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Administrativo - Paper-1
Administrativo - Paper-1
RESUMO
As Ouvidorias Públicas são o porta-voz entre a Administração Pública e os cidadãos,
que podem avaliar a sua prestação de serviços públicos, de forma democrática. Por isso,
objetivou-se, neste trabalho, a análise acerca da eficácia das Ouvidorias Públicas
enquanto forma de participação dos usuários da Administração Pública, através do
método qualitativo, do tipo bibliográfico. Concluiu-se, por fim, que as Ouvidorias
Públicas devem ter as suas competências potencializadas, para que, de modo eficaz,
recebam manifestações e, em resposta, prestem informações de qualidade, de modo claro
e preciso.
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA DE PESQUISA
3. DESENVOLVIMENTO
No entanto, para que haja uma eficácia no atendimento, é preciso que ocorra um
certo padrão nos atendimentos prestados pelos ouvidores, com o acesso fácil e, se
possível, imediato à informação pretendida pelo usuário. Por isso, é, primeiro, necessário
que as funções do ouvidor sejam afirmadas por meio de atos normativos, como decretos,
leis, regimentos internos e instruções normativas.
Contudo, esse padrão, que permite ao ouvidor saber o que fazer e em quais
situações, não deve significar conceder tudo o que o cidadão solicita. Deve, na verdade,
significar a execução de funções pertinentes ao ouvidor, através de um bom atendimento
e tratamento, mesmo quando a solicitação feita for indeferida. Nesse ponto, cabe ao
ouvidor informar ao usuário, de forma clara e suficiente, a explicação acerca do
indeferimento de sua solicitação, exercendo, também, uma atribuição informativa, de
esclarecimento.
Vale lembrar que mesmo que o ouvidor não tenha como transformar
imediatamente o serviço reclamado, a oitiva do cidadão é imprescindível para a
Administração pública ter ciência do que é mal executado e promover melhorias para os
usuários, haja vista que um dos princípios que norteiam a prestação de serviços públicos,
bem como toda a Administração pública, é a supremacia do interesse público.
No entanto, por vezes isso não é suficiente, uma vez que os fatores de ordem
econômica e social interferem na participação dos usuários. Mesmo havendo recursos
eficientes na estrutura interna da Ouvidoria Pública, ela não será eficaz se não atingir os
usuários, especialmente aqueles que manifestaram ou vierem a manifestar reclamações
e/ou denúncias. Por exemplo, apesar de existir uma Ouvidoria Geral do Sistema Único de
Saúde, ela apresenta, em razão do número de usuários, limitações para atender a todos.
Em função disso, criou-se, em 2013, a chamada Ouvidoria Itinerante, para áreas de difícil
acesso aos serviços de saúde, através da qual, graças a sua dinâmica, populações
vulneráveis puderam ser assistidas (FERNANDEZ, M.V, et. al, 2021). Melhorou, ainda,
o controle social, porque a Ouvidoria Itinerante preza diretamente pela sensibilização e
conscientização de população vulneráveis através de atos educacionais. A soberania é
poder popular, mas só tem eficácia prática se o povo é consciente. Assim, se o cidadão se
reconhece como sujeito de direitos, poderá, por meio de representação numa Ouvidoria
Pública, pleitear o cumprimento da lei e as penalidades a quem a descumpri-la
(FERNANDEZ, M.V, et. al, 2021).
Os dados fornecidos quanto aos prazos de resposta mostram que 62.27% (ou
45.118) das manifestações recebem resposta em 1 (um) dia. Por corresponder à maioria,
é um ótimo prazo, que, se acompanhado de um resultado com igual qualificação, pode
demonstrar que há uma eficácia no atendimento dos usuários dos serviços públicos da
Bahia.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por outro lado, no Brasil existem Ouvidorias Públicas cujas propostas apontam
justamente para quais formas de atuação podem ser mais eficazes, a exemplo da
mencionada Ouvidoria Itinerante do Sistema Único de Saúde. Trata-se, tal como deve ser,
de uma Ouvidoria Pública que assiste pessoas vulneráveis e permite que as demandas
locais, referentes, nesse caso, à saúde, sejam resolvidas com uma maior celeridade.
REFERÊNCIAS
BARROS, H. de. (2011). Acompanhamento das Ouvidorias do Governo do Estado
de São Paulo. Dissertação, Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas,
EASESP-FGV.