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Apostila Da ED de Didatica
Apostila Da ED de Didatica
DIDÁTICA
SUMÁRIO
UNIDADE I
PRINCÍPIOS DA DIDÁTICA
TEORIAS PEDAGÓGICAS
UNIDADE III
AS BASES FILOSÓFICAS/IDEOLÓGICAS
3.1.ABORDAGEM TRADICIONAL.........................................................................................................................1
3.2. ABORDAGEM DA ESCOLA NOVA.................................................................................................................1
3.3. ABORDAGEM DA ESCOLA TECNICISTA....................................................................................................1
3.4. ABORDAGEM COGNITIVISTA.......................................................................................................................1
UNIDADE IV
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UNIDADE V
PLANEJAMENTO
AVALIAÇÃO ESCOLAR
UNIDADE VII
Verificamos que a Didática alterou profundamente, no decorrer dos anos, o conceito do processo
educativo. Já não se parte do pressuposto de que a intenção de ensinar resulte em uma aprendizagem
real, enfoca-se hoje, o final do processo que é o ato de aprender.
Assim sendo, se faz necessário considerar a Didática como binômio humano(aluno-professor) e o
binômio cultural (matéria e método), ambos voltados para que os objetivos sejam alcançados. Assim
sendo, faz necessário um estudo comparativo entre a Didática tradicional e a Didática Moderna,
levando em consideração suas respectivas posições, em relação aos cinco componentes, como sinaliza
Guapyassu ((2000, p.25).
Matéria
OBJETIVOS Métodos
Esquematizando a conjuntura didática temos:
Alunos
Para Mestres Luiz Alves em seu livro “Sumário para a Didática” apresenta algumas definições para
Didática:
1) “Didática é a disciplina pedagógica de caráter prático e normativo que tem como objetivos
específicos a técnica do ensino, isto é, a técnica de incentivar e orientar eficazmente os alunos na
sua aprendizagem”.
2) “Definida, em relação ao seu conteúdo,, é o conjunto sistemático de princípios e normas, recursos e
procedimentos específicos para orientar os alunos na aprendizagem das matérias programadas,
tendo em vista, seus objetivos educativos”.
• É a reflexão sistemática sobre o processo de ensino-aprendizagem que acontece no sistema escolar,
mas diretamente em sala de aula, buscando alternativas para os problemas da prática pedagógica.
• A Didática, como reflexão sistemática é o estudo das teorias de ensino e aprendizagem aplicadas ao
processo educativo, como aos resultados obtidos.
• Estão presentes na disciplina Didática, várias áreas do conhecimento que pesquisam o
desenvolvimento humano, como: Filosofia, Sociologia, Psicologia, Antropologia, História Política e
Teorias de Comunicação.
• Como a aprendizagem é um processo intencional, isto é, orientado por objetivos a serem alcançados
por seus participantes; interessa, então, que esse processo consiga levar ao aluno aprender, pela
organização de condições apropriadas.
Nessa linha de pensamento, citamos Luckesi (in: CANDAU, 2005, p. 26) para reafirmar sobre a
questão em discussão:
O papel da didática destina-se a atingir u fim – “a formação do educador”. [...]
entendo eu que o que, de imediato, nos interessa, a mim e aos presentes, é o
educador, na formação do qual a didática pretende ter um papel a seguir. [...], cabe
destacar que a didática, desde os tempos imemoriais dos gregos, significa um
modo de facilitar o ensino e a aprendizagem, de modo, de condutas desejáveis. Lá
entre os nossos ancestrais históricos, a didática foi utilizada, especialmente, na
transmissão, aqui entre nós, utilizamos a didática para transmissão de conteúdos
tanto morais como cognitivos. Com um aparente acentuamento hipertrofiado para
este último. A educação institucionalizada qu8e compõe a nossa circunstância
histórica está, aparentemente, destinada à transmissão, quase que exclusiva, de
conteúdos dos diversos âmbitos do conhecimento científico. Todavia, sabemos
todos nós, que nas atividades do magistério e outras afins, existe uma carga imensa
de conteúdos moralizantes, ou, ao menos, subjacentemente ideolologizante.
Comprovando isso, então aí os livros didáticos que, sob uma capa de
“objetividade” científica, transmitem a pura ideologia dominante.
Dessa forma, é necessário que ocorra algumas premissas para que o processo ensino-
aprendizagem seja alcançado por todos os alunos, nos quais consideramos relevantes:
• O professor precisa motivar o aluno;
• É necessário que haja uma relação intrínseca entre o ensino e a aprendizagem;
• Não há ensino quando não existe aprendizagem;
• Promover a participação de todos; utilizando técnicas e recursos;
• Analisar o desenvolvimento bio-psico-socila de cada aluno;
• Elogiar, valorizar as atitudes positivas, pois motivação gera motivação;
• Reconhecer se o aluno tem conhecimento prévio, ou seja, se existe prontidão para tal conhecimento que
pretende que ele aprenda;
• Perceber se ao aluno tem maturação suficiente para alcançar os objetivos propostos;
• A aprendizagem precisa partir de uma situação concreta;
• Incentivar o aluno a interagir durante as aulas;
• Cabe ao professor oferecer um ambiente adequado para que ocorra o ensino-aprendizagem.
Assim sendo, o professor carece perceber que o mundo atual exige, cada vez mais, que a sua prática
docente precisa transformar as informações em conhecimento, pois o processo histórico-cultural constrói
meios de interação humano-social que necessitam de que as informações sejam transformadas em
opiniões, para que, os professores, possam melhor entender o mundo e, assim, compreender melhor seus
alunos.
Entretanto, cabe ao professor ter a capacidade de entender que cada aluno é um ser único, com características
próprias.
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A maneira mais adequada de partir para uma ação docente eficaz, é iniciar, lentamente ao mundo da
ciência, devido à complexidade que o ato educativo exige. Isto implica em que o cotidiano das práticas
docentes seja iluminado pelos diferentes campos de conhecimento.
Dessa forma, é fundamental que o educador torne sua abordagem mais consistente, passando pelas
teorias de Piaget (1896 – 1980), Vygotsky (1896- 1934), Freneit (1920 1966), Wallon ( ) e Paulo Freire
(1921 -19947) por considerarmos os pressupostos teóricos destes autores premissas fundamentais ao
sucesso do processo ensino-aprendizagem.
2.2.4.TEORIA DE VYGOTSKY
Vygotsky é contra as etapas do desenvolvimento individual apontada por Piaget. Daí a sua
preocupação de apontar a compreensão dos aspectos da dinâmica da sociedade e da cultura, em que o
histórico-social interfere no curso do desenvolvimento do sujeito. Isto porque, acreditava que o indivíduo
transforma tanto a sua relação com a realidade como a sua consciência sobre ela.
Para Vygotsky (1993), a internalização de um sistema de signos produzidos culturalmente provoca
transformações na consciência do homem individual sobre a realidade, ou seja, o homem assimila os
valores culturais de seu ambiente, e, ao mesmo tempo, desenvolve uma consciência crítica sobre os
mesmos. Assim, o indivíduo se torna capaz de se transformar e atender as novas exigências de seu
contexto social.
Dessa forma, Vygotsky acredita que o reflexo do mundo externo sobre o mundo interno é a constante
variável, imprescindível ao desenvolvimento do indivíduo. Sendo assim, para o autor a natureza sócio-
cultural se torna indispensável à natureza psicológica das pessoas.
2.2.5. PIAGET – A APRENDIZAGEM DEPENDE DO DESENVOLVIMENTO ATINGIDO PELO
SUJEITO
Piaget prioriza o pensamento secundarizando o papel da linguagem no desenvolvimento do pensamento. O
autor aponta a superioridade das estruturas cognitivas em relação à linguagem.
Piaget procurou abordar as mudanças qualitativas que passa a criança, desde o estágio inicial de uma
inteligência prática (sensório-motor) até o pensamento formal, lógico-dedutivo, que se dá a partir da
adolescência.
Esses estágios, segundo Piaget (1976, p. 56) são:
• Sensório-motor (até 2 anos de idade) – anterior à linguagem
• Pré-operatório (dos 2 aos 6 anos de idade) – pensamento indutivo, racionando a partir da intuição e não de
uma lógica semelhante à do adulto.
• Operatório-concreto (dos 7 aos 12 anos de idade) – criança torna-se capaz de efetuar operações
mentalmente, lembrando o todo, enquanto divide partes.
• Operações formais (a partir de 12 anos de idade) – capacidade de pensar sobre idéias abstratas.
• Maturidade intelectual (aproximadamente aos 15 anos de idade).
Para Piaget, a criança em um primeiro momento desconhece as regras (anomia), só depois que as
recebe de “fora para dentro” (heteronomia) é que ela consegue caminhar para rejeitar, criticar, aceitar,
refletir sobre valores e convenções sociais, culminando com a construção da autonomia.
Piaget investiga a compreensão das estruturas do pensamento, a partir dos mecanismos internos que as
produzem. Para Piaget, todo indivíduo não consegue conceber o que se passa à sua volta de forma
imediata, apenas com um simples contato com os objetos. Para o autor vão depender da maturação
biológica, experiências, trocas interpessoais e transmissões culturais.
Segundo Piaget “o conhecimento resulta de uma interrelação entre o sujeito que conhece e o objeto a ser
conhecido” (1996, p. 39)
Nesse sentido, citamos a Multieducação (S.M.E. 1996, p. 41) para clarearmos a nossa afirmação:
Cabe a sociedade, através das instituições como a família e a escola, propiciar
experiências, trocas interpessoais e conteúdos culturais que, interagindo com o
processo de maturação biológica, permitem à criança e ao adolescente atingir a
capacidade cada vez mais elaborada, de conhecer e atuar no mundo físico e social.
[...] a lógica, a moral, a linguagem e a compreensão de regras sociais não são
inatas, ou seja, pré-formadas na criança, nem são impostas de fora para dentro, por
pressão do meio. São construídos por cada indivíduo ao longo do processo de
desenvolvimento, processos este entendidos como sucessão de estágios que se
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diferenciam um dos outros, por mudanças qualitativas. Mudanças que permitem,
não só assimilação de objeto de conhecimento compatível com as possibilidades já
construídas, através da acomodação, mas também sirvam de ponto de partida para
novas construções (adaptação).
Vygotsky tem a preocupação de buscar a compreensão do sujeito “interativo”, pois acredita que a
constituição do indivíduo se funda a partir das relações intra e interpessoais.
O autor assinala que, a partir da abordagem histórico-social, é que o indivíduo se orienta e analisa a
construção do conhecimento ou do pensamento, ou seja, pela unidade dinâmica da relação
pensamento/linguagem. Para o autor não há lugar para dicotomia, tudo está em movimento, pois acredita
que não há fenômeno isolado. A vida é formada por elementos contraditórios, coexistindo em uma
totalidade rica, viva, e em constante mudança. Portanto, o indivíduo não pode ser fragmentado ou
imobilizado, de forma artificial.
[...] quando as crianças se confrontam com um problema um pouco mais complicado para
elas, apresentam uma variedade complexa de respostas que incluem: tentativas diretas de
atingir o objetivo,o uso de instrumentos, fala dirigida à pessoa que conduz o experimento
ou fala que simplesmente acompanha a ação e apelos verbais diretos ao objeto de atenção.
Quando analisado dinamicamente, esse amálgama de fala e ação tem uma função
muito específica na história do desenvolvimento da criança; demonstra também, a
lógica da sua própria gênese. Desde os primeiros dias do desenvolvimento da
criança suas atividades adquirem um significado próprio num sistema de
comportamento social e, sendo dirigidas a objetivos definidos são refratadas
através do prisma do ambiente da criança. O caminho do objeto até a criança e
desta até o objeto passa através de outra pessoa. Essa estrutura humana complexa é
o produto de um processo de desenvolvimento profundamente enraizado nas
ligações entre história individual e história social (VYGOTSKY, 1993, p. 33).
c) Problematização: nesta etapa Freire não buscava apenas que os alunos falassem de política, mas
fundamentalmente, compreendessem a importância de sua interferência na vida política. Sendo assim,
Freire considera que o educador é o contribuinte para a “desocultação” das verdades postas pela ideologia
dominante. É a superação da visão mágica, evidencia-se a necessidade de uma ação concreta, cultural,
social e política para a superação dos obstáculos do processo homogeneização.
Para Freire, todo educador precisa ser “substantivamente político e adjetivamente pedagógico”
(1998, P. 28), pois a figura do professor é essencial para construir nos alunos a consciência crítica,
possibilitando-os a serem sujeitos de sua própria história de vida.
Freire sempre criticou as pessoas que acreditam na educação como capaz de, por si só, promover as
transformações democráticas que a sociedade tanto necessita. Com isso, ele recrimina a crença de que só
depois das mudanças infra-estruturais acontecerem é que podemos desenvolver uma educação com o
potencial transformador.
Segundo Paulo Freire, o indivíduo é um sujeito ativo na sociedade porque vive em permanente movimento
histórico, cujas transformações ocorrem pelas ações mútuas.
Para o autor, o educador precisa ter uma formação sob uma perspectiva holística, em que articule a
relação dialética, prática x teoria x prática, comprometida com os interesses amplos da maioria da
população, com a democracia, com a, justiça, com a liberdade e os direitos da cidadania, ou seja, que o
educador assuma o papel de mediador na construção da cidadania, na conjuntura histórica em que se
insere.
Sendo assim, Paulo freire sinaliza que o papel do educador hoje é de eterno pesquisador, pois só
assim ele é capaz de se tornar um eficaz e interessado divulgador de conhecimentos histórico e
criticamente construídos, coletivamente. Portanto, a compreensão de educar está na aplicação dos
conhecimentos que venham contribuir para o avanço das condições social, econômica e política.
Neste entendimento, é de grande importância que reflitamos a respeito das palavras de FREIRE (1996):
A responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o dever de
se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade
docente. Esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se
tornem processos permanentes. Sua experi6encia docente, se bem percebida e bem
vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação permanente do ensinante.
Formação que se funda na análise crítica de sua prática (p. 28).
Wallon confere então um papel de destaque para a função da escola, pois para ele, o meio escolar é
indispensável ao desenvolvimento da criança, pois ela não deve receber exclusivamente a ação do meio
familiar, mas também apresenta a necessidade de freqüentar meios menos estruturados e menos carregados
efetivamente.
Para ele “[…] a escola é um meio mais rico, mais diversificado e oferece à criança a oportunidade
de conviver com seus contemporâneos e com adultos que não possuem o mesmo status que seus pais”
(Wallon apud WEREBE, 1986). Ou seja, a educação é um fato social e a escola possibilita à criança de
viver novos relacionamentos (pais, professores, colegas), que promove a aprendizagem social e a tomada
de consciência da sua própria personalidade.
A gênese da inteligência para Wallon (1995) genética e organicamente social, ou seja, "o ser
humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar"
(Dantas, 1992, p. 75). Nesse sentido, a teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na
psicogênese da pessoa completa.
Henri Wallon (1995) reconstruiu o seu modelo de análise ao pensar no desenvolvimento
humano, estudando-o a partir do desenvolvimento psíquico da criança. Assim, o desenvolvimento da
criança aparece descontínuo, marcado por contradições e conflitos, resultado da maturação e das
condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento em geral.
Wallon (1995) realiza um estudo que é centrado na criança contextualizada ,cujo ritmo no
qual se sucedem as etapas do desenvolvimento, é descontínuo, marcado por rupturas, retrocessos e reviravoltas,
provocando em cada etapa profundas mudanças nas anteriores.
Wallon (1998) atribui à emoção que, como os sentimentos e desejos, são manifestações da
vida afetiva, um papel fundamental no processo de desenvolvimento humano. Entende-se por emoção
formas corporais de expressar o estado de espírito da pessoa, ou seja, são manifestações físicas, alterações
orgânicas, como frio na barriga, secura na boca, choro, dificuldades na digestão, mudança no ritmo da
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respiração, mudança no batimento cardíaco, etc., enfim, reações intensas do organismo, resultantes de um
estado afetivo penoso ou agradável.
A palavra emoção significa, originariamente, "E" (do latim ex) = para fora, "moção" =
movimento. "A emoção é o movimento da vida em cada um de nós. Trata-se do movimento que brota no
interior e se expressa no exterior; é o movimento de minha vida que me diz - e que diz às pessoas à minha
volta - quem eu sou" (FILLIOZAT, 2000, p.61) .
Quando nasce uma criança, todo contato estabelecido com pessoas que cuidam dela é feito
via emoção. A criança manifesta corporalmente o que está sentindo; por exemplo, quando está com o desconforto
da fome ou frio, ela chora.
Wallon (1995) destaca o caráter social da criança neste sentido, pois se não houvesse a
atenção do adulto, nessa fase inicial de sua vida, atendendo-a naquilo que ela precisa que é manifestada em
forma de emoção, a criança simplesmente morreria.
Além disso: chorar, gritar, estremecer são remédios para as inevitáveis tensões da vida. A
existência de um bebê é repleta de frustrações, de questionamentos de medos, de
manifestações de raiva... Por mais bem cuidados que sejam, todos os bebês têm
necessidade de chorar. A emoção permite que eles recuperem as energias,
consigam reconstruir-se, depois de terem sofrido um desgosto (op.cit, p.15).
Segundo Wallon (1995), quando, em alguma situação da nossa vida, há o predomínio da função
cognitiva, estamos voltados para a construção do real, como quando classificamos objetos, fazemos
operações matemáticas, definimos conceitos etc. Bem como há o predomínio da função afetiva. Neste
momento estamos voltados para nós mesmos, fazendo uma elaboração do EU. Como exemplo: as
experiências carregadas de emoção: o nascimento de um filho, a perda de um ente querido, ou algo assim.
No impacto da emoção, nossa preocupação é a construção que fazemos de um novo eu, a mulher que se
transforma mãe, o esposo que se torna viúvo... São as "Alternâncias Funcionais" (Wallon, 1998) que
persistem durante toda nossa vida, não sendo possível um equilíbrio harmônico entre estas funções
(cognitiva e afetiva), mas um conflito constante, e o domínio de uma sobre a outra.
Daí a colocação de Dantas (1990): "a razão nasce da emoção e vive de sua morte" (p.54). Tudo
começa com o choro inicial da criança, o desconforto das cólicas, do frio ou calor
demasiado, a exploração do próprio corpo, que representam o predomínio da emoção, da função afetiva, a
construção do eu, que nesse primeiro momento, é o eu corporal. Mais para frente, graças à sua
independência alcançada pela capacidade de locomover-se sozinha, passa à exploração mais intensa dos
objetos, desenvolvendo sua tarefa de construir, de forma sensório-motora, o real. Temos aqui então o
predomínio da função cognitiva.
Com o surgimento da linguagem, a criança amplia sua área de conhecimento dos objetos
do mundo real, e acaba por compreender mais de si, pois já pode, graças à linguagem, se desprender do
aqui e agora, indo ao seu passado ou a programar seu futuro. Nesse momento, precisa diferenciar-se do
Outro, daqueles a quem até então estava como que absorvida no seu meio social. Querendo ser diferente
daqueles, não aceitando mais as imposições que são feitas pelos adultos (fase do negativismo), imitandoos
e assim percebendo as diferenças entre si mesmas e o modelo imitado, a criança vai construindo sua
psique, aqui volta o predomínio da função afetiva.
Conforme a criança vai crescendo, as crises emotivas vão se reduzindo, os ataques de
choro, birras, surtos de alegria, cenas tão comuns na infância, vão sendo melhores controladas pela razão,
em um trabalho de desenvolvimento da pessoa, cujas emoções vão sendo subordinadas ao controle das
funções psíquicas superiores, da razão.
A criança volta-se naturalmente ao mundo real, em uma tentativa de organizar seus
conhecimentos adquiridos até então, é novamente o predomínio da função cognitiva.
Na adolescência, cai na malha da emoção novamente, cumprindo uma nova tarefa de
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reconstrução de si, desde o eu corporal até o eu psíquico, percebendo-se em um mundo por ele mesmo
organizado, diferentemente. Assim, por toda a vida, razão e emoção vão se alternando, em uma relação de
filiação, e ao mesmo tempo de oposição.
Portanto, todo processo de educação significa também a constituição de um sujeito. A
criança, seja em casa, na escola, em todo lugar; está se constituindo como ser humano, através de suas
experiências com o outro, naquele lugar, naquele momento. A construção do real vai acontecendo, através
de informações e desafios sobre as coisas do mundo, mas o aspecto afetivo nesta construção continua,
sempre, muito presente. Daí a necessidade de se perceber a pessoa com um ser integral.
Ao estudarmos o processo de aprendizagem, sob esta ótica, encontramos em Alicia
Fernández, (1990) a enorme contribuição, em que destaca que o processo de aprender supõe a presença de
quatro fatores: ORGANISMO (individual herdado); CORPO (construído através das suas experiências);
INTELIGÊNCIA (autoconstruída interacionalmente); e o DESEJO (energia, pulsão, inconsciente).
Atividades Complementares
•
Disciplina As normas disciplinares são rigidamente estipuladas, garantem
a submissão e a obediência, consideradas virtudes primeira.
Bases
Filosóficas/Ideológicas • Tomismo,
• Empirismo
• Positivismo
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3.2. ABORDAGEM DA ESCOLA NOVA
• Baseia-se nos interesses da criança, há uma grande
preocupação com a sua natureza psicológica.
• A formação do caráter moral se dá por meio do esclarecimento
da vontade, que se alcança pela instrução.
Características gerais
• Torna-se de enorme importância o professor educar os
sentimentos e os desejos dos alunos por meio do controle de
suas idéias.
• Reconhecimento da necessidade de se usar um método para a
educação da vontade.
Educar para a liberdade.
• Bases filosóficas: Existencialismo e Fenomenologia
• Considerado como uma pessoa situada no mundo, em processo
Homem contínuo de descoberta de seu próprio ser, ligandose às outras
pessoas e outros grupos.
• Considerado um ser de potencialidades que terão de ser
desenvolvidas.
• É um ser único, seja em sua vida interior, em suas percepções
e avaliações do mundo..
Atividades Complementares
Atividades Complementares
Como nos relata Paulo Freire (1996) a educação se transforma de tempo em tempo, devido às
transformações ocorridas na economia, no social e no cultural de um país. Entretanto, somente a educação
não é capaz de transformar a realidade vigente, ela apenas auxilia.
UNIDADE V - PLANEJAMENTO
5.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Você sabia que a educação escolar nem sempre existiu? Várias instituições sociais é quem exerciam a
função de educar a criança, como por exemplo, a família, a igreja, o trabalho etc. (ARANHA, 1996).
Com o passar do tempo, devido às necessidades, o sistema escolar tivera que surgir. Assim sendo, o
aparecimento da escola se dá pelas necessidades socioeconômicas, de acordo, com o tempo e as
necessidades dos grupos sociais.
A educação dada anterior ao surgimento da escola, mesmo sendo intencional, não tinha explícito um rígido
controle às regras.
Daí a necessidade da criação da escola para que elaborar um projeto de ação planejada, intencional e
formal mais efetiva, cuja educação seria controlada por um grupo de profissionais especializados, em
substituição da educação somente informal ou educação do senso comum.
Segundo Aranha (1986), senso comum é o conhecimento adquirido por tradição, herdado pelos
nossos antepassados e no qual acrescentamos os resultados da experiência vivida na coletividade a que
pertencemos. Trata-se de um conjunto de idéias que nos permite interpretar a realidade, bem como de um
corpo de valores que nos ajuda a avaliar, julgar e, portanto agir.
Dessa forma, o conhecimento a partir do senso comum não é refletido e se encontra misturado à
crença e aos preconceitos, porque é um conhecimento ingênuo (não crítico), fragmentário (porque é
assistemático e muitas vezes sujeito às incoerências) e conservador (resiste às mudanças).
Isto significa que o primeiro estágio de conhecimento precisa ser superado em direção à abordagem
crítica e coerente, características estas que não precisam ser necessariamente atributos de forma mais
requintada de conhecer, tais como a ciência ou a filosofia.
Em outras palavras, o senso comum precisa ser transformado em conhecimento sistemático, este
entendido como a elaboração coerente do saber e como explicitação das intenções conscientes dos
indivíduos livres. Segundo o filósofo Gramsci, o conhecimento sistemático é “o núcleo sadio do senso
comum” (In: ARANHA, 1993, P. 35).
Qualquer homem, se não foi ferido em sua liberdade e dignidade e teve ocasião de desenvolver a
habilidade crítica, será capaz de desenvolver a autoconsciência, de elaborar criticamente o próprio
pensamento e de analisar adequadamente a situação em que vive. É nesse estágio que o conhecimento
sistemático se aproxima da filosofia, da filosofia da vida.
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Percebemos que não é automática a passagem do conhecimento assistemático ou informal ao conhecimento
sistemático, sendo um dos obstáculos ao processo, é encontrado na difusão da ideologia.
Se fizermos uma análise de como se entrecruzam as necessidades socioeconômicas e o surgimento da
instituição escolar, verificamos que o surgimento se dá pelas dificuldades das sociedades primitivas.
Você deve estar se perguntando: Por que e como isto acontece?
Então tentarei relatar para dirimir sua curiosidade.
Nas sociedades primitivas a educação é exercida pelos membros que a constituem. Nesse processo,
como nos ressalta Aranha (1996, p. 54): “quando a produção dos bens ultrapassa o consumo imediato,
fazendo surgir os excedentes, a estrutura da sociedade também se altera, e as divisões de tarefas tendem a
acentuar as diferenças sócias.”
Como assim, você deve estar indagando? Pois bem, o saber, por exemplo, que na tribo é coletivo, entretanto,
torna-se privilégio do segmento mais rico, com isso fortalece uma forma de poder.
Daí a necessidade do surgimento da escola, como transmissora do saber acumulado, embora restrito somente
a alguns.
A partir daí as formas de educar e os fins de educação vão mudando com o decorrer do tempo, de acordo
com as exigências da sociedade em que se vive.
Segundo Danilo Gandin (1998):
Um agricultor que conhecesse tudo sobre a terra e sobre plantas, teria, mesmo assim,
pouca colheita se não dispusesse de nenhum instrumento de trabalho.
Sendo assim, é imprescindível à prática pedagógica a descoberta, em caminhada conjunta, corpo
docente e discente, enfim, com toda comunidade escolar, para realizar um reinventar pedagógico didático,
com vistas a contribuir para a formação de indivíduos críticos, reflexivos, conscientes e preparados para a
realidade contemporânea.
Neste contexto, a atualização e a informação são instâncias necessárias para educação no
mundo atual, desde que não sejam alheias às relações de saber e de poder.
Assim sendo, mais do que nunca, o educador deve compreender que o conhecimento não se dá de
forma isolada, mas no intercâmbio com mundo, através das diferentes linguagens e fontes de informação,
possibilitando à reflexão crítica em prol da transformação do educador.
Nesta perspectiva, corroboramos com Jerome Bruner (In: SALTO PARA O FUTURO, 1998, p.
96) que nos ratifica:
O primeiro objeto de qualquer ato de aprendizagem, acima e além do prazer que nos
possa dar, é o que deverá servir-nos no presente e valer-se no futuro.
Aprender não deve apenas levar-nos até algum lugar, mas também permitir-nos, ir
além [...].
Dessa forma, acreditamos que educar significa transmitir cultura e preparar todo indivíduo para
conviver na sociedade. Logo, educação e, contudo, universal e é litígio de toda as sociedades. Entretanto,
devemos compreender que a educação engloba funções de manutenção, socialização, repressão e
transformação do mundo que, além de garantir a continuidade histórica está impregnada de ideologia
(CHAUÍ, 1999).
Na medida em que a sociedade se faz mais complexa, é necessário que a escola passe a preparar
suas novas gerações. A proposta é emergir a sua condição de menoridades social e assumirmos um
compromisso solidário de pensar, organizar e conduzir as práticas educativas com um compromisso de
luta política e social, é fundamental.
Nesse entendimento, compreendermos que a base de qualquer ideal, ou projeto de escola, se situa
à vontade do desejo, não somente por aqueles que formalmente a instituem, mas, sobretudo, por aqueles
que a fazem no dia-a-dia, dando-lhe vida e efetividade.
Dessa forma, que a relação entre alunos e professores, durante o decorrer do nosso curso a
distancia, será de forma eficiente e prazerosa.
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Assim sendo, ao discorrermos sobre as práticas educativas, precisam ser instituídas e mantidas, no
eixo de transformar-se, para que possamos conduzir os educandos à aquisição de entendimentos e modos
de entendimento da realidade educacional, a fim de enfocar a atenção ao fenômeno educativo, ou seja, a
prática docente.
Nesse contexto, acreditamos quando falamos em educação, é necessário sinalizar que ela é uma
atividade em que professores e alunos, mediatizados pela realidade, aprendam e extraiam do conteúdo de
aprendizagem, um nível de consciência dessa mesma realidade, para nela atuarem, em um sentido de
transformação social (LUCKESI, 2002).
Nesse bojo, é imprescindível que se busque uma nova organização para a escola, partindo de uma
ousadia não somente a partir dos educadores, mas juntamente com os pais, alunos e funcionários, enfim
com toda a comunidade escolar.
Assim, como exigência política e social do novo século, a nova organização de trabalho
pedagógico está no planejamento. Logo, a partir da Didática, que significa ensinar, instruir, fazer aprender,
ou como nos ressalta Comênio (In: ARANHA, 1996, p.107): “arte de ensinar tudo a todos” ou como NOS
afirma Candau (200) reflexão sistemática que busca alternativas para resolver os problemas da prática
pedagógica. Isto é, sinalizar o verdadeiro papel da escola, a fim de que possamos construir uma educação
de fato para o exercício pleno de cidadania.
É a Didática que nos proporciona o estudo das teorias de ensino e de aprendizagem aplicadas ao
processo educativo, realizada na escola bem como nos resultados obtidos durante o processo
ensinoaprendizagem, a fim de transformar o espaço escolar em um local onde se aprenda a aprender, a
conviver e a ser, respeitando as diferenças e os novos paradigmas de gestão e práticas pedagógicas.
Sendo assim, os educadores precisam buscar com seu trabalho, resultados positivos de aprendizagem;
transformações significativas baseadas em propostas coerentes, consistentes e críticas.
Daí a importância da análise crítica do material que se pretende viabilizar na construção de
instrumentos que facilitem a prática de uma educação escolar “portadora de um projeto
políticopedagógico” claro, eficaz de se concretizar na sala de aula, porque sem a mudança no dia-a-dia de
professores e de alunos, não haverá transformação educacional útil.
Alguns conceitos básicos serão importantes sobre a Didática como:
• Ressaltar a unidade ensino-aprendizagem como indissolúvel e interdependente, não somente
enquanto processo, mas também, nas repercussões que incidem sobre o professor e aluno;
• Compreender que professor e aluno aprendem, modificam-se e modificam a realidade;
• Sinalizar que o propósito da educação, enquanto prática social.
No conjunto ensino-aprendizagem, percebemos que os procedimentos adequados precisam ser bem
planejados, com vistas a facilitar a aprendizagem, constituindo-se em estímulos, a fim de favorecer a
construção da autonomia do aluno, que é o objetivo primordial da educação.
Como nos afirma Freire (1996, p.13): “ninguém educa ninguém, mas, ao mesmo tempo, ninguém
se educa inteiramente sozinho”. Nesse entendimento, as pessoas se educam mediadas por determinado
objeto de conhecimento que é a própria realidade, que está aí para ser desafiada, conhecida e transformada.
Diante desta exposição, concluímos que a educação não é uma dádiva, nem doação de uma
pessoa que sabe diante de outras que não sabem, mas algo que se apresenta como desafio tanto para o educador
quanto para o educando.
Conforme afirma Oliveira (1991, p.3): ”Educar é um desafio para própria realidade composta de
situações-problema, de inquietações, de angústias e de aspirações do grupo. Isto constitui a matéria prima do
processo educacional [...].”!
Para esclarecer essa afirmação usamos palavras de Antunes (2003, p.11): “para que possamos
aprofundar uma discussão sobre como se aprende, e essencial que antes se conceitue aprendizagem, a qual
pode ser definida como uma mudança relativamente permanente no comportamento que resulta da
experiência”.
Logo, não podemos deixar de considerar que a escola não precise ser a preparação para estudos longos,
mas enxergá-la como uma preparação de todos os indivíduos para vida (PERRENOUD, 2000).
44
No processo ensino-aprendizagem, a educação é intencional, logo precisa ser orientado por
objetivos a serem alcançados, logo é necessário que se organizem condições apropriadas para que os
alunos aprendam. Sendo assim, se faz necessário, que o professor desempenhe bem o seu trabalho. É
assim indagamos, como? Sendo a resposta, pela Didática, cujos aspectos que a compõem são: o
planejamento, que é composto por objetivos, seleção de conteúdos, técnicas, recursos de ensino e
organização do processo de avaliação
Operacional Político.
Isto tudo nos leva à questão da PARTICIPAÇÃO. Mas, afinal, qual o verdadeiro conceito de
participação? Há três níveis em que a participação pode ser exercida, conforme Libâneo (1985): 1) A
colaboração;
46
2) Nível de decisão; 3)
Construção em conjunto.
O terceiro nível, o de Construção em conjunto, é o que se pretende hoje, porque se caracteriza em
envolver as pessoas, igualmente, em que todos cresçam juntos, transformam a realidade, criam o novo, em
proveito de todos e com o trabalho coordenado.
“Num planejamento de ensino, os processos de decisão são múltiplos e para cada etapa
existem várias alternativas. Estas devem ser selecionadas de tal forma que uma constitua pré-
requisito para a etapa seguinte” (CAPPELLETI, 1998, p.15)
Em nível de escola, a previsão global e sistemática de toda ação a ser desencadeada está presente no
Plano Escolar. Este está envolvido por proposições amplas e gerais, de aprendizagem, ou seja, o plano
curricular e as que ultrapassam a situações específicas do professor, em sua classe, isto é, plano de ensino.
O planejamento de Ensino, alicerçado nas linhas mestras de ação da escola, se constitui em uma
especificação do Planejamento Curricular, por se tratar de um meio utilizado pelo professor para adequar,
à realidade de sua turma, as diversões proposições contidas no plano curricular.
47
O planejamento de Ensino não é apenas um conhecimento teórico ou um esquema racional sobre o
que se deverá fazer em uma determinada situação. É fundamentalmente uma técnica operativa em que se
inter-relacionam os fundamentos teóricos com as exigências de ordem prática e imediata.
Como um processo de tomada de decisões se concretiza em um plano definido de ação do professor e
dos alunos, a fim de tornar o ensino mais produtivo.
Desta forma, o professor que deseja obter um bom desempenho de suas funções precisa elaborar e
organizar seu planejamento, consubstanciando-o em planos de diferentes níveis de complexidade,
conforme a abrangência da ação a ser empreendida.
Assim a grande importância do planejamento do professor reside em:
• Evitar a rotina e a improvisação;
• Contribuir para a realização dos objetivos visados;
• Prever e superar dificuldades;
• Promover a eficiência do ensino, porque é condição essencial para o êxito de todo e qualquer
empreendimento;
• Organizar, antecipadamente, o trabalho docente;
• Garantir maior segurança na direção do ensino;
• Garantir economia de tempo e energia;
• Tornar o ensino mais atraente e adequado à realidade.
Para que o professor possa planejar adequadamente sua tarefa e atender às necessidades do aluno, ele
carece considerar o conhecimento da realidade. Este conhecimento constitui o pré-requisito para o
planejamento de ensino. O levantamento de dados e fatos importantes de uma realidade, que possam ser
interpretados, o que constitui a SONDAGEM.
Uma vez realizada a sondagem, o professor procede ao estudo cuidadoso dos dados coletados, obtendo um
resultado. Esta conclusão a que o professor chega, após a análise dos dados, constitui o
DIAGNÓSTICO.
No que se refere ao planejamento de ensino, compete ao professor tomar decisões quanto aos aspectos
supracitados.
Uma etapa crucial básica é a formulação dos objetivos. Cabe ao professor formular os objetivos em
função dos quais desenvolverá todo o trabalho durante o período letivo. Esses objetivos devem ser
definidos a partir do que for estabelecido no planejamento curricular, levando em conta a comunidade, o
aluno e a matéria de ensino. Portanto, é necessário não perder de vista a realidade da turma em que se vai
atuar, logo, é necessário relacionar os objetivos em nível da capacidade dos alunos. A determinação de
objetivos é importante tanto para o professor quanto para o aluno:
a) Para o professor, na tarefa de direcionar as atividades docentes, de relacionar conteúdos, estratégias e
instrumentos de avaliação;
b) Para o aluno, na percepção do que foi definido como fundamental no curso, do que se espera dele e a
que ponto deverá chegar.
49
Freqüentemente, observamos professores que justificam insucesso de seus alunos com a célebre
expressão: “falta de base”. Esquecem-se de que os alunos, por mais que se empenhem, não têm condições
de atingir determinados objetivos por estarem além de sua capacidade.
De umas décadas para cá, grande ênfase vem sendo dada aos objetivos, pois sem eles a ação da escola não
passaria de um conjunto desordenado e desconexo de aulas (VASCONCELLOS, 2005).
Objetivos de ensino são afirmações que indicam uma desejada mudança de comportamento no aluno.
Ao responder à pergunta: “o que devo ensinar?”, o professor está tratando dos conteúdos
programáticos, que servirão de instrumental para o alcance dos objetivos. Eles constituem a essência do
processo conceitos, princípios que ao receber um tratamento pedagógico transforma-se em conteúdo
programático.
Após elaborar os objetivos e determinar os conteúdos programáticos, é necessário escolher a
estratégia de ensino, isto é, os meios que serão utilizados para facilitar a aprendizagem dos alunos e
conduzi-los em direção aos objetivos.
Para Vilarinho (1994), a seleção de estratégias deve basear-se:
• Nos conteúdos pretendidos
• No nível de desenvolvimento dos alunos
• Nos recursos disponíveis
• Nos critérios de avaliação
• Nos objetivos, no tempo disponível.
Assim, as estratégias escolhidas precisam favorecer o dinamismo das aulas, para se constituírem num
forte elemento de atuação sobre a motivação dos alunos.
Há necessidade de se variar as estratégias de ensino, o que permite atender às diferenças individuais
existentes no grupo de alunos. Se o professor escolhe uma “única maneira de dar aula”, sempre os mesmos
alunos serão beneficiados e os mesmos serão prejudicados, uma vez que não estão sendo atendidos os
diferentes estilos de aprendizagem.
A avaliação deve ser encarada como um processo contínuo, sistemático, integral e cumulativo,
presente em todas as etapas do trabalho escolar, contribuindo para a sua constante melhoria. Sempre que
haja ensino e aprendizagem haverá avaliação.
Avaliar envolve julgamento de valor e, portanto, é imprescindível à tomada de decisões e à
renovação educacional. Ao realizar a avaliação; o professor pode saber se a mudança aconteceu no sentido
e no grau esperados.
4.2.13. CARACTERÍSTICAS DE UM
PLANEJAMENTO DE Todas as atividades planejadas devem manter ENSINO E
PRINCÍPIOS perfeita coesão entre si, convergindo para os UNIDADE
objetivos propostos.
PRECISÃO E CLAREZA
Os enunciados devem ser claros e
precisos, com indicações exatas e
sugestões concretas para o
trabalho a ser realizado.
OBJETIVIDADE
O planejamento deve basear-se em condições
reais e imediatas de local, de tempo, de recursos
e de desenvolvimento dos alunos.
Os esquemas ora sugeridos originam-se de nossas experiências, não significando modelos rígidos a
serem seguidos. Representam pontos de partida, podendo e devendo ser modificados de acordo com os
diferentes momentos e situações.
Observa-se, além disso, que qualquer plano como um trabalho didático, pessoal e criativo, é desenvolvido
em função da realidade de um determinado grupo.
Objetivos Carga de
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• Geral Conteúdos Horária Estratégia Avaliação
• Específicos Programáticos Ensino,
O professor é o responsável pelos resultados de seu próprio ensino. Esses resultados, porém advém
da descrição específica do que ele espera que o estudante possa alcançar depois de vivenciar o processo
ensino-aprendizagem. Dessa forma, ele precisa basear-se em objetivos, porque:
Os objetivos educacionais têm como proposta formulações explícitas das
mudanças que, se espera, ocorram nos alunos mediante ao processo educacional;
isto é, dos modos como os alunos modificam seu pensamento, seus sentimentos e
suas ações (BLOOM, 1974, p.24)..
Dessa forma, ao traçar um objetivo o professor precisa ter clareza do que se pretende e saber e como vai
fazer para trabalhar em cada situação.
Existem diversas classificações de objetivos, que vão desde formulações mais amplas até desempenhos
específicos.
Dessa forma podemos classificar os objetivos em GERAIS e ESPECÍFICOS, em nível de especificação.
OBJETIVOS GERAIS
São os mais complexos, resultados da aprendizagem, alcançados em um período, mais amplo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
São mais simples e alcançáveis em menor tempo; explicitam desempenho observável. Por exemplo:
objetivos da disciplina, de unidade e da aula.
Um objetivo bem definido é aquele que comunica claramente ao aluno a intenção educativa
do professor (LIBÂNEO, 1998, p. 32)
Para formular os objetivos os verbos devem ser usados no infinitivo, porque indicam uma ação a ser
executada.
Sugestões de verbos a empregar na formulação de objetivos:
Analisar, aplicar, argumentar, articular, assinalar, avaliar, caracterizar, comparar, compreender,
construir, criar, criticar, deduzir, definir, desenvolver, identificar pesquisar planejar, propiciar, reconhecer,
selecionar, utilizar e outros.
A escola precisa tomar como objeto de aprendizagem conteúdos de diferentes naturezas, por ser ela
responsável com a formação ampla do aluno. Nesse entendimento, os conteúdos precisam ser abordados
em tr6es grandes categorias: conteúdos conceituais, que envolvem a abordagem de conceitos, fatos e
princípios; conteúdos procedimentais, referentes a procedimentos; e conteúdos atitudinais, que envolvem a
abordagem de valores, normas e atitudes.
Conteúdos Conceituais: refere-se à construção ativa das capacidades intelectuais para operar com
símbolos, idéias, imagens e representações que permitem organizar a realidade, que ocorre, em um
primeiro momento, de maneira eminentemente mnemônica, em que a memorização não deva ser entendida
como processo mecânico, mas como memória significativa. P
Sendo assim, se faz necessário que se considere como uma etapa que torne o aluno capaz de representar
informações de maneira genérica para poder relacioná-las com outros conteúdos. Quando o aluno atribuir
significados aos conteúdos aprendidos e relacioná-los a outros, estamos permitindo que ele aprenda
conceitos. A aprendizagem de conceitos se dá por aproximações sucessivas.
Conteúdos Procedimentais: refere-se aos procedimentos de um saber fazer, que envolve tomar
decisões e realizar uma série de ações, de forma ordenada e não aleatória, para alcançar uma meta. Os
conteúdos procedimentais estão sempre presentes no projeto de ensino, pois uma pesquisa, um
experimento, um resumo, uma maquete são proposições de ações presentes nas salas de aula. Ao ensinar
procedimentos, também, se ensina certo modo de pensar e produzir conhecimento.
Dessa forma, parafraseamos, mais uma vez, Faustine (1998) que assim nos afirma:
55
É preciso analisar os conteúdos referentes a procedimentos não do ponto de vista
de uma aprendizagem mecânica, mas a partir do propósito fundamental da
educação, que é fazer com que os alunos construam instrumentos para analisar, por
si mesmos, os resultados que obtêm e os processos que colocam em ação para
atingir as metas a que se propõem. Por exemplo: para realizar uma pesquisa, o
aluno pode copiar um trecho da enciclopédia, embora este não seja o procedimento
mais adequado. É preciso auxiliá-lo, ensinando os procedimentos apropriados,
para que possa responder com êxito à tarefa que lhe foi proposta. É preciso que o
aluno aprenda a pesquisar em mais de uma fonte, registrar o que for relevante,
relacionar as informações obtidas para produzir um texto de pesquisa (op.cit, p.
92).
II
a) O trabalho docente entendido, como atividade pedagógica do professor desenvolvido junto aos alunos,
busca assegurar o domínio mais seguro e duradouro possível dos conhecimentos científicos.
b) Os aspectos que compõe a Didática, durante a caminhada da teoria até a prática, são sociológicos,
psicológicos e filosóficos.
c) Os objetivos são classificados quanto à especificação, em gerais e específicos.
d) Os fatores sociais assim como os problemas familiares, não interferem na aprendizagem.
e) O planejamento de ensino deve prever os objetivos, conteúdos, procedimentos, recursos e avaliação.
Estão corretas as afirmações das letras:
1) a, b, c.
2) a, b, d..
3) a, b, e.
4) a, b, c, e .
5) a, b, c, d, e.
III) Elabore um planejamento de aula, cujo conteúdo seja coerente ao seu curso.
Tomada de decisão
Avaliar ficou definido como verificar até que ponto os objetivos foram alcançados,
os objetivos são o referencial da avaliação escolar. No campo da educação os
objetivos, são definidos como formulações explícitas das mudanças que se espera
que ocorram nos alunos mediante o processo educacional, isto é, formulações dos
modos como os alunos modificam sus pensamentos, seus sentimentos e suas ações.
(FONTANA, p. 15, 2000)
A separação é mais uma questão de ênfase no conhecimento, nos valores, nos interesses e na ação.
Isto porque, o ser humano necessita ser visto de forma holística, ou seja, global, pois é um ser que pensa,
ama, age e interage.
Oral
dissertativa
PROVAS Escrita objetiva
consulta
Prática real
simulada
Lacuna
Acasalamento (correspondência)
Certo ou errado (falso ou verdadeiro)
Ordenação
Múltipla escolha
Os instrumentos, acima apontados, podem ser usados em quaisquer dos momentos de avaliação (diagnóstica,
formativa e somativa), assumindo características diferentes.
Exercícios Complementares
1) Em geral a avaliação da aprendizagem tem sido uma prática ameaçadora, autoritária e
seletiva. No entanto, se assumida com um instrumento de compreensão do processo de
aprendizagem dos alunos, cuja finalidade maior seja a identificação de caminhos mais eficientes, a
avaliação pode contribuir para o NÃO esforço:
a) Das aptidões.
b) Da autonomia.
c) Da socialização.
d) Das desigualdades sociais.
e) Da integração escola e comunidade.
2) A seguir, estão listados alguns procedimentos que o professor deve adotar para realizar uma
avaliação:
I) Determinar com precisão a área de conhecimento a ser verificada, o aluno deve saber o que
estudar.
II) Estimular o julgamento dos trabalhos pelo aluno ou pela classe, o aluno irá aprendendo a
julgar e perceberá que a nota não é uma arma que o professor usa contra ele.
III) Evitar o acidental e o fator sorte, o aluno deve saber o que vai ser exigido dele e anota deve
expressar rigorosamente o aproveitamento.
IV) Aceitar o resultado como um diagnóstico da sua ação.
Assinale o item que indica os procedimentos corretos, dentre os citados: a)
I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) I, II e III.
e) I, II, III e IV.
3)Professora Rita redigiu, ao final do relatório de seus alunos, algumas características que as consideravam
essenciais, em sua avaliação como:
“Ana é viva demais”. Luís é desorganizado”. .Paulo é desanimado”. “Joana é deficiente”, “Júlia é
mal-humorada”, “Vanessa é tímida demais”, ”Miguel é mal-educado.” “Só Rafael é normal”.
Esta professora entende avaliação como
a) Utilização de critérios adequados para classificar os alunos.
63
b) Identificação de características individuais dentro de turmas heterogêneas.
c) Atribuição de rótulos que contribuem para exclusão dos alunos.
d) Constatação de diversidade para repudiar as atitudes de preconceito racial.
e) Reconhecimento das diferenças para valorizar as vivências dos alunos.
4) Apesar da avaliação da aprendizagem ser de responsabilidade do professor, não significa que seja
dele a função de avaliar. Delegá-la aos alunos, em determinados momentos, é uma condição didática
necessária para a construção de instrumentos de auto-regulação para diferentes aprendizagens. A
avaliação da aprendizagem que tem por objetivo levar o aluno a refletir sobre seus deveres e seu
envolvimento com as tarefas escolares e a tomar consciência de seu desempenho como estudantes
denomina-se a) Auto-avaliação.
b) Avaliação externa.
c) Avaliação somativa.
d) Avaliação cooperativa.
e) Avaliação contínua.
8) Após, concluído o estudo do tema selecionado, o professor avaliou que aprendizagem tinha sido
realizada com sucesso, além de ter havido interesse e participação entusiasmada dos alunos, entre
outras razões, pelo fato de que esteve presente, na situação descrita, o aspecto:
a) Sociorganizacional, ou seja, a aprendizagem foi facilitada pelos critérios de organização das turmas, que
consideravam o desempenho escolar.
b) Sociocomunicacional, isto é, o entrosamento entre os alunos e funcionários favoreceu uma relação
harmoniosa em sala de aula.
c) Socioemocional, referente às relações interpessoais entre professor e alunos e às normas disciplinares
indispensáveis ao trabalho docente.
d) Sociocognitivo, relativo à boa forma de construção dos conhecimentos escolares por professor e alunos.
I) Sóciopolítico, relativo ao grau de conscientização envolvido necessariamente no
5) Quais as características acima um projeto pedagógico de gestão democrática e participativa deve,
necessariamente, apresentar?
a) I e II.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
6) Estudando o folclore brasileiro, um professor estabeleceu os seguintes objetivos:
1. Identificar as origens do folclore brasileiro.
2. Participar voluntariamente de eventos para divulgação do folclore brasileiro.
3. Executar ritmos folclóricos usando seu próprio corpo.
3) “Classe não é auditório para o aluno e tribuna para o professor: é oficina em que se pensa, debate,
manipula, pesquisa, constrói" (Lauro de Oliveira Lima).
A estratégia para estudo de um assunto que está mais de acordo com essa proposição é:
64
a) interpretação de textos sobre o assunto, sistematização feita pelo professor e exercícios escritos.
b)pesquisa do assunto em textos variados, organização de resumos e exercícios escritos.
c)pesquisa do assunto em fontes variadas, discussão em grupo e registro de conclusão.
d)síntese do assunto no quadro-de-giz, explicação oral e registro.
e)exposição oral do assunto, leitura de textos e questionário.
4) “Os meios de comunicação alterando o meio ambiente, alteram a nossa percepção sensorial,
sob formas novas e originais”. A “extensão de algum sentido, em particular, muda a nossa maneira
de pensar e agir - o modo pelo qual percebemos o mundo” (Mac Luhan)
De acordo com a opinião de Mac Luhan, podemos afirmar que, na sociedade moderna, em relação ao
uso de recursos materiais de ensino, o professor deve:
a) utilizar recursos variados e selecionados, de acordo com os alunos e o tipo de informação a
transmitir.
b) ilustrar suas aulas utilizando variados recursos de comunicação, para torná-las mais
interessantes.
c)utilizar álbum seriado para acompanhar suas explicações em relação a qualquer assunto.
d)utilizar recursos didáticos variados que explorem todos os sentidos dos alunos.
e)usar material audiovisual em qualquer atividade de ensino.
5) Um professor de 8ª série, aplicando uma avaliação diagnostica no início do ano, verificou que a
maioria dos alunos não dominava totalmente os conteúdos da disciplina estudados na série anterior.
O procedimento que o professor utilizará para superar essa dificuldade é:
a) Recordar, com todos os alunos, o programa da 7ª série só depois iniciar o estudo dos novos conteúdos.
b) Começar o estudo dos conteúdos de 8ª série, usando material de objetivação e tirando as dúvidas que
surgirem.
c) Ensinar novamente os conteúdos da série anterior, pois são pré-requisitos para a aprendizagem dos novos
conteúdos.
d) Desenvolver o programa de 8ª série normalmente., pois ele não é responsável pelo que ocorreu no ano
anterior.
e) Trabalhar diversificadamente em grupo atendendo às dificuldades evidenciadas e iniciar, depois, o programa
de 8ª série..
6) Durante os encontros para a preparação do ano letivo em uma escola, alguns tópicos foram
considerados como os mais importantes. Dentre estes, destaca-se o conhecimento da realidade dos
estudantes e, por isso, no planejamento das atividades, foi preciso levar em conta:
a) A realidade expressa nos programas escolares estabelecidos.
b) A vivência limitada das pessoas de grupos sociais minoritários.
c) O meio ambiente das classes mais favorecidas daquela região.
d) O contexto sociocultural específico da realidade dos alunos.
e) O modelo social idealizado pelos pais dos alunos da escola.
7 ) A prática escolar distingue-se de outras práticas educativas, como as que acontecem na família,
no trabalho, n mídia, no lazer e nas demais formas de convivência social, por construir uma ação: a)
planejada, intencional e ocasional.
b) espontânea, ocasional e assistemática.
c) sistemática, iintencional e planejada.
e) sistemática, ocasional e intencional.
d) assistemática, planejada e espontânea.
8) No trabalho do professor a avaliação constitui uma tarefa didática e permanente que deve
acompanhar o processo ensino-aprendizagem. Assim, uma das funções pedagógicas da avaliação é:
a) verificar as falhas existentes e definir providências a serem tomadas.
b) verificar o quanto cada aluno aprendeu através do uso do instrumento de medida.
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c) organizar os alunos em grupo para lhes dar orientação mais adequada dentro da turma.
d) realizar um diagnóstico do processo educativo, buscando aprimorá-lo.
e) cumprir uma formalidade legal dando conceitos aos alunos, ao final de cada bimestre.
9) Analise as afirmativas abaixo e assinale com (V) nas corretas e com (F) nas falsas:
a) De umas décadas para cá, grande ênfase vem sendo dada aos objetivos, pois sem eles a ação da escola não
passaria de um conjunto desordenado e desconexo de aulas. ( )
b) Para que o professor possa planejar adequadamente sua tarefa e atender às necessidades do aluno, de levar
em consideração dados e fatos importantes da realidade do aluno. Esse conhecimento constitui o pré-
requisito para o planejamento, sendo conhecido como sondagem. ( )
c) Os componentes do planejamento de ensino são: os objetivos, os conteúdos programáticos, as estratégias
de ensino e a avaliação. ( )
d) Quanto ao domínio os objetivos se classificam em cognitivos, afetivos e psicomotores.
e) Um objetivo bem definido é aquele que comunica claramente ao aluno a intenção educativa do
professor. ( )
a) O trabalho docente entendido como atividade pedagógica do professor, desenvolvido com os alunos busca
assegurar o domínio mais seguro e duradouro possível dos conhecimentos científicos.
b) Sabemos que para o sucesso de nossas práticas pedagógicas, uma das condições é a coerência e a
seqüência lógica dos conteúdos.
c) Os objetivos são classificados quanto à especificação em gerais e específicos.
d) Os fatores sociais, como problemas familiares, não interferem na aprendizagem.
e) O planejamento de ensino deve prever os objetivos, conteúdos, procedimentos, recursos e avaliação.
Estão corretas as afirmações das letras:
1) a, b, c.
2) a, b, d.
3) a, b, e.
4) a, b, c, e.
5) a, b, c, d, e.
12) Elabore um planejamento de aula, cujo conteúdo seja coerente ao seu curso.
66
Unidade VII - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A falta desses elementos poderá torna-se um obstáculo na elaboração e na implantação do Projeto Político
Pedagógico para a escola.
Logo, é fundamental que saibamos: a implantação de um Projeto Político Pedagógico enfrenta sempre a
descrença dos que pensam que nada adianta projetar para se ter uma boa escola.
Nesse sentido, enquanto não existir pressão dos “de baixo”, a vontade política e o pensamento da prática
dos “de cima” não se modificará.
Segundo Moretto (2006) o Projeto Político Pedagógico são princípios e metas que a escola deve
constituir em um verdadeiro processo de conscientização e de formação cívica, portanto necessita ser um
processo de recuperação pela importância e necessidade do planejamento da educação.
Tudo isso exige, certamente, uma educação voltada para a cidadania e autonomia, por serem hoje
categorias estratégicas de construção de uma sociedade melhor em torno das quais há freqüentemente o
consenso (FREIRE, 1998).
67
O Projeto Político Pedagógico precisa ser feito baseado numa ética, visto como instrumento de
transformação, na medida em que expressa o compromisso do grupo em uma caminhada.
Sendo assim, tanto o dirigente pode cobrar coerência do dirigido como o dirigido pode cobrar do
dirigente, como dos companheiros entre si, em que as críticas carecem tornar parte do cotidiano para
superar as contradições. Somente, assim, temos, então, como finalidades do Projeto Político Pedagógico:
• Aglutinar pessoas em torno de uma causa comum;
• Ser um canal de participação efetiva;
• Dar um referencial de conjunto para a caminhada.
• Ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola;
• Ser um instrumento da realidade;
• Colaborar na formação dos participantes.
Qualidade de ensino pressupõe a consciência clara do projeto educacional ou projeto global da
instituição e do projeto político pedagógico que a instituição oferece, e, por conseqüência, a relação harmoniosa
entre os mesmos.
Quando uma instituição busca definir e programar seu projeto pedagógico, com uma identidade
e diferenciação em relação às demais instituições, necessariamente passa aglutinar o Projeto Pedagógico Político
da escola (MORETTO, 2005).
Nestes termos, falar de projeto educacional é falar da política institucional, do todo, da
globalidade com a qual os projetos guardam profunda articulação.
O Projeto Político Pedagógico de uma escola é o conjunto de diretrizes e estratégias que expressam e orientam a
prática pedagógica.
Não pode ser confundido com currículo: vai além, pois é a própria concepção da escola.
Assim, um Projeto Político Pedagógico não é a mera reorganização curricular, mas um
reposicionamento institucional, diante da realidade e do desenvolvimento da área de conhecimento do curso e
face às condições institucionais.
Envolve, portanto, um processo de reflexão sobre a escola e a criação ou proposição de condições efetivas de
qualidade.
Em termos gerais, o objetivo de um Projeto Político Pedagógico é possibilitar à reflexão crítica sobre a prática
educativa da instituição, no sentido de reformular seus cursos com vistas à melhoria do ensino.
Vasconcellos (2005) ressalta quem termos específicos, um Projeto Político Pedagógico tem
como objetivo:
a) Analisar, criticamente, o modelo do curso existente;
b) Estruturar ou reestruturar o currículo pleno do curso;
c) Caracterizar o perfil do aluno que se deseja formar e que seja capaz de atender às necessidades
pessoais;
d) Criar mecanismos de avaliação permanente, no sentido da correção das distorções e da melhoria da
qualidade do ensino, afim de que não erremos na hora de escolher a filosofia que irá nortear o
processo pedagógico em nossa prática pedagógica, faremos uma explanação de cada uma delas:
Atividades Complementares:
2) A equipe de uma escola pública propôs-se a elaborar o projeto pedagógico da instituição com as
seguintes características:
I) A participação de todos os atores envolvidos na comunidade escolar;
II) Expressão da cultura local;
III) Manifestação de um conjunto de princípios e práticas visando a uma nova realidade; IV)
Determinação dos objetivos e formas de avaliação referente ao PPP.
4) Além de constituir uma exigência formal, contida inclusive na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, o projeto pedagógico revela-se uma necessidade cotidiana das instituições
educativas e um instrumento eficaz para implementação de suas ações.
Nessa perspectiva, o projeto pedagógico caracteriza-se, essencialmente, como:
FREIRE, Paulo. Medo e ousadia: cotidiano do professor: São Paulo: Paz e Terra, 1990.
______. Professor sim & tia não: cartas a ousar. São Paulo: Olho d’Água, 1993.
FUSARI, Maria Felisminda. Tecnologias de comunicação na escola e elos com a melhoria das relações
sociais: perspectivas para a formação de professores mais criativos na realização desse compromisso.
Tecnologia educacional.v.22 (112/113) Jul/Out,1993.
MARES GUIA, Walfrido. Perspectivas para a educação. In: Perspectivas da educação brasileira.
Fórum de ciência e cultura, UFRJ, 1994.
MAURY, Liliane. Freneit e a pedagogia. São Paulo: Martins Fontes, 1996
MORAN, José Manuel. A escola do amanhã: desafio do presente – educação, meios de comunicação e
conhecimento. Tecnologia Educacional. São Paulo. v.22 (113-114) jul/out. 1993
MORETTO, V.Prova: um momento privilegiado de estudo não um acerto de contas. Rio de Janeiro, DP&A, 2002
PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense, 1969. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
VALENTE, Vânia Cristina pires Nogueira. Novas tecnologias mudam métodos tradicionais de ensino.
UNESP?Bauru: Pólo Computacional, s/d (mimeo).
WALLON, H: Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Isabel Galvão. Ed. Vozes, 1995.