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CETEP SISAL

PROFª AMANDA SANTOS SILVA


 Buscou entender as especificidades da civilização Ocidental no contexto da
modernidade.

 Para o autor a característica marcante das sociedades ocidentais dos tempos da


modernidade foi aquilo que ele chamou de racionalidade.

 “A vida cotidiana se tornou a partir de então muito diferente daquela que


predominava nas sociedades tradicionais, pré-industriais, e isso ocorreu,
basicamente, porque todas as relações das pessoas com o mundo ao seu redor –
relações econômicas, políticas, sociais, religiosas e até mesmo artísticas – foram
sendo impregnadas por um jeito racional de agir.” (BOMENY; FREIRE-MEDEIROS,
2010, p.35)
Panóptico 1785

Fonte: https://colunastortas.com.br/o-panoptico-e-o-panoptismo-michel-foucault/
 Mas de onde veio esse jeito?
 Conforme o autor, a racionalidade tem seu ponto de partida na economia. “Saber
quanto custa produzir um bem, como obter crédito, como aproveitar o tempo e ser
eficiente para não ter prejuízo, tudo isso se tornou muito importante para a atividade
econômica na sociedade industrial.” (BOMENY; FREIRE-MEDEIROS, 2010, p.35)
 No entanto, esse jeito de agir não fica restrito à economia e aos indivíduos
envolvidos com negócio. O comportamento racional estava presente, por exemplo,
no campo da ciência e da tecnologia.
 “A especialização científica e técnica, a organização da vida com base na divisão
de tarefas e em sua distribuição ao longo do dia, dos meses, dos anos, tudo isso foi
criando uma mentalidade. Mas essa mentalidade também não ficou restrita aos
cientistas.” (BOMENY; FREIRE-MEDEIROS, 2010, p.36)
 Celebração das novas tecnologias – Feiras de exposição.
1906 1839

Fonte: https://www.airway.com.br/conheca-as-maquinas-voadoras-
de-santos-dumont/
1876
Fonte:
https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/08/d
o-betume-ao-ccd-evolucao-das-cameras-
fotograficas.html

Fonte:
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/co
mo-d-pedro-ii-salvou-o-telefone.phtml
 Críticas ao fascínio provocado pelas inovações tecnológicas.
 Muitas das invenções foram criadas com o intuito de produzir mais, tornar os
processos produtivos mais eficientes e menos custosos, não obstante se
desconsiderava, em muitos casos, os impactos humanos.

 Mudanças e resistências:
 “Para que o capitalismo triunfasse, as pessoas tiveram que se adaptar a um ritmo
diferente, não só de trabalho como de vida. E isso não foi natural nem fácil. Não
foi de uma hora para outra que as pessoas passaram a entender as obrigações
impostas pelo contratos de trabalho, a consultar relógios, a conviver com novas
máquinas.” (BOMENY; FREIRE-MEDEIROS, 2010, p.38)
 “A mudança na maneira de pensar, ou a mudança de mentalidade, é um processo
demorado.” (BOMENY; FREIRE-MEDEIROS, 2010, p.38)
 O protestantismo e “espírito” do capitalismo.

 “Ao estudar a mentalidade capitalista ocidental, Max Weber foi muito sensível a outro
aspecto importante da vida em sociedade: a orientação religiosa.” (BOMENY; FREIRE-
MEDEIROS, 2010, p.35)
 “O protestantismo teria [...] facilitado o desenvolvimento de uma atitude adequada ao
“espírito” da capitalismo. (BOMENY; FREIRE-MEDEIROS, 2010, p.39)
 Weber observou que, enquanto as atividades de comércio e da indústria estavam se
desenvolvendo, surgiu em alguns países uma nova ética religiosa que indicava como as
pessoas deveriam organizar espiritualmente a vida de movo a trabalhar cada vez
melhor. Para merecer a salvação, os fiéis teriam que dar demonstrações, nas atividades
de todo dia, de que estavam se comportando de forma rigorosa. O aperfeiçoamento no
trabalho, o empenho em fazer melhor as atividades de rotina, o rigor com o horário e o
aproveitamento do tempo eram qualidades que aproximavam homens e mulheres de
Deus.” (BOMENY; FREIRE-MEDEIROS, 2010, p.38)

 “Fazer bem o trabalho cotidiano era forma mais louvável de servir a Deus.” (BOMENY;
FREIRE-MEDEIROS, 2010, p.38)
 BOMENY, H.; FREIRE-MEDEIROS, B. Tempos modernos, tempos de sociologia.
São Paulo: Editora do Brasil, 2010.

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