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Aulas 17043
Aulas 17043
QUANTIFICAÇÃO DE ANALITOS
E INTERPRETAÇÃO DO
RESULTADO TOXICOLÓGICO
Como é cobrado em provas:
o Parte de quantificação: conceitos de validação, construção de curva de
calibração
o A relação entre o quantitativo e a interpretação do resultado é cobrada em
questões de interpretação de casos clínicos – bom assunto para uma
discursiva
Quais parâmetros fisiológicos e farmacocinéticos devem ser
considerados na hora de avaliar os resultados
Técnicas quantitativas mais empregadas
Pontos de atenção:
o Esse tópico concentra conhecimentos de vários assuntos, pois se trata da
parte final do toxicologista forense. Deixe para estudar ao final e tenha
atenção ao enunciado da questão para não confundir o comando da mesma
(especialmente na discursiva).
Como estudar:
o Estudar de forma resumida o que é importante para uma validação de técnica
quantitativa
Diferenciação de métodos quali para quantitativos
Diferenciação de métodos clássicos e instrumentais
o Principais aplicações da análise quantitativa e o que ela pode influenciar no
caso forense
Fontes úteis:
o https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/tecnologia/
LUCIANAMARIASARAN/quimicaanalitica/introducao-a-analise-quimica.pdf
o Tabela do artigo “Therapeutic and toxic blood concentrations of nearly 1,000
drugs and other xenobiotics” que resumo os valores de referência e doses
tóxicas de muitos fármacos em soro:
https://www.researchgate.net/publication/230572075_Therapeutic_and_toxi
c_blood_concentrations_of_nearly_1000_drugs_and_other_xenobiotics#read
Quantificação de analitos
A quantificação de um analito se dá após a identificação (análise qualitativa) do mesmo na
amostra biológica.
Para que a quantificação seja possível, o toxicologista necessita ter conhecimento de alguns
parâmetros que são importantes para se empregar uma técnica corretamente validada, o que
vai ser relevante para o resultado do laudo pericial.
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TOXICOLOGIA
Especificidade/seletividade
Parâmetro que corresponde à capacidade do método em detectar o analito de interesse na
presença de outros componentes da matriz.
Intervalo de trabalho
O intervalo do método analítico corresponde à faixa do maior ao menor nível que possa ser
determinado com precisão e exatidão.
Linearidade
A linearidade refere-se à capacidade do método de gerar resultados linearmente proporcionais
à concentração do analito, enquadrados em faixa analítica especificada.
Sensibilidade
A sensibilidade é a capacidade do método em distinguir, com determinado nível de confiança,
duas concentrações próximas.
Exatidão
A exatidão representa a concordância entre o valor real do analito na amostra e o estimado
pelo processo analítico.
Precisão
Representa o parâmetro responsável pela avaliação da proximidade entre várias medidas
efetuadas na mesma amostra
Limite de detecção
O limite de detecção representa a menor concentração do analito que pode ser detectada,
mas não necessariamente quantificada, sob condições experimentais estabelecidas.
Limite de quantificação
O limite de quantificação é definido como a menor concentração do analito, que pode ser
quantificada na amostra, com exatidão e precisão aceitáveis, sob as condições experimentais
adotadas.
Robustez
A robustez é a medida da capacidade do método de permanecer inalterado sob pequenas, mas
estudadas, variações nos seus parâmetros e prover indicação da sua dependência durante o
uso normal.
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TOXICOLOGIA
Quando o número de amostras é pequeno como, por exemplo, no caso de uma análise
eventual, são comumente preferíveis.
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Quando muitAs determinações semelhantes devem ser feitas, a análise com métodos
instrumentais é normalmente mais rápida do que com métodos clássicos, que exigem grande
volume de trabalho.
MÉTODOS INSTRUMENTAIS
Requerem o uso de um instrumento apropriado para serem aplicados.
Mais rápidos e aplicáveis em concentrações muito pequenas para serem determinadas por
métodos clássicos.
Exemplos:
3. Potenciometria;
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A interpretação dos resultados é vista como outro passo importante; onde devem ser
considerados fatores como a dose e via de administração, efeitos aditivos devido a associação
com outras substâncias, patologias existentes e idiossincrasias.
Outros fatores como genética da vítima, idade, sexo, e outros tais como dieta são
também fundamentais, pois podem afetar a exposição e a dose, através de alterações na
absorção, distribuição ou metabolismo.
Não basta, portanto, identificar uma substância com relevância toxicológica, mas é
essencial interpretar adequadamente os dados obtidos face às variáveis envolvidas. Até
porque, descobrir seu significado (interpretar o resultado analítico) pode estar além do
encontrado no laboratório.
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o Embora seja bastante comum que se questione sobre isso em quesitos oficiais,
não existem valores estabelecidos de doses ou concentrações letais em seres
humanos. O que existe na literatura são relatos de casos nos quais se
descrevem as concentrações das substâncias encontradas em periciados cuja
morte foi atribuída à intoxicação..
TOLERÂNCIA
o Indivíduos que desenvolveram tolerância farmacodinâmica a uma substância
podem apresentar níveis altíssimos da mesma no sangue sem que isso
ocasione a ocorrência de efeitos tóxicos pronunciados.
NÍVEIS SANGUÍNEOS, SÉRICOS E PLASMÁTICOS
o A diferença entre essas matrizes ocorre porque a distribuição das substâncias
dentro do sangue pode não ser homogênea entre suas frações líquidas e
plasmáticas.
ACUMULAÇÃO NOS TECIDOS
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TOXICOLOGIA
QUANDO QUANTIFICAR
o A quantificação dos agentes tóxicos é importante em casos de intoxicações ou
envenenamentos acidentais ou em casos de tentativa ou “sucesso” de suicídio
ou homicídio para se verificar se os valores encontrados na vítima estavam
acima dos valores de referência preconizados ou se ultrapassavam muito esses
valores, se aproximando de uma dose letal.
Álcool
o Dosagem (quantificação) de álcool no sangue também é importante para os
casos de enquadramento nas leis de trânsito (acima de 6 dg/L tem implicações
penais) ou pessoas envolvidas em acidentes de trânsito (tanto vítimas quanto
causadores do acidente) para.
o Álcool em urina também pode ser avaliado, mas de forma qualitativa
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TOXICOLOGIA
Monóxido de carbono
o Quantificação dos níveis de carboxiemoglobina no sangue também são úteis
para ajudar na elucidação da causa da morte (se pode ser sido por asfixia ou
algum outro motivo).
Nitrito/nitrato
É importante quantificar no para diferenciar valores basais (pois ingerimos em alimentos
embutidos) de valores tóxicos. No sangue, quantifica-se o nitrato, pois o nitrito é convertido a
nitrato após absorvido.
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Cocaína
Se a concentração encontrada no sangue for muito alta, pode-se fazer a quantificação
para se avaliar a possibilidade de morte por overdose de cocaína.
Outras substâncias
Quantificação pode ser feita pedido do médico legista, dos quesitos formulados no
pedido de perícia ou a critério do perito.
Principais metabólitos
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TOXICOLOGIA
9THC – hidrólise para remover o ácido glicurônico, acidificação do meio para neutralização do
grupo carboxilato, extração com solventes orgânicos apolares (como o hexano).
Laudo
Elaborar laudo que contenha, além dos resultados qualitativos e quantitativos,
informações referentes aos métodos de análise utilizados, no que diz respeito à critério de
qualidade laboratorial, sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade do ensaio.
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