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Índice

Introdução ..................................................................................................................................... 1
Teoria das Restrições (TOC) .......................................................................................................... 2
TOC e o enfoque sistémico ....................................................................................................... 2
Crítica á contabilidade de Ganhos............................................................................................. 4
Diferença entre a TOC e ABC..................................................................................................... 5
Exercícios Propostos.................................................................................................................. 6
Conclusão ...................................................................................................................................... 7
Referências bibliográficas ............................................................................................................. 7
Introdução
Este trabalho é de carater avaliativo para a disciplina de MIC, curso de Economia e
Gestão, Licenciatura, segundo ano, submetido à Faculdade de Educação e Comunicação.
Neste trabalho, discutiu-se a aplicação da teoria das restrições nas organizações,
explorando conceitos básicos e exemplos práticos. Compartilhamos ideias e perspectivas
para reflectir sobre como usar a teoria para obter melhores resultados.

A teoria das restrições é uma abordagem sistemática para identificar e eliminar gargalos
em uma organização. Discutiu-se como a teoria pode ajudar nossas empresas a alcançar
seus objectivos. A teoria das restrições e uma metodologia que visa maximizar o
desempenho do sistema produtivo por meio da identificação e eliminação das restrições
ao fluxo de produção. Ela foi desenvolvida por Eliyahu Goldratt na década de 80 e é
aplicada em diversos setores.

A TR assume que todo sistema tem uma restrição, ou gargalo, que limita sua capacidade
total. A identificação e eliminação dessas restrições e fundamental para a melhoria
continua do processo produtivo.

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Teoria das Restrições (TOC)
A teoria das restrições , conhecida como TOC, de Theory of Constrains, vem sendo
bastante divulgada desde meados da década de 1980. Ela trata da identificação de
restrições (gargalos) dos sistemas produtivos com o objetivo de otipmizar a produção
nesses pontos e, assim, maximizar o lucro da empresa.

A TOC apoia-se nos seguintes pressupostos principais:

 Todo sistema possui, no mínimo, um fator de restrição;


 O conhecimento do valor da margem de contribuição por unidade de fator
limitante é mais importante que o conhecimento da margem de contribuição por
unidade produzida;
 O custo de mão de obra é fixo, assim como são fixos todos os custos indiretos;
 Capacidade ociosa é desejável nos recursos que não representem restrições ou
gargalos; e
 deve-se administrar o equilíbrio do fluxo do processo, não a capacidade dos
recursos etc.

TOC e o enfoque sistémico


Pode-se dizer que, no conceito da TOC, qualquer empresa é vista como um sistema.

Segundo ferreira (2008), "um sistema (TOC) é um conjunto de elementos entre os quais
exista uma relação de interdependencia, cada elemento dependera do outro de alguma
forma, e o desempenho global do sistema também dependerá dos esforços conjuntos de
todos os seus elementos" (p. 229).

Golddratt criou um processo de melhoria contínua baseado nessse raciocínio.


Esse processo é a base para as metodologia da TOC. Seus passos são:

 identificar as restrições do sistema;


 decidir como explorar as restrições do sistema;
 subordinar tudo o mais à decisão de explorar as restrições do sistema
 elevar as restrições do sistema;
 se, em um passo anterior, uma restrição foi quebrada, voltar ao passo 1.
Mas não permitir que a inércia se torne uma restrição do sistema (Ferreira,
2008, p. 229).

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Assim, para se tomar boas decisões, é preciso responder a três perguntas:

 quanto de recurso é gerado pela empresa;


 quanto de recurso é capturado pela empresa;
 quanto de recurso deve ser gasto para operá-la.

Para golddratt é importante conhecer os conceitos básicos da TOC, com isso, pode-se
considerar que o ganho é o recurso gerado pela empresa.

O ganho tem dois lados, o da receita e o dos custos totalmente variáveis (CTV). O uso
dos termos custo e variável pode levar-nos a fazer confusão com as medidas da
contabilidade de custos. CTV é aquele montante despendido quando um produto a mais
é vendido. O exemplo mais claro do CTV são os custos de matéria-prima; para cada
unidade vendida a mais do produto, incorre-se no valor de sua matéria-prima. Outras
coisas podem ser classifcadas como CTV, dependendo da natureza da operação da
empresa. Se a variação do custo for directamente proporcional a variação do volume de
produção, então trata-se de um CTV, e deve ser subtraida do preço de venda do produto
para se calcular o ganho unitário.

Ganho de um produto = 𝑃𝑉 − 𝐶𝑇𝑉 e Ganho de uma empresa = Ganho total de todos os


seus produtos.

O ganho é a unica das três medidas que está diretamente relaccionada com os produtos.
Quanto ao inventário, essa medida não tem qualquer relação com as medidas contadas
tradicionais de estoque em processo e estoque de produtos acabados. Para a TOC, não há
valor adicional ao produto, pois, por essa visão, o enteresse não é o produto, mas a
empresa (Ferreira, 2008, p.229).

Ferreira (2008), ao referir-se da despesa operacional:

Considerar-se que "é o que intuitivamente é compreendido como todo o recurso que
temos de colocar constantemente dentro da máquina para mover suas engrenagens". A
despesa operacional deve ser analisada caso a caso e não ser considerada, simplesmente,
como uma despesa fixa, até porque a TOC não classifica as despesas em fixas e variáveis;
o que importa é somente se são totalmente variavies ou não (p.229).

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Pode-se relacionar a TOC e as decisões gerenciais analizando o resultado das seguintes
equações:

𝐿𝐿 = 𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 − 𝐷𝑂
𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 − 𝐷𝑂
𝑅𝑆𝐼 =
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜
Quanto maior for a relação entre o lucro líquido e o inventário, maior o retorno e mais
completa a meta foi atingida.

Crítica á contabilidade de Ganhos


A TOC é persuasiva e logicamente correta dado o problema que ela foi criada para
resolver. Esse problema é como maximizar o ganho quando a empresa tem uma quantia
fixa de recursos, quando suas despesas e gastos para o próximo período (excluindo
materiais) já foram determinados, quando seus produtos já foram criados, quando seus
preços já foram definidos, e quando os pedidos dos clientes jáforam recebidos. Não
estamos dizendo que os pressupostos por trás da TOC não sejam válidos. Eles são
excelente aproximação da realidade para o problema no qual a TOC foi criada para
resolver: a programação de curto prazo de gargalos e a escolha de curto prazo do mix de
produtos. A maior crítica à contabilidade gerencial da TOC é que ela visa tão-somente o
curto prazo.

Ferreira (2008) refere que:

Uma empresa é composta por vários sectores, cada qual com funções distintas:
Produção, mensuração de resultados, levantamento de dados e outros. Essas equipes
apontam restrições e ociosidades. De posse dessas informações, uma empresapode
aumentar Seu ganho sem elevar a despesa operacional, pois sabe exactamente onde tem
flexibilidade para aumentar o volume de produçao e a variedade de produtos (p.231).

A capacidade do sistema deve ser gerenciado, e os limites de capacidade devem ser


levadas em consideração no processo de tomada de decisão. As limitações de capacidade
de um sistema são suas restrições, portanto, para gerenciar com mais efectividade a
capacidade do sistema, uma empresa precisa identificá-las e controlá-las. Gerenciando as
restrições do sistema, é possível controlar custos e aumentar ganhos.

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No mundo globalizados, a competitividade exige que as estratégias não sejam voltadas
apenas para o curto prazo. Dessa forma, uma empresa também deve considerar suas
restrições futuras, podendo, inclusive, se for extrapolado, escolher onde gostaria que
ocorressem. Assim poderia obter um controlo mais seguro da sua lucratividade e do
retorno dos seus investimentos.

Diferença entre a TOC e ABC


O ABC esta baseado no pressuposto de que a maximizacao do uso de todas as actividades,
conduzira a maior lucratividade. A TOC afirma o oposto: altas eficiências locais levam
a uma baixa eficiência do Sistema como um todo. Consequentemente, o ABC requer que
uma empresa colete dados sobre o uso de todos os seus recursos e actividades para
assegurar-se que cada um esteja sendo usado com eficiência.

Portanto, uma empresa que opera com a TOC não pode ter altas eficiências locais em
todos lugares. Por exemplo, se uma organização é vista como um sistema, maximizar o
uso de qualquer recurso e actividade não seria recomendável, pois, em um sistema, há
recursos/actividades restritivos e não restritivos. Só nos pontos restritivos é que altas
eficiências são recomendáveis. Os recursos e actividades não-restritivos não devem ter
alta eficiência. Algumas actividades e recursos devem operar abaixo do seu potencial para
assegurar ótimo desempenho global.

Os direcionadores de custo do ABC são medidas de eficiência local que induzem os


gerentes a otimizar o uso de cada actividade na busca pela otimização global.

Oque os defensores do ABC podem afirmar que, aumentando a eficiência de uma


actividade, estamos criando oportunidades futuras para:

 Reduzir custo, eliminando a capacidade em excesso criada pelo aumento de


eficiência;
 Aumentar o ganho, usando essa capacidade em excesso para vender mais
produtos/serviços.

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Exercícios Propostos
1. Descreva o método da contabilidade de ganhos, enfocando suas principais
característica e aplicabilidade?
2. Faça uma comparação entre o método da contabilidade de ganhos e o
método ABC.
3. Tomando como base os dados das tabelas E-1 e E-2, responda as seguintes
questões:
1. Calcule a relação custo-eficiência (RSI).
2. Oque se pode dizer acerca desse índice?
3. Qual produto devera ter sua fabricação incentivada? Justifique sua
resposta.
4. Apure o inventario final dos produtos 1 e 2.
Tabela E-1- Relação custo X eficiência

Produto 1 Produto 2 Total

Preço $366,45 $309,57

CVT $244,30 182,10

QV 250 220

DO $46.864,72

Tabela E-2 Demonstração do Inventário


Produto 1 Produto 2

Quantidade p.u. Quantidade p.u.

Estoque inicial 265 $ 183,23 230 $ 136,58

Produção 240 $ 195,44 235 $ 145,68

Baixas por 250 220


vendas
Estoque final 255 245

Fonte: Ferreira, 2008.

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Conclusão
Chegados ao final deste trabalho conclui-se que, a teoria das restrições e uma metodologia
eficiente para identificar gargalos e melhorar a eficiência do processo produtivo. Sua
aplicação pode resultar em redução de custos, melhoria da qualidade do produto e
aumento da satisfação do cliente. No entanto, a aplicação da TR deve ser cuidadosamente
avaliada, considerando as limitações que podem surgir durante o processo. E fundamental
envolver todos os colaboradores na aplicação da TR e garantir que eles compreendam os
benefícios e objectivos da metodologia.

O principal objectivo dessa teoria e encontrar a restrição dos sistemas que os impede de
alcançar maiores lucros. Assim, a TOC é composta de um processo de aprimoramento
continuo a ser aplicado nos processos de produção por meio de um raciocínio que
identifique e busque sempre minimizar. O principal objectivo de tratamento dos custos
pela teoria das restrições (TOC) é oferecer apoio á tomada de decisões gerenciais.

Referências bibliográficas
Ferreira, J.A.S. (2008). Contabilidade de custos (3ª.ed.). São Paulo, Brasil: Pearson

Martins, E. (2010). contabilidade de custos (10ª.ed.). São Paulo, Brasil: atlas

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