Você está na página 1de 1

As formigas trabalhadoras e o grilo vagabundo LA FONTAINE.

Era verão, um grilo vagabundeava estendido numa folha, abandonando-se


preguiçosamente. “Que vida boa!” – pensou o grilo. “Está um belo dia, e me
sinto realmente feliz!” E olhava com pena as lagartas e as formigas que se
cansavam ao sol.

– Pare de trabalhar – disse afinal o grilo a uma formiga – Venha se divertir


comigo, escute a minha canção!

– Eu só quero vida boa! Lá, lá, lá, lá! Eu só quero vida boa! Lá, lá, lá, lá!

Mas aproximou-se a rainha e disse à formiga operária para não ouvir os


maus conselhos do grilo e continuar trabalhando com suas companheiras.

Enquanto o vento do outono fazia cair as últimas folhas, o grilo continuava


a cantar, e as formigas seguiam trabalhando para acumular alimentos para
o longo inverno que chegaria. Chegou o inverno, como você já deve saber,
o grilo não tinha mais nenhum alimento para comer, nem abrigo para
proteger-se do frio, ele estava morrendo de fome e frio.

“Como fui descuidado!” – reprovava-se o grilo. – “Por que não recolhi


alimentos para o inverno como fizeram as formigas?”

Quando o grilo já estava quase morrendo de fome e frio; passavam por ali,
algumas formigas que estavam voltando para o reino do formigueiro para
comemorarem a festa de inverno e desfrutar suas férias.

As corajosas formigas recolheram o grilo, colocaram seus pés num balde


com água quente e lhe deram de comer.

A rainha das formigas aproximou-se de onde estavam eles e repreendeu o


grilo dizendo:

– Veja o estado em que você ficou por causa da sua maluquice! Quase
morreu de frio e fome! O grilo pediu desculpas e prometeu não ser mais
preguiçoso e insensato; e para retribuir a ajuda das formigas tocou e
cantou para todas elas, só que com outra canção:

– Eu só quero trabalhar! Lá, lá, lá, lá! Eu só quero trabalhar! Lá, lá, lá, lá!
Quem se previne para o futuro não passará nenhum apuro

Você também pode gostar