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Teste de avaliação BG

Biologia e Geologia 11º ano VERSÃO 2

Todas as questões valem 8 pontos


GRUPO I

Um estudo realizado por investigadores do Imperial College London e da Universidade de Bristol, e publicado em dezembro
de 2018, sugere que, ao contrário do que se pensava, os vulcões não são alimentados a partir de câmaras magmáticas com
elevada percentagem de rocha em fusão, mas que, em vez disso, são alimentados pelos chamados “reservatórios de papa”
(mush, em inglês) que são estruturas porosas e permeáveis, formadas maioritariamente por cristais compactados e com
rocha fundida nos pequenos espaços entre os cristais.
Para entrar em erupção, os vulcões precisam de uma fonte de magma com a maior parte do seu volume em estado de
fusão, e contendo relativamente poucos cristais. Tradicionalmente, pensava-se que este magma era formado e armazenado
em grandes câmaras subterrâneas. A sugestão apresentada pelos investigadores, com base em modelos sofisticados dos
“reservatórios de papa”, é a de que a rocha fundida é menos densa que os cristais entre os quais se aloja, e ascende pelos
espaços entre eles, reagindo com os cristais, que fundem também, produzindo magmas de baixa cristalinidade e
quimicamente diferenciados. Estes magmas ascendem, formando intrusões superficiais, ou são libertados em erupções.

Os novos dados apontam para que o armazenamento de magma a longo prazo ocorra a temperaturas baixas e com uma
baixa percentagem de material em fusão, mesmo por baixo de vulcões ativos, e que elevadas percentagens de fusão,
causadas pelo fluxo reativo de material fundido que mobiliza os cristais, são temporárias.

Fonte: Imperial College London. "Volcanoes fed by 'mush' reservoirs rather than molten magma chambers." ScienceDaily.
ScienceDaily, 4 December 2018 e M. D. Jackson, J. Blundy, R. S. J. Sparks. Chemical differentiation, cold storage and
remobilization of magma in the Earth’s crust. Nature, 2018

Figura 1

1. De acordo com a investigação referida no texto, o magma que é libertado durante as erupções vulcânicas
(A) encontra-se armazenado, em estado de fusão, em câmaras magmáticas antigas.
(B) tem uma elevada percentagem de material em fusão e encontra-se em reservatórios superficiais de formação recente.
(C) encontra-se armazenado em câmaras magmáticas superficiais, principalmente no estado sólido.
(D) está armazenado, no estado de fusão, nos poros de rochas profundas e ascende rapidamente até à superfície.

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2. O material rochoso fundido que ascende entre os cristais torna-se mais
(A) ácido e mais viscoso.
(B) básico e mais viscoso.
(C) ácido e mais fluido.
(D) básico e mais fluido.

3. As intrusões superficiais de magmas diferenciados que não chegam a ser emitidos em erupções vulcânicas, consolidam
em rochas
(A) leucocratas, com textura afanítica.
(B) melanocratas, com textura fanerítica.
(C) leucocratas, com textura fanerítica.
(D) melanocratas, com textura afanítica.

4. Considere as seguintes afirmações relativas à fração cristalina de um magma.


I – A fração de um magma que se mantém no estado sólido é constituída por cristais de minerais com um baixo ponto de
fusão.
II – Verifica-se isomorfismo quando, durante a diferenciação de um magma, se altera a composição de um mineral sem que
se altere a sua estrutura cristalina.
III – Acima dos 1000 ºC já não é possível a existência de cristais num magma.

(A) II é verdadeira, I e III são falsas


(B) I é verdadeira, II e III são falsas.
(C) I e III são verdadeiras, II é falsa.
(D) I e II são verdadeiras, III é falsa.

5. Explique o processo de diferenciação sofrido pelo magma desde os “reservatórios de papa” até que é libertado à
superfície, durante as erupções vulcânicas.

GRUPO II

As panteras-da-Flórida, da espécie Puma concolor subsp. coryi, são a única população de pumas encontrada a leste do rio
Mississippi, nos Estados Unidos da América. Em meados da década de 90, existiam menos de trinta panteras-da-Flórida na
natureza, o que tornou a consanguinidade inevitável. A população apresentava uma frequência anormalmente elevada de
insuficiência cardíaca, de testículos não descidos e de doenças infeciosas. Perante a situação desesperada em relação à
conservação destes animais, os biólogos introduziram oito fêmeas de pumas-do-Texas, pertencentes à mesma espécie, no
sul da Flórida. Os pumas-do-Texas, Puma concolor subsp. stanleyana, constituíam a população geograficamente mais
próxima das panteras-da-Flórida e tinham potencial para restaurar a diversidade genética destas. Cinco dos pumas
introduzidos na década de 90, produziram pelo menos 20 crias. Hoje existem mais de 230 animais na população. Muitos
dos descendentes deste programa de introdução percorrem o sul da Flórida e os parques nacionais de Everglades e de Big
Cypres.
Análises recentes ao genoma dos animais revelaram que a diversidade genética triplicou. Em meados da década de 90,
cerca de 21% das panteras-da-Flórida tinham um problema cardíaco chamado de defeito do septo atrial e mais de 60% dos
machos possuíam os testículos não descidos, uma séria ameaça à sobrevivência da população, mas, nos últimos anos, esses
números caíram para 7% e 3%, respetivamente.

Fonte: Ohio State University. ScienceDaily, www.sciencedaily.com/releases/2019/10/191003111755.htm

1. As panteras-da-Flórida e os pumas-do-Texas produzem gâmetas


(A) haploides, por mitose.
(B) diploides, por meiose.
(C) haploides, por meiose.
(D) diploides, por mitose.
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2. As crias das panteras-da-Florida com os pumas-do-Texas
(A) possuem um cromossoma de cada progenitor em cada par de cromossomas homólogos.
(B) possuem um cariótipo com um número de cromossomas diferente do dos progenitores.
(C) não são da mesma espécie dos progenitores.
(D) podem ser clones de um dos progenitores.

3. A reprodução sexuada contribui para aumentar a variabilidade genética das populações através
(A) do aumento da taxa de mutação.
(B) da recombinação génica e da fecundação aleatória.
(C) do grande aumento do número de descendentes.
(D) da transmissão da informação genética à geração seguinte.

4. Explique por que razão a consanguinidade se torna inevitável em populações muito pequenas e é, frequentemente,
acompanhada de anomalias físicas e de doenças.

5. Explique por que razão a falta de variabilidade genética pode conduzir à extinção de uma espécie.

GRUPO III

A Figura 2 representa a composição química de três rochas magmáticas: A, B e C.

Figura 2
1. A rocha B será o ______ se o magma tiver arrefecido _____ da Terra.
(A) diorito (…) no interior
(B) basalto (…) à superfície
(C) diorito (…) à superfície
(D) basalto (…) no interior

2. A rocha A é rica em minerais _____ e é a mais _____ das três rochas.


(A) félsicos (…) clara
(B) máficos (…) clara
(C) máficos (…) escura
(D) félsicos (…) escura

3. Considere as seguintes afirmações relativas à rocha C.


I – O magma que deu origem à rocha C era básico e fluido.
II – A rocha C é rica em minerais como a olivina, a piroxena e a plagióclase cálcica.
III – A rocha C forma-se em limites convergentes de uma placa oceânica com uma placa continental.

(A) II é verdadeira, I e III são falsas


(B) I é verdadeira, II e III são falsas.
(C) I e III são verdadeiras, II é falsa.
(D) I e II são verdadeiras, III é falsa.

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4. Explique por que razão a composição química de uma rocha magmática tem influência na sua cor, mas não na sua textura.

5. Identifique a rocha (A, B ou C) que pode corresponder ao riólito. Justifique a sua resposta.

GRUPO IV

Na década de 70, foi feita a primeira perfuração, com cerca de 1 km, no mar Mediterrâneo, pelo navio Glomar Challenger.
Os investigadores esperavam encontrar camadas de argila, de areia e de cascalho transportadas pelos rios, bem como
camadas de conchas de plâncton. Encontraram, de facto, essas camadas, mas também camadas espessas de evaporitos,
de halite e de gesso. A presença destes evaporitos intrigou os investigadores que procuraram uma resposta para essa
descoberta.
A placa Africana, que se desloca para norte, começou a colidir com a placa Euroasiática há vários milhões de anos, mas há
cerca de seis milhões de anos fechou-se a ligação entre o oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo, que era feita por dois
pequenos estreitos. Continuou a chegar água através dos grandes rios como o Ebro, o Nilo ou o Danúbio, mas o nível do
mar Mediterrâneo baixou entre os 1500 metros e os 1700 metros abaixo do nível do oceano Atlântico e transformou-se
numa bacia com 2 km de profundidade, que assim permaneceu até que o nível do mar no oceano Atlântico subisse o
suficiente para a água se derramar sobre a ponte terrestre entre a África e a Europa. O Estreito de Gibraltar transformou-
se numa gigantesca cascata que encheu o Mediterrâneo.
Fonte: Marshak, S., Rauber, R. Earth Science. W.W Norton & Company, 2017 (adaptado)

1. As argilas são transportadas pelos rios _____ e percorrem uma distância _____ que os cascalhos.
(A) em suspensão (…) maior
(B) por rolamento (…) menor
(C) em suspensão (…) menor
(D) por rolamento (…) maior

2. As camadas rochosas encontradas a maior profundidade no mar Mediterrâneo são as constituídas por materiais
(A) mais densos.
(B) maiores.
(C) mais antigos.
(D) mais resistentes à erosão.

3. Considere as afirmações seguintes relativas às conchas de animais marinhos.


I – Os animais marinhos constroem as suas conchas extraindo sais da água do mar.
II – As conchas de animais marinhos podem sofrer deposição e diagénese dando origem a calcário de precipitação.
III – As conchas dos animais marinhos são estruturas que favorecem a fossilização.

(A) I e III são verdadeiras, II é falsa.


(B) II é verdadeira, I e III são falsas.
(C) I é verdadeira, II e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras, I é falsa.

4. Explique a existência de camadas de halite e de gesso sob as águas do mar Mediterrâneo.

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GRUPO V
Em 1946, Joshua Lederberg e Edward Tatum desenvolveram um estudo cujo objetivo era verificar se as bactérias seriam
capazes de trocar material genético.
Numa primeira experiência, os investigadores fizeram crescer duas estirpes mutantes de Escherichia coli (estirpe A e estirpe
B), que, para se desenvolverem em meio de cultura mínimo (MM) 1, necessitavam do fornecimento de determinados
nutrientes, pois tinham defeitos na síntese de enzimas necessárias à biossíntese desses mesmos nutrientes. Os ensaios 1,
2, 3 e 4, cujos resultados estão representados na Experiência 1 da Figura 2, mostram o comportamento das estirpes A e B,
em diversos meios de cultura.
Numa segunda experiência, os investigadores misturaram previamente as duas estirpes, durante algum tempo, em MM
contendo os aminoácidos metionina, biotina, treonina e leucina, para que as duas estirpes se pudessem desenvolver.
Seguidamente, fizeram crescer a cultura bacteriana em placas de Petri com dois meios distintos. Os ensaios 5 e 6, cujos
resultados estão representados na Experiência 2 da Figura 2, mostram o comportamento das bactérias nos dois meios
distintos.

Nota:
1 MM — meio sem suplemento de nutrientes que permite o crescimento das estirpes selvagens, não mutantes, de Escherichia coli.

1. No estudo apresentado, a variável dependente é


(A) a alimentação fornecida.
(B) a espécie bacteriana.
(C) o crescimento de colónias.
(D) o meio de cultura mínimo.

2. Na Experiência 1, serviram de controlo os ensaios


(A) 1 e 3.
(B) 1 e 4.
(C) 2 e 3.
(D) 2 e 4.
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3. De acordo com os dados do estudo apresentado,
(A) a estirpe A não é capaz de produzir metionina nem treonina.
(B) a estirpe A não é capaz de produzir leucina.
(C) a estirpe B não é capaz de produzir treonina nem leucina.
(D) a estirpe B não é capaz de produzir metionina.

4. As estirpes de Escherichia coli utilizadas no estudo apresentam modificações no _______capazes de


alterar a sequência dos que constituem as enzimas necessárias à síntese dos nutrientes.
(A) RNA mensageiro … aminoácidos
(B) RNA ribossómico … nucleótidos
(C) RNA mensageiro … nucleótidos
(D) RNA ribossómico … aminoácidos

5. A biossíntese de proteínas ocorre através de reações


(A) catabólicas, com produção de ATP.
(B) anabólicas, com consumo de ATP.
(C) catabólicas, com consumo de ATP.
(D) anabólicas, com produção de ATP.

6. Explique de que modo os resultados obtidos nas duas experiências permitem responder ao objetivo do
estudo apresentado.

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