Você está na página 1de 17

AQUARTILHA -

Termos Técnicos utilizados no


Banco de Dados de Aquicultu-
ra da Região
Guamá.

Organização:
Cleydiane Magalhães Barbosa
Ana Carolina Rodrigues da Cruz
2023
ORGANIZADORAS

Cleydiane Magalhães Barbosa,


Graduada em Engenharia de Pesca, especialista em Piscicultura, atua
como técnica em gestão de pesca e aquicultura da Secretaria de Es-
tado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará –
Regional Castanhal.

Ana Carolina Rodrigues da Cruz,


Graduada em Engenharia de Pesca, especialista em Agroecologia,
atua como engenheira de pesca da Secretaria Municipal da Agricul-
tura e Pesca de São João da Ponta.

2
COLABORADORES (AS)

Dionisio de Souza Sampaio


Graduado em Engenharia de Pesca, Coordenador do Laboratório Interdisci-
plinar de Empreendendorismo e Ssustentabilidade (LIES), Professor Conse-
lheiro do Time Enactus da Universidade Federal do Pará - Campus Bragan-
ça, Professor da Academia B & Multiplicador do Sistema B e Embaixador
do Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB) em Bragança, Pará.

Gilvaniere Oliveira
Graduada em Engenharia de Pesca, mestrado Multidisciplinar em Desenvol-
vimento e Meio Ambiente, atua como Extensionista Rural na Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará – Escritório Local
de Castanhal.

Secretaria Municipal da Pesca e Aquicultura do município de Curuçá.

3
APOIADORES

4
APRESENTAÇÃO

5
INTRODUÇÃO

6
CONCEITOS
DOS TERMOS
TÉCNICOS

7
AQUICULTURA:
É a atividade de criação de organismos cujo ciclo de vida em condi-
ções naturais se dá total ou parcialmente em meio aquático;

CLASSIFICAÇÃO DA AQUICULTURA
COMERCIAL: quando praticada com finalidade econômica, por
pessoa física ou jurídica;

CIENTÍFICA OU DEMONSTRATIVA: quando praticada unica-


mente com fins de pesquisa, estudos ou demonstração por pessoa
jurídica legalmente habilitada para essas finalidades;
RECOMPOSIÇÃO AMBIENTAL: quando praticada sem finalidade
econômica, com o objetivo de repovoamento, por pessoa física ou ju-
rídica legalmente habilitada;

FAMILIAR: quando praticada por unidade unifamiliar, nos ter-


mos da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006;
ORNAMENTAL: quando praticada para fins de aquariofilia ou de
exposição pública, com fins comerciais ou não;

MODALIDADES DE AQUICULTURA
PISCICULTURA: é a criação de peixes em cativeiro para a alimen-
tação familiar e/ou fins comerciais;

CARCINICULTURA: é a criação de camarão;

OSTREICULTURA: é a criação de ostras;

FINALIDADE DE CRIAÇÃO

ALEVINAGEM: na piscicultura é a produção de alevinos que são


as formas jovens do peixe.
LARVICULTURA: na carcinicultura é a produção das pós-larvas
(PLs) que são as formas jovens do camarão.
SEMENTES: na ostreicultura é a forma jovens das ostras.
ENGORDA: é a criação das espécies sua forma adulta.

8
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
É o conjunto de características ou processos de produção utiliza-
dos por empreendimento aquícolas, sendo dividido nas modalidades
Extensiva, Semi-Intensiva. Intensiva e Superintensivo.

SISTEMAS EXTENSIVO: é o sistema de produção onde os ani-


mais são criados dependendo principalmente de alimento natural
disponível, podendo receber complementarmente alimento artificial
não possui o controle de entrada e saída da água. E a intervenção
do homem nesse processo é praticamente inexistente sendo comum
em açudes e represas.

SISTEMA SEMI-INTENSIVO: é sistema de produção onde os ani-


mais criados dependendo principalmente da oferta de alimento arti-
ficial, podendo buscar suplementarmente o alimento natural dispo-
nível, já possui o controle da entrada e saída de água. Esse sistema
é usado nos viveiros de barragem.

SISTEMA INTENSIVO: é o sistema de produção onde os animais


criados dependem integralmente da oferta de alimento artificial, ten-
do como uma de suas características a alta densidade de espécimes,
variando de acordo com a espécie utilizada.

SISTEMA SUPER INTENSIVO: sistema de criação que possui as


mesmas características do sistema intensivo onde permite altas ta-
xas de densidades de povoamento, a alimentação é feita por rações
balanceadas e necessita de uma alta renovação de água. As estrutu-
ras mais utilizadas são tanque rede, gaiolas, raceway’s, tanque de
alvenaria.

9
SISTEMA DE CRIAÇÃO

São as estruturas utilizadas para criação dos animais na durante as


fases jovens, juvenis e de engorda no empreendimento aquícola.

AÇUDE: é uma estrutura construída para reter uma grande de água


seja proveniente das águas da chuva ou das nascentes.

Figuras 01 e 02: Açudes.

Fonte: Cleydiane, Magalhães Barbosa, 2023

TANQUE SUSPENSO DE ALVENARIA: é uma estrutura montada


acima do solo sendo revestido na maioria das vezes por cimento po-
dendo ser utilizado também outros materiais. Possui o formato tan-
to retangular como circular.

Figura 03 e 04: Tanque de alvenaria suspenso na forma retangular e circular.

Fonte: Gilvaniere Oliveira, 2021 e Cleydiane Magalhães Barbosa, 2023

10
TANQUE SUSPENSO DE GEOMEMBRANA: essa estrutura é monta-
da acima do solo sendo revestida por uma geomembrana pead tenho
uma fácil instalação e custo menor em comparação com outros sis-
temas de criação.

Figura 05: Tanque Suspenso de Geomembrana Circular

Fonte: Cleydiane Magalhães Barbosa, 2023.

TANQUE REDE: é uma estrutura que possui vários tipos de formas


e tamanhos sendo revestida por tela ou rede permitindo livre circu-
lação de água e ficam flutuando no ambiente aquático.

Figura 06: Tanque rede

Fonte: Cleydiane Magalhães Barbosa, 2023

11
TANQUE ESCAVADO DE ALVENARIA: essa estrutura é adaptada
do viveiro escavado se diferenciando que nas laterais é revestido de
concreto, tijolos e cimento.

Figura 07: Tanque escavado de alvenaria

Fonte: Gilvaniere Oliveira, 2021

VIVEIRO ESCAVADO: é uma estrutura construída de forma plana e


em sua maioria na forma retangular onde tem a remoção de terra
através de escavação, possui o controle de entrada e saída de água
da água.

Figura 08: Viveiro Escavado

Fonte: Gilvaniere Oliveira, 2021.

12
VIVEIRO ESCAVADO LONADO: essa estrutura possui as mesmas
características do viveiro escavado se diferenciando por possuir um
revestimento com lona por possuir um solo arenoso.

Foto 09: Viveiro escavado lonado

Fonte: Gilvaniere Oliveira, 2021

VIVEIRO DE BARRAGEM: essa estrutura faz captação de água


através de um represamento e não se tem controle de entrada e saí-
da de água.

Foto 10: Viveiro de barragem

Fonte: Cleydiane Magalhães Barbosa, 2023.

13
MESAS: essa estrutura usada tanto fixa como flutuante na criação
de ostra no Pará se tem utilizado mais as mesas fixas juntamente
com os travesseiros.

Figura 11: Mesas fixas

Fonte: Secretaria Municipal de Pesca e Aquicultura de Curuçá (SEMPAQ), 2019

TRAVESSEIRO: essa estrutura é utilizada para criação de ostra na


fase de engorda para locais que tem variação de maré e são colocada
de forma horizontal em mesas fixas tendo contato direto com o sedi-
mento.
Figura 12:Travesseiros utilizado na fase de engorda na criação de ostra

Fonte: Dionisio Sampaio, 2014

14
TRAVES: são estruturas em sua maioria feita de madeira utilizada
como suporte fixo para os coletores de sementes.

Figura 13: Traves fixas juntamente com coletores

Fonte: Secretaria Municipal de Pesca e Aquicultura de Curuçá (SEMPAQ), 2019

COLETORES: são estruturas utilizada na fase berçário da criação


de ostra para fazerem coleta de sementes.

Figuras 14 e 15: Coletores de garrafa pet

Fonte: Secretaria Municipal de Pesca e Aquicultura de Curuçá (SEMPAQ), 2019

15
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei n°11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação


da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Dispo-
nível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/
l11326.htm>, acesso em junho de 2022.

BRASIL. Lei n°11.959, de 29 de junho de 2009. Dispõe sobre a Política Nacional de De-
senvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, regula as atividades pesqueiras, e dá
outras providências. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato 2007-
2010/2009/lei/l11959.htm>, acesso em junho de 2022.

CONAMA. Resolução CONAMA N°413, de 26 de junho de 2009. Dispõe sobre o licen-


ciamento ambiental da aquicultura, e dá outras providencias.

DA SILVA, Cecilia Chicoski; DA SILVA, Jefferson Chicoski. Dossiê Técnico - Cultivo de


ostras Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro. REDETEC. 2007.

LEITE, O. M.; LOPES, F. L. G. Piscicultura super- intensiva como Proposta para o Desen-
volvimento Sustentável de uma pequena comunidade rural. XII SIMPEP – Bauru, Brasil, 7 a
9 de novembro de 2005.

PARÁ. Lei n° 9.665, de 19 de julho de 2022. Dispõe sobre a Política de Desenvolvimento


Sustentável da Aquicultura no Estado do Pará, revoga dispositivos da Lei n° 6.713, de 25 de
janeiro de 2005.

16
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARÁ. Instrução Normativa SEMAS N°04, de 0 de maio de 2013. Dispõe sobre o licenci-
amento ambiental de empreendimentos e atividades aquícolas no Estado do Pará e dá outras
providências.

Programa AquiNordeste. Projeto de Integração e Fortalecimento da Cadeia Produtiva da


Aquicultura da Região Nordeste do Brasil. Relatório Final; Sebrae. Brasília, 2015.

RODRIGUES, A.P.O. Piscicultura de água doce: multiplicando conhecimentos. Brasília, DF:


Embrapa, 2013. 440 p.

SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Larvicultura de camarão marinho (do


náuplio a pós-larva) / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). — 1. ed. Brasí-
lia: SENAR, 2016.

SUPLICY, F.M. (Org.) Manual do cultivo de ostras. Florianópolis: Maricultura; Ostreicul-


tura; Produção de sementes; Controle sanitário. Epagri, 2022. 256p.

17

Você também pode gostar