Você está na página 1de 60

DISCIPLINA -

Teoria da argumentação
jurídica

Amanda Marques - IPC


UNIDADE 2 - LINGUAGEM E
ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA

TÓPICO 1 – ORATÓRIA: CONCEITO E CARACTERÍSTICAS

TÓPICO 2 – ARGUMENTAÇÃO: CONCEITOS E ELEMENTOS

CARACTERIZADORES

TÓPICO 3 – DIREITO, ARGUMENTAÇÃO E LÓGICA JURÍDICA


.
ORATÓRIA
Define-se a oratória como a arte de bem falar em
público, de forma eloquente e é uma forma
específica de comunicação. É uma habilidade
comunicar-se com confiança e clareza. Portanto,
ter boa oratória é fundamental para se expressar
de maneira convincente.
Chegou a hora de falar em público,
quais os fatores são relevantes?

Dicção: é a forma como o orador articula e pronuncia as


palavras. Porém, a boa dicção não significa que o
indivíduo não se expresse de maneira adequada porque é
comum a dificuldade na pronúncia de certas palavras.
Muitas vezes são pequenos erros que podem estar
relacionados aos hábitos de linguagem de uma
determinada cultura.
Gesticulação: seguramente, você já ouviu a frase: “o
corpo fala” e o que isso significa? Ao nos comunicarmos,
temos posturas corporais para, na maioria das vezes,
inconscientemente, darmos ênfase ao que falamos. O que
fazemos com o corpo expressa nosso domínio emocional.
Como usar as mãos? A cabeça deve ser mantida erguida?
Andar ao falar é necessário? Não há uma fórmula pronta
para todas as situações e pessoas, mas é necessário dar
atenção à postura.
Intensidade de voz: você já deve ter notado que as
pessoas tímidas falam em tom de voz baixo e, em alguns
casos, chega a ser inaudível. O bom orador sabe dosar o
tom de voz de acordo com a mensagem. A entonação vocal
é um instrumento muito poderoso para o convencimento.
A altura, velocidade e impostação da voz são medidores de
uma boa comunicação. Falar aos berros cria bloqueios e
ruídos na comunicação da mesma forma que falar muito
devagar gera desinteresse e desestímulo para o público.
Grandes líderes que ganharam destaque pelo poder da oratória
Grandes líderes que ganharam destaque pelo poder da oratória
Grandes líderes que ganharam destaque pelo poder da oratória
Os sofistas eram uma espécie de professores e pensadores
viajantes da Grécia Antiga que realizavam discursos públicos
para atrair estudantes, de quem cobravam para lhes ensinar a
arte da retórica.

É nesse cenário que surge Protágoras (481 a.C.- 411 a.C.),


quando então é feita a perfeita relação entre a sofística e a
retórica, passando a ser a retórica conhecida como a arte de
convencer a qualquer custo, independentemente de ser o
argumento verdadeiro ou justo. Para Protágoras, todo
argumento pode ser contraposto a outro e qualquer tema pode
ser sustentado ou refutado.
ORATÓRIA x RETÓRICA
A oratória é uma habilidade distinta da retórica, definida
como arte ou habilidade de falar em público de forma
eloquente e convincente, enquanto a retórica tem como
objetivo a comunicação de forma clara e objetiva.
Correção de autoatividade
Letra C
Letra A
5 - Embora muitas são as atividades profissionais que exigem o
domínio da retórica e oratória, particularmente, na área jurídica,
tal conhecimento é essencial. Apesar de os termos retórica e
oratória serem relacionados e complementares, possuem
conceitos distintos. Diferencie retórica de oratória.
5 - Embora muitas são as atividades profissionais que exigem o
domínio da retórica e oratória, particularmente, na área jurídica,
tal conhecimento é essencial. Apesar de os termos retórica e
oratória serem relacionados e complementares, possuem
conceitos distintos. Diferencie retórica de oratória.

R.: A oratória é uma habilidade distinta da retórica, definida


como arte ou habilidade de falar em público de forma eloquente
e convincente, enquanto a retórica tem como objetivo a
comunicação de forma clara e objetiva.
UNIDADE 2 - LINGUAGEM E
ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA

TÓPICO 2 – ARGUMENTAÇÃO: CONCEITOS E ELEMENTOS

CARACTERIZADORES
Distintos tipos
de argumento
FALÁCIAS ARGUMENTATIVAS

Compreendidas como erros lógicos, conscientes ou não,


que conduzem a pré-compreensões equivocadas
produzindo preconceitos ilegítimos, estereótipos e más
decisões.
Letra C
5 - A argumentação é definida como atividade utilizada para justificar ou
refutar opiniões de forma a justificar de maneira razoável algo e envolve
um conjunto de declarações com a finalidade de persuadir ou demonstrar
um conteúdo, ideia ou conceito de maneira consistente e sem
contradições. Quais são os distintos elementos que constituem a
argumentação? Caracterize cada um deles.
5 - A argumentação é definida como atividade utilizada para justificar ou
refutar opiniões de forma a justificar de maneira razoável algo e envolve
um conjunto de declarações com a finalidade de persuadir ou demonstrar
um conteúdo, ideia ou conceito de maneira consistente e sem
contradições. Quais são os distintos elementos que constituem a
argumentação? Caracterize cada um deles.

R.: A argumentação é constituída de distintos elementos, quais sejam:


a) Coerência – a construção de uma sequência lógica de forma a
possibilitar a compreensão da conclusão e depende de fatores tais
como conhecimento, inferência e contextualização;
b) Carisma – virtude ou capacidade pessoal de produzir alto grau de
convencimento; e;
c) Dialética – espécie de “movimento” argumentativo onde se produz o
embate de ideias distintas (tese e antítese) do qual é possível a
produção de uma nova (síntese).
UNIDADE 2 - LINGUAGEM E
ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA

TÓPICO 3 - DIREITO, ARGUMENTAÇÃO E LÓGICA JURÍDICA


Argumentação jurídica

(...) definida como um recurso próprio e técnico de convencimento cujo


objetivo é a tomada de uma decisão na esfera jurídica. “Toda decisão
jurídica deverá ser embasada com o emprego racional de análise da
legislação pertinente – porém, a argumentação poderá vir a se tornar fator
decisivo para a análise e a aplicação da lei” (ELTZ; TEIXEIRA; DUARTE,
2018, p. 110). Assim, a atividade jurídica, em qualquer um de seus campos,
exige o domínio de técnicas argumentativas, não se admitindo que o
profissional do direito desconheça, além da linguagem jurídica, a técnica
argumentativa.
No direito não há exercício de nenhuma atividade sem justificação e argumentação.
Costuma-se afirmar que não se formula nenhum pedido a um juiz sem que se explique
o porquê sob pena de indeferimento do pedido, podendo, em caso de petição inicial, por
exemplo, ser considerada inepta. Ou seja, um pedido judicial deve ser muito bem
formulado, sendo o fato e os fundamentos jurídicos muito bem demonstrados, sob pena
de ser indeferido. Veja a decisão a seguir.
Quando um pedido judicial é considerado INEPTO?
Quando um pedido judicial é considerado INEPTO?
Da mesma maneira, nenhum juiz profere uma decisão sem
justificativa. Não é admitido no direito que a fundamentação de
uma decisão se limite à mera transcrição ou se remeter à outra
peça processual, conforme decisão do Superior.
Argumentos Simples:

é a padronização de um
argumento de forma a
estabelecer frases que
servem de premissas e
frases que servem
como conclusão.
Argumentos
Complexos:

possuem mais
encadeamentos
lógicos que os
simples.
LÓGICA E ARGUMENTAÇÃO

A lógica determina a organização e validade do


pensamento e dos enunciados linguísticos.

QUAL A RELAÇÃO DA LÓGICA COM A


ARGUMENTAÇÃO?

A validade de um argumento decorre da lógica das


inferências enquanto que a veracidade ou falsidade são
atributos das proposições.
O direito como sistema lógico

Considerar o direito um sistema lógico e coerente pressupõe a


inexistência de lacunas e antinomias. Lacuna é a ausência de
norma para disciplinar o caso concreto, que pode ser de
diferentes tipos, como você poderá observar melhor na Figura 24.
Uma das soluções é a analogia que consiste em uma forma de
raciocínio lógico através da comparação, servindo como
integração da lei. É um método de interpretação jurídica utilizado
quando, diante da ausência de previsão específica em lei, aplica-
se uma disposição legal que regula casos idênticos, semelhantes,
ao da controvérsia.
Letra B
Letra C
BONS ESTUDOS!!!

Você também pode gostar