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Muito interessante Adorno falando sobre a arte revolucionária.

A tese é que, ao
tentar subverter seus próprios paradigmas, a arte terminou por se tornar uma “negação
abstrata”.
O elogio à arte “revolucionária” se dá pelo seu caráter não empírico, por abrir
mão da tentativa de reproduzir o mundo real.
Ele diz que a arte “unicamente existe na relação com seu outro”, ainda que
negue a faceta empírica dessa relação.
“Os antagonismos não resolvidos da realidade retornam às obras de arte como os
problemas imanentes da sua forma. É isto, e não a trama dos momentos objetivos que,
que define a relação da arte à sociedade.”
Boa crítica às leituras psicanalíticas na página 19.
“O comportamento tradicional perante as obras de arte, supondo que ela deve
por si mesma ser importante, era antes o da admiração: que elas sejam em si o que são,
não para quem as contempla. O que nelas emergia e os fascinava era a sua verdade, tal
como ela nas obras do tipo kafkiano eclipsa todos os outros momentos. Não eram um
meio de prazer de ordem superior. A relação à arte não era a de incorporação mas, pelo
contrário, era a do contemplador que desaparecia na coisa; é precisamente o caso nas
obras modernas, que vêm na direção do espectador como, por vezes, as locomotivas de
cinema.” Página 24.

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