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J ESCOLA DE ART Pe an ui WMO mah a TEORIA E TECNICA A colegao Escola de Arte é dedicada as pessoas que querem aprender a pintar ou aperfeicoar 0 uso das técnicas artisticas. Cada fasciculo apresenta um assunto. Alguns titulos dizem respeito s bases do desenho e da anatomia e oferecem orientacdo simples e adequada para os problemas da forma, da proporcéo e do claro-esouro, Outros mostram 0 uso especifico de uma determinada técnica e ensinam como aproveitar suas caracteristicas e possibilidades expressivas. E outros, ainda, tratam de alguns dos temas da pintura (0 retrato, a paisagem, os animais, etc.) e dao indicagdes de como interpreta-los com diferentes técnicas. 0s autores das obras sao professores, ilustradores e artistas, pessoas que fizeram da pintura e do desenho a sua profissao e que experimentam diariamente os segredos das diferentes técnicas. Todos contribuiram com sua experiéncia profissional para estabelecer um caminho didatico simples e eficaz. Este fascfculo apresenta, de modo claro e simples, as bases fundamentais do desenho e os problemas que certamente surgiréo para quem quer aprender a observar e reproduzir as formas € os ambientes que o circundam. no SEA | ae Sumario Expediente — Introducéo oumerona execunva fives acer ng ‘cana A, Gt Paros Pt, Ct Att , ao, Os planos da composicao Jos Fanaa Gare Dprusto ox sicuioseuvnos As formas Five Sane Pts Sis Sole atone. cin F da tran, ie Sta A linha de contorno {Sei er Se eto a, cane os Aestrutura do tema ss (ron any ok mae en A expressividade do trago engioe scien orn, og pp ceo de. Vara Anca uses ere Aluz Mavting Bese Serger sane ‘tos crea ‘Comnicassa 0 claro-escuro We Cet Sano etn lec peshreertrernty As bases e técnicas diferentes © 150 tor bo S.A ah a pugs en era bases ‘insets mana rr ted a ei sen Moga sentada ‘sir aru oman sp mr ene poi ga Som ae ‘Sota taom etfs sara whe saat es Figura em contraluz lara cin dot cote ot taboe reeds wo et frm ‘Seren por Sapo Fai ae Planta em vaso ‘eo eons oestrone ston ts SSECIRRISnesacacs =" Como definir a matéria ere ‘Arneson ou do dtr Chiao ie A expressividade do tema 2. mestonwene Pes sie ae ean oree Como desenhar um panorama Bebe aise Fee hon te 21 om Fone: Of aPraaaae ST 2588 O enquadramento ¢ a cor Dicamee§ ton Got, sr de Nines Artes 0 rosto ae Pe 208 GE Obs 390. photo, aes, s0 has peas ste tars oni resco dos despese do emo. O gato afer ss fos ean pr conga se bate Eder Go, es core ‘uso a cio em ita expects Se tas uae te eter Ge gio wana (po ere Gao ave oats Caso cna, basa ext fos Con) ‘Seo ce sunrent oLtr Cana Paro 400 CEP 01064970 S59 Pas SP ‘GENTRAL aLo80 DE ATENOIENTO AO LETTOR ‘Ls 01d) 6967055 (SP) Fe (O10) 828-7022 Plo stoner com Dito oe Fascias Loe Estee Sebo S ‘Rs Domne Stig cos Aros, 27, 3 ardor ‘CE O5190:70, Pre, Sto Pal, SP Fa (OL) 636-7088, {ESCOLA DE ARTE ¢ uns puiatso om fils semana, 3 3 gas cada un, Cale {Seind sr scomparhos om ueaneert, Qs flo Pode’ sar voce seecarets (Obs: cst ance cet) peceeautaent nan 89 Wao ue campo Ne cen caus ois ou de fg mat» Eto Goto SA. een 80 . Shes ce ster» penocioae cst os, Dir eteno pao rast ‘Fence Ona Dato $4, ‘Ra eo ca Sha, 907, CEP 20585-052, Ro d ano, RE ‘etapa que precede o desenho & da observagiio da realidade do Para aprender a iar, antes de mais nada, 6 preciso aprender a observar. Faca teste: coloque-se de frente a um objeto de uso cotidiano e, liberar a mente de sua ia de todos os dias, €-0 como se fosse a vez. Examine a forma, a cor, as dimensées: vooé descobriré ‘algo de novo e essa descoberta se toda vez que observé-lo as impress6es ditadas pelo ‘conhecimento anterior, medida que aperfeigoar a le de observacéo, vocé 4 que 0 dia-a-dia esta io de temas para reproduzit, O desenho ao lado ¢ um exemplo de reconstrugdo gréfica de uma real: 0s elementos vos so facilmente is em qualquer casa. O homem a direita prepara-se era desenhar. Ele comecard por far 0 que ha no ambiente: os s estdo em varias posigdes em relagéo a ele; a iluminagao ‘vem tanto de fora, com a luz natural que penetra pela janela, do alto ou de baixo, como da luz artificial emanada da lampada ou do abajur. Qualquer que seja 0 tema escolhido para desenhar, ele deverd levar em conta estes fatores: posicdo, forma e luz. Naturaimente, a observagao & 0 primeiro passo, pois 0 todo deveré ser elaborado aplicando-se téonicas bem precisas. Para obter resultados satisfatorios, 6 igualmente importante uti materiais de boa qualidade, que Permitam ao desenhista obter, da melhor forma, os diversos efeitos que deseja. Além do lapis de boa qualidade, um bom desenho pode também ser produzido com outros materiais: bico de pena, aquarela, tempera, carvao sanguina. Os planos da composicao campo visual que se alcanga com 0 olhar, quando se observa alguma coisa, pode ser representado por planos, pois ao observar um tema deve-se ter em conta que ele esta inserido em um contexto formado por outtos temas colocados em planos diferentes. Os planos, que so partes do espaco a representar, tém importancia compositiva porque, uma vez escolhido 0 enquadramento, estabelecem-se as relacdes entre as disténcias dos temas que formam uma composigao. No primeiro desenho estao representados alguns objetos, colocados em planos diferentes. A maga (1) esta em primeiro plano; é 0 objeto mais préximo do observador, por isso parece maior do que 0 vaso na janela (3), se bem que, na realidade, este é maior do que a maga. Podem parecer observagées irrelevantes, mas so importantes, porque uma imprecisdo neste tipo de relagao acaba por comprometer o bom resultado do desenho. Outro elemento a considerar 0 ponto de observagao, isto , 0 ponto de onde se observa o tema a desenhar. No exemplo da pagina ao lado, pode-se notar como o mesmo tema muda de acordo com © ponto de observagdo (do alto, de baixo, de frente). Por isso, deve haver um tnico ponto de ‘observagao para cada desenho, Portanto, é preciso ficar sempre na mesma posigao em relacdo ao tema a representar € ndo mudé-lo de lugar até terminar © desenho. Qualquer objeto pode ser convertido em uma forma geométrica mais ou menos complexa. Amente se habitua a executar | esse exercicio, que geralmente no € espontaneo, mas se torna rotineiro com o tempo. Na pagina ao lado podemos reconhecer, nos diversos temas, varias formas geométricas puras: na cabega da mulher, por exemplo, é possivel reconhecer uma esfera. Também neste caso, a observagao sem preconceito muito importante, porque, ao perceber com maior clareza 08 temas, fica mais facil representé-los. Depois de reconhecer os sélidos dentro dos quais se pretende desenhar, pode-se entao avancar para a criagao de uma composigao de formas nas quais, ainda que nao sejam mais visiveis, os sdlidos podem ser reconhecidos. PIRAMIDE ESFERA CONE As formas podem ser ilustradas desenhando-se a linha de contorno. Existem formas que tém um contorno caracteristico €, por isso, sao facilmente reconheciveis. Em cada caso, 6 fundamental exercitar a capacidade de perceber a linha de contomo. Além disso, © desenho coloca o problema da capacidade de traduzir um ‘tema em imagem e torna-lo reconhecivel. 0 exercicio que esta pagina propée consiste em descrever um objeto por meio de sua linha de contorno. ‘Também neste caso, foram escolhidos modelos facilmente encontrados em qualquer casa, para estimular 0 desenhista @ ser um sujeito ativo na observagao do mundo que © cerca e na escolha dos ‘temas. Depois de haver reconhecido a linha de contorno, passa-se para a geometrizacao das formas. Na pagina ao lado ha varios exemplos de geometrizagao: em um livro, por exemplo, € possivel reconhecer um paralelepipedo, enquanto uma flor pode ser inscrita em um pentégono. nr estrutura do tema ' elemento a ser jiderado no estudo de um é a estrutura, que pode ‘o sustenta ¢ Ihe confere exemplos de estrutura; das mais simples, como a de uma amore, se chega as mais complexas, como a estrutura em espiral de uma concha. No caso da figura humana, 0 esquema é 0 mesmo: para poder representa-la, é preciso conferir-Ihe caracteristicas fisicas estudando a sua estrutura: Neste caso, a figura humana foi dividida ern oito partes, usando a cabega como unidade de medida, de modo que a altura do corpo seja igual a sete vezes a da cabega. A expressividade do traco nibh COR Vom aac Pict6rico 6 um termo que, quando se refere 20 desenho, exprime a capacidade de conferir sentido cromético e expressivo ao tema. Materiais, bases ou ‘gafismos diferentes conferem uma expressividade igualmente diferente ao tema; por isso é muito importante utilizar materiais e bases adequadas. Na pagina ao lado podem ser observadios varios. exemplos: os primeiros tipos de tragos (n? 1, n° 2, 3, n? 4, n® 5) foram feitos sobre uma base lisa, ‘com materiais diferentes (0 n? 5, por exemplo, nanquim) e com tracos diferentes: nos exemplos da coluna a esquerda, 0 trago é mais compacto, enquanto os das colunas a direita vo perdendo a compactagao e tornando-se mais espessos. Do n? 6 em diante, a base € aspera e os materiais S40 outros (0 tiltimo, por exemplo, é um carvao). As diversas representagdes do mesmo tema (acima) confirmam o que foi dito. Na figura 1, foi usado um lapis 2B . Para a figura 2, foi escolhido 0 carvao & para a figura 4, 0 nanquim. Nota-se como os diversos materiais e tragos conferiram uma expressividade diferente pare o mesmo tema. Aescolha das condigées de luz, assim como dos materiais ¢ do trago, esté estreitamente ligada a interpretagao que o desenhista quer dar ao seu tema. De fato, de acordo com as condigdes da luz e dos materiais usados para descrevé-lo, um mesmo tema pode evocar emogdes e sensacdes completamente diferentes. Nos exemplos abaixo, € possivel notar a evidente diferenga entre quatro representagdes de urn mesmo tema em condigdes de luz diferentes. A luz natural (fig. 1) produz leves, contrastes de tonalidade, enquanto com a artificial (fig. 2) os contrastes s40 muito mais nitidos. Com uma luz difusa, isto é, produzida por um raio de luz Luz DIFUSA filtrado por outra superficie (ig. 3), os contrastes 40 pouco marcantes e as sombras t8m uma tonalidade muito clara. Se, por fim, observarmos um objeto na contraluz, com uma fonte de luz frontal (ig, 4), vemos que s6 os contomos so iluminados, enquanto o resto é coberto por uma sombra muito escura, em nitido contraste com a8 partes iluminadas. Na pagina ao lado, com a mesma fonte de iluminacao, as condigdes de luz de um mesmo tema so obtidas com materiais e técnicas de claro-escuro diferentes. Note-se a diversidade das sensagdes evocadas de acordo com a escolha feita pelo autor, ee ARTIFICIAL

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