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Entrevista Rádio
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O câncer de colo de útero também conhecido como câncer cervical é um tumor maligno de progressão
lenta e que não manifesta sintomas em sua fase inicial. E é o segundo tumor maligno mais frequente na
população feminina, sendo superado apenas pelo câncer de Mama.
Através da infecção sexualmente adquirida pelo HPV ( papiloma vírus humano), principalmente
pelos subtipos 16 e 18 que são conhecidos como tipos de alto risco, que causam 70% dos canceres e
lesões pre-cancerosas, mas temos mais de 100 subtipos de HPVs, temos ainda os tipo 6 e 8 que
promovem o surgimentos de verrugas genitais ( que são os condilomas). Podemos resumir dizendo
que a causa do câncer do colo de útero são as infecções recorrentes causadas pelo HPV.
O HPV é transmitido principalmente pelo conato sexual, e a maioria das pessoas são infectadas logo
após o inicio da vida sexual. É importante ressaltar que esse vírus pode estar presente tanto nos
homens como nas mulheres, mas o mesmo só ira evoluir para câncer nas mulheres. Também há
relação do HPV com canceres do anus, vagina, pênis, boca e garganta, ou seja ele não esta restrito
somente ao colo uterino.
Bom, vale lembra que o exame tem vários sinônimos, como colpocitologia oncótica, Papanicolau,
ou o famoso preventivo. O Exame é realizado através da coleta e material celular, retirada
diretamente do colo, esse material é colocado numa lâmina e examinado em laboratório. O exame é
bem tranquilo, no máximo o que pode causar na paciente é um leve desconforto. Sobre quem deve
fazer o exame, a recomendação atual do MS, recomenda que todas as mulheres a partir dos 25 ate
64anos que já tem ou já tiveram atividade sexual, devem realizar o exame.
5- Como é feito o tratamento do HPV antes de ele virar câncer, caso isso aconteça?
É importante lembrar que cerca de 60% a 80% da população mundial sexualmente ativa tem ou terá contato
com o HPV. Na maioria, o próprio organismo se encarrega de eliminar a infecção, o que chamamos de
clareamento viral. Numa fração desses casos, o HPV poderá levar ao desenvolvimento de lesões precursoras
– que não são tumores malignos – e que poderão ser identificadas e tratadas por medidas locais, tais como
retirada cirúrgica ou por radiofrequência. Ambos os procedimentos são ambulatoriais, desde que as lesões
sejam identificadas pelas medidas de prevenção.
6- Além da infecção pelo HPV, há outros fatores que aumentam o risco de uma mulher desenvolver
câncer de colo do útero?
- Infecção pelo HPV; - Inicio precoce da atividade sexual; - Múltiplos parceiros; - Tabagismo; -
imunodeficiência; - Histórico de outras ISTs.
O diagnóstico é feito principalmente pelo exame físico (exame de toque), que deve obrigatoriamente, ser
confirmado pela biópsia da lesão. A visualização direta da lesão – histeroscopia – permite uma biópsia mais
dirigida e, portanto, mais apurada. Também as imagens obtidas pela ressonância magnética e pela
tomografia computadorizada fornecem informações importantes para definir o grau de avanço e o eventual
comprometimento de outros órgãos pela doença, o que chamamos de “estadiamento”, permitindo melhor
planejamento do tratamento.
Sim, por ser uma doença que leva bastante tempo para evoluir até chegar a tornar-se um câncer, hoje temos
a oportunidade de atacar o problema no nível primário, através da vacinação que está implantada pelo
Programa Nacional de Imunização desde 2014 e que agora comtempla as meninas, meninos e adolescentes
de 9 a 14 anos , além das pessoas vivendo com HIV na faixa de 9 a 26 anos. Já na atenção secundária temos
os exames de rastreio, o famoso preventivo que é feito anualmente, justamente para identificar as lesões que
antecedem o câncer de colo de utero.Daí a grande importância da vacinação e do rastreio para que não
cheguemos ao ponto do nível terciário que é a retirada do tumor em situ.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a incidência anual do câncer de colo de útero chega
a 17.500 novos casos. A taxa de mortalidade situa-se em torno de 8.000 óbitos por ano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
*Lembramos ainda aos pais e responsáveis que levem seus filhos e filhas para se vacinar afim de evitar a
contaminação com o vírus do HPV que é o grande responsável por uma doença tão letal e de tamanha incidência
em nossa região.