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Contabilidade Geral - Adriana Casavechia Fragalli - UNIASSELVI
Contabilidade Geral - Adriana Casavechia Fragalli - UNIASSELVI
GERAL
Coordenador(a) de Conteúdo
Luciano Santana Pereira
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Matheus Silva de Souza
Fotos
Shutterstock
FICHA CATALOGRÁFICA
200 p.
ISBN papel
ISBN digital
“Graduação - EaD”.
1. Contabilidade. 2. Geral. 3. EaD. I. Título.
CDD - 657
Impresso por:
RECURSOS DE IMERSÃO
P E N SA N DO J UNTO S
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
INDICAÇÃO DE L IVRO
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SUMÁRIO
5UNIDADE 1
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
59UNIDADE 2
BALANÇO PATRIMONIAL I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
BALANÇO PATRIMONIAL II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
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UNIDADE 3
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
ESTRUTURA BÁSICA DA
CONTABILIDADE I
ME. ADRIANA CASAVECHIA FRAGALLI
MINHAS METAS
Objetivos da Contabilidade
Campos de atuação
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UN I AS S ELV I
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1
“
Muitas empresas demoram a perceber a importância de realizar uma
gestão financeira eficiente dos seus negócios para que eles consigam
seguir em frente. Muitas vezes, em especial nos primeiros anos de vida
do empreendimento, acabam misturando as finanças pessoais com
as da empresa. Outro erro é não elaborar um fluxo de caixa e desco-
nhecer seus números reais de lucratividade, rentabilidade e liquidez.
Dessa forma, o empresário torna-se incapaz de tomar decisões emba-
sadas e estratégicas para o negócio. Ir à falência torna-se um processo
natural para as empresas que deixam de dar a atenção adequada às
suas finanças.” SERASA EXPERIAN, 2020, on-line.
E U IN D ICO
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UN I AS S ELV I
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
Para controlar os animais, por exemplo, o dono do rebanho separava uma pe-
dra para cada animal, ou fazia riscos em um pedaço de madeira ou osso, assim
ele acompanhava se havia a mesma quantidade de pedras, ou de riscos, em
comparação aos animais. É claro que esta era uma forma muito rudimentar de
contabilidade, mas já representava um acompanhamento do patrimônio
(FRAGALLI; SILVA, 2021, p. 14–15).
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1
Descrição da Imagem: a figura apresenta a imagem de uma caravela navegando no mar. A estrutura é de ma-
deira e tem alguns tripulantes. Há dois mastros com velas triangulares, cada uma com o desenho de uma cruz.
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A P RO F UNDA NDO
“
É de nosso conhecimento que a Contabilidade acompanha a evolu-
ção das sociedades, cidades e nações e, no início deste século, como
o cenário de maior desenvolvimento industrial e comercial passou
a ser a América do Norte, mais particularmente os Estados Unidos,
o eixo de evolução da Contabilidade deslocou-se em função desse
cenário (FAVERO et al., 2011, p. 21).
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Preocupação demasiada em
demonstrar a Contabilidade como
Preocupação com o aspecto
Ciência, não se preocupando com
informacional da Contabilidade.
as necessidades informativas dos
usuários.
Desenvolvimento da Contabilidade de
Foco na Contabilidade Financeira.
Custos.
Quadro 1 - Aspectos relevantes sobre as escolas de Contabilidade / Fonte: adaptado de Favero et al. (2011).
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Isso nos permite dizer que as empresas são tão importantes para a Contabilida-
de quanto a Contabilidade é importante para as empresas. As empresas represen-
tam o maior consumidor de serviços contábeis, seja para fins legais, tributários ou
gerenciais. Por outro lado, se não fosse a Contabilidade, as empresas não teriam uma
base informacional confiável para auxiliar a sua gestão (FRAGALLI; SILVA, 2021).
De qualquer forma, os registros contábeis, muito mais do que medir e
controlar riqueza, são uma importante base de dados. Sobre isso, Hendriksen
e Breda relatam que:
“
“A história da contabilidade é a história da nossa era; de muitas
formas, a própria contabilidade conta essa história, pois os regis-
tros contábeis fazem parte da matéria-prima dos historiadores.
Aprendemos muito a respeito de homens como Isaac Newton e
John Wesley graças aos livros contábeis que mantiveram. Como
disse a novelista Josephine Tey,‘a verdade não está nas histórias, mas
nos livros de contabilidade.” (HENDRIKSEN; BREDA, 2012, p. 39).
Isso demonstra que os registros e as demonstrações contábeis não são ape- nas para
atender às exigências legais, mas, também,“representam um retrato da realidade
patrimonial de empresas e/ou pessoas fornecendo informações importantes tanto
para gestores e governo, quanto para a sociedade” (FRAGALLI; SILVA, 2021, p. 16).
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IN D ICAÇÃO DE LI V RO
Teoria da Contabilidade
Editora: Atlas
Autor: Eldon S. Hendriksen e Michael F. Van Breda
Sinopse: neste livro, emprega-se um referencial genérico
para avaliar áreas da teoria e da prática da Contabilidade
Financeira em três níveis básicos: o nível estrutural, o de in-
terpretação semântica e o pragmático. Nessas avaliações,
deu-se ênfase aos enfoques indutivo-dedutivo e à Teoria de
Mercado de Capitais.
Em alguns casos, os autores expõem suas opiniões e apre-
sentam evidências baseadas na lógica e em resultados
empíricos, quando disponíveis.
Aluno(a), conheça, nessa linha do tempo de 4.000 a.C. até 2007 d.C., a evolução
da Contabilidade.
SÉC. XV
Publicação do método das partidas dobradas pelo Frei Luca Pacioli. Mesmo não
tendo criado o método, Pacioli ficou conhecido como o pai da contabilidade.
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A PARTIR DO SÉC. XX
A PARTIR DE 1975
2007
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Podemos dizer, porém, que não é uma tarefa fácil atender a todos os usuá-
rios da Contabilidade, isso porque a necessidade de informação é diferente
entre eles. Os gestores, enquanto usuários internos, necessitam de informações
financeiras e operacionais específicas dependendo do seu cargo ou função,
normalmente, precisam saber sobre o fluxo de caixa, itens em estoque, valores
a receber e pagar, custo de produção, pedidos de clientes a serem atendidos,
entre outras. Já os usuários externos, como fornecedores e instituições finan-
ceiras, normalmente, estão preocupados com a situação financeira da entidade,
visando analisar sua capacidade de pagamento. Já o Governo e as entidades
reguladoras procuram informações que possibilitem verificar se o regime tri-
butário e os respectivos recolhimentos estão corretos.
Favero et al. (2011) apresentam alguns exemplos de usuários e a sua res-
pec- tiva necessidade informacional:
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Acionistas ou quotistas
Retorno sobre o capital investido. Normalmente,
minoritários — não
esperam que a empresa tenha condições de
participantes da
manter um fluxo regular de distribuição de lucros.
administração das entidades
Que legal! João acaba de descobrir que ele é um usuário das informações
contábeis. Como sócio/gerente, ele precisa saber sobre o resultado da empre-
sa, se é positivo ou negativo, os recursos financeiros que a empresa possui, o
montante de dívidas que vencem no curto e no longo prazo, enfim uma série
de informações que estão contidas nas demonstrações contábeis. A questão,
agora, é saber identificar tais informações.
Aluno(a), conheça, aqui, as diferenças entre objeto, objetivo e usuários da
informação contábil na Contabilidade.
OBJETO
OBJETIVO
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NOVOS DESAFIOS
Neste tema, você aprendeu sobre a história da contabilidade, compreendendo
como ela surgiu e se desenvolveu. Vimos, também, quais são o objeto, o objetivo
e os usuários da informação contábil.
Percebemos, assim, que a Contabilidade não serve apenas para atender às
exigências legais; na verdade, ela possui diferentes campos de atuação.
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VAMOS PRATICAR
1. De acordo com Iudícibus (2015, p. 17), “o grau de desenvolvimento das teorias contá
beis e de suas práticas está diretamente associado, na maioria das vezes, ao grau de
desenvolvimento comercial, social e institucional das sociedades, cidades ou nações”.
Isso explica o fato de a Contabilidade, enquanto Ciência, ter surgido nas cidades italia
nas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa, entre outras. Explique por que a Contabilidade,
enquanto disciplina, surgiu justamente nessas cidades italianas.
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
2. Segundo Silva (2018, p. 17), a Ciência Exata é “qualquer campo da ciência capaz de ex
pressar quantidades, predições precisas e métodos rigorosos de testar hipóteses”; já
a Ciência Social é um “ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do ser humano,
propondo conhecer o ser humano enquanto elemento integrante de grupo organizado”.
SILVA, J. M. Contabilidade Empresarial. Maringá: UniCesumar, 2018.
Isto significa que, como mecanismo de informação, a Contabilidade busca auxiliar a toma-
da de decisão tanto dos usuários internos, como a administração da entidade, quanto dos
usuários externos, que utilizam relatórios externos. Nesse sentido, explique a diferença
entre usuários internos e externos da Contabilidade.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
ESTRUTURA BÁSICA DA
CONTABILIDADE II
ME. ADRIANA CASAVECHIA FRAGALLI
MINHAS METAS
Campos de atuação
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Conjunto
Relatórios Relatórios para
completo de
Produto principal específicos planejamento e
demonstrações
exigidos por lei controle
contábeis
Relevante e
A informação é... Precisa (objetiva) Rápida
confiável
Essência
A informação Objetividade e
econômica das Utilidade
busca... legalidade
transações
Quadro 1 - Características dos campos de atuação da contabilidade / Fonte: adaptado de Szuster et al. (2013).
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
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IN D ICAÇÃO DE FI LM E
Um Sonho de Liberdade
Ano: 1994
Sinopse: Andy Dufresne é condenado a duas prisões perpétu-
as consecutivas pelas mortes de sua esposa e de seu amante,
porém só Andy sabe que ele não cometeu os crimes. No presídio,
durante dezenove anos, ele faz amizade com Red, sofre as bru-
talidades da vida na cadeia, adapta-se, ajuda os carcereiros etc.
Comentário: Nesse filme, Andy Dufresne, que era banqueiro,
utiliza seus conhecimentos na área de Contabilidade para
buscar a sua tão sonhada liberdade.
Por esse motivo, estudaremos, agora, sobre o objetivo e alcance das demonstra-
ções contábeis. É importante que você saiba que relatórios contábeis e demonstra-
ções contábeis são considerados sinônimos. Sobre esse assunto, Iudícibus e Marion
(2019, p. 229) afirmam que o relatório contábil é a exposição resumida e ordenada
dos principais fatos registrados pela contabilidade em determinado período”. O
processo de geração de informações contábeis pode ser observado na Figura 1.
Descrição da Imagem: a figura demonstra um processo que segue da esquerda para a direita. Na primeira parte,
está escrito “Coleta de dados”; abaixo, aparece a figura de um funil que tem a sua saída voltada para figura da
direita, na parte superior do funil, existem vários cifrões sendo coletados. Em seguida, está escrito “Contabilidade”;
abaixo, aparece a figura de um homem de terno e gravata ao lado de uma calculadora. Na sequência, está escrito
“Relatórios contábeis”; abaixo, aparece a figura de um papel com texto ilegível. Por fim, está escrito “Usuários
da contabilidade”; abaixo, aparecem as seguintes citações: Administração, Bancos, Governo e Fornecedores.
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“
O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações
financeiras sobre os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e
despesas da entidade que reporta que sejam úteis aos usuários das
demonstrações contábeis na avaliação das perspectivas para futuros
fluxos de entrada de caixa líquidos para a entidade que reporta e na
avaliação da gestão de recursos da administração sobre os recursos
econômicos da entidade.” CFC, 2019, [s.p.]
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É evidente que os relatórios de uma pequena empresa, com poucos tipos de transa-
ções — basicamente, compra, vende, recebe e paga — conterá bem menos informa-
ções que os relatórios de uma grande corporação que realiza uma extensa variedade
de transações, nacionais e internacionais, que apresenta uma enorme carga tribu-
tária e realiza operações em diversas instituições financeiras. Dessa forma, quanto
maior o nível de complexidade das atividades desempenhadas pela entidade, maior
também será a complexidade e o detalhamento das informações contábeis.
■ Distância entre os sócios/acionistas da gestão da empresa
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Mesmo que não sejam poucas as demonstrações, muitas empresas também apre-
sentam o relatório da administração, que descreve e explica as características
principais do desempenho e da posição financeira e patrimonial da entidade,
assim como as incertezas às quais está sujeita. Muitas empresas também apre-
sentam relatórios ambientais e sociais, sobretudo as de setores em que os fatores
ambientais e sociais são significativos (CFC, 2017).
As demonstrações contábeis são voltadas para usuários externos de forma geral:
“
As demonstrações contábeis fornecem informações sobre transa-
ções e outros eventos observados do ponto de vista da entidade que
reporta como um todo e, não, do ponto de vista de qualquer grupo
específico de investidores, credores por empréstimos e outros cre-
dores, existentes ou potenciais, da entidade. CFC, 2019, [s.p.]
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NOVOS DESAFIOS
E aí, gostou do papel da Contabilidade? Acredito que, agora, a atividade contá-
bil faz muito mais sentido para você, pois sabe que muito mais do que atender
às determinações legais, a Contabilidade é um importante instrumento de
controle patrimonial, sendo que este controle resulta em informações que
contribuem para o processo de tomada de decisão dos usuários. Contudo,
para que essas informações sejam úteis, é necessário compreendê-las, e é isso
que trabalharemos a partir de outro tema de aprendizagem. Até logo!
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VAMOS PRATICAR
Já os usuários externos podem ou não ter relações diretas com a empresa, mas não
atuam dentro dela. Considerando essas informações e tomando como base uma empresa
industrial, assinale a alternativa que apresenta um usuário da informação contábil com
sua correta classificação.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
ME. ADRIANA CASAVECHIA FRAGALLI
MINHAS METAS
Elementos patrimoniais
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Balcões R$ 60.000,00
Expositores R$ 40.000,00
Prateleiras R$ 50.000,00
Provadores R$ 35.000,00
Mesas R$ 15.000,00
Mercadorias R$ 265.000,00
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UN I AS S ELV I
Você, provavelmente, deve ter considerado todos os bens, como os móveis e as mer-
cadorias, como o patrimônio da empresa Estilo. Contudo, eu lhe convido a fazer a se-
guinte reflexão: caso os sócios da empresa Estilo solicitassem um empréstimo a uma
instituição financeira e, para assegurar o empréstimo, a instituição exigisse a relação
de todo o patrimônio no nome da empresa, e, então, os sócios apresentassem todos os
bens e seus respectivos valores, mas não mencionasse a dívida de R$120.000,00 com
fornecedores, eles estariam sendo verdadeiros sobre a situação da empresa? Afinal, se
a empresa já possui uma dívida, de certa forma, seus bens já estão comprometidos.
Como você aprendeu na unidade anterior, o objeto de estudo da Contabili-
dade é o patrimônio da entidade contábil, e é por isso que é importante conhecer
os ELEMENTOS PATRIMONIAIS.
Quando falamos em patrimônio, normalmente, lembramo-nos dos bens, da-
quilo que possuímos e que tem valor, como uma casa ou um carro. Além do bem
que já possuímos, nosso patrimônio também é composto pelos direitos que nos
pertencem, como o direito de receber algum valor ou de usufruir de algo, afinal
tudo que nos pertence e que tem valor econômico faz parte do nosso patrimônio.
Entretanto, se dizemos que o que nos pertence e tem valor econômico faz parte
do nosso patrimônio, então as nossas obrigações também são nosso patrimônio,
afinal as nossas obrigações são nossas: ninguém sai por aí distribuindo boletos
para outros pagarem, não é mesmo?!
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Descrição da Imagem: a figura apresenta os elementos patrimoniais. À esquerda, está a palavra “Patri- mônio”;
do seu lado direito, há três quadros com desenhos e, entre eles, o sinal de mais (+). No primeiro quadro, há uma
mão segurando uma sacola de presente e escrito “Bens”; no segundo, há uma mão em concha e, em cima da mão,
há um cifrão com uma seta demonstrando retorno, abaixo, está escrito “Direitos”; no último quadro, há uma mão
segurando um celular que apresenta a palavra PAY (pagamento), abaixo, está escrito “Obrigações”.
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Os bens materiais são aqueles que possuem corpo, matéria. Esses bens, quando des-
truídos por força física, deixam de ser bens. Os bens materiais, também denominados
bens tangíveis, são divididos em:
■ Bens móveis: segundo o artigo 82 do Código Civil (BRASIL, 2002), são os
bens suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia,
sem alteração da substância ou destinação econômico--Social. Exemplos:
máquinas, veículos, mercadorias.
■ Bens imóveis: o artigo 79 do Código Civil (BRASIL, 2002) salienta que é o
solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Exemplos:
terrenos, edificações.
■ Bens imateriais
Os bens imateriais, também denominados bens intangíveis, não possuem corpo, não
podem ser tocados, assim não podem ser destruídos por uma ação física. Contudo,
a difamação, a má qualidade, preços incompatíveis, desrespeito ao consumidor po-
dem desvalorizar ou, até mesmo, acabar com o bem (FRAGALLI; SILVA, 2021). Para
Marion (2015), o bem intangível, incorpóreo ou invisível são bens que não se pode
tocar ou pegar. São aqueles que passaram a ter grande relevância a partir das ondas
de fusões e incorporações na Europa e nos EUA. Os bens intangíveis podem ser ob-
jeto de cessão, ou seja, ação de ceder ou transferir a outrem a posse ou propriedade
de alguma coisa. Os exemplos de bens intangíveis são: fundo de comércio, software,
marcas e patentes, direitos autorais e direitos de exploração. Esses dois últimos, apesar
de mencionarem “direitos”, na Contabilidade, ficam registrados como intangíveis.
IN D ICAÇ ÃO DE FI LM E
Fome de Poder
Ano: 2016
Sinopse: A história da ascensão de uma das maiores redes de fast
food do mundo. Após receber uma demanda sem precedentes
e notar uma movimentação de consumidores fora do normal, o
vendedor de Illinois Ray Kroc adquire uma participação nos negóci-
os da lanchonete dos irmãos Richard e Maurice Mac McDonald no
sul da Califórnia e, pouco a pouco, elimina os dois da rede, transformando a marca
em um gigantesco império alimentício.
Comentário: o filme mostra a negociação de um bem intangível, no caso, a marca
de uma das maiores redes de fast food do mundo.
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Descrição da Imagem: a imagem contempla três colunas enumeradas de um a três com as classificações dos
direitos. Da esquerda para a direita, temos os valores a receber de clientes, que são decorrentes de vendas reali-
zadas a prazo; como os clientes levaram os produtos ou mercadorias e não pagaram no ato da compra, a empresa
fica com o direito de receber no prazo combinado. Em seguida, no número dois, temos os valores a receber do
poder público, que são decorrentes de créditos por impostos não cumulativos que legalmente serão utilizados para
reduzir o valor dos impostos a pagar nos períodos seguintes, mas isso dependerá do regime tributário adotado
pela empresa. Na coluna de número três, estão os valores a receber de funcionários ou sócios: são decorrentes
de adiantamentos de salários ou empréstimos feitos a funcionários ou sócios; enquanto esses valores não forem
descontados dos pagamentos ou recebidos em dinheiro, a empresa fica com o direito de recebê-los.
Assim como a entidade tem direitos a receber, ela também tem obrigações a
pagar. As obrigações são todos os compromissos, deveres ou ações passivas que
envolvam valor econômico. Dessa forma, podemos dizer que as obrigações são
valores que a entidade tem a pagar, seja a outras empresas, instituições financeiras,
poder público, funcionários, sócios etc. As obrigações são dívidas contraídas por
diversos motivos, como: compras a prazo, obtenção de empréstimos ou financia-
mentos, determinação legal, contratação de funcionários, entre outras. Podemos
classificar as obrigações, para fins didáticos, da seguinte forma:
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Descrição da Imagem: a imagem contempla quatro linhas numeradas de um a quatro com as classificações
das obrigações. De cima para baixo, temos as obrigações por funcionamento, que são as dívidas decorrentes
de operações normais da entidade, como compras a prazo de materiais para consumo ou de mercadorias para
venda. Em seguida, no número dois, temos as obrigações por financiamento, que são as dívidas decorrentes de
financiamento de bens ou de obtenção de recursos em instituições financeiras. Na linha de número três, estão as
obrigações sociais e trabalhistas, essas são decorrentes da contratação de funcionários e de leis trabalhistas. E,
por último, na quarta linha, as obrigações fiscais, que são as dívidas com o órgão fiscal, seja ele federal, estadual
ou municipal, como os impostos e contribuições sociais. O ramo de atividade e o regime tributário interferem
diretamente nessas obrigações.
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lado, a entidade pode optar por registrar toda a sua movimentação financeira
em uma única conta, então, no plano, haverá a conta “Caixa e equivalentes
de caixa”. Enquanto o aspecto qualitativo de cada elemento é evidenciado
por meio da conta contábil, o aspecto quantitativo é evidenciado por meio
de valores. Isso significa que cada elemento patrimonial deve ser registrado
em uma conta contábil com seu respectivo valor. O simples levantamento
dos elementos patrimoniais de uma entidade, em seus aspectos qualitativo e
quantitativo, representa um inventário, é o que chamamos de patrimônio não
sistematizado, conforme demonstrado na Tabela 2.
Caixa R$ 15.000,00
Mercadorias R$ 38.000,00
Móveis R$ 23.000,00
Fornecedores R$ 19.000,00
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ELEMENTOS PATRIMONIAIS
ASPECTO QUALITATIVO
ASPECTO QUANTITATIVO
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Obrigação exigível /
Fornecedores R$ 19.000,00
Passivo
Obrigação exigível /
Salários a pagar R$ 5.000,00
Passivo
ATIVO PASSIVO
Duplicatas a
R$ 11.000,00 Salários a pagar R$ 5.000,00
receber
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
Quando o valor do ativo é maior que o valor do passivo, significa que a entidade
consegue cobrir todas as suas dívidas e, ainda, gera uma sobra. Imagine que uma
empresa possua R$300.000,00 de ativo e R$200.000,00 de passivo (obrigação
exigível). Aplicando a fórmula, teríamos o seguinte valor de patrimônio líquido:
■ Patrimônio líquido = Ativo - Passivo (exigível)
■ Patrimônio líquido = R$ 300.000,00 - R$ 200.000,00
■ Patrimônio líquido = R$ 100.000,00
Descrição da Imagem: a figura apresenta um quadro maior com a descrição “Ativo: R$ 300.000,00”; ao lado, há
um quadro menor com a descrição “Passivo: R$ 200.000,00”; abaixo, há um quadro menor ainda com a descrição
“Patrimônio líquido: R$ 100.000,00”. A diferença entre o quadro do “Ativo” (maior) e o quadro do “Passivo” (médio)
é evidenciada com uma linha tracejada que indica “Sobra de recursos”. Abaixo do quadro do Ativo, está evidencia-
do o total de R$300.000,00; assim como, abaixo dos quadros do Passivo e do Patrimônio líquido, também está
evidenciado o total de R$300.000,00.
Como você pôde observar na Figura 5, a empresa consegue pagar todas as suas
dívidas e ainda sobram R$100.000,00.
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Quando o valor do ativo é menor que o valor do passivo, significa que a entidade
não possui recursos suficientes para pagar as suas dívidas, assim se encontra em
uma situação negativa. Imagine que uma empresa possua R$200.000,00 de ativo
e R$280.000,00 de passivo (obrigação exigível). Aplicando a fórmula, teríamos o
seguinte valor de patrimônio líquido:
■ Patrimônio líquido = Ativo - Passivo (exigível)
■ Patrimônio líquido = R$ 200.000,00 - R$ 280.000,00
■ Patrimônio líquido = (R$ 80.000,00)
Descrição da Imagem: a figura apresenta um quadro menor com a descrição “Ativo: R$ 200.000,00”; ao lado, há
um quadro maior com a descrição “Passivo: R$ 280.000,00”; abaixo, há um quadro menor com a descrição “Patri-
mônio líquido: R$ (80.000,00)”. A diferença entre o quadro do “Ativo” (menor) e o quadro do “Passivo” (maior) é
evidenciada com uma linha tracejada que indica “Falta de recursos”. Abaixo do quadro do Ativo, está evidenciado
o total de R$200.000,00; assim como, abaixo dos quadros do Passivo e do Patrimônio líquido, também está
evidenciado o total de R$200.000,00.
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Como você pôde observar na Figura 6, se a empresa utilizar todos os seus bens
e direitos, ainda assim não consegue pagar todas as suas dívidas, pois faltam
R$80.000,00. Segundo Fragalli e Silva (2021, p. 72),“a compreensão da situação
patrimonial de uma entidade é fundamental para os usuários das informa-
ções contábeis, pois permite avaliar o desempenho da gestão empresarial,
definir estratégias, entre outras questões relevantes no processo decisório”. No
entanto, é importante esclarecer que a situação negativa não significa, neces-
sariamente, que a empresa deve encerrar suas atividades. Quando se fala de
negócios, existe uma série de questões a serem observadas, como expectativas
de mercado, possibilidades de negociação, mudanças de estratégias etc.
A sistematização do patrimônio facilita a identificação dos bens e direitos
da entidade, assim como suas obrigações, e possibilita a verificação da situação
patrimonial, se é positiva ou negativa. Além dessas informações, a sistematiza-
ção também permite enxergar as ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS.
Toda entidade depende de recursos financeiros, os quais são utilizados
para manter suas atividades. A primeira fonte de recursos de uma empresa
é justamente o investimento dos sócios/acionistas, que pode ser feito em di-
nheiro ou algum outro bem, como mercadorias, móveis etc. Assim, a conta
Capital Social representa uma fonte de recursos, e a forma como esse capital
é integralizado representa as aplicações. Após iniciar suas atividades, diver-
sas outras fontes de recursos surgirão, e a empresa, então, administra esses
recursos de forma a alcançar seus objetivos. No patrimônio sistematizado,
as diversas fontes de recursos de uma entidade são observadas no grupo do
passivo, sendo que o passivo exigível corresponde a recursos provenientes
de terceiros, ou seja, de pessoas (físicas ou jurídicas) de fora da empresa, e o
patrimônio líquido corresponde a recursos provenientes dos sócios. Os re-
cursos de terceiros são denominados Capital de Terceiros, e os recursos dos
sócios/acionistas são denominados Capital Próprio.
“
“[...] do lado do Passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo Exi-
gível) como Capital Próprio (Patrimônio Líquido), representa
toda a fonte de recursos, toda a origem de capital. Nenhum re-
curso entra na empresa se não for via Passivo ou Patrimônio
Líquido” (IUDÍCIBUS; MARION, 2018, p. 33)
5
5
UN I AS S ELV I
5
5
T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
Descrição da Imagem: na figura, há quatro cenas: na primeira, o cenário é de uma loja em que um homem, repre-
sentando um funcionário, segura uma capa de roupas; ao lado, há uma mulher em frente ao caixa com uma sacola
na mão, e um funcionário atrás do balcão do caixa. Na segunda cena, aparece o personagem João com um papel
na mão e a expressão de preocupado. Na terceira cena, aparece João com um projeto em mãos com expressão de
entusiasmo. Na última cena, aparece João digitando em um tablet com expressão contente.
A P RO F UNDA NDO
5
5
UN I AS S ELV I
“
Os resultados positivos (lucro) apurados nas atividades empresariais
também representam recursos próprios, uma vez que não correspon-
dem às obrigações. Portanto, são recursos próprios os decorrentes de
receitas, lucros e ganhos obtidos pela sociedade em transações com
terceiros, tais como os rendimentos auferidos com aplicações finan-
ceiras, aluguéis de imóveis próprios, lucros na venda de mercadorias,
produtos e serviços. - FRAGALLI; SILVA, 2021, p. 74
5
5
T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
Quando a empresa troca um recurso por outro, o valor total do seu patrimônio
não é afetado. Por exemplo, imagine que uma empresa tenha seu patrimônio
composto da seguinte forma:
ATIVO PASSIVO
Duplicatas a
R$ 8.000,00 Contas a pagar R$ 5.000,00
receber
5
5
UN I AS S ELV I
IN D ICAÇ ÃO DE LI V RO
Contabilidade Básica
Editora: Atlas
Autor: José Carlos Marion
Sinopse: para além do ensino inicial da Contabili-
dade, José Carlos Marion, referência na área, traz
uma visão conjunta dos relatórios contábeis. Com
metodologia moderna e dinâmica, ele apresenta
o conteúdo de modo gradativo para despertar o
interesse do estudante. O autor propõe, ao final de
cada capítulo, tarefas práticas que ajudam e es-
timulam o desenvolvimento fora da sala de aula.
Assim, é possível estudar de maneira mais assertiva, sempre treinando e resol-
vendo cálculos necessários para um aprendizado efetivo.
Comentário: o Capítulo 2 deste livro, intitulado “Patrimônio”, traz o conteúdo es-
tudado nesta unidade com exemplos e ilustrações que auxiliam a compreensão.
ATIVO PASSIVO
Duplicatas a
R$ 8.000,00 Contas a pagar R$ 5.000,00
receber
5
5
T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
Essa situação comprova que nenhum novo recurso entra na empresa se não
for por meio do passivo ou do patrimônio líquido. Quando falo em “novo
recurso”, eu me refiro ao aumento do patrimônio da entidade, pois, na situação
apresentada, houve simplesmente a troca de um recurso por outro. Para faci-
litar sua compreensão, considere a situação inicial da entidade, apresentada
no Quadro 2, mas imagine que a empresa tenha feito uma compra de merca-
dorias a prazo, no mesmo valor de R$2.000,00. Nesse caso, após a compra, a
situação patrimonial da entidade seria esta:
ATIVO PASSIVO
Duplicatas a
R$ 8.000,00 Contas a pagar R$ 5.000,00
receber
5
5
UN I AS S ELV I
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
NOVOS DESAFIOS
Neste tema, você aprendeu sobre elementos patrimoniais e origens e aplicações
de recursos. Vimos, também, como a Contabilidade classifica e organiza esses
elementos. Essa forma particular de organizar os elementos patrimoniais gera
uma série de informações importantes sobre a entidade, como, por exemplo,
identificar as origens e as aplicações de recursos financeiros.
5
5
VAMOS PRATICAR
5
5
UNIDADE 2
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
BALANÇO PATRIMONIAL I
ME. ADRIANA CASAVECHIA FRAGALLI
MINHAS METAS
Balanço Patrimonial
Sistematização do patrimônio
6
6
UN I AS S ELV I
ENCERRADO EM 31/12/20X1
ATIVO Em R$ PASSIVO Em R$
Disponível Fornecedores
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
ENCERRADO EM 31/12/20X1
Duplicatas a
62.000,00 Férias a pagar 3.000,00
receber
Obrigações
Estoque
fiscais
Impostos a
Mercadorias 388.000,00 16.000,00
recolher
Materiais de Obrigações
8.000,00
consumo financeiras
Empréstimos
ATIVO NÃO CIRCULANTE 35.000,00
e finan.
(-)
Depreciação (20.000,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
acumulada
6
6
UN I AS S ELV I
ENCERRADO EM 31/12/20X1
Lucro do
190.000,00
exercício
TOTAL DO
TOTAL DO ATIVO 951.000,00 951.000,00
PASSIVO + PL
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
P E N SA N D O J UNTO S
Como você organizaria? Você, na sua vida pessoal, também possui um pat-
rimônio: você, com certeza, possui bens, direitos e obrigações. Convido-lhe
a agrupar esses elementos. Por exemplo, pense nos seus bens, como você
os agruparia de forma a facilitar o controle? Faça o mesmo para os direitos
e as obrigações. Não precisa se preocupar com os valores, a ideia é pensar
na melhor maneira de organizar os elementos de forma a minimizar a lista de
itens sem perder a capacidade de reconhecer o seu patrimônio.
BALANÇO PATRIMONIAL
6
6
UN I AS S ELV I
“
“O Balanço Patrimonial é uma demonstração estática que evidencia,
resumidamente, a situação patrimonial e financeira da empresa.”- FRA-
GALLI; SILVA, 2021, p. 95
6
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
ESTRATÉGIA
RELEVÂNCIA
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA
Não basta apresentar uma informação relevante, é necessário que ela represente
fidedignamente o que se pretende informar. Para isso a informação precisa ser
completa, neutra e isenta de erros.
COMPARABILIDADE
COMPREENSIBILIDADE
TEMPESTIVIDADE
CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO
6
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UN I AS S ELV I
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimen-
tos, imobilizado e intangível.
6
6
T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
BALANÇO PATRIMONIAL
Reserva de capital
Imobilizado
Ajuste de avaliação
Intangível
patrimonial
Reservas de lucros
Ações em tesouraria
Prejuízos acumulados
6
6
UN I AS S ELV I
A ideia é que o ativo tem que ter potencial para trazer retorno financeiro para a
entidade, ele precisa ser útil economicamente. Por exemplo, se uma empresa
comprar uma máquina e, com o passar do tempo, ela se tornar obsoleta e parar
de trabalhar, o correto é que essa máquina seja baixada do grupo do ativo. É
importante entender que o retorno financeiro não acontece, necessariamente, de
forma direta, como no caso da venda de mercadorias. Os móveis e a estrutura de
uma loja, por exemplo, não trazem dinheiro para a entidade, mas são necessários
para o funcionamento do negócio, assim, indiretamente, contribuem para a ger-
ação de benefícios econômicos.
6
6
T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
A P RO F UNDA NDO
Compra R$ 3.500,00
7
7
UN I AS S ELV I
“
Classificação é a organização de ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas ou despesas com base em características com-
partilhadas para fins de divulgação e apresentação. Essas carac-
terísticas incluem, entre outras, a natureza do item, seu papel
(ou função) dentro das atividades de negócio conduzidas pela
entidade e como é mensurado.” - CFC, 2019, [s.p.]
Contudo, a norma contábil não determina como deve ser feita essa classifi-
cação, ela simplesmente sugere que, se melhorar a utilidade das informações,
“pode ser apropriado separar ativo ou passivo em componentes circulantes e
não circulantes e classificar esses componentes separadamente” (CFC, 2019,
[s.p.]). É importante lembrar, nesse momento, os campos de atuação da Con-
tabilidade vistos na Unidade 1 deste material. As normas contábeis estão rela-
cionadas à atuação da Contabilidade Financeira, assim é necessário observar,
também, a legislação, ou seja, a Contabilidade Fiscal.
A Lei nº 6.404/76 (BRASIL, 1976) determina que as contas do ativo sejam dis-
postas em ordem decrescente de grau de liquidez nos grupos do ativo circulante e
ativo não circulante. Assim, enquanto a norma contábil sugere a divisão de circulan-
te e não circulante, a legislação determina a segregação de ativos nesses dois grupos.
Entretanto, o que é liquidez? Na Contabilidade, a liquidez está relacionada ao
dinheiro, assim quanto mais rápido um bem se transformar em dinheiro, mais
7
7
T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
líquido ele é. O caixa e o banco (conta corrente) são os ativos mais líquidos da
entidade, pois já são dinheiro. Por outro lado, o direito de receber de clientes, as
mercadorias, os equipamentos etc. ainda se transformarão em dinheiro e, depen-
dendo do tempo estimado para essa transformação, eles são ordenados em ativo
circulante e ativo não circulante.
No ativo circulante, são registrados os recursos que serão realizados no curto
prazo. Por “realizados”, entende-se:
TRANSFORMADOS EM DINHEIRO
VENDIDOS
CONSUMIDOS
Por mais que liquidez esteja relacionada à transformação em dinheiro, nem to-
dos os bens se transformam literalmente em dinheiro. Podemos dizer que as
mercadorias que são vendidas se transformam em dinheiro, mas os materiais
de limpeza e higiene, o seguro de um veículo, entre outros são ativos que não
se transformam diretamente em dinheiro. Assim, podemos dizer que os ativos
que serão transformados em dinheiro, vendidos ou consumidos no curto pra-
zo, devem ser registrados no grupo do ativo circulante. E o que é curto prazo?
O curto prazo corresponde ao ciclo operacional da entidade, que, por sua vez,
corresponde ao tempo entre a compra de mercadorias ou matéria-prima até o
recebimento por sua venda. Podemos dizer que é o tempo que a empresa leva para
realizar sua atividade operacional, seja ela de comércio, indústria ou prestação de
serviços. Contudo, em muitos casos, é difícil identificar, com segurança, o ciclo
operacional. Nesses casos, deve-se considerar como curto prazo o período de 12
meses da data do balanço.
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UN I AS S ELV I
Isso significa que, quando ocorrer o fechamento contábil e, com isso, a elabora-
ção do balanço patrimonial, todos os ativos que se espera que sejam transformados
em dinheiro, vendidos ou consumidos em até 12 meses serão ativos de curto prazo.
Para exemplificar, imagine que uma concessionária tenha vendido um veículo pelo
valor de R$45.000,00 em novembro de 2011. Esse valor foi parcelado para o cliente
em 36 vezes de R$1.250,00. O fechamento contábil é feito ao final de cada ano.
Assim, as duas parcelas que serão recebidas em 20X1 e as 12 parcelas que serão
recebidas em 20X2 representam ativos de curto prazo, pois, conforme descrito, o
curto prazo corresponde a 12 meses da data do balanço, e o próximo balanço após
a venda será gerado em 31 de dezembro de 20X1. As demais parcelas, que vencerão
a partir de janeiro de 2013, serão registradas como ativo não circulante.
Descrição da Imagem: a figura apresenta, da esquerda para a direita, a sequência de meses: Novembro/ X1,
Dezembro/X1, Janeiro/X2, Fevereiro/X2, Março/X2, Abril/X2, Maio/X2, Junho/X2, Julho/X2, Agosto/X2, Setembro/
X2, Outubro/X2, Novembro/X2, Dezembro/X2, Janeiro/X3, Demais parcelas. Abaixo do mês de Janeiro/X1, aparece
a descrição: Mês da venda. Abaixo do mês de Dezembro/X1, aparece a descrição: Fechamento do balanço. Do mês
de Novembro/X1 ao mês de Dezembro/X2, há uma referência indicando curto prazo. Do mês de Janeiro/X3 até às
demais parcelas, há uma referência indicando longo prazo.
Assim, R$17.500,00 (14 parcelas R$1.250,00) devem ser registrados como dupli-
catas a receber no ativo circulante, e R$27.500,00 (22 parcelas R$1.250,00), como
duplicatas a receber no ativo não circulante. Conforme os anos forem passando,
a Contabilidade transfere parte do valor do longo prazo para o curto prazo —
sempre 12 meses da data do balanço.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
DISPONÍVEL:
CRÉDITOS:
ESTOQUES:
INVESTIMENTO TEMPORÁRIO:
7
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UN I AS S ELV I
Por exemplo, na loja do João, são vendidas, entre outras mercadorias, calças
e camisas. Se for necessário detalhar o ativo até esse elemento, a classificação
ficaria desta forma:
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Estoques
Estoque de mercadorias
Calças
Camisas
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
Neste subgrupo, são classificados os direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive, o fundo de comércio adquirido. São exemplos de ativos in-
tangíveis: marcas e patentes, software etc. (IUDÍCIBUS; MARION, 2019).
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UN I AS S ELV I
Descrição da Imagem: a figura apresenta seis imagens representando elementos do ativo imobilizado. A imagem
de um caminhão representa os veículos. A imagem de um homem operando um equipamento industrial representa
os “Equipamentos”. A imagem de uma sala de reunião com mesa e cadeiras representa os “Móveis e utensílios”. A
imagem de uma plantação de trigo representa “Terrenos”. A imagem de uma furadeira representa “Ferramentas”.
A imagem de um prédio representa “Edifícios”.
NOVOS DESAFIOS
Neste tema, você aprendeu sobre balanço patrimonial e sistematização do pa-
trimônio. A sistematização do patrimônio dá origem a este relatório, mas, além
da separação de bens e direitos (ativo) das obrigações (passivo e patrimônio
líquido), o balanço é estruturado de forma a trazer uma série de informações
sobre a entidade.
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VAMOS PRATICAR
Após analisar o quadro, você percebeu que três contas foram classificadas incor
retamente. Como responsável pelo estagiário, você precisa corrigi-lo e orientá-lo. Assim,
descreva quais contas foram classificadas de forma incorreta e apresente como devem
ser classificadas.
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MINHAS ANOTAÇÕES
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
BALANÇO PATRIMONIAL II
ME. ADRIANA CASAVECHIA FRAGALLI
MINHAS METAS
Ativos e Passivos
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UN I AS S ELV I
“
Empresas comerciais normalmente vão aplicar mais recursos no seu
ativo circulante, mais precisamente no grupo do estoque, pois sua
atividade operacional se refere à compra e venda de mercadorias. Por
outro lado, empresas industriais aplicam mais recursos no ativo não
circulante, isso porque a transformação de matéria-prima em produto
final requer a utilização de máquinas e equipamentos, sendo estes
pertencentes ao ativo imobilizado. Fragalli e Silva, 2021, p. 101
Assim como o ativo, o PASSIVO também possui uma estrutura que possibilita
identificar informações sobre a entidade. Contudo, antes de nos aprofundarmos
nesse grupo de elementos patrimoniais, gostaria de lembrar que o passivo repre-
senta as obrigações da entidade, sendo dividido da seguinte maneira:
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
Descrição da Imagem: a figura apresenta dois retângulos. No primeiro, em destaque, está escrito “Passivo” e,
logo abaixo, “Obrigações exigíveis”. No segundo, em destaque, está escrito “Patrimônio líquido” e, logo abaixo,
“Obrigações não exigíveis”.
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UN I AS S ELV I
negócio. Por fim, a própria rotina empresarial gera obrigações, como: salários
a pagar, fornecedores, impostos, aluguel, energia elétrica, internet etc. Assim,
podemos concluir que o endividamento, registrado no grupo do passivo, não
é, em si, algo negativo, desde que a entidade administra seus recursos de forma
a conseguir pagar suas dívidas. “Seja por uma questão de necessidade, opção
ou pela rotina da empresa, os passivos devem ser muito bem administrados,
afinal de contas, uma empresa endividada e sem capacidade de pagamento
pode ir à falência” (FRAGALLI; SILVA, 2021, p. 114). Agora que observamos
o passivo com um olhar mais gerencial, vamos conhe-cê-lo de forma mais
técnica. De acordo com a NBC TG Estrutura Conceitual (CFC, 2019, [s.p.]),
a definição de passivo é:
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
De acordo com Nascimento (2019, p. 128), o passivo “é registrado por seu valor
original e deve ser apresentado no balanço por seu valor corrigido”. Isso significa
que, quando a Contabilidade registra uma obrigação no passivo, utiliza-se o valor
original da dívida, contudo o valor da obrigação pode ser alterado em função
de juros ou variações monetárias — como, por exemplo, variação cambial —,
assim, quando elaborado o balanço, o valor das obrigações devem ser corrigidos
de forma a evidenciar o valor atual. No que se refere à classificação, como dito
anteriormente, as normas contábeis, especificamente, a NBC TG Estrutura Con-
ceitual (2019, [s.p.]), afirmam que“pode ser apropriado separar ativo ou passivo
em componentes circulantes e não circulantes e classificar esses componentes
separadamente”. Lembre-se de que essa norma está voltada para a Contabilida-
de Financeira. Contudo, para a Contabilidade Fiscal, o art. 178, § 2º, da Lei nº
6.404/76 (BRASIL, 1976) determina que as contas do passivo sejam classificadas
em passivo circulante e passivo não circulante.
O passivo circulante é composto pelas obrigações exigíveis que vencem no
curto prazo. Lembra-se de qual é o curto prazo? O curto prazo corresponde ao
ciclo operacional da empresa ou 12 meses da data do balanço. O passivo circu-
lante, normalmente, apresenta os seguintes subgrupos:
■ Fornecedores: obrigações decorrentes de compras a prazo de mercado-
rias ou matérias-primas.
■ Salários e encargos sociais: obrigações trabalhistas e sociais com fun-
cionários, como salários, férias, 13º salário, INSS, FGTS etc.
■ Obrigações fiscais: obrigações tributárias, como impostos sobre vendas
(ICMS, PIS, COFINS, ISS), Imposto de Renda, Contribuição Social Sobre
o Lucro Líquido etc.
■ Obrigações financeiras: obrigações com instituições financeiras decor-
rentes de empréstimos e financiamentos.
■ Contas a pagar: obrigações de rotina da entidade que não se encaixam
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UN I AS S ELV I
nos subgrupos anteriores, como aluguel, água, luz, telefone, internet etc.
■ Outras obrigações: obrigações que não se enquadram nos demais sub-
grupos, como adiantamento de clientes.
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Obrigações fiscais
ICMS a recolher
PIS a recolher
COFINS a recolher
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
que vencerão no longo prazo será registrado no passivo não circulante. A divisão do
passivo em circulante e não circulante facilita a análise do usuário da informação
contábil. Assim, de forma rápida, ele já identifica quais são as dívidas que vencem no
curto prazo, para as quais deverá se preparar mais rapidamente para o pagamento,
e as que vencem no longo prazo, para as quais terá mais tempo para se organizar
financeiramente.
Agora que você já conheceu melhor o ativo e o passivo, vamos ao último grupo
de elementos patrimoniais, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Sobre o patrimônio líquido,
Fragalli e Silva descrevem:
“
Existem teorias contábeis que enxergam o patrimônio líquido como
uma obrigação não exigível. Já outras teorias dizem que ele represen-
ta uma sobra — em situação positiva. Ambas estão corretas: é uma
obrigação, porque, quando o sócio investe na empresa, esta assume
um compromisso para com o sócio, e, também, é uma sobra, pois re-
presenta a situação líquida da empresa, ou seja, se utilizar todo o ativo
— bens e direitos — para cobrir o passivo — obrigações exigíveis — e,
ainda sobrarem recursos, estes serão dos sócios.” - FRAGALLI; SILVA,
2021, p. 117
Para entender o patrimônio líquido como uma obrigação da empresa com os sócios,
é preciso lembrar de uma premissa básica da Contabilidade: o princípio da entidade.
Segundo ele, o patrimônio de cada entidade contábil deve ser controlado/contabiliza-
do separadamente. Por exemplo, o patrimônio da empresa (pessoa jurídica) não pode
ser confundido ou misturado com o patrimônio de seus sócios/acionistas (pessoa
física). Assim, quando o sócio (pessoa física) investe na empresa (pessoa jurídica),
essa passa a ter uma obrigação com o sócio.
Já para reconhecer o patrimônio líquido como uma sombra ou, em termos con-
tábeis, como a situação líquida da entidade, basta lembrar da seguinte equação:
8
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UN I AS S ELV I
soa física também é considerada uma entidade contábil. No caso das pessoas físicas,
não existe a figura do sócio, então como podemos identificar o valor do patrimônio
líquido? Suponha que uma pessoa possua os seguintes elementos patrimoniais:
Roupas R$ 2.500,00
Calçados R$ 1.300,00
Eletrodomésticos R$ 18.000,00
Móveis R$ 23.000,00
Veículo R$ 30.000,00
Imóvel R$ 250.000,00
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
ELEMENTO
VALOR CLASSIFICAÇÃO
PATRIMONIAL
Dinheiro e conta
R$ 8.000,00 Ativo
corrente
Produtos de
R$ 800,00 Ativo
beleza
Cartão de crédito
R$ 3.000,00 Passivo
a pagar
Plano de saúde a
R$1.200,00 Passivo
pagar
TOTAL DO
Energia elétrica a
R$ 400,00 Passivo PASSIVO:
pagar
R$129.800,00
Telefone e
R$ 200,00 Passivo
internet a pagar
Financiamento a
R$ 125.000,00 Passivo
pagar
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UN I AS S ELV I
Assim, temos:
Patrimônio líquido = Ativo - Passivo
Patrimônio líquido = R$ 333.600,00 - R$ 129.800,00
Patrimônio líquido = R$ 203.800,00
Esse exemplo deixa claro o papel do patrimônio líquido como uma sobra, pois, se
a pessoa utilizar todos os seus bens para pagar todas as suas dívidas, ainda assim
sobraria para ela o valor de R $203.800,00.
Partindo, agora, para uma visão mais técnica, de acordo com a NBC TG Es-
trutura Conceitual (CFC, 2019, [s.p.]), a definição de patrimônio líquido é:
Participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os
seus passivos.
IN D ICAÇ ÃO DE LI V RO
Acredito que, com o exemplo apresentado anteriormente, você não terá di-
ficuldades para compreender esse conceito, não é mesmo? A participação
residual significa, justamente, a sobra dos ativos após deduzir todos os passi-
vos. Só esclarecendo: o termo “participação residual” é mais adequado do que
o termo “sobras”, pois nem sempre o patrimônio líquido é positivo. Quando
falamos em sobras, imaginamos valores positivos, ou seja, utilizamos os ativos
para pagar os passivos e, ainda, sobram recursos. Entretanto, nem sempre é
assim. Quando o passivo é maior que o ativo, o patrimônio líquido fica com
valor negativo, afinal significa que, ainda que se utilize todos os bens e direitos
para pagar todas as obrigações, ainda não será suficiente.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
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UN I AS S ELV I
A P RO F UNDA NDO
ENCERRADO EM 31/12/20X1
Em R$
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Disponível
Caixa 15.000,00
Banco A 107.000,00
Créditos
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
ENCERRADO EM 31/12/20X1
Estoque
Mercadorias 146.000,00
Investimentos
Imobilizado
Imóveis 310.000,00
Veículos 87.000,00
Intangível
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UN I AS S ELV I
ENCERRADO EM 31/12/20X1
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores
Fornecedor Y 73.000,00
Obrigações fiscais
Obrigações financeiras
Obrigações financeiras
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
ENCERRADO EM 31/12/20X1
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Capital social
Reserva de lucros
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
Agora que você já está um pouco mais familiarizado(a) com a linguagem con-
tábil, que tal ler o balanço patrimonial da empresa Estilo? Busque identificar
informações como:
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UN I AS S ELV I
■ Entre os bens e direitos que a empresa possui, quais são de curto prazo e
quais são de longo prazo?
■ Entre os recursos aplicados no ativo, a maioria é de curto prazo — o que
é mais comum em empresas comerciais — ou é de longo prazo — o que
é mais comum em empresas industriais?
■ Entre as obrigações exigíveis, qual montante vence no curto prazo, exi-
gindo da empresa um bom controle financeiro para conseguir pagá-las,
tendo em vista que vencerão dentro de um ano?
■ Considerando o passivo e o patrimônio líquido, as fontes de recursos
da empresa, a empresa Estilo utiliza mais capital próprio ou capital de
terceiros?
ENCERRADO EM 31/12/20X1
ATIVO Em R$
ATIVO CIRCULANTE
Disponível
Caixa 15.000,00
Banco A 203.000,00
Créditos
Estoque
Mercadorias 388.000,00
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
ENCERRADO EM 31/12/20X1
Imobilizado
Intangível
ENCERRADO EM 31/12/20X1
PASSIVO Em R$
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores
Fornecedor X 75.000,00
9
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UN I AS S ELV I
ENCERRADO EM 31/12/20X1
Obrigações fiscais
Obrigações financeiras
Obrigações financeiras
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
NOVOS DESAFIOS
Neste tema, você aprendeu sobre ativos e passivos, estrutura do balanço
patrimonial. Aproveite que você treinou com a empresa Estilo e realize
a leitura de outros balanços. Na internet, você encontra facilmente as
demonstrações de empresas de capital aberto. Essa competência será
um grande diferencial na sua carreira.
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VAMOS PRATICAR
Utilize esses dados para elaborar o balanço patrimonial da empresa X. Para isso, utilize
a coluna da direita para classificar as contas em: ativo circulante, ativo não circulante,
passivo circulante, passivo não circulante e patrimônio líquido. Em seguida, apresente o
balanço estruturado.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO I
ME. ADRIANA CASAVECHIA FRAGALLI
MINHAS METAS
Demonstração de Resultado
Regime de Caixa
Regime de Competência
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Em R$
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Quando se fala em resultado, pelo menos no que diz respeito às questões financeiras,
é muito comum pensarmos no dinheiro. Por exemplo, nas nossas finanças pessoais,
normalmente, analisamos o quanto sobrou — se sobrou, rs — do nosso salário no
final do mês, nós temos esse valor como resultado. Essa ideia de resultado baseado no
dinheiro é mais natural, até porque é mais fácil de compreender, afinal o dinheiro, seja
em papel moeda ou aquele que está depositado no banco, é um valor real, no sentido
de que conseguimos enxergar esse valor. Já o resultado contábil podemos dizer que
é abstrato, ou seja, ele é encontrado por meio de cálculos, e não conseguimos vê-lo
de forma concreta.
Contudo, para a Contabilidade, o resultado apresentado na DRE não correspon-
de ao dinheiro que a entidade possui. Para a Contabilidade, o resultado representa o
“desempenho” da entidade no que se refere ao alcance dos seus objetivos. É claro que
uma empresa com finalidade lucrativa tem como objetivo ganhar dinheiro, mas ela
pode, por exemplo, vender mercadorias — que seria sua forma de ganhar dinheiro
—, mas não receber à vista. O que isso significa? Que ela teve um bom desempenho,
pois realizou vendas, mas esse bom desempenho ainda não refletiu no caixa, porque
a empresa ainda não recebeu. Imagine que, por causa de dificuldades financeiras, a
empresa em que você trabalhava reduziu o número de funcionários e, por isso, você
perdeu o emprego. No entanto, foi uma oportunidade de se arriscar no mundo do
Empreendedorismo ao fazer uma atividade que você adora: bonecos de argila per-
sonalizados. Você divulgou seu trabalho nas redes sociais e tem recebido diversas
encomendas. Após três meses de trabalho, você resolveu apurar o resultado do seu
negócio. Em suas anotações, você apurou os seguintes dados:
■ Venda de 50 bonecos por R$30,00, cada. Desses 50, 30 foram a prazo, ou seja,
até o momento, você recebeu o valor de R$600,00.
■ Para fazer os bonecos, você comprou, à vista, materiais no valor de R$800,00,
mas ainda há, em estoque, materiais suficientes para fazer mais cinco bonecos.
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UN I AS S ELV I
Assim, se o valor das receitas for maior que o valor das despesas, tem-se um
lucro. Por outro lado, se o valor das receitas for menor que o valor das despesas,
tem-se um prejuízo.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
Figura 1 - Demonstração do Resultado do Exercício: Cia. Sucesso X Cia. / Fonte: Marion (2018, p. 72).
Descrição da Imagem: a figura apresenta um sinal de adição (+), e, ao lado dele, há uma tabela representando
uma DRE da Cia. Sucesso. Os dados da Cia. Sucesso são: receita de $ 90 milhões, despesa de $48 milhões, e
lucro de $42 milhões. Ao lado da DRE, tem-se a imagem de um empresário de terno apontando um símbolo de
exclamação; abaixo dele, há um gráfico que apresenta crescimento. A figura, também, apresenta um sinal negativo
(-), e, ao lado dele, há uma tabela representando uma DRE da Cia. Fracasso. Os dados da Cia. Fracasso são: receita
de $60 milhões, despesa de $72 milhões, e prejuízo de $12 milhões. Ao lado dessa DRE, tem-se a imagem de
um empresário de terno com três sinais de interrogação; abaixo dele, há um gráfico que apresenta diminuição.
Contudo, muito mais do que apresentar o resultado, a DRE conta toda uma his-
tória de como a entidade chegou até ele. É por isso que dizemos que a DRE é uma
demonstração dinâmica.
A P RO F UNDA NDO
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UN I AS S ELV I
Descrição da Imagem: a imagem ilustra dois quadros, o primeiro, localizado acima, apresenta um exemplo de um
balanço patrimonial. Abaixo do relatório, há a figura de uma câmera fotográfica e a descrição: balanço patrimonial
— relatório estático (foto). Na imagem do balanço, existe um contorno na conta contábil lucros acumulados, que
se encontra no grupo do patrimônio líquido. Desse contorno, sai uma linha, que se divide em duas e se conecta
ao quadro abaixo. Nesse quadro, encontra-se um exemplo de Demonstração do Resultado do Exercício. Abaixo
deste relatório, há a figura de uma câmera filmadora com a descrição: DE — relatório dinâmico (vídeo).
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
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UN I AS S ELV I
P E N SAN DO J UNTO S
Espero que tenha ficado claro que a receita é algo positivo para a entidade. Na
verdade, a obtenção de receita é uma questão de sobrevivência. No entanto, não
podemos enxergá-la como o recebimento de dinheiro. Mais cedo ou mais tarde,
as receitas são transformadas em dinheiro: vendas a prazo são recebidas, juros
sobre aplicação são resgatados etc., mas é importante saber que a Contabilidade
não registra a receita quando ela é recebida, mas, sim, quando ela é gerada.
Da mesma forma que descobrimos que a receita não corresponde, necessa-
riamente, ao recebimento de dinheiro, compreendemos que a DESPESA tam-
bém não é, necessariamente, saída de dinheiro. A NBC TG Estrutura Conceitual
apresenta a seguinte definição para despesa:
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
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Reduções nos ativos, ou aumento nos passivos, que resultam em re-
duções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribui-
ções aos detentores de direitos sobre o patrimônio. CFC, 2019, [s.p.]
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UN I AS S ELV I
mercadorias. A partir desse exemplo, acredito que fica mais fácil compreender a
despesa. No caso do salário de uma recepcionista, por exemplo, a empresa paga
pelos serviços, mas não recebe em troca algo que dê para ser registrado no ativo.
Por mais que o trabalho de uma recepcionista seja essencial para o andamento
do negócio, não é possível registrá-lo como elemento patrimonial.
Assim, o pagamento do salário é algo que provoca a saída de dinheiro do caixa,
mas não tem um retorno direto — pelo menos, não de outro elemento patrimo-
nial. No caso dos juros sobre empréstimo, apenas o valor dos juros é considerado
despesa. Imagine a contratação de um empréstimo no valor de R$10.000,00, mas
que será pago o montante de R$15.000,00 em função dos juros. Nessa situação,
a empresa recebe da instituição financeira o valor de R$10.000,00, que, no caso,
é registrado no ativo. Assim, apenas o valor excedente do que foi recebido deve
ser considerado como despesa, no caso, os R$5.000,00. Então, eu lhe pergunto:
as despesas correspondem às saídas de dinheiro que não possuem uma con-
trapartida direta? Não exatamente! Nem todas as despesas provocam saída de
dinheiro. A depreciação é um tipo de despesa que não interfere no saldo de caixa.
Ela corresponde à perda da capacidade dos bens do ativo imobilizado. Conforme
a entidade utiliza um equipamento, o seu valor de aquisição é apropriado como
despesa ao longo de sua vida útil, assim, quando chegar ao fim de sua vida útil, o
valor contábil do bem será zero. O mesmo acontece com a amortização e exaus-
tão. A apropriação do valor do bem como despesa ao longo da vida útil recebe
nomes diferentes, conforme descrito a seguir.
DEPRECIAÇÃO
Bens tangíveis.
AMORTIZAÇÃO
Bens intangíveis.
EXAUSTÃO
Recursos naturais.
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A P RO F UNDA NDO
Na nossa empresa modelo, o sr. João pagou R$75.000,00 pelo ponto com-
ercial em que instalou a loja Estilo. Considere que esse valor corresponde ao
direito de utilizar o ponto por cinco anos. Assim, a amortização é calculada
da seguinte forma:
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UN I AS S ELV I
É importante ressaltar que, por mais que algumas despesas provoquem a saída
de dinheiro do caixa, o reconhecimento da despesa não está associado a essa
saída, mas, sim, com o fato que gera a despesa. Por exemplo, por mais que o sa-
lário dos funcionários provoque a saída de dinheiro da empresa, a despesa não é
reconhecida ou, melhor dizendo, não é contabilizada na data de pagamento do
salário, que, no caso, é até o quinto dia útil de cada mês. Na verdade, a despesa
com salário é reconhecida no momento em que a empresa calcula a folha de
pagamento, que, normalmente, é no último dia de cada mês. Parece um simples
detalhe, afinal, são só alguns dias, mas, para uma empresa, isso faz toda a diferen-
ça, o reconhecimento de uma despesa em uma data errada interfere diretamente
na apuração do resultado.
No início deste tema de aprendizagem, comentamos que é muito comum
tomarmos como base as entradas e saídas de dinheiro para apuração do resultado,
mas, como vimos, para a Contabilidade, as receitas e despesas não correspon-
dem, essencialmente, a esses fluxos. De qualquer forma, o acompanhamento das
movimentações do caixa também é muito importante. O que precisamos é com-
preender a diferença entre o resultado apurado pelo regime de caixa e o resultado
apurado pela Contabilidade por meio do regime de competência.
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A P RO F UNDA NDO
Por outro lado, o regime de competência, que é utilizado para apurar o resul-
tado contábil, segue os conceitos de receita e despesa apresentados anterior-
mente. Nele, as receitas e despesas são fatores independentes das entradas e
saídas do caixa.
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UN I AS S ELV I
Como você pôde observar, pelo regime de caixa, a empresa Estilo apresentou
um prejuízo no mês de janeiro, mesmo tendo vendido 60% do seu estoque. É
claro que não consideramos o saldo inicial de caixa, afinal, se João comprou
mercadorias à vista, havia dinheiro para realizar essa compra. O que espero
demonstrar com esse exemplo é que, pelo regime de caixa, o resultado é cal-
culado em função das entradas e saídas de dinheiro.Assim, no mês de janeiro,
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UN I AS S ELV I
NOVOS DESAFIOS
Por mais que o regime de caixa seja mais objetivo, afinal é possível
observar de forma mais clara a movimentação de dinheiro, ele não
consegue refletir corretamente o desempenho da entidade, por isso,
a Contabilidade, em seu papel de gerar informação útil para os usuá-
rios, utiliza o regime de competência para o reconhecimento de re-
ceitas e despesas. Então, significa que a Contabilidade NÃO registra
as entradas e saídas de caixa? É claro que SIM, afinal o caixa é um
elemento patrimonial, e, como tal, suas movimentações são contabi-
lizadas. A diferença está no reconhecimento das receitas e despesas
que são apresentadas na Demonstração do Resultado Exercício.
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MINHAS ANOTAÇÕES
A partir desses dados, calcule o resultado da empresa Rende Mais Ltda. pelo regime de
caixa e pelo regime de competência.
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UNIDADE 3
un a
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO II
ME. ADRIANA CASAVECHIA FRAGALLI
MINHAS METAS
Estrutura da Demonstração
Resultado do Exercício
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UN I AS S ELV I
Compra de
11.000,00 (11.000,00)
mercadorias à vista
Compra de
30.000,00
mercadorias a prazo
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Venda de mercadorias
15.000,00 15.000,00 15.000,00
à vista
Venda de mercadorias
22.000,00 22.000,00
a prazo
Saída de mercadorias
do estoque em função 18.000,00 (18.000,00)
das vendas
Pagamento de salário
referente ao mês de 3.500,00 (3.500,00)
outubro
Pagamento de aluguel
referente ao mês de 2.200,00 (2.200,00) (2.200,00)
novembro
Recebimento de
mercadorias vendidas 4.500,00 4.500,00
em outubro
O que você deve prestar atenção é que os fatos são os mesmos, é só você imaginar
a rotina de uma empresa: a diferença está em reconhecer ou não a receita ou a
despesa no mês de novembro, que é o período observado no quadro.
Dessa forma, pelo regime de caixa, os fatos que provocaram saída de dinheiro
no mês de novembro — compra de mercadorias à vista, pagamento de salário e
pagamento de aluguel — foram reconhecidos como despesa do período, assim
como os fatos que provocaram entrada de dinheiro no mês de novembro —
vendas à vista e recebimento de vendas — foram reconhecidos como receita do
período, gerando um resultado de R$ 2.800,00.
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UN I AS S ELV I
Por outro lado, pelo regime de competência, os fatos que geraram receita
no mês de novembro — vendas à vista e vendas a prazo — foram reconhe-
cidos como receita do período, assim como os fatos que geraram despesa
no mês de novembro — saída de mercadorias do estoque e aluguel do mês
de novembro — foram registrados como despesa do período, gerando um
resultado de R$ 16.800,00.
E a compra de mercadorias a prazo? Por que não foi registrada em ne-
nhum regime? Como foi a prazo, não é uma despesa no regime de caixa e,
como foi uma compra de mercadoria e não a saída (sacrifício), não representa
uma despesa para o regime de competência.
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
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Compe-
2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00
tência
Quadro 2 - Reconhecimento da despesa com seguro pelo regime de caixa e pelo regime de competência
Fonte: a autora.
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Em seu artigo 176, a Lei 6.404/76, Lei das Sociedades Anônimas (BRASIL, 1976),
obriga a elaboração e publicação da Demonstração do Resultado do Exercício
ao final de cada exercício social, devendo apresentar os valores correspondentes
ao período anterior para fins de comparação. Em seu artigo 177, a lei também
determina a adesão aos princípios de Contabilidade, mencionando a necessidade
de registro segundo o regime de competência. Mesmo sem a obrigatoriedade
de publicação, todas as empresas devem elaborar, anualmente, a sua DRE, mas,
por uma questão de auxílio à gestão, é comum as empresas elaborarem a DRE
mensalmente. A NBC TG 26 (R5) — Apresentação das Demonstrações Contá-
beis (CFC, 2017) define duas formas de apresentação das receitas e despesas pela
DRE: uma baseada na natureza da despesa e outra baseada na função da despesa.
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Venda de produtos
Venda de mercadorias
Prestação de serviços
Devoluções de vendas
Abatimentos
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Imposto de renda
Quadro 3 - Modelo de Demonstração do Resultado do Exercício / Fonte: adaptado de Gelbcke et al. (2021).
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Em R$
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Abatimentos (70.000,00)
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IN D ICAÇÃO DE LI V RO
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UN I AS S ELV I
NOVOS DESAFIOS
Mas não se acanhe, é possível ir além desses pontos e descobrir outros aspectos
relevantes sobre o desempenho da nossa empresa modelo.
Neste tema, você aprendeu sobre estrutura da demonstração e resultado
do exercício.
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VAMOS PRATICAR
1. A empresa Vende Bem S.A. atua na venda de tubulações industriais a mais de 30 anos.
Nesse período, ela conseguiu se consolidar no mercado e, hoje, possui 10 filiais es-
palhadas por todo o Brasil. Ao longo dos anos, os resultados positivos (lucros) foram
utilizados para ampliação do negócio e, também, para investimentos financeiros, tendo
em vista que a diversidade de investimentos possibilita a sustentabilidade da empresa.
Dessa forma, no ano de 20X1, a empresa gerou receita da seguinte forma:
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MINHAS ANOTAÇÕES
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
MINHAS METAS
Patrimônio da Entidade
Partidas Dobradas
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ENCERRADO EM 31/12/20X1
ATIVO Em R$ PASSIVO Em R$
Disponível Fornecedores
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Impostos a
Mercadorias 388.000,00 16.000,00
recolher
Empréstimos e
ATIVO NÃO CIRCULANTE 35.000,00
finanças.
Empréstimos e
Móveis e utensílios 205.000,00 17.000,00
finanças.
Capital
Ponto comercial 75.000,00 600.000,00
subscrito
Lucro do
190.000,00
exercício
TOTAL DO
TOTAL DO ATIVO 951.000,00 951.000,00
PASSIVO + PL
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“
Escola italiana: parte dos lançamentos contábeis (escrituração)
para, no final, chegar às demonstrações financeiras. Escola ameri-
cana: parte de uma visão conjunta das demonstrações financeiras,
principalmente o Balanço Patrimonial, para, em seguida, estudar
os lançamentos contábeis (escrituração) que deram origem a essas
demonstrações - MARION, 2018, p. 126
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Figura 1 - Escrituração contábil segundo a escola americana / Fonte: Marion (2018, p. 126).
Descrição da Imagem: a figura apresenta dois passos da escrituração contábil. Inicia-se do lado esquerdo: o
título do primeiro passo é “1. Relatórios contábeis”; abaixo, há duas tabelas em branco: uma com o título BP, de
balanço patrimonial, outra com DRE, de Demonstração do Resultado do Exercício. Ao lado do primeiro passo e das
tabelas, há duas setas apontadas para a direita, onde está o segundo passo, que tem como título “2. Escrituração
contábil”, abaixo, há dois desenhos representando livros de registros contábeis.
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P E N SA N D O J UNTO S
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UN I AS S ELV I
Dessa forma, as contas sintéticas evidenciam a soma das contas analíticas. Com
base no Quadro 2, a conta sintética “caixa e fundo fixo” evidenciará a somatória
das contas analíticas “caixa” e “fundo fixo”.
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ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
1º PASSO
Identificar o fato: se é uma compra, uma venda, um pagamento etc, e suas par-
ticularidades, ou seja, se foi à vista ou a prazo, entre outros detalhes.
2º PASSO
3º PASSO
4º PASSO
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Como já abordado neste material, a base dos registros contábeis é o Método das
Partidas Dobradas. Não é à toa que o frei Luca Pacioli, que foi o primeiro a publicar
o método, ficou conhecido como o “pai da Contabilidade”. O Método das Partidas
Dobradas estabelece que:
Para cada causa, existe um efeito.
Para cada origem, existe uma aplicação.
Para cada débito, existe um crédito.
É justamente por essa relação de causa e efeito, origem e aplicação, débito e crédito
que o balanço sempre se mantém em equilíbrio. A ideia é que o registro contábil não
deve evidenciar somente o recurso financeiro, mas, sim, contar como tal recurso foi
adquirido. É por isso que todo registro contábil envolve, no mínimo, duas contas
contábeis. Tudo isso ficará mais claro com os exemplos apresentados mais adiante.
Você deve ter ouvido dizer que o débito e o crédito da Contabilidade são o con-
trário do débito e crédito do extrato bancário. Na verdade, não se trata de uma ques-
tão de oposição: na Contabilidade, a palavra débito também se refere àquilo que se
deve, assim como a palavra crédito se refere àquilo que se tem a haver, a diferença está
na interpretação de quem deve e de quem tem a haver. O mecanismo de débito e cré-
dito é aplicado pela Contabilidade segundo a teoria personalista das contas. Segundo
ela, cada conta contábil possui personalidade própria, e a interação entre a conta e a
empresa, que também possui personalidade própria, dá origem aos débitos e créditos.
É em função dessa teoria que as contas do ativo têm natureza devedora e as con-
tas do passivo e patrimônio líquido têm natureza credora, assim como as contas de
receita têm natureza credora e as de despesa têm natureza devedora.
Ativo Devedora
Passivo e PL Credora
Receita Credora
Despesa Devedora
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Descrição da Imagem: a figura apresenta um processo. No centro, há uma tabela representando o balanço patri-
monial: do lado direito, no ativo, está a conta caixa e, do lado esquerdo, no passivo + PL, estão as contas Capital
Social e Resultado. Do lado da coluna do passivo + PL, há a figura de uma mulher vestindo roupa social. Acima
da coluna do passivo + PL, há uma seta para cima apontando a figura de uma empresa; ao lado dessa seta, está
a letra C, representando crédito. Abaixo da imagem da empresa, existe uma outra seta que sai da empresa em
direção à coluna do ativo; ao lado desta seta, está a letra D, representando débito. Ao lado da coluna do ativo,
há uma imagem de dinheiro. Do lado esquerdo da coluna do passivo + PL, há a imagem de um cifrão ($); abaixo,
estão as palavras “Receita (C)” e “Despesa (D)”; destas palavras, sai uma seta apontando para a conta resultado.
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Perceba que o valor lançado a débito é igual ao valor lançado a crédito, atendendo à
determinação do Método das Partidas Dobradas. No exemplo apresentado, houve
aumento nas duas contas, mas existem fatos que provocam aumento em uma conta
e diminuição em outra ou, até mesmo, diminuição em duas. De qualquer forma, não
importa o fato a ser contabilizado, uma vez identificadas as alterações nas contas
contábeis, basta observar o esquema do Quadro 4 para realizar a contabilização.
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assim este nem precisa lançar todas as notas, simplesmente faz upload dos da-
dos e dá continuidade aos serviços contábeis. Por mais que a tecnologia traga
agilidade aos registros contábeis, não podemos deixar essa tarefa à sua mercê,
afinal somente a pessoa pensante é capaz de interpretar com destreza o que o
fato provocou no patrimônio da entidade: os sistemas simplesmente fazem o
que são parametrizados para fazer. Dessa forma, é extremamente importante
conhecer como os fatos contábeis impactam o patrimônio e como a Contabili-
dade faz seus registros, do contrário, se o sistema fizer alguma contabilidade. Se
você errar, você não conseguirá identificar, e isso pode atrapalhar seu trabalho.
Antes de abordarmos a aplicação do Método das Partidas Dobradas, es-
clarecermos quais são os fatos que devem ser registrados pela Contabilidade.
Nem tudo o que acontece na empresa, nem todas as decisões tomadas preci-
sam ser registradas. Por isso, existe o conceito de ATOS ADMINISTRATI-
VOS E FATOS ADMINISTRATIVOS.
Os atos administrativos são decisões tomadas pelos gestores da entidade,
os quais não impactam, a priori, os elementos patrimoniais ou de resultado.
Quando se decide contratar um funcionário, adquirir um imóvel, firmar uma
parceria etc., esses fatos, inicialmente, não impactam os elementos: somente
quando o funcionário for contratado e trabalhar durante um mês é que sur-
girá a obrigação (passivo) de pagar o seu salário; somente quando a docu-
mentação do imóvel estiver pronta, ele representará um bem (ativo) para a
entidade; e assim por diante. Por outro lado, os fatos administrativos, também
denominados fatos contábeis, são aqueles que provocam alterações nos ele-
mentos, patrimoniais ou de resultado, como os pagamentos, recebimentos,
compras, vendas, entre outros.
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DADOS DA EMPRESA:
A empresa Fato a Fato Ltda. foi constituída no dia 01 de setembro de 2011. Nesse
primeiro mês, ocorreram os seguintes fatos:
Fato 01:
Fato 02:
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Fato 03:
Fato 04:
Fato 05:
Fato 06:
Fato 07:
Fato 08:
Fato 09:
Fato 10:
Fato 11:
Fato 12:
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Fato 13:
Fato 14:
Fato 15:
Fato 16:
Fato 17:
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ATIVO PASSIVO
Perceba que, nesse primeiro balanço, o saldo do patrimônio está zerado. Na verda-
de, nesse momento, a empresa só existe no papel, ainda não movimentou nenhum
recurso financeiro.
Fato 02: 02/09/20X1
Identificação: integralização de 60% do capital subscrito da seguinte maneira:
R $30.000,00 em dinheiro, R $260.000,00 em depósito bancário na conta corrente
da empresa e R $190.000,00 em mesas, cadeiras, armários, estantes e outros móveis.
Interpretação: a integralização corresponde ao fornecimento de recursos fi-
nanceiros dos sócios decorrente do compromisso assumido pelo contrato social. É
importante entender que o cumprimento desse compromisso em nada interfere no
Capital Social da empresa, apenas a dívida que os sócios possuíam foi parcialmente
paga. Com a integralização, a empresa passa a ter saldo de dinheiro em seu caixa,
saldo em sua conta bancária e mesas, cadeiras, armários, estantes, entre outros.
Contas contábeis: o aumento/surgimento de dinheiro é registrado na conta
caixa; o aumento/surgimento de saldo na conta corrente é registrado na con-
ta banco A; o aumento/surgimento de mesas, cadeiras, armários, estantes etc. é
registrado na conta móveis e utensílios; e a diminuição da dívida dos sócios é
registrado na conta capital a integralizar.
Registro:
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ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00
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ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00
Nesse fato, não houve uma nova fonte de recurso, por isso, o balanço se manteve
com o valor de R $480.000,00. O que aconteceu foi a transformação de um re-
curso do ativo em outro, no caso, a transformação de dinheiro da conta corrente
bancária em equipamentos.
Fato 04: 05/09/20X1
Identificação: compra de calçados a prazo no valor de R $200.000,00 a vencer
em 30 dias.
Interpretação: A compra de calçados, que corresponde à mercadoria vendida
pela empresa, provocou aumento no estoque da empresa. Como foi uma compra
a prazo, também gerou uma dívida.
Contas contábeis: o aumento/surgimento dos calçados no estoque da empresa
é registrado na conta mercadorias, e a dívida gerada por essa compra é registrada
em fornecedores. A conta fornecedores é exclusiva para dívidas decorrentes da
atividade principal da empresa, como a compra de matéria-prima em indústrias
ou de mercadorias em comércios.
Registro:
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1
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 8
ATIVO PASSIVO
Mercadorias 200.000,00
Móveis e
190.000,00 Capital subscrito 800.000,00
utensílios
Máquinas e
80.000,00 (-) Capital a integralizar (320.000,00)
equipamentos
Com a nova captação de recursos, agora, por meio de fornecedores, o valor total
do ativo, assim como do passivo e PL aumentou, totalizando R $680.000,00.
Fato 05: 06/09/20X1
Identificação: compra de calçados à vista no valor de R $50.000,00. O paga-
mento foi feito por meio de transferência bancária.
Interpretação: A compra de calçados provocou aumento no estoque da em-
presa. Em contrapartida, como foi à vista, por meio de transferência bancária, o
saldo da conta corrente diminuiu.
Contas contábeis: o aumento no estoque de calçados é registrado na conta mer-
cadorias, e a diminuição do saldo da conta corrente é registrada na conta banco A.
Registro:
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UN I AS S ELV I
ATIVO PASSIVO
Mercadorias 250.000,00
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 8
ATIVO PASSIVO
Financiamentos
Banco A 130.000,00 14.400,00
a pagar
Financiamentos
Ativo não circulante 18.000,00
a pagar
Móveis e
190.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
utensílios
Máquinas e
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
equipamentos
(-) Capital a
Veículo 32.400,00 (320.000,00)
integralizar
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UN I AS S ELV I
NOVOS DESAFIOS
Neste tema, você aprendeu sobre o patrimônio da entidade e as partidas dobradas.
Vimos também a funcionalidade desse método por meio dos balanços sucessi-
vos, que são uma forma didática que auxilia a compreender como os registros
contábeis conseguem manter o equilíbrio patrimonial.
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VAMOS PRATICAR
Considerando a metodologia dos balanços sucessivos, considere que uma empresa apre-
sentou o seguinte balanço após a sua constituição:
Como você pôde perceber, a empresa foi constituída com um Capital Social — investimento
dos sócios — no montante de R$ 300.000,00, sendo integralizados R$ 20.000,00 em di-
nheiro, R$ 80.000,00 em depósito bancário e R$ 200.000,00 em máquinas e equipamen-
tos. Após a contabilização de um novo fato, o balanço da empresa ficou da seguinte forma:
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VAMOS PRATICAR
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
MINHAS METAS
Balanço Patrimonial
Regime de Caixa
Regime de Competência
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UN I AS S ELV I
Fato 01:
Fato 02:
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Fato 03:
Fato 04:
Fato 05:
Fato 06:
Fato 07:
Fato 08:
Fato 09:
Fato 10:
Fato 11:
Fato 12:
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UN I AS S ELV I
Fato 13:
Fato 14:
Fato 15:
Fato 16:
Fato 17:
ATIVO PASSIVO
Financiamentos a
Banco A 130.000,00 14.400,00
pagar
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Financiamentos a
Ativo não circulante 18.000,00
pagar
Máquinas e
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
equipamentos
(-) Capital a
Veículo 2.400,00 (320.000,00)
integralizar
Lucros/prejuízos
(5.000,00)
acumulados
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UN I AS S ELV I
Lucros/prejuízos acu-
Resultado 75.000,00
mulados
ATIVO PASSIVO
Financiamentos a
Banco A 130.000,00 14.400,00
pagar
Financiamentos a
Ativo não circulante 18.000,00
pagar
Máquinas e
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
equipamentos
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Lucros/prejuízos
75.000,00
acumulados
ATIVO PASSIVO
Financiamentos a
Banco A 255.000,00 14.400,00
pagar
Passivo não
Mercadorias 180.000,00
circulante
Financiamentos a
Ativo não circulante 18.000,00
pagar
1
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UN I AS S ELV I
Máquinas e
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
equipamentos
(-) Capital a
Veículo 32.400,00 (320.000,00)
integralizar
Lucros/prejuízos
75.000,00
acumulados
O saldo do balanço se manteve inalterado, pois não houve aumento nem dimi-
nuição nas fontes de recursos, tanto nas decorrentes de capital próprio como de
capital de terceiros.
Fato 10: 15/09/20X1
Identificação: venda de calçados a prazo no valor de R $200.000,00. O custo
dos calçados que saíram do estoque foi de R $95.000,00.
Interpretação: conforme dito anteriormente, a venda gera dois registros. No
registro da venda, como foi a prazo, surgirá o direito de receber do cliente, esse
direito corresponde à receita de venda. No registro da baixa do estoque, deve-se
reconhecer a saída de mercadorias, que, no caso, corresponde a uma despesa.
Contas contábeis: o aumento/surgi-
mento do direito de receber do cliente
deve ser registrado na conta duplicatas a
receber, e a geração de receita decorren-
te da venda deve ser registrada na conta
receita de vendas (resultado). A saída de
calçados do estoque deve ser registrada
na conta mercadorias, e a geração de des-
pesa decorrente desse sacrifício deve ser
registrada na conta custo das mercado-
rias vendidas (resultado).
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Lucros/prejuízos
Resultado 180.000,00
acumulados
ATIVO PASSIVO
Financiamentos a
Banco A 55.000,00 14.400,00
pagar
Duplicatas a
200.000,00 Passivo não circulante
receber
Financiamentos a
Mercadorias 85.000,00 18.000,00
pagar
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UN I AS S ELV I
Máquinas e
80.000,00 (-) Capital a integralizar (320.000,00)
equipamentos
Lucros/prejuízos
Veículo 32.400,00 180.000,00
acumulados
Após essa venda, novamente, houve aumento na fonte de recursos próprios (PL),
aumentando o saldo do balanço para R $892.400,00.
Fato 11: 16/09/20X1
Identificação: integralização de 25% do capital subscrito por meio da aqui-
sição de calçados.
Interpretação: a nova integralização provocou aumento no estoque de calça-
dos e a diminuição da dívida dos sócios com a empresa. 25% do capital subscrito
corresponde a R $200.000,00.
Contas contábeis: o aumento do estoque deve ser registrado na conta mercadorias
e diminuição da dívida dos sócios deve ser registrada na conta capital a integralizar.
Registro:
ATIVO PASSIVO
Financiamentos
Banco A 255.000,00 14.400,00
a pagar
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Financiamentos
Mercadorias 285.000,00 18.000,00
a pagar
Lucros/Prejuízos
Veículo 32.400,00 180.000,00
acumulados
O capital investido pelos sócios é uma fonte de recurso próprio, por isso, o saldo
do balanço aumentou para R $1.092.400,00.
Fato 12: 20/09/20X1
Identificação: pagamento da primeira parcela do financiamento em dinheiro.
Interpretação: o pagamento provocou a saída de dinheiro da empresa, mas, Em
contrapartida, houve a diminuição do saldo da dívida do financiamento.
Contas contábeis: a diminuição de dinheiro deve ser registrada na conta caixa
e a diminuição da dívida deve ser registrada na conta de financiamentos a pagar
do passivo circulante.
Registro:
BALANÇO PATRIMONIAL (EM R$)
ATIVO PASSIVO
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UN I AS S ELV I
Financiamentos a
Banco A 255.000,00 13.500,00
pagar
Financiamentos a
Mercadorias 285.000,00 18.000,00
pagar
Lucros/prejuízos
Veículo 32.400,00 180.000,00
acumulados
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Descontos financeiros
Receita 20.000,00
obtidos
Lucros/prejuízos
Resultado 200.000,00
acumulados
ATIVO PASSIVO
Financiamentos a
Caixa 49.100,00 13.500,00
pagar
Financiamentos a
Duplicatas a receber 200.000,00 18.000,00
pagar
Mercadorias 285.000,00
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UN I AS S ELV I
Lucros/prejuízos
Veículo 32.400,00 200.000,00
acumulados
ATIVO PASSIVO
Financiamentos a
Caixa 67.100,00 13.500,00
pagar
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Passivo não
Banco A 147.000,00
circulante
Financiamentos a
Duplicatas a receber 110.000,00 18.000,00
pagar
Mercadorias 285.000,00
Lucros/prejuízos
Veículo 32.400,00 200.000,00
acumulados
Após o registro desse fato, o balanço permaneceu inalterado, pois houve apenas
a transformação de um recurso — o direito de receber — em outro — dinheiro
no caixa e na conta corrente.
Fato 15: 28/09/20X1
Identificação: compra de calçados no montante de R $120.000,00, sendo que
R $40.000,00 foram pagos à vista por meio de transferência bancária e o restante
ficou para pagamento em 30 dias.
Interpretação: a compra de calçados aumentou os bens da empresa. Por outro
lado, essa compra provocou mais duas movimentações, diminuição no saldo da
conta corrente e aumento da dívida com fornecedores.
Contas contábeis: o aumento do estoque é registrado na conta mercadorias,
a diminuição da conta corrente é registrada na conta banco A e a dívida gerada
é registrada na conta fornecedores.
Registro:
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UN I AS S ELV I
ATIVO PASSIVO
Financiamentos a
Banco A 107.000,00 13.500,00
pagar
Financiamentos a
Mercadorias 405.000,00 18.000,00
pagar
Lucros/Prejuízos
Veículo 32.400,00 200.000,00
acumulados
O saldo do balanço aumentou, pois parte da compra foi a prazo, o que provocou
a captação de recursos de terceiros.
Fato 16: 30/09/20X1
Identificação: reconhecimento da despesa com salário do mês de setembro
no valor de R $15.000,00, o qual será pago no mês de outubro.
Interpretação: o salário dos funcionários é uma despesa para a empresa e,
como tal, deve ser registrada no período em que foi gerada. Assim, por mais que
o pagamento ocorra em outubro, a despesa com salário deve ser reconhecida
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Descontos financeiros
Receita 20.000,00
obtidos
Lucros/prejuízos
Resultado 185.000,00
acumulados
Após o reconhecimento da despesa com salário, o novo resultado deve ser regis-
trado na conta lucros/prejuízos acumulados.
Registro:
ATIVO PASSIVO
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UN I AS S ELV I
Financiamentos
Duplicatas a receber 110.000,00 13.500,00
a pagar
Financiamentos
Ativo não circulante 18.000,00
a pagar
Lucros/Prejuízos
185.000,00
acumulados
Como a despesa com salário ainda não foi paga, o saldo do balanço não foi alterado.
Fato 17: 30/09/20X1
Identificação: reconhecimento da despesa com depreciação dos ativos imo-
bilizados no montante de R $4.000,00.
Interpretação: a depreciação corresponde ao desgaste do bem imobilizado em
função do uso, o que provoca a diminuição de seu valor, contudo essa diminuição
não é registrada diretamente na conta contábil, que representa o imobilizado
para que o usuário consiga identificar o valor do bem e quanto já foi depreciado.
Como o bem perde valor, gera-se uma despesa para a empresa.
Contas contábeis: para evidenciar a diminuição do valor do bem, utiliza-se a
conta depreciação acumulada, que é uma conta redutora (negativa) do ativo; ao
confrontar o valor dos imobilizados com a depreciação acumulada, encontra-se
o valor contábil do bem. O correto é registrar separadamente o valor da deprecia-
ção de cada bem, mas, nesse exemplo, registramos o valor total. A despesa gerada
deve ser registrada na conta depreciação e amortização (resultado).
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Depreciação e
Despesa (4.000,00)
amortização
Descontos financeiros
Receita 20.000,00
obtidos
Lucros/prejuízos
Resultado 181.000,00
acumulados
ATIVO PASSIVO
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UN I AS S ELV I
Financiamentos a
Duplicatas a receber 110.000,00 13.500,00
pagar
Financiamentos a
Ativo não circulante 18.000,00
pagar
Máquinas e
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
equipamentos
(-) Capital a
Veículo 32.400,00 (120.000,00)
integralizar
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Em R$
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UN I AS S ELV I
Agora, sim, finalizado o processo contábil. Espero que você tenha compreendido
como as demonstrações contábeis são resultado dos fatos ocorridos na entidade
durante um período: os registros, ou lançamentos, contam a história dos acon-
tecimentos da entidade e, ao final de um período, o resultado dessa história é
apresentado por meio das demonstrações.
ENCERRADO EM 31/12/20X1
ATIVO Em R$ PASSIVO Em R$
Disponível Fornecedores
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
ENCERRADO EM 31/12/20X1
Máquinas e equipa-
15.000,00 Obrigações financeiras
mentos
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UN I AS S ELV I
NOVOS DESAFIOS
Com certeza, não é possível saber exatamente todos os fatos que ocorreram na
empresa até o momento do levantamento do balanço, contudo é possível iden-
tificar alguns acontecimentos, como: a empresa comprou mercadorias a prazo,
pois existe dívida com fornecedores, mas também comprou mercadoria à vista,
afinal o saldo da conta mercadoria é maior do que a dívida com fornecedores; a
empresa vendeu mercadorias a prazo, pois há valor a receber de cliente (duplica-
tas a receber); todo o valor do capital social já foi integralizado, pois não há saldo
na conta capital a integralizar; a empresa contratou um empréstimo a ser pago
em várias parcelas — há valor no passivo circulante e no não circulante. Espero
que você consiga identificar outros fatos também.
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VAMOS PRATICAR
João e Maria acabam de constituir uma empresa comercial. Os fatos ocorridos no primeiro
mês de operação foram:
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REFERÊNCIAS
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
1976.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no
6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende
às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demons-
trações financeiras. 2007.
CARAVELAS: Bartolomeu Dias, Boa Esperança e Vera Cruz. Samuel & Filhos, LDA., [2022].
CFC. NBC TG 26 (R5), de 24 de novembro de 2017. Altera a NBC TG 26 (R4) que dispõe
sobre apresentação das demonstrações contábeis. 2017.
CFC. NBC TG Estrutura Conceitual, de 21 de novembro de 2019. Dá nova redação à
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, que dispõe sobre a estrutura conceitual para relatório
financeiro. 2019.
FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
FRAGALLI, A. C.; SILVA, J. M. da. Contabilidade Empresarial. Maringá: UniCesumar, 2021.
FRANCO, H. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. 15. ed. São Paulo: Atlas,
1989.
HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. F. van. Teoria da Contabilidade. Tradução de Antonio Zorat-
to Sanvicente. 1. ed. 10. reimpr. São Paulo: Atlas, 2012.
IUDÍCIBUS, S. de et al. Contabilidade Introdutória. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Contabilidade Comercial. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
MARION, J. C. Contabilidade Básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
NIYAMA, J. K.; SILVA, C. A. T. Teoria da Contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
SERASA EXPERIAN. Ir à Falência: veja os principais motivos e como evitá-los. Blog Empre-
sas,12 jun. 2020.
SZUSTER, N. et al. Contabilidade Geral: introdução à Contabilidade Societária. São Paulo:
Atlas, 2013.
1
1
1
REFERÊNCIAS
TEMA DE APRENDIZAGEM 2
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
1976.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no
6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende
às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demons-
trações financeiras. 2007.
CARAVELAS: Bartolomeu Dias, Boa Esperança e Vera Cruz. Samuel & Filhos, LDA., [2022].
CFC. NBC TG 26 (R5), de 24 de novembro de 2017. Altera a NBC TG 26 (R4) que dispõe
sobre apresentação das demonstrações contábeis. 2017.
CFC. NBC TG Estrutura Conceitual, de 21 de novembro de 2019. Dá nova redação à
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, que dispõe sobre a estrutura conceitual para relatório
financeiro. 2019.
FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
FRAGALLI, A. C.; SILVA, J. M. da. Contabilidade Empresarial. Maringá: UniCesumar, 2021.
FRANCO, H. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. 15. ed. São Paulo: Atlas,
1989.
HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. F. van. Teoria da Contabilidade. Tradução de Antonio Zorat-
to Sanvicente. 1. ed. 10. reimpr. São Paulo: Atlas, 2012.
IUDÍCIBUS, S. de et al. Contabilidade Introdutória. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Contabilidade Comercial. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
MARION, J. C. Contabilidade Básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
NIYAMA, J. K.; SILVA, C. A. T. Teoria da Contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
SERASA EXPERIAN. Ir à Falência: veja os principais motivos e como evitá-los. Blog Empre-
sas,12 jun. 2020.
SZUSTER, N. et al. Contabilidade Geral: introdução à Contabilidade Societária. São Paulo:
Atlas, 2013.
1
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1
REFERÊNCIAS
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
1976.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no
6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende
às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demons-
trações financeiras. 2007.
CFC. NBC TG Estrutura Conceitual, de 21 de novembro de 2019. Dá nova redação à
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, que dispõe sobre a estrutura conceitual para relatório
financeiro. 2019.
FRAGALLI, A. C.; SILVA, J. M. da. Contabilidade Empresarial. Maringá: UniCesumar, 2021.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades
de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Curso de Contabilidade para Não Contadores: para as
áreas de Administração, Economia, Direito e Engenharia. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
NASCIMENTO, C. de L. Contabilidade Intermediária. Maringá: UniCesumar, 2019.
1
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REFERÊNCIAS
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
1976.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no
6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende
às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demons-
trações financeiras. 2007.
CFC. NBC TG Estrutura Conceitual, de 21 de novembro de 2019. Dá nova redação à
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, que dispõe sobre a estrutura conceitual para relatório
financeiro. 2019.
FRAGALLI, A. C.; SILVA, J. M. da. Contabilidade Empresarial. Maringá: UniCesumar, 2021.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades
de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Curso de Contabilidade para Não Contadores: para as
áreas de Administração, Economia, Direito e Engenharia. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
NASCIMENTO, C. de L. Contabilidade Intermediária. Maringá: UniCesumar, 2019.
TEMA DE APRENDIZAGEM 6
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
1976.
CFC. NBC TG 26 (R5), de 24 de novembro de 2017. Altera a NBC TG 26 (R4) que dispõe
sobre apresentação das demonstrações contábeis. 2017.
CFC. NBC TG Estrutura Conceitual, de 21 de novembro de 2019. Dá nova redação à
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, que dispõe sobre a estrutura conceitual para relatório
financeiro. 2019.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades
de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
MARION, J. C. Contabilidade Básica. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
NASCIMENTO, C. de L. Contabilidade Intermediária. Maringá: UniCesumar, 2019.
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REFERÊNCIAS
TEMA DE APRENDIZAGEM 7
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
1976.
CFC. NBC TG 26 (R5), de 24 de novembro de 2017. Altera a NBC TG 26 (R4) que dispõe
sobre apresentação das demonstrações contábeis. 2017.
CFC. NBC TG Estrutura Conceitual, de 21 de novembro de 2019. Dá nova redação à
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, que dispõe sobre a estrutura conceitual para relatório
financeiro. 2019.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades
de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
MARION, J. C. Contabilidade Básica. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
NASCIMENTO, C. de L. Contabilidade Intermediária. Maringá: UniCesumar, 2019.
TEMA DE APRENDIZAGEM 8
TEMA DE APRENDIZAGEM 9
1
1
1
GABARITO
TEMA 01:
1. O surgimento das partidas dobradas justamente na Itália não foi por acaso. As cidades
italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa e outras representavam o que de mais avan-
çado poderia existir, na época, em termos de empreendimentos comerciais e industriais
(IUDÍCIBUS, 2015). Nesse sentido, nada mais natural do que justamente os italianos de-
senvolverem um mecanismo de controle patrimonial que auxiliasse os negócios.
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
2. A Contabilidade utiliza números, mas estes não são sua razão de ser. A Contabilidade
não tem como objetivo alcançar um número exato e nem obter uma fórmula definitiva
para alcançar um resultado. Ela tem como objetivo gerar informação sobre o patrimônio;
este, por sua vez, representa o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma ou mais
pessoas. Ao acompanhar esse patrimônio, a Contabilidade busca analisar o aspecto social
da entidade, seja ela uma pessoa física ou jurídica, verificando como o seu patrimônio foi
afetado pelas decisões tomadas.
3. Os usuários internos são aqueles que trabalham na empresa e ocupam cargos que re-
querem a tomada de decisões e, por isso, necessitam de informações direcionadas. Já
os usuários externos não possuem relação de trabalho com a empresa, mas, também,
necessitam de informações para a tomada de decisões. Para esses usuários, as informa-
ções são, normalmente, padronizadas (FAVERO et al., 2011).
FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
TEMA 02:
2. D. A afirmativa I está incorreta, pois quanto maior o nível de complexidade das atividades
desempenhadas pela entidade, maior também será a complexidade e o detalhamento
das informações contábeis.
1
1
1
GABARITO
TEMA 03:
1.
2.
TEMA 04:
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GABARITO
TEMA 05:
TEMA 06:
2. Para apurar o resultado pelo regime de caixa, é necessário observar os fatos que provo-
caram entrada ou saída de dinheiro no mês de setembro. Já para apurar o resultado pelo
regime de competência, é necessário observar os fatos que geraram receita ou despesa
no mês de setembro:
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GABARITO
TEMA 07:
TEMA 08:
TEMA 09:
1.
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GABARITO
2.
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2