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Unidade 1
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de Segurança
Histórico e Conceitos Básicos
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Histórico e Conceitos Básicos
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Dotar o discente de conceitos básicos para a formação na Disciplina, como o que são as
radiações e seus tipos;
• Compreender a história da radiologia e da aviação civil;
• Saber a importância da ética na formação profissional.
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Era um tipo de comércio incipiente, pois os aeroportos não tinham muita estrutura
nem para voos comerciais, nem civis. Contudo, empresários com visão perceberam na
Área uma forma de expandir a aviação, que não seria barato, porém banqueiros e empre-
sários fizeram investimentos (RIBEIRO, 2018).
Aviação no Brasil
No Brasil, a Aviação surge em meados da década de 1924, por meio de Empresas
estrangeiras que possuíam mais capital de investimento e tecnologias, o que era inci-
piente no Brasil.
Somente houve expansão das Empresas aéreas brasileiras após a II Guerra Mundial,
pois foi possível adquirir aeronaves utilizadas no período devido ao custo ser menor.
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Fundação/encerramento Empresa Observações
Grupo Mate Leão. Vendida à Vasp
1933-1939 em 1965
em 1939.
1933-2005 VASP – Viação Aérea de Encerrou as atividades em 2005.
Privatizada em 1990 São Paulo Faliu em 2008.
NAB – Navegação Aérea Antecessora do Lóide Aéreo Nacio-
1938-1961 Brasileira nal. Adquirida pela Vasp em 1962.
Fonte: Adaptada de FERREIRA, 2017
Após esse período houve grande expansão da aviação brasileira em meados da década
de 50, com empresas aéreas nacionais.
A empresa Aerovias Brasil S/A, fundada em 1942, foi precursora dos voos para os
Estados Unidos, no ano de 1946, e foi privatizada pelo governo paulista, em 1954.
A Real (Redes Estaduais Aéreas Ltda.) foi fundada em 1945, por Vicente Mammana
Neto e Linneu Gomes. Ao longo dos anos, a Empresa comprou Companhias menores
(Wright, Natal, LATB, Transportes Aéreos Nacionais) e, por fim, adquiriu a Aerovias,
fundando o Consórcio Real-Aerovias-Nacional.
A década de 1980 é marcada por grandes problemas econômicos no Brasil. Por isso,
mesmo as Empresas almejando ganhos futuros, elas enfrentaram uma década de muitas
dificuldades, marcada por aumento no preço do petróleo e, automaticamente, de combus-
tíveis, alta na inflação, mudança de moeda, aumento da dívida externa, ou seja, grande
instabilidade econômica.
Nesse período, a única empresa que teve crescimento foi a TAM. As demais acaba-
ram após essa década de crise.
A primeira a encerrar suas atividades foi a Transbrasil, no final de 2001. Logo depois,
foi a Vasp, em 2004, e a Varig, no ano de 2006.
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Inovação de paradigma
Figura 1 – Transformações na Aviação comercial brasileira
Histórico da Radiologia
A Radiologia tem como marco a descoberta dos Raios X, no ano de 1895, por
Wilhelm Conrad Roentgen, grande físico que, ao estudar o Tubo de Crookes, adaptou
a experiência que culminou na descoberta dos Raios X.
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Figura 2 – Wilhelm Conrad Roentgen (1845-1923)
Fonte: Wikimedia Commons
8 de novembro de 1895 é o marco para essa descoberta, pois foi quando a experiên-
cia foi consolidada.
Para investigar o que acontecia na passagem desses raios, ele utilizou filmes que reve-
lavam a imagem irradiada. A descoberta dos raios misteriosos foi denominada Raios X.
A descoberta dos Raios X impulsionou diversos outros feitos. Um físico que tem
destaque é Becquerel que, no ano de 1896, realizou pesquisas em torno da radiação
natural. Para tanto, fez um experimento que conseguiu provar a existência de radiação
natural, denominada Raios de Becquerel.
Pierre e Marie Curie foram desbravadores dos estudos acerca da radioatividade, pois
continuaram a pesquisar a radioatividade oriunda de outros materiais, o que tornou
possível a descoberta da energia interna em outros materiais, como polônio de rádio.
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Matéria
A definição de matéria vem sendo estudada há milhares de anos a fim de se saber a
composição de tudo que está entre nós, até mesmo, a matéria orgânica.
A maior investigação era saber o que havia no interior de tudo. Tanto que foi objeto
de estudo de pensadores, filósofos e cientistas.
Esses estudos foram o aporte para a concepção dos modelos atômicos que vieram a
provar qual é a constituição da matéria.
Modelos Atômicos
A história dos modelos atômicos é retomada no ano de 1803, quando o químico
inglês John Dalton (1766-1844) passou a estudar as concepções deixadas acerca do
átomo por Leucipo e Demócrito.
Assim, realizou diversos experimentos para comprovar suas hipóteses, que culmi-
naram na criação de alguns postulados acerca do átomo, dentre os quais estão:
• A matéria era formada por átomos (esféricos, sólidos, maciços e indivisíveis);
• Um elemento químico era formado por um conjunto de átomos com as mesmas
características;
• Elementos químicos diferentes teriam propriedades atômicas diferentes;
• Elementos diferentes poderiam formar compostos, mas não deixariam de perder as
características de sua formação.
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atraídos pela seda ou pela lã. A palavra âmbar, em grego, é elektron e daí veio o uso da
palavra “eletricidade”.
Nessa época, vários testes em torno da eletricidade eram realizados. Assim, surge o
Cientista Joseph John Thomson (1856-1940), que decide realizar experiências em torno
da eletricidade com um dispositivo chamado Tubo de Crookes ou tubo de raios catódicos,
em que era possível ver os elétrons saindo do polo negativo (catodo) em direção ao polo
positivo (anodo). Esses raios foram denominados raios catódicos.
Dessa forma, o cientista sugere um novo modelo atômico que ainda permanecia
com a constituição esférica, como Dalton propunha, contudo, em seu interior, existiam
partículas menores de carga negativa, distribuídas na esfera, e a esfera positiva para
neutralizar e estabilizar o átomo.
Para realizar o experimento, ele utilizou uma amostra de polônio radioativo, emissor de
radiação alfa dentro de um bloco de chumbo, no qual havia um orifício para a passagem
da radiação alfa.
Ele também utilizou uma finíssima folha de ouro e uma placa fluorescente de platino-
cianeto de bário, a fim de que pudessem gerar luminosidade caso a radiação ultrapassasse
a folha de ouro, conforme a Figura 4.
O objetivo do experimento era verificar a posição das cargas, pois sendo a radiação
alfa uma partícula carregada positivamente ao interagir com a placa de ouro, seria pos-
sível verificar o que iria acontecer.
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Os resultados foram:
• A maioria das partículas atravessavam direto pela folha de ouro, gerando lumino-
sidade;
• Poucas partículas eram desviadas de sua trajetória;
• Parte das partículas era rebatida, ou seja, retornava;
• Uma pequena quantidade de partículas era absorvida pelo átomo.
Dessa forma, Rutherford percebeu que suas ideias acerca do átomo estavam corretas
e chegou a algumas conclusões:
• Como grande parte das radiações passava direto, concebeu-se que o átomo era um
grande vazio;
• Como algumas partículas eram desviadas, supunha-se que encontravam cargas
positivas iguais às da radiação alfa e as rebatidas pelo mesmo motivo;
• Como poucas eram absorvidas, acreditava-se que encontravam com elétrons
em órbita.
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Assim, Rutherford concebe seu modelo atômico que agora passou a ter as seguintes
características: o átomo deixa de ser esférico, com grandes espaços vazios, com uma
região central de carga positiva, denominada núcleo, no qual se concentra praticamente
toda a massa do átomo e uma região ao redor do núcleo chamada de eletrosfera, em que
se encontram os elétrons em órbita. Modelo conhecido popularmente como Modelo do
Sistema Planetário ou Sistema Solar, como na Figura 5.
No ano de 1913, Niels Bohr propôs uma alteração na ideia de átomo constituída por
Rutherford e correlacionou a concepção estrutural da posição dos elétrons em órbitas
circulares, em vez das elipses da eletrosfera.
Basicamente, ele mostrou que as órbitas circulares possuem níveis de energia bem
definidos e uma quantidade de elétrons circulante em cada um dos níveis. As camadas
ou níveis de energia são K, L, M, N, O, P, Q.
Os fatos históricos elencados são de grande importância para a radiologia, bem como
para a construção de conhecimentos acerca da Disciplina.
Radiações
As radiações podem ser concebidas como a energia que se propaga em forma de
ondas ou partículas, sendo produzidas de forma artificial ou espontaneamente por meio
de núcleos de elementos radioativos.
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Dessa forma, as radiações também podem ser caracterizadas na sua forma de propa-
gação, podendo ser ondas eletromagnéticas ou partículas. Na capacidade de penetração,
podem ser ionizantes ou não ionizantes.
As mais conhecidas são: ondas de rádio, luz visível, radiação infravermelha e micro-
-ondas. Essas radiações não possuem energia suficiente para remover elétrons como na
ionização, mas podem trazer alterações moleculares por meio da excitação, como se
observa na imagem do espectro de radiofrequência.
As radiações ionizantes são definidas como aquelas que possuem energia suficiente
para remover elétrons da estrutura atômica, sendo que essas radiações ionizantes podem
ser partículas com alta energia (partículas alfa e beta) ou ondas eletromagnéticas como
Raios X, raios gama e raios cósmicos que possuem alta penetração.
A partícula alfa é emitida quando o núcleo do átomo está com excesso de energia, sen-
do considerada muito ionizante, menos penetrante, carregada positivamente com 2 pró-
tons e dois nêutrons. Por ser a mais pesada, é possível proteção com uma folha de papel.
A partícula beta é emitida pelo núcleo que está com excesso de prótons. Por isso,
é uma partícula com massa neutra e carga elétrica -1. Possui mediano poder de pene-
tração, sendo necessário um material mais absorvedor, como alumínio para impedir
sua propagação.
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A onda eletromagnética gama possui alto poder de penetração e, ao ser emitida
pelo núcleo do elemento radioativo, estabiliza-o após a emissão. Sua velocidade é com-
parada à velocidade da luz e, por isso, tem altíssimo poder de penetração, sendo neces-
sário materiais como chumbo e/ou concreto para impedir sua propagação (conforme
Figura 7), e pode ser utilizada em diversos fins na Área Médica e Industrial.
Figura 8 – Radioatividade
Fonte: Wikimedia Commons
As ondas eletromagnéticas são aquelas que podem ser ionizantes ou não ionizantes,
mas que se propagam à velocidade da luz. Elas estão dispostas em um espectro eletro-
magnético no qual conseguimos ver uma escala de todas as ondas que as compõem.
Como foi possível observar e compreender, as radiações são formas de energia que
podem interagir de formas variadas na matéria.
No seu sentido etimológico, é uma palavra que vem do grego ethos e se define como
o modo de ser, o caráter, a realidade interior, de onde provêm os atos humanos.
Também pode ser definida como os costumes, os hábitos ou o agir habitual, os atos
concretos que indicam e realizam o modo de ser da pessoa.
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A moral indica ações e normas concretas, ou seja, a aplicação das regras que são
objeto da ética, isto é, a ética pode ser definida como a maneira como as pessoas ou a
Sociedade se comportam e, no tocante às normas, aplica-se o estudo do ser e o sentido
das normas morais, ou seja, explica o bem moral e suas características.
Ele deve ser conhecedor da sua importância na proteção das pessoas e bens e,
também, na sua relevância técnica para o bloqueio de situações ilegais que afetem de
alguma forma a segurança, sendo o responsável por detectar e neutralizar esses atos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Aeroportos e Desenvolvimento
SILVA, A. S. Aeroportos e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Instituto Histórico-
-cultural da Aeronáutica, 1991. 403p. (Coleção Aeronáutica).
Leitura
História e memória da aviação civil brasileira: conexão Nordeste diante dos acordos comerciais e militares
nas décadas de 1920 a 1940
https://bit.ly/3s9jdAm
Importância da qualidade no atendimento ao público
https://bit.ly/3t0toZj
Apostila Educativa Aplicações da Energia Nuclear
https://bit.ly/3d3RigY
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Referências
FERREIRA, J. C. Um breve histórico da aviação comercial brasileira. CONGRESSO
BRASILEIRO DE HISTÓRIA E ECONOMIA. Niterói/RJ, 2017.
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