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José Eugênio Batista: Psicólogo Clinico pastor e professor.

998023058 / @joseeugenio_batista
Serão duas aulas nas seguintes quinta feira:
 Dias 13/10, 20/10, 27/10, 03/11 e 10/11 . Online. No horário de
19h30 as 22h
 Intervalos:
 21h as 21h15

RECOMENDAÇÕES:
Não escreva o nome do professor errado.
Mantenha a câmera ligada, para verificação de presença.
Não copiar trabalho da internet ou do colega.
Aos casais a entrega de trabalhos nesta disciplina será individual.
Entregue pontualmente os trabalhos pelo email: 10/11
disc.eugeniocbg@gmail.com
SEMINÁRIO TEOLÓGICO KOINONIA
José Eugênio Batista 31 998023058
@joseeugenio_batista 2
 Tarefas:
 Ficha da apostila. 10 pts
 Presença. 20 pts
 Questionário. 30 pts
 Resumo do livro: 40 pts
 Recomendação: assistir o filme:“a jornada da alma”

SEMINÁRIO TEOLÓGICO KOINONIA


José Eugênio Batista 31 998023058
@joseeugenio_batista 3
 Desde os tempos mais antigos pode ser observado a
figura do conselheiro assistindo aos reis, políticos e
religiosos em suas atividades.
 Em Israel o conselho dos anciãos ilustra bem o que está
sendo afirmado, este conselho apareceu com Moises no
deserto e perdurou até os dias do aparecimento de Jesus,
dada a sua grande importância de auxiliar nas decisões.
(Êxodo 18,24) Moisés ouviu o conselho de seu sogro e
fez tudo o que ele lhe tinha dito.
 As modernas empresas descobrindo também a
importância do aconselhamento tem adotado a figura
do modelo de gestão, onde são geridas por diversos
conselheiros que são os consultores empresariais.

 Segundo Fred McKinney em Friesen (2000)
“Aconselhamento é um relacionamento interpessoal
em que o conselheiro assiste ao indivíduo em sua
totalidade no processo de ajustar-se melhor consigo
mesmo e com seu ambiente”.
 O que é aconselhamento pastoral? Não existe uma
definição geral aceita.
 As propostas vão de “orientação da palavra de Deus para
o indivíduo” ou “disciplina eclesiástica” (Eduard
Thurneysen) ou “psicoterapia no contexto da igreja”
(Dietrich Stollberg) até “ajuda cristã para a condução da
vida” (Christoph Schneider- -Harpprecht).
 As definições destacam a dimensão teológica, sociológica
ou psicológica.
 O aconselhamento pastoral é uma prática
multidimensional.
 A compreensão daquilo que é aconselhamento pastoral
difere de acordo com o contexto cultural, social, histórico
e eclesial.
 Aconselhamento segundo o dicionário Michaelis
(2002) é o ato de aconselhar, que consiste em dar
conselho; recomendar; convencer, persuadir; consultar
ou pedir parecer de.
 Nas igrejas evangélicas da Alemanha e em outros
contextos europeus prevalece uma orientação
individualista
 Na América Latina e em igrejas do Sul do planeta bem
como na Igreja Católica estão incluídas a dimensão
coletiva e a comunitária.
 “Aconselhamento pastoral é ajuda interpessoal fundada,
interpretada e formada pela fé cristã de maneira
qualificada”.

 A compreensão do aconselhamento pastoral bem como a
compreensão de conceitos como Deus, religião ou
espiritualidade é construída no discurso da sociedade e se
transforma dentro desse discurso.
 Nos padrões de sociedades multiculturais e religiosas o discurso
sobre o aconselhamento pastoral cristão é confrontado com
outras formas e conceitos de aconselhamento religioso e
espiritual.
 O discurso cristão deve-se relacionar e posicionar num discurso
multirreligioso.
 Ele pode levar a novas construções e conceitos de
aconselhamento pastoral.
 A crescente diversidade dos contextos do aconselhamento
pastoral. Em escolas evangélicas ou católicas desenvolvem-se
conceitos diferentes do que no contexto do aeroporto, no
aconselhamento de emergência, no contexto da polícia ou militar.
A dimensão do gênero bem como o envelhecimento da população
em muitas sociedades transformam o conceito de
aconselhamento.
 O trabalho com traumatizados mostra-se como novo foco por
causa do aumento de violência provocada por pobreza, guerras,
fuga e expulsão. Significa que os conceitos e as concepções de
aconselhamento pastoral estão em fluxo e sempre de novo
precisam ser construídos conforme as necessidades contextuais.
 Aconselhar é fazer uma intervenção, apenas uma vez.
Agora aconselhamento é um processo que envolve
varias intervenções.
 Há dois tipos de aconselhamento pastoral, o bíblico em
que se usa somente a Bíblia, a ferramenta de
interpretação deverá ser a hermenêutica. Representante
principal é Jay Adams/ Macarthur Jr.
 E o outro tipo é o aconselhamento cristão que utiliza
técnicas da psicologia/psicanálise, o método é o da
escuta analítica. O representante é Gary Collins.
 DOIS LIVROS
 LIVRO NENHUM
 PARTICIPATIVO
 DIRETIVO
 NÃO DIRETIVO
 ESPIRITUAL - MARTIN BOBGANS (PSICOPEDAGOGO)
 MINISTERIO SCOPE
 ACONSELHAMENTO BIBLICO
 ACONSELHAMENTO BIBLICO EFETIVO
 ACONSELHAMENTO BIBLICO NOUTETICO
 ACONSELHAMENTO CRISTÃO
 ACONSELHAMENTO TERAPEUTICO
 ACONSELHAMENTO GENETICO
 ACONSELHAMENTO PSICOLOGICO
 CURA DAS MEMORIAS OU CURA INTERIOR
 Collins (2005) entende que o conselheiro exerce um
papel de ajudador e relaciona essa arte com a grande
comissão, o significado e as características do
discipulado.
 Para tanto trata de temas como:
 Obediência;
 Amor;
 Frutificação;
 Os custos do discipulado;
 Relacionamentos pessoais;
 Ambições pessoais;
 Bens pessoais;
 Evangelização;
 Discipulando pessoas.
 Segundo Friesen (2000), o conselheiro utiliza os
princípios psicológicos a fim de alcançar um bom
resultado:
 Diagnosticar problemas apresentados;
 Analisar o processo do desenvolvimento dos problemas;
 Planejar estratégias de auxílio à pessoa nos seus
problemas;
 Segundo Friesen (2000), o conselheiro deve se ater a:
 Seus cuidados pessoais;
 Manutenção do seu emocional, mental e físico;
 À sua auto Imagem;
 Ao código de conduta pastoral;
 Ao não abuso: de poder, sexual, emocional, financeiro;
 A - Definição do aconselhamento bíblico:
 1) Alvo: o alvo do aconselhamento é nos levar a um ponto
de maturidade. É parte do processo de santificação.

 “Teleios”: plenitude, maturidade, fato de ser inteiro,
completo e maduro em Cristo. Cl 1:28; Hb 5:14; I Jo 2:5.
 2) Parákletos:
 idéia de consolação (II Co 1:3,4 / At 13:15);
 exortação (Hb 3:13);
 oração (Fp 1:9)

 Alguém que é chamado para estar ao lado de outrém
para ajudá-lo com seu conselho.
 Estar ao lado define bem o aconselhamento bíblico.
Construir um relacionamento de ajuda.
 É animar, encorajar, confortar e trazer a esperança que
mudança é possível.
 3) Nouthésis:
 Admoestar;
 Exortar;
 ensinar e
 repreender - Esta palavra indica um obstáculo que há e
que deve ser vencido. (Tt 2:15; I Ts 5:11)
 B - Aconselhamento e psicologia
 1) Quatro tipos de relacionamento:
 a) Espiritualista:
 (Psicologia) - A ciência não têm valor
 (Teologia) - Só a religião tem todas as respostas.
 b) Perspectivas não cristãs:
 (Psicologia) - A ciência têm mais valor.
 (Teologia) - A religião tráz culpa e complica a vida.
 c) Os dois são paralelos separados e iguais:
 (Psicologia) - (Teologia) - São dois mundos diferentes.
Duas áreas distintas e importantes.
 d) Existem conflitos?
 A psicologia tem feito um bom trabalho de observação. Um
meio muito bom de descobrir a verdade é através da
observação. Toda verdade vem de Deus.
 Só precisamos separar a interpretação do fato nas teorias
psicológicas e teologicas.
 Qualquer pessoa engajada no ministério pastoral hoje
depara-se com várias estruturas de aconselhamento.
 Este artigo identifica quatro principais esferas de
aconselhamento, as semelhanças e diferenças entre elas, e
como podemos cuidadosamente envolver princípios
bíblicos no aconselhamento nos tempos modernos.
 A maior problema que encaram aqueles que se dedicam ao
ministério pastoral atualmente é a questão do lugar do
aconselhamento. Deixe-me enquadrar o problema em termos
gerais:
 Alguns ministros percebem que muitas igrejas adotaram,
sem qualquer senso crítico, modelos seculares de
aconselhamento baseados no expressivo individualismo do
Iluminismo e romantismo modernos.
 Em contrapartida, muitos outros ministros tem praticamente
ignorado a importância do aconselhamento no pastorado do
rebanho de Deus. Eles parecem supor que fortes pregações e
exortações ao arrependimento e obediência serão suficientes
para ajudar as pessoas com seus problemas.
 Há uma maneira de evitar ambas posições inadequadas?
 Segundo HURDING (1995, p.32-25), a maior parte da
responsabilidade do aconselhamento ficava a cargo do
teólogo, ou do religioso de forma geral que concebia os
problemas psicologicos e emocionais como perturbação
espiritual e procurava resolver esses distúrbios com banhos,
sangrias, esconjuros, salmos e orações.
 Com o advento do racionalismo na idade media e o
conseqüente desenvolvimento das ciências na idade media,
o aconselhamento começa a ser identificado como um
segmento especializado através da medicina e da psicologia.
O religioso em geral perde junto com a igreja o monopólio
sobre as questões do corpo e da alma do homem. Segue ai
uma ruptura entre a teologia e a psicologia que ate os dias
atuais tem sido alvo de conflito
 A maior fonte de conflito estava por surgir através de Sigmund
Freud e a criação da psicanálise em 1905, que concebia o
aconselhamento apenas para pessoas bem treinadas, poderiam
ate ser leigos, mas deveriam ser altamente treinados.
 Os pastores e religiosos em geral para Freud não deveriam
praticar o aconselhamento uma vez que a religião, na sua ótica,
era fruto de uma neurose infantil de substituição paterna. E estas
neuroses diminuiriam a eficácia da analise do conselheiro.
 Posteriormente Freud viria a mudar de idéia através daquele que
se tornaria seu amigo, Oskar Pfister, nascido na Suíça, em 1873,
foi um pastor protestante que encontrou na Psicanálise um
instrumento auxiliar na educação de, jovens sob a sua tutela na
paróquia que dirigia em Zurique.
 Em 1908, iniciou com Freud um contato que se transformou
logo depois em amizade e profunda cooperação.
Corresponderam-se, a partir daí, até a morte de Freud, em 1939.
 No inicio do século vinte, a psicologia moderna foi
grandemente ignorada pelos Protestantes norte-americanos.
O movimento de aconselhamento pastoral surge na década
de 20 com um grupo de pastores e médicos que sob a
orientação da teologia liberal procuram oferecer
treinamento aos leigos no aconselhamento.
 O maior expoente desse movimento foi Anton T. Boisen,
pastor e escritor que foi hospitalizado diversas vezes após
crises psicóticas. Após sua experiência de internação,
Boisen chega a conclusão que a igreja não estava
preparada para lidar com a saúde mental e passa a treinar
seminaristas para o exercício do aconselhamento.
Posteriormente funda CPE, Clinical pastoral educationn
com a função de treinar conselheiros pastorais para lidar
com doentes mentais em Massaachussets nos Estados
Unidos. HURDING (1995, p.245-249)
 Nas décadas de 30 e 40 a disciplina de treinamento
pastoral clinico fazia parte do currículo dos seminários,
mas era vista com muita desconfiança pela ala
conservadora da Teologia, pois misturava
conhecimentos da psicologia com a Teologia Liberal. A
resistência ao aconselhamento ameniza com defensores
como Clyde Narramore e Henry Brandt, que associava
o aconselhamento a princípios bíblicos e demonstravam
a relevância da psicologia a teologia. Entretanto essa
disputa esta longe de experimentar um fim.
 Nos anos 50 e 60, alguns acadêmicos cristãos (a maioria no
seminário Fuller, Escola de Psicologia Rosemead e a
Associação Cristã para Estudos Psicológicos) iniciaram o
“Modelo de Integração” para aconselhamento e psicologia.
 Então, em 1970, Jay Adams, do Seminário Teológico de
Westminster reagiu a esta tendência e formulou a
abordagem de Aconselhamento Bíblico (originalmente
chamado de “aconselhamento de admoestação”). Ele via o
aconselhamento como a simples aplicação das Escrituras
nos corações das pessoas através de exortação e coaching,
não colocando qualquer ênfase no exame das profundezas
do passado da pessoa. Entretanto, logo começou-se a ouvir
rumores à esquerda do Integracionismo.
 Alguns cristãos, especialmente entre os que trabalhavam no
mundo acadêmico da Psicologia, desenvolveram o modelo
de “Níveis de Explanação”, uma abordagem que era ainda
mais simpática à psicologia moderna que o Modelo de
Integração original. Por outro lado, outros rumores
começaram a ser ouvidos à direita do Integracionismo.
 Durante os últimos dez a quinze anos, alguns sentiram que
os Integracionistas estavam concedendo demais à
psicologia moderna. Eles queriam uma crítica mais
acentuada às teorias psicológicas, porém não queriam
identificar-se com o movimento do Aconselhamento
Bíblico. Alguns chamaram isso de “Psicologia Cristã”.
 A Associação Cristã para Estudos Psicológicos (CAPS, em
inglês) se separou. O grupo CAPS que permaneceu é mais aberto
à psicologia moderna e aos modelos de “Níveis de Explanação”,
enquanto que a nova organização, a Associação Americana de
Conselheiros Cristãos (AACC) é de longe a maior, e inclui
Integracionistas e outros mais críticos da psicologia moderna.
 Neste meio tempo, houve muitos dentro do movimento de
Aconselhamento Bíblico que acabaram vendo a abordagem de
Adams como muito simplista e moralista. Todas essas mudanças
tornaram as opções de Aconselhamento Cristão bastante variadas
e complexas.
 Em 1970, fiz cursos de aconselhamento do Seminário Teológico
Gordon-Conwell com professores Integracionistas fortemente
inclinados à eficácia da psicologia.
 Os pastores naturalmente continuavam a aconselhar, a
despeito da opinião de Freud e dos demais cientistas e
psiquiatras. Mas cada vez crescia a idéia que o conselheiro
leigo precisava de treinamento especial. Surge uma nova
polemica. Hans Eysenck, um psicólogo inglês afirma que o
aconselhamento profissional era ineficaz e mesmo nocivo.
E o psicólogo americano Robert carkhuff demonstra com
seus estudos que leigos com pouco treinamento poderiam
sem conselheiros eficazes.
 Os conflitos e o desprestigio ao qual o aconselhamento foi
submetido o tornou matéria de muita contradição,
entretanto os seus efeitos são inegáveis para o maior dos
incrédulos. Enquanto para uns ele é de suma importância
que somente pode ser realizado por profissionais
devidamente preparados, para outros o aconselhamento
deve ser realizado por seu líder espiritual, com ou sem
treinamento.
Psicologia Aconselhamento Pastoral
- Não orientador (como psicólogo a - Orientador. Vai ao centro da verdade
pessoa é como um espelho). Rebate os bíblica. A base para a verdade que rege
problemas levando a pessoa a achar sua todas as esferas de comportamento é a
própria resposta. Bíblia.
- Eu construo a minha personalidade. - Deus me constrói. (I Pe 2:5). Jesus é o
“As suas respostas estão em você cumprimento profético do “Eu sou”. As
mesmo.” respostas que precisamos estão em
Jesus.
- Eu trabalho na minha personalidade. - Eu descanso em Deus (Sl 23)
- Eu defendo minha personalidade. - Deus é minha defesa e proteção.
Psicologia Aconselhamento Pastoral
- “Eu sou rei e eu reino” - Importa que Ele (Jesus)
(Síndrome de Nabucodonosor) cresça e eu diminua. (Jo 3:30)
- Sou vulnerável em face do - Vencemos o acusador (Rm
acusador. A tentativa de 8:37). Obedecer a consciência
suprimir a culpa só piora nossa provendo ajustes necessários
situação em relação a ataques na nossa vida nos preserva em
demoníacos. perfeita paz e autoridade.
- O alvo é sentir bem. Amar os - Chegar à obediência de
prazeres é o princípio da Cristo. A felicidade é apenas
falência da alma. um efeito colateral desta
motivação.
 C - Valores básicos no aconselhamento
 1) A obra do Espírito Santo – “Parakleto” (Jo 14:16,17,26)
 Espírito da verdade, consola, ensina, faz lembrar, santo,
revela a Cristo, revela a Palavra de Deus. O Espírito Santo é
o elemento principal no aconselhamento.

 Dons: discernimento, revelação, palavra de conhecimento,
palavra de sabedoria. Estes dons são fundamentais no
aconselhamento.

 Sensibilidade ao Espírito Santo: o conselheiro cristão que
ignora o Espírito Santo está praticando um ato de rebeldia.
Não ouse aconselhar alguém sem estar em dependência total
do Espírito Santo.

 2) A autoridade do nome de Jesus
 Lc 9:1 – curar os enfermos, autoridade sobre o reino
das trevas.
 Is 61 – enviou-me a libertar os cativos, restaurar os
contritos de coração, consolar os tristes, apascentar o
rebanho, etc.
 Precisamos ter certeza que estamos sendo enviados.
Não devemos nos meter a fazer algo que não estamos
autorizados a fazer. Não confunda ousadia com
presunção.
 3) A obra de Cristo na cruz. (Is 53)
 Pecados (perdão),
 Feridas (dores): cura emocional, libertação interior
 Enfermidades (cura)
 Castigo e condenação: temos autoridade para nos
perdoar.
 A cruz define o nosso valor diante de Deus. (Rm 5:8)
 4) A Palavra de Deus (Jo 8:32)
 O efeito da revelação é vida. Luz gera responsabilidade
que gera vida. Não devemos ter medo de receber luz.
 A Palavra de Deus ministra às nossas crenças
irracionais. Ela também ensina ao conselheiro o jeito
divino de aconselhar.
 A Palavra de Deus é a fonte de sabedoria e
conhecimento. Sem a Palavra de Deus o Espírito Santo
estará desarmado nas nossas vidas.
 5) O amor (Jo 15:12)
 O amor é um mandamento que tem que ser praticado
com intensidade e sabedoria.
 Muitas vezes o amor é a chave para a transformação. O
amor fala mais alto que o conhecimento. O amor
desarma as pessoas para que elas possam se arrepender
e resolver de bom coração seus conflitos.
 D - Qualidades do conselheiro
 1) Qualidades naturais (humanas)
 a) Capacidade de escutar:
 O aconselhado: precisamos de um conhecimento imparcial e
completo da situação.
 O que ele não está dizendo (mensagens escondidas nas
entrelinhas): aqui estão as verdadeiras raízes do problema.
Como o ponto da cura reside naquilo onde a pessoa não quer
que ninguém chegue, precisamos saber interpretar certas
deixas para ajudar a pessoa a vencer o trauma e abrir-se sem
reservas.
 O que o Espírito Santo está falando
 O ponto mais importante no aconselhamento é ouvir. Se não
ouvimos as pessoas não ouviremos o Espírito Santo também
 b) Capacidade de demonstrar amor: (não é uma efusão
de simpatia simplesmente)
 Gentileza
 Ser caloroso e atencioso. Evitar qualquer atitude de pressa.
 Deixar a pessoa confortável. Criar um clima de
confiabilidade.

 c) Humildade:
 Abertura para aprender
 Reconhece os seus limites (não somos Deus)
 Pode receber correção e direção (não é independente)
 d) Maturidade:
 Ter firmeza naquilo que você pensa e crê. Não cair na manipulação da
pessoa, estabelecendo sua opinião com calma, não sendo
influenciável em relação às tentativas da pessoa se esquivar de suas
responsabilidades.
 Capacidade de dizer não. Precisamos ser absolutos com as coisas
absolutas.
 Não deixar de evidenciar os pecados que precisam ser arrependidos.
Sem isto estaremos submetendo a pessoa à um processo de libertação
irresponsável.

 e) Olhar objetivo:
 Ter a distância necessária para não se envolver emocionalmente. Esta
distância objetiva ajuda a enxergar outros pontos.
 Não podemos misturar nossos sentimentos com os da pessoa
passando para elas uma impressão que a estamos apoiando nas suas
motivações erradas. É indispensável uma frieza de espírito para
combinarmos empatia e confrontação.
 f) Respeito da confidencialidade (ética)
 Isto é o que constrói a confiança no acompanhamento de um
caso.
 Não devemos ficar dizendo coisas íntimas com o intuito de se
auto afirmar como conselheiro.
 Toda área de confidencialidade tem seu limite no sentido de
estar debaixo de uma liderança. A liderança deve ser informada.
 Temor de hierarquia (mêdo de Deus). Procura pessoas que não
são autoridade sobre ela. Precisamos ensinar as pessoas a
procurar as pessoas certas.


 g) Estilo de vida de higiene pessoal
 Aparência, hálito, higiene, etc. podem ser barreiras.

 2) Qualidades espirituais
 O conselheiro tem que ter um relacionamento íntimo com o
maravilhoso Conselheiro.
 Conhecimento da Palavra de Deus na profundidade do
caráter, dos princípios e dos conselhos de Deus. Visão
orientativa, ensinar, exortar, etc.
 Ter consciência da sua autoridade como discípulo (Jo
20:22,23)
 A sua autoridade depende da sua capacidade de submissão.
 Abertura à unção do Espírito Santo.
 Sensibilidade à voz de Deus (Jo 5:19)
 Prática dos dons espirituais. Discernimento em relação aos
nossos pensamentos e os de Deus.
 Estar no processo de santificação, sempre tratável e
vulnerável ao quebrantamento.
 3) Qualidades intelectuais
 Compreensão dos princípios de aconselhamento. Estar ao lado
de um conselheiro experimentado. Buscar treinamento.
 Reconhecer seus limites.

 4) Impedimentos para ser um bom conselheiro
 Quem precisa se sentir necessário. Sentir que os outros
precisam dele. Isto cria relacionamentos doentios e
dependentes.
 Instabilidade emocional. Destrói a autoridade do conselheiro.
 Atitude de julgamentos e preconceitos.
 Fofoca: fofoqueiros destroem as pessoas. Não devemos
investir num fofoqueiro. Em pouco tempo ele perde a
confiança de todos.
 Não aconselhar sozinho um sexo oposto. Promove aparência
do mal e risco de envolvimento emocional
 E - Escuta ativa
 1) Aspecto de uma vida de discípulo sadia
 TREINAMENTO – ACONSELHAMENTO -
DESCANSO

 Estas três coisas precisam de acontecer
equilibradamente para que a saúde dos discípulo seja
preservada.
 A escuta acontece em três níveis: Ativo, Sociável, Superficial
 O nível básico, Superficial, é o que nós usamos quando estamos
ouvindo, mas não estamos escutando. Por exemplo, quando estamos
conversando com um convidado numa festa, tentando se interessar
pelo que ele está dizendo, mas mantendo a atenção dirigida a outro
acontecimento. Talvez em alguma outra conversa que nós percebemos
ser mais interessante.

 O problema é que nós estamos ouvindo o que o outro convidado está
dizendo, não escutando.
 Assim nós ficamos confusos, perdemos o fio da meada ou acabamos
tendo que pedir ao interlocutor para repetir o que disse há pouco.Se
fosse numa sessão de treinamento os danos seriam extremos.
 Se só estamos ouvindo superficialmente é porque nossa mente está em
outro lugar. Isto estará refletido em nossa linguagem corporal e a
pessoa que está sendo treinada perceberá imediatamente.
 A relação de confiança vai ser destruída e o treinamento não terá
qualquer resultado útil.
 O próximo nível, Sociável, é o tipo de escuta que a maioria de nós faz
na maior parte do tempo.
 Na escuta sociável nós escutamos enquanto nossos parceiros falam e
vice-versa. Porém, o perigo aqui é que enquanto a outra pessoa estiver
falando, nós estamos nos concentrando na construção da nossa próxima
observação, em lugar de verdadeiramente focalizar no que a outra
pessoa está dizendo.
 Este é um importante desafio quando você começa a dar treinamento,
pode ser difícil de manter o fluxo de perguntas, quando você não está
habituado. É melhor parar e pensar na próxima pergunta, quando a
outra pessoa acabar sua fala.
 No nível prático significa que nós não deveríamos tentar treinar quando
estivermos com pressa ou preocupados com qualquer outra coisa.
 Nós não deveríamos desenvolver uma sessão de treinamento dentro um
ambiente ruidoso ou muito quente ou muito frio. É impossível escutar
ativamente em tais circunstâncias.
 2) O coração profundo
 A escuta ativa tem que abrir um clima de confiança
onde você vai conhecer a pessoa profundamente. A
Janela de Johari:
 Questionário

 1. Se um amigo meu tivesse um conflito de personalidade com um conhecido


comum a nós dois, com o qual fosse importante mantermos boas relações, o
que eu faria?
 A ( ) Diria a esse meu amigo que a sua responsabilidade é parcial nos
problemas
 com o nosso conhecido comum, e procuraria fazê-lo ver de que forma esse
 conhecido foi afetado.
 B ( ) Não me envolveria, pois não seria capaz de manter um bom
relacionamento
 com ambos ao mesmo tempo, uma vez que já teria decidido o caminho que
 deveria seguir.

 2. Se tivesse travado, recentemente, uma disputa acalorada com um amigo, e
 percebesse que ele ficara com dúvidas a meu respeito, o que eu faria?
 A ( ) Evitaria que as coisas piorassem, chamando a atenção para o seu
 comportamento, deixando, entretanto, que as coisas se resolvessem por si
 mesmas.
 B ( ) Chamaria a atenção sobre o seu comportamento e perguntaria a ele como a
 disputa teria afetado nossas relações.

 3. Se um amigo começasse a esquivar-se de um relacionamento comigo,


provocando
 afastamento e separação entre nós, o que eu faria?
 A ( ) Diria-lhe o que penso sobre o seu comportamento e sugeriria que ele
também
 dissesse o que pensa.
 B ( ) Imitaria a sua conduta e faria com que os nossos encontros fossem rápidos e
 esparsos, conforme a sua vontade.

 4. Se eu e mais dois amigos estivéssemos conversando, e um deles trouxesse à tona
 um problema pessoal meu, envolvendo um terceiro amigo, sem que o outro amigo
 estivesse inteirado do problema, o que eu faria?
 A ( ) Mudaria a conversa e insinuaria a meu amigo que fizesse o mesmo.
 B ( ) Informaria a meu amigo que o outro não estava inteirado do problema,
 sugerindo-lhe que tratássemos do assunto mais tarde.

 5. Se um amigo me dissesse que, em sua opinião, tenho feito coisas que me tornam
 menos eficiente do que poderia ser, em minhas relações sociais, o que eu faria?
 A ( ) Pediria que explicasse, detalhadamente, o que ele observou e me sugerisse
 as mudanças necessárias.
 B ( ) Ficaria ressentido com as suas críticas e procuraria justificar meu
 comportamento.

 6. Se um de meus amigos aspirasse um posto em nossa organização para o qual eu não
 considerasse qualificado e, se ele fosse indicado para este posto, por decisão do
 chefe do nosso grupo, o que eu faria?
 A ( ) Não mencionaria meu receio nem a meu amigo e nem ao meu chefe, deixando
 que eles tratassem do assunto de maneira pessoal.
 B ( ) Manifestaria a meu amigo e ao meu chefe, meu receio, deixando que eles
 tomassem a decisão final.

 7. Se um de meus amigos passasse a ser desleal comigo e com outras pessoas, e
 nenhuma delas lhe chamasse a atenção para sua atitude, o que eu faria?
 A ( ) Perguntaria a essas pessoas como estavam encarando a situação, para saber
 se elas também consideravam que ele estaria sendo desleal.
 B ( ) Não pediria aos outros a sua opinião sobre nosso amigo, mas esperaria que
 eles comentassem comigo.

 8. Se estivesse preocupado com alguns assuntos pessoais e um amigo me dissesse que
 estava começando a mostrar-me irritado com ele e com os outros, aborrecendo-os a
 respeito de coisas sem importância, o que eu faria?
 A ( ) Diria a esse amigo que tenho estado preocupado e, provavelmente, nervoso,
 preferindo não ser incomodado por algum tempo.
 B ( ) Escutaria suas queixas e não me preocuparia em explicar-lhe minhas ações.


 9. Se eu escutasse alguns amigos lançando um boato negativo a respeito de um outro
 amigo meu, que poderia prejudicá-lo e se esse meu amigo perguntasse o que sabia a
 respeito, o que eu faria?
 A ( ) Diria a esse amigo que nada sabia sobre o assunto, e que ninguém poderia
 acreditar de modo algum num boato como esse.
 B ( ) Diria a esse amigo exatamente o que havia escutado, quando e de quem teria
 partido o boato.

 10. Se um amigo me mostrasse, de fato, que tenho um conflito de personalidade com
 outro amigo, com o qual seria importante me dar bem, o que eu faria?
 A ( ) Consideraria seus comentários fora de hora e diria que não desejava discutir
 esse assunto.
 B ( ) Falaria sobre o assunto abertamente com ele, procurando determinar de que
 forma meu relacionamento com o outro amigo teria sido afetado por essa
 situação.

 11. Se minhas relações com um amigo fossem abaladas por sucessivos conflitos sobre
 um problema de importância para ambos, o que eu faria?
 A ( ) Tomaria cuidado nas minhas conversas com ele, para que esse problema não
 surgisse novamente e viesse piorar nossas relações.
 B ( ) Assinalaria os pontos de controvérsia que estariam abalando nossa relação,
 sugerindo que discutíssemos até conseguir resolvê-los.

 12. Se durante uma discussão pessoal com um amigo, sobre seus problemas de
 comportamento ele sugerisse, repentinamente, que abordássemos meus problemas e
 comportamento da mesma forma como tratamos os seus, o que eu faria?
 A ( ) Trataria de conservar a discussão fora dos meus problemas, dando a entender
 que outros amigos, freqüentemente, abordam esses assuntos.
 B ( ) Receberia bem a oportunidade de ouvir a opinião a meu respeito e estimularia
 seus comentários.

 13. Se um amigo começasse a falar sobre os seus sentimentos de hostilidade em relação
 a outro amigo, que ele considerasse pouco amável com os outros (e eu estivesse
 francamente de acordo), o que eu faria?
 A ( ) Ouviria e também expressaria meus sentimentos, de modo que ele
 conhecesse o meu ponto de vista.
 B ( ) Ouviria, mas não expressaria meus próprios pontos de vista e opiniões
 negativas, uma vez que ele poderia comentar o que lhe dissera
 confidencialmente.

 14. Se fosse espalhado um boato negativo a meu respeito, e eu suspeitasse de que um
 dos meus amigos o teria escutado, o que eu faria?
 A ( ) Evitaria mencionar o problema e esperaria que ele resolvesse me comunicar,
 se quisesse.
 B ( ) Correria o risco de ofendê-lo, perguntando-lhe diretamente o que estaria
 sabendo sobre o assunto.

 15. Se observando um amigo, eu considerasse que ele está agindo de maneira prejudicial
 à suas relações pessoais, o que eu faria?
 A ( ) Correria o risco de que ele me considerasse um intrometido e lhe diria o que
 observei, bem como as minhas reações frente a isso.
 B ( ) Guardaria minhas opiniões para não parecer que interfiro em assuntos que não
 são da minha competência.

 16. Se estivesse conversando com dois amigos, e um deles, inadvertidamente,
 mencionasse um problema pessoal, no qual eu estaria envolvido, mas sem ter
 conhecimento, o que eu faria?
 A ( ) Iria pressioná-lo para que me informasse sobre o problema e suas opiniões a
 respeito.
 B ( ) Deixaria a critério de meus amigos me informar ou não, dando-lhes opção para
 que mudassem de assunto se assim o desejassem.

 17. Se um amigo se mostrasse preocupado, começasse, inclusive, a aborrecer-se com
 coisas aparentemente sem importância e a irritar-se comigo e com outros sem uma
 causa real, o que eu faria?
 A ( ) Trataria esse amigo com muita cautela durante algum tempo, supondo que ele
 estivesse com problemas pessoais passageiros, que não seriam da minha
 competência.
 B ( ) Trataria de falar com ele a respeito e mostraria-lhe como seu comportamento
 estava afetando as pessoas.

 18. Se certos hábitos de um amigo começassem a me desagradar, a ponto de afetar o
 prazer que sentia na sua companhia, o que eu faria?
 A ( ) Não lhe diria nada diretamente, mas faria perceber os meus sentimentos,
 ignorando-o cada vez que manifestasse os hábitos que me desagradam.
 B ( ) Manifestaria meus sentimentos de maneira aberta e franca, de modo que
 pudéssemos manter nossa amizade agradável e com satisfação.
 19. Em uma discussão sobre o comportamento social com um de meus melhores amigos,
 o que eu faria?
 A ( ) Evitaria mencionar seus defeitos e imperfeições de modo a não ferir seus
 sentimentos.
 B ( ) Apontaria seus defeitos e imperfeições de forma que ele pudesse melhorar
 sua habilidade no trato com as pessoas.

 20. Sabendo que poderia ser designado para um importante
cargo dentro de nosso grupo e percebendo que meus amigos
começavam a mudar de atitude comigo, o que eufaria?
 A ( ) Discutiria minhas limitações com meus amigos, a fim
de que pudesse descobrir aspectos nos quais devo melhorar.
 B ( ) Trataria de descobrir sozinho minhas imperfeições, de
maneira que pudesse superá-las.

 Entendendo os resultados do questionário
 No questionário que você acaba de preencher existem 10
perguntas relacionadas com sua receptividade ao feedback
(retorno de informações) de seus amigos ou conhecidos e
 10 perguntas relacionadas com sua disposição à auto-abertura
para proporcionar feedback a seus amigos ou conhecidos.
Passe a sua pontuação da folha de respostas do questionário
para o quadro abaixo.
 Uma vez terminado, some os pontos da coluna receptividade
ao feedback e os pontos da coluna disposição à auto-
abertura.
Receptividade ao feedback (receber) Disposição à autoabertura (dar)

2.B. 1.A.
3.A. 4.B.
5.A. 6.B.
7.A. 9.B.
8.B. 11.B.
10.B. 13.B.
12.B. 15.A.
14.B. 17.B.
16.B. 18.B.
20.A. 19.B.
TOTAL: TOTAL:

A seguir, transfira os pontos para a página seguinte.

DESENHE SUA JANELA Sua pontuação

Receptividade ao feedback - __________

Disposição à auto-abertura - __________


 3) Modelo de Aconselhamento
 Demonstração de amor tem como retorno confiança do
aconselhado.
 Para o relacionamento crescer, as defesas tem que
baixar. Sem amor não há aconselhamento.
 Amor: - Calor humano (I Ts 2:7) – idéia de carinho e
aconchego.
 Respeito (I Pe 2:17) / Pv 15:1
 Empatia (Mc 8:2)

 4) DINAMICA DO PROCESSO: Precisamos saber até onde a
pessoa está nos permitindo ir, ou seja, o que ela está pedindo.

 a) A pessoa quer informação? Dá a informação se você tem.
 b) A pessoa quer ação? Aja ou não dependendo do que for.
 c) A pessoa quer compreensão, ajuda emocional, amizade,
libertação da ira, etc?
 A resposta deve ser uma escuta ativa. d) A pessoa quer uma
interação não apropriada?
 Crítica: expor a amargura – escutar, mas deixar claro que não
concorda. Tentar conduzir esta pessoa à pessoa certa.
 Dependência: responsabilizar outra(s) pessoa(s) pelas suas escolhas,
decisões e problemas. Isto é manipulação: “o meu problema é teu
problema”. Este tipo de manipulação e auto-piedade jamais podem
ser alimentados. Não podemos confundir quebrantamento com auto-
piedade. Auto-piedade é pecado.
 Pedir alguma coisa contra a lei. Por exemplo, a pessoa confessa
que roubou. Se você guarda isto só para você e não leva a pessoa a
retratar esta situação, então você se torna cúmplice.
 5) Calor Humano
 Temos três fatores fundamentais na nossa
comunicação:
 Palavras expressadas: é responsável apenas por 7%
do efeito da nossa comunicação.
 Tom da voz: responde por 38% do efeito da nossa
comunicação. O tom da voz pode mudar o sentido do
que se quer comunicar.
 6) Respeito
 Mostra um interesse autêntico.
 Renúncia aos preconceitos e julgamentos.
 Levar a pessoa a sério.
 Não dar respostas feitas (clichê).
 Reconhecer seus próprios limites.
 Honestidade. Não pretender ser o doutor.
 Confidencialidade. O respeito da privacidade da
pessoa.
 Não assumir a responsabilidade da pessoa ajudada.
 7) Empatia
 Empatia é a tendência para sentir o que sentiria se estivesse na
situação e circunstância experimentada pela outra pessoa. É a
compreensão dos sentimentos do outro. É mais do intelecto do
que das emoções propriamente ditas.
 o prefixo grego en nos esclarece: é “sentir dentro”, “sentir como
se fosse a pessoa”.
 A simpatia pode ser entendida como uma ternura, mas a empatia
é uma profunda compaixão que nos faz colocar-nos no lugar
daquela pessoa.
 “O Verbo se fez carne” (Jo 1.14). Deus foi empático conosco, na
pessoa de Jesus. Empatia tem a ver com compaixão. O Salvador
era profundamente empático, porque era profundamente
compassivo: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas,
porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não
têm pastor” (Mt 9.36).
 conselho: “Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os
que choram” (Rm 12.15).
 F – Análise do Problema

 os problemas podem ser vencidos:
 1) Embora provações e tribulações façam parte da vida, Deus tem
um propósito em permiti-las (Romanos 5:3-5, 8:28; Tiago 1:2-4).
 Apesar das dificuldades que possam surgir, Deus prometeu que um
crente em Cristo pode ser vencedor em todas as situações (Romanos
8:35-37; I Coríntios 10:13; I João 5:4-5) respondendo em
obediência à Palavra de Deus (Tiago 1:25).

 Obedecer a Deus pode não ser fácil (Romanos 7:18-19), mas é algo
possível quando praticado em resposta amorosa àquilo que Jesus
Cristo fez pelo crente ( João 14:15; Romanos 6; I João 5:3; II João
1:6).
 Seguindo o exemplo do nosso Senhor Jesus Cristo, um filho de Deus
deve ser obediente mesmo em tempos de sofrimento (Hebreus 5:8; I
Pedro 2:20-21), olhando para além das circunstâncias do momento e
atentando para a glória que será revelada (Romanos 8:18; II
Coríntios 4:16-18).
 3) Feridas do Passado
 A personalidade de uma criança é formada até seus cinco ou seis
anos de idade. Ela vai determinar se é amado, importante, se a vida é
hostil ou não, etc.

 Sl 51:5 afirma que entramos num mundo oprimido pelo pecado. Uma
criança que foi abusada ou abandonada terá seus relacionamentos
futuros afetados.
 Outras situações como perda dos pais por morte ou
divórcio também levam a criança a fechar estas
experiências numa gaveta.
 Esta atitude passa a influenciar o seu comportamento.
 Terá que ser feita uma escolha de continuar vivendo com
isto ou abrir a gaveta e dar o passo doloroso em direção à
cura.
 A cura só vem quando expomos nosso trauma. Traumas
se alimentam do nosso silêncio.
 Em relação às feridas do passado, tudo que precisamos
fazer é perdoar, confessar e ir na cruz receber a cura.
 4) Pecado e escolhas erradas
 Falsas imagens no relacionamento Pai / Mãe:
 Possessividade - ansiedade - depressão
 Vingança - Heterossexualismo (conquista pela
sensualidade e rejeita)
 Cargas de rejeição sempre induzem as pessoas a agarrar
uma identidade de vítima. Podemos ser vítimas, mas somos
responsáveis pelas nossas reações.

 Onde existe rejeição, existe dor emocional, e esta dor por
sua vez leva as pessoas a buscarem alívio de acordo com
suas concupiscências. Este processo de fuga, acarreta culpa,
vergonha e mais rejeição ainda levando a pessoa novamente
aos falsos prazeres. Isto é um ciclo fechado.

 A solução é reconhecer a situação, confessar, receber o
perdão e se apropriar da libertação permanecendo na
posição tomada.
 5) Crenças irracionais
 Estas crenças irracionais podem ser relativas a Deus, a
mim mesmo e aos outros.
 Precisamos reavaliar os ensinos que recebemos e
estarmos sempre bem flexível para sermos reeducados
mediante verdades que nos aproximam do caráter de
Deus.
 Existem crenças úteis e positivas, mas que se tornam
negativas quando o ensino parte de um coração ferido
ou de um costume encarado com orgulho. Ex: os
homens não prestam, homem nunca chora, etc.
 As feridas precisam da cura.
 Os pecados precisam do perdão da cruz.
 As crenças irracionais precisam ser mudadas
 Pela renovação da mente (Rm 12:2)

 Sistema de valor - Crenças: OTOIYLOV – princípios e
leis.
 Preceitos de homens ou tradição dos homens (Mt 15:9)
 Tradição dos pais (Gl 1:14)
 Segundo a tradição dos homens e não segundo Cristo
(Cl 2:8)
 Tradição dos pais – vã maneira de viver (I Pe 1:18)
REJEIÇÃO ESCAPISTA

ABANDONO DEPENDENTE

HUMILHAÇÃO MASOQUISTA

TRAIÇÃO CONTROLADOR

INJUSTIÇA RIGIDO
A – Evento B- Sistema de C- Emoções D- Ação,
crença consecutivas comportamento
Vendo uma cobra Cobra = perigo Susto, medo, pavor Gritar, correr, matar
Outra pessoa que Aquele tipo de Interesse, Se aproximar e
se interessa por cobra não é curiosidade capturar a cobra
cobras perigosa
Sobrei no grupo Eu sou inferior, não Tristeza, mágoa, Se isolar, se fazer
tenho tanto valor ressentimento, de vítima,
quanto os outros desconfiança, manipular, etc.
vergonha
Mudando o sistema Tenho valor, sou Confortável, Mais participativo
de crença: tão importante sensação de
Sobrei no grupo quanto todos controle
 O A B C D é útil em resolução de conflitos e também
quando eu tenho reações ou emoções desproporcionadas
em relação ao evento.
 Isto ajuda a fazer uma análise do nosso sistema de crença.
 Em aconselhamento é importante você saber mudar de
referencial.
 Entender os vários pontos de vista possíveis, obtendo a
melhor vista dos pontos de vista (Ex: Mt 10:13)
 Os discípulos afastaram as crianças, porque no sistema
de crença deles as crianças não eram importantes.
 Jesus recebeu e abençoou as crianças
 Crenças que podem fazer uma vida miserável:
 a) Eu devo ser amado por todo mundo e sempre.
 b) Todos deveriam pensar da mesma forma que eu.
 c) Não devo nunca errar.
 d) É preciso ter talento e ter sucesso em algo importante. Você
tem que brilhar e destacar em alguma coisa.
 e) Nunca deveria desapontar ninguém, principalmente quem
eu amo.
 f) Conflitos devem ser evitados de qualquer jeito.
 g) Tenho que ser aceito pelos outros a qualquer custo.
 h) Minha vida deveria ser sempre feliz.
 i) Preciso ser bem sucedido para ser amado.
 j) Não posso mudar minha maneira de ser.
 k) Não consigo perdoar.
 l) Minha miséria interior vêm das pressões interiores.
 m) Você pode atingir a felicidade pela inércia.
 Algumas crenças cristãs irracionais:
 a) Sou responsável de alguma forma pelos problemas dos
outros. Crente São Bernardo que quer salvar o mundo inteiro.
Na verdade, o que estas pessoas estão querendo é ser amadas.
 b) Devo estar disponível a todos em todo o tempo.
 c) Eu não posso estar irado ou confrontar alguém sem estar
pecando. Para estas pessoas a ira não é um sentimento
permitido. Elas transformam o sentimento de ira em tristeza.
 d) Não posso falhar.
 e) Se eu espiritualizar os meus problemas eles irão embora.
 f) Cristãos não tem desejos sexuais.
 g) Cristãos não tem baixas emocionais.
 h) Se estou doente é porque pequei.
 i) Cristãos não tem luto.
 j) Se erro ou se eu errar terei conseqüências eternas.

 GI- Processo de Transformação
 Mudança não é fácil.
 (Tente escrever isto com a mão esquerda (direita))
 Jr 13:23 – “acostumado”: hábito contraído após uma
longa prática. A pessoa foi ensinada, treinada a fazer o
mal. Precisa de uma reabilitação, uma reeducação dos
hábitos, para mudar o caráter.

 Ef 4:17-32 – Mudanças são possíveis. Combater o mau
hábito com um hábito oposto. Não apenas a atitude
protetiva, mas combativa de vingar toda desobediência.
Esta é uma atitude fundamental para libertação.
 Como conselheiros devemos investir em 3 pontos:
 a) Segurança: É nossa necessidade de se sentir amado
por alguém que nunca nos rejeitará e que nos amará
sempre. Jr 31:3; Hb 13:5 e 8; Rm 8:1; Mt 11:27-30; I Jo
3:1; Jo 10:28,29 ; Jo 6:37; I Pe 5:7.
 b) Valor próprio: É o sentimento de ser aceito por quem
somos e não pelo que fazemos ou porque temos alguma
coisa.
 Jr 2:13 – duplo pecado: abandonar a fonte de água viva e
cavar cisternas rotas.
 Sl 139:13-16; Sl 22:10,11; Mt 10:30,31; Sl 68:6,7; Gl
2:20; Dt 7:6-8; Is 43:4; Sf 3:17.
 c) Razão de ser: É saber que a nossa vida tem um
significado e que ela tem um alvo útil individual. Mt
22:37-39; Mt 28:19,20; Jo 15:16; II Co 5:20; Ef 2:10; Mt
9:36,37; I Co 3:9.

 Alvos – Direções – Sentido de vida


 (I Co 6:20; Mt 10:1; Rm 8:29; Rm 12:1-8).

 Obtendo a resposta de Deus
 Precisamos nos arrepender de termos procurado satisfazer
nossas necessidades fundamentais com outra coisa que não
seja Cristo.

 Receber o perdão e o amor de Deus, a segurança, o valor


próprio.

 Vem a cura e você se sente bem de novo.

 Ministrar o que você recebeu. Esta é a razão de ser.



 I – Confrontação em amor
 Será que podemos combinar estas duas palavras nas
nossas atitudes?
 (Precisamos averiguar isto no nosso sistema de
valores.
 Conflitos são normais e naturais.
 Eles fazem parte da vida e precisamos nos acostumar
com eles.
 1) Algumas maneiras de enxergar o conflito:
 a) Fatalidade: vamos dizer que somos incompatíveis com aquela
pessoa e podemos nos trancar neste fato.

 b) Catastrófico: vamos temer quebrar o relacionamento, temer a


rejeição. Portanto, agimos com sutileza para deixarmos as coisas
confortáveis.

 c) Se eu vejo o conflito como uma batalha inevitável entre o bem


e o mal então eu vou viver rígido nos meus pensamentos, julgar
os outros e buscar perfeccionismo.

 d) Se vejo o conflito como diferenças mútuas precisando ser


resolvidas, posso resolver fazendo minha parte, o outro fazer a
sua parte e vamos cooperar.

 a) “Vou te pegar!” – A idéia é: eu estou certo e você está errado.
Vai usar o poder, mas pouco amor. O alvo é mais importante que
o relacionamento.

 b) “Vou pular fora!” – Estou inconfortável, então não vou entrar


nessa. Para esta pessoa os conflitos são desesperadores e as
pessoas não podem mudar. Os conflitos tem que ser evitados.
Prioriza a segurança. É a maneira de sair do conflito e não
resolver. “Eu perdi e você perdeu também”. Não usa nem o poder
e nem o amor também.

 c) “Deixa prá lá!” – Vou ficar simpático, bonzinho, porque


preciso da sua amizade. Este pensa que diferenças são coisas
desastrosas. Se ficar sincero, nem pensar o que poderia acontecer.
Melhor calar, viver submisso com essa diferença e ficar amigos
mesmo que isto me incomoda muito. Se torna simpático,
frustrado, mas sorrindo. Quanto mais a tensão aumenta, mais
generoso e submisso ele fica.
 d) “Eu te encontro no meio do caminho” – Este vai fazer
concessões. Se cada um renuncia um pouco, vai se achar
uma posição que vai satisfazer a cada um. Mas o
sacrifício parcial pode levar a perder benefícios do
relacionamento para estar de acordo.

 e) “Confrontar em amor” – Eu quero relacionamento e


também quero uma posição de integridade honesta. Para
ele o conflito não é positivo nem negativo. Ele vai
trabalhar a diferença dando mensagens claras: eu amo e
eu quero. Quero um bom relacionamento contigo e quero
que você saiba o que sinto, o que preciso, o que valorizo
e desejo.
 Como INTERVIR OU CONFRONTAR?
 Para passar uma mensagem, então, faça afirmações, mas se
você quer perguntar, então faça uma pergunta.
 Perguntas podem ser uma maneira de manipular. Muitas
vezes, são como uma armadilha. A pergunta às vezes
condena. A pergunta pode colocar a pessoa em situação
vulnerável.

 A questão de falar “não”.
 Poder dizer “não” é uma qualidade, mas é importante saber
como falar o “não”.
 Mostrar o amor e a preocupação do relacionamento, mas
dizer “não” sem enrolar a pessoa.
 Eu sou responsável pela minha maneira de reagir a você.
 Eu sou responsável pela maneira como eu vejo você.
 Eu sou responsável pelos meus sentimentos.
 Você não pode me irar se não escolho ficar irado.
 “Eu não posso mais confiar” - “Eu não quero mais
confiar”
 Acusação
 Para ter um problema, basta ter duas pessoas. Precisamos
dizer basta às acusações
 J - AS TRANSFORMAÇÕES DO ACONSELHAMENTO
PASTORAL

 Segundo Christoph Schneider-Harpprecht As transformações são de base


histórica e teológica e influenciam o aconselhamento pastoral atual. Em
primeiro lugar, são as bases bíblicas, importantes para grande parte dos
modelos atuais. A referência do aconselhamento pastoral às raízes bíblicas
esclarece o caráter teológico e espiritual da teoria e prática do
aconselhamento pastoral. Além da referência bíblica e reformatória,
lembro a prática poimênica dos pais do deserto na igreja antiga, da
teologia medieval da confissão, da teologia dos exercícios de Inácio de
Loyola, do enfoque poimênico do pietismo no acompanhamento dos
crentes no processo de santificação ou crescimento da fé. Lembro também
da contribuição do humanismo e do século de esclarecimento com
enfoque na orientação educacional e moral para uma arte de viver no
cotidiano conforme as regras da razão e da religião. Lembro a
transformação do aconselhamento pastoral pela descoberta da psicologia
nos séculos 19 e 20.
 A transformação da tradição em modelos atuais de
aconselhamento pastoral (Christoph Schneider-Harpprecht)

 Cada concepção atual de aconselhamento pastoral deve
responder a algumas perguntas básicas:
 Qual é a imagem do ser humano?
 Como se entende a alma e a relação entre corpo e alma?
 Qual é a imagem orientadora de Deus?
 Como se entende a relação entre Deus e o ser humano?
 Qual é a relação entre aconselhamento pastoral e a igreja?
 Qual é o método de aconselhamento?
 Qual é a relação entre aconselhamento pastoral e as outras
ciências como a psicologia e a sociologia e as ciências da
cultura?

 Podem-se diferenciar cinco modelos:

 modelo da teologia da encarnação,


 modelo cristológico
 modelo carismático
 modelo espiritual
 modelo trinitário

 Modelo da teologia da encarnação
 Uma transformação muito importante na teologia prática desde
os anos 1960
 foi a volta empírica. No aconselhamento pastoral era a abertura
para as ciências humanas, a psicologia, a psicoterapia, a
sociologia e as ciências culturais. O desafio era a integração da
reflexão teológica com o discurso das ciências humanas. Uma
concepção exemplar de grande influência também no Brasil foi
a de Howard Clinebell. Ele exigia uma formação terapêutica de
pastores e pastoras para que as igrejas servissem para a cura. O
objetivo primeiro do aconselhamento pastoral segundo
Clinebell é aperfeiçoar a capacidade da pessoa de comunicar-se
para capacitá-la a realizar as necessidades básicas humanas, que
são a necessidade de dar e receber amor numa relação estável, a
necessidade de viver de forma responsável, de conseguir
liberdade interna, de encontrar sentido na vida e de ter um
relacionamento de amor e confiança com Deus. O meio do
aconselhamento para conseguir isso é o relacionamento
autêntico.
 O aconselhamento é um serviço da diaconia.
 Ele comunica o evangelho por meio da relação
incondicional do amor.
 Apenas quem experimenta essa relação de amor num
encontro existencial pode ser alcançado e liberado pela
graça. “Uma relação de ajuda é um lugar onde essa
graça é encarnada.”
 “Uma verdadeira relação de aconselhamento pode ser
um modo da presença de Deus, um efeito do corpo de
Cristo: encarnação do amor de Deus no serviço à
pessoa sofredora.”
 o conselheiro ou a conselheira no seu relacionamento
continua a encarnação, torna-se Cristo para a outra
pessoa. A promessa de Jesus em Mt 18.20 “Onde dois ou
três estão reunidos em meu nome, estarei no meio deles”
é a base de uma teologia da presença de Cristo na relação
interpessoal.
 A presença refere-se ao nome de Cristo. No Evangelho de
Mateus, o nome de Cristo indica a pessoa e a tradição de
Jesus como força escatológica efetiva pela qual o Jesus
terrestre e ressuscitado é presente como Senhor, que cura,
ajuda e julga.
 O modelo da encarnação localiza a presença escatológica de
Cristo na relação de aconselhamento. Isso cria uma
expectativa ideal em relação à pessoa do conselheiro ou da
conselheira.
 Ele ou ela torna-se representante de Cristo para o outro. As
tradições teológicas medievais da “imitatio Christi” baseadas
na identificação do ser do cristão com o ser de Jesus Cristo no
batismo apoiam isso. Isso vale também pelo conceito luterano
da vida cristã como processo de conformação com Cristo no
processo de mortifi catio e vivifi catio, de sofrer, morrer com o
Cristo crucifi cado e viver com o Cristo ressuscitado.
 Assim o conselheiro torna-se Cristo na relação com o outro. É
óbvio que esse modelo corre o risco de idealizar e
sobrecarregar a pessoa e de criar desapontamento quando não
corresponde às expectativas.
 Modelo cristológico
 Esse modelo diferencia e organiza as diferentes dimensões
em correspondência com a doutrina cristológica das duas
naturezas conforme a fórmula cristológica do Concílio de
Calcedônia de 451 d.C. Constata que Jesus Cristo é
verdadeiro Deus e verdadeiro homem. São duas naturezas
puras, não mescladas, não separadas, a divina e a humana,
em uma pessoa.
 A humanidade participa da divindade e vice-versa. Assim a
justiça divina vale também para a humanidade. A teologia
da justificação de Lutero recorria a essa figura
argumentativa.
 Lutero destacava a troca feliz entre Cristo e o pecador, em
que Cristo assume o pecado e doa gratuitamente a sua
justiça e vida eterna para o ser humano, transformando a
identidade dele pela graça divina.
 A relação entre o divino e o humano é uma relação da
transformação da natureza humana pelo divino através
da participação do pecador no ser de Cristo
individualmente realizada pela fé.
 Como princípio de construção da teoria de
aconselhamento pastoral encontramos esse modelo, por
exemplo, na concepção do protagonista da psicologia
pastoral na Alemanha, Dietrich Stollberg.
 Ele diferencia o próprio generalizado e o próprio
específico de aconselhamento pastoral, um argumento
atual até hoje e reafirmado na terceira edição do manual
de poimênica em 2013. O próprio generalizado é a
comunicação.
 Aconselhamento é um fenômeno humano. Comunicação
é a forma de existir do ser humano.
 Aconselhamento pastoral é uma forma de ajuda humana por meios
psicológicos. Essa é a parte da natureza humana. O próprio
específico do aconselhamento é definido pelo contexto da igreja e
da fé cristã. “Cristãos praticam aconselhamento porque acreditam
num Deus poimênico.”23 “Nosso Deus cumpre a necessidade
humana de aconselhamento e nosso Deus tem a capacidade humana
de relacionar-se por meio de ajuda, consolação, assistência e
advocacia de uma maneira divina, perfeita.”
 A realidade divina e a realidade humana relacionam-se
dialeticamente de tal forma que a realidade humana é criticada e
transformada. “A graça aperfeiçoa a natureza, a salvação completa a
criação questionando-a radicalmente.”
 Isso possibilita o desenvolvimento de uma psicologia pastoral que
pesquisa a comunicação humana e estabelece o treinamento
terapêutico e clínico de conselheiros e conselheiras.
 Possibilita o uso crítico de teorias psicológicas, da
psicanálise e de outros conceitos para entender as
profundezas da comunicação.
 Possibilita ao mesmo tempo também a comunicação
do evangelho no processo de aconselhamento por
narrativas, símbolos e ritos religiosos.
 A perspectiva da psicologia e psicoterapia, por sua
crítica, pode libertar a fé da pessoa e encorajá-la, e a
perspectiva crítica teológica pode limitar o domínio
da psicologia e introduzir a dimensão da fé cristã, do
relacionamento com Cristo.
 Ao lado do aconselhamento pastoral na perspectiva da
psicologia pastoral desenvolveu-se, nos últimos anos, um
novo ramo da prática de direção espiritual.
 O desejo de cultivar a espiritualidade individual levou a
uma redescoberta da sabedoria dos pais do deserto, que
na igreja antiga ensinavam o caminho cristão na busca
espiritual de sentido na vida.
 Levou também a uma nova conjuntura de exercícios
espirituais e uma redescoberta dos exercícios de Inácio
de Loyola. Na direção espiritual mesclam-se
aconselhamento pastoral e exercícios sistemáticos
espirituais.
 Enquanto o foco no aconselhamento pastoral é a necessidade
específica de uma pessoa, a direção espiritual vem da experiência
da falta de sentido que deixa pessoas procurar o caminho em
direção a Deus.

 Estabelecem-se relações de longo prazo entre o guia espiritual e a


pessoa guiada. Essas devem ser mais psicologicamente refletidas.
 No entanto, encontra-se uma reflexão diferenciada teológica do
processo de acompanhamento.
 Redescobre-se o cuidado da alma.
 O discurso antigo sobre o cuidado da alma imortal ganha
novo interesse.
 A poimênica da igreja antiga integrava o evangelho nas
categorias do pensamento grego.
 Assumia a ideia platônica da mente (nous) ou da alma
imortal do platonismo e do caminho de purificação da
alma pelo caminho espiritual da contemplação de Deus
do neoplatonismo. Enquanto a maioria das teorias do
aconselhamento pastoral defende uma concepção
integral e holística do ser humano, na direção espiritual
também se podem encontrar reflexões com traços de um
dualismo de corpo e alma.
 O modelo de direção espiritual que segue consequentemente o
modelo cristológico de aconselhamento e se orienta no pensamento
teológico de Dietrich Bonhoeffer nas cartas da prisão.
 A teóloga suíça Claudia Kohli-Reichenbach mostra que a direção
espiritual responde à fragilidade das narrativas na pós-modernidade
e quer, no supermercado de narrativas religiosas, oferecer uma
concepção de direção espiritual que ajuda na escolha.
 Seguindo Bonhoeffer, o foco está na cruz de Jesus como lugar que
define a realidade de Deus e do ser humano. A existência em
conformidade com Cristo é marcada pela cruz como segredo da
realidade de Deus.
 Suas marcas são fragmentariedade, a visão universal, a tensão entre
atividade e passividade, a prontidão para sofrer e para aceitar a
felicidade terrestre, viver no provisório. Para Bonhoeffer, fé é
“Dasein für andere”, viver para outros.
 O modelo cristológico de interpretar a comunicação do evangelho
no aconselhamento pastoral permite diferenciar claramente entre a
dimensão humana e a divina de comunicação e possibilita assumir
as ciências humanas e desenvolver a psicologia pastoral.
 O objetivo de capacitar os conselheiros e as conselheiras para
comunicar de forma psicologicamente refletida inclui a reflexão
crítica dos discursos religiosos e da religiosidade.
 Permite e apoia ao mesmo tempo o desenvolvimento da fé
própria e autêntica. Pressupõe a presença da realidade de Cristo
como base e limite da comunicação e da vida.
 Na concepção da direção espiritual pode-se observar como o
modelo radical cristológico da sucessão de Cristo corre o
risco de ser idealizado e aumenta o ideal do eu e do supereu
de uma forma não equilibrada. É frutífero se os discursos
críticos psicológicos, sociológicos e filosóficos questionam
as posições religiosas e vice-versa.
 O modelo cristológico de comunicação permite isso. No
entanto, negligencia-se a dimensão do Espírito Santo, que
abre a possibilidade de entender a vida cristã como um
processo de transformação criativo no sentido da
santificação em relação ao Deus criador e Cristo redentor.
Há uma vida cristã além da penitência e do sofrimento, uma
vida de alegria por causa da existência física, da natureza, da
sexualidade, das relações familiares e de amizade, a
dimensão da profissão.
 A vida cristã inclui também o desenvolvimento mental e
espiritual, a abertura para novas experiências da fé.
 No movimento carismático e pentecostal desenvolveu-se
uma prática de aconselhamento pneumático.
 Pressupõe que “Deus mesmo age e intervém no processo de
aconselhamento”.
 Pressupostos do aconselhamento pneumático são que o
conselheiro ou a conselheira receberam o Espírito Santo e
que Deus mesmo se faz presente pelo seu Espírito.
 Por isso a invocação do Espírito Santo por louvor e adoração
é importante para abrir o espaço para o Espírito.
 O aconselhamento pneumático não enfoca o relacionamento
como as outras concepções de aconselhamento, mas aborda
o agir imediato e direto do Espírito Santo. O agente no
aconselhamento é Deus mesmo.
 O aconselhamento pode acontecer em público e pessoas
revelam aspectos do seu íntimo em público.
 Nessas formas de aconselhamento mostra-se a influência da
comunicação medial.
 A expectativa do agir espontâneo do Espírito Santo
corresponde ao método.
 Os participantes esperam experimentar, durante o louvor de
Deus, a presença do Espírito Santo, ter visões e ouvir
profecias que ajudam o aconselhante em seus problemas,
lhe dão resposta, encorajamento e orientação.
 Esperam também manifestações físicas do Espírito: curas,
o riso no espírito ou o descanso no espírito (Ruhen im
Geist).
 Aconselhamento é mais do que proclamar a palavra de
Deus, mais do que consolar e admoestar recorrendo às
dicas bíblicas conforme o aconselhamento bíblico
evangelical, mais do que simplesmente ouvir seguindo a
terapia de Carl Rogers.
 É o agir de Deus com pleno poder (Vollmacht).
 O ser humano é visto como unidade integral que o Espírito
Santo pode transformar e curar.
 Todos os padrões de comportamento e pensamento antigos
devem ser deixados para trás, e costumes novos e
saudáveis serão desenvolvidos.
 A cura pode acontecer imediatamente.
 Na oração, como elemento central da cura interna,
momentos biográficos relevantes, complicados ou
traumáticos, podem ser recordados e superados
 pelo espírito.
 Muitos carismáticos dispensam a psicologia ou
desenvolvem uma nova psicologia a partir do Espírito Santo
conforme o exemplo de Cristo.
 Na relação com a psicologia existem posições variáveis.
 Há psicólogos carismáticos que buscam integrar elementos
das teorias psicológicas e de métodos psicoterapêuticos com
elementos bíblicos de aconselhamento, por exemplo o
aconselhamento bíblico-terapêutico (Biblisch-
therapeutische Seelsorge) de Michael Dieterich.
 Na visão do aconselhamento carismático, a pessoa não é mestre
na sua própria casa.
 Ela é ocupada e dirigida ou pelo poder do mal, o diabo,
demônios, maus espíritos, ou pelo Espírito Santo.
 No aconselhamento acontece a libertação da pessoa do poder do
mal.
 O exorcismo por orações e rituais é práticado.
 A bênção pública, a imposição das mãos e a unção são rituais
importantes.
 O aconselhamento dá grande importância ao fortalecimento da fé
através de ritos e símbolos. Quer expressar que a fé não é apenas
interna, mas também externa.
 Destaca a relevância da comunidade,
 que apoia e acompanha o indivíduo no seu processo de
transformação
 O movimento carismático e pentecostal recorre a uma
longa tradição partindo de textos do Novo Testamento que
eram lidos como expressão ou promessas do agir imediato
do Espírito Santo.
 Pode-se recorrer a Joaquim de Fiore na Idade Média e ao
movimento batista na época da Reforma.
 A doutrina central do batismo com o Espírito Santo provém
do âmbito presbiteriano e metodista e do âmbito das igrejas
negras na América do Norte do século 19 e do início do
século 20.
 O Espírito é experimentado como uma força que
transforma a pessoa.
 O movimento carismático e pentecostal recorre a uma longa
tradição partindo de textos do Novo Testamento que eram
lidos como expressão ou promessas do agir imediato do
Espírito Santo.
 Pode-se recorrer a Joaquim de Fiore na Idade Média e ao
movimento batista na época da Reforma.
 A doutrina central do batismo com o Espírito Santo provém
do âmbito presbiteriano e metodista e do âmbito das igrejas
negras na América do Norte do século 19 e do início do
século 20.
 O Espírito é experimentado como uma força que transforma
a pessoa.
 O modelo mostra inconsistências e sérios problemas
argumentativos.
 Há um problema hermenêutico: a compreensão
fundamentalista da Bíblia não corresponde à valorização
de revelações atuais do Espírito Santo.
 O foco no Espírito Santo predomina tanto que os aspectos
da criação são negligenciados. Isso se refere à dimensão do
relacionamento interpessoal, a todo o lado psicológico e
psicoterapêutico do aconselhamento.
 Negligencia-se que os processos precisam de tempo e a
transformação muitas vezes não acontece imediatamente.
Também os meios de comunicação do aconselhamento são
limitados.
 A fixação na oração pelo Espírito como instrumento
central poimênico delimita a metodologia do
aconselhamento.
 Corre o risco de entender o agir do Espírito como
resultado da oração dos verdadeiros crentes e não como
presente gratuito.
 Em termos teológicos, a fixação na terceira pessoa da
Trindade perde a relação com a primeira e a segunda
pessoa da Trindade.
 O modelo de Spiritual Care responde à transformação pelo
pluralismo cultural e religioso em sociedades pós-modernas.
 Nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Holanda, Spiritual Care
tornou-se a concepção dominante de conselhamento pastoral no
sistema de saúde. Ganha influência também no Brasil.
 Traugott Roser introduziu a concepção na Alemanha através do
seu livro sobre Spiritual Care no aconselhamento hospitalar.
 Ele quer desenvolver a espiritualidade como parte integral da
medicina moderna. Spiritual Care contribui com os aspectos
espirituais para a ética da medicina e acompanha os pacientes
espiritualmente na sua doença.
 Métodos como o “Spiritual Assessment”, através de
questionários e entrevistas e intervenções espirituais adaptadas
ao paciente, servem para melhorar a situação do paciente.
 Espiritualidade para Roser é a arte de perceber e a arte
de refletir.
 Refere-se ao conceito de espiritualidade no movimento
de Palliative Care (cuidados paliativos).
 Um documento de consenso define espiritualidade
como “o aspecto do ser humano que se refere ao modo
em que indivíduos experimentam o relacionamento
com o momento presente, consigo mesmos, os outros, a
natureza e o significativo ou o sagrado”.
 É uma definição aberta para formas religiosas e não religiosas de
espiritualidade.
 A raiz do discurso atual religioso sobre espiritualidade é o misticismo
católico francês do século 17 do padre Jean Marie Guyon e do
arcebispo Fenélon, que foi assumido pelo metodista John Fletcher e
que levou as ideias de uma mística evangélica
 para a Inglaterra e os Estados Unidos.
 O conceito de espiritualidade é baseado na tradição da teologia
natural. Pressupõe que cada pessoa como criação de Deus pode
referir-se à transcendência.
 Não é idêntico com a fé e é aberto para uma interpretação inter-
religiosa. Roser não segue o argumento da teologia da criação, mas
refere-se à teologia do Espírito Santo nos textos de Paulo e João.
 O Espírito que cria empowerment e fé no sentido de força para viver.
Ele usa a diferenciação tradicional de Agostinho e da ortodoxia
luterana entre “fi des quae creditur”, o conteúdo confessional da fé, e
“fides qua creditur”, o ato da fé, a confiança. Spiritual Care fortalece
a confiança e a fé conforme a maneira individual de viver.
 O aconselhamento pastoral pode contribuir com tradições e ritos
cristãos.
 A questão central do modelo de Spiritual Care é se a fé como ato
de espiritualidade pode ser diferenciada do conteúdo da fé.
 A espiritualidade como senso natural de transcendência não
serve como base sufi ciente para uma espiritualidade cristã.
 É necessária uma teologia do Espírito Santo, que como espírito
do Deus triúno é o fundamento da espiritualidade humana, pois
inclui todos os seres humanos no relacionamento de amor do
Deus triúno.
 No entanto, encontramos hoje uma grande diversidade de
concepções de espiritualidade religiosa, muitas vezes misturas de
diferentes fontes religiosas e filosóficas, mas também adaptações
da espiritualidade do budismo, sufismo islâmico, misticismo
judeu, xamanismo de povos indígenas e aborígenes.
 No Brasil, experimentamos a influência das religiões afro-
brasileiras e do espiritismo.
 Uma desvalorização ou repressão dessas tentativas de busca
religiosa não é adequada.
 A fé cristã não pode proclamar o amor de Deus e continuar com
a repressão e violência contra outras religiões.
 Tem que dialogar e argumentar contra erros e o abuso da
religião.
 Para o diálogo com as diferentes posições de espiritualidade,
deve-se avaliar se a mística não é uma base de experiência
religiosa comum de diferentes religiões e espiritualidades e se
ela consegue dar voz e linguagem para a presença divina e
transcendente nas relações humanas.
 A mística cristã como expressão plena da experiência religiosa
cristã pode ser fundada na teologia da Trindade, que inclui o ser
humano no relacionamento de amor entre as três pessoas da
Trindade.
 A redescoberta da teologia da Trindade no século 20 levou à tentativa
de interpretar o campo do aconselhamento pastoral e especialmente os
processos de comunicação do evangelho entre Deus e as pessoas bem
como a comunicação interpessoal a partir da Trindade.
 O teólogo metodista Holger Eschmann desenvolveu, alguns anos
atrás, a doutrina da Trindade como teoria-padrão para o
aconselhamento pastoral.
 Ele parte da ideia de que “todas as afirmações sobre o ser humano e o
mundo podem ser relacionadas com a identidade trinitária e com a
essência de Deus”.
 Se o ser humano foi criado como “imagem de Deus” (Gn 1.26) e se a
doutrina da Trindade enfoca que Deus revelou-se no mundo e não
quer ser sem o mundo, que ele criou e reconciliou, podem-se formular
correspondências entre o Deus triúno e o ser humano e formular
objetivos para o campo de aconselhamento pastoral.

 1. A doutrina da Trindade pode esclarecer a “essência do
aconselhamento pastoral” e oferecer um argumento “que
relaciona Deus e o ser humano, o agir de Deus e da pessoa
humana sem identificá-los”.
 Ela leva a uma antropologia da correspondência.
 O destino do ser humano é viver em correspondência com o
ser de Deus. Conforme o amor é realizado na permeação
mútua das três pessoas da Trindade, os cristãos são chamados
para viver como criaturas físicas, sendo irmãos e irmãs de
Cristo, buscar e experimentar perdão, consolação e
reconciliação com Deus e o próximo, viver a fé, a esperança
e o amor no Espírito Santo.
 A compreensão teológica da comunicação no
aconselhamento pastoral na base da Trindade permite
diferenciar e relacionar o agir de Deus e do ser humano
na comunicação.
 Deus pode utilizar a comunicação fragmentária e
imperfeita do ser humano para comunicar o seu amor.
O ser humano não é responsável pela comunicação de
Deus, mas é chamado para correspondê-la por seu agir
refletido no serviço de amor ao próximo.
 2. A Trindade ajuda a sistematizar e valorizar o grande
número de concepções diferentes de aconselhamento
pastoral no século 20 conforme sua afinidade à
dimensão do Deus criador, ao Deus reconciliador e ao
Deus redentor.
 3. Ela oferece um modelo argumentativo para o diálogo
com a sociedade pós--moderna. Frente ao pluralismo e
à identidade fragmentada, desenvolve uma “fórmula
básica de identidade cristã” que relaciona unidade e
pluralidade, a relação com o mundo, com as pessoas e
com a transcendência.
 Possibilita aceitar a fragmentariedade da vida humana
e abre um horizonte amplo de esperança e expectativas
de transformação da vida e da sociedade.
 4. Ela dá impulsos para o agir no aconselhamento pastoral
mesmo. Numa perspectiva trinitária, o esquema
metodológico da teologia da libertação ver-julgar-agir pode
ser considerado como método básico do aconselhamento
pastoral: “O ver inclui a percepção ampla e a análise do
parceiro de conversa, de sua problemática, de seu contexto
e da própria situação do conselheiro ou da conselheira.
 O julgar acontece como reflexão e avaliação das percepções
na base de conhecimentos teológicos e das ciências
humanas.
 O agir corresponde a essa avaliação para ser adequado,
competente e efetivo”.
 O modelo trinitário de aconselhamento pastoral consegue
conectar os motivos centrais da poimênica da Reforma, a
consolação e o perdão com o método da teologia da
libertação.
 Consolação para a consciência aflita era o foco do
aconselhamento de Lutero.
 O Catecismo de Heidelberg de 1563 explica consolação
como o cerne da existência cristã: Qual é o teu único
consolo na vida e na morte? “Que pertenço com corpo e
alma, na vida e na morte não a mim mesmo, mas ao meu
salvador fiel Jesus Cristo.”
 O modelo trinitário de compreender a comunicação do
evangelho no aconselhamento pastoral é o mais adequado e
equilibrado, pois consegue diferenciar e relacionar o agir
divino e o agir humano na comunicação.

 L - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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 STONE, David. J. & KEEFAUVER, Larry. Terapia da Amizade. Belo Horizonte: Atos, 2006.
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