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T02 Sistemas de Controlo
T02 Sistemas de Controlo
Sistemas de Controlo
Alexandra Moutinho
Dep. Engenharia Mecânica, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa,
(alexandra.moutinho@tecnico.ulisboa.pt)
Aula anterior
• Controlo de Sistemas:
– Programa
– Bibliografia
– Corpo docente
– Horários
– Método de avaliação
– Laboratório
• Um exemplo prático resolvido como team-based
learning para:
– Relembrar modelação e análise de sistemas
– Introduzir controlo de sistemas
2
Nesta aula
3
História de Controlo de Sistemas
1868 1932
270 AC J. Maxwell H. Nyquist 1948
Ktesibios Eq. diferenciais Critério estabilidade W. Evans
Relógio de água governor (frequência) LGR
4
Relógio de água
Depósito
Tubo de
segurança
Boia
5
Fly-ball governor
[Ref. 1] (adaptada da fig. 1.11)
1788
Válvula
J. Watt Êmbolo borboleta
Entrada no
Pivot motor Vapor
6
Sistema de controlo
7
Controlo automático
de um elevador
Sistema de
• Especificações controlo
desejadas: 4
– Resposta
transiente
Erro
• Conforto estacionário
• Velocidade 5
Entrada de comando
Resposta
– Erro
elevador (andar)
Localização do
transiente
Resposta
estacionário estacionária
nulo
Resposta do elevador
0
Tempo
8
Controlo automático do
desempenho de alunos em exames
• Entrada? Saída?
• Atuação? Controlador?
• Especificações?
Sistema de controlo
Erro na Tempo de
Nota nota estudo Nota
desejada obtida disponível obtida
Contro-
+ lador
−
9
Porque projetamos
sistemas de controlo
1. Amplificação de potência
– Ex: amplificação da potência necessária para rodar a
antena de radiotelescópio
2. Controlo remoto
– Ex: braço robótico operado remotamente para
manuseamento de materiais radioativos
3. Conveniência do tipo de entrada
– Ex: temperatura desejada no ar condicionado definida
artificialmente e não fisicamente
4. Compensação de perturbações
– Ex: controlo da antena de radiotelescópio mesmo quando
sujeita a vento
10
Conceitos básicos de controlo
Perturbações
Variáveis Variáveis
manipuladas controladas
(entradas) Sistema ou (saídas)
processo
11
Objetivos do controlo automático
12
Estratégias de controlo
13
Estratégias de controlo
Transdutor
de saída
Realimentação ou sensor
14
Controlo por realimentação
• Controlo manual
– Conduzir
– Estacionar com sensores
de parqueamento
• Controlo automático
– Cruise control / condução
autónoma
– Carro estaciona sozinho
15
Controlo por realimentação automático
Sensores
Perturbações
Transdutor
Contro-
Ramo de saída
lador
direto ou sensor
Entrada ou Saída ou
𝐺𝑙 (𝑠)
Entrada ou + variável variável
+
referência Transdutor + manipulada controlada
𝐺𝑝 (𝑠) +
de entrada
Sistema ou processo
18
Controlo direto
• Vantagens
– Permite contrariar os efeitos de grandes perturbações
– O controlador determina a variação necessária da variável manipulada por
forma a minorar o efeito da perturbação na variável controlada
– Tem um carácter preventivo
• Desvantagens
– As perturbações deverão ser conhecidas e medidas on-line
– O modelo do processo tem que ser conhecido com exatidão
– Os controladores diretos ideais podem não ser fisicamente realizáveis
– Não introduz nenhuma ação corretiva, ou seja, se a variável controlada se
afasta da referência o sistema de controlo nada sente
– O projeto de um controlador direto é complexo
– É raramente utilizado sozinho, normalmente utiliza-se como complemento
ao controlo por realimentação
19
Controlo direto automático
Microfone
• Controlo ativo Ruído Altifalante
de ruído
Controlador
Ruído atenuado
Microfone
Ruído Altifalante
(sinal de
Contro- controlo)
lador
20
Controlo direto + realimentação
Contro-
lador
Microfone Altifalante
referência
Microfone
Ruído do erro
Controlador
21
Controlo direto
Entrada de
Saída de fluido
fluido frio
arrefecido
22
Controlo direto + realimentação
• Permutador de calor (deteção de Entrada de
perturbações na entrada de fluido fluido quente Saída de fluido
frio e regulação da temperatura do aquecido
fluido aquecido)
Entrada de
Controlador Controlador fluido frio
feedforward feedback Saída de fluido
arrefecido
Entrada de
Saída de fluido
fluido frio
arrefecido
23
Pergunta
1. Feedback
2. Feedforward
3. Feedback + feedforward
4. Sem controlo
https://create.kahoot.it/details/at2a-estrategias-
feedback-feedforward/990c26ec-64bc-4f7c-84cd-
2db7d1f856b2
24
Estratégias de controlo
• Controlo feedback
– Não toma ações corretivas enquanto a variável controlada não
sofrer os efeitos das perturbações
• Controlo feedforward
– Requer que as perturbações sejam medidas explicitamente e que o
modelo do sistema esteja disponível para efetuar o cálculo da ação
de controlo
• Controlo em cascata
– Emprega um ponto de medição secundário e uma realimentação
secundária. O ponto de medição secundário está localizado de modo
a reconhecer a perturbação antes da variável controlada, embora
não seja necessária a sua medição
– Pode melhorar significativamente a resposta dinâmica a
perturbações
25
Controlo em cascata
Processo Processo
26
Controlo em cascata
27
Controlo em cascata
• Vantagens
– Quando não é possível medir as perturbações on-line, e caso o sistema seja lento,
os desvios provocados na variável controlada poderão ser mais rapidamente
corrigidos pelo anel interior (controlador escravo)
– O controlador mestre (anel exterior) fica apenas concentrado no desvio da variável
controlada relativamente à referência que se pretende seguir, sem se “preocupar”
com as perturbações
– Um critério possível para selecionar a variável intermédia 𝑌2 (𝑠) é concentrar o
máximo de perturbações no anel interior, e o máximo de atraso (ou constantes de
tempo elevadas) no anel exterior
– Procede-se primeiro ao projeto do controlador escravo (anel interior), e só depois
ao projeto do controlador mestre (anel exterior). A dinâmica do anel interior deve
ser rápida
• Desvantagens
– Nem sempre é possível encontrar uma variável intermédia: como dividir o
processo?
28
Controlo em cascata
• Bola na barra
Bola
Barra
Motor
29
Controlo em cascata
30
Controlo em cascata
ሶ
Controlador 𝜃ref Controlador
+ externo interno
+
31
Controlo em cascata
𝑇𝑟𝑒𝑓
• Exemplo: manter Reagente de
Controlador
temperatura
Controlador
temperatura
entrada I II
constante a temperatura 𝑇𝐹
do reator Catalizador
Anel de
difusão
𝑇
𝑇𝑤𝑜
Saída do
𝑇𝐹
excesso de
água
Válvula
𝑇𝑤𝑠
Distribuição Água de
água arrefecimento
𝑇𝑤𝑖
32
Controlo em cascata
• Opção 1: sem controlo em cascata
33
Controlo em cascata
• Opção 2: com controlo em cascata
𝑌 𝑠 = 𝐺𝑝 𝑠 𝐷 𝑠 + 𝐺𝑝 𝑠 𝐺𝑐 𝑠 𝑅 𝑠
= 𝑌𝐷 𝑠 + 𝑌𝑅 (𝑠) Princípio da sobreposição
𝑌(𝑠)
• Se 𝐷 𝑠 = 0, = 𝐺𝑝 𝑠 𝐺𝑐 𝑠 (FT anel direto)
𝑅(𝑠)
𝑌(𝑠)
• Se 𝑅 𝑠 = 0, = 𝐺𝑝 𝑠
𝐷(𝑠)
Anel fechado
(controlo por realimentação)
𝐷(𝑠)
𝑈(𝑠) Sistema
𝑅(𝑠) Controlador 𝑌(𝑠)
𝐺𝑐 (𝑠) 𝐺𝑝 (𝑠)
𝑁(𝑠)
Princípio da sobreposição
𝐅𝐓 𝐚𝐧𝐞𝐥 𝐟𝐞𝐜𝐡𝐚𝐝𝐨
𝐺𝑝 𝑠 𝐺𝑐 𝑠 𝐺𝑝 𝑠 𝐺𝑝 𝑠 𝐺𝑐 𝑠
𝑌 s = 𝑅 𝑠 + 𝐷(𝑠) − 𝑁(𝑠)
1 + 𝐺𝑝 𝑠 𝐺𝑐 𝑠 1 + 𝐺𝑝 𝑠 𝐺𝑐 𝑠 1 + 𝐺𝑝 𝑠 𝐺𝑐 𝑠
𝑌𝑅 (𝑠) 𝑌𝐷 (𝑠) 𝑌𝑁 (𝑠)
𝐷(𝑠)
1
• Exemplo da resposta ao degrau do sistema 𝐺𝑝 𝑠 = com
𝑠+1
𝐺𝑐 𝑠 = 2 e
– 𝐷 𝑠 =0
– 𝐷 𝑠 ≠0
Influência de perturbações
𝐷(𝑠)
Amplitude: 0 ou 0.5
Period: 20
Pulse width: 25 𝑅(𝑠) Controlador 𝑈(𝑠) Sistema 𝑌(𝑠)
Phase delay: 5 𝐺𝑐 (𝑠) 𝐺𝑝 (𝑠)
D(s)
1
2 Save format:
s+1
Array
R(s) K Gp(s) Y(s)
simout
To Workspace
Clock
Influência de perturbações
D(s)
1
2
s+1
R(s) K Gp(s) Y(s)
simout
To Workspace
Clock
>> D=simout(:,1);
>> Y=simout(:,2);
>> R=simout(:,3);
>> t=simout(:,4);
>> figure,plot(t,R,'b-',t,D,'r--',t,Y,'g-')
>> axis([0 20 0 2.5])
>> legend('R','D','Y')
Influência de perturbações
𝐷 𝑠 =0 𝐷 𝑠 ≠0
2.5 2.5
2 2
R
R
1.5 D 1.5
D
Y
Y
1 1
0.5 0.5
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Efeitos da realimentação em
perturbações
𝐷(𝑠)
𝑈(𝑠) Sistema
𝑅(𝑠) Controlador 𝑌(𝑠)
𝐺𝑐 (𝑠) 𝐺𝑝 (𝑠)
𝑁(𝑠)
• Para 𝑁(𝑠) = 0 e 𝐺𝑐 𝑠 = 𝐾:
𝐺𝑝 𝑠 𝐾𝐺𝑝 𝑠
𝑌 𝑠 = 𝐷 𝑠 + 𝑅 𝑠
1 + 𝐾𝐺𝑝 𝑠 1 + 𝐾𝐺𝑝 𝑠
𝑌𝐷 (𝑠) 𝑌𝑅 (𝑠)
→0, se 𝐾→∞ → 𝑅(𝑠), se 𝐾 → ∞
Efeitos da realimentação em
perturbações
• Influência da perturbação 𝐷(𝑠) na resposta 𝑌(𝑠) do sistema
em anel fechado à referência 𝑅 𝑠
𝐷(𝑠)
𝑈(𝑠) Sistema
𝑅(𝑠) Controlador 𝑌(𝑠)
𝐺𝑐 𝑠 = 𝐾 𝐺𝑝 (𝑠)
𝑁(𝑠)
1
• Exemplo da resposta ao degrau do sistema 𝐺𝑝 𝑠 =
𝑠(𝑠+1)
– 𝐷 𝑠 =0
– 𝐷 𝑠 ≠0
Efeitos da realimentação em
perturbações
𝐷(𝑠)
𝑈(𝑠) Sistema
𝑅(𝑠) Controlador 𝑌(𝑠)
𝐺𝑐 𝑠 = 𝐾 𝐺𝑝 (𝑠)
K: 1, 5, 15 ou 30 𝑁(𝑠)
D(s) simout
To Workspace
1 Clock
K
s2 +s
R(s) K Gp (s) Y(s)
Efeitos da realimentação em
perturbações
𝐾=1 𝐾=5
1.8 1.8
1.6 1.6
𝐷 𝑠 ≠0
1.4 1.4
1.2 1.2
1 1
y(t)
y(t)
0.8
𝐷 𝑠 =0 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
t [s] t [s]
Efeitos da realimentação em
perturbações
𝐾 = 15 𝐾 = 30
1.8 1.8
1.6 1.6
1.4 1.4
𝐷 𝑠 ≠0
1.2 1.2
1 1
y(t)
y(t)
0.8 𝐷 𝑠 =0 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
t [s] t [s]
Anel fechado
(controlo por realimentação)
𝐺𝑝 𝑠 𝐾 𝐺𝑝 𝑠 𝐺𝑝 𝑠 𝐾
𝑌 s = 𝑅 𝑠 + 𝐷(𝑠) − 𝑁(𝑠)
1 + 𝐺𝑝 𝑠 𝐾 1 + 𝐺𝑝 𝑠 𝐾 1 + 𝐺𝑝 𝑠 𝐾
• Bom seguimento da referência 𝑅 𝑠
𝑌(𝑠) 𝐺𝑝 𝑠 𝐾
= ≈ 1 ⇒ 𝐾 elevado Deverá existir um
𝑅(𝑠) 1+𝐺𝑝 𝑠 𝐾
compromisso na
• Boa rejeição da perturbação 𝐷(𝑠) escolha do valor
de 𝐾 por forma a
𝑌(𝑠) 𝐺𝑝 𝑠
= ≈ 0 ⇒ 𝐾 elevado garantir
𝐷(𝑠) 1+𝐺𝑝 𝑠 𝐾 simultaneamente
as especificações
• Boa rejeição do ruído de medição 𝑁(𝑠)
de desempenho.
𝑌(𝑠) 𝐺𝑝 𝑠 𝐾
=− ≈ 0 ⇒ 𝐾 baixo
𝑁(𝑠) 1+𝐺𝑝 𝑠 𝐾
Efeitos da realimentação
𝐾
𝐺𝑝 𝑠 =
𝑠 𝑇𝑠+1
𝑈(𝑠) Sistema
𝑅(𝑠) Controlador 𝑌(𝑠)
𝐺𝑐 𝑠 = 𝐾 𝐺𝑝 (𝑠)
𝑁(𝑠)
𝐾𝐺𝑝 𝑠
• Sensibilidade de 𝐺𝐴𝐹 𝑠 = a variações Quanto maior o ganho
1+𝐾𝐺𝑝 𝑠
do anel de
de 𝐺𝑝 𝑠 realimentação, maior
𝑑𝐺𝐴𝐹 (𝑠) 1 a insensibilidade do
𝑆𝐺 = = desempenho do anel
𝑑𝐺𝑝 (𝑠) 1 + 𝐾𝐺𝑝 𝑠
fechado a variações
⟶0, se 𝐾⟶∞ nos parâmetros do
processo.
Efeitos da realimentação
2.5
2
2
1.5
y(t)
y(t)
1.5
1
1
0.5 0.5
0 0
0 5 10 15 0 2 4 6 8 10 12
t (sec) t (sec)
Instabilização
0
10
-2
y(t)
y(t)
-4
5
-6
-8
0 -10
0 5 10 15 0 50 100 150
t (sec) t (sec)
Efeitos da realimentação
40 1
35
0.8
30
25 0.6
y(t)
y(t)
20
15 0.4
10
0.2
5
0 0
0 500 1000 1500 0 50 100 150 200 250
t (sec) t (sec)
Com erro estacionário
1 0.5
0.8 0.4
0.6 0.3
y(t)
0.2 0.1
0 0
0 1 2 3 0 0.5 1 1.5
t (sec) t (sec)
Pergunta
https://create.kahoot.it/details/at3-efeitos-da-realimentacao/fb76183c-546d-451d-a71d-
b9cf5db844ce
Pergunta
https://create.kahoot.it/details/at3-efeitos-da-realimentacao/fb76183c-546d-451d-a71d-b9cf5db844ce
Efeitos da realimentação
62