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Florianópolis
2019
Ficha de identificação da obra
Agradeço aos meus pais, Edimar e Izolete, que sempre me apoiaram, servindo de
exemplo e motivação, possibilitando a oportunidade de estudar em boas escolas e concluir a
graduação em uma universidade federal. Em especial, à minha mãe, que durante sua trajetória
sempre incentivou o estudo e a busca pelo conhecimento, tanto dela quanto da família. Ao meu
irmão, pelos anos em que dividimos o peso e o desafio de morar longe de casa.
À minha orientadora Luciana Rohde, pela confiança depositada em mim desde antes
da orientação deste trabalho. Seu profissionalismo, paciência e dedicação durante o processo
de elaboração.
Ao meu namorado Mateus, pelo companheirismo e apoio durante toda a graduação e
ao longo do desenvolvimento dessa pesquisa.
Aos membros da banca examinadora, por aceitarem o meu convite e acrescentarem
conhecimento e informação a essa pesquisa.
Aos colegas do LabTrans, que durante esses 4 anos, não só me proporcionaram todos
os dias o crescimento enquanto profissional, mas também um ambiente agradável de amizade
e cooperação.
Às colegas de equipe e ao técnico de Handebol do Desterro Lions que vivenciaram
comigo momentos únicos de comprometimento e descontração. Amizades que o esporte
proporcionou e que serão para a vida.
E por fim, a todos aquele que, embora não tenham sido citados, me auxiliaram de
alguma forma na realização dessa pesquisa.
RESUMO
Planning the road system is a traffic engineering’s responsibility. It occurs trough appraisal of
the existing road infrastructure and by planning new ones, in order to provide a suitable
performance, making sizing and required use compatible. This study aimed to obtain
information in order to determine the performance of the SC-401 highway, located in
Florianópolis, based on Highway Capacity Manual 2010 methods. The influence of the tourist
territory on the volume of vehicles was also considered through the analysis in diferents periods
of the year, titled as high and low season. The method is one of the most used methodologies
for assessing the capacity and level of service on rural and urban highways. The demand
obtained through traffic counting the state, was estimated for the levels of service evaluation,
in current and future scenarios, also studying the expansion of the highway capacity. The
segment under study was divided into sections, which allowed the analysis of current highway
conditions, as well as showing the urgency of road planning the city. The highway traffic
forecast evaluated the importance of constructions to increase capacity, since the vehicles flow
on the segment should be larger than the capacity supported by the SC-401. The methodology
used allowed to obtain the evaluation of the level of service and capacity during the analysis
period.
DEINFRA – DEPARTAMENTO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 15
OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................................... 16
Velocidade ................................................................................................................. 22
Densidade .................................................................................................................. 22
Capacidade ................................................................................................................ 27
Capacidade ................................................................................................................. 36
4 RESULTADOS ......................................................................................................... 65
CENÁRIO ATUAL - 2018 ........................................................................................ 65
5 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 87
RECOMENDAÇÃO PARA TRABALHOS FUTUROS .......................................... 88
15
1 INTRODUÇÃO
Assim como outras vias, a SC-401 apresenta desempenho aquém do esperado durante
sua utilização. Entre os métodos mais aplicados na literatura para a determinação da capacidade
das rodovias, o presente trabalho apresenta o estudo da capacidade e nível de serviço da rodovia,
enquanto via de fluxo ininterrupto e segundo o método Highway Capacity Manual 2010 (HCM
2010), nos períodos de alta e baixa temporada, analisando ainda, possíveis cenários futuros com
ampliação da capacidade da rodovia.
Por se tratar de um trabalho de conclusão de curso, houve limitações para a realização
do estudo, tendo como exemplo recursos humano e financeiro limitados e a realização da
pesquisa de tráfego em anos anteriores à elaboração do estudo. Ademais, os limitantes devido
ao método HCM 2010, desenvolvido com foco nas rodovias estadunidenses. As limitações do
estudo resultaram na simplificação e adaptação do trabalho, as quais são descritas no decorrer
do mesmo.
OBJETIVOS DA PESQUISA
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
CARACTERÍSTICAS DE TRÁFEGO
Volume de tráfego
O volume de tráfego é definido como o número total de veículos que passam por uma
seção de uma via, ou de uma determinada faixa, durante um uma unidade de tempo. Seus
valores são expressos comumente em veículos/dia (vpd) ou veículos/hora (vph). (DNIT, 2006).
19
Desta forma, para definir o volume de tráfego são analisados todos os veículos que circulam
pela via, no sentido da análise, ou em ambos, dependendo do objetivo a ser estudado.
A medição utilizada mais frequente é o Volume Médio Diário (VMD), determinado
pela média dos volumes de veículos que circulam durante 24 horas em um trecho de via. De
maneira geral, os volumes médios dizem respeito a um período representativo, o qual, salvo
indicação em contrário, é de um ano (VMDa).
Os valores de VMD podem ser referentes aos seguintes intervalos de tempos, tais
quais:
Volume médio diário anual (VMDa): total de veículos que trafegam em um
ano dividido por 365 dias;
Volume médio diário mensal (VMDm): total de veículos que trafegam em
determinado mês dividido pelo número de dias do mês. Normalmente, se faz
acompanhado do nome do respectivo mês;
Volume médio diário semanal (VMDs): total de veículos trafegando em uma
semana dividido por sete dias. Deve constar o nome do mês a que se refere;
Volume médio diário em um dia de semana (VMDd): total de veículos que
trafegam em um dia de semana. É aconselhável que se refira ao dia da semana
e ao mês;
Volume médio diário horário (VMDh): número total de veículos trafegando
num período de 24 horas por determinada seção de via dividido por 24 horas.
Os recursos que podem ser obtidos dos usuários de uma via dependem, entre
outros fatores, da composição do seu tráfego.
4 15
(1)
Onde:
FHP = fator horário de pico
Vhp = volume da hora de pico
V15max = volume do período de quinze minutos com maior fluxo de tráfego dentro
da hora de pico
Velocidade
Densidade
D
Vmt
(2)
23
Onde:
D = Densidade (veic/km)
Fmt = Fluxo médio no trecho em (veic/h)
Vmt = Velocidade média no trecho (km/h)
f=v×D
(3)
modelo de Greenshields (ANDRADE, 2012) pressupões uma relação linear entre v e D, o que
faz com que as relações f-v e D-f sejam representadas por parábolas, conforme será apresentado
a seguir.
Segundo o modelo, ao comparar a velocidade (v) à densidade (D), percebe-se que a
velocidade de uma via diminui com o aumento da densidade. Sendo assim, partindo da
velocidade de fluxo livre (FFS) e aumentando os valores de densidade, atinge-se a densidade
ótima (Do) da via. Após alcançar esse valor, a densidade pode seguir em ascensão, entretanto,
a velocidade (v) decresce.
Conforme mostrado na Figura 1, o fluxo inicia-se normal, passando para um fluxo
forçado após os valores de densidade ótima (Do).
Por fim, a relação entre o fluxo (f) e a densidade (d), apresentada na Figura 3, evidencia
que um aumento na densidade acarreta no aumento do volume, até atingir o ponto de fluxo
máximo, a partir do qual ele diminui com o aumento da densidade, resultando em formações
de filas e congestionamentos.
26
outras. Ademais, o agrupamento dos dados possibilita a obtenção de séries temporais para a
análise de tendência de crescimento do tráfego e variações de volume (DNIT, 2006).
As contagens podem ser divididas em contagens globais ou direcionais. Nas contagens
globais são registrados os números de veículos que circulam por um trecho de via,
independentemente do sentido de tráfego, agrupados em classes. As principais utilizações
acontecem no cálculo de volumes médios diários, preparação de mapas de fluxo e determinação
de tendências do tráfego. Já as contagens direcionais são registradas os números de veículos
por sentido de tráfego. Sua empregabilidade abrange cálculo de capacidade, determinação de
intervalos de sinais, previsão de faixas adicionais em rampas ascendentes, dentre outras.
Destaca-se ainda que a classificação dos veículos será de acordo com as necessidades
do estudo e o desmembramento das categorias será conforme a quantidade de eixos existentes,
tanto para veículos leves como para veículos de carga.
Capacidade
De acordo com o TRB (2010), a capacidade de uma rodovia é definida pelo HCM
como a quantidade máxima esperada de veículos que cruzam uma determinada seção da rodovia
durante um período de tempo em que as condições predominantes de tráfego, de controle e as
características geométricas da via não se alteram significativamente. Salienta-se que a
capacidade não é determinada como a maior taxa de fluxo observada em determinado sistema
ou elemento viário, mas sim com taxas de fluxo que podem ser atingidas repetidamente em
condições prevalecentes da via, tráfego, clima e controle.
Segundo o DNIT (2006), o objetivo da determinação da Capacidade de uma rodovia é
quantificar o seu grau de suficiência para acomodar os volumes de trânsito existentes e
previstos, permitindo a análise técnica e econômica de medidas que asseguram o escoamento
daqueles volumes em condições aceitáveis. Por conseguinte, é expressa através do número
máximo de veículos que podem percorrer determinada faixa de tráfego ou trecho durante um
período de tempo estabelecido e sob condições existentes da via e do trânsito.
28
Nível de serviço
necessidade de, ainda na fase de projeto, estimar o volume de veículos que deverá incidir sobre
a rodovia no horizonte de sua vida útil, faz-se imprescindível realizar o acompanhamento da
evolução do volume de tráfego após o início da operação da rodovia.
Os modelos diretos de previsão de demanda são úteis para estimar a demanda para
novas estratégias ou projetos de transportes como suporte à tomada de decisão quanto a
mudanças que podem ser implantadas em planos de curto e médio prazo. Estes modelos
compreendem dois tipos de estimativa da demanda: incondicional - não vinculada a outras
variáveis, utilizando séries históricas; e condicional - vinculada a variáveis que podem ter
influência sobre o comportamento desta, por exemplo: tarifa, renda, população e produção,
entre outras (BARCELLOS, 2013).
A estimativa incondicional da demanda é aquela realizada a partir de uma série
histórica dispondo de três tipos de projeção: linear, geométrica, linha de tendência e logística.
É denominada incondicional porque a estimativa é baseada no comportamento observado
durante um período de tempo e não se relaciona com nenhuma outra variável.
Dn = Do (1 + na)
Dn = demanda no ano base “n”
Do = demanda no ano base
a = taxa de crescimento anual
n = número de anos decorridos após o ano base
Dn = Do (1 +
Dn = demanda no ano base “n”
Do = demanda no ano base
a = taxa de crescimento anual
31
Y = a +bX
Y = demanda (volume, viagens, etc.)
X = variável independente
Y = a +a1x1 + a2x2.........anxn
x1, x2.....xn = variáveis condicionadas
Apesar das restrições que apresenta, a projeção por taxa fixa é largamente utilizada no
Brasil, pelo fato de que na maioria das vezes não se dispõe das informações necessárias para
aplicação de modelo mais elaborado.
Samboni (2014) escreve que, o rendimento de uma via urbana pode ser descrito em
termos da mobilidade e da acessibilidade que proporciona aos seus usuários. Assim, o grau de
mobilidade é quantificado em termos de medidas operativas de eficácia, como, velocidades de
deslocamentos ou taxas de viagem, já o grau de acessibilidade se pode quantificar em termos
de densidade dos pontos de acesso e a conectividade da rede.
O estudo de capacidade viária tem como objetivo compreender o comportamento do
sistema viário, a fim de se prever os efeitos causados por modificações nas características da
demanda e/ou da oferta do sistema de transportes. Trata -se de uma das mais importantes
ferramentas disponíveis na engenharia de tráfego, uma vez que permite avaliar alternativas,
através de ferramentas de análise de desempenho, que visam obter um melhor equilíbrio entre
a oferta viária e a demanda de tráfego, conforme ilustrado na Figura 5 (FRATAR, 2015).
Figura 5 – Relação de equilibro entre a Demanda e a Oferta nas análises das rodovias
O manual é uma publicação que reúne as investigações feitas nos Estados Unidos, para
a análise de vias, contendo conceitos e procedimentos de cálculo para estimar a capacidade e
qualidade do serviço das instalações viárias. Por esta razão, outras pesquisas foram
desenvolvidas, buscando verificar a adequação das metodologias do manual americano para as
condições existentes em outros países, como no caso da realidade brasileira.
Nas condições de rodovias de fluxo ininterrupto, o HCM 2010 apresenta procedimento
de cálculo de verificação de capacidade e nível de serviço para 5 (cinco) tipos de segmentos de
rodovias, sendo:
Duas faixas: não dividida, com duas faixas, cada uma usada pelo tráfego em
uma direção. Manobras de ultrapassagem são limitadas através de brechas na
corrente de tráfego oposta e também pela avaliação de distância suficiente e
segura para ultrapassagem.
Múltiplas faixas: apresenta duas ou mais faixas por sentido, contando com
separador físico central ou não. Inexistente controle de acesso e saída,
prejudicando o fluxo e tornando a performance desse tipo de rodovia diferente
das freeways.
Básico de freeway: são rodovias de faixas múltiplas de alto padrão, que operam
necessariamente com divisória central física, e nas quais há total controle dos
acessos, na forma de dispositivos especialmente construídos para a entrada e
saída de veículos.
Entrelaçamento de freeway: é definido como um cruzamento de dois ou mais
fluxos de tráfego que viajam na mesma direção ao longo de um comprimento
significativo da rodovia sem o auxílio de dispositivos de controle de tráfego.
Os segmentos de entrelaçamento são formados quando os segmentos de
rampas de entrada são próximos a segmentos de rampas de saída.
Rigorosamente implica que não há distância suficiente entre 46 segmentos de
rampas de entrada e saída para eles operarem independentemente.
Rampas de entrada e saída de freeway: fazem a conexão entre duas rodovias,
os movimentos são de entrada e saída, em freeways são denominadas junções
de rampas.
34
As rodovias de múltiplas faixas são caracterizadas por possuir de quatro a seis faixas
de tráfego em ambas as direções e permitir velocidade de fluxo livre de 45 a 60 mi/h (70 km/h
e 100 km/h). Além disso, podem apresentar divisão central apenas com pintura, canteiro central
ou com uso de TWLTL (Two-Way Left Turn Lane), e seus volumes variam entre 15.000 e
40.000 veíc/dia, podendo chegar a 100.000 veíc/dia, em rodovias com divisão central e
interseção em desnível.
Para a determinação do nível de serviço, o HCM 2010 também conta com etapas de
cálculo específicas para rodovias de múltiplas faixas, etapas as quais são apresentadas na Figura
6.
35
Condições Básicas
Capacidade
60 2200
55 2100
50 2000
45 1900
Entre os valores que afetam a velocidade de fluxo livre, nas condições básicas citadas
anteriormente, estão: largura da faixa, desobstrução lateral, tipo de divisão e a densidade de
pontos de acesso.
Entretanto, independente dos itens citados, a FFS se mantém constante até o fluxo de
1.400 carros de passeio por hora por faixa da rodovia (pc/h/ln). Com volumes acima dos 1.400
pc/h/ln, a FFS diminui conforme a relação entre velocidade e taxa de fluxo apresentada na
Figura 8.
39
(4)
Onde:
= Velocidade de Fluxo Livre (mi/h);
= Velocidade de Fluxo Livre básica (mi/h);
= Ajuste para largura de faixa (mi/h);
= Ajuste para desobstrução lateral (mi/h);
= Ajuste para tipo de divisão (mi/h);
= Ajuste para densidade de pontos de acesso (mi/h).
40
O valor adotado para a velocidade de fluxo livre básica (BFFS) pode ser estimado a
partir da velocidade limita regulamentar da rodovia, conforme a Tabela 1.
Tabela 2 – Valores de redução na velocidade de fluxo livre (FFS) devido ao ajuste para
largura de faixa (fLW).
≥ 12 0,0
≥ 11 – 12 1,9
≥ 10 – 11 6,6
(5)
Onde:
= Desobstrução lateral total;
r = Desobstrução lateral à direita (máximo de 6 pés);
l = Desobstrução lateral à esquerda (máximo de 6 pés).
Tabela 3 – Valores de redução na FFS devido a desobstrução lateral (fLC) para rodovias de 4
faixas
Redução na FFS
TLC (ft)
(mi/h)
12 0,0
10 0,4
8 0,9
6 1,3
4 1,8
2 3,6
0 5,4
Fonte: TRB (2010); Adaptado pelo autor
0 0,0
10 2,5
20 5,0
30 7,5
40 10,0
Fonte: TRB (2010); Adaptado pelo autor
Por fim, os ajustes realizados na velocidade de fluxo livre devido ao tipo de divisão
central da rodovia (fM) são exibidos na Tabela 5.
TWLTL 0,0
(6)
Onde:
= Volume de tráfego nas condições básica (pc/h/ln);
V = Volume de tráfego nas condições prevalecentes (pc/h);
= Fator de Hora de Pico;
= Número de faixas;
= Fator de ajuste para veículos pesados;
= Fator de ajuste para motoristas atípicos.
1
1 1 Pr 1
(7)
Onde:
t = Proporção de caminhões e ônibus no fluxo;
r = Proporção de veículos recreativos no fluxo;
44
Tabela 6 – Equivalente em carros de passeio (PCE) para caminhões e ônibus (Et) e para
veículos recreativos (Er) nos diferentes tipos de terreno.
Veículos Recreacionais
1,2 2,0 4,0
Er
Fonte: TRB (2010); Adaptado pelo autor.
Segmentos com extensão maior ou igual a 0,25 milhas (≈ 0,40 km) e greide
maior ou igual a 3%;
Segmentos com extensão maior ou igual a 0,5 milhas (≈ 0,80 km) e greide entre
2 e 3%.
Por fim, o fato de ajuste para motoristas atípicos (fp) insere o efeito causado no tráfego
por motoristas não rotineiros na rodovia. Segundo o HCM, motoristas recreacionais usam
rodovias de múltiplas faixas de forma menos eficiente.
O valor de fp varia de 0,85 a 1,0, sendo adota 1,0 como todos os motoristas rotineiros,
assim se deve sempre utilizar nos cálculos o valor de 1,0, caso não sejam descritas evidências
do contrário.
45
Por fim, para a realização do nível de serviço na rodovia, deve-se obter o valor da
densidade no segmento, para tal faz-se uso da Equação 15, a qual expressa a quantidade de
carros de passeio por milha e faixa da rodovia (pc/mi/ln)
(6)
Onde:
= Densidade (pc/mi/ln);
V = Volume de tráfego nas condições básica (pc/h/ln);
= Velocidade operacional para o nível de demanda (mi/h);
Da mesma forma, os transportes, tanto os meios quanto às vias, estão presentes no dia
a dia das pessoas, mesmo que seja de uma forma pouco explícita. Na experiência turística, o
transporte é um elemento-chave, pois sem deslocamento no espaço não temos turismo. Assim
sendo, não deve ser fator de frustrações ao turista; ao contrário deve proporcionar facilidade de
acesso, fornecendo a ligação essencial entre as áreas de destino e as de origem, facilitando a
mobilidade (JÚNIOR, 2014).
Segundo o Brito (2005), a sazonalidade pode ser definida como um evento que ocorre
em intervalos de tempo definidos. No turismo, a sazonalidade é bastante conhecida e também
é chamada de alta temporada. Os efeitos da sazonalidade nas cidades estão ligados ao preparo
das mesmas em receber uma grande quantidade de pessoas em determinados períodos do ano,
o que demanda infraestrutura.
A sazonalidade pode ser definida, ainda de acordo com Brito (2005) como a “época
de temporada ou de alta estação mais aprazível do ano”. No dicionário Brasileiro Globo (1996)
sazonar significa “amadurecer, temperar, atingir o estado de perfeição”. Assim, a sazonalidade
é o momento considerado ideal para o consumo do produto turístico, desfrutando de toda
comodidade de serviços que o mesmo oferece. No meio acadêmico, o efeito da sazonalidade é
comumente compreendido como o período que se revessa entre a baixa e a alta estação. Consiste
nos períodos de maior e menor demanda turística por determinados produtos.
As mudanças contínuas dos valores de volumes de tráfego ao longo de um ano
acontecem de acordo com o tipo de rodovia e o tipo de atividade socioeconômica da área servida
pela via. No caso de rodovias turísticas, existem as influências de estações do ano e de férias
escolares, criando variação volumétrica mais severa ao longo do ano (GOMES, 2004).
47
Ônibus ou
14,4 20,7 17,1 12,3 14,7 13,5
similar
Outro percentual fornecido pela pesquisa trata da forma como ocorre o deslocamento
do turista dentro das cidades. Em consonância com o deslocamento entre origem e destino
turístico, grande parte dos visitantes utilizou veículos próprios para o deslocamento interno,
além do uso de transporte público e aluguel de veículos, como no caso de Florianópolis. Assim,
verifica-se que o deslocamento interno faz parte da atividade turística, destacando a importância
dos investimentos em infraestrutura viárias, além dos investimentos em serviços de transporte
48
eficientes. Outro indicador levantado na pesquisa realizada pela Fecomércio, são os fatores que
influenciaram o turista na escolha do destino. Em Florianópolis, as praias somam 52% das
citações, destacando a variedade de praias próximas que podem ser visitadas. Entretanto, o
aumento do número de veículos, especialmente na última década, não foi acompanhado de
investimentos equivalentes em infraestrutura.
Ademais, o recente crescimento da urbanização nos entornos, reforçam o movimento
pendular rumo aos polos econômicos. Com isso, o bem-estar da população fica ameaçado à
medida que os congestionamentos só tendem a aumentar.
Segundo estimativa levantada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro
(FIRJAN), os prejuízos na região metropolitana de Florianópolis por conta do tempo gasto no
trânsito chegam a 2,4% do PIB da região, equivalente a R$ 634 milhões. O tempo médio do
deslocamento no trajeto casa-trabalho-casa chega a 110 minutos, número elevado e que não é
exclusividade da capital catarinense. As perdas para a capital e demais municípios do Estado
decorrente do tempo perdido no trânsito, em termos de produção prejudicada são da ordem de
bilhões (FIRJAN, 2018).
49
Fonte: Autor
A definição do trecho da SC-401 para a análise do presente trabalho, teve como ponto
de partida a segmentação da via, realizada a partir dos estudos de contagem volumétrica
realizados pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (DEINFRA).
52
Através de visitas a campo e com uso do software Google Earth foi possível obter os
dados referentes à infraestrutura da rodovia. Os dados consideram aspectos geométricos da
malha viária, tais como extensão total, largura da faixa de rolamento, desobstrução lateral, o
número de acessos de entrada e saída, tipo do relevo e extensão total.
Assim, definiu-se que o trecho a ser estudado tem seu início no entroncamento com a
rodovia SC-404, no bairro do Itacorubi, e seu término no cruzamento da SC-401 com a SC-402,
no acesso ao bairro de Jurerê. A ilustração do trecho e sua localização geográfica, através do
uso do software Google Earth, é apresentada na Figura 11, com traçado analisado em vermelho.
Jurerê
SC‐401
Itacorubi
Trecho 1
Trecho 2
Trecho 3
.
Fonte: Google Earth (2018); Adaptado pelo autor.
Com o passar dos anos e a rápida expansão de grandes parques e centros empresariais
completos e modernos instalados às margens da rodovia, em associação com o crescimento
exponencial da frota de veículos na região da Grande Florianópolis, a rodovia foi perdendo a
característica de via rápida, passando à indesejável saturação dos fluxos em horários de pico. A
fim de atestar a densidade de pontos de acesso em cada um dos trechos, analisou-se os acessos
presentes na rodovia através do uso do software Google Earth. Durante a análise não foram
computadas como pontos de acesso, entradas que se destinam a uma única propriedade
residencial privada, considerando que o número de movimentos de entrada e saída por dia na
rodovia é desprezível. Nas interseções, computou-se cada uma das alças de acesso à via
adjacente, assim como nos pontos de retorno.
Ainda utilizado o software Google Earth foi possível obter uma perspectiva preliminar
da variação altimétrica da rodovia no traçado da via aberta atual, conforme ilustra a Figura 14
obtida pelo software.
A partir das observações dos trechos em estudo, foi elaborada a Tabela 8, onde são
apresentadas as características de cada trecho homogêneo de tráfego relevantes à análise do
HCM 2010. A análise da rodovia considerou ainda a orientação do tráfego, sendo o sentido A:
Jurerê – Itacorubi e o sentido B: Itacorubi – Jurerê.
56
A 4
Trecho 1 Plano 80 km/h
B 8
A 5
Trecho 2 Ondulado 80 km/h
B 4
A 7
Trecho 3 Ondulado 80 km/h
B 11
DADOS DE TRÁFEGO
SC‐401
Quadro 7 – VMD mensal dos períodos de alta e baixa temporada, no ano 2013
VMDm - 2013
Período do ano Mês Sentido A Sentido B
(Itacorubi) (Jurerê)
Quadro 8 – Distribuição dos volumes de tráfego para definição da hora de maior movimento,
no sentido A
Sentido A (Jurerê - Itacorubi)
Intervalo Janeiro Fevereiro Abril Maio Agosto Dezembro
00:00 – 01:00 654 576 275 254 225 520
01:00 – 02:00 429 338 160 149 135 329
02:00 – 03:00 319 203 110 97 107 234
03:00 – 04:00 296 176 104 94 89 238
04:00 – 05:00 375 232 166 185 133 292
05:00 – 06:00 540 366 234 257 243 453
06:00 – 07:00 991 790 804 824 851 1.001
07:00 – 08:00 1.864 1.535 1.760 1.809 1.794 1.658
08:00 – 09:00 2.002 1.890 1.677 1.701 1.705 1.676
09:00 – 10:00 1.937 1.837 1.355 1.379 1.393 1.573
10:00 – 11:00 1.927 1.755 1.259 1.309 1.243 1.577
11:00 – 12:00 1.940 1.733 1.271 1.329 1.277 1.630
12:00 – 13:00 1.888 1.738 1.303 1.339 1.325 1.662
13:00 – 14:00 1.888 1.715 1.434 1.434 1.463 1.703
14:00 – 15:00 1.865 1.716 1.326 1.350 1.321 1.759
15:00 – 16:00 1.988 1.775 1.364 1.384 1.348 1.832
16:00 – 17:00 2.116 1.827 1.411 1.431 1.395 1.954
17:00 – 18:00 2.262 1.924 1.476 1.510 1.412 2.037
18:00 – 19:00 2.186 1.879 1.409 1.385 1.333 1.877
19:00 – 20:00 1.966 1.666 973 951 929 1.640
20:00 – 21:00 1.712 1.364 707 689 677 1.355
21:00 – 22:00 1.390 1.166 564 550 554 1.087
22:00 – 23:00 1.095 956 498 501 466 867
23:00 – 00:00 855 728 382 378 337 706
Fonte: DEINFRA (2013); Adaptado pelo autor
61
Quadro 9 – Distribuição dos volumes de tráfego para definição da hora de maior movimento,
no sentido B
Sentido B (Itacorui - Jurerê)
Intervalo Janeiro Fevereiro Abril Maio Agosto Dezembro
00:00 – 01:00 798 780 457 434 393 726
Carros 93,25
Caminhões 5,70
Semi-
0,34
Reboques
Veículos
0,16
Especiais
Total 100
Fonte: DEINFRA (2013)
63
Segundo os dados apresentados no Quadro 10, mais de 93% dos veículos que circulam
no segmento da rodovia SC-401 são carros, evidenciando as características de urbanização
citadas anteriormente.
PROJEÇÃO VOLUMÉTRICA
2009 254.942
2010 270.463
2011 286.486
2012 299.459
2013 312.411
2014 323.148
2015 331.442
2016 337.976
2017 345.441
2018 354.374
Fonte: DENATRAN (2018)
APLICAÇÃO DO HCM
4 RESULTADOS
Quadro 12 – VMD mensal dos períodos de alta e baixa temporada, no ano 2018
VMDm - 2018
Período do
Mês Sentido A (Jurerê - Sentido B
Ano
Itacorubi) (Itacorubi - Jurerê)
Alta
Dezembro 36.011 36.848
Temporada
Fonte: Autor
Figura 16 – VMD mensal dos períodos de alta e baixa temporada, no ano 2018
VMDm ‐ 2018
45.000
40.000
35.000
Número de veículos
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
Janeiro Fevereiro Abril Maio Agosto Dezembro
Mês
Fonte: Autor
sentidos. O Quadro 13 apresenta o resumo dos volumes de hora de pico, projetados para os
sentidos A (Jurerê – Itacorubi) e B (Itacorubi – Jurerê).
Assim como nos volumes médios mensais, os volumes de hora pico também
apresentaram maior volume de veículos nos períodos de alta temporada, se comparado aos
períodos de baixa temporada. Além disso, nos períodos de baixa temporada, no Sentido A
(Itacorubi) – retorno das praias, em direção ao centro de Florianópolis – os intervalos de maior
movimentação concentraram-se nos primeiros intervalos da manhã, enquanto que no veraneio,
os picos foram registrados no final do dia.
Os valores obtidos no Quadro 13, junto dos dados de infraestrutura da rodovia, foram
lançados no software e possibilitaram a definição dos níveis de serviço para cada trecho da SC-
401, os quais foram obtidos através da comparação entre a densidade e a capacidade da rodovia.
Os valores de capacidade para rodovias de múltiplas faixas, conforme já informado, apresenta
valor constante e dependente da velocidade de fluxo livre (FFS). Para as condições de
infraestrutura da SC-401, o valor obtido para a capacidade foi de 2000 pc/h/ln, que ao ser
comparado às densidades, nos respectivos cenários permitiu a obtenção dos níveis de serviço,
conforme é mostrado na Figura 17 e na Figura 18.
69
Fonte: Autor
70
Quadro 14 – VMD mensal dos períodos de alta e baixa temporada, no ano 2028
VMDm – 2028
Sentido A Sentido B
Período do Ano Mês
(Jurerê - (Itacorubi -
Itacorubi) Jurerê)
Fonte: Autor
Figura 19 – VMD mensal dos períodos de alta e baixa temporada, no ano 2028
VMDm ‐ 2028
70.000
60.000
50.000
Número de veículos
40.000
30.000
20.000
10.000
0
1 2 3 4 5 6
Mês
Fonte: Autor
A análise dos volumes projetados para o cenário intermediário (2028) permite aferir
as mesmas diferenças entre os períodos, observadas nos demais anos. Após 10 anos de
operação, a SC-401 tende a registrar, nos meses de alta temporada, mais de 50 mil veículos
circulando diariamente, em cada sentido da rodovia. Enquanto, nos meses de baixa temporada,
os volumes médios diários mensais apresentam até 20 mil veículos a menos trafegando na via.
Janeiro Dezembro
Fevereiro
Figura 22 – Níveis de serviço na SC-401 nos meses de alta temporada, com ampliação de capacidade, em 2028
Fonte: Autor
80
Figura 23 – Níveis de serviço na SC-401 nos meses de alta temporada, com ampliação de capacidade, em 2028
Quadro 16 – VMD mensal dos períodos de alta e baixa temporada, no ano 2035
VMDm – 2035
Período do ano Mês Sentido A Sentido B
(Itacorubi) (Jurerê)
Fonte: Autor
82
Figura 24 – VMD mensal dos períodos de alta e baixa temporada, no ano 2035
VMDm ‐ 2035
90.000
80.000
70.000
60.000
Número de veículos
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
1 2 3 4 5 6
Mês
Fonte: Autor
Figura 25 – Níveis de serviço na SC-401 nos meses de alta temporada, com ampliação de capacidade, em 2035
Figura 26 – Níveis de serviço na SC-401 nos meses de baixa temporada, com ampliação de capacidade, em 2035
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
REJOWSKI, Mirian (Org.). Turismo no Percurso do Tempo. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2002
91
ANEXO A
S e nt ido 2
M ês D ia da VM D 00 - 0 1 01- 0 2 02 - 0 3 03 - 0 4 04 - 0 5 05 - 06 06 - 07 07 - 08 0 8 - 09 0 9 - 10 10 -11 11- 12 12 -13 13 -14 14 -15 15 -16 16 -17 17- 18 18- 19 19- 2 0 2 0- 2 1 2 1- 2 2 2 2- 2 3 23 - 2 4
Jan Dom 30.200 1.142 697 462 358 330 312 336 546 970 1.646 2.157 2.489 2.309 1.965 2.040 1.870 1.676 1.513 1.433 1.420 1.296 1.344 1.062 827
Seg 31.131 588 316 152 99 111 155 549 950 1.214 1.460 1.610 1.704 1.562 1.625 1.954 1.962 2.056 2.444 2.651 2.267 1.984 1.627 1.284 807
Ter 30.363 635 566 388 259 173 195 502 888 1.103 1.354 1.562 1.662 1.611 1.667 1.832 1.850 1.970 2.192 2.362 2.206 1.871 1.412 1.249 854
Qua 31.702 561 298 166 112 116 150 509 954 1.204 1.585 1.736 1.775 1.560 1.630 1.846 1.912 2.064 2.286 2.534 2.492 2.232 1.546 1.454 980
Qui 34.778 746 382 210 153 140 201 548 985 1.316 1.803 1.923 1.950 1.798 1.851 2.102 2.211 2.212 2.519 2.607 2.495 2.174 1.606 1.644 1.202
Sex 35.971 840 459 252 196 204 231 578 1.030 1.352 1.672 1.819 1.901 1.805 1.818 2.116 2.238 2.390 2.506 2.721 2.596 2.277 1.886 1.745 1.339
Sáb 36.964 1.072 687 436 349 322 341 449 878 1.338 1.990 2.280 2.446 2.654 2.445 2.418 2.464 2.199 1.995 1.935 1.873 1.718 1.608 1.655 1.412
M éd. 33.016 798 486 295 218 199 226 496 890 1.214 1.644 1.870 1.990 1.900 1.857 2.044 2.072 2.081 2.208 2.320 2.193 1.936 1.576 1.442 1.060
Fev Dom 29.377 1.468 831 575 396 321 293 336 440 730 1.313 1.888 2.146 2.207 1.876 1.719 1.867 1.745 1.591 1.447 1.386 1.373 1.356 1.152 921
Seg 28.301 689 354 188 127 94 116 316 712 1.134 1.385 1.544 1.634 1.585 1.519 1.688 1.733 1.816 2.038 2.096 2.125 1.966 1.486 1.055 901
Ter 28.471 594 367 172 108 83 92 397 801 1.107 1.296 1.410 1.374 1.363 1.450 1.583 1.622 1.775 2.034 2.258 2.041 2.005 1.915 1.449 1.175
Qua 28.433 642 264 141 102 134 213 541 1.011 1.258 1.390 1.427 1.431 1.308 1.348 1.578 1.645 1.542 2.259 2.416 2.311 1.798 1.413 1.307 954
Qui 27.805 728 372 160 91 74 114 297 704 1.034 1.281 1.327 1.337 1.359 1.376 1.485 1.580 1.693 1.746 2.511 2.351 2.150 1.590 1.380 1.065
Sex 34.208 824 545 319 194 174 173 487 903 1.160 1.278 1.445 1.548 1.511 1.572 1.904 2.144 2.263 2.415 2.466 2.424 2.258 2.236 2.135 1.830
Sáb 30.272 514 407 385 356 434 446 724 937 1.322 1.692 2.151 2.097 1.868 1.759 1.966 1.736 1.525 1.617 1.590 1.560 1.544 1.695 1.125 822
M éd. 29.552 780 449 277 196 188 207 443 787 1.106 1.376 1.599 1.652 1.600 1.557 1.703 1.761 1.766 1.957 2.112 2.028 1.871 1.670 1.372 1.095
M ar Dom 20.336 714 470 322 304 268 242 270 392 531 906 1.321 1.539 1.516 1.145 1.146 1.277 1.301 1.162 1.180 1.191 1.073 929 682 455
Seg 21.003 276 129 72 48 55 106 551 890 916 991 958 968 982 1.059 1.142 1.241 1.439 1.955 2.001 1.730 1.308 882 899 405
Ter 21.653 265 129 65 46 38 68 477 908 989 1.128 1.017 1.016 1.029 1.066 1.209 1.200 1.385 1.862 1.959 1.933 1.269 955 1.064 576
Qua 21.664 244 108 46 47 53 101 459 982 1.027 1.141 1.123 1.025 1.030 1.069 1.167 1.222 1.405 1.740 1.928 1.807 1.290 1.058 1.057 535
Qui 21.904 296 127 79 58 40 81 482 876 1.034 1.098 1.026 1.010 997 1.064 1.230 1.260 1.374 1.924 2.154 1.902 1.280 947 1.021 544
Sex 28.953 463 262 147 124 111 210 608 1.035 1.144 1.336 1.347 1.345 1.392 1.492 1.610 1.709 1.852 2.145 2.253 2.185 1.912 1.678 1.475 1.118
Sáb 25.883 769 422 289 258 220 211 312 637 868 1.169 1.301 1.513 1.703 1.675 1.665 1.699 1.633 1.531 1.513 1.505 1.361 1.217 1.298 1.114
M éd. 23.057 432 235 146 126 112 146 451 817 930 1.110 1.156 1.202 1.236 1.224 1.310 1.373 1.484 1.760 1.855 1.750 1.356 1.095 1.071 678
A br Dom 18.299 749 478 358 315 286 232 233 316 371 581 845 1.276 1.171 986 1.025 1.167 1.213 1.219 1.259 1.168 1.048 904 660 439
Seg 21.739 303 137 78 51 61 105 522 957 985 1.102 1.090 1.103 1.025 1.076 1.192 1.246 1.414 1.853 1.988 1.889 1.166 991 969 436
Ter 22.056 320 154 78 57 44 81 502 945 1.001 1.073 1.037 1.044 1.009 1.090 1.235 1.241 1.472 1.928 1.858 1.842 1.345 1.036 1.116 548
Qua 21.989 291 127 70 45 41 75 504 917 1.005 1.125 1.091 1.066 1.038 1.058 1.253 1.262 1.365 1.932 1.959 1.842 1.214 1.024 1.123 562
Sex 24.945 364 184 118 91 84 97 483 989 1.015 1.084 1.111 1.155 1.157 1.157 1.360 1.374 1.601 1.937 2.003 2.134 1.509 1.342 1.391 1.205
Sáb 22.759 713 378 244 232 248 193 308 589 745 999 1.202 1.427 1.516 1.405 1.432 1.484 1.600 1.473 1.459 1.376 1.139 951 894 752
M éd. 21.964 457 243 158 132 127 130 425 786 854 994 1.063 1.178 1.153 1.129 1.250 1.296 1.444 1.724 1.754 1.708 1.237 1.041 1.026 657
M ai Dom 18.999 695 443 339 278 279 202 209 260 373 629 1.066 1.614 1.431 920 1.002 1.201 1.240 1.248 1.336 1.180 1.035 911 683 425
Seg 22.032 301 103 63 46 84 139 575 930 963 1.120 1.102 1.113 1.051 1.090 1.195 1.287 1.451 1.986 2.033 1.840 1.165 993 963 439
Ter 21.830 248 95 52 45 47 100 457 922 955 1.087 1.126 1.129 1.047 1.098 1.166 1.253 1.407 1.944 1.943 1.821 1.231 995 1.151 511
Qua 21.987 297 125 59 45 41 83 514 929 1.020 1.114 1.029 1.043 1.052 1.091 1.253 1.263 1.459 1.948 1.986 1.738 1.205 1.054 1.118 521
Qui 22.004 408 192 110 82 69 105 450 856 926 1.032 1.089 1.124 1.130 1.107 1.250 1.319 1.422 1.845 1.757 1.763 1.300 1.026 1.074 568
Sex 24.922 362 192 114 76 74 100 518 981 1.039 1.111 1.123 1.156 1.135 1.168 1.363 1.376 1.640 1.968 2.046 1.961 1.613 1.316 1.337 1.153
Sáb 23.189 726 393 261 226 245 192 297 612 792 1.038 1.200 1.356 1.504 1.399 1.449 1.493 1.621 1.544 1.541 1.440 1.154 961 935 810
M éd. 22.138 434 220 143 114 120 132 431 784 867 1.019 1.105 1.219 1.193 1.125 1.240 1.313 1.463 1.783 1.806 1.678 1.243 1.037 1.037 632
Jun Dom 17.824 654 434 272 246 244 202 196 306 368 566 962 1.244 1.159 970 1.034 1.201 1.186 1.152 1.189 1.174 1.030 918 650 467
Seg 21.808 279 119 65 46 44 104 567 1.011 993 1.013 1.023 1.048 1.050 1.060 1.164 1.209 1.506 1.934 2.118 1.935 1.199 951 935 435
Ter 22.749 241 114 54 42 38 87 582 1.091 1.062 1.093 1.043 1.073 1.113 1.101 1.208 1.196 1.555 2.180 2.159 1.864 1.255 988 1.074 536
Qua 20.642 249 116 63 41 37 66 479 876 930 1.022 1.009 1.029 1.056 1.074 1.165 1.289 1.287 1.690 1.944 1.655 1.093 958 991 523
Qui 20.883 292 127 62 45 40 68 498 906 963 1.038 1.012 997 1.006 1.037 1.154 1.225 1.514 1.908 1.893 1.508 1.098 928 1.015 549
Sex 23.474 330 151 92 70 73 93 499 979 984 1.069 1.001 1.005 1.061 1.172 1.312 1.345 1.537 1.965 1.928 2.084 1.489 1.220 1.189 826
Sáb 23.509 684 379 245 222 197 179 282 576 756 973 1.203 1.440 1.589 1.562 1.539 1.604 1.496 1.330 1.380 1.426 1.231 1.093 1.143 980
M éd. 21.556 390 206 122 102 96 114 443 821 865 968 1.036 1.119 1.148 1.139 1.225 1.296 1.440 1.737 1.802 1.664 1.199 1.008 1.000 617
Jul Dom 19.167 687 482 403 262 263 186 169 281 434 595 986 1.366 1.321 1.100 1.117 1.213 1.232 1.308 1.315 1.198 1.098 1.004 682 465
Seg 21.102 297 127 62 45 52 87 514 875 892 966 971 969 1.013 1.009 1.167 1.235 1.462 1.841 2.272 1.850 1.192 944 833 427
Ter 21.363 240 104 55 35 30 71 498 942 994 1.016 1.030 981 991 1.071 1.187 1.240 1.403 1.954 2.112 1.853 1.199 949 928 480
Qua 21.314 264 121 66 39 31 61 477 942 996 1.085 973 943 988 1.051 1.129 1.232 1.378 1.939 2.017 1.898 1.238 946 992 508
Qui 21.752 349 152 88 72 66 103 533 925 969 994 1.067 1.002 1.025 1.094 1.216 1.285 1.418 1.918 2.120 1.743 1.200 959 888 566
Sex 23.839 350 181 100 81 72 84 509 928 951 1.059 1.076 1.024 1.066 1.146 1.297 1.368 1.597 2.005 1.990 2.035 1.522 1.252 1.252 894
Sáb 24.657 641 396 252 211 181 179 324 645 818 1.089 1.227 1.382 1.656 1.683 1.594 1.688 1.609 1.519 1.563 1.512 1.344 1.116 1.025 1.003
M éd. 21.885 404 223 147 106 99 110 432 791 865 972 1.047 1.095 1.151 1.165 1.244 1.323 1.443 1.783 1.913 1.727 1.256 1.024 943 620
A go Dom 18.020 684 415 317 243 222 179 178 298 353 523 919 1.335 1.341 984 1.070 1.192 1.209 1.231 1.267 1.177 1.014 877 601 391
Seg 20.873 283 117 63 29 41 81 538 903 928 963 1.008 1.016 1.034 1.011 1.146 1.194 1.348 1.762 1.825 1.979 1.237 895 1.028 444
Ter 21.344 215 89 48 43 29 69 501 934 985 971 1.044 1.093 1.005 1.059 1.133 1.227 1.421 1.856 1.972 1.835 1.203 977 1.131 504
Qua 22.126 253 113 58 43 32 61 526 1.042 1.012 1.060 1.084 1.029 1.060 1.087 1.223 1.251 1.385 1.967 1.965 1.904 1.277 1.016 1.143 535
Qui 22.423 319 145 65 57 54 81 538 989 1.060 1.080 1.063 1.042 1.018 1.110 1.240 1.306 1.431 1.848 1.938 1.928 1.330 1.035 1.133 613
Sex 24.426 326 186 111 91 80 89 540 1.018 1.034 1.119 1.127 1.085 1.140 1.163 1.309 1.361 1.626 1.995 2.029 1.874 1.546 1.232 1.413 932
Sáb 22.572 673 393 272 222 203 197 268 602 733 961 1.101 1.287 1.568 1.449 1.418 1.427 1.467 1.405 1.373 1.452 1.234 1.017 960 890
M éd. 21.683 393 208 133 104 94 108 441 827 872 954 1.049 1.127 1.167 1.123 1.220 1.280 1.412 1.723 1.767 1.736 1.263 1.007 1.058 616
Set Dom 19.330 777 482 357 324 280 212 215 313 457 788 1.160 1.419 1.390 1.155 1.225 1.235 1.231 1.163 1.148 1.082 967 875 628 447
Seg 21.696 288 146 54 36 39 96 560 994 984 1.069 1.141 1.027 1.077 1.068 1.087 1.263 1.412 1.933 1.947 1.919 1.142 963 1.023 428
Ter 21.301 204 89 53 36 35 72 561 1.010 939 967 1.054 1.052 989 1.061 1.159 1.253 1.384 1.901 1.812 1.840 1.277 998 1.085 470
Qua 22.931 317 132 59 42 44 71 564 1.026 1.048 1.185 1.154 1.103 1.062 1.122 1.295 1.260 1.410 1.949 2.055 1.944 1.314 1.055 1.157 563
Qui 23.223 345 142 82 56 43 89 602 1.062 1.083 1.134 1.069 1.028 1.094 1.160 1.262 1.308 1.475 1.943 2.017 1.896 1.351 1.132 1.192 658
Sex 25.495 364 193 140 99 89 110 584 987 1.075 1.128 1.190 1.208 1.217 1.243 1.361 1.412 1.752 1.950 2.062 1.939 1.640 1.312 1.412 1.028
Sáb 26.949 1.009 523 331 266 226 217 337 709 982 1.286 1.477 1.664 1.690 1.640 1.657 1.712 1.633 1.602 1.561 1.546 1.511 1.226 1.113 1.031
M éd. 22.989 472 244 154 123 108 124 489 872 938 1.080 1.178 1.214 1.217 1.207 1.292 1.349 1.471 1.777 1.800 1.738 1.315 1.080 1.087 661
Out Dom 22.865 719 429 323 299 257 249 318 441 653 1.114 1.665 1.917 1.658 1.484 1.567 1.464 1.311 1.314 1.265 1.231 1.169 942 625 451
Seg 23.692 285 123 65 63 70 270 761 1.073 1.130 1.180 1.209 1.181 1.205 1.273 1.358 1.448 1.680 2.007 2.085 1.747 1.230 1.005 850 394
Ter 23.236 177 71 43 40 60 323 811 1.119 1.198 1.222 1.192 1.126 1.126 1.248 1.339 1.389 1.694 2.021 1.938 1.596 1.186 1.073 835 409
Qua 23.925 275 128 68 45 56 273 784 1.079 1.182 1.254 1.200 1.147 1.164 1.237 1.294 1.382 1.707 2.040 2.050 1.711 1.248 1.168 935 498
Qui 23.794 331 139 87 62 53 210 703 1.030 1.115 1.193 1.177 1.127 1.155 1.207 1.293 1.361 1.593 1.991 1.922 1.656 1.361 1.388 1.068 572
Sex 26.691 320 169 121 89 91 220 693 1.040 1.148 1.273 1.242 1.276 1.266 1.383 1.476 1.590 1.825 2.071 2.014 1.932 1.580 1.420 1.416 1.036
Sáb 26.752 741 447 302 265 219 256 496 824 1.040 1.349 1.573 1.803 1.821 1.582 1.553 1.752 1.664 1.491 1.484 1.492 1.351 1.200 1.096 951
M éd. 24.422 407 215 144 123 115 257 652 944 1.067 1.226 1.323 1.368 1.342 1.345 1.411 1.484 1.639 1.848 1.823 1.624 1.304 1.171 975 616
No v Dom 20.945 575 397 324 295 256 264 391 524 839 1.243 1.538 1.467 1.312 1.218 1.301 1.331 1.283 1.225 1.197 1.128 1.077 792 575 393
Seg 23.985 153 94 62 58 120 581 1.058 1.086 1.207 1.187 1.211 1.050 1.223 1.356 1.403 1.533 2.013 2.175 2.052 1.355 1.129 1.059 538 282
Ter 24.228 112 56 41 34 85 565 1.094 1.172 1.251 1.335 1.108 1.177 1.237 1.203 1.224 1.523 1.931 2.082 1.957 1.508 1.219 1.198 699 417
Qua 25.129 195 103 56 42 83 457 963 1.164 1.284 1.318 1.239 1.286 1.252 1.361 1.413 1.492 1.863 2.035 2.049 1.695 1.281 1.220 786 492
Qui 25.763 320 126 89 59 91 441 952 1.154 1.298 1.375 1.320 1.290 1.284 1.390 1.474 1.529 1.888 2.067 1.949 1.637 1.413 1.232 869 516
Sex 30.378 395 243 171 150 187 470 957 1.276 1.488 1.663 1.694 1.658 1.581 1.665 1.720 1.796 1.966 2.047 2.000 1.833 1.572 1.512 1.289 1.045
Sáb 28.834 618 354 322 306 292 379 748 1.020 1.344 1.595 1.754 1.899 1.824 1.779 1.803 1.812 1.656 1.575 1.564 1.491 1.318 1.307 1.176 898
M éd. 25.609 338 196 152 135 159 451 880 1.057 1.244 1.388 1.409 1.404 1.388 1.425 1.477 1.574 1.800 1.887 1.824 1.521 1.287 1.189 847 578
Dez Dom 26.270 944 617 409 404 379 297 345 555 914 1.482 1.637 1.845 1.741 1.426 1.630 1.673 1.566 1.513 1.377 1.313 1.238 1.150 1.095 720
Seg 29.675 522 290 149 123 137 244 713 1.094 1.325 1.579 1.617 1.522 1.564 1.658 1.735 1.723 2.053 2.332 2.019 1.714 1.655 1.695 1.301 911
Ter 26.306 514 219 111 68 75 113 574 1.017 1.239 1.301 1.549 1.642 1.447 1.515 1.646 1.611 1.658 1.959 1.923 1.738 1.527 1.189 998 673
Qua 27.851 546 448 281 139 113 240 649 930 1.102 1.381 1.634 1.699 1.595 1.516 1.676 1.707 1.819 1.974 1.941 1.784 1.462 1.234 1.152 829
Qui 29.264 674 330 180 141 118 161 639 1.067 1.300 1.439 1.604 1.480 1.359 1.465 1.665 1.738 1.729 2.178 2.209 2.172 1.695 1.403 1.397 1.121
Sex 38.016 995 535 342 300 303 377 823 1.399 1.899 2.305 2.397 2.413 2.109 2.259 2.285 2.282 2.246 2.243 2.123 1.960 1.752 1.590 1.655 1.424
Sáb 34.994 887 536 411 333 334 413 713 1.114 1.640 2.028 2.213 2.326 2.296 2.284 2.180 2.218 2.080 1.877 1.769 1.714 1.552 1.486 1.397 1.193
M éd. 30.339 726 425 269 215 208 264 637 1.025 1.346 1.645 1.807 1.847 1.730 1.732 1.831 1.850 1.879 1.909 2.011 1.771 1.554 1.392 1.285 982
M édia 24.851 503 279 178 141 135 189 518 867 1.014 1.198 1.304 1.368 1.352 1.336 1.437 1.498 1.610 1.850 1.890 1.762 1.402 1.191 1.095 734
M aiores VH 2.721 1.468 831 575 404 434 581 1.094 1.399 1.899 2.305 2.397 2.489 2.654 2.445 2.418 2.464 2.390 2.519 2.721 2.596 2.277 2.236 2.135 1.830