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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS

INTERAÇÕES DE ESPÉCIES

RELAÇÕES ECOLÓGICAS INTERESPECÍFICAS

CAXIAS-MA

2022
INTERAÇÕES DE ESPÉCIES: RELAÇÕES ECOLÓGICAS INTERESPECÍFICAS

SPECIES INTERACTIONS: INTERSPECIFIC ECOLOGICAL RELATIONSHIPS

Andressa Raquel1
Jocilane1
Madson Ítalo1
Professora2

RESUMO
A Terra possui diversas formas de vida não somente físicas, mas também,
químicas e biológicas que afetam e modificam o meio ambiente. É estimado que
cerca de 8,7 milhões de espécies e as interações ecológicas no mundo, estas por
sua vez geram equilíbrio no mundo para que interagir harmonicamente. As
interações ecológicas tidas como desarmônicas, no caso do parasitismo e da
predação, tem a capacidade de promover a diversidade de espécies. As interações
ecológicas são promotoras da própria evolução. O ser humano vem interferindo
nessas interações de maneira comprometedora. Há, de forma generalizada na
sociedade, a ideia de que o homem é um usuário da natureza e não um elemento
dela, o que pode causar danos irreparáveis ao meio ambiente. Sendo assim o
objetivo principal do presente estudo é analisar a importância das interações ou
relações ecológicas interespecíficas no meio ambiente. O método de pesquisa
escolhido foi a pesquisa bibliográfica descritiva, com abordagem qualitativa. Como
conclusão chegou-se a ideia de que para sobreviver na sociedade, todos os
indivíduos precisavam conhecer seu ambiente, como a força natureza, vegetação e
animais, porém, o homem não se considera como um elemento integrante da
natureza e sim como usuário dela, é preciso conscientização que o homem faz parte
e depende da natureza, por isso a importância de conhecer para preservar.
Palavras-chave: Natureza. Humano. Ecologia. Interações.

ABSTRACT
The Earth has several forms of life, not only physical, but also chemical and
biological, which affect and modify the environment. It is estimated that about 8.7
million species and ecological interactions in the world, these in turn generate
balance in the world so that they interact harmoniously. The ecological interactions
considered disharmonious, in the case of parasitism and predation, have the ability to

1
Alunos do curso de Ciências Naturais. Universidade Estadual do Maranhão UEMA. Caxias-MA. 2022.
2
Professor orientador do curso de Ciências Naturais. Universidade Estadual do Maranhão UEMA. Caxias-MA.
2022.
promote species diversity. Ecological interactions are promoters of evolution itself.
The human being has been interfering in these interactions in a compromising way.
There is, in a generalized way in society, the idea that man is a user of nature and
not an element of it, which can cause irreparable damage to the environment.
Therefore, the main objective of this study is to analyze the importance of
interspecific ecological interactions or relationships in the environment. The research
method chosen was descriptive bibliographical research, with a qualitative approach.
As a conclusion, the idea was reached that in order to survive in society, all
individuals needed to know their environment, such as the force of nature, vegetation
and animals, however, man does not consider himself as an integral element of
nature, but as a user of it, awareness is needed that man is part of and depends on
nature, so the importance of knowing to preserve.
Keywords: Nature. Human. Ecology. Interactions.

1. INTRODUÇÃO

As relações ou interações ecológicas são os efeitos que os organismos em


uma comunidade têm um sobre o outro. No mundo natural, nenhum organismo
existe em absoluto isolamento e, portanto, cada organismo deve interagir com o
meio ambiente e outros organismos.

As interações surgem a partir do momento em que os organismos habitam o


mesmo espaço ou compartilham um mesmo recurso, como alimento, oxigênio, ou
mesmo um parceiro para o acasalamento. Essas interações ocorrem em
um ecossistema em forma de categoria com as diferentes formas dos organismos
conseguirem comida e energia. Alguns organismos podem fazer sua própria comida,
enquanto outros se alimentam ingerindo outros organismos.

A interação entre os seres vivos de um determinado meio, torna-se importante


pelo fato de ser uma das formas de controlar o número de indivíduos de uma
determinada região, como também resulta na sobrevivência e no equilíbrio da cadeia
alimentar. Estas podem se classificar entre os seres vivos inicialmente em dois
grupos: As intraespecíficas, que ocorrem entre seres da mesma espécie e as
interespecíficas, entre seres de espécies diferentes.

As interações são fundamentais para que possamos prever o resultado de


impactos ambientais e, mais do que isso, evitar que o funcionamento dos
ecossistemas seja comprometido. As mesmas têm como objetivos sociais contribuir
para a aprendizagem efetiva de habilidades e conteúdos, assim como fortalecer os
valores éticos fundamentais ao desenvolvimento moral do ser humano. Na infância,
a interação entre as crianças é indispensável para a construção de aprendizagens.

2. AS RELAÇÕES ECOLÓGICAS

As relações ecológicas conforme Araguaia (2017) ocorrem dentro de uma


mesma população ou intraespecífica, e entre populações diferentes ou
interespecífica. Estabelecendo interaçoes que possam buscar alimento como água,
espaço, abrigo, luz ou parceiros para reprodução. Ha muitas espécies, porém,
apenas duas ou mais populações podem se afetar (ou não) mutuamente de maneira
benéfica, (relações harmônicas) neutra, ou adversa (relações desarmônicas).

Existem centenas de milhares de espécies catalogadas em nosso


planeta e ainda muito mais para descobrir, todas interligadas,
mantendo algum tipo de interação, algumas efêmeras e outras
imprescindíveis para a sobrevivência sem a qual as espécies
relacionadas não sobreviveriam, a maioria destas interações é do
tipo consumidor-recurso constituindo a relação mais fundamental
entre as espécies, formando uma cadeia trófica concisa e complexa
(RICKLEFS, 2003, p 256).

As intraespecíficas são vistas como as harmônicas ou desarmônicas. Quando


nenhum dos organismos se prejudica em uma interação diz-se que ela é harmônica,
pois o que ocorre na verdade é uma cooperação intraespecífica, aqui se encontra os
conceitos ecológicos de colônia e sociedade, uma relação é considerada
desarmônica quando pelo menos um dos indivíduos sofre algum efeito adverso na
interação como é o caso da competição intraespecífica e o canibalismo (LAY-ANG,
2017).

Hanasaki et al (2013) apresenta um resumo dos tipos principais de interações


entre populações conforme figura 1:
Figura 1: resumo dos tipos principais de interações entre populações

Fonte: HANASAKI et al, 2013

Porém, Araguaia (2017) descreve essa classificação harmônica de


desarmônica conforme figura 2:

Figura 2: classificação harmônica de desarmônica das interações ecológicas

Fonte: Araguaia (2017)


2.1 Principais interações

Desta forma, as relações intraespecíficas podem se dividir em Canibalismo,


Competição, Sociedade e Colônia.

O canibalismo pode ocorrer em populações que apresentam uma grande


quantidade de indivíduos, como o caso do rato almiscarado que se comem para
sobreviver. A competição sempre será uma relação desarmônica quer seja intra ou
interespecífica, ela pode existir por disputa de recursos ou por disputa de território
ou parceiros para reprodução.

A sociedade é uma associação harmônica de organismos de uma mesma


espécie, não vivem unidos anatomicamente como nas colônias. E a colônia uma
associação harmônica de indivíduos da mesma espécie que necessitam
anatomicamente de uma relação intrínseca. Isso tudo pode ser observado nas
figuras 3, 4, 5 e 6:

Figura 3: Canibalismo entre gafanhotos

Fonte: HANASAKI et al, 2013


Figura 4: Competição: daninhas em pé de feijão

Fonte: HANASAKI et al, 2013

Figura 5: Sociedade: inquilinismo

Fonte: HANASAKI et al, 2013


Figura 6: Colônia - Alpinia zerumbet

Fonte: HANASAKI et al, 2013

Em contrapartida as relações interespecíficas, são as interações entre


indivíduos de espécies diferentes e assim como abordado nas relações
intraespecíficas, elas também são avaliadas como harmônicas ou desarmônicas
dentro do ponto de vista de ganho ou perda para os organismos envolvidos.

2.2 Vantagens e desvantagens nas relações interespecíficas

Lay-ang (2017) cita que quando nenhum dos organismos se prejudica em


uma interação diz-se que ela é harmônica, aqui encontramos os conceitos
ecológicos de mutualismo, inquilinismo, comensalismo entre outros. Uma relação
é considerada desarmônicas quando pelo menos um dos indivíduos sofre algum
efeito adverso na interação como é o caso da sinfilia, competição, parasitismo,
amensalismo e predação.

 Predação; quando uma população afeta a outra de modo adverso e


acaba se beneficiando dessa interação.

 Competição, onde duas ou mais populações disputam o mesmo recurso.


 Herbivoria, ocorre entre certos animais (bem como insetos) e plantas.
Nesta relação os animais ingerem partes da planta.

 Parasitismo; diferencia-se da predação, pelo fato de manter o hospedeiro


vivo embora de maneira deletéria podendo ser explorado durante um
certo período de tempo.
 Neutralismo; embora haja interação entre as populações ambas não são
afetadas.
 Comensalismo; quando uma população é beneficiada enquanto a outra fica
neutra.
 Amensalismo; quando uma população sofre efeito deletério enquanto a
outra fica neutra.

 Protocooperação; é o tipo de interação que surte benefício para ambas


as espécies, porém, uma pode viver independente da outra.

 Mutualismo; ambas as espécies se beneficiam e é indispensável à


sobrevivência de ambos.

 Inquilinismo ou epifitismo; uma espécie vive sobre ou no interior de outra


espécie hospedeira a fim de se proteger ou conseguir recursos
adicionais, sem que esta última seja prejudicada.

Os principais tipos de interações interespecíficas possíveis são a predação,


quando uma população afeta a outra de modo adverso e acaba se beneficiando
dessa interação. A competição, onde duas ou mais populações disputam o mesmo
recurso.

Figura 7: relações interespecíficas

Predação Competição

Fonte: HANASAKI et al, 2013


A herbivoria ocorre entre certos animais (bem como insetos) e plantas. Nesta
relação os animais ingerem partes da planta. O parasitismo diferente da predação,
pelo fato de manter o hospedeiro vivo embora de maneira deletéria podendo ser
explorado durante um certo período de tempo. O neutralismo embora haja
interação entre as populações ambas não são afetadas.

Figura 8: relações interespecíficas

herbivoria parasitismo neutralismo

Fonte: HANASAKI et al, 2013

O comensalismo, quando uma população é beneficiada enquanto a outra


fica neutra. O amensalismo quando uma população sofre efeito deletério enquanto
a outra fica neutra. A protocooperação é o tipo de interação que surte benefício
para ambas às espécies, porém, uma pode viver independente da outra.

Figura 9: relações interespecíficas

protocooperação
amensalismo
comensalismo

Fonte: HANASAKI et al, 2013


O mutualismo ambas as espécies se beneficiam e é indispensável à
sobrevivência de ambos. O inquilinismo ou epifitismo é uma espécie vive sobre ou
no interior de outra espécie hospedeira a fim de se proteger ou conseguir recursos
adicionais, sem que esta última seja prejudicada.

Figura 10: relações interespecíficas

inquilinismo
mutualismo

Fonte: HANASAKI et al, 2013

Figura 11: Exemplos de interações ecológicas diretas entre espécies em comunidades. (A)
Neutralismo; (B) Comensalismo; (C) Mutualismo; (D) Parasistismo; (E) Predação; (F) Amensalismo; e
(G) Competição Interespecífica. 1 = Espécie 1; 2 = Espécie 2. Os sinais indicam o tipo de resultado
sobre as espécies participantes: - interação prejudicial; + interação benéfica (modificado do MORIN,
1999).

Fonte: Lay-ang (2017)


Classificação e tipos de relações de acordo com Lay-ang (2017) conforme
figura 12:

Figura 12: Classificação e tipos de relações ecologicas

Fonte: LAY-ANG (2017)

Do ponto de vista ecológico essas relações ou interações acabam sendo um


mecanismo que regula ou não a densidade populacional de presas e predadores
nas diversas situações nas quais pode manter as densidades populacionais de
espécies, reduzindo a densidade ou não.

As espécies espalhadas nas mais diversas comunidades se inter-relacionam,


interagem entre si mesmas (intraespecífica) e com outras espécies
(interespecíficas), inseridas em populações e agrupadas em comunidades, por sua
vez conectadas aos ecossistemas. Esta relação que se dá entre os organismos
vivos, (tanto harmônica quanto desarmônica) e estes com os ecossistemas,
asseguram a sobrevivência das espécies.
O Neutralismo é a associação duplamente neutra entre duas espécies, na
qual a dinâmica de nenhuma população é afetada pela presença e/ou a associação
com a outra, ou seja, há uma ausência de interação entre duas populações. A
simbiose é cercada de confusão e polêmica, definições claras e consistentes não
estão em uso geral. A falta de consenso sobre os primeiros princípios do termo tem
graves consequências para a Biologia.

O Comensalismo é a interação na qual uma população é beneficiada,


enquanto a outra não é afetada, não ganhando e tão pouco perdendo com a
interação, servindo de transporte caracterizando-se pela locomoção de um animal
por outro, denominado forésia.

O mutualismo é a interação obrigatória ou facultativa entre duas espécies com


benefício mútuo de trocas diretas de bens ou serviços como o alimento, defesa ou
transporte, dentre outros.

Figura 13: – Exemplo de uma interação ecológica mutualística indireta entre espécies em
comunidades.

Fonte: (BEGON et al., 2007).

O Parasitismo é a interação na qual um organismo, o parasita, mantém-se


temporária ou permanentemente no interior, sobre ou perto. Normalmente, os
parasitas são muito menores do que a presa e específicos de seu hospedeiro. A
Predação é a interação na qual um organismo (predador) consome parte ou o todo
de um organismo vivo (presa), benéfica para o primeiro e prejudicial para o último.
Figura 14 - Larva do Tricóptero (Glossosoma nigrior), vista interna da larva e aparência externa.

Fonte: PERONI; HERNANDEZ ( 2011)

Os predadores podem se classificar em um continuun, desde a


monofagia (um único tipo de presa) até a polifagia (muitos tipos de
presas). Na primeira, a preferência alimentar é fixa, independente de
sua disponibilidade, enquanto na última, há uma variedade de
possibilidade de recursos, de modo que o predador não sofre com a
flutuação da disponibilidade dos mesmos. Assim, certos itens
alimentares muitas vezes são consumidos desproporcionalmente
quando se tornam comuns (BEGON et al., 2007, p. 36).

O Amensalismo é a interação na qual uma população é inibida ou


prejudicada, enquanto a outra não é afetada, não ganhando nada em troca, nem
sofrendo nada. Por exemplo, humanos estão envolvidos em relações amensais com
inúmeros organismos, tais como os liquens que morrem com a poluição do ar
causada pelas atividades antrópicas, assim como as abelhas que morrem quando o
departamento de saúde pulveriza o ar contra os mosquitos transmissores da dengue
(BEGON et al., 2007).
Figura 15: O Amensalismo

Fonte: PERONI; HERNANDEZ ( 2011)

A Competição interespecífica é a interação na qual duas ou mais populações


demandam simultânea por um recurso essencial comum e é mutuamente prejudicial,
por causa da depleção de recursos essenciais ou pela interferência, sendo
classificada em dois tipos, por exploração, na qual opera indiretamente pela
limitação de algum recurso em comum, e por interferência (BEGON et al., 2007).

Figura 16 - Exemplo clássico de exclusão competitiva. Quando cultivadas isoladamente, Paramecium


aurelia e Paramecium caudatum desenvolvem-se e reproduzem-se normalmente. Entretanto, quando
cultivadas em culturas mistas, Paramecium aurelia exclui competitivamente Paramecium caudatum.

Fonte: PERONI; HERNANDEZ ( 2011)


2.2.1 Relações Desarmônicas das interações se dividem em:

Como visto até o momento não se pode deixar de destacar que essas
interações se dividem:

- ANTIBIOSE E AMENSALISMO

Exemplos:

 Certas algas planctônicas dinoflageladas (do tipo Pirrófitas);

 Raízes de algumas plantas que liberam substâncias tóxicas;

 Folhas que caem no solo;

 Fungos do gênero Penicillium.

Figura 17: antibiose e amensalismo

Fonte: PERONI; HERNANDEZ ( 2011)


- COMPETIÇÃO

Como visto anteriormente, a competição pode ocorrer entre organismos da mesma


espécie (intraespecífica) ou de espécies diferentes (interespecífica).

Exemplos:

Roedores e pássaros granívoros são animais que se alimentam de sementes, assim,


muitos roedores de espécies diferentes, bem como aves de espécies distintas.

Figura 18: competição

Fonte: PERONI; HERNANDEZ ( 2011)

- ESCLAVAGISMO OU ESCRAVISMO

É a interação desarmônica na qual uma espécie captura e faz uso do trabalho, das
atividades e até dos alimentos de outra espécie.

Exemplos:

Formigas amazonas e formigas foscas.


Figura 19: esclavagismo ou escravismo

Fonte: PERONI; HERNANDEZ ( 2011)

- PARASITISMO

É a associação desarmônica entre indivíduos de espécies diferentes na qual um vive


à custa do outro, prejudicando-o.

Exemplos:

Ascaris lumbricoides (lombriga) e Enterobius vermicularis (oxiúrio).


Figura 20: parasitismo

Fonte: PERONI; HERNANDEZ ( 2011)

- PREDATISMO

É a interação desarmônica na qual um indivíduo (predador) ataca, mata e devora


outro (presa) de espécie diferente.

Exemplos: Leão na savana seca

Figura 21: predatismo

Fonte: PERONI; HERNANDEZ ( 2011)

3. METODOLOGIA
O presente estudo terá como tipo de pesquisa escolhida, a pesquisa
bibliográfica descritiva, com abordagem qualitativa, ou seja, esta abordagem irá
considerar os aspectos subjetivos do fenômeno estudado, respeitando tempo, local,
cultura, símbolos, crenças, valores, relações e dispensará os dados quantificados
em equações ou estatísticas.

A vantagem da abordagem qualitativa são as várias informações sobre


determinado fenômeno, analisadas por outros pesquisadores de forma subjetiva,
com objetivos diferentes para obtenção de uma amostragem de indivíduos
(LAKATOS; MARCONI, 2017, p. 123).

A pesquisa bibliográfica é importante para este estudo, pois, trata-se de um


método que abrange o fenômeno estudado sobre a temática por meio de leituras.
Mesmo que alguns autores admitam que por vezes a pesquisa bibliográfica possa
perder a sua autenticidade caso os dados colhidos sejam processados de forma
inadequada. Porém, é lícito que os pesquisadores se assegurem que todos os
dados sejam coerentes com a pesquisa sem contradições.

Conforme Lakatos e Marconi (2017), esse tipo de pesquisa compreende toda


a bibliografia publicada em relação ao tema de estudo, desde publicações em
revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, artigos científicos impressos ou
eletrônicos, material cartográfico e até meios de comunicação oral: programas de
rádio, gravações, audiovisuais, filmes e programas de televisão. Sua intenção é pôr
o pesquisador em relação direta com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre
determinado assunto.

A técnica de coleta de dados da pesquisa é o momento da apuração de


informações para evidenciar a problemática. Para isso, o instrumento deste estudo
sugerido para tal evidência foi a análise de documentos como livros físicos, artigos,
monografias e dissertações encontradas via online em sites de busca e bibliotecas
eletrônicas de educação.

Sendo assim, pesquisar refere-se ir em busca de informações sobre algo ou


algum tema, ou seja, a pesquisa visa essencialmente a produção de novo
conhecimento e tem a finalidade de buscar respostas a problemas e a indagações
teóricas e práticas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, é possível observar como as relações ecológicas
interespecíficas interagem e ocorrem entre os organismos de espécies diferentes.
Essas relações podem beneficiar os organismos ou não. Aquelas que beneficiam
todos os envolvidos ou apenas um, sem prejudicar o outro, são chamadas de
harmônicas ou positivas. Já aquela que prejudica pelo menos um dos envolvidos é
denominada de desarmônica ou negativa.

Nessa relação ecológica, organismos de espécies diferentes associam-se de


modo que ambas as espécies sejam beneficiadas. Contudo, apreender o conteúdo
de interações ecológicas é importante neste processo de formação de um cidadão
pleno. Entende-se enfim, interações ecológicas como sendo relações entre espécies
que vivem numa comunidade, especificamente é o efeito que um indivíduo de uma
espécie pode exercer sobre um indivíduo de outra espécie.

REFERÊNCIAS
ARAGUAIA, Mariana. Relações ecológicas; Brasil Escola. Disponível
em <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/relacoes-ecologicas.htm>. Acesso em:
2022.

BEGON M, TOWNSEND CR e HARPER JL. Ecologia – De Indivíduos a


Ecossistemas. 4ªed. Tradução: Adriano Sanches. Porto Alegre: Artmed, 2007.

CERQUEIRA, Lenicy Lucas de Miranda. FERREIRA, Lurnio Antonio Dias.


Biodiversidade e interações ecológicas. SETEC, UFMT, 2017. Disponível em:
https://setec.ufmt.br/ri/bitstream/1/22/1/BIODIVERSIDADE%20E%20INTERA
%C3%87%C3%95ES%20ECOL%C3%93GICAS.pdf. Acesso em: 2022.

HADEL, V. F. Elefante marinho. 2008. Disponível em:


<http://noticias.cebimar.usp.br/artigos/71-elefante-marinho>. Acesso em 2022.

HANAZAKI Natalia, et al. Introdução à Ecologia, 2. ed. e 1. reimp. – Florianópolis:


biologia/ead/UFSC, 2013.86p.

LAY-ANG, G. Relações intraespecíficas. Brasil Escola. Disponível em


<http://brasilescola.uol.com.br/biologia/relacoes-intra-especificas.htm>. Acesso em
2022.

MOREIRA, A. P. T. Zoologia de invertebrados I. Florianópolis.


BIOLOGIA/EAD/UFSC, 2009.

NOGUEIRA, A. V.; FILHO, G. N. S.; Microbiologia. Florianópolis:


Biologia/EaD/UFSC, 2010.

PERONI, N.; HERNANDEZ, M.I.M. Ecologia de populações e comunidades.


Florianópolis: CCB/EAD/UFSC, 2011.

PIANKA, E. R. Ecologia evolutiva. Barcelona: Omega, 1982. 365p.

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