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Sistema integrado de gestão empresarial

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Planejamento de Recursos Empresariais  (português brasileiro)  ou  planeamento de recurso


corporativo  (português europeu)  (em  inglês  Enterprise Resource Planning;  ERP) é um  sistema de
informação que interliga todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. A interligação
pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação,
marketing, vendas, compras etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de
transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão etc).[1 ][2]

O ERP é uma plataforma de software desenvolvida para interligar diversos departamentos de uma  empresa,
possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações do negócio, que passam a ser fornecidas
de maneira instantânea e precisa, assegurando as tomadas de decisões.[3]

ERP é a espinha dorsal dos negócios eletrônicos, uma arquitetura de transações que liga todas as funções de
uma empresa, por exemplo, de processamento de pedido de vendas, controle e gerenciamento de estoque,
planejamento de produção e distribuição e finanças.[4]

Índice
História
A importância do ERP nas corporações
Vantagens do ERP
Desvantagens do ERP
Fatores críticos de sucesso
Custos do Sistema ERP
Ver também
Referências

História
No fim da década de 1950, quando os conceitos modernos de controle tecnológico e gestão corporativa tiveram
seu início, a tecnologia vigente era baseada nos gigantescos mainframes que rodavam os primeiros sistemas de
controle de estoques – atividade pioneira da interseção entre gestão e tecnologia. A automatização era cara,
lenta – mas já demandava menos tempo que os processos manuais – e para poucos.

No início da  década de 70, a expansão econômica e a maior disseminação computacional geraram
o  planejamento dos recursos de manufatura  (Material Requirement Planning  - MRP), antecessores dos
sistemas ERP. Sendo utilizada como parte de suas operações, esta aplicação "explode" um item nas suas partes
constituintes, de modo que possam ser encomendas ou produzidas. A saída do MRP segue para o
departamento de compras que deve adquirir matéria prima necessária para produção onde o departamento de
compras faz o pedido aos vendedores que fornecem matéria prima para a empresa. O vendedor remete os
produtos para fábrica e envia uma fatura para pagamento através da função de contas a pagar da firma.[5] Eles
surgiram já na forma de conjuntos de sistemas, também chamados de pacotes, que conversavam entre si e que
possibilitavam o planejamento do uso dos insumos e a administração das mais diversas etapas dos processos
produtivos.

Seguindo a linha evolutiva, a década de 80 marcou o início das redes de computadores ligadas a  servidores  –


mais baratos e fáceis de usar que os mainframes – e a revolução nas atividades de gerenciamento de produção
e  logística. O  MRP  se transformou em  MRP II  (que significava Manufacturing Resource Planning ou
planejamento dos recursos de  manufatura), que agora também controlava outras atividades como  mão-de-
obra e maquinário.

Na prática, o MRP II já poderia ser chamado de ERP[6] pela abrangência de controles e gerenciamento. Porém,
não se sabe ao certo quando o conjunto de sistemas ganhou essa denominação.

O próximo passo, já na  década de 1980, serviu tanto para agilizar os processos quanto para estabelecer
comunicação entre essas “ilhas” departamentais. Foram então agregados ao ERP novos sistemas, também
conhecidos como módulos do pacote de gestão. As áreas contempladas seriam as de finanças, compras e vendas
e recursos humanos, entre outras, ou seja, setores com uma conotação administrativa e de apoio à produção
ingressaram na era da automação.

A nomenclatura ERP ganharia muita força na década de 1990, entre outras razões pela evolução das redes de
comunicação entre  computadores  e a disseminação da arquitetura cliente/servidor –
 microcomputadores ligados a servidores, com preços mais competitivos – e não mais mainframes. E também
por ser uma ferramenta importante na filosofia de controle e  gestão  dos setores corporativos, que ganhou
aspectos mais próximos da que conhecemos atualmente.

As promessas eram tantas e tão abrangentes que a segunda metade daquela década seria caracterizada pelo
"boom" nas vendas dos pacotes de gestão. E, junto com os fabricantes internacionais, surgiram diversos
fornecedores brasileiros, empresas que lucraram com a venda do ERP como um substituto dos sistemas que
poderiam falhar com o bug do ano 2000 – o problema na data de dois dígitos nos sistemas dos computadores.

O crescimento atual dos ERPs é inevitável devido a necessidade de pequenas empresas fazerem uso destes
para tornarem-se mais competitivas.

A importância do ERP nas corporações


Para entender melhor como isto funciona, o ERP pode ser visto como um grande  banco de dados  com
informações que interagem e se realimentam. Assim, o dado inicial sofre uma  mutação  de acordo com
seu  status, como a ordem de vendas que se transforma no produto final alocado no estoque da companhia
indicada.

Ao desfazer a  complexidade  do acompanhamento de todo o processo de produção, venda e faturamento, a


empresa tem mais  subsídios  para se planejar, diminuir gastos e repensar a cadeia de produção. Um bom
exemplo de como o ERP revoluciona uma companhia é que com uma melhor administração da produção, um
investimento, como uma nova infraestrutura logística, pode ser repensado ou simplesmente abandonado.
Neste caso, ao controlar e entender melhor todas as etapas que levam a um produto final, a companhia pode
chegar ao ponto de produzir de forma mais inteligente, rápida e melhor, o que, em outras palavras, reduz o
tempo que o produto fica parado no estoque.

A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica. Imagine uma empresa que por alguma razão, talvez
uma mudança nas normas de segurança, precise modificar aspectos da fabricação de um de seus produtos.
Com o ERP, todas as áreas corporativas são informadas e se preparam de forma integrada para o evento, das
compras à produção, passando pelo almoxarifado e chegando até mesmo à área de marketing, que pode assim
ter informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de seus produtos. E tudo realizado em muito
menos tempo do que seria possível sem a presença do sistema.

Entre os avanços palpáveis, podemos citar o caso de uma indústria média norte-americana de autopeças,
situada no estado de  Illinois, que conseguiu reduzir o tempo entre o pedido e a entrega de seis para duas
semanas, aumentando a eficiência na data prometida para envio do produto de 60% para 95% e reduzindo as
reservas de insumos em 60%. Outra diferença notável: a troca de documentos entre departamentos que
demorava horas ou mesmo dias caiu para minutos e até segundos.

Esse é apenas um exemplo. Porém, de acordo com a empresa, seria possível direcionar ou adaptar o ERP para
outros objetivos, estabelecendo prioridades que podem tanto estar na cadeia de produção quanto no apoio ao
departamento de vendas como na distribuição, entre outras. Com a capacidade de integração dos módulos, é
possível diagnosticar as áreas mais e menos eficientes e focar em processos que possam ter o desempenho
melhorado com a ajuda do conjunto de sistemas.
Os sistemas integrados dão às empresas a flexibilidade para responder rapidamente as solicitações dos clientes
e ao mesmo tempo, produzir e manter em estoque apenas o necessário para atender os pedidos existentes. Sua
capacidade de tornar a expedição mais veloz e precisa, minimizar os custos e aumentar a satisfação do cliente
também gera mais lucratividade as empresas.[7 ]

Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do
módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser constantemente atualizadas, uma vez que
as informações são em tempo real, ocasionando maior trabalho;
Inserção de dados não confiáveis, quando é necessário o input pelo usuário;

Esses dois itens, para quem conhece e desenvolve Sistema Integrado de Gestão, são a prova real de este ERP é
interligado e nunca integrado. No Sistema Integrado de Gestão os módulos interagem, inter dependem e inter-
relacionam e não tem esses dois e outros problemas. Todos os dados se entendem de modo automático e, a
cada entrada de dados, a posição dos relatórios gerenciais são automaticamente atualizados.

Nas pequenas empresas

A importância dos sistemas de ERP nas pequenas empresas em um mundo atualmente cada vez mais
competitivo deixa de ser uma opção e sim torna-se obrigatório sua utilização para tomadas de decisões mais
rápidas e assertivas.

Vantagens do ERP
Algumas das vantagens da implementação de um ERP numa empresa são[8][9]:

Qualidade e eficácia
Redução de custos
Agilidade empresarial
Eliminar o uso de interfaces manuais
Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência)
Otimizar o processo de tomada de decisão
Eliminar a redundância de atividades
Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado
Reduzir as incertezas do Lead time
Incorporação de melhores práticas (codificadas no ERP) aos processos internos da empresa
Reduzir o tempo dos processos gerenciais
Redução de estoque;
Redução da carga de trabalho, pois atividades repetitivas podem e devem ser automatizadas;
Melhor controle das operações da empresa;
Melhoria de Infra estrutura de Hardware;[10]
Aprendizado em TI;[10]
Adequação ao cumprimento das legislações federais, estaduais e municipais vigentes;
Redução dos custos de operação e do tempo de treinamento de novos funcionários;[3]

Desvantagens do ERP
Praticamente, na maioria dos casos os gestores subestimam a complexidade do planejamento,
desenvolvimento e treinamento necessário para utilizar o novo sistema ERP, que altera radicalmente os
processos empresariais e sistemas de informação nos negócios.

Algumas das desvantagens da implementação de um ERP em uma empresa são[1 1 ]

A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada;


Dependência do fornecedor do pacote;
Adoção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e padronização entre as empresas de um
segmento;
Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do
módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser constantemente atualizadas, uma vez que
as informações são em tempo real, ocasionando maior trabalho;
Inserção de dados não confiáveis, quando é necessário o fornecimento de informações pelo usuário;
Dificuldade de repasse da cultura Organizacional aos funcionários;[12]
O seu fornecedor pode descontinuar a sua versão de ERP sem aviso prévio;

Fatores críticos de sucesso


Segundo uma pesquisa Chaos e Unfinished Voyages (1995) os principais fatores críticos de sucesso para um
projeto de implantação de um ERP são:

Envolvimento dos usuários


Apoio da direção
Definição clara de necessidades
Planejamento adequado
Expectativas realistas
Marcos intermediários
Equipe competente
Comprometimento
Visão e objetivos claros
Equipe dedicada
Infraestrutura adequada
Constante qualificação da equipe usuária
Presença de consultoria externa;[13]

Custos do Sistema ERP


A implementação do sistema ERP é comparável a um transplante de cérebro. Desativamos todas as aplicações
da companhia e passamos a utilizar o software de uma empresa especializada em sistemas gerenciais para
empresas. O risco, evidentemente, seria a interrupção das atividades da empresa, porque se o ERP não for
implementado corretamente, com certeza você acabará matando a companhia (Jim Prevo, Ceo da Green
Mountain Coffee).

Embora as vantagens sejam muitas, os custos e riscos também são consideráveis. Os custos de hardware e
software são uma pequena parte dos custos totais, e que os custos de desenvolvimento de novos processos
empresariais (reengenharia) e de preparação dos funcionários para a utilização do novo sistema (treinamento e
gestão das mudanças) compõem a maior parte da implementação de um novo sistema ERP. A conversão de
dados do antigo[1 4] sistema legado para o novo sistema ERP interfuncional é outra grande categoria dos custos
de implementação do ERP. Os custos e riscos de fracasso da implementação de um novo sistema ERP são
significativos. A maioria das companhias tem tido sucesso na implementação de ERP, no entanto, uma minoria
razoável de empresas sofre fracassos estrondosos e danosos para a companhia como um todo. Grandes perdas
de receita, lucros e participação de mercado ocorrem quando os processos empresariais básicos ou os sistemas
de informação falham ou não funcionam corretamente. Em muitos casos, pedidos e entregas são perdidos,
mudanças no estoque não registradas corretamente, e falta de ítens, por semanas ou até meses, é causada pela
imprecisão dos níveis de estoque. Companhias como Hershey Foods, Nike, A-DEC e Connecticut General
arcaram prejuízos que, em alguns casos, chegaram a centenas de milhões de dólares. Há algumas questões-
chaves para assegurar que uma organização receba o valor do negócio de um ERP que devem ser examinadas
antes da implementação de um projeto de ERP. Primeiro, é necessário pesquisar diferentes fornecedores de
ERP e selecionar o fornecedor que atende as necessidades da empresa de forma mais eficiente. Segundo, as
organizações precisam reestruturar os processos para que possam otimizar seus processos de negócio, antes ou
conjuntamente com os processos de desenvolvimento do sistema ERP. (TURBAN et al 2010, p. 340)

Existem diferentes maneiras de implementação e níveis de orçamento para os projetos , de acordo com
pesquisas realizadas por Koch,Slater e Baatz (1999), diversos custos poderão não ser bem estimados , um deles
é o Custo com Horas de Consultoria que quando não planejados pelos usuários tornam-se extremamente
difíceis de estimar. Para evitar este tipo de problema as empresas devem estabelecer medidas no contrato dos
consultores que obrigue o aporte de conhecimento a um número determinado de pessoas internas da empresa
para que se tornem multiplicadores dentro do projeto como um todo.[1 5]

Custos típicos na implementação de um novo sistema ERP:

Reengenharia 40%
Conversão de dados 20%
Treinamento e gestão de mudanças 15%
Software 15%
Hardware 10%

Custos para a pequena empresa

Com o crescimento dos ERPs nas pequenas empresas além dos custos iniciais acima existem outros para
aqueles que não possuem nenhum outro tipo de ERP instalado como o de infra-estrutura onde é necessário
realizar modificações físicas nos locais para instalação de cabeamento de redes, pontos wifi e rede elétrica para
comportar os equipamentos necessários para a operação de toda a solução.

Alternativa ao sistemas ERP tradicionais: Sistema ERP Online

Existem outros tipos de ERP, além dos citados. O tipo mais moderno que está sendo utilizado atualmente é o
ERP online (em nuvem).

Um ERP online é um software do tipo Saas (software como serviço).

Hoje em dia o ERP Online esta aos poucos substituindo os ERPs mais antigos, do tipo desktop, que são aqueles
que instalamos em nosso computador.

Para utilizar um ERP online você precisa apenas uma conexão com a internet e uma conta no sistema do
fornecedor de sua preferência.

Vantagens do ERP online:

Custo mais baixo


Infra-estrutura e tecnologia inclusa, você se preocupa apenas em gerenciar seu negócio
Muitas vezes não possui custo de implantação apenas mensalidade
Acesso de qualquer lugar, basta uma conexão com a internet
Possuem mais recursos e integrações com diversas outras plataformas web
Mais intuitivo, moderno e fácil de usar
Acesso através de smartphones e tablets

Ver também
Sistemas de informação de gestão
Intranet
Referências
1. TURBAN, Efraim (2010). Tecnologia da Informação para Gestão: Em Busca de um Melhor Desempenho
Estratégico e Operacional 7ª ed. Porto Alegre: Bookman. p. 318-361
2. Sistemas de informação gerenciais. [S.l.: s.n.] 2010 |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
3. Enttry, Equipe (5 de agosto de 2020). «Software ERP para empresas de Outsourcing de Impressão». Enttry
Software | Blog. Consultado em 17 de agosto de 2020
4. O'Brien, James A (2007). «7». Administração de Sistemas de Informação: Uma Introdução 13 ed. São
Paulo: Mc Graw Hill
5. LUCAS, Henry C (2006). Tecnologia da Informação 13. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora. p. cap.17
6. Equipe de Conteúdo Sankhya (2020) O que é ERP?
7. LAUDON (2007). Sistemas de Informação Gerencais 7. ed. São Paulo: Editora Afiliada. p. cap.2 Texto
"nome Kenneth C." ignorado (ajuda)
8. MESQUITA, Robson Antônio Catunda. Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning). Centro Universitário
de Brasília - UNICEUB: [s.n.]
9. LAUDON, Kenneth C. (2004). Sistemas de informações gerenciais: Administrando a empresa digital. São
Paulo: Prentice Hall. p. 61
10. CHERENE, Lumena Paes; DA SILVA, Luciano Souza; SILVA, Simone Vasconcelos. DIFICULDADES E
BENEFICIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO EMPRESARIAL (Sap
R/3).PerspectivasOnLine 2007-2010, v. 4, n. 16, 2014.
11. O'Brien, James A (2004). «7». Sistemas de Informação e as decisões gerenciais na era da Internet 2 ed.
São Paulo: Saraiva
12. FERREIRA, Adhemir; COUTO, Celso; MICCHELUCCI, Andrea. Aquisição de Sistemas ERP: uma análise
dos resultados obtidos pelas empresas. Gestão Contemporânea, n. 9, 2011.
13. VALENTIM, Onivaldo Aparecido et al. Análise comparativa entre a implementação e atualização do sistema
ERP R/3 da SAP considerando os fatores críticos de sucesso descritos na literatura: um estudo de caso em
uma empresa do segmento de bebidas. Gestão & Produção, v. 21, n. 1, p. 111-124, 2014.(Atualizado)
14. O'Brien, James A; Marakas, George M (2013). Administração de Sistemas de Informação. [S.l.]: AMGH.
620 páginas. ISBN 8580551110
15. PADILHA, Thais Cássia Cabral; MARINS, Fernando Augusto Silva. Sistemas ERP: características, custos e
tendências. Revista Produção, v. 15, n. 1, p. 102-113, 2005

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