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Livro 1
Livro 1
PRÁTICAS EM
RELAÇÕES PÚBLICAS
Introdução
Na velocidade com que as coisas estão acontecendo dia após dia, as
empresas precisam surpreender, cada vez mais, os seus clientes. Saber
gerenciar uma marca é um dos grandes desafios para as empresas nos
próximos anos.
Neste capítulo, você vai identificar em que consiste a gestão de mar-
cas e todos os seus aspectos. Também verá como a gestão de marca é
utilizada e sua importância nas organizações.
Por ser um símbolo mais complexo, a marca pode trazer consigo até seis
níveis de significados, como mostrado no Quadro 1.
[…] a marca tem várias funções valiosas. No seu nível mais básico, as marcas
servem como marcadores para os sacrifícios de uma empresa. Para os clientes,
as marcas podem simplificar a escolha, isto é, prometem um nível de qualidade
particular, reduzem riscos e /ou geram confiança. Marcas são construídas
sobre o produto em si, a atividade de comercialização de acompanhamento,
e o uso (ou não uso) por parte dos clientes, bem como os outros. As marcas
refletem assim a experiência completa que os clientes têm com os produtos,
estas também desempenham um importante papel na determinação da eficácia
do marketing, no que toca à publicidade e canais de distribuição. Finalmente,
as marcas são um ativo no sentido financeiro. Assim, as marcas manifestam
o seu impacto em três níveis primários: mercado direcionado para o cliente,
mercado para o produto e o mercado financeiro. O valor acumulado por esses
vários benefícios é frequentemente chamado de brand equity […].
diferenciais e atraindo o público ideal, aquele que mais vai se satisfazer com
seus produtos ou serviços.
Definição de branding
O branding seria, de forma simples, a gestão da marca. É encarado por muitos
como a solução necessária e mais eficiente para melhorar a forma como as
empresas interagem com os seus consumidores para gerar mais lucro. É fonte
de receita certa se bem administrada.
Colaborando com esse pensamento, Martins (2006, p. 26) afirma que:
Em 1870, George Eastman fundou uma empresa que teve influência significativa no
mundo todo, quase desde seus primórdios. Mesmo com toda organização, envol-
vimento, disposição e inteligência de Eastman, seria improvável que o seu sucesso
tivesse sido atingido sem uma marca registrada tão forte: a Kodak. A Kodak, com suas
letras em negrito e seu fundo amarelo brilhante, usada há mais de 100 anos, mostra
a essência dos produtos e da marca criada por Eastman. A marca sobrevive até hoje
principalmente pelo compromisso com qualidade, geração de consciência do cliente,
promoção da lealdade e, acima de tudo, desenvolvimento de uma identidade de
marca forte e inconfundível (MARTINS, 2006).
Muitas vezes, boa parte das empresas já o faz, sem saber do que se trata,
por meio do cuidado com o atendimento e relacionamento com os clientes e
da qualidade dos seus produtos, o que é um trabalho de branding.
Segundo Kotler e Keller (2009, p. 270):
autenticidade;
relevância;
diferenciação;
presença;
consistência.
Gestão de marca 7
Brand equity
O termo brand equity ainda é recente, mas no Brasil começa a assumir um papel
essencial dentro das organizações, principalmente para aquelas que desejam
compreender como as suas marcas estão posicionadas junto ao público-alvo.
O conceito de brand equity surgiu na década de 1980 e está relacionado ao
fato de se obterem com uma marca resultados diferentes daqueles que seriam
obtidos se o mesmo produto não fosse identificado por aquela marca. Em
última instância, o brand equity significa o valor da marca, com a parcela do
valor de toda a organização que é atribuível apenas à marca. Tem a ver com
os valores e a essência que a marca reflete. Segundo Kotler e Keller (2009, p.
270), o brand equity é:
lealdade;
Gestão de marca 9
conhecimento da marca;
qualidade percebida;
associações;
ativos da marca.
Para saber mais sobre o modelo de brand equity de Aaker, acesse o seguinte link.
https://qrgo.page.link/UPg5
https://qrgo.page.link/9jKF
AAKER, D. A. Marcas: brand equity gerenciando o valor da marca. São Paulo: Negócio
Editora, 1998.
BRANDING: qual a alma da sua empresa? Endeavor Brasil, [s. l.], 14 jul. 2014. Disponível
em: https://endeavor.org.br/ebook-branding-qual-a-alma-da-sua-empresa. Acesso
em: 12 abr. 2019.
CASTELO, J. S. F. Os antecedentes e as dimensões do brand equity: uma comparação
entre marcas de vestuário de fabricantes e de lojas da cidade de Fortaleza. 2011. Tese
(Doutorado em Gestão de Empresas) - Faculdade de Economia, Universidade de
Coimbra, Coimbra, 2011.
KELLER, K. L.; LEHMANN, R. D. Brands and branding: research findings and future prio-
rities. Marketing Science, [s. l.], v. 25, n. 6, p. 740-759, 2006.
KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2009.
MARTINS, J. R. Branding: um manual para você criar, gerenciar e avaliar marcas. São
Paulo: Global Brands, 2006.
O QUE é marca? SEBRAE, Brasília, DF, 24 fev. 2017. Disponível em: http://www.sebrae.
com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mt/artigos/o-que-e-marca,6ac62a734bc6a510VgnVC
M1000004c00210aRCRD. Acesso em: 12 abr. 2019.
RODRIGUES, D. Naming: o nome da marca. Rio de Janeiro: 2AB, 2011.
SINEK, S. Comece pelo porquê. 1. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2018.
TAVARES, M. C. A força da marca. São Paulo: Harbra, 1998.
WEBSTER JUNIOR, F. E.; KELLER, K. L. A roadmap for branding in industrial markets.
Journal of Brand Management, [s. l.], v. 11, n. 5, 2004.
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Leituras recomendadas
AAKER, D. A. Construindo marcas fortes. 1 ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. E-book.
FLATLEY, M.; RENTZ, K.; LENTZ, P. Comunicação empresarial. Porto Alegre: AMGH, 2015.
RUÃO, T. As marcas e o valor da imagem: a dimensão simbólica das actividades econó-
micas. Braga: Universidade de Minho, 2003.