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COMUNICAÇÃO E TURISMO

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1. SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3

2. TURISMO E COMUNICAÇÃO ............................................................................. 4

2.1 O Compartilhar: O que não é Medido, mas Vivido ............................................ 5

3. COMUNICAÇÃO ................................................................................................ 10

3.1 Circularidade da Comunicação........................................................................ 11

4. ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO ................................................................ 14

4.1 O Plano de Comunicação ................................................................................ 14

4.2 A Informação e a Escolha do Consumidor ...................................................... 15

5. O MARKETING TURÍSTICO .............................................................................. 18

5.1 Tipos de Turismos ........................................................................................... 19

6. PLANEJAMENTO DA COMUNICAÇÃO NO TURISMO.................................... 29

7. A INTERNET COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DOS DESTINOS


TURÍSTICOS............................................................................................................. 31

7.1 Nível Experimental ou Mídia de Divulgação .................................................... 33

7.2 Nível Tático - Operacional: E-commerce ......................................................... 33

7.3 Nível Estratégico: E - business ........................................................................ 33

8. APLICAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ... 36

8.1 Heterogeneidade ............................................................................................. 36

8.2 Intangibilidade ................................................................................................. 36

9. O TURISMO E NOVAS REGRAS DE COMUNICAÇÃO .................................... 38

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 40

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 42

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

O turismo como temática de pesquisa vem conquistando um significativo


espaço no campo da investigação científica. Muitas das abordagens favorecem uma
visão mais voltada para a economia; no entanto, o que se propõe neste artigo é
observar o turismo como um fenômeno social que move milhões de pessoas
motivadas, principalmente, pela busca de novas experiências diferentes daquelas
vividas no cotidiano.
Essa intensa e crescente mobilidade social, descrita pelo fenômeno turístico,
assume características diversas, variando conforme o período histórico no qual se
acha inserida, bem como insinua comportamentos distintos daqueles observados até
há poucas décadas.
Nesse contexto, a contribuição de Maffesoli, ao desenvolver a noção de
comunicação, sublinhando o compartilhar, torna-se relevante para explicar os novos
valores comportamentais observados na sociedade pós-moderna, bem como a sua
relação com o turismo.
Por sua vez, o turismo, sustentado por De La Torre, revela a importância das
interações sociais. Elas acontecem durante a atividade turística e podem encontrar
sentido no compartilhar proposto por Maffesoli. Desse modo, a comunicação e o
turismo, apesar de suas características próprias e singulares, podem se mostrar
complementares, conforme os princípios da Sociologia Compreensiva.

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TURISMO E COMUNICAÇÃO

A comunicação faz parte da condição


humana, desde o inicio dos tempos às “(...) se consumimos por desejo
e por necessidade significa que
pessoas procuram conviver e se comunicar
consumimos não só produtos, mas
com as outras. Existe uma necessidade de
também imaginários e idealizações
relacionar-se com o meio e com os outros, o guardadas cuidadosamente junto ao
que pode ser considerado uma das várias coração de cada um de nós... Então, é
motivações que levam um indivíduo a viajar, a também ao nosso imaginário, tão caro,
que nós mesmos, que os produtos
conhecer lugares, culturas e pessoas
podem e devem atender, levando
diferentes que venham a acrescentar
àquelas necessidades que estão em
conhecimento e vivência ao seu modo de vida. nosso coração.” GASTAL (2002)
O produto turismo é abstrato e lida com
sonhos e desejos humanos, por isso devem
ser trabalhados com cuidado e atenção. Um
planejamento de comunicação nesta área é essencial para que seu sucesso seja
alcançado, afinal não existe um produto sem que exista um consumidor.
No caso do turismo segmentado, a comunicação se constitui como um dos
instrumentos utilizados pelos empreendedores do segmento para possibilitar a
associação dos espaços físicos aos símbolos e significados para os quais existe uma
expectativa de prazer.
A transformação dos espaços em produtos turísticos é planejada para provocar
no viajante, sensações de prazer ou de desfrute pré-programadas. Essa expectativa
é construída e mantida por uma variedade de práticas não turísticas, em grande parte
ligada à adoção de estratégias de comunicação.
De acordo com Wainberg (2001), vive-se a era do movimento em redes de
comunicação, transporte, lazer, bem como, o entretenimento, permeados por atrações
capazes de fustigar os sentimentos e estimular o desejo do consumo de lugares que
são caracterizados pelas fantasias e valores do turista consumidor. Assim, como em
suas palavras, a comunicação turística é intermediada pelo diálogo das marcas,
imagens e significações. Esse diálogo faz do turismo uma atividade onde se
consomem primordialmente produtos simbólicos, mediados pela comunicação.

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AMPLIE SEUS CONHECIMENTOS:
Para saber mais sobre: Como o turismo trabalha a
comunicação

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=cF4F8BYm6uM

2.1 O Compartilhar: O que não é Medido, mas Vivido

A comunicação é lida por Maffesoli como uma interação e, como tal, é


recarregada, constantemente pelos sujeitos, de acordo com a necessidade de estar
junto. Conforme o autor, apenas o que se vive junto pode ser compartilhado, assim
“comunicar é servir-se daquilo que se tem em comum”. (MAFFESOLI, 1995, p. 82). A
comunicação favorece a percepção do coletivo, delineando, dessa maneira, uma nova
ordem social, valorizando a interação, banalizando o eu, cedendo lugar ao plural e,
desse modo, conhecer uma tal emoção em comum.
A noção de comunicação celebra o compartilhar. “A sociedade é formada por
um conjunto de relações
A metamorfose não é o fim, mas a separação,
interativas, feito de afetos,
agregação para que outra associação possa se formar.
emoções, sensações que Sublinha a crise do individual, mas o esforço coletivo e
constituem, strito sensu o corpo outra maneira de estar junto se formam. Assim, após
social.” (MAFFESOLI, 1996, p. modernidade pode ser lida como heterogenização, a

73). A comunicação, enquanto pluralização do mundo, gerando identificações múltiplas


(2005, p. 32)
interação, acontece quando se
pode comungar um afeto. Assim,
a correspondência do sentimento, do sensível, não trata do número de vezes ou do
número de pessoas, mas sim, da essência, da paixão.
Dessa forma, a comunicação é realimentada pela necessidade de socialização
inerente à natureza humana e pode ser demonstrada de várias maneiras. Assim, “as
refeições, as festas, as procissões são, sabidamente, um modo de dizer o prazer de
estar junto” (MAFFESOLI, 1996, p. 85), são formas de pôr em comum os afetos e
celebrar essa comunalização.
Portanto, a ordem do singular cede lugar à efervescência da massa, na medida
em que metamorfoseia o individual para explodir no outro, vislumbra-se a oposição ao

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hedonismo. Maffesoli apresenta questões inquietantes referentes à nova constituição
da sociabilidade.
Para o autor:
Não se trata de fazer distinção entre o bem e o mal, mas de vivê-lo na pulsação
do hoje, numa ondulação que aceita e celebra ora Dionísio, ora Apolo. “Vive-se uma
forma de estar-junto, que não está voltada para o longínquo ou para uma sociedade
perfeita, mas que se dedica a organizar o presente.” (MAFFESOLI, 1995, p. 17).
A sociedade assume uma postura, essencialmente, presenteísta e, com ela, o
peso ou a leveza da velocidade do aqui e agora. Ao compartilhar sentimentos,
emoções, afetos pressupõe-se comungar com outras pessoas e, por meio dessa
ação, de fazer parte, estar vivendo o mesmo sentimento com os outros, dá-se início e
continuidade ao processo de integração e evolução social, sugerido por Maffesoli
como entrar em correspondência com os outros, o que se vive junto e não é medido,
mas apenas vivido.
Dessa forma, a comunicação se dá a partir do experimentar junto, exalta o
corresponder, o viver em comum uma experiência prazerosa ou infeliz, pouco importa,
só é relevante o sentido coletivo da ação. Para Maffesoli (1996, p. 83) “há no ar uma
afetividade que tende a explodir e contaminar todos os setores da vida social”. A
afetividade ultrapassa o conceitual, já que é, essencialmente, sensível. Fala-se aqui
do que não é quantificável, a paixão, a emoção.
Maffesoli faz referência à comunicação tátil, que tem por objetivo,
simplesmente, o contato, o participar junto. Tende a uma uniformização na maneira
de vestir, de falar, dos esportes ou apenas freqüentar locais cotidianos, como numa
espécie de eco, com grau zero de conteúdo, acentuando, unicamente, a importância
do coletivo.
Nesse caso, forma-se um novo sujeito, rompendo-se com o princípio de
individuação, tirando-se de circulação o egocêntrico, “seja por uma Comunicação
verbal, seja por uma Comunicação não-verbal, está em interação com o outro”.
(MAFFESOLI, 1995, p. 80).
 Comunicação verbal
A comunicação verbal pode ser definida como sendo toda linguagem falada ou
escrita, ou seja, toda mensagem transmitida através de palavras. É parte do dia a dia
de todos nós e possui uma variedade enorme, pois existem por volta de 7.000 idiomas
no mundo! De uma certa forma, a linguagem é diferente para cada um desses idiomas,

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com formas de enxergar o mundo diferentes. Outro ponto de destaque é o advento da
escrita, considerada a maior invenção de todos os tempos, e que permitiu que a
informação fosse documentada, mantendo assim registros para a posteridade.
Assim, é possível perceber a importância que esse tipo de comunicação tem.
E não é somente o que se diz, mas como se diz. Seu tom de voz e o volume com que
fala influenciam consideravelmente na comunicação, tornando uma mensagem mais
“agradável ou não”.
Enquanto o tom de voz é um elemento da linguagem não verbal, as palavras
ditas pertencem à verbal e têm muita importância na comunicação. Não caia nessa
de achar que elas não importam. Afinal de contas, não tem linguagem corporal e tom
de voz que consertem uma palavra errada na hora errada.

 Comunicação não verbal

A comunicação não verbal é compreendida por tudo aquilo que não faz uso de
palavras. Já falamos sobre o tom de voz, mas esse é apenas um dos elementos desse
tipo de linguagem. Outro exemplo é a linguagem corporal, que abrange tanto os
movimentos do corpo quanto as expressões faciais.
Esse tipo de comunicação exerce muita influência no discurso, sendo um dos
principais pontos de observação para quem quer falar bem em público. Cuidados com
as mãos, a postura e a tonalidade da voz fazem a diferença, transmitindo mais
confiança e segurança. A linguagem não verbal possui características interessantes e
universais, como alguns gestos (existem várias exceções) que são entendidos em
qualquer lugar do mundo ou mesmo uma expressão facial de tristeza, que é
basicamente a mesma para todos.
Outro excelente exemplo da aplicação da linguagem não verbal é na
sinalização de trânsito. Já parou para pensar que a maioria das placas de trânsito não
possui palavras escritas nelas? Mesmo assim, entendemos perfeitamente a
mensagem transmitida por elas, pois aprendemos tanto na Auto Escola quando por
repetição e pelo convívio na sociedade. É interessante perceber que nos
acostumamos com essas convenções e achamos muito estranho quando ocorre
qualquer mudança.
Pense bem, você consegue se imaginar parando quando o semáforo indica luz
verde? Seria bem estranho, não é mesmo? Um ponto a se destacar é que essa

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escolha se deu baseado na nossa percepção visual, que associa o vermelho ao perigo
e o verde à tranquilidade. O amarelo, que é o intermediário entre eles, se torna assim
o sinal de atenção.
Mas qual a importância disso? Bem, é baseado na maneira como nossa
interpretação de mensagens não verbais é feita que desenvolvemos os estudos em
linguagem corporal, pois nossa mente associa determinados gestos a sentimentos,
tornando a comunicação mais ou menos efetiva.
Adicionalmente, a questão estética complementa essa noção de que a
comunhão é o fundamento para a geração de movimentos de atrações e de repulsões.
Quer sejam elas (as atrações) espontâneas, como as formas
teatrais urbanas, quer escondidas pelos calendários musicais ou
esportivos, quer propagandas, com os períodos festivos ou de férias
[...] Não faz a menor diferença. Em cada um desses casos, além da
simples casualidade racionais, observa-se um desejo de estar junto.
(Maffesoli, 1996, p. 73-74)

O compartilhar redefiniu a necessidade de comunicação na sociedade. As


componentes sociais, que determinam tais desejos, são universais. Elas se verificam
em qualquer parte: compartilhar experiências (positivas ou negativas), conquistas,
conhecimentos, cultura ou integrar-se a elas livremente entre os infinitos agentes
sociais, que neles transitam. Sem isso, se (des)configuram alguns aspectos do
cenário típico dos contextos pós-modernos da sociedade contemporânea.
Maffesoli (2001, p. 113) considera que “a Comunicação, ao mesmo tempo,
verbal e não-verbal, constitui uma vasta rede, que liga os indivíduos entre si”. Nesse
sentido, deve-se acrescentar que não apenas a verbalização tem estatuto de laço
social, mas as situações silenciosas devem ser incluídas como ativos da
comunicação, atendo-se a uma perspectiva orgânica de grupo, seja na linguagem
corporal, seja nos ruídos das músicas.
Assim, a profusão de imagens pode provocar a cultura dos sentimentos por
meio dos elementos que fazem parte dos atrativos turísticos. Podem ser elementos
das cidades, as linhas arquitetônicas, as ruas, o entorno natural, dotado de elementos,
como os cheiros, as texturas, os sons.
A comunicação pode se dar, ainda, através das cores, uma vez que “constituem
estímulos para a sensibilidade humana, influindo no indivíduo, para gostar ou não de
algo, para negar ou afirmar, para se abster ou agir”. (FARINA, 2000, p. 112). A reação

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das pessoas em relação à cor é particular e subjetiva, estando ligada a vários fatores
que fazem parte da vida de cada um. “As cores são uma realidade sensorial [...], atuam
sobre a emotividade humana, produzem uma sensação de movimento, uma dinâmica
envolvente.” (FARINA, 2000, p. 101).
Assim, assumem um papel relevante na condução das imagens, associadas à
experiência, vivida pelo agente do processo comunicacional. Elas são elementos
complementares à forma, dão consistência à mensagem compartilhada e facilitam a
continuidade da correspondência por se constituírem em elemento comum aos que
interagem em seu processo, tanto no plano físico quanto no imaginário. (CHEVALIER;
GHEERBRANT, 1997).
É no conceito do compartilhar que se encontra a função expressa na origem
etimológica da comunicação: tornar comum a todos – fazer algo comum,
conhecimento compartilhado. Está na origem dos sistemas sociais a organização
urbana, através da qual se otimiza o processo comunicacional. Para o qual
“comunicar-se é servir-se daquilo que se tem em comum”. O contexto é
essencialmente pluricausalista, polissêmico, plural, ele favorece a percepção das
coisas em massa e permite, portanto, compreender as massas e também os diversos
movimentos que as animam. (MAFFESOLI, 1995, p. 82).
O compartilhar das experiências, enquanto vividas, constitui-se em elemento
que merece atenção em relação ao Turismo. Na medida em que as pessoas sentem-
se motivadas a “estar-junto”, forma-se a cadeia motora dos deslocamentos humanos
(buscar algo em outro lugar e no outro). O comungar do vivido, no instante em que é
vivido, é que desperta a curiosidade e o desejo de experimentar junto e, ao mesmo
tempo, que/com os outros, resultando em atratividade turística.
A comunhão constitui-se no elemento principal da atratividade turística, uma
vez que as pessoas, simplesmente, vivem, surge a necessidade da interação. O
Turismo permite essa comunhão, na medida em que os sujeitos compartilham as suas
vivências, estão juntos, comungando em torno de um mesmo objeto, fazendo parte,
experimentando uma tal emoção em comum. Desse modo, possibilita-se a formação
da cadeia motora de atração de públicos aos locais turísticos.

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COMUNICAÇÃO

Para além da epistemologia da comunicação, Maffesoli apresenta novas


formas de compreender aquilo que é do senso comum. Mesmo os elementos
(trans)formadores da socialidade, considerados muitas vezes banais, são objeto de
estudo da Sociologia Compreensiva proposta por Maffesoli.
Abrangente na sua totalidade, a Sociologia Compreensiva, também chamada
Sociologia do Lado de Dentro, ocupa-se em explicar os pormenores da vida de todos
os dias por meio de cinco pressupostos enunciados por Maffesoli (1985). Possui,
como uma de suas características, a universalidade e a subjetividade nas questões
do cotidiano, do mundo das idéias; elementos essenciais na descrição conceitual, que
envolvem a reflexão deste estudo.
O objeto da Sociologia Compreensiva é o estudo abrangente dos processos de
evolução das sociedades, contemplando o cotidiano e a subjetividade, através da
análise integrada dos momentos e dos movimentos sociais. “O essencial se encontra
na invariabilidade do homem em sociedade, no retorno do idêntico, nas grandes
constantes da condição humana.” (MAFFESOLI, 1985, p. 10).
Quando estamos falando sobre comunicação, devemos estar cientes de que é
um dos processos mais valiosos para uma organização de trabalho podendo ser
classificadas como: Comunicação unilateral e comunicação bilateral.
Toda a comunicação pressupõe transmissão, informação e conhecimento de
algo, através de um código. A significação constitui um dos elementos essenciais à
comunicação. Uma mensagem só terá sentido, se tiver em conta as regras
da semântica. Na análise semântica, o campo de estudo é o vínculo do signo com a
realidade que exprime. Sob o aspeto semântico, as palavras (signos linguísticos) são
consideradas na sua dimensão de referência à realidade, buscando-se o sentido ou o
significado que nessa relação possuem.
A comunicação unilateral só exige a atuação de um emissor, enquanto o
receptor é passivo. Estão neste caso os locutores dos "mas media" como a rádio e a
televisão, o cartaz de parede com as suas mensagens publicitárias e de propaganda,
ou aquele que pronuncia uma palestra ou um discurso. A comunicação unilateral à
distância, frequentemente, é estabelecida de um emissor para vários receptores,
denominando-se, por isso, difusão. É o que sucede com a rádio, a televisão, o cinema
e a imprensa escrita.

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A comunicação bilateral exige reciprocidade entre o emissor e o receptor, que
se vêem na necessidade de alternarem os papéis. É o que sucede em todas as
conversas, nos diálogos, nas entrevistas e em muitas outras situações. Aqui, os
locutores veem-se obrigados a construir ou a alterar a sua mensagem de acordo com
os dados que se definem na situação comunicativa. A comunicação bilateral permite
que se estabeleça uma troca de papéis entre emissor e receptor. Chama-se
intercâmbio à troca de mensagens daí resultante.

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Para saber mais sobre: Estratégias de Comunicação

2.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=iFREUkRDHOc

3.1 Circularidade da Comunicação

Sfez (1994) aponta que a sociedade é atualmente designada como sendo uma
sociedade de comunicação, quando na realidade a comunicação e a própria
sociedade estão subordinadas às tecnologias. A técnica (dispositivo interacional)
passa a ser a central, o regente da sociedade.
(...) os conteúdos atribuídos ao termo geral ‘comunicação’ variarão em função
das técnicas. A cada novo avanço técnico, a comunicação se reafirma como devendo
ser aquilo que as mais recentes invenções fazem dela... (SFEZ, 1994. p.72).
O autor reflete sobre um tip o de comunicação inteiramente diverso, saindo do
quadro habitual em que ela se encontra apreendida, definida e explicitada, onde a
comunicação é a mensagem que um sujeito emissor envia a um sujeito receptor
através de um canal (A → B). Nesta nova perspectiva, deixa de haver aqui envio linear,
por um sujeito emissor, de uma mensagem calculável a um objeto receptor. A
comunicação é a inserção de um sujeito complexo em um ambiente também
complexo, trazendo uma causalidade circular.
Esta ideia de circularidade conduz a de interação generalizada do observado e
do observador. Assim, não é que acabe o papel no receptor, mas ele passa a fazer

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parte do ciclo, não sendo um mero espectador, mas sim se transformando muitas
vezes também no emissor da mensagem. A interação, então, é um processo de
mudança, troca de informação (diferença que produz diferença). Com isso, o objeto
se constrói em redes conectadas de observações, verificadas pela ação.
Partimos desta forma, de uma noção geral de como estamos enquadrados
nesta nova “ambiência”, saindo da sociedade dos meios, em que estes eram apenas
instrumentos e tinham o poder mediador para obtermos informações; chegando a uma
sociedade em vias de midiatização, em que a constituição e funcionalidade da
sociedade estão atravessadas e permeadas por pressupostos e lógicas do que se
denominaria a cultura da mídia.
Em outras palavras, com a evolução da tecnologia, surgimento e transformação
dos meios, bem como com a complexificação dos campos e de suas lógicas para
outros campos, o corre o esmaecimento de fronteiras, desenvolvendo - se novas
institucionalidades e relações entre campos. Os papéis dos meios vão também se
complexificando e, na condição de suportes, passam a ampliar a centralidade que
ocupa na vida cotidiana, vendo suas funções se diversificarem: seja como fontes de
informação e de entretenimento, seja com regulação de interações, de agendamentos
etc.
Emerge assim, já nesta sociedade, uma nova dinâmica interacional, na medida
em que a centralidade destes vai dando lugar a um deslocamento para a sociedade
de lógicas culturais das mídias sobre as demais práticas sociais que, a seu modo,
acusam os efeitos dessas mutações, algo que vai se complexificar largamente na
sociedade em vias de midiatização, conforme veremos mais adiante.
Portanto, o que nos interessa não é definir pelo objeto empírico, mas perguntar
por suas relações com o processo interacional da sociedade. Modos sociais de
circulação que aí são inventadas e produzem seus efeitos sociais. Trata - se de uma
nova forma de ambiente, em que dispositivos e linguagem tratam de produzir outro
conceito de comunicação em que as interações sociais estabelecem ligações
sóciotécnicas. Os modos segundo os quais a sociedade realiza, escolhe e direciona
as possibilidades sociais abertas através dos processos tecnológicos e operacionais
de interação, é que compõem a processualidade interacional/social que vai
caracterizar a circulação comunicacional, logo, a construção de vínculos, de modos
de ser, do perfil social a que chamamos de real idade.

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Assim, conforme Braga (2012), o estudo da midiatização corresponde a estudar
minuciosamente aquelas experiências sociais de produção de circuitos e de
dispositivos interacionais para, através das percepções aí obtidas, identificar os riscos,
os desafios, as potencialidades e os direcionamentos preferenciais, procurando
perceber como estão se encaminhando as mediações comunicativas da sociedade.
Isso corresponde a dizer que, na sociedade em midiatização, não são os meios, ou
as tecnologias, ou as indústrias culturais, que produzem os processos, mas sim todos
os participantes sociais, sujeitos e instituições que acionam tais processos e conforme
os acionam.
A midiatização, desta forma, é compreendida como um modo de organização
que ultrapassa largamente as dimensões produtivas atribuídas ao clássico processo
comunicacional. Se antes a circulação era uma passagem e a preocupação era a
consistência entre o ponto de partida e o ponto de chegada, agora com os receptores
ativos, esta circulação passa a ser vista como o espaço de reconhecimento e dos
desvios produzidos pela apropriação, “como resultado da diferença entre lógicas de
processo de produção e de recepção de mensagens” (Braga, 2012), e mais tarde
como “pontos de articulação entre produção e recepção” (Fausto Neto, 2010) com um
receptor não somente ativo, mas operador/programador de seu próprio consumo
multimediático. Com isso, as mídias perdem o lugar de auxiliaridade e passa a ser
referência formadora no modo de ser da própria sociedade e, nos processos de
interação entre as instituições e os atores sociais.
Então, todas as áreas e setores da sociedade passaram a desenvolver práticas
e reflexões sobre sua interação com as demais áreas e setores, testando
possibilidades e inventando processos interacionais para participar segundo suas
próprias perspectivas e interesses. Essas práticas, esses processos, em toda a sua
variedade, tornam - se objeto possível para nossa investigação, como é o caso da
divulgação do turismo, em que o campo midiático vem “ajudar” o campo do turismo
quanto, por exemplo, a divulgação, conhecimento, de uma localidade. Desta forma, a
circulação é o âmbito de uma complexa articulação entre propriedades do discurso
proposto e as estratégias de apropriação do sujeito (Verón, 1997).

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ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO
3.

SAIBA MAIS COM ESTE ARTIGO:

Gestão da comunicação no turismo. JUNHO 18, 2020

Acesse: http://turismoeinovacao.com/institucional/gestao-da-comunicacao-no-
turismo/#:~:text=A%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20no%20turismo%20tamb%C3
%A9m,sua%20autoridade%20e%20seguran%C3%A7a%20comercial.

4.1 O Plano de Comunicação

Para que a comunicação seja de qualidade e gere resultados positivos é


preciso uma estratégia de ação, assim a instituição elaborara um plano para transmitir
as notícias aos seus públicos. É a partir dessa estratégia que se definirá para o
público, a linguagem, o meio e o conteúdo que se pretende divulgar. Assim poderá
existir uma avaliação que trarão novas metas para a instituição tornando ao início de
um ciclo que não terá fim. Existe uma tendência muito grande de segmentação dos
públicos, por isso cada vez se torna mais difícil alcançá-los por completo. Por isso é
preciso elaborar com cuidado o plano de comunicação definindo com clareza o
público-alvo e os meios que serão utilizados para alcançá-los.
O plano de Comunicação deve conter diversas áreas, as quais devem ser
adequadas ao seu público-alvo, considerando-se a dinâmica do mercado do turismo
e suas características de sazonalidade e regionalidade. Este plano deve ser composto
de atividades nas seguintes áreas: Relações Públicas, Publicidade, Assessoria de
Imprensa, Marketing e Turismo. A partir dessas ações poderá ser realizado um
diagnóstico e um prognóstico que possa desenvolver o turismo cada vez mais numa
determinada região. Atividades ligadas à divulgação através de campanhas, matérias
jornalísticas, material visual impresso e atendimento para que os próprios turistas
sejam usados como multiplicadores são essenciais no planejamento de comunicação.

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Segundo CORRADO (1994), há um tempo o profissional de Relações Públicas
existia apenas para deixar a imprensa longe dos acontecimentos que envolvessem a
instituição. Hoje as atividades de Relações Públicas são definidas como uma união
de técnicas de comunicação capazes de criar, manter a sintonia de com os públicos.
Diversas atividades podem estar ligadas a este setor, tais como: organização de
eventos, desenvolvimentos de políticas de patrocínio, lobbing, desenvolvimento de
políticas de contrapartidas, elaboração de projetos que possam acrescentar no roteiro
turístico da região.
Já a Publicidade está diretamente ligada à forma de propaganda que será
utilizada para gerar aumento na procura de determinado produto, ela atinge
diretamente o público podendo gerar reações e desejos de usufruto. Para uma
publicidade ser bem sucedida seu material deve ser verdadeiro, mostrando o que o
“produto” tem de melhor a oferecer cuidando sempre para não gerar nenhum tipo de
frustração do seu cliente, pois isso poderá gerar uma propaganda negativa boca-a-
boca prejudicial.
A Assessoria de Imprensa busca a divulgação através de matérias jornalísticas,
que são formadores de opinião e possuem
uma grande audiência e penetração junto a
“a comunicação “não é
um ciência, mas um campo de públicos variados. Cabe lembrar que a
estudo multidisciplinar, cujos imprensa é lembrada como o quarto poder
métodos de análise foram podendo modificar a opinião das pessoas.
desenvolvidos pelos diversos
Geralmente a comunicação com o
ramos do conhecimento
consumidor é feita diretamente pelo
filosófico, histórico e
sociológico”. WOLF (2002) marketing que deve realizar pesquisas de
opinião que proporcionem os dados corretos
e necessários para o desenvolvimento das
atividades de divulgação.

4.2 A Informação e a Escolha do Consumidor

Levando-se em consideração a rapidez com que as informações são


dissolvidas é preciso planejar com cuidado toda e qualquer informação antes desta
chegar à mídia, para que não haja nenhum tipo de ruído que distorça o conteúdo
dando-lhe um significado diferente do real.

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Desta forma, Leal (2008) conclui que, na atualidade, a mídia passa a ser um
dos principais instrumentos de mediação entre visitantes, empresas, profissionais e
destinos tornando-se um constante meio de motivação do deslocamento humano –
através das mais variadas notícias e reportagens que são veiculadas diariamente nos
meios de comunicação.
Tais informações são muitas vezes determinantes no processo de escolha do
consumidor turístico, precisando está calcadas nas características e vocação turística
das localidades. “Por isso, o estudo do processo comunicacional do turismo deve estar
presente ações das iniciativas público-privadas da modalidade do segmento turístico,
como elemento fundamental para uma construção adequada das imagens de
atrativos, serviços e equipamentos turísticos, fazendo-se necessário ainda o
desenvolvimento de estudos mais profundos neste sentido, na busca de uma
construção simbólica mais responsável dos destinos” (LEAL, 2008).
A imprensa possui papel fundamental neste processo, é ela quem tem o poder
de sugerir destinos à população, sem que esta perceba que está sendo sugestionada.
O tipo de matéria divulgada sobre determinada região pode fazer com que este se
torne, ou não, um destino turístico. O produto turismo precisa de um trabalho de
comunicação bem planejado e é por isso que os municípios possuem uma secretaria
responsável pelo desenvolvimento turístico da cidade.
Apesar da importância do turismo para o incremento econômico do município,
ainda existem prefeituras que não dão a devida importância a esse setor. Como na
Cidade de Vera Cruz - RN, que atualmente conta apenas com um Conselho Municipal
de Turismo, para planejar e organizar ações de turismo existentes ou futuras ações.
O conselho passou a existir após uma oficina de capacitação através da analise
SWOT, que identifica os pontos positivos e negativos de determinada região com
potencial turístico.
Segundo Ruschmann (2000),
No turismo cabe ao Estado zelar pelo planejamento e pela
legislação necessários ao desenvolvimento da infra-estrutura básica
que proporcionará o bem-estar da população residente e dos turistas.
Além disso, deve zelar pela proteção e conservação do patrimônio
ambiental (natural, psicossocial e cultural) e criar condições que
facilitem e regulamentem o funcionamento dos serviços e
equipamentos nas destinações, necessários ao atendimento das

16
necessidades e dos desejos dos turistas, geralmente, a cargo de
empresas privadas.
O hábito de viajar existe desde o século XX, após a Segunda Guerra Mundial
este deslocamento passou a ser organizado. A partir da década 1960 deu-se inicio ao
chamado “boom turístico” que passou a ser considerado como um setor da economia,
por sua capacidade de gerar empregos. A atividade turística passou a ser um produto
de uma sociedade capitalista com desejos e motivações que as levam ao consumo
cultural, de diversão, negócios, entre outros.

17
O MARKETING TURÍSTICO

AMPLIE SEUS CONHECIMENTOS:


4. saber mais sobre: Comunicação e Marketing
Para
de Turismo

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=_iO6VrSNetg

[...] o conjunto de atividades que as pessoas realizam


durante suas viagens e estadias em lugares diferentes ao de seu
entorno habitual, por um período de tempo consecutivo inferior a
um ano, com o objetivo de lazer, negócios ou outros motivos, não
relacionados a uma atividade remunerada no lugar visitado.
(ONU; OMT, 2000 apud DIAS; CASSAR, 2005, p. 57)

Marketing turístico é definido por Vaz (1999, p. 18), baseado em definição


genérica formulada por Philip Kotler, como “um conjunto de atividades que facilitam a
realização de trocas entre os diversos agentes que atuam direta ou indiretamente, no
mercado de produtos turísticos.”
Para definir turismo e os termos operacionais que o envolvem adotou-se o
conceito sugerido por Dias; Cassar, que se baseia em documentos da Organização
das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial do Turismo (OMT), presentes
nas “Recomendações sobre Estatísticas do Turismo”.
Desta forma, turismo é definido como:
São considerados visitantes todas as pessoas que “se deslocam de um lugar
diferente de seu entorno habitual, por um período inferior a 12 meses, cuja finalidade
principal da viagem não seja a de exercer uma atividade remunerada.” (DIAS;
CASSAR, p. 56) Os visitantes podem ser divididos em: 1) turistas, que
obrigatoriamente permanecem mais de 24 horas ocupando um alojamento coletivo ou
privado no lugar visitado; e 2) excursionistas, que não pernoitam, permanecendo
menos de 24 horas no local visitado.
Existem três tipos de turismo: turismo interno ou doméstico, turismo receptivo
e o turismo emissor ou emissivo. O turismo interno ou doméstico é aquele realizado

18
pelos visitantes residentes dentro de seu país. O turismo receptivo é o fluxo de entrada
de visitantes não residentes a um país, região ou localidade. Turismo emissor ou
emissivo é o fluxo de saída de residentes para fora do país, região ou localidade.
Dentro do turismo emissivo derivam três outras categorias: o turismo interior, o turismo
nacional e o turismo internacional.
Em Vera Cruz- RN caso observado, é um destino que recebe um público
excursionista, a atividade turística tem duração de 6 a 12 horas, pela proximidade de
Natal, capital do estado, não há necessidade ou interesse em pernoitar na cidade, se
enquadra na categoria de receptivo, turismo de interior e no segmento de turismo
rural, que está em grande expansão no Brasil, para atender a turistas que buscam
novas possibilidades além do binômio sol e mar.
Vaz (1999, p. 80) explora a técnica de segmentação de mercado para construir
um conjunto de referências visando dar suporte as ações de marketing. Ele conceitua
segmentação de mercado como “a divisão do público em agrupamentos homogêneos,
com uma ou mais referências mercadologicamente relevantes.” A segmentação é feita
a partir de dados estatísticos e fatores de atratividade da localidade, e enquadra os
consumidores dentro de bases de segmentação.
5.1 Tipos de Turismos

 Turismo Religioso:
O Turismo religioso, diferente de todos os outros seguimentos de mercado do
turismo, tem como motivação fundamental a fé. Estando, portanto ligado
profundamente ao calendário religioso da localidade receptora do fluxo turístico. Esta
tipologia de turismo está fundamentalmente ligada à história da atividade, sendo a
seguimento que mais contribuiu em número em períodos que a atividade turística
tornava-se inviável por conta da insegurança.
 Turismo de Massa:
O Turismo de massa também chamado turismo de sol e praia. É o mais
convencional, passivo e sazonal tendo a sua criação vinculado à consolidação do
capitalismo o que propicia o surgimento do seu público alvo a classe média. É
normalmente menos exigente e desprovido de um maior conforto, pois é um segmento
turístico voltado para a classe intermediária da sociedade e tem como característica
principal o seu baixo custo.

19
A Organização Mundial do Turismo (OMT) constata que o turismo de
massa ainda está na sua "infância", pois, diferentemente do turismo “elitista”, conserva
ainda uma importante demanda latente ou (não-público), dependendo, portanto da
conjuntura econômica e particularmente do aumento do poder aquisitivo da população
gerando uma “Classe média”.
Os países em desenvolvimento têm mostrado o quão grande é o
potencial deste seguimento de mercado do turismo, pois com o surgimento da classe
média nestes países surge também o turismo como atividade. Para esses novos
consumidores possuidores deste novo status quo e tempo livre tornasse viável fazer
turismo, principalmente o de massa.
Um sinal claro deste crescimento nestas novas economias é dada pela
China que, segundo a revista rost, é o país que mais emprega nas atividades ligadas
ao turismo com 62,3 milhões de pessoas trabalhando e tendo segundo dados da OMT
um crescimento da ordem de 8,5% no seu fluxo de entrada de turistas no período de
1995 a 2004 o que o coloca entre os primeiros destinos turísticos do mundo.
 Turismo de Incentivo:
O Turismo de Incentivo no Brasil é uma ferramenta empresarial utilizada por
instituições particulares ou organizações públicas, com o objetivo de motivar ou
premiar funcionários ou equipes quando metas de produção ou qualidade
são atingidas por eles.
No Segmento Turístico o turismo de incentivo é utilizado por empresas do setor,
conjuntamente ou de forma isolada. Constitui-se no convite para que algumas
especificas agências de viagem enviem seus melhores agentes. Com a finalidade que
este tenha um conhecimento real do destino ou do produto especifico.
Como conseqüência, temos um agente de viagem com a capacidade de vender
um produto que realmente conhece.
 Turismo Cultural:
É certo o que o conceito de cultura é extremamente amplo, entretanto quando
falamos de Turismo cultural este obtém uma conotação restritiva. O termo Turismo
Cultural designa uma modalidade de turismo cuja motivação do deslocamento se dá
com o objetivo de encontros artísticos, científicos, de formação e de informação.
O Turismo Cultural se caracteriza por uma permanência prolongada e um
contato mais “intimo” com a comunidade, ocorrendo viagens menores e

20
suplementares dentro da mesma localidade com o intuito de aprofundar-se na
experiência cultural.
 Turismo de Eventos:
O Turismo de eventos, é entendido como o deslocamento de pessoas com
interesse em participar de eventos focados no enriquecimento técnico, cientifico ou
profissional, cultural incluindo ainda o consumo. Tendo como principais sub-categoria
o Turismo de congresso e o Turismo de convenção.
O turista deste segmento caracteriza-se pela sua efetiva presença como
ouvinte, “participante” ou palestrante em congressos, convenções, assembléias,
simpósios, seminários, reuniões, ciclos, sínodos, concílios, feiras, festivais, encontros
culturais entre outras tipologias de evento.
Esta modalidade de Turismo pode ser sub-categorizada observando a relação
da tipologia de evento e o seu público alvo, entidade organizadora ou finalidade.
 Classificação:
o Congresso
Sub-categoria que tem como público membros de uma entidade de classe,
profissional, setorial de uma mesma área do conhecimento.
o Convenção
O público focado neste segmento é exclusivamente interno. Participantes de
um partido, empresa, religião com o objetivo de motivar, treinar, integração de grupos
ou mesmo lazer.
o Feira
Tendo caráter comercial focado comumente em um específico segmento de
mercado consumidor.
o Festival
Evento artístico cujo expectador é atraído por um estilo artístico podendo ser
musical ou mesmo literário.

 Turismo de Estudos:
Segundo o Ministério do Turismo, o Turismo de Estudos e Intercâmbio é um
segmento turístico de abrangência muito ampla, que engloba as mais diversas
modalidades turísticas. Por se tratar de um segmento de origem muito antiga, está
presente em praticamente todos os países do mundo e, como ocorre

21
independentemente de características geográficas ou climáticas específicas, pode ser
oferecido durante todo o ano.
Seu desenvolvimento se deu de forma paralela ao desenvolvimento industrial
da Europa e posterior à Reforma Protestante, quando uma visão de mundo mais
ampla se tornava essencial para acompanhar a evolução científica da época.
Destarte, era dada aos jovens a possibilidade de sair de seus países para estudar e
conhecer culturas diversas.
Movimentação turística gerada por atividades e programas de aprendizagem e
vivência. Os programas e atividades englobam a realização de cursos e trocas de
experiências com finalidade educacional (formal ou informal). O movimento turístico
gerado pela vivência consiste no deslocamento do turista motivado pela busca de
conhecimento e entendimento sobre os aspectos culturais e sociais de uma
localidade, adquiridos por meio de experiências participativas.
Fins de qualificação e ampliação de conhecimento A qualificação deve ser
entendida como o aumento no grau de aptidão ou instrução do turista em uma
atividade já praticada anteriormente. E, finalmente, por ampliação de conhecimento
deve-se entender o desenvolvimento de uma atividade correlata a um conhecimento
adquirido anteriormente.
Conhecimento Conhecimentos são idéias, informações e experiências acerca
de alguma atividade específica, e abrangeriam tanto a área técnica como a área
acadêmica. O conhecimento técnico seria aquele relativo a uma profissão, um ofício,
uma ciência ou uma arte determinada. Abrangeria, por exemplo, cursos esportivos,
de idiomas, intercâmbios de ensino médio, entre outros. O conhecimento acadêmico
seria todo aquele relacionado a alguma atividade proveniente de uma instituição de
ensino superior de ciência ou arte e abrangeria, entre outras atividades, cursos de
graduação ou de pós-graduação, assim como o intercâmbio universitário.
Desenvolvimento pessoal e profissional O desenvolvimento pessoal é o ganho
qualitativo e quantitativo de conhecimentos cuja motivação seja meramente particular.
O desenvolvimento profissional é todo o ganho qualitativo e quantitativo de
conhecimentos que, posteriormente, serão utilizados no exercício de uma profissão
ou ofício.
Desta forma pode-se constituir modalidades do Turismo de Estudos e
Intercâmbio: os intercâmbios estudantil, esportivo e universitário; os acordos de
cooperação entre países, entre estados e municípios na área educacional e entre

22
instituições pedagógicas; os cursos de idiomas, cursos técnicos e profissionalizantes
e cursos de artes; e as visitas técnicas, pesquisas científicas e os estágios
profissionalizantes, além dos trabalhos voluntários com caráter pedagógico. É válido
ressaltar que só serão consideradas modalidades turísticas aquelas cujo tempo de
permanência do estudante não ultrapasse o período de um ano.
Nesse sentido, o Turismo de Estudos e Intercâmbio deve ser tratado como um
segmento de relevante importância para o crescimento e fortalecimento do turismo
brasileiro. Além de estar em franco crescimento e de se mostrar um mercado bastante
promissor, esse segmento pode ser trabalhado como uma solução para os períodos
de baixo fluxo turístico. Além disso, os programas de estudos e intercâmbio podem
ser usados como atrativo para os lugares que ainda não possuem roteiros turísticos
consolidados.
 Agroturismo:
O Agroturismo é uma modalidade de turismo praticada no meio rural, por
agricultores familiares dispostos a compartilhar seu modo de vida com os habitantes
do meio urbano. Os agricultores, mantendo suas atividades agropecuárias, oferecem
serviços de qualidade, valorizando e respeitando o meio ambiente e a cultural local.
Na maioria dos casos, o Agroturismo é associado à atividades de Agroecologia,
Ecoturismo ou Educação ambiental.
O agroturismo ajuda a estabilizar a economia local, criando empregos nas
atividades indiretamente ligadas à atividade agrícola e ao próprio turismo, como
comércio de mercadorias, serviços auxiliares, construção civil, entre outras, além de
abrir oportunidades de negócios diretos, como hospedagem, lazer e recreação. Com
relação aos benefícios ambientais, pode-se mencionar o estímulo à conservação
ambiental e à multiplicação de espécies de plantas e animais, entre outros, pelo
aumento da demanda turística. Economicamente, pode-se mencionar como exemplo
de vantagens associadas ao agroturismo, a possibilidade de agregar valor aos
produtos agrícolas do estabelecimento e a instalação de indústrias artesanais , por
exemplo para a produção de alimentos regionais típicos. Além disso, desperta a
atenção para o manejo, conservação e recuperação de áreas degradadas e da
vegetação florestal e natural.

23
 Turismo Rural:
O Turismo rural é uma modalidade do turismo que tem por objetivo apresentar
como atração as plantações e culturas em áreas onde as mesmas, porventura, sirvam
de referência internacional no chamado agronegócio.
Turismo rural no Brasil:
Segundo o documento do Ministério do Turismo “Diretrizes para o
Desenvolvimento do Turismo Rural”, a conceituação de Turismo Rural fundamenta-se
em aspectos que se referem ao turismo, ao território, à base econômica, aos recursos
naturais e culturais e à sociedade. Com base nesses aspectos, e nas contribuições
dos parceiros de todo o País, define-se Turismo Rural como: “o conjunto de atividades
turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária,
agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural
e natural da comunidade”.
Atividades turísticas no meio rural (não é so no Brasil)
As atividades turísticas no meio rural constituem-se da oferta de serviços,
equipamentos e produtos de:
o Hospedagem
o Alimentação
o Recepção à visitação em propriedades rurais
o Recreação, entretenimento e atividades pedagógicas vinculadas ao
contexto rural
o Outras atividades complementares às acima listadas, desde que praticadas no
meio rural, que existam em função do turismo ou que se constituam no motivo da
visitação.

A concepção de meio rural adotada nas Diretrizes brasileiras, baseia-se na


noção de território, com ênfase no critério da destinação e na valorização da
ruralidade. Assim, considera-se território um espaço físico, geograficamente definido,
geralmente contínuo, compreendendo cidades e campos, caracterizado por critérios
multidimensionais, como ambiente, economia, sociedade, cultura, política e
instituições, e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que se
relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode
distinguir um ou mais elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e
territorial. Nos territórios rurais, tais elementos manifestam-se, predominantemente,

24
pela destinação da terra, notadamente focada nas práticas agrícolas, e na noção de
ruralidade, ou seja, no valor que sociedade contemporânea concebe ao rural, e que
contempla as características mais gerais do meio rural: a produção territorializada de
qualidade, a paisagem, a biodiversidade, a cultura e certo modo de vida, identificadas
pela atividade agrícola, a lógica familiar, a cultura comunitária, a identificação com os
ciclos da natureza.
O Comprometimento com a produção agropecuária identifica-se com a
ruralidade: um vínculo com as coisas da terra. Desta forma, mesmo que as práticas
eminentemente agrícolas não estejam presentes em escala comercial, o
comprometimento com a produção agropecuária pode ser representado pelas práticas
sociais e de trabalho, pelo ambiente, pelos costumes e tradições, pelos aspectos
arquitetônicos, pelo artesanato, pelo modo de vida considerados típicos de cada
população rural.
A prestação de serviços relacionados à hospitalidade em ambiente rural faz
com que as características rurais passem a ser entendidas de outra forma que não
apenas focadas na produção primária de alimentos. Assim, práticas comuns à vida
campesina, como manejo de criações, manifestações culturais e a própria paisagem
passam a ser consideradas importantes componentes do produto turístico rural e,
conseqüentemente, valorizadas e valoradas por isso. A agregação de valor também
faz-se presente pela possibilidade de verticalização da produção em pequena escala,
ou seja, beneficiamento de produtos in natura, transformando-os para que possam ser
oferecidos ao turista, sob a forma
de conservas, produtos lácteos, refeições e outros.
O Turismo Rural, além do comprometimento com as atividades agropecuárias,
caracteriza-se pela valorização do patrimônio cultural e natural como elementos da
oferta turística no meio rural. Assim, os empreendedores, na definição de seus
produtos de Turismo Rural, devem contemplar com a maior autenticidade possível os
fatores culturais, por meio do resgate das manifestações e práticas regionais (como o
folclore, os trabalhos manuais, os “causos”, a gastronomia), e primar pela
conservação do ambiente natural.

25
o Turismo Náutico:
Apesar de possuir um litoral de 7.367 quilômetros de extensão, 35.000
quilômetros de vias internas navegáveis, 9.260 quilômetros de margens de
reservatórios de água doce, como hidroelétricas, lagos e lagoas, além do clima
ameno, o Brasil ainda não aproveita seu grande potencial para o Turismo Náutico.
Isso se dá, em parte, pela proibição, até 1995, da navegação de cabotagem no
país para navios de bandeira estrangeira. Tal restrição inibia a inclusão do Brasil nas
rotas de viagem dos armadores estrangeiros. Somente a partir de agosto de 1995 com
a publicação da Emenda Constitucional n°7/95 sob intensa atuação da EMBRATUR –
Instituto Brasileiro de Turismo, foi liberada a navegação de cabotagem no litoral
brasileiro para embarcações de turismo. Os portos começaram a dedicar áreas
especiais para terminais de passageiros e o segmento passou a ser objeto das
políticas de turismo e outras correlatas.
Desde essa época, os esforços têm sido ininterruptos. A partir das articulações
e ações do EMBRATUR iniciaram-se discussões sobre as questões conceituais, de
estruturação, de legislação, de fomento e promoção pelo Grupo Técnico Temático de
Turismo Náutico da Câmara Temática de Segmentação, no âmbito do Conselho
Nacional de Turismo.
A depender do local onde ocorre, o Turismo Náutico pode ser caracterizado
como:
o Turismo Fluvial
o Turismo em Represas
o Turismo Lacustre
o Turismo Marítimo
Pode, ainda, envolver atividades como cruzeiros (de longo curso e de
cabotagem) e passeios, excursões e viagens via quaisquer tipos de embarcações
náuticas com finalidades turísticas. Assim, segundo o Ministério do Turismo, o
Turismo Náutico caracteriza-se pela utilização de embarcações náuticas como
finalidade da movimentação turística.
 Turismo Ecológico:
O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de
ecossistemas em seu estado natural, com sua vida selvagem e sua população
nativa intactos.

26
Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural
desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que,
complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos e para
o desenvolvimento sustentado das populações locais, melhorando a
qualidade de vida das mesmas.
Atividades consideradas ecoturismo:
Esta é uma lista de atividades consideradas dentro do ecoturismo. Têm em
comum o fato de serem praticadas em meio ao ambiente natural; no entanto, algumas
têm suficiente impacto ambiental para não serem consideradas boas práticas pelos
ecologistas, p. ex. o canyoning em trechos de rio usados para nidificação de aves de
rapina.
o Tirolesa
o Cavalgada
o Passeios a pé em veredas e "levadas"
o Turismo geológico e etc.

 Turismo de Aventura:
O Turismo de Aventura é um segmento de mercado do setor turístico que
compreende o movimento de turistas cujo atrativo principal é a prática de atividades
de aventura de caráter recreativo. Podendo ocorrer em qualquer espaço: natural,
construído, rural, urbano, estabelecido como área protegida ou não.
Atividades relacionadas: Rafting, rapel, mountain bike, mergulho autônomo,
mergulho de apnéia, trekking, arborismo, exploração de Cavernas entre outras
atividades.
Primeiramente entendido como uma atividade ou subproduto do Ecoturismo, o
segmento de Turismo de Aventura, atualmente, possui características e consistência
mercadológica próprias e, conseqüentemente, seu crescimento vem adquirindo um
novo enfoque de ofertas e possibilidades. Como decorrência do desenvolvimento
observado na última década, vários empreendimentos foram constituídos no País,
oferecendo produtos e serviços especializados aos turistas, impulsionado pelas
transformações no comportamento do consumidor na direção de estilos de vida mais
saudáveis e também por uma sensibilidade aos assuntos ligados à preservação da
cultura e da natureza, que se refletem na escolha das atividades de lazer e, assim, na
definição dos destinos turísticos.

27
Assim, as atividades de aventura pressupõem determinado esforço e riscos até
certo ponto controláveis, e que podem variar de intensidade conforme a exigência de
cada atividade e a capacidade física e psicológica do praticante. Isso requer que o
Turismo de Aventura seja tratado de modo particular, especialmente quanto aos
aspectos relacionados à segurança. Devem ser trabalhadas, portanto, diretrizes,
estratégias, normas, regulamentos, processos de certificação e outros instrumentos e
marcos específicos.
O segmento de Turismo de Aventura deve contemplar, em sua prática,
comportamentos e atitudes que possam evitar e minimizar possíveis impactos
negativos ao ambiente, ressaltando o respeito e a valorização das comunidades
receptoras. Entende-se por ambiente - natural e construído - o conjunto de inter-
relações sociais, econômicas, culturais e com a natureza de determinado território.

28
PLANEJAMENTO DA COMUNICAÇÃO NO TURISMO

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e Gestão do Turismo

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=aATnwB62y1g

A comunicação é crucial em qualquer modelo de gestão como meio de criar


vantagens competitivas para as organizações, e no decorrer dos tempos vem
contribuindo muito para o desenvolvimento do sector do turismo.
“ No turismo, um destino que pretende apresentar - se como rota,
precisa vender - se, do mesmo modo que uma mercadoria par a o seu
público - alvo ” (Zaidan , 2009 , p.54 ).
Um destino turístico pode ser divulgado através de diferentes ferramentas de
comunicação como, por exemplo: reportagens televisivas, publicidade boca - a - boca,
folhetos, vídeos, cartazes e da internet que esta sendo uma ferramenta muito valiosa
para a promoção dos destinos turísticos.
Levando em conta a afirmação feita por Tocquer e Zins (2004 , p. ) a promoção
das atividades turísticas nos meios d e comunicação é de extrema importância. De
acordo com os mesmos autores há diversos elementos que compõem a comunicação
turística , entre eles destacam imagem da marca que corresponde a diferentes
elementos que permitem a identificação visual de uma sociedade, como o logotipo, a
cor e o slogan .
(...) a indústria turística se desenvolveu intensamente nas sociedade s
industriais em que o mercado do turismo conheceu uma verdadeira explosão devida
ao enriquecimento dessas sociedades, à circulação da informação, ao
desenvolvimento tecnológico (...) ( Tocquer & Zins, 2004 , p. ).
Seguindo a declaração feita por esses autores é de referir que as tecnologias
de informação vê m contribuindo e muito para o desenvolvimento do turismo
permitindo que as pessoas que pretendem viajar tenham Informações de forma rápida
e momentânea dos lugares que pretendem visitar.

29
Utilizando a afirmação feita por Levy ( 1999 ) citado por Simões (2006) « o
turismo prolífera a partir do desenvolvimento tecnológico ( ... )». Esta afirmação vem
comprovar o que já se tinha sido declarado anteriormente.
Lopes (2005 , p.279 ) discorre que a utilização eficiente das tecnologias de
informação e comunicação pode constituir - se um fator eficiente na promoção
turística. Não basta a utilização das tecnologias de informação mas também criar
estratégias que poderão enaltecer mais a promoção dos destinos turísticos de modo
que possa produzir efeitos desejados.
Marujo (2008 , p.26 ) na sua dissertação de mestrado afirma que os meios de
comunicação exercem um papel fundamental ao divulgarem espaços paradisíacos
incentivando assim para que os turistas realizem as suas fantasias e desejos pela
viagem .
Através dos meios de comunicação pode - se projetar as imagens que podem
atrair pessoas ou seja, a procura turística depende da percepção dos que procuram
esses lugares. Na atualidade as tecnologias de comunicação permitem que os países
ou determinadas zonas turísticas tenham um posicionamento favorável para que
atinjam novo patamar de desenvolvimento.
De acordo com a Cabo Verde Investimento s , a promoção das ilhas de Cabo
Verde como destino turístico vem sendo feita de forma bastante descoordenada, e
individual por cada operador ou entidade mediante sua própria estratégia de
comunicação. O turismo varia - se de ilha por ilha, onde cada um a apresenta o seu
potencial e tenta ser o mais diferencia l possível . A s ilhas posicionam - se na sua
maioria de acordo com os seus interesses no que diz respeito ao desenvolvimento de
um turismo sustentado. Nos roteiros turísticos e nos diferentes órgãos de
comunicação, cada ilha vem sendo “ promovida” de uma forma estereotipada e
limitada ( Cabo Verde Investimentos 2009, p .9 )
Sabe-se que quando o planejamento da atividade turística não se dá, ou se dá
de forma deficiente os impactos positivos do turismo tendem a avolumarem-se e
incidirem diretamente sobre a comunidade receptora, tanto no âmbito social como
ambiental.

30
A INTERNET COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DOS DESTINOS
TURÍSTICOS

A internet revelou ser um instrumento promocional de grande importância e


poder que não pode ser ignorada. Criada em 1960 para fins militares «a internet é um
conjunto de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que
permite o acesso a informação de todo o tipo de transferência de dados .» (wikipédia
)
Lavaredas (2010 , p.41 ) assegura que , a internet permite que a procura
turística au mente bastante e o considera como sendo um instrumento que está a ser
utilizado em vários negócios e principalmente nas atividades turísticas.
Os avanços nas tecnologias de informação e comunicação nomeadamente a
internet , permitiu que surgissem novos processos de gestão nas atividades turísticas
o que lhe confere inúmeras vantagens á nível do seu potencial no mercado turístico.
De acordo com alguns estudos realizados, verifica - se um crescimento do
número de usuários de internet juntamente com a movimentação de negócios via rede
mundial incluindo o do setor do turismo.
Tabela 1

Quadro nº 1: nº de utilizadores de internet.


Fonte: Internet World Stats
O’Connor (2001) citado por (Bairros & Cerreta, 2009) menciona que, «os
serviços turísticos são mais adequados para o ambiente de vendas eletrônico já que
os turistas necessitam de informações sobre os destinos turísticos. Os mesmos
autores apontaram a internet como sendo uma das principais ferramentas de
distribuição direta para todos os tipos de serviços turísticos.
“A internet é um espaço de comunicação e será um espaço de comércio se
os produtores e distribuidores souberem construir uma representação
positiva da internet para o consumidor”. (Cardoso, 2003 p.) ’’

31
Graças à internet e as novas ferramentas de reserva, os turistas podem ter
acesso direto e em tempo real da s informações precisas sobre um destino turístico. ”
(Tocquer & Zins, 2004)
Brigs (1997) assegura que utilizar a internet como um instrumento promocional
tem várias vantagens como, por exemplo, « alcançar uma audiência d e massas
diretamente nos seus locais de trabalho ou nas suas casas, podem utilizar imagens
animadas, fotografias, pequenos filmes, textos e som para transmitir a sua mensagem
e também pode funcionar como meio de distribuição e de comunicação.
Com esta ferramenta os utilizadores poderão dispor de imagens e vídeos do s
destinos turísticos que pretendem comprar fazendo download. Através do acesso dos
sites pelos utilizadores pode - se reunir muitas informações sobre os mesmos. “
A internet é especialmente útil para alcançar mercados com uma maior
propensão para viagens organizadas de forma independente ” (Brigs , 1997 ). Antes
para viajar era preciso deslocar à s agências de viagens ou de turismo a fim de adquirir
bilhetes ou informações sobre os lugares a visitar mas agora com esta preciosa
ferramenta de comunicação tudo se tornou mais rápido e econômico para além de
que pode - se ver imagens dos lugares que se pretende visitar.
“A internet é um instrumento importante, pois oferece uma espécie de amostra
grátis para o consumidor que se encontra á distância.” ( Mielenhausen , 2002 citado
por Abreu & Baldanza, 2009, Set/Dez.)
De acordo com os estudos realizados por Marujo (2008, p.29), com a internet,
a distância geográfica já não é considerada motivo de separação , ela considerou esta
ferramenta como instrumento de difusão e de troca de informação mais valioso e que
divulga informações de forma completa e consequentemente com mais qualidade do
que nos meios impressos e permite que as reservas sejam efetuadas de forma rápida
e fácil melhorando assim a comunicação e as relações .
Na mesma linha de pensamento (Lavaredas , 2010,P.3) declarou que sendo o
turismo uma industria extremamente competitiva, a internet possibilitou a entrada no
mercado de serviços que muito contribuíram para a evolução positiva deste sector .
Utilizando os argumento s de Miranda (2005 ,pp.4 - 5 ) a utilização da internet
pode ser observado em três níveis , isto relacionado com o sector de turismo, como
por exemplo a nível da divulgação ou experimental, a nível tático operacional onde se
inicia a s atividades de E-commerce, e a nível do planejamento estratégico.

32
7.1 Nível Experimental ou Mídia de Divulgação

Com o aumento dos usuários da internet as empresas passaram a utilizá-lo


como meio de divulgação dos seus negócios no entanto não aproveitam das
potencialidades oferecidas por esta ferramenta. Utilizá-lo apenas como meio de
divulgação pode ser considerado um desperdício visto que muitas organizações
ligadas ao turismo não aproveitam dos recursos oferecidos pela internet como o som
e as imagens, se limitam apenas a manter algumas informações no site e por vezes
desatualizadas.

7.2 Nível Tático - Operacional: E-commerce

De acordo com o mesmo autor, “no setor de turismo podem ser observados
este nível em sites de hotéis que oferecem reservas online. É importante ressaltar que
muitas vezes este processo de reserva se dá de forma não segura, o que não incentiva
muitos usuários a utilizar este recurso. ”

7.3 Nível Estratégico: E - business

O terceiro nível pressupõe que haja mudança na forma de pensar relativamente


da internet, bem como sua relação com a organização. Neste sentido exige - se a
criação de um plane amento de desenvolvimento e manutenção do site e maior
relacionamento com os clientes.
É de realçar que a internet proporciona quatro grandes funcionalidades: a nível
da informação , ou seja , “ a informação é transmitida em tempo real e sem as barreiras
espaciais ou temporais. Neste campo a Internet pode ser utilizada para demonstrar a
gama e respetivas funcionalidades, fazer pedagogia de consumo e recolher dados
sobre os clientes .”
Santos (1999) discorre que atualmente o que se destaca é o prazer de descobrir
ou planear viagens utilizando a internet como ferramenta para pesquisa. Os usuários
da internet podem usufruir das funções da internet que não são usados pelas agências
de viagens.

33
Ao utilizar a internet como meio para divulgar os destinos turísticos, existe
grandes possibilidades de divulgação de informação sobre diversos assuntos
relacionados com o destino que os turistas procuram com um âmbito internacional , o
que permite livre circulação e intercâmbio de informação entre todos os utilizadores.
Este meio revela ser muito eficaz permitindo que se ultrapasse barreiras geográficas,
de informação ou outras e contribuindo para atender as expectativas dos reais e
potenciais turistas.
Através dos sites os turistas têm primeira impressão dos lugares que
pretendem visitar . No caso de não corresponder em as suas expectativas não há
segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão. Para além da
promoção dos destinos , os sites devem ser simples , quer por correio eletrônico ou
por qualquer outro processo e devem ser em diferentes línguas para que o mercado
turístico não se limite apenas a língua portuguesa. (Cravo, 2006 ,p.5 )
De acordo com o mesmo autor , “ a internet deve servir como um balcão
alternativo, devendo ser explorada em termos de promoções e ofertas de última hora
que dinamizem a procura e os produtos turísticos. ”

Foi desenvolvida na Conferência


das Nações Unidas sobre o Comercio e
Desenvolvimento (CNUCED ) uma
iniciativa de e - turismo com o intuito de
ajudar os países em desenvolvimento a
fazer melhor uso das ofertas turísticas.
Eles pretendem dar aos países em
desenvolvimento as técnicas de
organizar, promover e de vender as suas
próprias ofertas turísticas. A internet
constitui um dos instrumentos mais
importantes permitindo a os países em
desenvolvimento de cuidar eles mesmos
das suas próprias promoções turísticas,
de gerar os salários para a economia local

34
O cliente pode acessar e entrar em contacto com o destino final
sem a necessidade de um intermediário que pode ser operadora
turística e agência de viagens já que o público - alvo do destino turístico
e, consequentemente, dos hotéis, encontra - se disperso no espaço. O
valor da internet como veículo de promoção a baixo custo é indiscutível
para atingir esse público disperso. (Global Tourism, maio, 2007).
A internet é vista como um instrumento que pode contribuir para estimular a
visitação, melhorar a divulgação, proporcionar a comercialização, como também para
melhorar a comunicação de forma eficiente com os possíveis consumidores. Esta
ferramenta fornece toda a informação necessária que o turista precisa para decidir
entre tantas alternativas qual é o melhor destino. A Internet está tendo um grande
impacto, em relação a outros canais de venda, como fonte de informações para escolha e
planejamento de férias e outras formas de viagem, e uma importância crescente como canal
de reservas. ( Tomikawa, 2009)
Miranda (2005 ,p. 4 ) declara que com o uso da internet a sociedade manifesta
- se num ambiente simbólico de interfaces, de variadas imagens e sons que fazem
que seja real o que é virtual. A internet possibilita uma divulgação rápida do
conhecimento, permitindo às organizações p úblicas e privadas do turismo não só
melhorar em a sua eficiência mas também oferecer novos produtos e serviços pelos
quais os consumidores manifestam a sua preferência.
De acordo com a mesma autora a internet é o meio de comunicação mais eficaz
que existe para a troca de informações turísticas a nível mundial. Ela dispõe de uma
ferramenta de muita importância, que facilita a promoção e distribuição de
informações sobre os destinos, a World Wide Web (WWW). Este é um instrumento
importante para a indústria do turismo porque oferece uma infraestrutura para a
distribuição global e o fornecimento de informação multimédia de natureza turística.
É de realçar que a pesar de se ter feito uma revisão teórica sobre o estudo do
uso da internet na promoção dos destinos turísticos, pode - se ver que continua
havendo a necessidade de se aprofundar o estudo sobre o tema em destaque . Este
capítulo serve como base para fazer a interpretação da s informações e dos dados
coletados na pesquisa de campo.

35
APLICAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

É diante deste reconhecido potencial de a comunicação aproximar a oferta e a


demanda turísticas, e frente à dimensão da indústria turística, no turismo em variadas
modalidades, se pressupõe o uso de informações intensivas sobre o produto turístico,
devido a dois aspectos: Heterogeneidade e Intangibilidade, conforme segue:

8.1 Heterogeneidade

O produto turístico é composto: Atrativos, facilidades e acessos. É um produto


complexo que tem diversos componentes, e em cuja definição e abrangência
dependem de diferentes agentes, o que exige a existência de conexões que abordem
uma informação atualizada, eficiente e exata.

8.2 Intangibilidade

Os consumidores potenciais de produtos turísticos não podem “provar” a


viagem antes de comprá-la, o que faz com que necessitem de uma informação mais
detalhada sobre o produto turístico.
Desta forma, uma das alternativas viáveis para o processamento da informação
que deve ser comunicada ao turista ou ao potencial turista é por meio do uso intensivo
das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Chamam-se Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) ou Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação (NTICs) as tecnologias e métodos para comunicar surgidas no contexto
da Revolução Informacional, Revolução Telemática ou Terceira Revolução Industrial,
desenvolvidas gradativamente desde a segunda metade da década de 1970 e,
principalmente, nos anos 1990. A imensa maioria delas se caracteriza por agilizar e
tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da comunicação, por
meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por
computadores) para a captação, transmissão e distribuição das informações (texto,
imagem estática, vídeo e som).
No caso do turismo no espaço rural, o uso intensivo das Novas Tecnologias de
Informação e Comunicação por parte das propriedades rurais (atrativos turísticos) faz

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com que viajantes e turistas possam solicitar informação sobre produtos, preços,
horários e efetuar reservas on-line aos intermediários turísticos (agências de viagens),
redes hoteleiras ou empresas de locação de veículos.

37
O TURISMO E NOVAS REGRAS DE COMUNICAÇÃO

As viagens e a comunicação se integram. A democratização da Internet e a


conexão das pessoas em redes de troca e partilha de informação trouxeram novos
desafios ao tradicional agente de viagens.
Antigamente, o destino das férias era escolhido tendo em conta a opinião do
agente de viagens, que assim condicionava as escolhas. Agora, o turista do século 21
– ou da sociedade da informação e do conhecimento –, que segue a pauta dos meios
de comunicação e está na rede, planeja suas férias ou visitas turísticas e pode
inclusive fazer tudo online: escolher o destino, a hospedagem e comprar a passagem
aérea.
É um mundo novo, desafiante para o agente de viagens e para as organizações
de promoção turística de países e cidades.
Um destino de férias, para ser escolhido, precisa ser conhecido. Para isso, tem
de divulgar suas características e seu diferencial, indo ao encontro dos potenciais
turistas, de forma espontânea, comunicando-se diretamente com eles.
Como afirma Philip Kotler, professor norte-americano e um dos principais
nomes do marketing atual, as cidades são produtos cujos valores e
identidades “devem ser planejados e promovidos” para evitar a estagnação e o
declínio.
Num mundo global e competitivo, a comunicação de um território, focalizada
nos seus recursos culturais, turísticos e econômicos, fortalece os laços de coesão e
motivação internas e define a percepção pública que os “stakeholders” (interessados)
e o público externo podem ter sobre esse território.
A comunicação é a ferramenta disponível para facilitar e promover a captação
de moradores, turistas e investidores – uma tríade fundamental para um lugar
sustentável e em desenvolvimento constante.
Da Europa e da América do Norte já chegaram ao Brasil exemplos de
comunicação internacional, tendo em conta o potencial da comunicação digital. No
Facebook, por exemplo, o governo da França criou a página Turismo na França,
escrita em português, com 186 mil seguidores, que promove a cultura e os lugares
franceses junto aos potenciais turistas brasileiros, indo ao encontro deles, falando com

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eles de modo regionalizado, ou seja, como se fosse uma comunicação de brasileiros
para brasileiros, criando vínculos e cumplicidades.
As autoridades de turismo dos Estados Unidos fizeram o mesmo, com a
página Descubra os Estados Unidos da América, seguida por 3,4 milhões de pessoas.
Eles já compreenderam as novas regras da comunicação. Vão diretamente ao
consumidor.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A comunicação caracterizou-se, em sentido verbal e não verbal, na medida em


que se verificou o compartilhar dos sentimentos, das paixões, dando início ao
processo de interação, com base na comunhão de afetos, para o bem ou para o mal,
valorizando o mundo dos signos.
Através da realimentação constante da comunicação, por intermédio dos
símbolos, é delineada uma nova maneira de comunhão, na qual o destaque ao
coletivo entra em sinergia com o que é vivido enfatizando o presente. No Turismo se
verificou a presença desses valores constitutivos da sociedade, como ingredientes
importantes para ligar pessoas e como fundamento natural da socialidade. A
prevalência das práticas comuns e tradicionais promove identificação desses
elementos no âmbito sociológico, naquilo que orienta a ordenação dos fenômenos
sociais, como é o caso do Turismo, que conduz à produção de sentido.
Por outro lado, o estudo mostrou que o Turismo desempenha um papel
relevante na sociedade, uma vez que realimenta o processo de comunicação,
enquanto contribui para reforçar a sua identidade. O Turismo e a comunicação se
apresentam, dessa maneira, complementares.
Assim, a leitura do Turismo e sua relação com a comunicação pode ser uma
contribuição para o estudo dos comportamentos sociais, inscritos nas idéias de
Maffesoli e da Sociologia Compreensiva na busca pela investigação, a partir do
cotidiano, para traçar o perfil das representações da sociedade.
Desse modo, foi possível promover o diálogo entre a noção de Turismo e de
comunicação, respeitando as características do método, as particularidades dos
teóricos, Maffesoli e De La Torre, e estabelecer os níveis de convergência entre
ambos. Logo, descartou a perspectiva positivista, já que teve como objetivo a
observação e o acompanhamento do processo que relaciona a vida à representação
como uma possibilidade de conhecimento.
Saiba mais com a leitura do artigo

40
Figura 1

41
6. REFERÊNCIAS

ALDRIGUE, N. S. O turismo para a comunicação ou a comunicação para o


turismo? quem consome quem?. Brasília. V.6, n.10. p. 73 – 84. Ago. 2018.

ANDRADE, M.B.S da. CARRATORE, L.R.D. CASADO, L.V. MAIA, C.S.S. SILVA,
F.B.F. A Comunicação no Desenvolvimento Turístico: a transformação do
espaço rural em produto turístico. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso de Ciências da Comunicação na
Região Nordeste – Campina Grande – PB – 10 a 12 de Junho 2010.

ASHTON, M. S. G. Comunicação e turismo: possibilidades de conhecimento.


Conexão – Comunicação e Cultura, UCS, Caxias do Sul, v. 6, n. 11, jan./jun. 2007.

CARDOSO, I.S. O uso da internet como ferramenta de comunicação na


promoção dos destinos turistícos: o caso da ilha do maio. UNI-CV. Praia-2012.

RODRIGUES, L.P. O turismo e novas regras de comunicação. COMUNICAÇÃO


TURÍSTICA. 17-06-2016. Texto editado em português do Brasil e publicado na
"Viagens SA" (São Paulo), revista brasileira especializada em turismo, nº 27, página
52, Abril de 2014.

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