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Uso dos porquês

Saiba tudo sobre o uso dos porquês para nunca mais rolar aquela dúvida sobre
qual a forma correta a ser utilizada.
É muito comum que haja dúvidas sobre qual “porquê” empregar em
determinadas situações. É certo que a linguagem da internet facilitou bastante
a vida dos falantes, já que muitos abreviam (“pq”) e se livram de um possível
emprego errado.
No entanto, em situações mais formais e fora da rede, não podemos utilizar a
abreviação. Por isso, é muito importante entender qual forma deve ser
utilizada. Neste post, entenderemos de uma vez por todas o uso dos porquês.

1. POR QUE
A forma “por que” – “separado”, como chamamos, é utilizada em perguntas
diretas e indiretas. Vamos entender melhor:
a) Junção da preposição “por” + pronome interrogativo “que” – essa é a forma
que utilizamos no início de perguntas diretas (I) ou no meio de perguntas
indiretas (II).
Ex.: (I) Por que há tanta crueldade no mundo?
(I) Por que você não gosta dela?
(II) Não sei por que há tanta crueldade no mundo.
(III) Não entendo por que você não gosta dela.
Obs.: Uma dica é perceber que, nesses casos, as palavras “razão” e “motivo”
podem ser inseridas. Veja os exemplos:
Por que (motivo) há tanta crueldade no mundo?
Não entendo por que (razão) você não gosta dela.
b) Junção da preposição “por” + pronome relativo “que” – essa forma é
equivalente a “pelo qual” e suas variações. Não é muito comum usarmos essa
construção; por isso, muitas vezes, causa estranhamento. Veja:
Ex.: Os países por que passamos marcaram nossa história. (= os países
PELOS QUAIS passamos…)
A razão por que te liguei será revelada quando nos encontramos. (= a razão
PELA QUAL te liguei…)
2. POR QUÊ

Essa forma é utilizada no final de frases interrogativas (diretas ou indiretas).


Dessa forma, sempre virá acompanhada de pontuação.
Ex.: Ele estava muito triste ontem, por quê? (interrogativa direta)
Ele estava muito triste ontem sem saber por quê. (interrogativa indireta)
Obs.: Nesse caso, a lógica é a mesma do “por que” (separa sem acento); a
única diferença é a posição na frase.

3. PORQUE

Esse é o famoso “porque da resposta”.


Chamamos assim, pois é uma conjunção que indica causa e explicação.
Vejamos os exemplos:
Ex.: Ele estava triste ontem porque brigou com o irmão.
Cheguei atrasada porque o trânsito estava caótico.
Obs.: Uma dica é tentar substituir o “porque” pela conjunção “pois”.

4. PORQUÊ
A forma “porquê” é sempre um substantivo. Dessa forma, deve sempre vir
precedida de palavras que a determine, como, por exemplo, artigos e
numerais. Além disso, tem o mesmo sentido da palavra “motivo”.
Ex.: Não sei O PORQUÊ de ele ter faltado à aula.
Dê-me UM PORQUÊ para a sua rebeldia.

Comparação do uso dos porquês


Para ajudar ainda mais a entender a diferenciação dos porquês, vamos a
aplicação em frases semelhantes.
Ex.: Por que você não me telefonou?
Não te telefonei porque cheguei tarde.
Não me telefonou, por quê?
Não sei o porquê de você não ter me telefonado.

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