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1-O que é a quitação?

R: A quitação é considerada a prova do pagamento e consiste em um documento em que o


credor ou seu representante, reconhecendo ter recebido o pagamento de seu débito, exonera
o devedor da obrigação.

2-O que é a purgação da mora?

É uma forma de extinção da mora do devedor e consiste na situação em que o devedor realiza
a prestação e a indemnização moratória tardiamente e o credor recusa-se a receber. Há aqui a
inversão da mora, passando a ser mora do credor nos termos do 813º

3-Pactos de preferência e relações existentes ?

É a convenção através da qual alguém (o obrigado a preferência) se obriga a escolher outrem


( preferente) como contraente , na mesmas condições em que negociadas com 3º, no caso de
decidir contratar. 414º … o direito de preferência é intransmissível 420º

O obrigado à preferência deve comunicar ao preferente o projecto e as cláusulas do


respectivo contrato e o preferente tem 8 dias pra decidir sobre a celebração do contrato sob
pena de caducidade416º

Sendo vários os preferentes, a preferência só pode ser exercida por todos em conjunto, se
apenas 1 poder exercer e não se saber quem deve abrir-se licitação o excesso reverte para o
alienante , se alguém recusar o seu direto se acresce aos dos outros nos termos do 419º

4-Tipos de danos?

Em sentido REAL avaliação em abstracto ( dano de cálculo) das utilidades que eram objecto
de tutela jurídica, o que implica a sua indemnização através da reparação do objecto lesado
ou da entrega de outro equivalente.

Em sentido PATRIMONIAL frustração de uma utilidade susceptível de avaliação pecuniária, o


prejuízo se repercute na esfera patrimonial.

EMERGENTE quando há prejuízo em bens/direitos já existentes na titularidade do


lesado.564º/1

LUCRO CESSANTE os benefícios que o lesado deixou de obter por causa do facto ilícito, mas
que ainda não tinha na data da lesão 564º/1

PRESENTE o que já se encontra verificado no momento da fixação da indemnização

FUTURO os que ainda não se verificaram desde que sejam previsíveis 564º/2

NÃO PATRIMONIAL prejuízo que ocorre no âmbito pessoal do lesado e não é susceptível de
avaliação pecuniária (desgosto, dor) 496º

5-Elementos / requisitos da gestão de negócios ?

Assunção na direcção de negócio alheio: negócio alheio é sinónimo de interesse alheio e este
pode ser pessoal ou patrimonial.
Actuação no interesse e por conta do dono do negócio : Agir no interesse do dominus
significa que essa gestão deve satisfazer uma necessidade sua/ feita em seu proveito
proporcionando-lhe uma vantagem ou evitando-lhe um prejuízo. Há que haver o animus
aliena negotia gerendi, ou seja, intenção de proporcionar os benefícios provindos da gestão
para a esfera do dono, pois se o gestor intervém em seu próprio interesse conscientemente
acarretando para si os benefícios da sua intromissão em neg alheio há aqui uma gestão
imprópria de negócios, tratando-se de enriquecimento sem causa 471º/1 resolvida no âmbito
da responsabilidade civil 465º/a)/criminal.

Falta de autorização : não há qualquer relação jdca entre o dono e o gestor que confira ao
gestor o direito de intervir como no caso de mandato, poder paternal, assistência…

6-Elementos/ requisitos do enriquecimento sem causa 473.º?

Enriquecimento aumento do activo patrimonial com a recepção de uma prestação indevida


ou a redução do passivo do enriquecido( ou mesmo não haver variações em nenhum dos dois
como no caso de poupança de despesas). Então será enriquecimento:

(1) A aquisição de direitos subjectivos,

(2) A extinção de situações passivas,

(3) A poupança de despesas,

(4) A obtenção da faculdade de disposição sobre um bem alheio,

(5) A obtenção de posse e de vantagens patrimoniais não materiais.

Obtido à custa de outrem a vantagem conseguida pertence a outra pessoa, e essa vantagem
pode ser directa ou indirecta(583º). Ao enriquecimento directo ou indirecto(583º) injusto de
alguém corresponde o empobrecimento de quem requer a restituição, a vantagem obtida
pertence a outra pessoa.

Sem causa justificativa ou porque nunca teve, ou porque foi perdida. Trata-se da falta de
fundamento para o enriquecimento entrar na esfera jurídica do enriquecido o que justifica a
sua restituição, portanto, não têm causa a prestação que carece de obrigação e o
enriquecimento que deve pertencer a outra pessoa.

Inexistência de outro meio de reacção contra o enriquecimento 474º pois, como tem carácter
subsidiário, é afastado em algumas situações:

*sempre que ao empobrecido é atribuído outros meios de ser indemnizado/restituído


(invalidade- a própria declaração de invalidade tem efeito retroactivo 289º, gestão de
negócios, responsabilidade civil, revogação, resolução 801º/2)

*quando a lei nega o direito à restituição ( usucapião 1287ºss, prescrição 300ºss e aquisição de
frutos pelo possuidor de boa fé 1270º/1)

*quando a lei atribui outros efeitos ao enriquecimento sem causa(1273º/1)

*quando o efeito era impossível e o autor sabia disso(475º)

Mas esses meios podem não possibilitar a reversão de tudo quanto deva ser restituído 494º
onde não havendo dolo a indemnização pode ser inferior ao dano(nos casos em que o
enriquecimento é superior ao dano). Mas pode suceder que a restituição por enriquecimento
supera a indemnização, nesse caso o lesado pode invocar o enriquecimento sem causa a seu
favor pois a responsabilidade civil pode não reparar tudo quanto tiver sido obtido à custa de
outrem.

7-Tipos de contratos existentes?

FORMAIS a sua forma é prescrita por lei, NÃO FORMAIS bastam-se com um simples acordo de
vontades

NOMINADOS têm uma denominação legal que corresponde com os seus elementos essenciais,
INOMINADOS os elementos essenciais do contrato não se deixam reconduzir ao nome fixado
na lei.

TÍPICOS quando a lei fixa o seu regime jurídico, ATÍPICOS não têm regime jurídico próprio.

SINALAGMÁTICOS/BILATERAIS existe uma prestação e uma contraprestação, se é ao mesmo


tempo credor e devedor, NÃO SINALAGMÁTICOS/UNILATERAIS apenas uma das partes é a
obrigada.

ONEROSOS há atribuições patrimoniais para as partes, GRATUITOS apenas uma das partes
retira vantagens, suportando a contraparte os sacrifícios 940º

COMUTATIVOS todas as atribuições patrimoniais encontram-se certas, ALEATÓRIOS pelo


menos uma das atribuições patrimoniais é incerta, ficando subordinada a um acontecimento
futuro(álea).

MISTOS fundem-se os regimes de 2+ contratos t´picos/parcialmente típicos. Podem ser


combinados (uma das partes vincula-se a uma contraprestação global reconduzível a 2+ tipos
contratuais 1022º e 1023º) , de tipo duplo ou geminados( quando à prestação de um
contraente corresponde uma contraprestação do outro mas de um tipo contratual diferente),
comulativos ( utiliza-se a estrutura de um dado tipo contratual como plataforma para alcançar
uma finalidade característica de outro tipo contratual), complementares ( fundem-se
elementos essenciais de um tipo contratual com elementos acessórios de outro tipo
contratual)

UNIÃO DE CONTRATOS quando os contratos mantêm a sua individualidade e os vários regimes


a eles aplicados não se fundem, mas cumulam-se. E pose ser externa (2+ contratos ligados
acidentalmente por terem sido celebrados simultaneamente pelos mesmos sujeitos ou por
constarem do mesmo documento), interna (quando há uma dependência entre ele, ficando
um dependente da verificação do outro) e alternativa (quando verificada determinada
condição, um dos contratos some e o outro declara-se celebrado)

COM EFICÁCIA REAL os que constituem/ transmitem direitos reais 408º

REAIS exigem a entrega da coisa 669º, CONSENSUAIS não exigem necessariamente a entrega
da coisa 879º

8-Posição adoptada em sede do nexo de causalidade?

CAUSALIDADE ADEQUADA: não basta que o facto cause o dano, deve se averiguar a
adequação abstracta do facto à produção do dano tendo em conta um juízo de prognose
póstuma colocando um bónus pater famílias no lugar do lesante onde exige-se que em termos
de probabilidade a condição deve se revelar idónea para gerar o dano. 363º
9-Princípio do nominalismo?

Visando as obrigações pecuniárias proporcionar ao credor o valor correspondente às espécies


monetárias entregues, que possa ser utilizado como meio geral de troca, há que determinar
qual o valor a que essas espécies monetárias devem ser referidas. A moeda além do valor
nominal, facial ou extrínseco, corresponde à quantidade de bens que pode adquirir (valor de
troca interno) ou à quantidade em moeda estrangeira pela qual pode ser trocada (valor de
troca esterno).

Em, períodos de inflação ou deflação, o valor de troca da moeda pode sofrer alterações entre
o momento de constituição da obrigação e o momento do cumprimento, levando a que a
entrega das espécies monetárias já não tenha correspondência com o valor de troca que a
moeda possuía no momento da constituição da obrigação. A lei resolve este problema, dando
preferência ao valor nominal da moeda para efeitos do cumprimento art. 550º.

10-Solidariedade passiva, relações internas e externas?

Solidariedade passiva: Qualquer um dos devedores está obrigado perante o credor a realizar a
prestação integral. A realização da prestação integral por um dos devedores libera todos os
outros devedores em relação ao credor (art. 512.º), adquirindo depois aquele devedor um
direito de regresso sobre os outros devedores para exigir a parte que lhes compete na
obrigação (art. 524.º)

Solidariedade activa: qualquer um dos credores poder exigir do devedor a prestação integral. A
realização integral da prestação por dos credores libera o devedor no confronto com todos os
credores (art. 512.º), embora o credor que recebeu mais do que lhe compete esteja obrigado a
satisfazer aos outros a parte que lhes cabe no crédito comum (art. 533.º)

11-Princípio da equiparação do contrato de promessa?

Apesar da autonomia entre os dois contratos, a lei não deixou de sujeitar, em princípio, o
contrato-promessa ao mesmo regime do contrato definitivo (410º/1) Efectua-se uma extensão
do regime do contrato definitivo ao contrato-promessa, sujeitando-se este, em princípio, às
mesmas regras que vigoram para o contrato definitivo. O princípio da equiparação é objecto
de duas excepções (410º/1):

- as disposições relativas à forma: ao contrato-promessa é atribuída uma forma menos solene.

- as disposições que pela sua razão de ser não devam considerar-se extensivas ao contrato-
promessa: pois não se harmonizam com a natureza do contrato-promessa.

12-Obrigações alternativas diferença com as com faculdades alternativas?

Nas ALTERNATIVAS o devedor pode escolher dentre as duas ou mais prestações diferentes a
que ele pretende efectuar, havendo assim, 2 ou + prestações indeterminadas.

Nas COM FACULDADE ALTERNATIVA o devedor, embora já esteja individualizada a prestação a


efectuar, ele pode optar por substituí-la, havendo apenas uma prestação.

13-Obrigações puras?

São aquelas cujo cumprimento pode ser exigido ou realizado a todo tempo 777º/1 (constitui a
regra pois o devedor só entra em mora após ser interpelado pelo credor 805º/1)
14-A retrofiança?

Consiste numa fiança destinada a garantir o eventual crédito que o fiador venha a adquirir
sobre o devedor em consequência da sub-rogação legal que se opera caso venha a satisfazer
essa obrigação 644º e 592º.

O fiador pode, para prestar a fiança, exigira que lhe seja prestada uma garantia adicional
relativa ao crédito em que ficará investido no caso de vir a ser chamado a cumprir a sua
obrigação, assim, o retrofiador não assume qualquer vinculação perante o primitivo credor,
mas apenas perante o fiador e apenas na hipótese de ele vir a ser sub-rogado no crédito sobre
o devedor. Está sujeita ao regime do 627ºss

15-Impossibilidade nas obrigações alternativas quando a escolha pertencer a terceiro e a


responsabilidade não for imputável às partes?

Nos termos do 545º a obrigação fica limitada às prestações ainda possíveis, tornando-se a
escolha irrevogável nos termos dos 549º e 542º

16-Nas Obrigações com pluralidade de sujeitos um dos devedores pode fazer a prestação de
forma integral ou por partes?

Sim, pois no âmbito das obrigações conjuntas cada devedor só responde pela parte que lhe
cabe e nas obrigações solidarias cada devedor pode responder pela totalidade da dívida 512º

Consequências da mora do credor e do devedor?

Do devedor:

• Obrigação de indemnizar os danos causados ao credor 804º/1,806º


• Inversão do risco pela perda/deterioração da coisa devida ficando a cargo do devedor
807º/1

Do credor:

• Obrigação de indemnizar por parte do credor 816º


• Atenuação da responsabilidade do devedor 814º
• Inversão do risco pela perda e deterioração da coisa 815º/1

17-Diferença entre prestações fracionadas e duradouras?

Nas fraccionadas o cumprimento é efectuado por partes, a prestação já está previamente


definida apenas se cumpre por partes e o não pagamento de uma das partes implica o
vencimento das restantes 781º. Já as duradouras o tempo modela a prestação sendo que a
sua execução se estende no tempo sem interrupção durante um período de tempo ou
repetem-se em prestações singulares sucessivas com intervalos regulares 1038º/a)

No contrato-promessa de trabalho pode se lançar mão a execução específica?

Não, pois a prestação da actividade labora é pessoal (está intimamente ligada a pessoa do
devedor) e é espontânea e admitir a execução específica seria transformá-la em
imperativamente imposta.
18-Quais são os direitos do consumidor?

Direitos à anulação 917º, reparação/substituição da coisa 914º. Redução do preço 911º e


913º, indemnização no caso de simples erro 915º, cumprimento coercivo 918º e de garantia
ao bom funcionamento da coisa 921º.

19-Diferença entre Princípio do curso legal e o princípio do nominalismo?

- Princípio do curso legal: significa que o cumprimento das obrigações pecuniárias se deve
realizar com espécies monetárias a que o Estado reconheça função liberatória genérica, cuja
aceitação é obrigatória para os particulares.

- Princípio do nominalismo monetário: Visando as obrigações pecuniárias proporcionar ao


credor o valor correspondente às espécies monetárias entregues que possa ser utilizado como
meio geral de troca, há que determinar qual o valor a que essas espécies monetárias devem
ser referidas. A moeda além do valor nominal corresponde à quantidade de bens que pode
adquirir (valor de troca interno) ou à quantidade em moeda estrangeira pela qual pode ser
trocada (valor de troca externo).

20-Incumprimento defeituoso, consequências e efeitos?

Ocorre quando o devedor, embora realizando uma prestação, essa não corresponde
integralmente à obrigação a que se vinculou, não permitindo assim a satisfação adequada do
interesse do credor 762º/1 e não se verificando a liberação do devedor e por isso: ou o
devedor entra em mora 804º( perda do interesse pelo credor), ou se verifica o incumprimento
definitivo 808º; não ocorre nenhuma dessas situações se o cumprimento defeituoso se
verificar antes do vencimento da obrigação e o devedor reparar os efeitos ou substituir a
prestação antes do vencimento, sendo que o ónus da prova cabe ao devedor 799º/1

21-Incumprimento definitivo, consequências e efeitos?

Ocorre quando o devedor não realiza a prestação no tempo devido por facto que lhe é
imputável, mas ele já não pode realiza-la a posterior pois o credor perdeu o interesse na
prestação ou fixou depois da mora um prazo suplementar de cumprimento que o devedor
desrespeitou 808º.

Tem como consequência a constituição do devedor em responsabilidade obrigacional pelos


danos causados ao credor 798º, verifica-se a extinção do dever de prestar em virtude de uma
conduta ilícita e culposa do devedor ele é obrigado a indemnizar. 798º o facto ilícito
corresponde à violação de uma obrigação, essa não execução tem que ser imputável ao
devedor, acrescendo assim à ilicitude a culpa como pressuposto da responsabilidade
obrigacional.

22-É possível existir outros direitos no contrato a favor de terceiro além do direito de
crédito?

Essa atribuição patrimonial consiste normalmente na realização de uma prestação (443º/1),


mas pode igualmente consistir na liberalização de uma obrigação, ou na cessão de um crédito,
bem como na constituição, modificação, transmissão ou extinção de um direito real (443º/2)

23-Diferença entre Dever de prestar e dever jurídico?

O dever jurídico é uma obrigação que alguém tem de cumprir uma norma jurídica, enquanto o
dever de prestar é o contrapolo do direito de crédito. Em outras palavras, o dever jurídico é
uma obrigação de não fazer algo que é proibido por lei, enquanto o dever de prestar é uma
obrigação de fazer algo que é exigido por lei

24-Quais são as modalidades das obrigações estudadas?

Obrigações naturais, em função do tipo de prestação (de coisa, facto, fungível, infungível,
instantâneas, duradouras, de resultado, de meio, determinada, indeterminada)

Obrigações genéricas, alternativas, pecuniárias (de quantidade, de moeda específica, de


moeda estrangeira e de juros), conjuntas, solidárias e plurais indivisíveis

1- Interesse contratual positivo e negativo ?

O 1º visa colocar o credor na situação que estaria se o contrato fosse pontualmente


cumprido, visando uma previsão do futuro

O 2º visa colocar o credor frustrado na situação em que estaria se o contrato não tivesse sido
concluído, volta-se ao passado de modo a compensar o credor pelos gastos

2- Efeitos da cessão de créditos ?

A) Efeitos em relação às partes a) A transmissão do crédito do cedente para o cessionário b) A


transmissão das garantias e acessórios do crédito c) A transmissão das excepções d) A garantia
prestada pelo cedente e) A obrigação de entrega de documentos e outros elementos
probatórios do crédito

B) Efeitos em relação ao devedor: s apenas produz efeitos em relação ao devedor, desde que
lhe seja notificada, ainda que extrajudicialmente, ou desde que ele a aceite (583º/1). Se o
devedor, antes da notificação ou aceitação, por ignorar a cessão de créditos, pagar ao cedente
ou celebrar com ele algum negócio relativo ao crédito, quer o pagamento, quer o negócio têm
efeitos sobre o crédito, podendo inclusivamente produzir a sua extinção, e esses efeitos são
oponíveis ao cessionário, excepto se ele demonstrar que o devedor tinha conhecimento da
cessão (583º/2). r. Sendo a obrigação solidária, parece que a notificação deve ser efectuada a
todos os devedores, já que um devedor não notificado poderia cumprir perante o credor,
sendo o efeito extintivo comunicado a todos os devedores, mesmo notificados, por força do
artigo 523º. O devedor pode opor ao cessionário, ainda que este o ignorasse, todos os meios
de defesa que lhe era lícito invocar contra o cedente, com ressalva dos que provenham de
facto posterior ao conhecimento da cessão (585º)

C) Efeitos em relação a terceiros: o produz efeitos independentemente de qualquer


notificação, pelo que, a partir da sua verificação, os credores do cessionário podem executar o
crédito ou exercer a acção sub-rogatória. Há, no entanto, um caso em que a eficácia da cessão
em relação a terceiros depende da notificação ao devedor ou da sua aceitação por este, o que
consiste na situação de o crédito ser cedido a mais do que uma pessoa. Neste caso, a lei
determina prevalece a cessão que primeiro tiver sido notificada ao devedor ou por este tiver
sido aceite (584º), sendo assim a notificação ou aceitação pelo devedor o factor que determina
qual dos diversos cessionários irá efectivamente adquirir o crédito
3- Diferença entre incumprimento definitivo e impossibilidade objectiva?

O incumprimento definitivo é uma situação em que o devedor não cumpre a obrigação de


forma definitiva e irreversível. Já a impossibilidade objetiva é uma situação em que o
cumprimento da obrigação se torna impossível por motivos alheios à vontade do devedor

4- Uma coisa pode ser objecto de um contrato promessa?

Não, pois o objecto da promessa é a realização do contrato definitivo

5- Quando é que o pacto de preferência pode ter eficácia real?

Quando respeitante a bens imóvel ou móveis sujeitos a registo constar em escritura pública e
estiver registado podem as partes atribuir eficácia real 421º

6- diferença entre sinal e cláusula penal ?

No sinal exige-se a entrega da coisa fungível, na cláusula penal o montante só ingressa na


titularidade do promitente fiel após o incumprimento definitivo da promessa

7- Diferença entre garantia geral e direito à garantia ?

A garantia geral é o patrimônio do devedor que constitui a garantia geral das obrigações. Já o
direito à garantia é um direito do consumidor que garante a reparação ou substituição de
produtos defeituosos

8 - Excepção de não cumprimento (muita atenção a esta pergunta, ler página 24 (?) do
segundo volume)

Encontra-se prevista no artigo 498º fazendo com que seja lícita a recusa de cumprimento, o
que impede a aplicação do regime de mora e naturalmente do incumprimento definitivo.
Tendo havido estipulação de prazos certos diferentes para o cumprimento das prestações, um
dos contraentes obriga-se a cumprir em primeiro lugar, o que implica uma renúncia da sua
parte à excepção de não cumprimento do contrato e a consequente constituição em mora
pelo decurso do prazo (805º/2 – a), com a excepção das situações, em que algumas
circunstancias importem a perda do beneficio do prazo (780º)

9- causas de exclusão da culpa?

erro desculpável: sempre que a actuação do agente resulte de uma falsa representação da
realidade, que não lhe possa, em face das circunstâncias, ser censurada. 338.º

medo invencível: ocorre sempre que a actuação do agente tenha sido provocada por um
medo que ele não conseguiu ultrapassar sem que tal lhe possa, em face das circunstâncias, ser
censurado. Ex: excesso de legítima defesa. 337.º, nº 2

desculpabilidade: sempre que embora não se verificando medo nem erro, em face das
circunstâncias do caso não lhe fosse exigível comportamento diferente.

10- Distinção entre sub- rogação e assunção de dívidas

A sub-rogação ocorre quando, cumprida uma obrigação por terceiro, o crédito respectivo não
se extingue, mas antes se transmite por efeito desse cumprimento para o terceiro que realiza a
prestação ou forneceu os meios necessários para o cumprimento
assunção de dívida consiste na transmissão singular através de negócio jurídico celebrado com
terceiro.

1-O que é a quitação?

R: Documento que faz prova do cumprimento da obrigação.

1a) Coisas futuras.

R: São coisas inexistentes, não autonomizadas, ou não se encontrando na disponibilidade

do sujeito.

2-O que é a purgação da mora?

R: é a situação em que o devedor se apresenta tardiamente para realizar a prestação e vem


com a devida indemnização moratória; nesse caso o credor está vinculado a receber sob pena
de inversão da mora;

3- Quais são os requisitos legais da Prestação ?

R: a) possibilidade física e legal (ex: vender verbalmente um imóvel// levantar 500kg com as

mãos); b) determinabilidade; c) Não contrariedade a ordem pública e aos bons costumes;


d)licitude.

4- Defina Obrigações Naturais

R: São aquelas que se fundam num mero dever moral e social (402.°) cujo cumprimento não é

judicialmente exigível, mas corresponde a um dever de justiça. O credor conserva a prestação

espontaneamente realizada, sendo proibida a repetição do indevido.

5-Elementos / requisitos da gestão de negócios ?

R: Intervenção em negócio alheio; b) a falta de autorização; c) gestão por conta do


beneficiário.

6-Elementos/ requisitos do enriquecimento sem causa?

R: enriquecimento ; b) enriquecimento injustificado; c) a custa do património de outrem; d) a

inexistência de outro meio de solucionar a situação.

7-Tipos de contratos existentes?

R: Quanto a forma; Quanto ao modo de formação; Quanto aos efeitos; Contratos Mistos;
União de Contratos.

8-Posição adoptada em sede do nexo de causalidade?

R: Teoria da Condição Adequada ou da Causalidade Adequada.

9-Princípio do nominalismo?

R: encontramos este princípio nas obrigações pecuniárias de quantidade; segundo este


princípio a prestação em dinheiro deve cingir-se no valor nominal da moeda no momento do

seu cumprimento.

10-Solidariedade passiva, relações internas e externas?

R: O cumprimento da obrigação por um dos devedores exonera os outros, passando a ter, o

devedor que os exonerou o direito de regresso para com os demais devedores. (Relações

internas)

11-Princípio da equiparação do contrato de promessa?

R: Com excepção da forma e as situações que pela natureza não possam ser aplicadas ao

contrato promessa, aplicam-se ao contrato-promessa as regras relativas ao contrato definitivo,

ou prometido.

12-Obrigações alternativas diferença com as com faculdades alternativas?

R: Nas obrigações de faculdade alternativa há apenas uma prestação, podendo o devedor

substituir o objecto. Nas obrigações alternativas há duas prestações distintas podendo ser

escolhida uma.

13-Obrigações puras?

R: São aquelas que o credor pode exigir o pagamento a qualquer momento e o devedor pode

cumprir a obrigação a qualquer momento. Ou seja, não têm estipulado um prazo de

cumprimento. Neste tipo de obrigações a mora do devedor dá-se com a interpelação judicial

ou extrajudicial.

14-A retrofiança?

R: Consiste numa fiança destinada a garantir o eventual crédito que o fiador venha a adquirir

sobre o devedor em consequência da sub-rogação que se opera caso venha a satisfazer essa

obrigação (644.° e 592.°). Enquanto que o subfiador é aquele que afiança o fiador perante um

credor.

15-Impossibilidade nas obrigações alternativas quando a escolha pertencer a terceiro e a

responsabilidade não for imputável às partes?

R: Caberá o devedor realizar a prestação que ainda é possível. Podendo o credor escolher se

prefere uma indemnização ou a prestação. Pois, o risco corre por conta do devedor.

16-Nas Obrigações com pluralidade de sujeitos Um dos credores pode fazer a prestação

de forma integral ou por partes?

15.a) Consequências da mora do credor e do devedor?


R: A mora do devedor tem como consequências:

a) A obrigação de indemnização

b) A inversão do risco de perda ou deterioração da coisa

17-Diferença entre prestações fracionadas e duradouras?

R: As duradouras são aquelas que são realizadas de forma regular sem interrupções. Podem

ser periódicas ou continuadas., Ao contrário das instantâneas que se realizam numa só

prestação podem ser integrais ou fraccionadas., A diferença entre as duradouras periódicas e

as fraccionadas é que nestas só há uma prestação cujo valor global é subdividido em várias

partes; nas periódicas há várias prestações.

17.a) No contrato-promessa de trabalho pode se lançar mão a execução específica?

R: Pela natureza não seria possível devido a natureza pessoal da relação de trabalho. Assim
teria apenas a outra parte o direito a indemnização por incumprimento. A execução específica
é um meio de realização coativa da prestação e tem como objecto:

a) a obrigação de contratar (830.°);

b) prestação de facto positivo fungível;

c) entrega de coisa determinada.

18-Quais são os direitos do consumidor?

R: Direito a informação; lealdade;

19-Diferença entre concurso legal e o princípio do nominalismo?

20-Incumprimento defeituoso, consequências e efeitos?

R: Haverá cumprimento defeituoso quando o devedor, embora realizando uma prestação, está

prestação não corresponde integralmente à obrigação a que se vinculou, não permitindo assim

a satisfação adequada do interesse do credor.

O cumprimento defeituoso pode resultar em a) mora do devedor; b) incumprimento definitivo.

Poderá sempre o devedor corrigir se estiver dentro do prazo.

21-Incumprimento definitivo, consequências e efeitos?

R: a) perda do interesse do credor.

22-É possível existir outros direitos no contrato a favor de terceiro além do direito de

crédito?

23-Diferença entre Dever de prestar e dever jurídico?

24-Quais são as modalidades das obrigações estudadas?

R: Obrigações genéricas; Obrigações alternativas; Obrigações Pecuniárias; Obrigações de


Juros;

1- Interesse contratual positivo e negativo

2- Efeitos da cessão de créditos

R: O contrato de cessão de créditos transferirá inteiramente o crédito passando o cessionário a

ser o único credor, salvo estipulação em contrário das partes; b) o cedente deve transferir ao

cessionário todos os documentos probatórios do crédito de que não tenha interesse legítimo;
c)

são transferidas as garantias excepto aquelas ligadas a pessoa do cedente e o devedor poderá

opor todas as excepções que tinha face ao antigo credor.

3- Diferença entre incumprimento definitivo e impossibilidade (Exemplo de prestação

que se tenha tornado impossível)

R: No incumprimento a prestação ainda é possível no momento da prestação, na

impossibilidade a prestação já não é possível no momento do cumprimento.

Há incumprimento definitivo quando sendo ainda possível, o credor perde interesse na

prestação.

4- Uma coisa pode ser objecto de um contrato promessa?

5- Quando é que o pacto de preferência pode ter eficácia real?

6- diferença entre sinal e cláusula penal

R: Cláusula penal é o convenção das partes na fixação do montante exigível na indemnização

(810.°). A estipulação desse montante destina-se a estipular as consequências do

incumprimento ou da mora no cumprimento de determinada obrigação. É acessória à


obrigação

principal. (810°). Já o sinal realiza-se com a entrega de quantia que servirá como meio

sancionador do incumprimento sendo que se for da parte de quem deu o sinal o perderá e se
for

da parte que o recebeu terá de retribuir em dobro. 442.°.

7- Diferença entre garantia geral e direito à garantia

R:

8 - Exceção de cumprimento (muita atenção a esta pergunta, ler página 24 (?) do segundo

volume)

R: É excepção de não cumprimento a não entrega simultânea da contraprestação no momento

do cumprimento.
9- causas de exclusão da culpa

R:

10- Distinção entre sub- rogação e assunção de dívidas;

R: A sub-rogação consiste na situação mediante a qual o terceiro que efectua o cumprimento

de uma obrigação ou fornece os meios adquire por meio desta o respectivo crédito. Já a

assunção da dívida consiste no acto em que um terceiro assume a dívida com ou sem

consentimento do devedor originário, de um crédito.

11- Distinção entre gestão representativa e não representativa;

R: Na gestão representativa o gestor celebrar contratos em nome do dono devendo este

retificadoras que tenha eficácia.,, já na gestão não representativa o gestor celebra contratos
em

nome próprio sendo que a posterior transferirá os direitos adquiridos e as obrigações ao dono

do negócio.

12- Alienidade objetiva e subjetiva;

13-Além dos dtos de créditos, podem ser transferidos outros dtos no pacto de preferência?

R:

14- Requisitos da cessão de créditos;

R: a) um negócio jurídico de transferência de crédito; b) a notificação ao devedor; c) a não

verificação de impedimentos legais.

15- Contratos típicos e atípicos: regime jurídico.

R:

16- Modalidades das obrigações quanto ao lugar do cumprimento

R: Obrigações de colocação; Obrigações de envio e Obrigações de Entrega.

1- como se extingue a mora do devedor e do credor?

Hamilton Benjamim Francisco António.

Att: É expressamente proibido o uso deste material para fins fraudulentos.

R: A mora do devedor extingue-se por: a) acordo das partes; b) purgação da mora que é a

situação em que o devedor se apresenta tardiamente para realizar a prestação e vem com a

devida indemnização moratória; nesse caso o credor está vinculado a receber sob pena de

inversão da mora; c) transformação da mora em incumprimento definitivo para ué pode se

dar pela perda do interesse que deve ser avaliada objectivamente e a intimação admonitório
que é o prazo suplementar com aviso ao devedor sobre a decretação de incumprimento

definitivo caso não cumprir com o prazo razoavelmente ficado.

2. Quais as obrigações que não admitem a mora?

R: a) São as obrigações de conteúdo negativo que são definitivamente violadas com a

realização de qualquer acção proibida.

b) as obrigações em relação as quais seja estipulada um prazo essencial de cumprimento, que

não pode ser ultrapassado sem a perda de interesse do credor. Nesses casos a não realização
da

prestação dentro do prazo torna-a inútil para o credor e acarreta por isso, o incumprimento

definitivo da obrigação.

3- pressupostos do princípio da obrigação patrimonial

R:

4. Diferencie mora ex re de mora ex persona

R: É a mora das obrigações puras que depende que a interpelação seja feita judicial ou

extrajudicialmente; tem de haver um acto jurídico de natureza não negociar a praticar pelo

credor. Já a mora ex re depende apenas da verificação de factos objectivos como: (805.°)

a) A obrigação ter prazo certo;

b) Provier de facto ilícito;

c) O devedor impedir a interpelação

d) O devedor declarar que não tenciona cumprir a obrigação.

5. Quais os requisitos da mora do credor?

R: a) A recusa ou não realização pelo credor da colaboração necessária para o cumprimento;

b) a ausência de justificação para essa recusa ou essa ausência.

6. Quais são os efeitos da mora do credor?

R: São eles:

a) Obrigação de indenizar

b) Atenuação da responsabilidade do devedor

c) Inversão do risco pela perda da coisa ou deterioração.

6. Fale sobre as garantias das obrigações.

R: Elas podem ser gerais representadas pelo patrimônio do devedor; ou especiais quando um

credor adquire preferência no pagamento.


São meios de conservação da garantia:

a) Acção de nulidade

b) A acção sub-rogatória- actua sobre as omissões do devedor em exercer os seus direitos

contra terceiros.

c) Impugnação pauliana – actua sobre a actuação do devedor em diminuir a garantia

patrimonial; impossibilitar o credor de receber satisfação integral do crédito ou agravar

essa impossibilidade;

d) O arresto – que consiste na apreensão dos bens do devedor; segue o regime da penhora.

Em relação a terceiros a impugnação pauliana confere ao credor um direito de restituição dos

bens alienados pelo devedor e uma obrigação de indemnização do devedor ao terceiro.

São garantias pessoais – A caução, a fiança – segundo o qual o terceiro assegura o

cumprimento da obrigação do devedor, com o seu próprio património.

7. Fale sobre as obrigações com pluralidade de sujeitos.

R: Elas podem ser conjuntas ou parciárias quando cada devedor cumpre apenas com a parte

que lhe compete perante ao credor ou credores; e cada credor exigi apenas a cada devedor a

parte que lhe compete(786 n°3). .

Solidárias caracteriza-se pelo facto de: 512.°

i) Qualquer um dos devedores estar obrigado perante ao credor a realizar a prestação

integral (solidariedade passiva)

ii) ou qualquer um dos credores poder exigir do devedor a prestação integral

(solidariedade activa)

iii) ou ainda qualquer um dos credores poder exigir a qualquer um dos devedores a

prestação devida por todos os devedores perante todos os credores (solidariedade

mista).

8. Fale sobre as obrigações plurais indivisíveis

R: Simples, só pode ser exigido o cumprimento de todos os devedores e não de apenas um,

dada a natureza da coisa. Excepto se for convencionado entre eles o regime da solidariedade aí

sim se pode exigir de apenas um.

9. Distinga contratos nominados e inominados típicos e atípicos

R: Nominados que têm um nomen iuris uma designação jurídica; típicos que têm o seu regime

na lei.
Distinga contratos comutativos de aleatórios

R: Nos comutativos as prestações são certas (contrato oneroso); nos aleatório apenas uma das

prestações é certa ex: jogo de aposta; contrato de seguro.

10. Distinga enriquecimento por prestação, enriquecimento por despesa, enriquecimento

por intervenção.

R: Por despesa desenrola-se em enriquecimento por incrementa o valor da coisa é

enriquecimento por pagamento de dívidas alheias.

11. Gestão de negócios julgado próprio e gestão imprópria.

R: Na gestão de negócios julgado próprio é aquela em que o gestor assume a direcção de um


negócio na convicção de ser dele., não há aqui o conhecimento da alienidade e faltando a
intenção de intervenção não pode ser reconduzida a gestão de negócio, porém a lei permite a
sua recondução desde que ratificada pelo dono.

Já na gestão imprópria o gestor tem consciência de ser alheio o negócio, mas o gere em
proveito próprio.

A ratificação é o acto mediante o qual o dono se apropria dos efeitos jurídicos dos negócios
celebrados pelo gestor em nome daquele.

Na gestão representativa o gestor age em nome do dono por isso que a transferência da
situação jurídica dá-se por meio da ratificação. Já na gestão não representativa assume o
regime do mandato não representativo ( 1180.°) em que o gestor celebra os contratos em
nome próprio tendo que posterior transferir para o dono, a partir de um negócio alienatório
específico os direitos.

Quanto as obrigações poderá assumir por Assunção da dívida ou entregar a quantia para o
gestor as pagar.
1. Pressuposto da gestão de negócios
2. Conceito d gestão de negócios
3. Distinção entre garantia geral e direito a garantia
4. Diferença entre dtos reais e dtos de créditos
5. Requisitos da obrigação pecuniária
6. Modalidade de assunção de dívida
7. Regime da assunção de dívida
8. Causa/extinção do negócio jurídico
9. Postulados da responsabilidade patrimonial
10. Princípio da restituição do enriquecimento sem causa
11. Falar da compensação
12. Pressuposto da compensação
13. Incumprimento definitivo e os seus efeitos
14. Quando se verifica o cumprimento defeituoso
15. Quando é que o devedor entra em mora
16. Modalidades das obrigações
17. Impugnação da mora
18. Responsabilidade por perda de chance
19. Efeitos da mora
20. Pressupostos da mora
21. Extinção da mora
22. Consequências da mora

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