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ine ELETROTERMIA ~ Grigens de sobretensGes em fornos elétricos a arco Os grandes foros elétricos a arco utilizados em siderurgia so alimentados através de transformadores de poténcias e tonsdes muito elevadas, que utilizam chaves ‘especiais para trocas de tapes e menobras de chaveamonto, procedimentos altamente freqiientes neste tipo de equipamento. Aliados as préprias caracteristicas de operagao dos fornos a arco, tais fatores geram sobretensées transitérias que causam falhas nos transformadores, nas chaves comutadoras de tapes, no sistema de alimentagdo @ nos equipamentos auxiliares. Este trabalho identifica utigens dessas sobretenaSes ¢ apresenta solugdes paro protegiio dos equipamentos. analisa as Engs. ANTONIO DONIZETTI DE ANDRADE e MARIO ANTONIO PORTO FONSECAI*), da Acesita, ¢ eng. CLEVER SEBASTIAO PEREIRA FILHO, rofessor do Depto. de Engenharia Elétrica de UFMG.. fornos elétricos a arco (FEAs), Cinretice io pratica etal. ‘gica para produgo de aco hé cerca de 70 anos, tém tido, na década ‘tual, um erescimento bastante signifi- cativo, tanto nos paises em desenvol- vimento quanto nos industrializados. A produgo de ago no mundo via FEA subiu de 20 para 25% do aco total pro- duzido nos ditimos 10 anos. Este crescimento fez com que se utizassem fornos de capacidedes cade ‘vez maiores que, por sua vez, exigiram, ne sua alimentaggo, transformadores com poténcias e tensdes cada vez mais, elevadas. Além disso, 0 grande nimero ‘de manobras, tanto para a comutarao de tapes quanto para o chaveamento do transformador, tomou necesséria a ©) utilizaglio de chaves especisis para a troca de tapes e manobres, como é 0 ‘caso dos atuais comutadores de tapes ‘sob carga e disjuntores a vacuo. Fates fatores, aliados as caracterist ‘eas operacionais dos FEA, proporcio. naram a ocorréncia de sobretensées trensitérias —oriundas tanto do chave- mento quanto das condi¢Ses normais de aperacdo— que tém sido causa de falhas nos transformadores, nas chaves ‘comutadoras de tapes, no sistema de alimentago e equipamentos auxiliares. (O presente trabalho tem por objetivo identificar e analisar as origens dessas sobretensées @ apresentar as alternati- vas de protepdo contra as mesmas, FONTES DE SOBRETENSOES No caso especifico de fornos elétri- cos a arco, as SobretensGes transitérias 80 originsdas basicamente por: ~ operacéo normal: 0 fenémeno de extingde ou do curto-cireuito de um arco no interior ¢o forno é semelhante a uma operacdo de chaveamento; — desenergizacio e energizac3o do tranformador em vazio por disjuntor 2 ‘vacuo; e = desenergizagéo do transformador em carga por distuntor e vécuo. ‘Sobretonsées oricinadas pelas condicdes normals de operecéo ‘As sobretenséas nos FEAs em regi me normel de operago ocorrem quer do um dos arcosé extinto ou curto-cir- cuitedo devide a movimentagio de car- gz Sélida durante a fusio. A andlise desses sobretensdes pode ser feita uti- fizando-se dois arranjos nas ligagées do transtormador (figuras 1 @ 2): 1) 0 transformador possui reator ligedo internamente no circuito delta AT (figura 11; € 22) 0 transformador no possui rea- tor ov este 6 ligado externamente (figu: 132), Foroiimenta + ‘BT a9 Fig. 1 — Gircuito ds forno durante os ‘estdgios inciis de fusto As trés condicdes possiveis de ocor- rancia de arco estavel so as seguintes: = arco trifdsico s partir de todos os ele- ‘wodos; = dois eletrodos com arco € 0 tercei- ro curto-circuitado na carge: © = dois eletrodos com arco e 0 tercei- ro em circuito aberto (extinto). A representacao matemética do ar- 0 elétrico no forno é bastante compl xa jé que ele é um elemento ni linear, totalmente aleatério e influenciado por diversas variéveis. No entanto, para fa: cilitar @ andlise tedrica adotaram-se — a forma ae onda ds tensio no arco @ retengular; ~ oarco reacende na direcdo imediata- mente oposta 8 que ele estava quando se extinguiu; = toda indutancia esté concentrada no reator, Das diversas possibilidades de ocor- réncia de sobretensdes, serd analisada apenas a configuracdo onde se tem 2 pior sobretensio, devido & limitaggo de espaco. A maior sobretens3o ocor-D> = & ng 3 vensloriagoe eevee BT do. 1 meee a Fig. 2 — Giculto alternative do fone (-IMARIO ANTONIO PORTO FONSECA 6 também presiaunte do Comae Neonat Brazo de Etroterve, 38 ELETRICIDADE MODERNA — Fevereiro, 1990 ) ELETROTERMIA, re quando se tem 0 reator ligado inter- framente 80 citcuite delta AT do trans formado:, wa condigge de suqdar de faces destavordvel, com arco om duas fases e 0 terceiro arco extinto |1)- ‘Cansiderando-se que as tensées no ‘arco 20 retangulares, com um velor maximo igual a V (figura 3), pode-se expressé-las da seguinte forma {3}: von = V salut) vob = V sqlat + 21/3) Voo = V sqlat + 41/3) (on onde: voa, vab @ voc = tensdes fase-banho, lado BT, nas fases a,b e c, respective: mente; € ‘sql...) = fungo onda quadrade defi da conforme figure 3. Saja VC" a fase culo arco foi extin- 20. Como 08 dois arcos etivos ficardo Tigadou em série apés 2 extincao, aten- nolos pode ker esctita como! veb = —2V sqlut) (02) Expressando-se as tensdes da fon- te om termos das tensdes no reator € no transformador, t8m-se (03): \StA8) = Vin sonlat +9) = LIAB + b web VS(BC) = Vim sentat + @ + 29/3) = =U aiacrae + # be VSICA) = Vin cenlet + 9 + 4 “dcAla + eee ‘onde: VSIAB), VSIBC) @ VSICA) = tensbes de fonte entre fases no lado AT: Vab, vbe @ vea = tensées entre tases no delta BT; vm = valor maxims da tensSo.na fonte; IAB, IBC © ICA = correntes no delta AT do transformador: & ke = relacdo de transformagio = Nt / N2." ‘Adicionando-se e introduzindo a con- digo impocta pola cannula delta do enrolamento BT, tém-se: Veiaah = VSG) + VsICA! Como a tense no reator da fase AB 6 dade por: ae) = VSIA = VTEAB| = Vinca +9 kb) ontdo: onde: VTIAB), VTIBC) € VTICA) nos terminals dos e rolaimentvs dy wens” formedor ~ todo AT; ® ‘VRIAB), VAIBC) ¢ VRICA) = tensdes ‘nos terfninals dos enroiamentos do ree: tor. B6 que no circula corrente pelo ele- trode "C", Ibe = Ica e IBC = ICA, a sseguinte relago entre as tenses no res- tor 6 obtida: ‘yay = VRC = vcr « ven = A tenséo no wansformador ds fase BC, por subtragzo, é a = Riumeos st Vise 0) A tensSo mais elevada ocorre, nes- te caso, entre a fese BU ao transtorms dor e a fase AB do reator, com seqiién- ia de fases desfavordvel [1]. Das equa- 6s (06) © (10): 4) Funezo 99 fat) ib) Fungao 59 Wott Fig. 3 — Variagdes da fungBo quad tempo Disjuntor EV, = Va en. wt = Tensto de simentéeao Ten = Respecwaments, indutincia e Capaeincis da fonte UG, = dem da carga Uy = Indutine de aispersdo “4 — Pequenas correntes indutiva circuito monofésico simpificade oquivalente ELETRICIDADE MODERNA — Favereiro, 1990 ‘vmAsi + vigc! = a onde: tan y= VBIZ oy = 41° A tensio alcangaré um vator maxi- mo de 3.V k + ¥7Vm/2 quando senfat + y + $= 1 para valores de Gt entre Oe 7, ov seja, para valores de ¢ + ventre — 1/2. ¢ + 7/2. Consi- derando que V k esté na faixa de0,27 pu eV7/2 = 1,32, pode-se ter uma sobre- tenstio da ordem de V7/2 Vin + 3Vk = 2,13 pu, Dal conclul-se que tensdes consideravelmente mais elevadas que 2 tensBo de alimentago podem ocor- Ter no citcuito AT. Em testes [3}, sobre- Tensoes da order ue 2,5 veces @ te) ‘s80:da pico da fonte {2.5 pu) foram on- contradas, Essas tensbes surgiram nor malmente nas conaicoes de arco Inst: vel envolvendo a extinco de um deles. Os valores medidos foram maiores que (08 caleulados por ndo ter sido conside- rado 0 afastamento da forma de onda da queda de tensdo no arco, que fol s posta ser uma retangular comum por simplicidede. ‘Observa-se também que com a cone xBo acima, a seaUencia de fases exer- ‘ce uma influéncia considersvel na ten- ‘so que aparece entre os diversos ‘condutores. Isto pode explicar alguns problemas de falhas de isolamento que ‘ocorrem com certos equipamentos de fornos. Desenergizagio de transtormadores ‘0 elevace numero de mancbrai exi- ido na operacaa de um FEA fez com ‘que se desenvolvesse um disjuntor de alta confiabilidade, O cisjuntor @ vacuo hoje largemente empregado na opera- 80 de fornos elétricos, possuindo um extraordinario tempo de vica ut SOD condigdes severas de arco. Como certos outros tipos de disjunto- res, 0 disjuntor a vicuo & capaz de cor- tat a cortente (current chopping), ov seja, ele pode interromper pequenas correntes, abrupta © prematuramente, antes delas alcancarem o zero natural ‘Seu mecanismo de corte da corrente & lum pouco diferente do dos outros dis- juntores. Alem disso, o disjuntor a vé- ‘cuo pode interromper correntes de fre- ‘déncias mais elevadas que os res comuns. Estas caracteristicas dos disjuntores ibuem para ‘que, nas operscées de cesligamento, sejam gerades sobretensdes transité- riag de maanitudes elevadas 0 corte @ as sobretensdes ~ Com ‘8 ocorréncie do corte (figure 4), 3 cor- rente retida na indutancia Lt, que € a> 39 ‘ELETROTERMIA propria corrente de corte ic, no pode passer ® zera instantensaments = & oh to desviada para a capacitincia Ct, carregando-a, ou seja, a energia magné- tica atmazenada na indutancia no i ‘ante go corte ¢ transtormaga em ont gia elétrica na capacittncia. Essa trans- feréncia é oscilatéria, com uma frequén- cia igual a fo = War VOT © sparecimento da energie elétrica nna capacitancia traduz-se numa sobre- tenséo Vem que é dada pela expressto: zy event shave sbi Considerando-se dvi A prea moder, tomse Levene t onde: Vem = valor de pico da sobretenséo na carga; Ve = valor da tensi0 na cérge no ins- tante do corte; i Te = valor da corrente cortada: Lt, Ct = Induténcis © capaciténcia da carga, respectivamente; & ‘am =" rendimento magnético; dado pela relagdo entre a energia magnética cedi- da pela carga durante a‘desmagneti- zac e aquela injetada na mesma du- rante a magnetizaeao. Este parEmetro pode ser obtido @ partir de gréficos 14] Obtém-se, entéo, expresso para Vem: Com esta equacdo pode-se calcular © fator de sobretensio, para o desliga- ‘mento em vazio, em regime permanen- 42, do um tronoformader monofésice ‘ou também de um banco trifésico liga. do em estrela sem acoplamento entre ‘a3 fases. Para os demais casas deve- ‘se considerar a interacdo entre as fases [1]. Calculos realizados para um forno teal, considerando-se a interagdo entre as fases, apresentou sobretensSes da ordem de 2,76 pu It. Programas computacionais_ podem ser desenvolvidos para a simulacgo das sobretensdes nos desligamentos fem vazio. A parte mais complexe na modetagem do chaveamento enn vazio cabe a0 transformador, jé:que a bobi- nna com ndcleo de ferro é um'elemento linger. Um programa para simula- ‘¢80 da abertura de um transformador monotésico em vaio [1], que leva ent consideracdo as perdas por correntes parasitas € 0 efeito no linear da indu- tAncio, foi desenvolvide com base no 40 4 [ hts any = At 2] Mean = At ] ey = 22 cat) — | 2c sai) = 2. emu = 22 VD © Tensho que aparece hos wonatee Go unt no wstanie we ebetuna etd + gta, endo Cnt au + kita -A0, onde Gelt—ath + felt Ath Fig. 5 — Circuto oquivalente para eéiculo computacional: modelo originel de Youna (81, tendo os pardmetros do sistema sido substituk dos por seus modelos equivalentes para andlise de transitérios [6]. A figu- ra 5 mostra o dagrama basico utilize do na simulacdo, via computador. da ‘abertura de um transformador monofé- sico em vazio, onde se podem ver as induténcias e capacitancias concentra: das substituides ‘pelos seus circuitos equivalentes. ‘A partir da figura 8, pelo método das tensdes nos nés, estabelecem-se as equacdes basicas necessérias 20 de- senvolvimento do programa computa- ional: Fig. 6 — Energizagdo de um tronsformador em vazio: circuito monotésie ‘equivalente A indutancia Lt ¢ corrigida @ cade in- tervalo de tempo At conforme a curva Ltx ttobtide a partir do ciclo de histere-. ‘se do nécieo do transformadar [1] Os resultados desse programa per- mitiram # obtencéo das seguintes con- clusées: * a sobretenséo gerada é funco dos arémetros ic, Lt, Ct, Rt e Ve confor. ‘me equagdo (15). As perdas por histere- se € correntes parasites so simula diretamente, dispensando @ aplicacdo do fator nm (rendimento magnético) da equagio (15): * quanto maiores as perdas por corren- tes parasites, menor a sobretenséo © maior 0 amortecimento da oscilagso. Se as perdas forem muito elevadas, a sobretensdo nio ocorra: * oeteito da nao linearidade da indutén- cia, considerendo-se puramente as per- das pela histerese, age no sentido de diminuir 0 pico inicil e amortecer a s0- bretenséo cerada. > CO Capacitor sora oF ik f K & have 8 wicue g— Cspacior de sunt P pataaing ransiormador TY ee 10MVvA, OF Forno 2 arco Fig. 7 — Diagrama unifiar de um sistome de poténcis ELETRICIDADE MODERNA ~ Fevereiro, 1990 ELETROTERMIA _ Lit pt Bt do tuxo remanes- ‘conte no ndcleo © io instante de fe- cchemento do junter em relagio 2 onds de tenséo do sistema, a indi Lancia efetiva e, ‘conseqdentemen. te, |2| sero mut ‘t0-pequenos, o que ard com que i) soja grande na Fig. 8 — Representagdo wifésioatfoto Energizagdo do transformadares em vazio ‘A energizagao de um trensformedor ‘em vazio, teoricamente, néo trria maio- tes problemas em termas de geracéo de sobretensées. As equardes da corrente © da tensBo gerados na eneraizacso de tim ‘ransformador monofésico em vazio, conforme figure 6;, serie dedes por (1 Sendo XL < [Z| eR < |Z]. Vem & menor que 2 Vim. Somente haveria uma sobretensdo msior se ocorresse, imeciat- mente ap6s a eneraiza¢éo. uma interup- G0 da corrente de inrush. Dependendo equagio (17). Se i neste instante. dis- juntor for novamente desligado, poderé haver interrupeo de uma corrente induti- va de maior intensidade que aquela do ‘ranstormador em vazio em regime perma- ente, € que & certamente maior que 0 nivel de corte (choopina level! do disiun- tor e, portanto, a scbretenséo seré gover nada por esten 9-57 22 ne Como 0 corte da coreanta ser faite ‘agora préximo do zero de carrente, pois Wt) > > kc, pode-se dizer que Ve serd apro- ximadamente igual a Vm, 0 que permite alterar a equacdo (15) para: wr Vom Vt +h tet. ym 19) Em exemplos priticos [1], sobreten- sides da ordem de 2,8 pu ocorreriam se ‘este fendmeno se rranifestasce. Desenergizagio de trensformadores em carga ‘Asbertra de transforradores em car- {ga com chaves a vacua é 0 tipo de opera ‘$20 para 0s fornos a arco que pode gorar as lores sobratensies. O fentimenn dea. vese 20 “Corte Vinual da Corrente”, co- mo serd visto a seguir, e ocorrerd se 0 sis- tema operarrias seguintes condigdes (igu- a? — hé capacitores no berramenta principal para correpo do fator de poténcia; — uma chave a vécuo efetua as mano- bras normeis do transformador: ~ existe equipamento de protegao contra surto, constituido de péretaios @ capaci tor de surto, conectado entre os terminals de entrada do transformador e a terra; e sobretensio gerada na abertura do primeiro pdlo do disjuntor é tal que pode Brovocar uma reignicza naste ple Suponhe-se que'o pélo $1 da chave 28 vécuo (figura 8) seja 0 primeiro a abrir 2 que, devido & sobretensio garada, ole sofra Uma reignigSo logo em seguida. As correntes ip, ip2 e ip3 sio as correntes de carga no instante da abertura. A cor- tente de surto ist surge no instante da reigniggo da chave. J8 que Cpf atua co: ‘mo um curto-circuito para as correntes de alta freqUéncie, e pequena parcela de ist que ciccula por Ls e Rg pode ser de Prezada. A corrente de reigni¢so circula através de Cs1 para 2 torra ©, onto, 2¢ divide em duas partes, entrando no circu A IMPRESSAO QUE NAO SE APAGA A CQ esté imprimindo, em seu curriculo, 80 anos de uma vida profissional exemplar. Expressiva em tradicao ena qualidade de sua producao gréfica, Brinde conosco. Chegar aos 80 - com todo 0 vigor jovem - é.a boa impressao que jamais se apaga. Na mem ia, ou no papel. EDITORACQ LDA zz ne venous, 3t-one a 774802 Faw 578.078 CeP04904- CAO PAULO-aF, Servico de consulta 1684 sTRANSMISSAO. Fig, © — Wonsitérios simultineos to novemente via Cs2 ¢ Cs3. Se as cor- Tentes 162 © is3, eradas pela circulagso {dist © superpostas ds correntes de 0 gg normsia ipo ip, respectivemante, {orgarem anulagSes das correntes nos pé- Jos 82 e $3 da chavo (figura 9}, num ins- tante posterior estes polos sero forgados 2 uma abertura prematura. Esta interrup- G20 repentina da corrente & denominada de “Corte Viral” 7} porque 2 corente $e enula nos contatos do dsjunter, porém, ne indutancia da tansformador, ele € ain- Ge clovada. Fro que ocorra um zero de comente no polo de una outre fase do dsjuntor, provecedo pela corrente do reigrigéo da primeira fase a abr, a sogunte condicao fem que ser atendida [8 Vin , ZB Z inet on k (20) onde: Vim = valor de pico da tensio de linha do sistema; VR =-tensio de reigniggo do disjuntor ZL. = valor absoluto da impedincia de se- aiéncia postiva da carga; € [8 = impedéncia de surto calculada a ‘partir da indutdncia do barramento e cape- citancia de surto. “Atendida 2 condig&o acims, 0 valor do pico da sobretensdo seré dado por [Bl: Vibe = Vim ZT/2L a) onde: Vibe = pico de sobretensio entre as fa- es B e C provocado pela reignig30 da fase Ae ZT = VLEs (LI = induténcia de carga: © Cs = capaciténcia de surtol; Cétculos [11 e resultados _expert- meniais (7) tem mostrado que ten: sées elevadissimas, da ordem de até 10 pu, podem ser geradas na ocorrén- Cia deste fenéme- no. Apesar do va- lor de crista dessas ‘tens6es. ser, nor malmente, limita- do pela tenséo de descarga do pére- tains, 0 dobro des- ta aitima pode ser aplicado a uma fa- se do enrolamento. ‘Alem disso, se 2 freqhéncia de reig- rigdo for proxima (u igual & frequén- cia de ressondncia dominante dos en- rolamentos do transformador, po- de ocorrer uma am- plifcagao da tensio Gentro do. enrola mento que, por sua vez, pode causar tums falha de isolamento no mesmo. Os ‘ransformadores de poténcias menores ‘so mais susceptiveis a este fendmeno por terem menores correntes de carga e freqGéncias de ressonéncia mais baixa PROTEGAO DOS EQUIPAMENTOS ‘Sobretensées criginadas pela operago normal dos fomos Estas sobretensées podem ser evit das se forem tomadas as seguintes pre- caucbes: = instalagdo co reator, quando houver, {fore do delta AT do transformador: = o nivel geral de isolsmento de trarsfor- adores e restores de FEAS deve ser quel 0 da préxime classe superior de tensio, indicada para um transformador de potén- cia comum e caracteristicas similares: € os concinnies intemnos que fazem as ‘conexées entre os diversos componentes, Incluindo @ chave comutadora utiizada ‘na mudanga des conexdes do transforms- dor, devern tet um isolamento reforgado, ‘com um nivel supetior ao que seria neces: ‘sério se fosse para um transformador de poténcia comum. ‘Abertura/fechemonto em vazio © desiigamanta em carga (© transformador pode ser protegido ‘contra as sobratensées geradas por estas ‘menabras por meio de uma das seguintes medidas: inetalngn de rasistores de oréinserco: Ao de resistor de amortecimen- to em série ccm capacitor de surto; & = instalago de péra-aios entre fases ELETRICIDADE MODERNA — Fevereiro, 1990 10s terminais AT do transtormador (© sistema com resistor de. emnortect mento ens série coin uah proporciona protecdo superior em relac3o f208 outros dois porque: 12) Como pelo resistor de pré-inserc80 creuia a corence de carga, 2 fhegoencle cde manobras de chave em carga é limita- da, 0 processo 6 caro porque exige a aqui- sigBo de resistores de leveda poténcia e de urn disjuntor adicional; @ 22} Os para-olos nfo eliminam ws tere ‘s6es transit6ria repetitivas (devido a reig- nigdes sucessivas) se sous picos se man- tiverem abaixo do valor de descorga do péra-raios. Isto pode provocar amplfica- (oes internas de tensdo no enrolsmento do transformador, se ocorter sressonéncia, capacitor de surto instalado em para- lelo com piraraios entre fase e terra, no lado AT do trensformador, sem o resistor {de amorecimento, proporcionare prow: {980 completa contra surto somente $8 0 transformedor for sempre chaveada em vvatio. Na operagio do disjuntor a vacuo ‘em carga, este sistema estard sujeito 20 escalonamento de tensdo transitéria repe- titiva ¢ as sobretensées transitérias wifést ‘cas simulténeas. A presenga do resistor {de amortecimento faz com que @ corren- te de reignigio se torne aperibdica, de for- ‘ma que nenhum zero de corrente seja for ‘gado a eoontecer até a préxima passagem Co. Us. Pparn? TI. ‘eras, 1952 ter Dorn, Re O chavear ita de uanstomadoes fom veae Revata Seme= = V 185)” & ts) Sung, AF: Some resets on carer chping Ipngh vokage creur roves VOD, pon Po wer Engen) ne 78. st. 19853. for Nsidu Si: anatase maragndicos om te ‘ede potince UFFo. cw sn Gfeet Lida, 15S. (7) Moore, ARC Mion G2 arse ovenat sent chopping tree ‘aaa, 1974.05 45

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