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Fundamentos de Administração II

Prof. Filipe Sobral


Profª. Alketa Peci
SEÇÃO 1 ADMINISTRAÇÃO 1
Conteúdo da seção

• A Evolução do Pensamento em Administração


• Teorias em Administração
• Condições Geradoras do Pensamento Administrativo
• Escola Clássica de Administração
• Escola Comportamental de Administração
• Escola Quantitativa de Administração
• Escola Contingencial de Administração
• Contribuições de Autores Brasileiros para o Pensamento Administrativo

SEÇÃO 1 2
Objetivos de aprendizagem

Compreender o que são teorias e qual a sua importância para a prática da


administração.
Destacar as principais contribuições da Escola Clássica e da Escola
Comportamental de Administração.
Explicar em que consiste a Escola Quantitativa.
Analisar a teoria dos sistemas e discutir a contribuição Escola Contingencial.
Descrever as principais contribuições dos autores brasileiros para o
pensamento administrativo.

SEÇÃO 1 3
Caso introdutório

Em 2006, culminando anos de prejuízos, a Volkswagen perde a liderança no


mercado brasileiro para a Fiat.
O modelo de gestão centralizador e conservador estava esgotado.

• Para retomar a liderança, a


Volks reestruturou o seu
modelo de gestão.
• Como as teorias de
administração podem ajudar
em um processo de
reestruturação?

SEÇÃO 1 4
O que são teorias?

Uma teoria é um conjunto coerente de suposições que buscam explicar relações entre fatos
observáveis e proporcionar uma base para prever eventos futuros.

Explicar um Prever eventos


fenômeno futuros
Capacidade Capacidade
explicativa/descritiva normativa/prescritiva

SEÇÃO 1 5
Teorias e a administração

As teorias influenciam a prática, servindo como guia para as decisões gerenciais.

As teorias influenciam a forma como enxergamos as pessoas, as organizações e o meio


onde estas estão inseridas.

 As teorias servem como fonte de compreensão e/ou de


previsão de práticas observadas nas organizações.

SEÇÃO 1 6
Atividade de debate

Questão de debate:
Teoria ou prática? O que faz um bom administrador?

SEÇÃO 1 7
Perspectiva temporal das teorias de administração

As teorias administrativas ou organizacionais buscam compreender as


organizações como um fenômeno social e propor modelos que sugerem o
melhor modo de organizar.

SEÇÃO 1 8
“Organizar” e “Administrar”
como práticas seculares
Registos de atividades comerciais e governamentais já eram utilizados pelos sumérios ao
redor de 5000 a.C.

As Pirâmides Egípcias e a Muralha da China são exemplos de projetos de grande escopo e
amplitude.

 A organização e comunicação marcaram a governança


do extenso Império Romano entre VII a.C. e IV d.C.

 A invenção da contabilidade, enquanto prática


administrativa, ocorre no século XVI, durante o
Renascimento.
SEÇÃO 1 9
Condições geradoras do pensamento administrativo

Revolução Industrial e consolidação do capitalismo:


• Limites ao poder do monarca absoluto e surgimento de ideias liberais.
• Fortalecimento de atividades comerciais e surgimento das cidades.
• Surgimento do poder das máquinas e criação da indústria.
• Especialização do trabalho e formação dos núcleos de mestres-artesãos e aprendizes.
• Centralização do poder, recursos e influências nas mãos dos mestres-artesãos e
concentração das indústrias manufatureiras, formando, assim, a burguesia.
• Substituição do sistema de trabalho do artesão pelo assalariado.

SEÇÃO 1 10
Condições geradoras do pensamento administrativo

Processo de Modernização das Sociedades Ocidentais:


• O Iluminismo e sua crença na razão influenciam o surgimento das novas estruturas
burocráticas.
• Substituição das estruturas sociais baseadas na autoridade tradicional e carismática,
predominantes na sociedade medieval, pela autoridade racional-legal (burocracia) e
pela lógica de mercado.
• Burocracia torna-se a principal forma de dominação e organização das estruturas
sociais.
• Surge o liberalismo econômico, cujos principais fundamentos são o livre-mercado
(laissez-faire) e a garantia, pelo Estado, do direito individual de livre-associação e da
propriedade privada.
• O Positivismo influencia uma concepção material, científica e empiricista do mundo.

SEÇÃO 1 11
Escola clássica de administração

Escola Clássica

Administração Gestão Teoria da


Científica Administrativa Burocracia

SEÇÃO 1 12
Escola clássica de administração

Contextualização:
• Entrada do capitalismo na fase monopolista:
o necessidade de desenvolver novas formas de gestão (eficiência/eficácia).
• Influência intelectual de concepções e orientações acerca da natureza, do indivíduo e
da economia:
 Empirismo: ideias surgem da observação.
 Liberalismo: sistema político-econômico que defende a liberdade individual.
 Individualismo: o indivíduo é o dono de si mesmo, ele que move sua existência.

SEÇÃO 1 13
Administração científica

SEÇÃO 1 14
Administração científica

Principal representante: Frederick W. Taylor.

Aplicação de métodos científicos (observação e mensuração) para alcançar a eficiência e elevar os


níveis de produtividade.

Existe uma única maneira certa para desempenhar cada tarefa.

SEÇÃO 1 15
Administração científica

Princípios de Administração Científica:


 Desenvolver, com base no método científico, procedimentos padronizados para
execução de cada atividade.
 Seleção e treinamento dos trabalhadores de acordo com métodos científicos.

• Promover cooperação entre gestores e


trabalhadores para garantir que o trabalho esteja
sendo realizado de acordo com o planejado.
• Distribuir as atribuições e responsabilidades entre
gestores e trabalhadores para garantir a eficiência
da execução das tarefas.

SEÇÃO 1 16
Administração científica

Fatores-chave do contexto
• Fase monopolista do capitalismo.
• Desperdícios de eficiência e produtividade.
• Força de trabalho desqualificada.
Pressupostos
• Homo economicus – ser humano essencialmente egoísta e racional, orientado por motivações
materiais.
• A organização é considerada um sistema fechado – foco nos processos internos.
• Existe uma ciência de administração, capaz de ser universalizada.
Foco de análise
• Processos operacionais de trabalho.

SEÇÃO 1 17
Administração científica

Conceitos-chave
 Princípios científicos universais de administração.
 Estudo de tempos e movimentos.
 Lei da fadiga.
 Existe uma única maneira certa para desempenhar cada tarefa.
 Dissociação da concepção do trabalho da sua execução.
 “Adestramento” do trabalhador.
 Seleção do homem ideal para cada tarefa.
 Remuneração elevada, baseada em incentivos materiais.
 Padronização dos instrumentos.

SEÇÃO 1 18
Administração científica

Outros autores e desenvolvimentos:


Frank e Lilian Gilbreth, e Henry Gantt
O Fordismo e a linha de montagem

 Contribuições:
 Melhoria acentuada da produtividade e eficiência.
 Ainda existem empresas que se baseiam nos seus
conceitos de racionalização do trabalho (exemplo
McDonalds).
 Introduz uma forma diferenciada de remuneração
por produtividade.

SEÇÃO 1 19
Administração científica

Limitações:
Ingenuidade do conceito de “prosperidade” para os empregados e empregadores.
 Concebendo a organização como um sistema
fechado, não considerava as influências das
forças externas na administração.
 Baseava-se em pressupostos motivacionais
materiais e simplistas.
 Criava condições propícias para a alienação do
trabalhador.
 Ausência de cientificidade e incapacidade para
identificar princípios universais.

SEÇÃO 1 20
Gestão administrativa

SEÇÃO 1 21
Gestão administrativa

Principal representante: Henri Fayol.

Foco na organização como um todo.

Conceitua a administração como um processo de


cinco funções.

Identifica 14 princípios gerais de administração.

Pioneira na defesa do ensino formal de


administração.

SEÇÃO 1 22
Princípios de administração

• Divisão do Trabalho • Centralização


• Autoridade • Hierarquia
• Disciplina • Ordem
• Unidade de comando • Equidade
• Subordinação do interesse individual ao • Estabilidade pessoal
geral • Espírito de equipe
• Remuneração do pessoal • Iniciativa
• Unidade de direção

SEÇÃO 1 23
Gestão administrativa

Fatores-chave do contexto
Fase monopolista do capitalismo.
Existência de empresas altamente verticalizadas e hierarquizadas.
Crescente conscientização acerca da importância da função da administração.
Pressupostos
Prevalece o foco interno da análise organizacional.
Existem princípios gerais de administração, capazes de serem universalizados.
Existe a ciência de administração.
Foco de análise
Organização como um todo.

SEÇÃO 1 24
Gestão administrativa

Conceitos-chave
Identifica as 6 áreas de operações da organização com destaque para a função
administrativa.
Define administração como o processo de previsão, organização, direção, coordenação
e controle.
Defende a necessidade da profissionalização e do ensino formal de administração.
 Identifica os 14 princípios de administração.

SEÇÃO 1 25
Gestão administrativa

Outros autores e desenvolvimentos


• Luther H. Gulick, James D. Mooney e Lyndal F. Urwick.
Desdobramentos:
 Gestão pela qualidade total, toyotismo, volvismo, abordagem neoclássica e a
administração por objetivos (APO).

Contribuições
• A administração pode ser vista como uma profissão capaz de ser treinada e
desenvolvida.
• Marca a forma de compreender a administração enquanto processo, composto de
funções-chave.

SEÇÃO 1 26
Gestão administrativa

Limitações
Prevalece a concepção da organização como um sistema fechado, não dando a devida
importância aos fatores externos.
Concepção mecanicista e parcial da organização.
Os pressupostos motivacionais ainda são de natureza material e simplista.

– Ausência de base científica nos métodos e princípios defendidos.

SEÇÃO 1 27
Teoria da burocracia

SEÇÃO 1 28
Teoria da burocracia

Principal representante: Max Weber.


Burocracia é diferente do sentido pejorativo presente no linguajar coloquial.
Weber encontra no capitalismo fatores propícios ao desenvolvimento da
burocracia, pois considera que este é o sistema mais racional de organização.
Trata-se de um modelo ideal (suas características nunca se encontram na sua
forma mais pura na prática).
Weber identifica os princípios básicos da burocracia desse modelo ideal de
organização.

SEÇÃO 1 29
Princípios da burocracia

Divisão do trabalho

Impessoalidade

Hierarquia

Profissionalismo

Padronização e formalização

Autoridade

Separação de domínio público e privado

SEÇÃO 1 30
Disfunções da burocracia

SEÇÃO 1 31
Atividade de debate

Questão de debate:
Ainda há espaço para a burocracia nas organizações? Será a burocracia necessária ou
destrutiva?

SEÇÃO 1 32
Teoria da burocracia

Fatores-chave do contexto
• Consolidação da autoridade racional-legal na sociedade.
• Racionalização do direito.
• Centralização do poder estatal.
• Expansão do capitalismo e crescimento da sociedade em massa.
• Industrialização e racionalidade técnica presente em grandes empresas verticalizadas
e hierárquicas.

Pressupostos
• Trata-se de um modelo ideal de organização.

Foco de análise
• Organização como um todo.
SEÇÃO 1 33
Teoria da burocracia

Conceitos-chave
• A burocracia é uma das formas de expressão do processo de racionalização das
sociedades ocidentais (modernização).
• A burocracia é uma estrutura de relações sociais de dominação que tem como base
de legitimidade a crença na racionalidade e no sistema jurídico-normativo como
elementos estruturantes de tais relações.
• A burocracia é a forma mais racional de exercício da dominação.
• A burocracia é um instrumento de socialização de relações de poder.
• A burocratização do mundo como um processo irreversível e ameaça à liberdade
humana.
SEÇÃO 1 34
Teoria da burocracia

Principais características
• predomínio da lei/norma/regulamento;
• sistema firmemente ordenado de mando e subordinação;
• baseia-se em documentos escritos (formalização);
• treinamento especializado e completo;
• quando o cargo está plenamente desenvolvido, exige a plena capacidade de trabalho
do funcionário;
• aprendizado técnico especial;
• separação explícita das esferas pública e privada.

Limitações
• Prevalece a concepção da organização como um sistema fechado.
• A possível rigidez pela formalização e abuso de poder tecnocrático.
SEÇÃO 1 35
Escola
Comportamental

Movimento das
Abordagem
Relações
Comportamental
Humanas

SEÇÃO 1 36
Enfoque comportamental

Contextualização
A escola clássica da administração não gerou os resultados desejados em termos de
eficiência e produtividade.
O impacto dos enfoques sociológicos e psicológicos no estudo das organizações.
Surgimento dos movimentos sindicais.

— Crises econômicas da década


de 1930

SEÇÃO 1 37
Movimento das relações humanas

SEÇÃO 1 38
Movimento das relações humanas

Principal representante: Elton Mayo.

Surge como consequência dos Experimentos de Hawthorne:


https://www.youtube.com/watch?v=F2k018hctZQ
Série de experimentos com o objetivo inicial de analisar os efeitos da iluminação no
ambiente de trabalho.

Pesquisadores verificam que mesmo diminuindo a iluminação a produtividade dos


trabalhadores continua aumentando.

SEÇÃO 1 39
Movimento das relações humanas

Pesquisadores concluem:
• Integração do trabalhador é fundamental para a produtividade.
• Comportamento individual é determinado pelas normais sociais do grupo.
• Organizações são constituídas por diferentes grupos informais.
• Supervisão cooperativa e preocupada é fundamental para o aumento produtividade.

SEÇÃO 1 40
Movimento das relações humanas

Fatores-chave do contexto
• Resultados insatisfatórios da Escola Clássica de Administração.
• Impacto das Ciências Sociais em especial da psicologia.
• Questionamentos decorrentes da crise dos anos 30.

Pressupostos
• Homem social – destaque de aspectos subjetivos e emocionais.
• A organização é um sistema social.
• Coesão e consenso como chaves para o bom funcionamento da sociedade.

Foco de análise
• O indivíduo e os grupos informais nas organizações.
SEÇÃO 1 41
Movimento das relações humanas

Percussores
• Mary Parker Follet e as causas e consequências dos conflitos.
• Chester Barnard e a teoria da cooperação.

Conceitos-chave
• Produtividade e eficiência são influenciadas pelos grupos informais de trabalho.
• Necessidade de reconhecimento, segurança e pertencimento influencia mais a moral
e a produtividade dos trabalhadores do que as condições físicas do ambiente de
trabalho.
• O trabalhador é uma pessoa cujas atitudes e eficácia são condicionadas pelas
demandas sociais.
• A autoridade do gerente deve-se basear em competências sociais.

SEÇÃO 1 42
Movimento das relações humanas

Contribuições
• Inclusão do fator humano na análise organizacional.
• Alerta sobre o impacto da motivação no desempenho e
produtividade.
• Incorporação de variáveis psicossociais na administração.

Limitações
• Prevalece a concepção da organização como um sistema
fechado.
• A organização é vista exclusivamente como um sistema social,
em detrimento de outros aspectos de natureza técnica.
• Pesquisas comprovam que trabalhadores felizes não são
sempre mais produtivos.
SEÇÃO 1 43
Abordagem comportamental

SEÇÃO 1 44
Abordagem comportamental

Conjunto de estudos que buscaram um melhor entendimento sobre o os


fatores que motivam o comportamento das pessoas no trabalho.

Partem de uma concepção mais complexa do ser humano que é movido por
uma busca de autonomia e realização.

Diversas contribuições de autores como:


Abraham Maslow
Douglas McGregor
Frederick Herzberg

SEÇÃO 1 45
Atividade de debate

Questão de debate:
Vale mais “comprar” a motivação ou “ganhar” o funcionário?

SEÇÃO 1 46
Abordagem comportamental

Principais contribuições:
institucionalização da ideia de que as organizações são altamente dependentes do
comportamento dos indivíduos que a compõem, assim como dos grupos sociais;

– ênfase na motivação como um fator


relevante do comportamento humano no
contexto organizacional;
– crescente compreensão das variáveis que
influenciam a liderança nas organizações.

SEÇÃO 1 47
Abordagem comportamental

Fatores-chave do contexto
 Visão reducionista do ser humano presente na Escola de Relações Humanas.
 Impacto dos desenvolvimentos nas ciências sociais.
Pressupostos
 Homem complexo.
 Foco nos indivíduos e na relação desses com o contexto.
Foco de análise
 Comportamento de grupos nas organizações.
Conceitos-Chave
 Motivação e fatores motivacionais.
 Liderança.

SEÇÃO 1 48
Abordagem comportamental

Contribuições
Aumento de complexidade nas teorias de motivação e liderança, incluindo variáveis
contingenciais na análise.
Promoção da eficiência organizacional via motivação individual.
Reconhecem a importância de desenvolvimento dos RH.
Introdução de práticas como participação, autonomia, iniciativa individual e trabalhos
enriquecidos na administração.
Limitações
Podem ser vistas a partir de uma perspectiva puramente instrumental, de manipulação
motivacional do trabalhador.
Abordagem essencialmente descritiva, com poucas prescrições para a prática das
organizações.
Falta de comprovação empírica de algumas das suas teorias.
SEÇÃO 1 49
Escola quantitativa

SEÇÃO 1 50
Escola quantitativa

Fatores-chave do contexto
 Impacto da Segunda Guerra Mundial e de financiamento estatal da pesquisa
operacional.
 Impacto das associações e revistas de pesquisa operacional.

Pressupostos
 A maioria dos problemas de administração podem ser modelados quantitativamente.

Foco de análise
 Técnicas de apoio ao processo de tomada de decisão nas organizações.

SEÇÃO 1 51
Escola quantitativa

Conceitos-chave
 Aplicação da análise quantitativa às decisões administrativas.
 Conjunto de técnicas tais como: análise de decisão, otimização, simulação, previsão,
teorias de jogos, modelos de rede, etc.

Contribuições
 Facilitam o processo de tomada de decisão nas organizações.
 Aprimoram os métodos quantitativos para a análise dos problemas.

SEÇÃO 1 52
Escola quantitativa

Limitações
• Desconsideram, ou não dão a devida
importância aos fatores não quantificáveis.
• Ignoram o lado humano nas organizações.
• Os modelos não são projetados para lidar
com decisões não rotineiras ou
imprevisíveis.

SEÇÃO 1 53
Escola Contingencial

Teoria dos Sistemas Enfoque Contingencial

SEÇÃO 1 54
Escola contingencial

Contextualização
 Conscientização acerca da interdependência global no pós-Segunda Guerra Mundial.

 Contramovimento contra a excessiva


especialização das disciplinas.
 Influência da obra de Von Bertalanffy.

SEÇÃO 1 55
Teoria dos sistemas

SEÇÃO 1 56
Teoria dos sistemas

Pressupostos
 As organizações devem ser vistas como sistemas abertos.

Foco de análise
 A organização, seus subsistemas e a interação com o ambiente onde se insere.

Conceitos-chave
 A organização é um sistema aberto, composto de partes interdependentes entre si.
 A organização está em contínua interação com o ambiente onde se insere, para
coletar insumos e contribuir via produtos e serviços.

SEÇÃO 1 57
Teoria dos sistemas

SEÇÃO 1 58
Perspectiva sistêmica de Katz e Kahn

 Importação de energia
 Transformação ou processamento
 Output
 Sistemas como ciclo de eventos
 Entropia negativa
 Input de informação, feedback negativo e processo de codificação
 Estado firme e homeostase
 Diferenciação
 Equifinalidade

SEÇÃO 1 59
Teoria dos sistemas

Contribuições
 Percebe relações importantes entre os subsistemas organizacionais que influenciam o
alcance de objetivos.
 Desmistifica a “ ótima solução administrativa ” , abrindo espaço para soluções
alternativas satisfatórias.
 Expande as fronteiras da organização, reconhecendo a importância da sua relação
com o ambiente.
 Abre o caminho para a identificação das variáveis ambientais que influenciam o
desempenho organizacional.

SEÇÃO 1 60
Teoria dos sistemas

Limitações
Não oferece direcionamento acerca das funções e
práticas concretas gerenciais.
Conceitos transpostos de ciências biológicas e
naturais nem sempre consideram a complexidade
e unicidade da vida social.

SEÇÃO 1 61
Enfoque contingencial

SEÇÃO 1 62
Enfoque contingencial

Fatores-chave do contexto
 Influência do pensamento sistêmico.
 Existência de organizações cada vez mais complexas.

Pressupostos
 As organizações devem ser vistas como sistemas abertos.

Foco de análise
 A organização, seus subsistemas e a interação com o ambiente onde se insere.

SEÇÃO 1 63
Enfoque contingencial

Conceitos-chave
 Não existe uma única melhor maneira de administrar.
 Existe mais de que uma maneira de atingir os objetivos propostos organizacionais.

 Cabe ao administrador adaptar suas organizações às


características do ambiente, encontrando o encaixe
adequado às circunstâncias.

Qual a melhor frigideira para fazer uma tapioca?

SEÇÃO 1 64
Enfoque contingencial

Contribuições
 Identificação, via pesquisa empírica, de várias contingências que influenciam o
desempenho organizacional.
 Contestação dos princípios gerais da administração.

Limitações
 A teoria organizacional cai num certo relativismo, uma vez que “tudo depende” do
contexto.
 Enfoca excessivamente nos imperativos ambientais.
 A pesquisa das contingências que ainda podem influenciar a administração não é
esgotável.

SEÇÃO 1 65
Enfoque contingencial
Principais contribuições
Burns & Stalker
 Tipos ideais organizacionais: orgânico e mecânico.
Lawrence & Lorsch
 Diferenciação versus integração.
Joan Woodward
 Tecnologia de produção e tipos de empresas.
Grupo de Aston
 Burocracia como um conceito pluridimensional.
 Variáveis estruturais, contextuais e de desempenho.
Henry Minzberg
 Configurações organizacionais e eficácia.

SEÇÃO 1 66
Tendências contemporâneas em administração

SEÇÃO 1 67
Tendências contemporâneas em administração

Influência do pós-modernismo:
 O fim da dicotomia ideológica Comunismo vs. Capitalismo.
 O impacto da globalização.
 A crescente importância do setor de serviços.
 O amplo uso das tecnologias de informação.
 O crescimento do terceiro setor e das organizações sem fins lucrativos.

Pluralismo paradigmático no campo das ideias

SEÇÃO 1 68
Teoria dos custos de transação

A teoria levanta uma hipótese acerca das origens das organizações


(hierarquias), vendo-as como resposta aos ambientes incertos e como uma
evolução natural das transações que ocorrem no mercado.

SEÇÃO 1 69
Teoria da ecologia populacional

Teoria que analisa populações organizacionais, de forma a compreender os


fatores e características que levam a melhor adaptação ao ambiente.

SEÇÃO 1 70
Teoria institucional

Conjunto de contribuições teóricas e pesquisas empíricas que busca explicar


por que as organizações assumem determinadas formas, destacando a
relevância de fatores de ordem institucional

SEÇÃO 1 71
Contribuições dos autores brasileiros

SEÇÃO 1 72
Posicionamento paradigmático

A contribuição dos autores brasileiros para o pensamento administrativo


compartilha os valores do humanismo radical e uma postura crítica da
realidade organizacional.

Fortemente influenciada pelo pensamento de Karl Marx.

Logo, difere substancialmente do funcionalismo e positivismo que caracteriza


boa parte das escolas até então analisadas.

SEÇÃO 1 73
Alberto Guerreiro Ramos

Pressupostos:
 Limites dos modelos de análise centralizados no mercado.
 Ingenuidade da Teoria Organizacional.
 Limites da racionalidade instrumental.
 Diferença entre comportamento e ação.

SEÇÃO 1 74
Alberto Guerreiro Ramos

Contribuições:
 Modelo multicentral de análise de sistemas sociais e organizacional substituindo os
modelos centralizados no mercado.
 Expande a análise organizacional para além das empresas privadas, de forma a
compreender outras formas organizacionais, como organizações públicas, sem fins
lucrativos, etc.
 Redução sociológica – refletir sobre produtos culturais de forma crítica e
contextualizada.

SEÇÃO 1 75
Maurício Tragtenberg

Pressupostos:
 O caráter ideológico e a-histórico da teoria geral da administração.
Contribuições:
 Burocracia como dominação, aparelho ideológico e fenômeno historicamente
situado.
 Teorias administrativas como produtos de formações socioeconômicas de um
determinado contexto histórico.
 Crítica da ideologia participacionista e das experiências de congestão e autogestão.
 Modelo de autogestão anárquica.
 Crítica das escolas de administração.

SEÇÃO 1 76
Fernando Prestes Motta

Pressupostos
 Organização como um produto de determinações históricas que refletem a evolução
dos sistemas econômicos e técnicos.

Contribuições
 Estudo da cultura e poder nas organizações.
 Poder e dominação da tecnoburocracia.
 Destaque para o papel do Estado e da escola.
 Cultura brasileira e organizações.
 Psicanálise e organizações.

SEÇÃO 1 77
Estudo de caso

• Livro-texto – Capítulo 2
• Analise e discuta o caso (p. 93-95):
• Desafios da administração no
McDonald’s no Brasil

SEÇÃO 1 78
Bibliografia

• Básica
 SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013. Capítulo 2.

SEÇÃO 1 79

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