas. Não há, portanto, nenhuma forma de existência de cargas
magnéticas.

Em termos teóricos, as linhas de campo magnético não possuem início nem


fim, ou seja, não começam nem terminam, mas circulam infinitamente.

Em outras palavras, qualquer linha de campo magnético que entra em


determinado volume deve sair, de alguma forma, dele. De modo mais
acadêmico, podemos dizer que:

O fluxo magnético através de qualquer


superfície gaussiana é 0 (zero), ou que o campo
magnético é um campo vetorial solenoidal.
As equações a seguir apresentam os modelos matemáticos da Lei de Gauss
para o magnetismo nas formas integrais e diferenciais, respectivamente:

3ª equação de Maxwell: Lei de Ampère


A Lei de Ampère afirma que campos magnéticos podem ser gerados de duas
formas:

Por correntes elétricas

ou

Por campos elétricos que variam no tempo

A correção de Maxwell proposta à Lei de Ampère é particularmente


importante:

Um campo magnético que varia no tempo cria


um campo elétrico que também varia no tempo,
e vice-versa.
Logo, essas equações permitem a existência de ondas eletromagnéticas
através do espaço vazio, quando esses campos são paralelos entre si.

As equações a seguir apresentam os modelos matemáticos da Lei de Ampère


nas formas integrais e diferenciais, respectivamente:

4ª equação de Maxwell: Lei de Faraday


A Lei de Faraday descreve como um campo magnético que varia no tempo
produz ou induz um campo elétrico. Esse aspecto da indução eletromagnética
é o princípio operante por trás de muitos geradores elétricos.


Exemplo

Um magneto em forma de barra, em rotação, cria um campo magnético


que varia com o tempo. Este, por sua vez, gera um campo elétrico que
também varia com o tempo em um condutor próximo.

As equações a seguir apresentam os modelos matemáticos da Lei de Ampère


nas formas integrais e diferenciais, respectivamente:
Atividades
1. Determine as características de um campo elétrico, cuja carga de
prova é -6 μC, sujeita a uma força com intensidade de 12 N.

2. Uma carga de 2 C está situada em um ponto P e, nela, atua uma força


de 4 N. Se essa carga for substituída por uma de 3 C, qual será a
intensidade da força sobre ela quando colocada no ponto P?
3. Duas cargas elétricas (A = 2 μC e B = -4 μC) encontram-se em um
campo uniforme. Assinale a opção que representa as forças exercidas
sobre essas cargas:

Referências

CHUNG, K. C. Introdução à Física Nuclear. Rio de Janeiro: UERJ, 2001

FUKE, L. F.; CARLOS, T. S.; AZUHITO, Y. Os alicerces da Física. 6. ed. São Paulo:
Saraiva, 1993.

HALLIDAY, R. W. Fundamentos de Física – eletromagnetismo. 6. ed. Rio de


Janeiro: LTC, 2003.

HAYT JUNIOR, W. H.; BUCK, J. A. Eletromagnetismo. 8. ed. Rio de Janeiro:


McGraw-Hill, 2013.

Próximos Passos

Carga elétrica;
Campo elétrico;
Campo elétrico resultante.
Explore mais

Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto.

Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos
disponíveis no ambiente de aprendizagem.

Assista aos vídeos:

Lei de Coulomb e Lei de Gauss (forma integral)


<https://www.youtube.com/watch?
v=YTCXXG8Bpks&list=PLg37wGvO1jtGAyBaBxvRdRyR-ljf0Ddpb>
Lei de Gauss para o magnetismo <https://www.youtube.com/watch?
v=d1TBmkeOYA8&index=3&list=PLg37wGvO1jtGAyBaBxvRdRyR-
ljf0Ddpb>
Lei de Faraday <https://www.youtube.com/watch?
v=CR0QUftHaag&list=PLg37wGvO1jtGAyBaBxvRdRyR-
ljf0Ddpb&index=4>
Lei de Faraday (formas integral e diferencial)
<https://www.youtube.com/watch?
v=u0w9CieJni4&index=5&list=PLg37wGvO1jtGAyBaBxvRdRyR-
ljf0Ddpb>
Leis de Maxwell para campos estáticos
<https://www.youtube.com/watch?
v=jve_6_nQZM&index=6&list=PLg37wGvO1jtGAyBaBxvRdRyR-
ljf0Ddpb>

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