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9 ae ote po? DISCURSO LITERARIORDIKUNoaNO Ex BAKHTIN 1s ( ye ot 79 /Ytiniss as ambigidades ¢ coritfadigdes que constituem a riqueza inter- textual do romance, fazendo-o perder sua complexidade a troco de uma coeréncia unificadora que distorce ¢ falseia a realidade mullifacetada da, existéncia humana, jd no romance poliféni ‘vozes, independentes c.contrérias entre si, ultiplicidade de pont de vista ¢.de visdes acerca de uma mesma existéncia, um mesmo mundo, um” ‘mesmo evento, tudo resultando.naconstrugio de uma representagiio do mundo” mais viva e mais fiel.elativamente a concreta i ; Bakhtin, a originalidade do romance de Dostoiévski: n suas obras pluralidade de caracteres de destinos desenvolvidos dentro de w is, verdadciramente, snultiplicidade de consciéncins [...] cada uma das uais possui seu préprio mundo ¢ se combina aqui na unidade de um acontecimento, continu- ando sem se confun Efetivamente, as herdis principais de Dostoiévski, na concepgio do priprio escritor, ndu sd apenas produtos da fala do autor sdo, também, sujettos do seu pr ee ria dizer [..] NESE SeHTAdD,wrepresentagdo do herr nfo Tem Dostoigvs lo objitiva do herdi qui ador do romance polifonico (Bakhtin, 1970: 10-11). Contribui, nesse sentido, para a arte de Dostoiévski, a peculiar ut que ele faz da figura retérica da ocupagdo, t6pico que consiste em antecipar, rejeitando-a ou nao, de antemio, uma observagao que o destinatério do discurso pensa que o destinador dele vird a profes do seu ‘comunicado: “Toda palavra dos personagens de Dostoiévski engloba, impli- citamente, a de seu interlocutor, imaginario ou real. O mondlogo é sempre um didlogo dissimulado, 0 que determina [...] a profunda ambigilidade das personagens dostoievskianas” (Todorov, 1969: 57; grifos nossos). Supondo que o romance haja sido na Europa, até Dostoiévski, essen- cialmente monolégico (coisa que nao significa, como adverte Bakhtin em nota, que Dostoiévski se situe & parte na histéria do romance europeu nem Que 0 romance polifénico que ele cria nfo tenha tido predecessores), Ean Pensa que nem o.drama,-nem.a-¢pi¢a,-por-mais-que-o.queiram.ou simulet Rodem ser autenticamente.polifonicos; o drama porque, a despeito de apre- Senlar-se multinivelado, o universo nele representado contém um unico ~~ mundo: é da natureza do drama exprimir um tnico ponto de vista (assim, em cada pega de Shakespeare ha uma Gnica voz plenamente valorada), Pormenor que faz dele um pias estritamente monolégico. O mesmo se da, ‘mutatis mutandi, para a épica. Nessa modalidade de ficedo, a fabula se diz Por intermédio de um discurso que nao pode voltar-se contra si mesmo, 0 UE constitui um fator inibitério do “autodidlogo”, caracteristico da polifonia. © modo representativo da estrutura épica, das digressdes descritivas ¢ nar- Tativas do seu dizer, 6 sempre 0 monolégico, Nela,o autor nao se vale da fala do outro, e se ha um interplay dialégico na ordem da representagao, 'sso se da sempre no nivel do narrador, no se estendendo nem se exte- Tiorizando no nivel do narrado, como ocorre no romance. Desse modo, i Digitalizado com CamScanner 9: EM TORNO DE BAKHTIN % DDIALOGISMO, POLIFONIA, INTERTEXTUALIDAD! inexiste diglogo entre a enunciagiio no nfvel da histéria ~ no mundo do harrado — e a enunciagio no nfvel do discurso - no mundo do narrador, jé que tudo permanece subordinado ao ponto de vista absoluto da voz do autor, que se identifica com a voz unfinime de toda a sociedade, no que ela possui de sinmulacro da “voz de Deus”. Em contrapartida, o préprio do romance moderno é, na concepgio de Bakhtin, o seu cardter dialdgico, polifénico. A, ficgaio longa da modernidade nasce do encontra de vozes diferencindas que se somam, se interenunciam, Se contradizem, se homologam e se infirmam-umas as-outras — em sintese, se_relativizam mutuamente. O resultado € que 2 intertextualidade nasce da percepciio da disjungao existente entre essas duas vozes, essas duas conscién- cias, esses dois discursos, homlogos narrativos das contradigGes profundas que coexistem a cada instante dentro e fora das pessoas de uma mesma coletividade. - ca eR Quando 0 discurso se constréi de dois textos que se apresentam na forma de uma disjungio total, de tal modo que um deles surge como a inversio jocosa, parédica, do outro, o resultado é uma tipica inversio, ridfcula ou risivel, da visio de mindo habitual, esséncia do procedimento que Bakhtin batiza de camnavalizacao. Q ae favo fone (tee) 9 9 CARNAVALIZAGAO E DIALOGICIDADE (O MUNDO DE CABEGA PARA BAIXO EA PARODIA DA “VIDA SERIA” Bakhtin nao seguiu todo o itinerdrio dessa imensa forga transformado- ra da cultura popular que € a cultura do riso, mas ocupou-se o suficiente com a vida cotidiana do povo da Idade Média para perceber que ela transcorria como uma existéncia dupla, isto €, de duas faces, cada uma das quais vivida no interior de dado espaco, (a) no espago fechado da casa, lugar da ordem, das manipulagdes que culminarn ou decorrem da assinatura dos contratos sociais, topia, pois, da impostura nunca assumida, ¢ (b) no espaco aberta da. praga, lugar da desordem, das trocas injustas e, portanto, topia Em outras palavras, a existéncia dos seres humanos do m so) i jevo trans- corria, em si mesma, como unt texto gestual carnavalizado — poderfamos dizer, interpretando em nossos termos o pensamento de Bakhtin — que a par- tir da propria vida se transpunha para a ribalta dos teatros na eneenagio dos espetdculos piblicos, tanto quanto se transpunha dat para os discursos v. bais da literatura, Na Europa dos séculos XVI e XVII o Carnaval surgia, pois. como uma forma vitae, um tipo de comportamento em que as pessoas sim- ples do povo “viviam duas vidas, uma dominada pelo prinefpio do medo e da submissio, ¢ uma outra carnavalesca, Na praga, livre, cheia de riso ambi- Digitalizado com CamScanner DISCURSO LITERARIO E DIALOGISMO EM BAKITIN: n valente, de sacrilégios, profanagdes, degradagdes ¢ obscenidade, do contato familiar com tudo e com todos" (Acutis, 1978: 176). . Convém observar, mais, particulariza Bakhtin, que 0 Carnaval é um espeticulo niio para ser observado, mas vivido ~ é uma existéncia que trans- corre invertida, num mundo de ponta-cabega, em que se suspendem todas as regras, as ordens e proibigdes que regem as horas do tempo de trabalho na “vida normal”, quando ordem, 0 bom senso, as leis e as hierarquias que ‘organizam nosso mundo cotidiano sao virados para 0 avesso, ¢ as distdncias firmemente estabelecidas e preservadas pelas convengoes sio abolidas. Ins- tala-se, nessas ocasides, tum novo modo de relagdes_humanas,)oposto as relagdes socioierérquicas todo-poderosas da vida corrente. A conduta, o gesto e a palavra do homem se libertam da dominagao das situa- y g6es hierarquizadas (camadas sociais, graus, idades, fortunas) que as determinam int é te fora do Carnaval e se tornam excéntricas, deslocadas do ponto de vista da I6gica da vida habitual (Bakhtin, 1970: 170). Desdobrando-se nesse cendrio, 0 que prende a atengiio de nosso autor €0 fato da transposigdo do Carnaval para a literatura: “E essa transposi¢ado ¢f do Carnaval na literatura que chamamos eérnavalizagao” (Idem, p. 169). Qual , a seu ver, 0 resultado da interiorizagao do Carnaval, enquanto texto de um espeticulo cémico, de inverstio parddica da ordem, na literatura? Primeiramente, a dialogizagdo narrativo-discursiva: as categorias literérias carnavalizadas, escreve, contribufram para a aboligdio do distanciamento épico e trégico ¢ para a transferéncia do re~ presentado A zona do contato livre. Disso derivam importantes conseqiléncias na organizagdo do assunto ¢ das situagdes teméticas, na familiaridade particular do autor em face de seus per~ sonagens (impossivel nos gGncros superiores), na nova ldgica das ligagbes prom(scuas, das inésalliances ¢ dos rebaixamentos profanadores; enfim, sua influéncia foi determinante para a transforiagdo do estilo verbal na literatura, Tudo isso ¢ jf bastante nto na sétira menip (dem, p. 171) Portanto, Bakhtin eré que, com a interiorizagilo dos procedimentos de carnavalizagiio na prosa de fiegio, a literatura se torna parddica, ow sala, ambfgua, Ela pode, entdo, voltar-se para si mesma e desdobrada numa clave sériae numa contraclave cdmica, canstruir-se feito wn didlogo entre os dois textos do mesmo dliseurso qui, por causa disso, detxa de servir inacrnienn Ne | para expressar a ideologia manipulatéria, da representagdo do lado (pr Hf ¢ interpretamos essi fensamente) sério da vida; wo contraria = assim que infernal as : Passagem de Bakhtin — semelhante discurso, dinldgico e, portanto, dialet cl ida em como & vem expressamente para denunclar @ manipulagdo sn a qualquer ideologia de representagdo (num limite ~ acreseentam Qs 65 Por nossa conta — alé mesmo a idcologia marxista e esta mesma que jen aclarar aqui, a de Bakhtin). lar Digitalizado com CamScanner % DIALOGISMO, POLIFONIA, INTERTEXTUALIDADE: EM TORNO DE BAKHTIN Parédico por natureza,@ discurso dialdgico é auto-reflexivor Ele se biparte entre, de um lado, uma prtica da seriedade ¢ da solenidade e, de outro lado, uma prética oposta, da jocosidade e do ridiculo; no jogo articulado entre esses dois extremos, 0 discurso encenao espetdculo.davida.eoes._ petdculo da sua propria constituigdo. E, de fato: incluindo “a outra voz", a "Voz do-outro”, que € sempre expressao da insensatez em todas as suas acepgies — de falta de sentido, de blasfémia e de subversio, do esciindalo, do delitio ¢ da loucura -, 0 discurso dialégico se tora profundamente polifénico, pois varias instincias discursivas acabam por nels fazc- rem-se ouvit. O que Bakhtin ouve nessa parole (= nessa palavrwnesse discurso) nfo & uma Jinguistica, E a divisio do sujet (= ambiguamente, nos dois sentidos de assunto e de sujeito) Cindido de infcio, j6 que constituido pelo seu outro, € daf méltiplo € inapreenstvel, polifonico, A Tinguagem de tim determinado romance € 0 terrtério onde se ouve esse desmantelamento do eu — seu polimorfismo. A ciéncia dessa polifonia seré, pois, uma ciéncia da metalingua- gem, mas nfio uma lingUfstica: Bakhtin chama-a metalingi(stica (Kristeva, 1970: 13). romance dialégico pode encenar, pois, a polifonia de uma conver- sagio entre 0 cu do destinador e o cu de um de seus personagens (ou, como caracteristicamente faz 0 nosso Machado de Assis), entre o cu do destinador- autor e 0 eu destinatério-leitor, modulada na chave de diferentes registros, manifestada ora no registro formal, sério, ora no registro informal, jocoso, ao longo de uma pratica que & sempre util discernir mas" SueneaTGeREe facil de er dscernia, els que o romance polifSnico compleaTiew todos cssce eus, baralhando-os; € o que ocorre com 0 romance de Dostoiévski, em que muitas vezes 0 leitor perde de vista quem € 0 sujeito ou 0 assunto sobre 0 qual o romance se pronuncia, Nas palavras de Kristeva, joco: © texto de Dostoiévski se apresentard, pois, como uma confrontago de instincias discursivas: oposigo de discursos, conjunto contrapontistico, polifénico, Ele néo forma uma estrutura totalizavel: sem unidade de sujet (= de sujeito/de assunto) e de sentido plural, anti- totalitério € antiteol6gico, 0 modelo dostoievskiano pratica a contradigio permanente © nio poderia ter nada em comum com a dialética hegeliana (...] Nesse universo aberto e sem deci- sifo, 0 personagem nada mais € do que uma posigio discursiva do eu que escreve através de outro eu; um discurso/palavra em dislogo com 0 ; urso do eu que escreve e consigo mesmo [...] Esse personagem & uma “voz pura”, ndo 0 vemos, nio 0 ouvimos tampouco; escutamo-Io dissolver sua objetalidade no discurso (Idem, pp. 14-15), Escritura ndo-dogmética, o dialogismo , nesses termos, radicalmente polémico. Bakhtin vai encontrar suas ratzes na sdtira menipéia, no didlogo socritico, nas escritas dionisfacas ou carnavalizadas que correspondem ldgica libertdria do desejo, na encruzilhada entre o sério e o risfvel, a cava- leiro, entio, de uma mésalliance que funda a ambivaléncia do discurso literdrio, a exprimir um subversivo “desejo do outro” — de sero outro, ou de ser de outro modo, nao do modo burro da seriedade, mas do modo astuto do riso que esta sempre apreendendo 0 outro, a alteridade embutida mas nunca Digitalizado com CamScanner Ce ————————— DISCURSO LITERARIO E DIALOGISMO EM BAKHTIN v inteiramente declarada: carnavalizagao da seriedade culpada de uma socie- dade que simula permitir e estimular todas as Oposiges mas s6 as consente na medida em que elas estiverem desarmadas ou forem domesticadas, Nesse pormenor de conceber o discurso presente como uma construgdo montada, uma montagem obtida a partir da sincretizagiio da matéria-prima oferecida por outros discursos do presente e do pasado, aos quais esta mensagem de agora cita, explicita ou implicitamente, e em que se afirma sem cessar que 0 textual é de natureza intertextual, visto que “o discurso encontra 0 discurso do outro em todos os caminhos que conduzem ao seu objeto ¢ ele niio pode deixar de entrar em interagio viva e intensa com ele” (Bakhtin, 1981: 98), nesse pormenor da citatividade entendida como um didlogo entre idcologias contrapostas, enfatizamos agora, Bakhtin & tio formalista como quem mais o seja, j4 que foram indubitavelmente os forma- listas que por primeiro tcorizaram na Europa a relagio da obra e do discurso com 0 seu outro, com a outra obra, com 0 discurso oposto, como constitutiva da produgiio da mensagem. E é suficiente transpor seu peculiar léxico psico- logizante para a ordem da metalinguagem semidtica para sentir até que ponto apropriedade intertextual do discurso niio é, no pensamento de Bakhtin, nem derivada nem secundaria, mas é primeira ¢ fundante, em fungiio até mesmo de estar radicada no cerne mais essencial do ser human (© proprio ser do homem (exterior como interior) € uma comunicagio profunda, Ser significa comunicar {..] © homem nio possui um terrt6rio interior soberano, ele se situa todo f sempre em uma fronteira: ollhando para o seu interior, ele o olha nos olhos do outro ow ‘através das othos do outro (Bakhtin, 1981: 140; grifos nossos). CONCLUSAO Erelativamente fécil perceber, hoje, que, por mais engenhosas ¢ origi- nais que tenham sido as formulagées que Bakhtin dé aos t6picos polif6nicos das intercitagdes, da parédia, do dialogismo — e ele foi, sem favor, um dos teformadores mais originais e poderosos da teoria do discurso ¢ da teoria literdria que nosso século conheceu -, sua obra pode ser vista sem desdouro numa perspectiva de continuidade histérica, como reelaboragao e aggior- namento de velhos temas. Temas que podemos fazer remontar, se quisermos, indiferentemente, a teoria anagramética que Saussure rascunhava por volta de 1900, ov até mesmo as doutrinas medievais acerca do signo, aquelas, pelo Menos, que comegavam por isolar como fundadora da semiose ine ses ica isto €, como criadora de uma relagio entre um significante € um significado, exatamente a instalagio de uma relagao dialdgica entre um elemento in Praesentia (sintagmética) e um elemento in absentia Garedienélica) 0 discurso: os sistemas de signos sao intertraduzfveis, pensavam 0s escolas- ticos, porque nenhum elemento deles pode funcionar semanticamente sem Digitalizado com CamScanner E IN 0 DIALOGISMO, POLIFONIA, INTERTEXTUALIDADE: EM TORNO DE BAKHT remeter necessariamente a um outro elemento ausente do discurso mas pre- Sente no sistema, ou seja, sem remeter necessariamente a um outro elemento ausente cuja auséncia mesma é posta em evidéncia pela presenga manifesta do outro como significante: sempre que aliquid stat pro aliquo estamos na presenga do signo e do discurso. Af estio embrionariamente, em seu nas- cedouro, os fundamentos dos temas das intercitagdes, da parddia ¢ do dialo- gismo que, os formalistas, primeiro, Bakhtin, depois, irdo desenvolver em nosso século, conferindo-Ihes uma importancia e um alcance até ento insus- peitados, no dmbito de uma teoria intertextual da literatura que est longe, ainda, de ter produzido os seus melhores frutos. E, se estamos a situar, agora, a obra de Bakhtin no ponto extremo de uma velhissima tradigao € que pensamos, como B. Schnaiderman, que “E preciso reconhecer (que) ninguém elaborou esse tema (do dialogismo) com a mesma riqueza e profundidade (que Bakhtin), mas também é preciso render justica aos (autores) que ele omite ou aos quais se refere com evidente mé- vontade” (Schnaiderman, 1979: 24). E claro, desde logo, que Bakhtin, tendo publicado sua obra capital em 1929, no podia conhecer as reflexes pioneiras de Saussure acerca dos mecanismos anagramaticos (dialégicos) que presidem A construgaio do poema, visto que J. Starobinski, que nos deu as primeiras noticias e a primeira sistematizagao dos esbogos inéditos do mestre suigo, s6 deu a publico sua teoria em 1964; o autor dos Problemas da Obra de Dostoiévski ndo podia citar em 1929 paginas que s6 se imprimiriam muitos anos depois. Mas quando, no mesmo livro de 1929, ele aborda o dialogismo, a parddia ¢ as intercita ges, 6 inexplicdvel que nao se encontre ali nenhuma mencio a obra de seus. confrades formalistas, mormente quando sabemos que foram eles que por primeiro teorizaram a relagéo que 9 discurso literario mantém para com 0 seu outro —aoutra obra, radis especialmente notaveis sio as auséncias de V. Chklovski — cujo excelente Sobre a Teoria da Prosa data de 1928 ~¢ I. Tinianovy, cujo ensaio precursor Dostoiévski e Gégol: Para uma Teoria da Parddia, publicado em 1919 ~ trabalho pioneiro no campo da cilagio ¢ da parédia -, que Bakhtin conhecen mas nio menciona (cf. Schnaiderman, 1979: 20, nota 25; ¢ também Schnaiderman, 1980: 89). REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Acutis, Cesa 1978, “Fogli Volanti Spagnoli: Dalla Pinzza ane igma, ano XI, 2/3, Amnkoa1o, Ignazio, 1975, Ideologtas y Téculcus Literarlus, Madi, Ak Baxsrrin, Mikhail M. 1970, La Podtique de Dostotevski, Paris, Seu + 1979. Problémes de la poéique de Dostorevski, Lausanne, L?Age d Homme. det Patiboto alla Piazza del Digitalizado com CamScanner DISCURSO LITERARIO E DIALOGISMO EM BAKIITIN: a ———. 1981. Le Principe dialogique. Paris, Scuil Cuxtovsk1, Victor, 1973. Sur la Théorie de la prose, Paris, L'Age d’ Homme. EIcuMBAUM, Boris. 1970. “La Teorfa del Método Formal” In: SAKoBSON, R. ef alii, 1970. JaKonson, Roman et alii. 1965. Théorie de la littérature. Textes des formalistes russes. Paris, . 1970. 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Lingistica e Psicandlise Michel Arrivé 4. Lirica e Lugar-comum Francisco Achcar 5. A Imaginagao Simbélica Vera Lucia G. Felicio 6. Trépicos do Discurso Hayden White 1. Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade Diana Luz Pessoa de Barros José Luiz Fiorin orgs.) 8. A Morte na Made Média Herman Braet ‘Wemer Verbeke orgs.) Letras de Minas e Outros Ensaios Halio Lopes Alfredo Bosi (orgs,) 10. A Redescoberta da Cultura ‘Simon Schwartzman 15, 16. 17. 20. a A Paixdo pelo Real Maria Betinia Amoroso De Baudelaire ao Surrealismo Marcel Raymond 3. Risos entre Pares Vagner Camilo . 0 Dito pelo Nao-dito Maria Augusta da Costa Vieira Espacos da Meméria Joaquim Alves de Aguiar Palavra Peregrina Guilherme Simées Gomes Jinior ‘As Metamorfoses do Mal ‘Yudith Rosenbaum A .Leitora Clarice Lispector Ricardo lannace 1. O Nomen Insificiente Luiz Felipe Ponds Morte ¢ Alteridade em Estas Hist6rias Edna Tarabori Calobrezi Leituras do Desejo Marcelo Buttes Digitalizado com CamScanner Tuto Dialogismo, Polifonia, Intertexwalidade Diana Luz Pessoa de Barros José Luiz Fiorin Projeto Gréfico e Capa Marina M. Watanabe Producao Julia Doi Editoragao Eletronica Sidney Ito Mauricio Siqueira Silva ‘Anderson Massahito Nobara Editoragao de Texto Alice Kyoko Miyashiro Revisdo de Texto Cristina Ayumi Futida Revisdo de Provas Lucia Helena Siqueira Barbosa Valéria Franco Jacintho Cleusa Teruya Maria Beatriz Mazzoca Dourado Divulgacdo Regina Brando Rodrigo S. Faledo Aline Frederico Secretaria Editorial Eliane dos Santos Formato 16x 23.cm Tipologia Times Roman 10/12 Papel Cartio Super 6 250 g/m? (capa) Offset linha d’égua 90g/m? (miolo) Mimero de Paginas 96 Tiragem 3.000 Fotolitos Bdusp Impressao e Acabamento IMPRENSA OFICIAL Shingo Prat RODE Qu ATION Organizadores Digitalizado com CamScanner

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