Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Partidos Politicos
Partidos Politicos
Partidos Politicos
com
Direito Eleitoral Exemplificado ______________________________________ Aula 04 – Partidos Políticos
depaulacruzdasilvajosiane@gmail.com
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4
1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES........................................................................................................... 6
8.2. Da incorporação........................................................................................................................56
Olá!
Sem sombra de dúvidas, o tema “partidos políticos” é um dos mais explorados na disciplina
de Direito Eleitoral. Em regra, as questões elaboradas pelas bancas examinadoras são extraídas
diretamente do texto da Lei 9.096/1995 ou do artigo 17 da Constituição Federal de 1988.
A segunda recomendação, como não poderia ser diferente: resolver o máximo de questões
aplicadas em concursos anteriores. Em nossa aula há uma quantidade enorme de questões, com
os respectivos comentários. Todavia, não se limite às questões que apresentei. Quanto mais
questões resolver, maiores serão as suas chances de GABARITAR a prova!
Por último, eis a terceira recomendação: quando tiver alguma dúvida sobre o conteúdo
apresentado no curso escrito, assista à respectiva videoaula. Procurei ser bem objetivo e direto
nas videoaulas, apresentando o conteúdo sem maiores formalidades e utilizando muitos
exemplos práticos, levando em consideração que sou servidor da Justiça Eleitoral há quase dez
anos.
Estou aqui fazendo a minha parte. Agora, preciso que você faça a sua!
Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a organização ou funcionamento do curso, fique
à vontade para esclarecê-las por meio das minhas redes sociais ou do fórum do aluno:
https://www.youtube.com/channel/UC1YEcia-RD3icTwWx5ZBjzw
https://www.instagram.com/fabianopereiraprof/
Para José Jairo Gomes, os partidos políticos não podem ser confundidos com clubes, ligas,
facções, sindicatos, cooperativas, organizações não governamentais ou demais grupos de
interesses. Além de "contarem com organização própria e estabilidade, os partidos visam alcançar
o poder político-governamental para exercê-lo ou nele se manter, enquanto os grupos de
interesses visam apenas influir no governo ou nos agentes públicos"1.
Ao se afirmar que os partidos políticos possuem natureza jurídica de direito privado, uma
das consequências é que não gozarão das prerrogativas ("privilégios") que são assegurados à
União, Estados, Municípios, Distrito Federal e autarquias, a exemplo da imunidade tributária em
relação ao pagamento de impostos, impenhorabilidades de seus bens, entre outros.
Ademais, o § 3º do art. 44 ainda dispõe que os partidos políticos serão organizados e
funcionarão conforme o disposto em lei específica.
E que lei é essa?
É a Lei nº 9.096/1995, apelidada de "lei dos partidos políticos", muito cobrada em provas
pelas bancas examinadoras.
Atualmente temos no Brasil o total de trinta e três partidos políticos ativos e com registro
regularmente deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral 2.
1
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 12ª Ed. São Paulo: Atlas, 2016. p. 156.
2
Informação extraída do site http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/registrados-no-tse.
Acesso em 03/02/2021, às 9h09m.
Claro! Você acha que eu teria coragem de brincar com corintianos? De jeito nenhum... rrss.
Bem, deixando de lado a brincadeira, o fato é que a atual quantidade de partidos políticos
existentes no Brasil é muito grande. E maior ainda é a quantidade de partidos em processo de
formação.
Pergunta: professor, existe alguma norma que limite a quantidade de partidos políticos que
podem ser criados?
"É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha
e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária".
Um partido político, por exemplo, não pode estabelecer em seu estatuto que o prazo
mínimo de filiação partidária a ser observado pelos seus filiados, para a disputa de cargo eletivo,
será de 5 (cinco) meses. Isso porque o art. 9º da Lei 9.504/1997 afirma expressamente que "para
concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição
pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo".
Por sua vez, observados os dispositivos legais, os próprios partidos políticos é que definirão
a respectiva estrutura interna (quantos diretórios municipais serão instituídos, por exemplo),
organização (quantos cargos de direção serão criados) e funcionamento (quantidades de
reuniões mensais, por exemplo).
Além disso, é assegurada aos candidatos, partidos políticos e coligações autonomia para
definir o cronograma das atividades eleitorais de campanha e executá-lo em qualquer dia e
horário, observados, da mesma forma, os limites estabelecidos em lei.
(...) É possível reconhecer aos partidos políticos liberdade externa e liberdade interna. No que tange à
primeira, os partidos políticos gozam do direito à sua fundação e atuação sem as ingerências do Estado,
dentro dos próprios limites estabelecidos pela Constituição. No que diz respeito à liberdade interna, ela
significa que sobre os partidos não pode haver qualquer tipo de controle ideológico-programático, nem
controle sobre a organização interna do partido3.
E para ficar claro que temas doutrinários também são cobrados em prova, eis um
exemplo de questão elaborada pelo CESPE, abordando as espécies de liberdade partidária (ao
final, a questão será comentada, na íntegra):
A Lei 13.831, publicada em 17/05/2019, dispõe que aos partidos políticos é assegurada
autonomia para definir o prazo de duração dos mandatos dos membros dos seus órgãos
partidários permanentes ou provisórios.
A propósito, prevê o art. 3º, §3º, da Lei dos Partidos que o prazo de vigência dos órgãos
provisórios dos partidos políticos não pode ser maior do que 8 (oito) anos. Todavia, fique
atento(a)! O STF declarou inconstitucional esse parágrafo 3º, com efeitos a partir de janeiro de
2023.
Caso você se depare em prova com algum enunciado fazendo referência à verticalização,
lembre-se de que ela não é mais obrigatória. Em resumo, o entendimento do Tribunal Superior
Eleitoral era no sentido de que se o PT e o PC do B formassem uma coligação para a disputa do
3
CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra: Almedina,
2003, 7ª ed. p. 317-318.
cargo de Presidente da República, por exemplo, teríamos duas hipóteses em relação às eleições
para Governador nos Estados:
Em outras palavras, o TSE havia decidido que se os partidos A, B e C tivessem formado uma
coligação para a disputa do cargo de Presidente da República, por exemplo, nas eleições para o
cargo de Governador de Estado (que acontecem simultaneamente) teriam apenas as seguintes
possibilidades:
Não seria admitida, por exemplo, uma coligação para o cargo de Governador de Estado
formada entre os partidos C + F, pois este não integrava a coligação para o cargo de Presidente
da República.
O que se tentava evitar era que nas eleições para Presidente da República tivéssemos uma
coligação formada por PT + PC do B, disputando contra a coligação DEM + PSDB, por exemplo,
mas, em âmbito estadual, fosse formalizada uma coligação entre PSDB + PT (algo inimaginável
para os defensores da ideologia político...).
O fato é que esse entendimento do Tribunal Superior Eleitoral não era benéfico aos
partidos, pois os impedia de firmar coligações da forma que bem entendessem, ainda que
violassem as ideologias defendidas nos respectivos programas partidários.
Assim, os partidos políticos se mobilizaram com a finalidade de alterar o artigo 17, § 1º, da
CF/88, afastando de vez qualquer entendimento do TSE que verticalizasse (de cima para baixo) a
formação de coligações.
O texto original da CF/88, em seu art. 17, § 1º, continha o seguinte mandamento: "é
assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e disciplina partidárias".
Conforme é possível perceber, o dispositivo constitucional não fazia qualquer referência à
obrigatoriedade de se respeitar a verticalização na formalização de coligações, restringindo-se a
assegurar autonomia aos partidos políticos para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento. Todavia, para eliminar de vez a interpretação do Tribunal Superior Eleitoral, que
determinava a observância da verticalização, o Congresso Nacional se mobilizou e promulgou a
emenda constitucional nº 52, em 09 de março de 2006, que alterou o texto constitucional.
"É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária".
Perceba que o novo texto constitucional é claro no sentido de que os partidos políticos não
estão obrigados a observar qualquer tipo de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal. Em outras palavras, foi superado o entendimento do
Tribunal Superior Eleitoral que determinava a verticalização (vinculação de candidaturas) e
atualmente as agremiações partidárias são livres para definir os critérios de escolha e o regime
de suas coligações.
CF/88, art. 17, § 1º. "É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária".
2.3 Federações
A Lei 14.208/2021 alterou a Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995) para instituir as
federações partidárias. Dessa maneira, “dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em
federação, que após sua constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral,
atuará como se fosse uma única agremiação partidária” (art. 11-A).
Alguns aspectos da federação de partidos, instituída pela Lei nº 14.208/2021, devem ser
objeto de nossa atenção:
Prevê ainda o art. 11-A, §9º, que perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se
desfiliar, sem justa causa, de partido que integra a federação.
A propaganda partidária é gratuita e tem por finalidade divulgar, pelo rádio e pela
televisão, assuntos de interesse das agremiações partidárias. Nos termos do art. 50-A da Lei dos
Partidos Políticos, incluído pela Lei nº 14.291/2022, essa propaganda deve ser realizada entre as
19h30 e as 22h30, em âmbito nacional e estadual, por iniciativa e responsabilidade dos partidos
políticos, por seus órgãos de direção correspondentes (nacional ou estadual/regional).
Ocorre sob as formas de propaganda em bloco, em cadeia nacional ou estadual, por meio
de inserções de 30 segundos, veiculadas no intervalo da programação normal das emissoras. Em
cada rede somente serão autorizadas até 10 inserções de 30 segundos por dia. Cabe ao
respectivo órgão partidário (nacional ou estadual), apresentar à Justiça Eleitoral requerimento de
fixação das datas de formação das cadeias nacional e estaduais.
A Justiça Eleitoral, por sua vez, por meio do TSE (cadeia nacional) ou dos TREs (cadeias
estaduais), autorizará a formação da respectiva cadeia e requisitará os horários perante as
emissoras de rádio e televisão. É facultado ao órgão de direção nacional do partido a veiculação
de conteúdo regionalizado nas inserções em rede nacional, desde que previamente comunique
essa decisão ao TSE.
partido; divulgar a posição do partido em relação a temas políticos e ações da sociedade civil;
incentivar a filiação partidária e esclarecer o papel dos partidos na democracia brasileira;
promover e difundir a participação política das mulheres, dos jovens e dos negros. Em linhas
gerais é o teor do art. 50-B da Lei dos Partidos Políticos, inserido pela Lei nº 14.291/2022.
Nos termos do §4º desse mesmo art. 50-B, são proibidas nas inserções:
I - o partido que tenha eleito acima de 20 (vinte) Deputados Federais terá assegurado o
direito à utilização do tempo total de 20 (vinte) minutos por semestre para inserções de 30
(trinta) segundos nas redes nacionais, e de igual tempo nas emissoras estaduais;
4
Art. 17, §3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei,
os partidos políticos que alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em
pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação.
II - o partido que tenha eleito entre 10 (dez) e 20 (vinte) Deputados Federais terá
assegurado o direito à utilização do tempo total de 10 (dez) minutos por semestre para
inserções de 30 (trinta) segundos nas redes nacionais, e de igual tempo nas emissoras
estaduais;
III - o partido que tenha eleito até 9 (nove) Deputados Federais terá assegurado o direito à
utilização do tempo total de 5 (cinco) minutos por semestre para inserções de 30 (trinta)
segundos nas redes nacionais, e de igual tempo nas redes estaduais.
O partido político que descumprir as disposições contidas no art. 50-B da Lei dos Partidos
Políticos estará sujeito à punição de cassação do tempo equivalente de 2 a 5 vezes o tempo da
inserção ilícita, no semestre seguinte.
A representação, proposta por partido político ou pelo Ministério Público Eleitoral, será
julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral quando se tratar de inserções nacionais e pelos Tribunais
Regionais Eleitorais quando se tratar de inserções transmitidas nos Estados correspondentes. O
prazo para proposição dessa representação encerra-se no último dia do semestre em que for
veiculado o programa impugnado ou, se este tiver sido transmitido nos últimos 30 (trinta) dias
desse período, até o 15º (décimo quinto) dia do semestre seguinte.
O art. 17 da CF/1988 dispõe que é livre a criação de partidos políticos, desde que
observados os preceitos estabelecidos no próprio texto constitucional e na legislação eleitoral
vigente.
A propósito, o processo de criação de um novo partido político pode ser dividido em três
grandes fases:
Para você entender melhor o que acabei de afirmar, eis um trecho do programa do
Movimento Democrático Brasileiro - MDB (antigo PMDB):
"O PMDB é, portanto, um partido comprometido com a soberania nacional, com a busca
da liberdade, com a organização popular, com a realização de uma sociedade mais
equânime e com a verdade. Assume como seu o desafio contemporâneo: transformar em
prática das massas os ideais de soberania, de liberdade, bem-estar social, igualdade de
oportunidades e de participação nos bens materiais que a riqueza e o desenvolvimento do
País já permitem"5.
5
Disponível em http://pmdb.org.br/institucional/programa-partidario/. Acesso em 24/01/2018, às
10h19m.
III – relação de todos os fundadores com nome completo, naturalidade, número do título
eleitoral com a zona, seção, município e unidade da Federação, profissão e endereço da
residência.
A partir desse momento o partido político já pode contrair direitos e obrigações em nome
próprio, após a obtenção do respectivo CNPJ perante a Receita Federal do Brasil. Poderá alugar
um imóvel ou adquirir um veículo financiado em nome da própria agremiação, por exemplo, sem
precisar que tais bens sejam registrados em nome de terceiros.
O partido político em formação, no prazo de até 100 (cem) dias6 contados da obtenção do
seu registro no Cartório, deve informar ao Tribunal Superior Eleitoral a sua criação, apresentando:
Ainda que o partido político tenha obtido a personalidade jurídica perante o Cartório,
somente poderá participar do processo eleitoral (lançando candidatos, recebendo recursos do
fundo partidário ou realizando propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão) depois de ter o
registro deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
6
Resolução nº 23.571, de 29/05/2018 – Disciplina a criação, organização, fusão, incorporação e
extinção de partidos políticos.
Além disso, deve ficar claro que somente o registro do estatuto do partido no TSE assegura
a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos (estrela, tucano etc.), vedada a utilização,
por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão.
Após a aquisição da personalidade jurídica perante o Cartório de Registro Civil das Pessoas
Jurídicas do local de sua sede, inicia-se a fase de comprovação do apoiamento mínimo necessário
à criação do partido.
Professor, mas o que é "apoiamento mínimo"?
A Lei 9.096/95, em seu art. 7º, § 1º, assim dispõe:
"Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de
eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou
mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja
votado em cada um deles".
Gabarito: “B”.
O apoio mínimo de eleitores, que deve ser comprovado pelo partido político em formação,
corresponde a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados.
Nas eleições de 2018, por exemplo, foram destinados à Câmara dos Deputados 98.933.400
(noventa e oito milhões, novecentos e trinta e três mil e quatrocentos) votos, que correspondem
aos votos recebidos por todos os candidatos a deputado federal naquela eleição. Desse modo, ao
calcularmos 0,5% sobre esse montante, chegamos à quantidade mínima de 491.967
(quatrocentos e noventa e um mil, novecentos e sessenta e sete) votos.
Não. Poderão ser somadas ao montante que o partido precisa obter (491.467), porém,
apenas depois de o percentual de 0,1% ser respeitado em, no mínimo, nove Estados brasileiros.
7
Disponível em http://colheita.raiz.org.br/como-assinar/. Acesso em 25/01/2018, às 9h14m.
A simples assinatura ou impressão digital (no caso do analfabeto) aposta pelo eleitor nas
listas ou nos formulários de apoiamento a partido político em formação não implica filiação
partidária. Trata-se apenas de um apoio à criação. Depois que o partido político tiver obtido o
registro no Tribunal Superior Eleitoral é que se inicia o processo de filiação de seus membros.
A Resolução TSE nº 23.571/2018, em seu art. 14, dispõe que os responsáveis credenciados
perante os Tribunais Regionais Eleitorais devem apresentar, em duas vias (original e cópia), os
formulários, listas ou fichas individuais de apoiamento ao cartório da zona do eleitor para
conferência das assinaturas.
O chefe de cartório deve dar imediato recibo de cada lista ou formulário que lhe for
apresentado e, no prazo de até 15 (quinze) dias, após conferir, por semelhança, as assinaturas e
os números dos títulos eleitorais, deve lavrar o seu atestado nas listas ou nos formulários,
devolvendo a cópia ao representante credenciado do partido em formação.
O prazo de 15 (quinze) dias pode ser prorrogado pelo juiz eleitoral, por igual período,
quando houver motivo que o justifique.
Após a conferência de cada assinatura contida nos formulários que forem apresentados
pelo partido em formação, o Chefe de Cartório providenciará a expedição de certidão constando
a quantidade de assinaturas que se assemelham com as constantes no cadastro eleitoral.
O pedido de registro, que será protocolado e autuado, no prazo de quarenta e oito horas
é distribuído a um Relator, que, ouvida a Procuradoria-Geral Eleitoral, em dez dias, determina,
em igual prazo, diligências (providências) para sanar eventuais falhas do processo.
O art. 10, § 2º, da Lei 9.096/1995 (alterado pela Lei 14.063/2020), afirma que após receber
a comunicação dos órgãos de direção regionais e municipais, definitivos ou provisórios, O TSE,
como unidade cadastradora, deve proceder à inscrição, ao restabelecimento e à alteração de
dados cadastrais e da situação cadastral perante o CNPJ na Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil. Trata-se de dispositivo recentemente incluído na Lei dos Partidos Políticos. Fique
ligado(a)!
Ademais, dispõe o artigo 11 da Lei 9.096/95 que o partido com registro no Tribunal
Superior Eleitoral pode credenciar, respectivamente:
É importante destacar, ainda, que o art. 51 da Lei 9.096/1995 assegura ao “partido político
com estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral o direito à utilização gratuita de escolas
públicas ou casas legislativas para a realização de suas reuniões ou convenções,
responsabilizando-se pelos danos porventura causados com a realização do evento”.
Será assegurado ao partido político, ainda, o funcionamento parlamentar, que pode ser
entendido como o direito de indicar membros para a composição dos órgãos internos da Casa
Legislativa, a exemplo das comissões permanentes e comissões parlamentares de inquérito, bem
como organizar-se em bancadas, escolher um líder para representá-lo e participar da distribuição
proporcional de cargos da mesa diretora.
Em outras palavras, pode-se afirmar que apenas o partido que possui o direito ao
funcionamento parlamentar terá condições de expor o seu posicionamento e ideias no âmbito da
respectiva Casa Legislativa, participando efetivamente dos processos internos de decisão.
A Lei 9.096/1995, em seu art. 13, dispõe que "tem direito a funcionamento parlamentar,
em todas as Casas Legislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que, em cada
eleição para a Câmara dos Deputados obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por cento dos votos
apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo menos, um terço dos
Estados, com um mínimo de dois por cento do total de cada um deles".
Analisando-se o inteiro teor do dispositivo legal, pode-se concluir que nem todos os
partidos políticos teriam o direito ao funcionamento parlamentar assegurado, pois, para tanto,
seria necessário obter uma quantidade mínima de votos nas eleições, uma cláusula de barreira
que deveria ser atingida.
Diante disso, logo após a publicação da Lei 9.096/1995 vários partidos apresentaram, no
Supremo Tribunal Federal, duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade, que foram protocoladas
com os números 1351 e 1354, alegando que a imposição de uma cláusula de barreira (quantidade
mínima de votos) violava diversos dispositivos da Constituição Federal de 1988, entre eles o art.
17, caput, e parágrafo único.
Ao proferir o seu voto, o Ministro Marco Aurélio de Mello, que foi o relator do processo,
destacou que, dos 29 partidos que existiam à época do julgamento, apenas sete alcançariam os
requisitos previstos na legislação.
Eis alguns trechos do voto do Ministro Marco Aurélio, para facilitar a compreensão do
conteúdo:
“Os demais ficarão à míngua, vale dizer, não contarão com o funcionamento parlamentar,
dividirão, com todos os demais partidos registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral, a
percentagem de um por cento do fundo partidário e, no tocante à propaganda partidária, terão,
por semestre, apenas dois minutos restritos à cadeia nacional”.
“Está-se a ver que o disposto no artigo 13 da Lei 9.096/95 veio a mitigar o que garantido aos
partidos políticos pela Constituição Federal, asfixiando-os sobremaneira, a ponto de alijá-los do
campo político, com isso ferindo de morte, sob o ângulo político-ideológico, certos segmentos,
certa parcela de brasileiros”, declarou. “E tudo ocorreu a partir da óptica da sempre ilustre
maioria”.
A Lei 9.096/95, em seu artigo 14, dispõe que observadas as disposições constitucionais e
legais, o partido é livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e para estabelecer,
em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento.
Por sua vez, informa o artigo 15 quais são as normas que devem ser inseridas no Estatuto
do partido político, entre outras:
Não são muito frequentes as questões de prova abordando o art. 15 da Lei 9.096/1995,
porém, como o nosso objetivo é GABARITAR a prova, temos que nos preparar para uma questão
como a que foi cobrada pela FCC:
c) tipo e cor do uniforme que poderá ser utilizado pelos seus membros.
Gabarito: “C”.
5.1 Da responsabilização
A Lei 9.096/1995, em seu artigo 15-A, é clara ao afirmar que "a responsabilidade, inclusive
civil e trabalhista, cabe exclusivamente ao órgão partidário municipal, estadual ou nacional que
tiver dado causa ao não cumprimento da obrigação, à violação de direito, a dano a outrem ou a
qualquer ato ilícito, excluída a solidariedade de outros órgãos de direção partidária".
Em outras palavras, o dispositivo legal prevê que caso o Diretório Municipal do Partido X
contrate uma secretária, e, posteriormente, promova a sua demissão sem pagar as verbas
trabalhistas devidas, a funcionária poderá propor uma reclamação trabalhista apenas em face do
Diretório Municipal.
Os Diretórios Nacional e Estadual, ainda que do mesmo partido, não poderão ser
responsabilizados solidariamente (em conjunto e/ou ao mesmo tempo) pelas dívidas
trabalhistas, cíveis ou quaisquer outras que tenham sido contraídas pelo Diretório e/ou Comissão
Provisória Municipal.
De todos os tópicos do Direito Eleitoral, um dos mais cobrados em prova é o que versa
sobre filiação partidária. Nesses termos, sugiro que você realize um estudo atento e resolva
muitas questões sobre o tema, para não deixar passar qualquer detalhe.
O artigo 16 da Lei 9.096/1995 dispõe que só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver
no pleno gozo de seus direitos políticos. Todavia, tenha muita atenção ao responder às questões
de prova!
É que nesse caso o eleitor poderá exercer a sua capacidade eleitoral ativa (direito ao voto),
apesar da limitação quanto ao exercício da capacidade eleitoral passiva (não pode disputar
cargos eletivos enquanto estiver inelegível).
Em regra, para se filiar a partido político, o interessado deverá procurar o Diretório e/ou
Comissão provisória municipal da respectiva agremiação e preencher formulário específico. Caso
todas as regras estatutárias sejam preenchidas, considera-se deferida a sua filiação para todos os
efeitos, com a entrega de um comprovante ao interessado, no modelo adotado pelo partido.
A Lei 9.096/1995, em seu artigo 19, com redação dada pela Lei 13.877/2019, dispõe que
deferido internamente o pedido de filiação, o partido político, por seus órgãos de direção
municipais, regionais ou nacional, deverá inserir os dados do filiado no sistema eletrônico da
Justiça Eleitoral, que automaticamente enviará aos juízes eleitorais, para arquivamento,
publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito de candidatura a cargos
eletivos, a relação dos nomes de todos os seus filiados, da qual constará a data de filiação, o
número dos títulos eleitorais e das seções em que estão inscritos.
O fato é que essa omissão do partido político pode causar graves prejuízos ao eleitor,
impedindo-o, por exemplo, de disputar as eleições em virtude de não conseguir cumprir o prazo
mínimo de filiação partidária exigido em lei (seis meses).
O art. 9º da Lei 9.504/1997, alterado pela Lei 13.488/2017, dispõe que para concorrer às
eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de
seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
Em outras palavras, se Doquinha deseja disputar o cargo de vereador, por exemplo, terá
que se filiar a algum partido político, no mínimo, seis meses antes da eleição.
Por sua vez, o art. 20 da Lei 9.096/95 afirma que é facultado ao partido político estabelecer,
em seu estatuto, prazos de filiação partidária superiores aos previstos em lei, com vistas a
candidatura a cargos eletivos. Isso significa que o estatuto do Partido X pode estabelecer, por
exemplo, que os interessados em disputar eleições, pela agremiação, se filiem um, dois ou três
anos antes da eleição que desejam disputar.
Gabarito: “C”.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, XX, dispõe que "ninguém poderá ser
compelido a associar-se ou a permanecer associado". Essa regra é válida para todas as espécies
de associações, inclusive as partidárias.
A propósito, destaca-se que a Resolução TSE nº 23.596/2019, em seu art. 24, § 5º, afirma
que pode ser feita “a comunicação apenas ao juiz da zona eleitoral em que inscrito o filiado na
hipótese de inexistência de órgão municipal ou comprovada impossibilidade de localização do
representante do partido político”.
Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo torna-se extinto, para
todos os efeitos, e o eleitor pode se filiar a novo partido político, se for de seu interesse.
I - morte;
Por óbvio, assim que a morte de filiado é levada ao conhecimento e atestada pelo partido
político, ter-se-á o cancelamento da filiação.
Para responder às questões de prova, destaca-se que apenas a perda dos direitos políticos
ensejará o cancelamento imediato da filiação. A jurisprudência vem reiterando que a suspensão
dos direitos políticos não tem o condão de ensejar o cancelamento imediato da filiação.
III - expulsão;
No estatuto do Partido dos Trabalhadores, por exemplo, mais precisamente no art. 11, §
1º, consta que "será imediatamente cancelada a filiação partidária, além das hipóteses previstas
em lei, no caso do filiado ou da filiada que não se apresentar para o recadastramento de sua
filiação partidária, convocado de acordo com o calendário e normas aprovadas pela direção
nacional".
V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva Zona
Eleitoral.
O art. 22 da Lei 9.096/1995, em seu texto original, estabelecia que o eleitor que se filiava
a outro partido tinha que fazer comunicação, à agremiação de origem e ao juiz de sua respectiva
Zona Eleitoral, para cancelar sua filiação. Se não fizesse no dia imediato ao da nova filiação, ficava
configurada dupla filiação, sendo ambas consideradas nulas para todos os efeitos.
Todavia, para evitar os "transtornos" causados àqueles que não seguiam o trâmite legal, o
Congresso Nacional publicou a Lei 12.891/2013, alterando o teor do artigo 22 da Lei 9.096/1995,
que passou a vigorar com a seguinte redação:
Doravante, o pré-candidato não corre mais o risco de deixar de disputar uma eleição em
razão de dupla filiação. Voltando a analisar o exemplo de Coxinha, simplesmente seria
considerada vigente a mais recente. Assim, Coxinha poderia se candidatar normalmente pelo
Partido W, desde que comprovado o prazo mínimo de filiação previsto no estatuto partidário.
Eis um tema que passou por profundas transformações nos últimos anos, tanto no âmbito
jurisprudencial quanto legislativo, fato que o coloca entre os preferidos das bancas
examinadoras, inclusive nas provas discursivas.
Nesse tema, é preciso diferenciar duas disciplinas: a infidelidade partidária, tratada pela
Resolução TSE nº 22.610/2007, que acarreta a perda do mandato; e a infidelidade
partidária por violação a algum preceito normativo constante do estatuto do partido
político, a qual vem disciplinada pela Lei 9.096/1995, nos arts. 23 a 25. Esta última não gera
a perda do mandato, mas pode acarretar algumas sanções, que deverão, igualmente, vir
previstas no estatuto (ex.: advertência etc.)8.
Art. 65. Além de outras punições estabelecidas no Código Nacional de Ética e Disciplina
Partidária, os filiados e membros de órgãos partidários que faltarem com o cumprimento de seus
deveres partidários e contrariarem as diretrizes estabelecidas na forma deste Estatuto estarão
sujeitos às seguintes sanções:
I - advertência;
II - suspensão por 3 (três) a 12 (doze) meses;
III - suspensão do direito de votar e ser votado nas eleições partidárias;
IV - destituição de função em órgão partidário;
V - expulsão.
8
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 15ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2016. p. 296
Por sua vez, a infidelidade partidária disciplinada na Resolução TSE nº 22.610/2007, cujo
texto deixou de ser aplicado, parcialmente, após a publicação da Lei 13.165/2015, deve ser bem
assimilada, pois são grandes as chances de você se deparar com uma questão em prova.
"Considerando o teor do art. 108 da Lei nº 4.737/65 (Código Eleitoral), que estabelece que
a eleição dos candidatos a cargos proporcionais é resultado do quociente eleitoral apurado
entre os diversos partidos e coligações envolvidos no certame democrático. Considerando
que é condição constitucional de elegibilidade a filiação partidária, posta para indicar ao
eleitor o vínculo político e ideológico dos candidatos.
Considerando ainda que, também o cálculo das médias, é decorrente do resultado dos votos
válidos atribuídos aos partidos e coligações.
INDAGA-SE:
Os partidos e coligações têm o direito de preservar a vaga obtida pelo sistema eleitoral
proporcional, quando houver pedido de cancelamento de filiação ou de transferência do
candidato eleito por um partido para outra legenda?"
Após um longo debate de ideias, a ampla maioria do TSE (6X1) respondeu positivamente
à Consulta, afirmando que o mandato do parlamentar pertence ao partido político, portanto, no
caso de pedido de cancelamento de filiação e/ou mudança de agremiação, o envolvido está
sujeito à perda do mandato eletivo.
(MS 26602 / DF - DISTRITO FEDERAL / MANDADO DE SEGURANÇA. Relator: Min. EROS GRAU.
Julgamento em 04/10/2007. Tribunal Pleno).
Em seu artigo 1º, § 1º, a citada Resolução estabeleceu hipóteses de "justa causa",
autorizando o titular de cargo eletivo, nas situações taxativas previstas em seu texto, a desligar-
se do respectivo partido político sem a configuração de infidelidade partidária, a saber:
Art. 1º O partido político interessado pode pedir, perante a Justiça Eleitoral, a decretação da
perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa.
§ 1º Considera-se justa causa:
I – incorporação ou fusão do partido;
II – criação de novo partido;
III – mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
IV – grave discriminação pessoal.
Em outras palavras, pode-se afirmar que nas hipóteses mencionadas no art. 1º, § 1º, da
Resolução TSE 22.610/2007, o titular de mandato eletivo poderia se desligar do partido político,
a qualquer momento, inclusive se filiando a outra agremiação, sem a possibilidade de perda do
mandato eletivo por infidelidade partidária.
"Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do
partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as seguintes
hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de
filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente".
(...)
Gabarito: “B”.
Vale ressaltar que a nova disposição constitucional reforça as outras hipóteses já previstas
em lei (citadas acima e explicadas abaixo nos respectivos tópicos), bem assim assevera
que eventual nova filiação a outro partido não deve ser considerada para a distribuição
do Fundo Partdiário nem do tempo de rádio e televisão na propaganda eleitoral gratuita.
Percebe-se que o PX não possui mais um "viés esquerdista" de atuação, que foi justamente
o que chamou a atenção de Coxinha, fazendo-o se filiar à agremiação. Nesse caso, Coxinha
poderia pleitear o desligamento do PX, sem perda do mandato eletivo, alegando e comprovando,
perante a Justiça Eleitoral, que a agremiação teria se desviado de seu programa partidário, ao
apoiar reformas que contrariam o que consta no respectivo programa.
Não é difícil imaginar o que seria uma grave discriminação política e pessoal na seara
partidária. A jurisprudência nacional tem caminhado no sentido de que "a grave discriminação
pessoal, apta a justificar a saída do requerente de seu partido, exige a individualização de atos
que demonstrem a segregação ou a preterição do parlamentar por motivos injustos, não razoáveis
ou preconceituosos que tornem insustentável a permanência do mandatário na agremiação"10.
9
(TRE-PA - Pet: 114430 PA, Relator: LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Data de Julgamento:
10/05/2012, Data de Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Tomo 86, Data 17/5/2012, Página
1 e 2)
10
(TRE-RS - Pet: 6919 RS, Relator: DR. LEONARDO TRICOT SALDANHA, Data de Julgamento:
26/08/2015, Data de Publicação: DEJERS - Diário de Justiça Eletrônico do TRE-RS, Tomo 158, Data
31/08/2015, Página 3-4)
11
Respe 122517, Rel. Min. Marco Aurélio Mello, DJE de 13/09/2012
O inciso III, art. 22-A, da Lei 9.096/1995, apresenta como justa causa para a desfiliação a
"mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação
exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato
vigente".
O que se constata da leitura do dispositivo é que a lei concedeu uma "carta branca" aos
titulares de mandatos eletivos proporcionais, possibilitando a mudança de partido, sem qualquer
tipo de justificativa, no ano da eleição, durante o prazo de 30 (trinta) dias, que acontecerá no
sétimo mês antes da data da eleição.
Por se tratar de única oportunidade colocada à disposição do titular de mandato eletivo,
durante todo o período do seu mandato, ainda que pelo curto período de 30 (trinta) dias,
apelidou-se essa possibilidade de "janela partidária".
Art. 1º É facultado ao detentor de mandato eletivo desligar-se do partido pelo qual foi eleito nos
trinta dias seguintes à promulgação desta Emenda Constitucional, sem prejuízo do mandato,
não sendo essa desfiliação considerada para fins de distribuição dos recursos do Fundo Partidário
e de acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão.
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação".
Aqui, constata-se que o texto constitucional criou uma segunda hipótese de janela
partidária, contudo, por prazo determinado. Entre os dias 19/02/2016 e 19/03/2016, quaisquer
titulares de cargos eletivos foram autorizados a se desfiliar dos partidos políticos de origem, sem
que ficasse caracterizada a infidelidade partidária.
O que deve ficar claro é que esse prazo de 30 (trinta) dias foi assegurado apenas uma única
vez e não se repetirá nos anos eleitorais seguintes. Ademais, o prazo beneficiou todos os titulares
de cargos eletivos, em todas as esferas.
Em 27/05/2015, o Supremo Tribunal Federal decidiu que "não se aplica aos cargos do
sistema majoritário de eleição (prefeito, governador, senador e presidente da República) a regra
de perda do mandato em favor do partido, por infidelidade partidária, referente aos cargos do
sistema proporcional (vereadores, deputados estaduais, distritais e federais)".
Posteriormente, esse mesmo entendimento foi ratificado pelo Tribunal Superior Eleitoral,
com a edição da Súmula nº 67, que assim dispõe:
"A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos
pelo sistema majoritário".
A Lei 9.096/1995, em seu art. 24, dispõe que na Casa Legislativa, o integrante da bancada
de partido deve subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e programáticos e
às diretrizes estabelecidas pelos órgãos de direção partidários, na forma do respectivo estatuto.
Por sua vez, afirma o art. 25 que o estatuto do partido poderá estabelecer, além das
medidas disciplinares básicas de caráter partidário, normas sobre penalidades, inclusive com
desligamento temporário da bancada, suspensão do direito de voto nas reuniões internas ou
perda de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerça em decorrência da representação e
da proporção partidária, na respectiva Casa Legislativa, ao parlamentar que se opuser, pela
atitude ou pelo voto, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelos órgãos partidários.
A propósito, deve ficar claro que perde automaticamente a função ou cargo que exerça,
na respectiva Casa Legislativa, em virtude da proporção partidária, o parlamentar que deixar o
partido sob cuja legenda tenha sido eleito.
12
Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=292424.
Acesso em 07/02/2018.
A Resolução TSE 22.610/2007, em seu art. 1º, dispõe que “o partido político interessado
pode pedir, perante a Justiça Eleitoral, a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de
desfiliação partidária sem justa causa”.
Nesse caso, a legitimidade para propor a ação judicial de perda do mandato eletivo por
infidelidade partidária é do partido ao qual o deputado ou vereador foi eleito. Todavia, quando o
partido político não formular o pedido dentro de 30 (trinta) dias da desfiliação, pode fazê-lo, em
nome próprio, nos 30 (trinta) subsequentes, quem tenha interesse jurídico ou o Ministério
Público Eleitoral.
Quando a banca menciona a expressão “legitimidade ativa”, está se referindo àqueles que
podem propor a ação judicial de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária. Por sua
vez, quando mencionada a expressão “legitimidade passiva”, refere-se àqueles contra quem será
proposta a respectiva ação judicial.
Em regra, a ação declaratória de perda de mandato eletivo será proposta contra o titular
do mandato eletivo, que se desfiliou do partido pelo qual foi eleito, sem a existência de justa
causa.
Em outras palavras, significa que a ação judicial deve ser proposta contra o titular do
mandato eletivo e também contra o partido para o qual houve a migração, simultaneamente.
A Resolução TSE nº 22.610/2007, em seu art. 2º, dispõe que “o Tribunal Superior Eleitoral
é competente para processar e julgar pedido relativo a mandato federal; nos demais casos, é
competente o tribunal eleitoral do respectivo estado”.
É importante esclarecer que o Juiz Eleitoral não possui competência para processar e julgar
ação declaratória de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária, nem mesmo em
relação ao cargo de vereador.
Apesar de as bancas não cobrarem, com muita frequência, questões sobre os prazos
contidos na Resolução TSE nº 22.610/2007, penso que é importante se precaver e memorizar
todos eles!
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 17, dispõe que é livre a criação, fusão,
incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
A Lei 9.096/1995, em seu art. 27, dispõe que fica cancelado, junto ao Cartório de Ofício
Civil e ao Tribunal Superior Eleitoral, o registro do partido que, na forma de seu estatuto, se
dissolva, se incorpore ou venha a se fundir a outro.
8.1 Da fusão
A fusão entre partidos políticos ocorrerá por decisão de todos os órgãos nacionais de
deliberação das agremiações envolvidas, observando as seguintes normas:
Em outras palavras, serão elaborados um novo estatuto e um novo programa, que serão
obrigatoriamente observados pelo novo partido que nascerá como fruto da fusão.
O art. 29, § 4º, da Lei 9.096/1995, alterado em 2019, afirma que na hipótese de fusão a
existência legal do novo partido tem início com o registro, no Ofício Civil competente da sede do
novo partido, do estatuto e do programa, cujo requerimento deve ser acompanhado das atas das
decisões dos órgãos competentes.
8.2 Da incorporação
A Lei 9.096/1995, em seu art. 29, § 2º, afirma que, observada a legislação civil, caberá ao
partido incorporando (aquele que deixará de existir) deliberar, por maioria absoluta de votos,
em seu órgão nacional de deliberação, sobre a adoção do estatuto e do programa de outra
agremiação (partido incorporador).
Art. 3º Até que entre em vigor lei que discipline cada uma das seguintes matérias, observar-se-ão
os seguintes procedimentos:
II - nas anotações relativas às alterações dos estatutos dos partidos políticos, serão objeto de
análise pelo Tribunal Superior Eleitoral apenas os dispositivos objeto de alteração.
8.3 Da extinção
Nos termos do art. 28 da Lei 9.096/1995, o Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em
julgado de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o
qual fique provado:
III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral;
Os partidos políticos estão obrigados a prestar contas, perante a Justiça Eleitoral, em duas
hipóteses distintas: 1ª - Em até 30 dias, após o término das eleições, das receitas e despesas
movimentadas durante o processo eleitoral; 2ª - Até o dia 30 de junho de cada ano, referente à
movimentação financeira registrada no ano anterior (independentemente de realização de
eleições).
A propósito, destaca-se que o partido político, em nível nacional, não sofrerá a suspensão
das cotas do Fundo Partidário, nem qualquer outra punição como consequência de atos
praticados por órgãos regionais ou municipais.
Nas provas de concursos não são comuns questões versando sobre as finanças e
contabilidade dos partidos políticos. Todavia, como o nosso objetivo é gabaritar a prova de
Direito Eleitoral, é imprescindível nos anteciparmos para evitar maiores surpresas.
Ao proferir o seu voto, o Ministro Luiz Fux afirmou que "a doação por pessoas jurídicas a
campanhas eleitorais, antes de refletir eventuais preferências políticas, denota um agir
estratégico destes grandes doadores, no afã de estreitar suas relações com o poder público, em
pactos, muitas vezes, desprovidos de espírito republicano".
O texto original da Lei 9.096/1995, em seu art. 31, dispõe que é vedado ao partido receber,
direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou
estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
É importante esclarecer que, no julgamento da ADI nº 4.650/DF, o STF afirmou que não
existem exceções à vedação de doações por pessoas jurídicas. Sendo assim, todas as pessoas
jurídicas previstas no art. 31, bem como as que não foram mencionadas no dispositivo, estão
proibidas de realizar doações.
Eventuais doações para partidos políticos apenas podem ser realizadas por pessoas físicas
e desde que observem as seguintes regras (Lei 9.096/1995, art. 39, § 3º), dentre outras:
A Lei 9.096/1995, com nova redação dada pela Lei 13.877/2019, em seu artigo 32, dispõe
que "o partido está obrigado a enviar, anualmente, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil do
exercício findo, até o dia 30 de junho do ano seguinte".
Em outras palavras, o partido político tem até o dia 30 de junho, de cada ano, para prestar
contas à Justiça Eleitoral das despesas e receitas obtidas no ano (exercício financeiro) anterior,
independentemente da realização de eleições.
É muito comum as bancas elaborarem questões afirmando que os partidos políticos devem
prestar contas, anualmente, ao Tribunal de Contas da União. Cuidado, pois essa afirmação é
falsa!
As agremiações partidárias sempre prestarão contas para a Justiça Eleitoral, sendo que o
órgão competente para recebê-las irá variar em razão do respectivo nível de organização.
A fim de que se garanta a regular análise das contas, o partido político deve conservar em
seu poder, por prazo não inferior a cinco anos, toda a documentação comprobatória das
informações fornecidas para a Justiça Eleitoral, pois pode ser requisitada pelo órgão jurisdicional
competente.
Além disso, para o exame das prestações de contas dos partidos políticos, o sistema de
contabilidade deve gerar e disponibilizar os relatórios para conhecimento da origem das receitas
e das despesas.
Por se tratar de matéria que, em algumas hipóteses, demanda alto conhecimento técnico,
a Justiça Eleitoral pode requisitar técnicos do Tribunal de Contas da União ou dos Estados, pelo
tempo que for necessário, para auxiliar na análise das contas prestadas pelos partidos políticos.
A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, § 12, dispõe que “erros formais ou materiais que no
conjunto da prestação de contas não comprometam o conhecimento da origem das receitas e a
destinação das despesas não acarretarão a desaprovação das contas”.
Apresenta-se como erro formal, por exemplo, o lançamento de uma despesa de R$ 30,00
(trinta reais) a título de produtos de padaria, na prestação de contas do partido, quando, na
prática, a despesa foi realizada com pagamento de alimentação em restaurante. Essa informação
equivocada não compromete a lisura e a transparência das contas do partido político.
Por sua vez, erro material é aquele de fácil constatação, na maioria das vezes, grosseiro.
Ocorre, por exemplo, quando o responsável pela prestação de contas aponta que a soma de R$
15,00 + R$ 15,00 é igual a R$ 35,00. Esse erro material (no cálculo ou grafias de palavras) não
compromete a lisura da prestação de contas, especialmente quando corrigidos.
É claro que os erros formais e/ou materiais comprometerem a análise geral das prestações
de contas, ou forem praticados por manifesta má-fé, podem ensejar a respectiva desaprovação
e a aplicação das penalidades cabíveis aos responsáveis.
Nesse caso, basta uma declaração simples, assinada pelo Presidente e Tesoureiro do
partido político, afirmando que a agremiação não movimentou recursos financeiros ou estimáveis
durante o ano anterior.
O órgão nacional, assim como os órgãos estaduais, ainda que não tenham movimentado
recursos financeiros ou arrecadado bens estimáveis em dinheiro, estão obrigados a prestar
contas perante à Justiça Eleitoral.
Muita atenção, pois as bancas têm abordado esse tema em prova! Apenas os órgãos
municipais dos partidos políticos podem apresentar declaração de ausência de movimentação
financeira, o que os exime de apresentar a respetiva prestação de contas.
Gabarito: “Errado”.
A Lei 9.096/1995, em seu art. 35, dispõe que o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais
Regionais Eleitorais, à vista de denúncia fundamentada de filiado ou delegado de partido, de
representação do Procurador-Geral ou Regional ou de iniciativa do Corregedor, determinarão o
exame da escrituração do partido e a apuração de qualquer ato que viole as prescrições legais
ou estatutárias a que, em matéria financeira, aquele ou seus filiados estejam sujeitos, podendo,
inclusive, determinar a quebra de sigilo bancário das contas dos partidos para o esclarecimento
ou apuração de fatos vinculados à denúncia.
Além disso, destaca-se que ao receber a prestação de contas dos partidos políticos, a
Justiça Eleitoral irá publicar os balanços financeiros pelo prazo de quinze dias, para conhecimento
e análise dos eventuais interessados. Decorrido esse prazo, será aberto o prazo de cinco dias para
que sejam apresentadas impugnações pelos eventuais interessados que tenham conhecimento
de eventuais irregularidades nas informações e/ou documentos apresentados das agremiações,
bem como a indicação de provas ou pedido de abertura de investigação para apurar condutas
que violem a legislação eleitoral ou normas estatutárias.
O art. 36 da Lei 9.096/1995 afirma que caso a agremiação viole normas legais ou
estatutárias, ficará sujeita às seguintes sanções:
Suponhamos que o partido político tenha constatado, em sua conta corrente, um depósito
em dinheiro no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), sem a identificação do respectivo
depositante. Nesse caso, diante da impossibilidade de identificar a origem do recurso, a
agremiação está proibida de utilizá-lo para o pagamento de suas despesas. Caso seja utilizado,
ocorrerá a desaprovação da prestação de contas e ficará suspenso o recebimento de novas
quotas do fundo partidário até que o esclarecimento sobre a origem do valor seja aceito pela
Justiça Eleitoral.
recurso (ainda que tenha feito a transferência apenas após a desaprovação da prestação de
contas).
III - no caso de recebimento de doações cujo valor ultrapasse os limites previstos no art. 39,
§ 4º, fica suspensa por dois anos a participação no fundo partidário e será aplicada ao partido
multa correspondente ao valor que exceder aos limites fixados.
O art. 39, § 4º, da Lei 9.096/1995, estabelecia limites de doações por pessoa jurídicas em
favor de partidos políticos. Todavia, além desse dispositivo ter sido revogado pelo art. 107 da Lei
9.504/1997, atualmente é vedada qualquer doação de pessoa jurídica em prol de candidatos ou
agremiações partidárias. Sendo assim, o inciso em questão perdeu a sua aplicabilidade.
A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, dispõe que a desaprovação das contas do partido
implicará exclusivamente a sanção de devolução da importância apontada como irregular,
acrescida de multa de até 20% (vinte por cento).
Em outras palavras, isso significa que a desaprovação das contas não pode ensejar a
aplicação de outras sanções, nem mesmo a suspensão do registro partidário ou tornar devedores
ou inadimplentes os respectivos responsáveis partidários. Ademais, destaca-se que a sanção deve
recair apenas sobre o órgão partidário que teve as contas desaprovadas.
A Lei 13.877/2019, que alterou o § 3º, art. 37, da Lei 9.096/1995, dispõe que a sanção de
devolução da quantia apontada como irregular deverá ser aplicada de forma proporcional e
razoável, pelo período de um a doze meses, e o pagamento deverá ser feito por meio de desconto
nos futuros repasses de cotas do fundo partidário a, no máximo, 50% (cinquenta por cento) do
valor mensal, desde que a prestação de contas seja julgada, pelo juízo ou tribunal competente,
em até 5 (cinco) anos de sua apresentação, vedada a acumulação de sanções.
A Resolução TSE nº 23.546/2017, em seu art. 49, § 3º, afirma que o pagamento da sanção
imposta deve ser feito por meio de desconto nos futuros repasses de quotas do Fundo Partidário,
observando-se que:
I – o desconto da sanção imposta ao órgão nacional do partido deve ser efetuado pelo Tribunal
Superior Eleitoral, no momento da distribuição das quotas do Fundo Partidário;
II – o desconto da sanção imposta aos órgãos regionais e municipais deve ser efetuado pelo
órgão partidário hierarquicamente superior, no momento do repasse da parcela do Fundo
Partidário destinada ao órgão sancionado;
III – os valores descontados pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelos órgãos partidários devem
ser destinados à conta única do Tesouro Nacional, com a apresentação do respectivo
comprovante nos autos da prestação de contas em que aplicada a sanção; e
IV – inexistindo repasse futuro aos órgãos partidários municipais e estaduais que permita a
realização do desconto previsto neste artigo, o pagamento deverá ser efetuado diretamente pelo
órgão partidário sancionado.
A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, § 4º, afirma que da decisão que desaprovar total ou
parcialmente a prestação de contas dos órgãos partidários caberá recurso para os Tribunais
Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Superior Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser
recebido com efeito suspensivo.
Nos termos do art. 52, § 2º, da Resolução TSE nº 23.546/2017, o recurso apresentado
contra a sentença proferida pelo juiz eleitoral tem natureza ordinária (recurso ordinário) e deve
ser processado na forma dos artigos 265 e seguintes do Código Eleitoral.
Por sua vez, dispõe o § 3º que, das decisões dos tribunais regionais eleitorais, somente
cabe recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, quando:
O art. 37, § 13, da Lei 9.096/1995, dispõe que a responsabilização pessoal civil e criminal
dos dirigentes partidários decorrente da desaprovação das contas partidárias e de atos ilícitos
atribuídos ao partido político somente ocorrerá se verificada irregularidade grave e insanável
resultante de conduta dolosa que importe enriquecimento ilícito e lesão ao patrimônio do
partido.
Ademais, afirma o § 15, do mesmo artigo, que “as responsabilidades civil e criminal são
subjetivas e, assim como eventuais dívidas já apuradas, recaem somente sobre o dirigente
partidário responsável pelo órgão partidário à época do fato e não impedem que o órgão
partidário receba recurso do fundo partidário”.
Encerrado o prazo para a prestação de contas, que ocorre no dia 30 de junho de cada ano,
a Justiça Eleitoral irá notificar os órgãos partidários e seus responsáveis que deixaram de
apresentar suas contas ou a declaração de ausência de movimentação financeira, para que
supram a omissão no prazo de setenta e duas horas.
Se, mesmo depois de notificada, a agremiação partidária não prestar contas, a Justiça
Eleitoral as julgará como "não prestadas", implicando a suspensão de novas cotas do Fundo
Partidário enquanto perdurar a inadimplência e sujeitará os responsáveis às penas da lei.
É cabível recurso contra as decisões que julgarem as contas como não prestadas, também
no prazo de 3 (três) dias. Todavia, esse recurso não terá efeito suspensivo.
Os recursos que integram o Fundo Partidário são provenientes das seguintes fontes (Lei
9.096/1995, artigo 38):
Quando o eleitor deixa de votar e não justifica a sua ausência às urnas, no prazo máximo
de 60 (sessenta) dias, sujeitar-se-á ao pagamento de multa que pode variar entre R$ 1,05 (um
real e cinco centavos) e R$ 3,51 (três reais e cinquenta e um centavos) por eleição.
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter permanente ou
eventual.
Além dos recursos financeiros provenientes de multas eleitorais, admite-se também que o
Congresso Nacional aprove leis que tenham o intuito de direcionar valores específicos para o
Fundo Partidário, em caráter permanente ou eventual.
eleitores (aproximadamente 150.000.000 - cento e cinquenta milhões) por R$ 0,35 (trinta e cinco
centavos), o que culminará no valor aproximado de R$ 52.500.000 (cinquenta e dois milhões e
quinhentos mil reais).
Todavia, o parâmetro para o cálculo das dotações orçamentárias não é mais o valor de R$
0,35 (trinta e cinco centavos), pois ocorrem atualizações anuais com base no Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo - IPCA. Atualmente esse valor que serve como parâmetro é superior
a R$ 1,00 (um real).
A Lei 9.096/1995, em seu art. 40, § 1º, dispõe que o Tesouro Nacional depositará,
mensalmente, os duodécimos (montante total do fundo partidário dividido por doze) no Banco
do Brasil, em conta especial à disposição do Tribunal Superior Eleitoral. Ademais, na mesma conta
especial serão depositadas as quantias arrecadadas pela aplicação de multas e outras
penalidades pecuniárias, previstas na Legislação Eleitoral.
A Lei 9.096/1995, em seu artigo 41-A, estabelece os critérios que deverão ser observados
para a distribuição do montante total de recursos do fundo partidário:
I - 5% (cinco por cento) serão destacados para entrega, em partes iguais, a todos os
partidos que atendam aos requisitos constitucionais de acesso aos recursos do Fundo
Partidário;
II - 95% (noventa e cinco por cento) serão distribuídos aos partidos na proporção dos
votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
A maior parte dos recursos será distribuída de forma proporcional entre os partidos
políticos. Quanto mais deputados federais o partido possui em seu quadro, maior será a
quantidade recebida de recursos.
A Lei 9.096/1995, no art. 41-A, parágrafo único, cuja redação foi alterada pela Lei
13.107/2017, dispõe que para efeito da distribuição do montante de 95% dos recursos do fundo
Assim, se estivermos diante da criação de um novo partido político, por exemplo, que
recebeu a filiação de 50 (cinquenta) deputados federais - uma quantidade muito grande -, ainda
sim a agremiação não teria direito a recursos do fundo partidário.
Essa estratégia legal foi criada para ensejar que partidos recém-criados ficassem sem
recursos do fundo partidário, na forma deste inciso II, ainda que conseguissem levar para o seu
quadro deputados federais que, até então, eram filiados a outras agremiações. Na prática, foi
uma retaliação ao grande aumento do número de partidos políticos.
Em que pese o Supremo Tribunal Federal ainda não ter analisado a constitucionalidade do
parágrafo único, artigo 41-A, da Lei 9.096/1995 (cuja redação foi introduzida pela Lei 13.107,
publicada em 24 de março de 2015), o fato é que esse dispositivo tem grandes chances de ser
declarado inconstitucional pela Suprema Corte.
Digo isso porque, no julgamento da ADI 5105/DF, que ocorreu em 01/10/2015, o STF
decidiu que o texto anterior desse dispositivo, que havia sido incluído pela Lei 12.875/2013, era
inconstitucional.
Eis o teor do texto original do parágrafo único, artigo 41-A, da Lei 9.096/1995 (inserido
pela Lei 12.875/2013):
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão desconsideradas as mudanças
de filiação partidária, em quaisquer hipóteses, ressalvado o disposto no § 6º do art. 29.
Contudo, o STF declarou inconstitucional o texto inserido pela Lei 12.875/2013, pois
prejudicava diretamente os partidos recém-criados e que recebessem a filiação de deputados
federais, pois não teriam direito a recursos do fundo partidário.
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão desconsideradas as mudanças
de filiação partidária em quaisquer hipóteses.
No novo texto legal, foram excluídas até mesmo as duas exceções (fusão e incorporação)
inseridas pela Lei 12.875/2013.
Desse modo, para responder às questões objetivas de prova, ainda está em vigor o
seguinte texto:
Art. 41-A, Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão desconsideradas
as mudanças de filiação partidária em quaisquer hipóteses.
Art. 2º Para fins de distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do Fundo
Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), os votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos
negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de 2022 a 2030 serão contados em dobro.
Parágrafo único. A contagem em dobro de votos a que se refere o caput somente se aplica uma única vez.
O parágrafo único, em suma, objetiva evitar que os votos dados a candidatas mulheres
negras sejam computados duas vezes, ou seja, por ser mulher e por ser negra.
Para que você possa visualizar melhor a forma de distribuição e a evolução do montante de
recursos distribuídos nos últimos anos, apresento abaixo um didático gráfico elaborado pelo
jornal Estado de São Paulo13:
13
Disponível em https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,entenda-o-que-sao-e-quais-as-
diferencas-entre-o-fundo-eleitoral-e-o-fundo-partidario,70002362544. Acesso em 08/11/18, às
9h43m.
Observe, também, a indicação dos partidos que receberam o maior e o menor montante de
recursos:
Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,entenda-o-que-sao-e-quais-as-diferencas-entre-o-fundo-eleitoral-e-o-fundo-
partidario,70002362544
1. O art. 649, XI, do CPC impõe a impenhorabilidade absoluta dos recursos públicos do fundo
partidário, nele compreendidas as verbas previstas nos incisos 1, II, III e IV do art. 38 da Lei n°
9.096/1 995.
3. Após a incorporação de tais somas ao mencionado fundo, elas passam a ter destinação legal
específica e, portanto, natureza jurídica de verba pública, nos termos do art. 649, Xl, do CPC,
"recursos públicos", independentemente da origem.
5. O Fundo Partidário não é a única fonte de recursos dos partidos políticos, os quais dispõem
de orçamento próprio, oriundo de contribuições de seus filiados ou de doações de pessoas
físicas e jurídicas (art. 39 da Lei n° 9.096/1 995), e que, por conseguinte, ficam excluídas da
cláusula de impenhorabilidade.
(REsp no 1.474.605/MS, rei. Mm. Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em
7.4.2015)
A Lei 9.096/1995, em seu artigo 44, dispõe que os recursos oriundos do Fundo Partidário
serão aplicados:
Os partidos políticos podem utilizar uma parcela dos recursos recebidos, a título de Fundo
Partidário, para realizar o pagamento do salário de seus respectivos funcionários. Todavia, o valor
que pode ser utilizado para esse fim, no caso do órgão nacional, fica limitado a 50% do montante
recebido. Por sua vez, esse limite será de 60% do valor recebido para cada órgão estadual e
municipal.
14
AgRg no AREsp 673.919/SE, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 22.9.2015
16-C), parte dos recursos do fundo partidário pode continuar sendo utilizada para o
financiamento de campanhas eleitorais.
São exemplos dessas entidades a Fundação Ivete Vargas, criada pelo Partido Trabalhista
Brasileiro - PTB; Fundação Perseu Abramo, instituída pelo Partido dos Trabalhadores - PT;
Fundação Ulysses Guimarães, criada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB,
entre outras.
Após uma rápida pesquisa sobre os ocupantes de cargos eletivos no Brasil, constata-se que
a representação feminina na política está bem abaixo do número de homens. Na legislatura
2015/2018, por exemplo, apenas 12 mulheres ocupavam o cargo de Senadora. Por sua vez,
somente 50 mulheres ocupavam o cargo de Deputada Federal, do total de 513 membro da
Câmara dos Deputados.
Perceba que o texto legal impõe a obrigatoriedade de o órgão nacional do partido político
aplicar, no mínimo, 5% (cinco por cento) do total de recursos recebidos, do Fundo Partidário, na
criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres.
Se a agremiação desejar aplicar percentual superior, não há qualquer impedimento.
O § 5º, do próprio artigo 44, dispõe que o partido político que não cumprir a
obrigatoriedade de aplicação, do mínimo de 5% do montante de recursos recebidos, na criação e
manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, deverá
transferir o saldo remanescente para uma conta específica, sendo vedada sua aplicação para
finalidade diversa.
Pode acontecer, por exemplo, de o valor aplicado com essa finalidade corresponder a
apenas 3% (três por cento) do montante de recursos recebidos. Nesse caso, o restante do valor
(equivalente a 2% do montante) deverá ser aplicado dentro do exercício financeiro subsequente,
sob pena de acréscimo de 12,5% (doze inteiros e cinco décimos por cento) do valor total
equivalente ao percentual de 5% (cinco por cento).
Em recente alteração promovida pela Lei 13.877/2019, passou a ser permitido que os
recursos oriundos do fundo partidário sejam utilizados na contratação de advogados ou
contadores para atuação de interesses do partido, ou até mesmo na defesa de seus candidatos,
eleitos ou não, nas causas que envolvam o processo eleitoral.
(...)
Sendo assim, o Tribunal Superior Eleitoral tem entendimento firmado de que os recursos
do Fundo Partidário não podem ser utilizados para as seguintes finalidades:
a) é pessoa jurídica de direito privado, sendo livre a sua criação, fusão, incorporação e
extinção.
c) é pessoa jurídica de direito público, sendo livre a sua criação, fusão, incorporação e
extinção.
d) é pessoa jurídica de direito privado, dependendo a sua criação de prévia autorização pelo
Congresso Nacional.
A respeito da Filiação e Fidelidade Partidária, com base na Lei n° 9.096/95 (Lei dos Partidos
Políticos) e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.
a) Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, ainda que com justa causa,
do partido pelo qual foi eleito.
b) Não perde a função que exerce, na respectiva Casa Legislativa, em virtude da proporção
partidária, o parlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.
e) A mudança de partido político realizada após a diplomação tem por consequência a perda
do mandato, independentemente de se tratar de cargo proporcional ou majoritário.
c) se, entre outros requisitos, o requerimento estiver instruído com o inteiro teor do
programa e do estatuto partidários, ambos inscritos no registro civil das pessoas jurídicas.
d) se, entre outros requisitos, o requerimento estiver instruído com certidão de inteiro teor
do registro partidário expedida pelo cartório de registro civil das pessoas jurídicas da capital
do estado sede do partido.
c) caráter nacional.
Maria há anos estava filiada ao Partido Político Delta. Com a alteração de suas concepções
ideológicas, decidiu filiar-se ao partido Alfa, sem que tivesse sido previamente
providenciada a desfiliação do Partido Delta. Na segunda quinzena de outubro do ano da
nova filiação, ambos os Partidos Políticos encaminharam, à Justiça Eleitoral, a relação com
o nome de todos os seus filiados.
b) autonomia para fixar o regime de suas coligações eleitorais, desde que haja vinculação
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual e municipal.
Nessa situação, o advogado deverá informar ao deputado que, à luz da legislação pertinente,
a) o detentor de cargo eletivo tem liberdade para mudar de partido nos trinta dias anteriores
ao fim do prazo de filiação exigido para concorrer à eleição ao término do seu mandato.
b) o detentor de mandato eletivo que requerer sua desfiliação do partido político pelo qual
tenha sido eleito perderá o mandato em qualquer hipótese.
d) o detentor de mandato eletivo pode, por justa causa, se desfiliar do partido político pelo
qual tenha sido eleito nos casos de fusão, extinção ou incorporação do seu partido de
origem.
b) É vedada a criação de partidos políticos cujo programa atente contra a soberania nacional,
o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
c) Para obter seu registro, o partido político precisará comprovar seu caráter nacional,
mediante a apresentação de assinaturas de eleitores filiados a partidos políticos.
a) no TSE, para que seja assegurada ao partido a natureza jurídica de pessoa jurídica de
direito privado.
d) no TSE, para que o partido possa participar do processo eleitoral, receber recursos do
fundo partidário e ter acesso gratuito a rádio e televisão, desde que cumpridas as previsões
legais.
e) no cartório de registro civil das pessoas jurídicas da capital federal, para que seja
assegurado ao partido acesso gratuito ao rádio e televisão, na forma da lei.
O fato de um partido político ter sido beneficiado recentemente com novos recursos de
fundo partidário significa que ele está
a) hierárquicos.
b) materiais.
c) estatutários.
d) percentuais.
e) destinatários.
a) Os partidos políticos podem utilizar os recursos do fundo partidário para pagar multas
eleitorais decorrentes de infração à Lei das Eleições.
b) Os partidos políticos não são obrigados a cumprir exigências licitatórias para contratar e
realizar despesas com recursos do fundo partidário.
c) O partido político adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no TSE.
d) As contas partidárias que forem desaprovadas não poderão receber novas cotas do fundo
partidário até que sejam regularizadas.
a) somente é cabível em relação a partidos políticos que tenham obtido registro definitivo
do Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos.
e) não autoriza a soma dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados pelos partidos incorporados, para efeito da distribuição dos recursos do Fundo
Partidário e do acesso gratuito ao rádio e à televisão.
d) Caso, no exame das contas, seja constatado recurso de origem não mencionada, o partido
ficará sujeito à suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário.
b) A maior parte dos recursos do Fundo Partidário é distribuída aos partidos políticos na
proporção das cadeiras conquistadas na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
devendo ser consideradas, em qualquer hipótese, as mudanças de filiação partidária.
c) Ao menos 25% dos recursos do Fundo Partidário devem ser aplicados na criação e
manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política e na
criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das
mulheres.
e) As listas de apoio à criação de um novo partido, para fins de registro do estatuto da nova
sigla no Tribunal Superior Eleitoral, deverão ser assinadas por um percentual mínimo de
eleitores já filiados a partidos políticos.
a) Desde que haja disposição estatutária nesse sentido, partidos poderão aceitar como
filiados menores de dezesseis anos de idade.
b) O partido político que promover o conflito entre grupos de cidadãos brasileiros poderá
sofrer o cancelamento do seu registro civil.
e) É vedado aos partidos políticos estabelecer nos seus estatutos prazos de filiação partidária
superiores aos previstos na lei para fins de candidaturas a cargos eletivos.
a) A fusão de dois partidos não é causa para o cancelamento de seus registros originais junto
ao ofício civil e ao tribunal regional eleitoral.
b) O detentor de mandato eletivo que se desfiliar sem justa causa do partido pelo qual foi
eleito perderá o mandato.
c) A responsabilidade por violação dos deveres partidários deve ser apurada e punida pelo
Ministério Público.
d) Para ter acesso gratuito à televisão, o partido deve ter registrado seu estatuto no tribunal
regional eleitoral.
e) O requerimento do registro de partido deve ser dirigido a cartório do registro civil das
pessoas jurídicas da capital do estado de registro.
c) Apenas o eleitor em pleno gozo de seus direitos políticos pode filiar-se a partido.
d) Para desligar-se do partido, o filiado tem de fazer comunicação escrita ao órgão de direção
regional desse partido e ao tribunal regional eleitoral.
e) Com o registro do estatuto do partido no registro civil das pessoas jurídicas fica-lhe
assegurada a exclusividade de uso dos seguintes elementos identificatórios: denominação,
sigla, símbolos e uniforme.
b) Filiados mais antigos podem ter mais direitos que os recentes, desde que assim seja
previsto no estatuto do partido político.
c) Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações
de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.
d) A ação do partido é exercida de acordo com seu estatuto e programa, podendo haver
subordinação da agremiação a entidade estrangeira, desde que expressamente consignado
em referidos documentos.
a) ao juiz eleitoral, e contra a sentença que decretar a perda do mandato cabe recurso para
o Tribunal Regional Eleitoral;
b) ao Tribunal Regional Eleitoral e contra o acórdão que decretar a perda do mandato cabe
recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral;
c) ao juízo de direito do Estado, pois a matéria não repercute sobre o processo eleitoral, e
contra a sentença cabe apelação para o Tribunal de Justiça;
d) ao Tribunal Regional Eleitoral e contra o acórdão que decretar a perda do mandato cabe
recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral.
Clodoaldo é detentor do mandato de Vereador, tendo sido eleito pelo partido político A, ao
qual era filiado. Ocorre que, em razão de ter sofrido grave discriminação política pessoal,
desfiliou-se do referido partido. Clodoaldo,
b) perderá o mandato, pois o motivo referido não caracteriza justa causa para a desfiliação
partidária.
c) não perderá o mandato, pois a desfiliação partidária independe de justa causa para
ocorrer.
d) perderá o mandato, ainda que caracterizada a justa causa para a desfiliação partidária.
e) não perderá o mandato, pois o motivo referido caracteriza justa causa para a desfiliação
partidária.
Ieda foi orientada a estudar a Lei n° 9.096/95 para o concurso que irá prestar. Descobriu
que, destinando-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do
sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição
Federal, o partido político é pessoa jurídica de direito
a) privado, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os
direitos fundamentais da pessoa humana.
b) público interno, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos
cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo
e os direitos fundamentais da pessoa humana.
c) público externo, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos
cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo
e os direitos fundamentais da pessoa humana.
d) público, interno ou externo, dependendo do seu estatuto, sendo livre a criação, fusão,
incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana.
e) privado ou de direito público interno, dependendo do seu estatuto, sendo livre a criação,
fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana.
Gilberto foi eleito Deputado Estadual pelo partido político “W” e deseja se candidatar a
Vereador nas próximas eleições pelo partido “Y”. De acordo com a Lei nº 9.096/1995,
Gilberto
a) poderá efetuar a mudança de partido, sem perder o mandato, sempre que assim desejar,
desde que o partido ao qual pretende se filiar tenha integrado a coligação pela qual ele foi
eleito.
b) poderá desfiliar-se de seu partido político sem perder o mandato apenas nas hipóteses
de mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário.
c) poderá desfiliar-se de seu partido político sem perder o mandato apenas na hipótese de
grave discriminação política pessoal.
d) não poderá concorrer às próximas eleições por outro partido político, sendo permitida
sua desfiliação, apenas seis meses após o término de seu mandato, sob pena de pagamento
de multa e de inelegibilidade por oito anos.
e) poderá efetuar a mudança de partido durante o período de 30 dias que antecede o prazo
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, ao término do mandato vigente, não
perdendo o seu mandato.
No que tange à prestação de contas de partido político, segundo a Lei Federal n° 9.096/1995,
a desaprovação das contas do partido implicará sanção de
Em cada uma das próximas opções, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada conforme a Lei n.º 9.096/1995. Assinale a opção que apresenta a
assertiva correta.
b) O partido político W (PW) estabeleceu em seu estatuto que somente poderiam concorrer
a cargos eletivos os candidatos que tivessem mais de dois anos de filiação partidária. Nessa
situação, os filiados do PW deverão cumprir o estabelecido na referida determinação
estatutária, uma vez que é facultado aos partidos estabelecer prazos de filiação superiores
aos previstos em lei.
c) O partido político Z (PZ) requereu o registro do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), tendo juntado ao pedido documentos comprobatórios de apoiamento de eleitores,
todos filiados a partidos políticos e com representantes das diversas unidades da Federação,
inclusive do DF. Nessa situação, o TSE deverá deferir o pedido de registro do estatuto do PZ
em caráter nacional.
e) Um eleitor, já filiado ao partido político X, filiou-se também a outro partido. Tal situação
caracteriza dupla filiação, e ambas as filiações serão consideradas nulas para todos os efeitos
legais.
a) Estão permitidas as candidaturas avulsas, desde que o candidato esteja no gozo de seus
direitos políticos.
b) Para concorrer a cargo eletivo, a filiação partidária deverá ocorrer, pelo menos, um ano
antes do pleito.
c) Para se desligar de partido, o filiado deve comunicar por escrito o órgão de direção
municipal e o Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
d) Na existência de dupla filiação partidária, ambas são consideradas nulas para todos os
efeitos.
e) Não perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar do partido pelo qual
foi eleito, exceto se concorrer a cargo no executivo.
De acordo com as disposições preliminares da Lei dos Partidos Políticos — Lei n.º 9.096/1995
—, assinale a opção correta.
a) Para que determinado partido político de caráter nacional obtenha registro de seu
estatuto junto ao TSE, serão necessários, entre outros requisitos, o apoio de eleitores não
filiados a partidos políticos.
b) O partido político, adquire personalidade jurídica após o registro de seu estatuto junto ao
TSE.
d) O pedido de registro de seu estatuto junto ao TSE, assegura aos partidos políticos a
exclusividade da sua denominação, da sua sigla e dos seus símbolos.
e) O STF considera os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito público, devido ao
fato de eles receberem recursos do fundo partidário e de terem acesso gratuito ao rádio e
à televisão.
Cada uma das próximas opções apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva
a ser julgada, de acordo com as normas de filiação partidária e à luz da Lei dos Partidos
Políticos — Lei n.º 9.096/1995. Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.
a) Um vereador eleito por determinado partido político ao qual estava filiado requereu a
sua desfiliação, no período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido pela
legislação, para concorrer à reeleição por outro partido político. O partido original indeferiu
o seu pedido de desfiliação e o ameaçou com a perda do mandato. Nessa situação, a atitude
do partido foi indevida, já que o vereador agiu em conformidade com as hipóteses de justa
causa previstas na legislação.
c) José, que jamais exerceu cargo eletivo, pretende, após ter sido filiado muitos anos a
determinado partido político, desfiliar-se do partido em questão. Nessa situação, é
suficiente que José requeira sua desfiliação junto ao órgão de direção municipal do partido.
e) Um cidadão, filiado ao partido político X há mais de vinte anos, resolveu se filiar ao partido
político Y, sem, contudo, se desfiliar do partido X. Nessa situação, como ficou caracterizada
a dupla filiação partidária, ambas as filiações serão consideradas nulas, para todos os efeitos
legais.
Segundo a Lei dos Partidos Políticos, com redação acrescida pela Lei n. 13.165/15, nos casos
de ausência de movimentação de recursos financeiros ou de arrecadação de bens estimáveis
em dinheiro, os órgãos partidários municipais ficam desobrigados de prestar contas à Justiça
Eleitoral quanto ao respectivo exercício, exigindo-se do responsável partidário, todavia, a
apresentação de declaração da ausência de movimentação de recursos nesse período.
d) o Tribunal Superior Eleitoral dará prioridade ao partido político que possuir registro mais
antigo de sua criação, na hipótese de coincidência de data de formação de cadeia de
transmissão de propaganda partidária.
De acordo com as normas que regulam o funcionamento dos partidos políticos no Brasil,
b) as mudanças de filiação partidária não são consideradas para efeito da distribuição dos
recursos do fundo partidário entre os partidos políticos.
b) Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita apenas ao órgão de direção
municipal, não se exigindo a comunicação ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
d) Para concorrer às eleições o candidato deverá estar com a filiação partidária deferida pelo
partido no mínimo um ano antes da data da eleição.
a) Para desligar-se de seu partido político, o filiado deve comunicar expressamente sua
intenção ao órgão partidário e ao juiz competentes.
b) O partido político pode aceitar como filiado qualquer pessoa natural, independentemente
do estado em que ela se encontre, já que todos têm iguais direitos e deveres perante a lei.
c) Os prazos de filiação partidária não podem ser objeto do estatuto dos partidos políticos.
e) Registrado o partido político, cabe ao Tribunal Superior Eleitoral determinar sua estrutura
interna e sua organização administrativa, uma vez que as verbas do fundo partidário são
oriundas da União.
a) A perda do mandato em razão de mudança de partido não se aplica aos candidatos eleitos
pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas
pelo eleitor.
c) O TSE não possui competência para cancelar o registro civil do partido político, mas
apenas para cancelar o registro do estatuto partidário.
d) O partido político pode utilizar os recursos do fundo partidário para efetuar o pagamento
de multas eleitorais.
Quanto aos erros formais ou materiais que no conjunto da prestação de contas não
comprometam o conhecimento da origem das receitas e a destinação das despesas, assinale
a alternativa correta.
d) comunicar por escrito ao órgão de direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que
for inscrito.
Com relação a princípios e garantias do direito eleitoral, dos sistemas eleitorais, dos partidos
políticos e dos direitos políticos, assinale a opção correta.
a) O princípio da anualidade não é uma cláusula pétrea e pode ser suprimido por EC.
d) São garantias que regem a disciplina dos partidos políticos: a liberdade partidária externa,
a liberdade partidária interna, a subvenção pública e a intervenção estatal mínima.
Pelo menos um em cada quatro deputados federais no Brasil, entre 1986 e 2002, abandonou
o partido responsável por sua eleição para a Câmara dos Deputados. A proporção de
deputados que mudam de legenda, alguns várias vezes na mesma legislatura, tem
contribuído para o reforço de uma imagem negativa do Poder Legislativo brasileiro,
relacionada à fragilidade dos partidos, ao governismo e ao predomínio de ambições
particulares.
André Marenco. Migração partidária. In: L. Avritzer e F.Anastasia. Reforma política no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007
(com adaptações).
a) A lei veda a mudança de partido em qualquer hipótese, pois, nas eleições proporcionais,
a eleição do candidato depende dos votos recebidos por seu partido.
c) A mudança de partido, exceto nos casos previstos em lei, resulta em perda do mandato
do detentor de cargo eletivo no Poder Legislativo.
Ao final do ano, a direção do partido X reuniu-se para planejar a utilização dos recursos do
Fundo Partidário para o ano vindouro. A situação financeira desse partido encontrava-se
bastante complicada, pois suas receitas eram insuficientes para honrar seus débitos. Para
equilibrar a situação, diversas propostas foram apresentadas e discutidas na reunião.
A propósito dessa situação hipotética, assinale a opção que apresenta uma correta proposta
de solução, também hipotética, para o problema em questão, à luz da legislação vigente.
a) Deslocar os 5% dos recursos do Fundo Partidário que a lei reserva para o estímulo e a
promoção da participação política das mulheres para destinações mais urgentes, e
aumentar esse percentual depois que a situação financeira do partido for estável.
c) Destinar, para pagamento dos funcionários da direção nacional do partido, mais do que
os 50% dos recursos do Fundo Partidário que a lei estipula como limite, apresentando
justificação minuciosa por ocasião da prestação de contas.
e) Aumentar a previsão de receita, uma vez que está acordado o ingresso de alguns
deputados no partido e, com o aumento da bancada, a receita do Fundo Partidário deve
crescer.
Pelo menos um em cada quatro deputados federais no Brasil, entre 1986 e 2002, abandonou
o partido responsável por sua eleição para a Câmara dos Deputados. A proporção de
deputados que mudam de legenda, alguns várias vezes na mesma legislatura, tem
contribuído para o reforço de uma imagem negativa do Poder Legislativo brasileiro,
relacionada à fragilidade dos partidos, ao governismo e ao predomínio de ambições
particulares.
André Marenco. Migração partidária. In: L. Avritzer e F.Anastasia. Reforma política no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007
(com adaptações).
O partido Alpha foi incorporado pelo partido Beta. Os votos obtidos pelo partido Alpha na
última eleição geral para a Câmara dos Deputados
d) serão somados aos do partido Beta para efeito do acesso gratuito ao rádio e à televisão.
e) permitirão ao partido Beta a utilização do triplo do tempo que teria de acesso gratuito ao
rádio e à televisão.
c) tipo e cor do uniforme que poderá ser utilizado pelos seus membros.
e) critérios de distribuição dos recursos do Fundo Partidário entre os órgãos de nível municipal,
estadual e nacional que compõem o partido.
a) o filiado que realizar nova filiação a outro partido político deve comunicar a nova filiação
ao partido a que era filiado anteriormente, sob pena de ser considerada nula a nova filiação
e mantida a filiação anterior.
b) o balanço contábil dos órgãos municipais deve ser apresentado semestralmente aos
respectivos Tribunais Regionais Eleitorais dos Estados a que se encontram, para análise e
julgamento.
b) A perda dos direitos políticos não implica cancelamento imediato da filiação partidária.
À luz do disposto na Lei n.º 9.096/1995 e na Resolução TSE n.º 21.841/2004, julgue os itens
a seguir.
a) é pessoa jurídica de direito privado, sendo livre a sua criação, fusão, incorporação e extinção.
c) é pessoa jurídica de direito público, sendo livre a sua criação, fusão, incorporação e extinção.
d) é pessoa jurídica de direito privado, dependendo a sua criação de prévia autorização pelo
Congresso Nacional.
COMENTÁRIOS:
a) Nos termos do art. 2º, da Lei 9.096/1995, é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. Enunciado correto!
b) É muito comum as bancas afirmarem que os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito
público, o que não é verdade. Os partidos políticos, sem exceção, possuem personalidade jurídica
de direito privado. Além disso, não é correto afirmar que o Tribunal Superior Eleitoral “autoriza” a
criação de novas agremiações, pois essa espécie de ato administrativo é de natureza discricionária
(e o registro perante o TSE é feito mediante ato administrativo vinculado). De qualquer forma, as
bancas costumam utilizar a expressão “autorização”, em suas provas, como sinônima de “registro”
(se principalmente nos enunciados das questões). Enunciado incorreto!
c) Os partidos políticos, no momento da criação, devem observar não apenas a legislação eleitoral,
mas também o Código Civil, que prevê a personalidade jurídica de direito privado. Enunciado
incorreto!
d) Não há necessidade de qualquer tipo de autorização para a criação de partidos políticos, seja do
Tribunal Superior Eleitoral ou do Congresso Nacional. Na verdade, o que exige é apenas o registro
perante o TSE. Enunciado incorreto!
Gabarito: “A”.
A respeito da Filiação e Fidelidade Partidária, com base na Lei n° 9.096/95 (Lei dos Partidos
Políticos) e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.
a) Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, ainda que com justa causa,
do partido pelo qual foi eleito.
b) Não perde a função que exerce, na respectiva Casa Legislativa, em virtude da proporção
partidária, o parlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.
e) A mudança de partido político realizada após a diplomação tem por consequência a perda
do mandato, independentemente de se tratar de cargo proporcional ou majoritário.
COMENTÁRIOS:
a) Analisando-se o art. 22-A, da Lei 9.096/1995, constata-se que se o detentor de cargo eletivo
possuir justa causa para a desfiliação do partido político, a exemplo de grave discriminação política
pessoal, não perderá o mandato. Enunciado incorreto!
b) Suponhamos que o PX, em virtude da quantidade de deputados federais que elegeu na última
eleição para a Câmara dos Deputados, tenha o direito assegurado, no regimento do órgão, de indicar
um de seus parlamentares para a função de 1º Secretário da Mesa Diretora. Nesse caso, se Doquinha
foi eleito pelo PX e indicado para essa função, caso, posteriormente, deixe a legenda partidária
(independentemente do motivo), perderá a respectiva função na Mesa Diretora. Enunciado
incorreto!
d) Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas à candidatura a cargos
eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição. É o que dispõe o art. 20, parágrafo único, da
Lei 9.096/1995. Em regra, esse é o entendimento que você tem que levar para as provas de
concursos públicos. Enunciado errado!
Gabarito: “C”.
c) se, entre outros requisitos, o requerimento estiver instruído com o inteiro teor do programa
e do estatuto partidários, ambos inscritos no registro civil das pessoas jurídicas.
d) se, entre outros requisitos, o requerimento estiver instruído com certidão de inteiro teor do
registro partidário expedida pelo cartório de registro civil das pessoas jurídicas da capital do
estado sede do partido.
COMENTÁRIOS:
c) A Lei 9.096/1995, em seu art. 9º, dispõe que os dirigentes nacionais promoverão o registro do
estatuto do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral, através de requerimento acompanhado de:
I - exemplar autenticado do inteiro teor do programa e do estatuto partidários, inscritos no
Registro Civil; II - certidão do registro civil da pessoa jurídica; III - certidões dos cartórios eleitorais
que comprovem ter o partido obtido o apoiamento mínimo de eleitores. Enunciado correto!
d) A certidão de inteiro teor deve ser expedida pelo Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas do
local de sua sede. Enunciado incorreto!
e) A prova do apoiamento mínimo de eleitores é obrigatória, sendo realizada por meio de suas
assinaturas, com menção ao número do respectivo título eleitoral, em listas organizadas para cada
Zona, sendo a veracidade das respectivas assinaturas e o número dos títulos atestados pelo Escrivão
Eleitoral. Enunciado incorreto!
Gabarito: “C”.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, é livre a criação, fusão, incorporação e extinção
de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
preceitos, EXCETO a/o
c) caráter nacional.
COMENTÁRIOS:
a) Os partidos políticos devem prestar contas perante os órgãos da Justiça Eleitoral e não perante o
Supremo Tribunal Federal ou Tribunal de Contas da União. Enunciado incorreto!
c) Não se admite a criação de partidos políticos com caráter municipal ou estadual (regional). O
caráter nacional do partido político pode ser comprovado, entre outros requisitos contidos no art.
7º da Lei 9.096/1995, por meio do apoiamento de eleitores em, no mínimo, nove Estados brasileiros
(no momento de sua criação). Enunciado correto!
d) A Lei 9.096/1995, em seu art. 13, dispõe que “o partido político funciona, nas Casas Legislativas,
por intermédio de uma bancada, que deve constituir suas lideranças de acordo com o estatuto do
partido, as disposições regimentais das respectivas Casas e as normas desta Lei”. Enunciado correto!
Gabarito: “A”.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: “A”.
Maria há anos estava filiada ao Partido Político Delta. Com a alteração de suas concepções
ideológicas, decidiu filiar-se ao partido Alfa, sem que tivesse sido previamente providenciada
a desfiliação do Partido Delta. Na segunda quinzena de outubro do ano da nova filiação, ambos
os Partidos Políticos encaminharam, à Justiça Eleitoral, a relação com o nome de todos os seus
filiados.
COMENTÁRIOS:
a) Se Maria era filiada ao Partido Delta e, posteriormente, filiou-se ao Partido Alfa sem a obrigatória
desfiliação da agremiação anterior, ensejar-se-á coexistência (duplicidade) de filiações, situação
vedada pela legislação eleitoral. Nesse caso, dispõe o art. 22, parágrafo único, da Lei 9.096/1995,
que “prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das
demais”. Enunciado incorreto!
b) No caso em exame, como Maria se filiou aos partidos políticos em datas diferentes, o sistema da
Justiça Eleitoral, automaticamente, realiza o cancelamento da filiação mais antiga. Não há
necessidade de intimação de Maria para que possa optar por uma das filiações. Enunciado incorreto!
d) A inscrição eleitoral de Maria, como eleitora, não sofre qualquer alteração em virtude da
coexistência de filiações partidárias. Enunciado incorreto!
e) A Lei 9.096/1995, em seu art. 22, parágrafo único, dispõe que “havendo coexistência de filiações
partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das
demais”. Enunciado correto!
Gabarito: “E”.
b) autonomia para fixar o regime de suas coligações eleitorais, desde que haja vinculação entre
as candidaturas em âmbito nacional, estadual e municipal.
COMENTÁRIOS:
a) A Constituição Federal de 1988, em seu art. 17, § 4º, dispõe que “é vedada a utilização pelos
partidos políticos de organização paramilitar”. Enunciado incorreto!
b) O art. 17, § 1º, da Constituição Federal de 1988, afirma expressamente que não há
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal. Nesses termos, pode-se afirmar que não vigora mais a obrigatoriedade de verticalização,
interpretação do Tribunal Superior Eleitoral que, em poucas palavras, determinava que se o PX
estivesse coligado ao PY nas eleições para Presidente da República, em âmbito estadual, na eleição
para Governador apenas restariam duas hipóteses para as agremiações: PX e PY também teriam que
formar uma coligação para Governador ou disputar a eleição, cada um deles, de forma isolada (cada
c) Os partidos políticos realmente possuem autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e
sobre sua organização e funcionamento. Ademais, seus estatutos devem estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária". Enunciado incorreto!
d) A Constituição Federal realmente afirma que os partidos políticos terão direito a recursos do
fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. Todavia, essas prerrogativas
restringem-se às agremiações que, alternativamente: I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos
Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação. Como a questão foi bem genérica, penso que a falta de
apresentação das condições que devem ser observadas não invalida o enunciado, que deve ser
considerado correto!
Gabarito: “D”.
Nessa situação, o advogado deverá informar ao deputado que, à luz da legislação pertinente,
a) o detentor de cargo eletivo tem liberdade para mudar de partido nos trinta dias anteriores
ao fim do prazo de filiação exigido para concorrer à eleição ao término do seu mandato.
b) o detentor de mandato eletivo que requerer sua desfiliação do partido político pelo qual
tenha sido eleito perderá o mandato em qualquer hipótese.
COMENTÁRIOS:
a) A Lei 9.096/1995, em seu art. 22-A, III, passou a permitir a mudança de partido, sem qualquer tipo
de justificativa, no ano da eleição, durante o prazo de 30 (trinta) dias (período que ocorrerá no
sétimo mês antes da data da eleição). Todavia, deve ficar claro o seguinte: em ano de eleição para
os cargos de Deputados, apenas esses titulares de mandato podem mudar de partido, valendo-se da
“janela partidária”. Por sua vez, em ano de eleição para vereador, apenas esses titulares de cargos
eletivos podem mudar de partido. Enunciado correto!
b) Nos termos do art. 22-A, parágrafo único, da Lei 9.096/95, o detentor de cargo eletivo não perderá
o respectivo mandato nas seguintes hipóteses: “I - mudança substancial ou desvio reiterado do
programa partidário; II - grave discriminação política pessoal; e III - mudança de partido efetuada
durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à
eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente". Enunciado incorreto!
c) O art. 25 da Lei 9.096/1995 é claro ao dispor que “o estatuto do partido poderá estabelecer, além
das medidas disciplinares básicas de caráter partidário, normas sobre penalidades, inclusive com
desligamento temporário da bancada, suspensão do direito de voto nas reuniões internas ou perda
de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerça em decorrência da representação e da
proporção partidária, na respectiva Casa Legislativa, ao parlamentar que se opuser, pela atitude ou
pelo voto, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelos órgãos partidários”. Enunciado incorreto!
d) A fusão, incorporação e criação de novo partido eram consideradas hipóteses de justa causa, para
desfiliação da agremiação partidária, no art. 1º, § 1º, da Resolução TSE nº 22.610/2007. Todavia, a
Lei 13.165/15 inseriu o art. 22-A na Lei 9.096/1995, que passou a enumerar todas as hipóteses
possíveis de justa causa. Diante disso, as hipóteses previstas na Resolução TSE nº 22.610/2007 foram
revogadas. Enunciado incorreto!
e) Essas duas hipóteses constam expressamente no inc. I, art. 22-A, da Lei 9.096/1995, o que torna
o enunciado incorreto!
Gabarito: “A”.
No que se refere a criação, fusão e incorporação de partidos políticos, assinale a opção correta.
b) É vedada a criação de partidos políticos cujo programa atente contra a soberania nacional,
o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
c) Para obter seu registro, o partido político precisará comprovar seu caráter nacional,
mediante a apresentação de assinaturas de eleitores filiados a partidos políticos.
COMENTÁRIOS:
a) A Lei 9.096/1995, em seu art. 29, § 2º, dispõe que “no caso de incorporação, observada a lei civil,
caberá ao partido incorporando deliberar por maioria absoluta de votos, em seu órgão nacional de
deliberação, sobre a adoção do estatuto e do programa de outra agremiação”. Nesse caso, não há
elaboração conjunta de outro estatuto e/ou programa partidários. Enunciado incorreto!
b) O art. 2º da Lei 9.096/1995 dispõe claramente que “é livre a criação, fusão, incorporação e
extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana”. Enunciado
correto!
c) Não podem apoiar a criação de novos partidos políticos eleitores que já sejam filiados a outras
agremiações partidárias. Caso ocorra, as respectivas assinaturas serão excluídas durante a
conferência a ser realizada no âmbito dos Cartórios Eleitorais. Enunciado incorreto!
d) O art. 29, da Lei 9.096/1995, dispõe que “somente será admitida a fusão ou incorporação de
partidos políticos que hajam obtido o registro definitivo do TSE há, pelo menos, 5 anos”. Em outras
palavras, pode-se afirmar que apenas os partidos que possuem, no mínimo, cinco anos de existência,
podem se submeter a um processo de fusão e/ou incorporação. Nesses termos, não há dúvidas de
que se trata de uma limitação imposta legalmente. Enunciado incorreto!
Gabarito: “B”.
a) no TSE, para que seja assegurada ao partido a natureza jurídica de pessoa jurídica de direito
privado.
c) no TSE, ficando, todavia, suspenso no cartório e no tribunal caso o partido venha a se fundir
com outro, na forma de seu estatuto, enquanto perdurar a fusão.
d) no TSE, para que o partido possa participar do processo eleitoral, receber recursos do fundo
partidário e ter acesso gratuito a rádio e televisão, desde que cumpridas as previsões legais.
e) no cartório de registro civil das pessoas jurídicas da capital federal, para que seja assegurado
ao partido acesso gratuito ao rádio e televisão, na forma da lei.
COMENTÁRIOS:
b) Com o advento da Lei 13.877/2019, o partido político pode instituir a sua sede em qualquer cidade
do território nacional e não apenas na capital do estado-membro onde o partido tem sede.
Enunciado incorreto!
c) O estatuto do partido político não fica “suspenso” durante o processo de fusão. Na verdade, há o
surgimento de uma nova agremiação partidária, com personalidade jurídica própria. O art. 29, § 4º,
da Lei 9.096/1995, dispõe que “na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido tem início
com o registro, no Ofício Civil competente da sede do novo partido, do estatuto e do programa, cujo
requerimento deve ser acompanhado das atas das decisões dos órgãos competentes”. Enunciado
incorreto!
d) A Lei 9.096/1195, em seu art. 7º, § 2º, dispõe que “só o partido que tenha registrado seu estatuto
no Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo
e) O partido político apenas possui acesso gratuito ao rádio e televisão após o deferimento do seu
registro pelo Tribunal Superior Eleitoral. Enunciado incorreto!
Gabarito: “D”.
O fato de um partido político ter sido beneficiado recentemente com novos recursos de fundo
partidário significa que ele está
e) com o estatuto registrado no TSE e constituído regularmente como pessoa jurídica de direito
público.
COMENTÁRIOS:
Eis uma questão bastante polêmica, que suscitou muitos recursos por parte dos candidatos. Todavia,
a banca manteve o gabarito inicial, recusando-se a anulá-la.
a) A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, dispõe que “a desaprovação das contas do partido implicará
exclusivamente a sanção de devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa
de até 20% (vinte por cento)”. Diante disso, pode-se afirmar que mesmo o partido com contas
desaprovadas pode receber recursos do fundo partidário. Enunciado incorreto!
b) Os partidos políticos não precisam observar a Lei de Licitações para aplicar os recursos recebidos
do fundo partidário, mas sim as regras previstas no art. 44 da Lei 9.096/1995. Enunciado incorreto!
c) A Lei 9.096/1995, em seu art. 44, VII, dispõe que os recursos do fundo partidário podem ser
utilizados no pagamento de despesas com alimentação, incluindo restaurantes e lanchonetes.
Enunciado incorreto!
e) Os partidos políticos, sem exceção, possuem personalidade jurídica de direito privado. Enunciado
incorreto!
Gabarito: “D”.
Nos procedimentos de prestação de contas referente à destinação das verbas recebidas pelos
partidos políticos, há erros que podem ser ignorados pelo órgão controlador de contas. Esses
são os chamados erros
a) hierárquicos.
b) materiais.
c) estatutários.
d) percentuais.
e) destinatários.
COMENTÁRIOS:
A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, § 12, dispõe que “erros formais ou materiais que no conjunto da
prestação de contas não comprometam o conhecimento da origem das receitas e a destinação das
despesas não acarretarão a desaprovação das contas”.
Apresenta-se como erro formal, por exemplo, o lançamento de uma despesa de R$ 30,00 (trinta
reais) a título de produtos de padaria, na prestação de contas do partido, quando, na prática, a
despesa foi realizada com pagamento de alimentação em restaurante. Essa informação equivocada
não compromete a lisura e a transparência das contas do partido político.
Gabarito: “B”.
a) Os partidos políticos podem utilizar os recursos do fundo partidário para pagar multas
eleitorais decorrentes de infração à Lei das Eleições.
b) Os partidos políticos não são obrigados a cumprir exigências licitatórias para contratar e
realizar despesas com recursos do fundo partidário.
c) O partido político adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no TSE.
d) As contas partidárias que forem desaprovadas não poderão receber novas cotas do fundo
partidário até que sejam regularizadas.
COMENTÁRIOS:
b) Os partidos políticos não estão obrigados ao cumprimento das regras contidas na Lei 8.666/1993
no momento da realização de despesas com recursos do fundo partidário. Enunciado correto!
c) A personalidade jurídica do partido político é obtida com o registro perante o Cartório das Pessoas
Jurídicas do local de sua sede e não com o registro no Tribunal Superior Eleitoral. Enunciado
incorreto!
Gabarito: “B”.
RESOLUÇÃO
a) O enunciado foi extraído do art. 29, § 9º, da Lei 9.096/1995, que é expresso ao afirmar que
“somente será admitida a fusão ou incorporação de partidos políticos que hajam obtido o registro
definitivo do Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos”. A delimitação de prazo
mínimo teve a finalidade de diminuir a proliferação de novos partidos políticos que, logo após a
criação, submetiam-se a processos de incorporação ou fusão. Enunciado correto!
b) Nos termos do art. 29, § 2º, da Lei 9.096/1995, “no caso de incorporação, observada a lei civil,
caberá ao partido incorporando deliberar por maioria absoluta de votos, em seu órgão nacional de
deliberação, sobre a adoção do estatuto e do programa de outra agremiação”. Nesse caso, resta
claro que não haverá a criação de novo estatuto ou programa partidário. Enunciado incorreto!
d) Como não será criado novo estatuto e/ou programa partidário, não há que se falar em “nova”
agremiação partidária. Suponhamos que o PX esteja incorporando o PY. Nesse caso, o PY deixará de
existir, enquanto o PX continuará vigente, recebendo a filiação dos eleitores que integravam o
quadro do PY. Ademais, deve ficar claro que o registro não precisa ser feito no Cartório de Registro
das Pessoas Jurídicas da capital federal, mas da sede do partido. Enunciado incorreto!
e) A Lei 9.096/1995, em seu art. 30, § 7º, dispõe que “havendo fusão ou incorporação, devem ser
somados exclusivamente os votos dos partidos fundidos ou incorporados obtidos na última eleição
Gabarito: “A”.
d) Caso, no exame das contas, seja constatado recurso de origem não mencionada, o partido
ficará sujeito à suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário.
COMENTÁRIOS:
a) A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, dispõe que “a desaprovação das contas do partido implicará
exclusivamente a sanção de devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa
de até 20% (vinte por cento)”. Diante disso, pode-se afirmar que mesmo o partido com contas
desaprovadas pode receber recursos do fundo partidário. Enunciado incorreto!
c) A Lei 9.096/1995, em seu art. 33, § 5º, dispõe que “a desaprovação da prestação de contas do
partido não ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral”. Enunciado
incorreto!
d) O art. 36, I, da Lei 9.096/1995, dispõe que “no caso de recursos de origem não mencionada ou
esclarecida, fica suspenso o recebimento das quotas do Fundo Partidário até que o esclarecimento
seja aceito pela Justiça Eleitoral”, isto é, por prazo indeterminado.
e) Partidos políticos não podem receber recursos financeiros e/ou doações de quaisquer pessoas
jurídicas, inclusive (e principalmente) entidades sindicais. Enunciado incorreto!
Gabarito: “D”.
b) A maior parte dos recursos do Fundo Partidário é distribuída aos partidos políticos na
proporção das cadeiras conquistadas na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
devendo ser consideradas, em qualquer hipótese, as mudanças de filiação partidária.
c) Ao menos 25% dos recursos do Fundo Partidário devem ser aplicados na criação e
manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política e na
criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das
mulheres.
d) O tempo de acesso dos partidos políticos ao rádio e à televisão, para propaganda partidária,
é distribuído proporcionalmente ao número de mulheres eleitas pelo partido na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados.
e) As listas de apoio à criação de um novo partido, para fins de registro do estatuto da nova
sigla no Tribunal Superior Eleitoral, deverão ser assinadas por um percentual mínimo de
eleitores já filiados a partidos políticos.
COMENTÁRIOS:
a) A Lei 9.095/1995, em seu art. 22-A, afirma que podem ser consideradas como hipóteses de justa
causa, para a desfiliação partidária sem perda do mandato eletivo, somente as seguintes hipóteses:
I – mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; II – grave discriminação política
pessoal; e III – mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo
Sendo assim, constata-se que a filiação a partido recém-criado não é mais hipótese de justa causa,
conforme constava no texto da Resolução TSE nº 22.610/2007. Enunciado incorreto!
b) Nos termos do art. 41-A, II, parágrafo único, da Lei 9.096/1995, para efeito de distribuição de
recursos do fundo partidário, proporcionalmente aos votos obtidos na última eleição para a Câmara
dos Deputados, serão desconsideradas as mudanças de filiação partidária em quaisquer hipóteses.
Enunciado incorreto!
c) Esse é o conteúdo que consta expressamente no art. 44, IV e V, da Lei 9.096/1995. Enunciado
correto!
e) Eleitores que sejam filiados a partidos políticos não podem apoiar (assinar a ficha de apoio) a
criação de novos partidos políticos, nos termos do art. 7º da Lei 9.096/1995. Enunciado incorreto!
Gabarito: “C”.
a) Desde que haja disposição estatutária nesse sentido, partidos poderão aceitar como filiados
menores de dezesseis anos de idade.
b) O partido político que promover o conflito entre grupos de cidadãos brasileiros poderá
sofrer o cancelamento do seu registro civil.
e) É vedado aos partidos políticos estabelecer nos seus estatutos prazos de filiação partidária
superiores aos previstos na lei para fins de candidaturas a cargos eletivos.
COMENTÁRIOS:
b) Não há qualquer dispositivo legal que mencione a possibilidade de cancelamento de registro civil,
de partido político, em virtude de promoção de conflito entre grupos de cidadãos. E não teria
fundamento razoável tal penalização, pois esses conflitos podem existir em função de divergências
ideológicas ou partidárias, sendo toleráveis e aceitáveis. Enunciado incorreto!
d) O art. 29, da Lei 9.096/1995, dispõe que “somente será admitida a fusão ou incorporação de
partidos políticos que hajam obtido o registro definitivo do TSE há, pelo menos, 5 anos”. Em outras
palavras, pode-se afirmar que apenas os partidos que possuem, no mínimo, cinco anos de existência,
podem se submeter a um processo de fusão e/ou incorporação. Nesses termos, não há dúvidas de
que se trata de uma limitação imposta legalmente. Enunciado incorreto!
e) A legislação eleitoral dispõe que o prazo mínimo de filiação partidária, para que o eleitor possa
disputar cargo eletivo por partido político, é de 6 (seis) meses. Todavia, não há qualquer proibição
à fixação de um prazo maior (um ano, por exemplo), no estatuto da agremiação partidária.
Enunciado incorreto!
Gabarito: “C”.
a) A fusão de dois partidos não é causa para o cancelamento de seus registros originais junto
ao ofício civil e ao tribunal regional eleitoral.
b) O detentor de mandato eletivo que se desfiliar sem justa causa do partido pelo qual foi eleito
perderá o mandato.
c) A responsabilidade por violação dos deveres partidários deve ser apurada e punida pelo
Ministério Público.
d) Para ter acesso gratuito à televisão, o partido deve ter registrado seu estatuto no tribunal
regional eleitoral.
e) O requerimento do registro de partido deve ser dirigido a cartório do registro civil das
pessoas jurídicas da capital do estado de registro.
a) A fusão entre dois partidos políticos enseja o cancelamento dos respectivos registros perante o
Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas e, também, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, pois, como
consequência da fusão, criar-se-á uma nova agremiação partidária. Enunciado incorreto!
c) Por se tratar de entidade regida pelo direito privado, com autonomia assegurada expressamente
pelo texto constitucional, a Justiça Eleitoral ou Ministério Público não podem se intrometer em
atividades internas do partido políticos (interna corporis). Eventuais violações aos deveres
partidários devem ser apuradas internamente, pela própria agremiação. Enunciado incorreto!
d) Para ter acesso gratuito ao rádio e/ou televisão, o partido deve ter o seu estatuto registrado no
Tribunal Superior Eleitoral, órgão máximo da Justiça Eleitoral. Enunciado incorreto!
e) O requerimento do registro de partido político deve ser dirigido ao Cartório das Pessoas Jurídicas
da sede da agremiação e não mais para o Cartório da Capital Federal. Enunciado incorreto!
Gabarito: “B”.
c) Apenas o eleitor em pleno gozo de seus direitos políticos pode filiar-se a partido.
d) Para desligar-se do partido, o filiado tem de fazer comunicação escrita ao órgão de direção
regional desse partido e ao tribunal regional eleitoral.
e) Com o registro do estatuto do partido no registro civil das pessoas jurídicas fica-lhe
assegurada a exclusividade de uso dos seguintes elementos identificatórios: denominação,
sigla, símbolos e uniforme.
COMENTÁRIOS:
b) Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas à candidatura a cargos
eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição. É o que dispõe o art. 20, parágrafo único, da
Lei 9.096/1995. Em regra, esse é o entendimento que você tem que levar para as provas de
concursos públicos. Enunciado incorreto!
c) A Lei 9.096/1995, em seu art. 16, dispõe expressamente que “só pode filiar-se a partido o eleitor
que estiver no pleno gozo de seus direitos políticos”. Todavia, deve ficar claro o Tribunal Superior
Eleitoral possui entendimento no sentido de que “a inelegibilidade não impede a filiação
partidária”. Em outras palavras, se o eleitor for considerado inelegível, mas ainda possuir a
capacidade eleitoral ativa (possibilidade de votar), poderá filiar-se a partido político. Enunciado
correto!
d) Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao
juiz eleitoral da zona em que for inscrito. Esse é o mandamento contido no art. 21 da Lei 9.096/1995.
Enunciado incorreto!
e) Nos termos do art. 7º, §3º, da Lei 9.096/1995, apenas o registro do estatuto do partido no Tribunal
Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a
utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão. Entretanto,
destaca-se que o art. 6º da Lei 9.096/1995 veda a adoção de uniforme para os seus membros.
Enunciado incorreto!
Gabarito: “C”.
b) Filiados mais antigos podem ter mais direitos que os recentes, desde que assim seja previsto
no estatuto do partido político.
c) Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações de
seus filiados constantes do cadastro eleitoral.
COMENTÁRIOS:
a) Não é correto afirmar que o partido político possui soberania para definir sua estrutura interna,
pois essa expressão possui sentido muito amplo. O texto constitucional assegura autonomia às
agremiações partidárias, que deverão observar várias limitações previstas na Constituição Federal
de 1988 e na legislação eleitoral vigente. Enunciado incorreto1
b) A Lei 9.096/1995, em seu art. 4º, dispõe expressamente que “os filiados de um partido político
têm iguais direitos e deveres”. Enunciado incorreto!
c) Esse é o mandamento contido na Lei 9.096/1995, mais precisamente em seu art. 19, § 3º. Todavia,
deve ficar claro que o acesso se limitará às informações de seus filiados e não de todos os eleitores.
Enunciado correto!
e) Os partidos políticos são livres para promover fusões e/ou incorporações entre si, desde que
respeitadas as condições impostas pela Lei 9.096/1995. Enunciado incorreto!
Gabarito: “C”.
O julgamento da ação de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária, proposta contra
agente público que exerce o cargo de vereador, compete:
a) ao juiz eleitoral, e contra a sentença que decretar a perda do mandato cabe recurso para o
Tribunal Regional Eleitoral;
b) ao Tribunal Regional Eleitoral e contra o acórdão que decretar a perda do mandato cabe
recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral;
c) ao juízo de direito do Estado, pois a matéria não repercute sobre o processo eleitoral, e
contra a sentença cabe apelação para o Tribunal de Justiça;
d) ao Tribunal Regional Eleitoral e contra o acórdão que decretar a perda do mandato cabe
recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral.
COMENTÁRIOS:
b) A competência para processar e julgar ação de perda de mandato eletivo por infidelidade
partidária, proposta em face de vereador, realmente é do Tribunal Regional Eleitoral. Todavia,
contra a decisão não cabe recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral, apenas recurso
especial, nas hipóteses previstas no art. 121, § 4º, I e II, da Constituição Federal de 1988. Enunciado
incorreto!
c) As eventuais ações que versem sobre perda de mandato eletivo, decorrentes de infidelidade
partidária, devem ser processadas e julgadas na Justiça Eleitoral. Enunciado incorreto!
d) Eis o entendimento que deve ser levado para a prova. Lembre-se de que o recurso ordinário
apenas pode ser proposto nas hipóteses contidas no art. 121, § 4º, III, IV e V, da CF/1988, a saber:
(...) III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; V -
denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.
Enunciado correto!
Gabarito: “D”.
Clodoaldo é detentor do mandato de Vereador, tendo sido eleito pelo partido político A, ao
qual era filiado. Ocorre que, em razão de ter sofrido grave discriminação política pessoal,
desfiliou-se do referido partido. Clodoaldo,
a) perderá o mandato apenas se a desfiliação partidária ocorrer durante os dois primeiros anos
de seu mandato.
b) perderá o mandato, pois o motivo referido não caracteriza justa causa para a desfiliação
partidária.
c) não perderá o mandato, pois a desfiliação partidária independe de justa causa para ocorrer.
d) perderá o mandato, ainda que caracterizada a justa causa para a desfiliação partidária.
e) não perderá o mandato, pois o motivo referido caracteriza justa causa para a desfiliação
partidária.
COMENTÁRIOS:
b) A Lei 9.096/1995, em seu art. 22-A, dispõe que são consideradas justa causa para a desfiliação
partidária as seguintes hipóteses: I – mudança substancial ou desvio reiterado do programa
partidário; II – grave discriminação política pessoal; e III – mudança de partido efetuada durante o
período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição,
majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente. Enunciado incorreto!
c) Em regra, perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do
partido pelo qual foi eleito. Enunciado incorreto!
d) Por óbvio, caso exista uma justa causa para a desfiliação, a exemplo da grave discriminação
política pessoal, Clodoaldo não perderá o mandato. Enunciado incorreto!
e) O enunciado está em conformidade com o teor do art. 22-A da Lei 9.096/1995, portanto, deve ser
considerado correto!
Gabarito: “E”.
Ieda foi orientada a estudar a Lei n° 9.096/95 para o concurso que irá prestar. Descobriu que,
destinando-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal, o
partido político é pessoa jurídica de direito
a) privado, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os
direitos fundamentais da pessoa humana.
b) público interno, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos
cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e
os direitos fundamentais da pessoa humana.
c) público externo, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos
cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e
os direitos fundamentais da pessoa humana.
d) público, interno ou externo, dependendo do seu estatuto, sendo livre a criação, fusão,
incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional,
o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
COMENTÁRIOS:
Eis uma questão muito fácil, que simplesmente reproduziu o inteiro teor do art. 1º da Lei
9.096/1995, que dispõe claramente que “o partido político, pessoa jurídica de direito privado,
destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal”.
A propósito, destaca-se que os partidos políticos não se equiparam às entidades paraestatais e nem
integram a Administração Pública brasileira. Em virtude de possuírem personalidade jurídica de
direito privado, não gozam das prerrogativas que são asseguradas às entidades estatais e
administrativas de direito público.
Gabarito: “A”.
Gilberto foi eleito Deputado Estadual pelo partido político “W” e deseja se candidatar a
Vereador nas próximas eleições pelo partido “Y”. De acordo com a Lei nº 9.096/1995, Gilberto
a) poderá efetuar a mudança de partido, sem perder o mandato, sempre que assim desejar,
desde que o partido ao qual pretende se filiar tenha integrado a coligação pela qual ele foi
eleito.
b) poderá desfiliar-se de seu partido político sem perder o mandato apenas nas hipóteses de
mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário.
c) poderá desfiliar-se de seu partido político sem perder o mandato apenas na hipótese de
grave discriminação política pessoal.
d) não poderá concorrer às próximas eleições por outro partido político, sendo permitida sua
desfiliação, apenas seis meses após o término de seu mandato, sob pena de pagamento de
multa e de inelegibilidade por oito anos.
e) poderá efetuar a mudança de partido durante o período de 30 dias que antecede o prazo de
filiação exigido em lei para concorrer à eleição, ao término do mandato vigente, não perdendo
o seu mandato.
a) Em regra, perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do
partido pelo qual foi eleito. O fato de o partido ao qual pretende se filiar ter integrado a coligação
pela qual ele foi eleito não muda, em nada, as regras de fidelidade partidária. Enunciado incorreto!
b) A Lei 9.096/1995, em seu art. 22-A, dispõe que são consideradas justa causa para a desfiliação
partidária as seguintes hipóteses: I – mudança substancial ou desvio reiterado do programa
partidário; II – grave discriminação política pessoal; e III – mudança de partido efetuada durante o
período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição,
majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente. Enunciado incorreto!
c) O art. 22-A, da Lei 9.096/1995, relaciona 3 (três) hipóteses que podem ensejar justa causa para
desfiliação de partido político, sem perda de mandato eletivo. Enunciado incorreto!
d) Gilberto pode disputar a eleição para o cargo de vereador por outro partido, desde que comprove
a existência de justa causa, para desfiliação do partido político pelo qual foi eleito, ou simplesmente
abra mão do mandato eletivo de Deputado Estadual. Enunciado incorreto!
e) O enunciado ficou bem confuso e, na minha opinião, a questão deveria ter sido anulada. Perceba
que o texto deixa claro que Gilberto foi eleito Deputado Estadual, portanto, quando a eleição para
vereador acontecer, Gilberto estará na metade de seu mandato. Existe sim uma possibilidade de
titulares de cargos eletivos se desligarem dos respectivos partidos, sem que fique caracterizada a
infidelidade partidária, no sétimo mês antes do pleito (durante o prazo de trinta dias). Essa hipótese
é chamada de janela partidária. Entretanto, em ano de eleição para vereador, somente os titulares
desse cargo eletivo podem ser valer da janela partidária (o que não é o caso de Gilberto). Da mesma
forma, em ano de eleição para Deputado, ocupantes do cargo de vereador não podem se beneficiar
da janela partidária. Essa é a falha do enunciado. Contudo, a banca o considerou correto!
Gabarito: “E”.
No que tange à prestação de contas de partido político, segundo a Lei Federal n° 9.096/1995,
a desaprovação das contas do partido implicará sanção de
COMENTÁRIOS:
Eis uma questão que versa sobre dispositivo que não é muito cobrado em provas de concursos
públicos, o que fez com que muitos candidatos a errassem.
Observe que as alternativas foram elaboradas com fundamento no art. 37 da Lei 9.096/1995, que
assim dispõe: “a desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção de
devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de até 20% (vinte por
cento)”. As quatro primeiras alternativas simplesmente fazem referência ao percentual da multa
que pode ser aplicada no caso de desaprovação (20%).
Em relação à alternativa “e”, deve ficar claro que o art. 32, § 5º, da Lei 9.096/1995 afirma que “a
desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que o impeça de
participar do pleito eleitoral”.
Gabarito: “B”.
Em cada uma das próximas opções, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada conforme a Lei n.º 9.096/1995. Assinale a opção que apresenta a
assertiva correta.
b) O partido político W (PW) estabeleceu em seu estatuto que somente poderiam concorrer a
cargos eletivos os candidatos que tivessem mais de dois anos de filiação partidária. Nessa
situação, os filiados do PW deverão cumprir o estabelecido na referida determinação
estatutária, uma vez que é facultado aos partidos estabelecer prazos de filiação superiores aos
previstos em lei.
c) O partido político Z (PZ) requereu o registro do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), tendo juntado ao pedido documentos comprobatórios de apoiamento de eleitores,
e) Um eleitor, já filiado ao partido político X, filiou-se também a outro partido. Tal situação
caracteriza dupla filiação, e ambas as filiações serão consideradas nulas para todos os efeitos
legais.
COMENTÁRIOS:
a) Muito tranquila a afirmativa, né? Tenho certeza de que você sabe, de cor e salteado, que os
partidos políticos possuem personalidade jurídica de direito privado, portanto, não estão
submetidos aos princípios da Administração Pública. Enunciado incorreto!
b) A Lei 9.504/1997, em seu art. 9º, dispõe que “para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação
deferida pelo partido no mesmo prazo”. Perceba que a legislação apenas se refere a um prazo
mínimo de filiação partidária (seis meses), portanto, os partidos podem estabelecer prazos maiores
em seus respectivos estatutos. Enunciado correto!
d) Com a publicação da Lei 13.165/2015, que inseriu o art. 22-A na Lei 9.096/1995, a criação de um
novo partido político não é mais considerada justa causa para desfiliação partidária. Essa hipótese
constava na Resolução TSE nº 22.610/2007, cujos artigos que tratavam dessa e outras hipóteses
perderam eficácia. Enunciado incorreto!
e) Nesse caso, dispõe o art. 22, parágrafo único, da Lei 9.096/1995, que “prevalecerá a mais recente,
devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais”. Enunciado incorreto!
Gabarito: “B”.
b) Para concorrer a cargo eletivo, a filiação partidária deverá ocorrer, pelo menos, um ano
antes do pleito.
c) Para se desligar de partido, o filiado deve comunicar por escrito o órgão de direção municipal
e o Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
d) Na existência de dupla filiação partidária, ambas são consideradas nulas para todos os
efeitos.
e) Não perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar do partido pelo qual foi
eleito, exceto se concorrer a cargo no executivo.
COMENTÁRIOS:
a) A Lei 9.504/1997, em seu art. 11, § 14, dispõe que “é vedado o registro de candidatura avulsa,
ainda que o requerente tenha filiação partidária”. Em outras palavras, pode-se afirmar que para
disputar um cargo eletivo, o eleitor tem que ser filiado ao partido político e ser escolhido em
convenção partidária. Enunciado incorreto!
b) A Lei 9.504/1997, em seu art. 9º, dispõe que “para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação
deferida pelo partido no mesmo prazo”. Enunciado incorreto!
c) A Lei dos Partidos Políticos afirma expressamente, em seu art. 21 que “para desligar-se do partido,
o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao juiz eleitoral da zona em que
for inscrito”. A propósito, destaca-se que a Resolução TSE nº 23.117/2009, em seu art. 13, § 5º,
afirma que pode ser feita “a comunicação apenas ao juiz da zona eleitoral em que inscrito o filiado
na hipótese de inexistência de órgão municipal ou comprovada impossibilidade de localização do
representante do partido político”. Enunciado correto!
d) Nesse caso, dispõe o art. 22, parágrafo único, da Lei 9.096/1995, que “prevalecerá a mais recente,
devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais”. Enunciado incorreto!
Cuidado!! A Súmula 67 do Tribunal Superior Eleitoral dispõe que “a perda do mandato em razão da
desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário”. Nesse caso, se
Prefeitos, Governadores, Senadores ou Presidente da República podem se desligar livremente dos
partidos pelos quais foram eleitos, não caracterizando infidelidade partidária. Enunciado incorreto!
De acordo com as disposições preliminares da Lei dos Partidos Políticos — Lei n.º 9.096/1995
—, assinale a opção correta.
a) Para que determinado partido político de caráter nacional obtenha registro de seu estatuto
junto ao TSE, serão necessários, entre outros requisitos, o apoio de eleitores não filiados a
partidos políticos.
b) O partido político, adquire personalidade jurídica após o registro de seu estatuto junto ao
TSE.
d) O pedido de registro de seu estatuto junto ao TSE, assegura aos partidos políticos a
exclusividade da sua denominação, da sua sigla e dos seus símbolos.
e) O STF considera os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito público, devido ao
fato de eles receberem recursos do fundo partidário e de terem acesso gratuito ao rádio e à
televisão.
COMENTÁRIOS:
a) Somente eleitores que não sejam filiados a partidos políticos podem apoiar a criação de novas
agremiações. Esse “apoio” será concretizado por meio da assinatura em fichas específicas,
organizadas pelos partidos e depois entregues na Justiça Eleitoral, que se encarregará de verificar se
a assinatura contida na ficha de apoiamento se assemelha à existente no cadastro eleitoral.
Enunciado correto!
b) A personalidade jurídica será obtida pelo partido político com o registro perante o Cartório das
Pessoas Jurídicas do local de sua sede. Enunciado incorreto!
e) Mais uma vez, enunciado afirmando indevidamente que os partidos políticos possuem
personalidade jurídica de direito púbico, quando o correto é direito privado. Enunciado incorreto!
Gabarito: “A”.
Cada uma das próximas opções apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva
a ser julgada, de acordo com as normas de filiação partidária e à luz da Lei dos Partidos Políticos
— Lei n.º 9.096/1995. Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.
a) Um vereador eleito por determinado partido político ao qual estava filiado requereu a sua
desfiliação, no período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido pela legislação,
para concorrer à reeleição por outro partido político. O partido original indeferiu o seu pedido
de desfiliação e o ameaçou com a perda do mandato. Nessa situação, a atitude do partido foi
indevida, já que o vereador agiu em conformidade com as hipóteses de justa causa previstas
na legislação.
c) José, que jamais exerceu cargo eletivo, pretende, após ter sido filiado muitos anos a
determinado partido político, desfiliar-se do partido em questão. Nessa situação, é suficiente
que José requeira sua desfiliação junto ao órgão de direção municipal do partido.
e) Um cidadão, filiado ao partido político X há mais de vinte anos, resolveu se filiar ao partido
político Y, sem, contudo, se desfiliar do partido X. Nessa situação, como ficou caracterizada a
dupla filiação partidária, ambas as filiações serão consideradas nulas, para todos os efeitos
legais.
COMENTÁRIOS:
b) Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas à candidatura a cargos
eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição. É o que dispõe o art. 20, parágrafo único, da
Lei 9.096/1995. Em regra, esse é o entendimento que você tem que levar para as provas de
concursos públicos. Enunciado incorreto!
c) A Lei dos Partidos Políticos afirma expressamente, em seu art. 21 que “para desligar-se do partido,
o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao juiz eleitoral da zona em que
for inscrito”. Enunciado incorreto!
d) A Lei 9.096/1995, em seu art. 22, dispõe que o cancelamento imediato da filiação partidária
verifica-se nos casos de: I – morte; II – perda dos direitos políticos; III – expulsão; IV – outras formas
previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas
da decisão; e V – filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva
zona eleitoral. Nesse caso, constata-se que o próprio dispositivo legal outorgou ao partido político a
possibilidade de criar outras hipóteses de cancelamento da filiação. Enunciado incorreto!
e) Nesse caso, dispõe o art. 22, parágrafo único, da Lei 9.096/1995, que “prevalecerá a mais recente,
devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais”. Enunciado incorreto!
Gabarito: “A”.
Segundo a Lei dos Partidos Políticos, com redação acrescida pela Lei n. 13.165/15, nos casos
de ausência de movimentação de recursos financeiros ou de arrecadação de bens estimáveis
em dinheiro, os órgãos partidários municipais ficam desobrigados de prestar contas à Justiça
Eleitoral quanto ao respectivo exercício, exigindo-se do responsável partidário, todavia, a
apresentação de declaração da ausência de movimentação de recursos nesse período.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: “Certo”.
COMENTÁRIOS:
a) O art. 29, da Lei 9.096/1995, dispõe que “somente será admitida a fusão ou incorporação de
partidos políticos que hajam obtido o registro definitivo do TSE há, pelo menos, 5 anos”. Em outras
palavras, pode-se afirmar que apenas os partidos que possuem, no mínimo, cinco anos de existência,
podem se submeter a um processo de fusão e/ou incorporação. Enunciado incorreto!
b) A Lei 9.096/1995, em seu art. 33, § 5º, dispõe que “a desaprovação da prestação de contas do
partido não ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral”. Enunciado
incorreto!
c) Para responder às questões de prova, lembre-se de que qualquer tipo de doação de pessoa
jurídica a partido político está proibida, inclusive de entidades de classe ou sindical. Enunciado
correto!
d) Conforme art. 50-A, §5º da Lei 9.096/95, Se houver coincidência de data, a Justiça Eleitoral dará
prioridade ao partido político que apresentou o requerimento primeiro. Enunciado incorreto!
Gabarito: “C”.
d) A exigência de caráter nacional dos partidos políticos visa resguardar o princípio federativo
da unidade nacional.
COMENTÁRIOS:
a) Os partidos políticos, sem exceção, possuem personalidade jurídica de direito privado. Enunciado
incorreto!
b) Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que a cláusula de barreira não está
mais em vigor, pois foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Sendo assim, para
usufruírem do funcionamento parlamentar os partidos políticos não precisam alcançar nenhuma
quantidade mínima de votos nas eleições. Enunciado incorreto!
c) A Lei 9.096/1995, em seu art. 41-A, II, dispõe que 95% (noventa e cinco por cento) dos recursos
partidários serão distribuídos aos partidos na proporção dos votos obtidos na última eleição geral
para a Câmara dos Deputados. Enunciado incorreto!
e) O art. 6º da Lei 9.096/1995 veda a adoção de uniforme para os membros dos partidos políticos.
Enunciado incorreto!
Gabarito: “D”.
De acordo com as normas que regulam o funcionamento dos partidos políticos no Brasil,
a) não há restrições à fusão ou incorporação de partidos políticos que tenham obtido o registro
definitivo do TSE.
b) as mudanças de filiação partidária não são consideradas para efeito da distribuição dos
recursos do fundo partidário entre os partidos políticos.
d) o apoiamento de eleitores filiados a determinado partido político pode ser computado para
fins de registro do estatuto de um novo partido político.
COMENTÁRIOS:
a) O art. 29, da Lei 9.096/1995, dispõe que “somente será admitida a fusão ou incorporação de
partidos políticos que hajam obtido o registro definitivo do TSE há, pelo menos, 5 anos”. Em outras
palavras, pode-se afirmar que apenas os partidos que possuem, no mínimo, cinco anos de existência,
podem se submeter a um processo de fusão e/ou incorporação. Nesses termos, não há dúvidas de
que se trata de uma restrição imposta legalmente. Enunciado incorreto!
b) Nos termos do art. 41-A, II, da Lei 9.096/1995, para efeito de distribuição de recursos do fundo
partidário, proporcionalmente aos votos obtidos na última eleição para a Câmara dos Deputados,
c) Com a publicação da Lei 13.165/2015, que inseriu o art. 22-A na Lei 9.096/1995, a criação de um
novo partido político não é mais considerada justa causa para desfiliação partidária. Essa hipótese
constava na Resolução TSE nº 22.610/2007, cujos artigos que tratavam dessa e outras hipóteses
perderam eficácia. Enunciado incorreto!
d) Não podem apoiar a criação de novos partidos políticos eleitores que já sejam filiados a outras
agremiações partidárias. Caso ocorra, as respectivas assinaturas serão excluídas durante a
conferência a ser realizada no âmbito dos Cartórios Eleitorais. Enunciado incorreto!
e) Nos termos do art. 50-B, §1º, da Lei 9.096/95, os partidos políticos que tenham cumprido as
condições estabelecidas no §3º do art. 17 da Constituição Federal terão assegurado o direito de
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na proporção de sua bancada eleita em cada eleição geral.
Ou seja, a distribuição não é de forma igualitária, pois, além dos requisitos de acesso, é feita de
forma proporcional. Enunciado incorreto!
Gabarito: “B”.
a) A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, dispõe que “a desaprovação das contas do partido implicará
exclusivamente a sanção de devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa
de até 20% (vinte por cento)”. Perceba que o erro do enunciado está no fato de ter utilizado a
expressão “dentre outras sanções”, quando a lei é taxativa ao afirmar que a desaprovação ensejará
exclusivamente a sanção de devolução da importância irregular e multa de até 20%. Enunciado
incorreto!
b) Analisando-se o art. 37-A, da Lei 9.096/1995, conclui-se que apenas “a falta de prestação de
contas implicará a suspensão de novas cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a
inadimplência e sujeitará os responsáveis às penas da lei”. Enunciado incorreto!
c) Eventuais sanções decorrentes da desaprovação das contas realmente atingem apenas a esfera
partidária responsável pela irregularidade. Se foram desaprovadas as contas de um Diretório
Municipal, por exemplo, eventual obrigação de devolução da quantia apontada como irregular, bem
como a multa respectiva, não pode ser exigida do Diretório Estadual e/ou Nacional. Enunciado
correto!
d) A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, § 4º, afirma que da decisão que desaprovar total ou
parcialmente a prestação de contas dos órgãos partidários caberá recurso para os Tribunais
Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Superior Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser
recebido com efeito suspensivo (o efeito devolutivo sempre estará presente e acontece quando o
processo é “devolvido” ao Judiciário para que seja novamente julgado, por instância superior).
Enunciado incorreto!
e) A desaprovação das contas não pode ensejar a suspensão do registro ou a anotação dos órgãos
de direção partidária, muito menos tornar devedores ou inadimplentes os respectivos responsáveis
partidários. Enunciado incorreto!
Gabarito: “C”.
b) Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita apenas ao órgão de direção
municipal, não se exigindo a comunicação ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
d) Para concorrer às eleições o candidato deverá estar com a filiação partidária deferida pelo
partido no mínimo um ano antes da data da eleição.
COMENTÁRIOS:
a) Nos termos do art. 22-A, parágrafo único, da Lei 9.096/95, o detentor de cargo eletivo não perderá
o respectivo mandato, por se tratar de justa causa, nas seguintes hipóteses: “I - mudança substancial
ou desvio reiterado do programa partidário; II - grave discriminação política pessoal; e III - mudança
de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei
para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente". Enunciado
incorreto!
b) A Lei dos Partidos Políticos afirma expressamente, em seu art. 21 que “para desligar-se do partido,
o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao juiz eleitoral da zona em que
for inscrito”. Enunciado incorreto!
c) O inciso III, art. 22-A, da Lei 9.096/1995, apresenta como justa causa para a desfiliação a "mudança
de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei
para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente" (janela
partidária). O que se constata da leitura do dispositivo é que a lei concedeu uma "carta branca" aos
titulares de mandatos eletivos proporcionais, possibilitando a mudança de partido, sem qualquer
tipo de justificativa, no ano da eleição, durante o prazo de 30 (trinta) dias, que acontecerá no sétimo
mês antes da data da eleição. Enunciado correto!
d) A Lei 9.504/1997, em seu art. 9º, dispõe que “para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação
deferida pelo partido no mesmo prazo”. Enunciado incorreto!
e) A legislação apenas se refere a um prazo mínimo de filiação partidária (seis meses), portanto, os
partidos podem estabelecer prazos maiores em seus respectivos estatutos. Enunciado correto!
Gabarito: “C”.
a) Para desligar-se de seu partido político, o filiado deve comunicar expressamente sua
intenção ao órgão partidário e ao juiz competentes.
b) O partido político pode aceitar como filiado qualquer pessoa natural, independentemente
do estado em que ela se encontre, já que todos têm iguais direitos e deveres perante a lei.
c) Os prazos de filiação partidária não podem ser objeto do estatuto dos partidos políticos.
d) A personalidade jurídica de um partido político é constituída mediante cadastro do seu
estatuto em cartório de registro civil de pessoas jurídicas de direito público.
e) Registrado o partido político, cabe ao Tribunal Superior Eleitoral determinar sua estrutura
interna e sua organização administrativa, uma vez que as verbas do fundo partidário são
oriundas da União.
COMENTÁRIOS:
a) A Lei dos Partidos Políticos afirma expressamente, em seu art. 21 que “para desligar-se do partido,
o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao juiz eleitoral da zona em que
for inscrito”. Enunciado correto!
b) A Lei 9.096/1995, em seu art. 16, dispõe expressamente que “só pode filiar-se a partido o eleitor
que estiver no pleno gozo de seus direitos políticos”. Todavia, deve ficar claro o Tribunal Superior
Eleitoral possui entendimento no sentido de que “a inelegibilidade não impede a filiação
partidária”. Em outras palavras, se o eleitor for considerado inelegível, mas ainda possuir a
capacidade eleitoral ativa (possibilidade de votar), poderá filiar-se a partido político. Enunciado
incorreto!
c) O prazo de filiação partidária, a fim de que eleitor possa disputar eleição pelo partido político,
pode ser fixado no estatuto da agremiação partidária. Todavia, deve sempre respeitar o mínimo
legal de 6 (seis) meses. Enunciado incorreto!
d) A personalidade jurídica dos partidos políticos é de direito privado, obtida perante o Cartório de
Registro das Pessoas Jurídicas de direito privado. Enunciado incorreto!
e) A Constituição Federal de 1988, em seu art. 17, § 1º, assegura aos partidos políticos autonomia
para estabelecerem a estrutura interna. Todavia, deve ficar claro que não se trata de autonomia
absoluta ou ilimitada, pois a legislação e o próprio texto constitucional devem ser respeitados.
Enunciado incorreto!
Gabarito: “A”.
a) A perda do mandato em razão de mudança de partido não se aplica aos candidatos eleitos
pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo
eleitor.
c) O TSE não possui competência para cancelar o registro civil do partido político, mas apenas
para cancelar o registro do estatuto partidário.
d) O partido político pode utilizar os recursos do fundo partidário para efetuar o pagamento de
multas eleitorais.
COMENTÁRIOS:
a) Em 27/05/2015, o Supremo Tribunal Federal decidiu que "não se aplica aos cargos do sistema
majoritário de eleição (prefeito, governador, senador e presidente da República) a regra de perda
do mandato em favor do partido, por infidelidade partidária, referente aos cargos do sistema
proporcional (vereadores, deputados estaduais, distritais e federais)". Posteriormente, esse mesmo
entendimento foi ratificado pelo Tribunal Superior Eleitoral, com a edição da Súmula nº 67, que
assim dispõe: "A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos
eleitos pelo sistema majoritário". Enunciado correto!
b) A Lei 9.504/1997, em seu art. 22, dispõe que “é obrigatório para o partido e para os candidatos
abrir conta bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha”. A
propósito, destaca-se que a abertura da conta corrente deve ocorrer logo no início da campanha.
Desse modo, ainda que exista a “expectativa” de que o partido não arrecade recursos, a conta deve
ser aberta. E se alguém oferecer uma doação vultosa? Será que o partido irá negar pelo simples fato
de não possuir conta bancária? Enunciado incorreto!
c) A Lei 9.096/1995, em seu art. 28, dispõe expressamente que o Tribunal Superior Eleitoral, após
trânsito em julgado de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido
contra o qual fique provado: I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência
estrangeira; II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros; III - não ter prestado, nos
termos desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral; IV - que mantém organização paramilitar.
Enunciado incorreto!
e) A Lei 9.096/1995, em seu art. 44, V, dispõe expressamente que na criação e manutenção de
programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, criados e executados pela
Secretaria da Mulher ou, a critério da agremiação, por instituto com personalidade jurídica própria
presidido pela Secretária da Mulher, em nível nacional, conforme percentual que será fixado pelo
órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total.
Enunciado incorreto!
Gabarito: “A”.
Quanto aos erros formais ou materiais que no conjunto da prestação de contas não
comprometam o conhecimento da origem das receitas e a destinação das despesas, assinale a
alternativa correta.
COMENTÁRIOS:
A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, § 12, dispõe que “erros formais ou materiais que no conjunto da
prestação de contas não comprometam o conhecimento da origem das receitas e a destinação das
despesas não acarretarão a desaprovação das contas”.
Apresenta-se como erro formal, por exemplo, o lançamento de uma despesa de R$ 30,00 (trinta
reais) a título de produtos de padaria, na prestação de contas do partido, quando, na prática, a
despesa foi realizada com pagamento de alimentação em restaurante. Essa informação equivocada
não compromete a lisura e a transparência das contas do partido político.
Por sua vez, erro material é aquele de fácil constatação, na maioria das vezes, grosseiro. Ocorre, por
exemplo, quando o responsável pela prestação de contas aponta que a soma de R$ 15,00 + R$ 15,00
é igual a R$ 35,00. Esse erro material (no cálculo ou grafias de palavras) não compromete a lisura da
prestação de contas, especialmente quando corrigidos.
d) comunicar por escrito ao órgão de direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for
inscrito.
COMENTÁRIOS:
b) Para que a falta de pagamento de eventual contribuição ocasione o desligamento dos quadros do
partido, torna-se imprescindível que a previsão conste expressamente no respectivo estatuto.
Ademais, para que ocorra, devem ser assegurados o contraditório e a ampla defesa (devido
processo legal) em processo administrativo instaurado com essa finalidade. Enunciado incorreto!
c) Não há possibilidade de desfiliação tácita (automática), pois, em todos os casos, deve ser
instaurado processo administrativo e assegurados o contraditório e a ampla defesa. Enunciado
incorreto!
d) A Lei dos Partidos Políticos afirma expressamente, em seu art. 21 que “para desligar-se do partido,
o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao juiz eleitoral da zona em que
for inscrito”. A propósito, destaca-se que a Resolução TSE nº 23.117/2009, em seu art. 13, § 5º,
afirma que pode ser feita “a comunicação apenas ao juiz da zona eleitoral em que inscrito o filiado
na hipótese de inexistência de órgão municipal ou comprovada impossibilidade de localização do
representante do partido político”. Enunciado correto!
e) O pedido de desfiliação partidária deve ser protocolizado junto ao órgão municipal da agremiação
partidária. Todavia, destaca-se que a Resolução TSE nº 23.117/2009, em seu art. 13, § 5º, afirma que
pode ser feita “a comunicação apenas ao juiz da zona eleitoral em que inscrito o filiado na hipótese
Gabarito: “D”.
Com relação a princípios e garantias do direito eleitoral, dos sistemas eleitorais, dos partidos
políticos e dos direitos políticos, assinale a opção correta.
a) O princípio da anualidade não é uma cláusula pétrea e pode ser suprimido por EC.
b) A Cidadania e o Pluralismo Político são objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil.
c) O pluralismo político é expressão sinônima de diversidade partidária.
d) São garantias que regem a disciplina dos partidos políticos: a liberdade partidária externa, a
liberdade partidária interna, a subvenção pública e a intervenção estatal mínima.
e) O sistema majoritário brasileiro é unívoco.
COMENTÁRIOS:
a) No julgamento da ADI nº 3.685, de relatoria da Ministra Ellen Gracie, o Supremo Tribunal Federal
afirmou que “o pleno exercício de direitos políticos por seus titulares (eleitores, candidatos e
partidos) é assegurado pela Constituição por meio de um sistema de normas que conformam o que
se poderia denominar de devido processo legal eleitoral. Na medida em que estabelecem as
garantias fundamentais para a efetividade dos direitos políticos, essas regras também compõem o
rol das normas denominadas cláusulas pétreas e, por isso, estão imunes a qualquer reforma que
vise a aboli-las. O art. 16 da Constituição, ao submeter a alteração legal do processo eleitoral à
regra da anualidade, constitui uma garantia fundamental para o pleno exercício de direitos
políticos”. Enunciado incorreto!
b) A cidadania e o pluralismo político não são objetivos da República Federativa do Brasil, mas sim
fundamentos, previstos expressamente no art. 1º da CF/1988. Enunciado incorreto!
c) Para fins de concursos públicos, fique atento para não confundir as expressões “pluralismo” e
“pluripartidarismo”. A primeira refere-se à garantia de proteção e respeito às diversas ideologias
políticas, sem privilégios ou distinções. Em outras palavras, pessoas com pensamentos e ideias
diferentes serão igualmente respeitadas. Por sua vez, a segunda (pluripartidarismo) está
relacionada à garantia de existência, em território nacional, de quantidade ilimitada de partidos
políticos. A fim de que os mais variados grupos sociais possuam representatividade perante o
Gabarito: “D”.
Pelo menos um em cada quatro deputados federais no Brasil, entre 1986 e 2002, abandonou
o partido responsável por sua eleição para a Câmara dos Deputados. A proporção de deputados
que mudam de legenda, alguns várias vezes na mesma legislatura, tem contribuído para o
reforço de uma imagem negativa do Poder Legislativo brasileiro, relacionada à fragilidade dos
partidos, ao governismo e ao predomínio de ambições particulares.
André Marenco. Migração partidária. In: L. Avritzer e F.Anastasia. Reforma política no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007 (com
adaptações).
Tendo em vista que, desde a publicação do texto apresentado, em 2007, diversas proposições
com a finalidade de regular e coibir a mudança de partido pelos parlamentares converteram-
se em lei, assinale a opção correta à luz do disposto nas Leis n. 9.096/1995 e n. 13.165/2015.
a) A lei veda a mudança de partido em qualquer hipótese, pois, nas eleições proporcionais, a
eleição do candidato depende dos votos recebidos por seu partido.
b) Devido ao fato de o partido ser o único prejudicado com a desfiliação de parlamentares, por
diminuição de sua bancada, a mudança de partido dependerá de anuência expressa de sua
direção.
c) A mudança de partido, exceto nos casos previstos em lei, resulta em perda do mandato do
detentor de cargo eletivo no Poder Legislativo.
e) O parlamentar é dono de seu mandato, por receber pessoal e nominalmente os votos a ele
conferidos pelo eleitor, razão por que não há restrições legais à mudança de partido.
COMENTÁRIOS:
a) Em regra, a legislação eleitoral realmente veda a mudança de partido político daqueles que
ocupam cargos eleitos pelo sistema proporcional (deputados e vereadores), em respeito ao
princípio da fidelidade partidária. Todavia, nos termos do art. 22-A, parágrafo único, da Lei
9.096/95, o detentor de cargo eletivo não perderá o respectivo mandato nas seguintes hipóteses
(justa causa): “I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; II - grave
discriminação política pessoal; e III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias
que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional,
ao término do mandato vigente". Enunciado incorreto!
b) Se o filiado possui uma justa causa para a desfiliação do partido político, não se exige anuência
expressa da direção partidária, por ausência de previsão legal nesse sentido. Enunciado incorreto!
c) Essa é a regra geral. Ao responder à Consulta 1.398, em 27/03/2007, o Tribunal Superior Eleitoral
afirmou que o mandato do parlamentar eleito pelo sistema proporcional pertence ao partido
político, portanto, no caso de pedido de cancelamento de filiação e/ou mudança de agremiação, o
envolvido está sujeito à perda do mandato eletivo. Enunciado correto!
d) A fusão, incorporação e criação de novo partido eram consideradas hipóteses de justa causa, para
desfiliação da agremiação partidária, no art. 1º, § 1º, da Resolução TSE nº 22.610/2007. Todavia, a
Lei 13.165/15 inseriu o art. 22-A na Lei 9.096/1995, que passou a enumerar todas as hipóteses
possíveis de justa causa. Diante disso, as hipóteses previstas na Resolução TSE nº 22.610/2007 foram
revogadas. Enunciado incorreto!
e) Em regra, o mandato dos candidatos eleitos pelo sistema proporcional (deputados e vereadores)
pertence ao partido político. Desse modo, no caso de desfiliação da agremiação sem a concordância
da direção ou sem a comprovação de uma das hipóteses de justa causa, previstas no art. 22-A da Lei
9.096/1995, há a perda do mandato eletivo. Enunciado incorreto!
Gabarito: “C”.
Ao final do ano, a direção do partido X reuniu-se para planejar a utilização dos recursos do
Fundo Partidário para o ano vindouro. A situação financeira desse partido encontrava-se
A propósito dessa situação hipotética, assinale a opção que apresenta uma correta proposta
de solução, também hipotética, para o problema em questão, à luz da legislação vigente.
a) Deslocar os 5% dos recursos do Fundo Partidário que a lei reserva para o estímulo e a
promoção da participação política das mulheres para destinações mais urgentes, e aumentar
esse percentual depois que a situação financeira do partido for estável.
c) Destinar, para pagamento dos funcionários da direção nacional do partido, mais do que os
50% dos recursos do Fundo Partidário que a lei estipula como limite, apresentando justificação
minuciosa por ocasião da prestação de contas.
d) Repassar para a fundação de pesquisa do partido as despesas anuais com salários e aluguéis,
com a promessa de reembolso posterior.
e) Aumentar a previsão de receita, uma vez que está acordado o ingresso de alguns deputados
no partido e, com o aumento da bancada, a receita do Fundo Partidário deve crescer.
COMENTÁRIOS:
a) A Lei 9.096/1995, em seu art. 44, V, dispõe expressamente que parte dos recursos do fundo
partidário deve ser investido na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da
participação política das mulheres, criados e executados pela Secretaria da Mulher ou, a critério da
agremiação, por instituto com personalidade jurídica própria presidido pela Secretária da Mulher,
em nível nacional, conforme percentual que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária,
observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total. Enunciado incorreto.
c) Os recursos do fundo partidário podem ser utilizados na manutenção das sedes e serviços do
partido, permitido o pagamento de pessoal, a qualquer título, observado, do total recebido, os
seguintes limites: a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional; b) 60% (sessenta por cento)
para cada órgão estadual e municipal. A extrapolação desses limites ensejará a desaprovação das
contas partidárias, pois não pode ser considerada uma mera irregularidade. Enunciado incorreto!
e) Nos termos do art. 41-A, II, da Lei 9.096/1995, para efeito de distribuição de recursos do fundo
partidário, proporcionalmente aos votos obtidos na última eleição para a Câmara dos Deputados,
serão desconsideradas as mudanças de filiação partidária em quaisquer hipóteses. Enunciado
incorreto!
Gabarito: “B”.
Pelo menos um em cada quatro deputados federais no Brasil, entre 1986 e 2002, abandonou
o partido responsável por sua eleição para a Câmara dos Deputados. A proporção de deputados
que mudam de legenda, alguns várias vezes na mesma legislatura, tem contribuído para o
reforço de uma imagem negativa do Poder Legislativo brasileiro, relacionada à fragilidade dos
partidos, ao governismo e ao predomínio de ambições particulares.
André Marenco. Migração partidária. In: L. Avritzer e F.Anastasia. Reforma política no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007 (com
adaptações).
Tendo em vista que, desde a publicação do texto apresentado, em 2007, diversas proposições
com a finalidade de regular e coibir a mudança de partido pelos parlamentares converteram-
se em lei, assinale a opção correta à luz do disposto nas Leis n. 9.096/1995 e n. 13.165/2015.
a) Devido ao fato de o partido ser o único prejudicado com a desfiliação de parlamentares, por
diminuição de sua bancada, a mudança de partido dependerá de anuência expressa de sua
direção.
b) A mudança de partido, exceto nos casos previstos em lei, resulta em perda do mandato do
detentor de cargo eletivo no Poder Legislativo.
c) A lei prevê a perda do mandato do detentor de cargo eletivo no Poder Executivo, em caso
de filiação a novo partido, ainda que esse partido seja novo ou resultante da fusão de dois
partidos já existentes.
d) O parlamentar é dono de seu mandato, por receber pessoal e nominalmente os votos a ele
conferidos pelo eleitor, razão por que não há restrições legais à mudança de partido.
COMENTÁRIOS:
a) A Lei 9.095/1995, em seu art. 22-A, afirma que podem ser consideradas como hipóteses de justa
causa, para a desfiliação partidária sem perda do mandato eletivo, as seguintes hipóteses: I –
mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; II – grave discriminação política
pessoal; e III – mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente. Sendo assim, constata-se que nesses casos não é necessária a anuência expressa
da respectiva direção partidária. Enunciado incorreto!
b) Em regra, perderá o mandato o detentor do cargo de deputado ou vereador que se desfiliar, sem
justa causa, do partido pelo qual foi eleito. Enunciado correto!
d) Não é esse o entendimento vigente no âmbito do Supremo Tribunal Federal, que, em virtude da
fidelidade que deve reger a relação partido/filiado, afirma que a desfiliação sem justa causa enseja
a perda do mandato eletivo (cargos de deputado e vereador). Enunciado incorreto!
e) A Lei 9.095/1995, em seu art. 22-A, afirma que podem ser consideradas como hipóteses de justa
causa, para a desfiliação partidária sem perda do mandato eletivo, as seguintes hipóteses: I –
mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; II – grave discriminação política
pessoal; e III – mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente. Enunciado incorreto!
Gabarito: “B”.
O partido Alpha foi incorporado pelo partido Beta. Os votos obtidos pelo partido Alpha na
última eleição geral para a Câmara dos Deputados
d) serão somados aos do partido Beta para efeito do acesso gratuito ao rádio e à televisão.
e) permitirão ao partido Beta a utilização do triplo do tempo que teria de acesso gratuito ao
rádio e à televisão.
COMENTÁRIOS:
A Lei 9.096/1995, em seu art. 29, § 7º, dispõe que “havendo fusão ou incorporação, devem ser
somados exclusivamente os votos dos partidos fundidos ou incorporados obtidos na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados, para efeito da distribuição dos recursos do Fundo Partidário e
do acesso gratuito ao rádio e à televisão”.
Gabarito: “D”.
c) tipo e cor do uniforme que poderá ser utilizado pelos seus membros.
e) critérios de distribuição dos recursos do Fundo Partidário entre os órgãos de nível municipal,
estadual e nacional que compõem o partido.
COMENTÁRIOS:
Eis uma questão fundamentada na “decoreba”, abordando dispositivo que não é muito comum em
provas. Por isso a importante de estudar todo o conteúdo, exceto se o seu tempo estiver
cronometrado.
A Lei 9.096/1995, em seu art. 15, dispõe que o estatuto do partido deve conter, entre outras, normas
sobre:
V – fidelidade e disciplina partidárias, processo para apuração das infrações e aplicação das penalidades, assegurado
amplo direito de defesa;
VII – finanças e contabilidade, estabelecendo, inclusive, normas que os habilitem a apurar as quantias que os seus
candidatos possam despender com a própria eleição, que fixem os limites das contribuições dos filiados e definam as
diversas fontes de receita do partido, além daquelas previstas nesta lei;
VIII – critérios de distribuição dos recursos do Fundo Partidário entre os órgãos de nível municipal, estadual e nacional
que compõem o partido;
Analisando-se o dispositivo legal, constata-se que tipo e cor de uniforme não são itens que
podem constar do estatuto, mesmo porque os partidos estão proibidos de adotar uniforme para os
seus membros (Lei 9.096/1995, art. 6º).
Gabarito: “C”.
a) o filiado que realizar nova filiação a outro partido político deve comunicar a nova filiação ao
partido a que era filiado anteriormente, sob pena de ser considerada nula a nova filiação e
mantida a filiação anterior.
b) o balanço contábil dos órgãos municipais deve ser apresentado semestralmente aos
respectivos Tribunais Regionais Eleitorais dos Estados a que se encontram, para análise e
julgamento.
COMENTÁRIOS:
a) Se o filiado realizar uma nova filiação a partido político, sem comunicar à agremiação anterior,
ensejar-se-á duplicidade de filiações. Nesse caso, dispõe o art. 22, parágrafo único, da Lei
9.096/1995, que “prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o
cancelamento das demais”. Enunciado incorreto!
b) Os órgãos municipais de partidos políticos devem prestar contas ao Juiz Eleitoral e não ao Tribunal
Regional Eleitoral, que se encarrega de analisar as contas dos diretórios estaduais. Por sua vez, as
contas dos diretórios nacionais devem ser prestadas perante o Tribunal Superior Eleitoral.
Enunciado incorreto!
c) Analisando-se o enunciado, da forma que foi elaborado, pode-se concluir indevidamente que a
pessoa física não possui limite legal para realizar doações para candidatos ou partidos políticos, pois
não houve qualquer menção a esse limite. Todavia, destaca-se que a Lei 9.504/1997, em seu art. 23,
§ 1º, afirma que as doações e contribuições ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos rendimentos
brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição. Penso que em virtude da omissão dessa
informação, o enunciado deve ser considerado incorreto!
d) A direção partidária é obrigada a detalhar todos os gastos realizados com recursos do fundo
partidário, pois o art. 44 da Lei 9.096/1995 menciona expressamente os limites e diretrizes que
devem ser observadas. Enunciado incorreto!
e) Para responder às questões de prova, lembre-se de que os partidos políticos estão proibidos de
receber quaisquer doações de pessoas jurídicas, inclusive (e principalmente) de entidades que
integram a Administração Pública. Enunciado correto!
Gabarito: “E”.
COMENTÁRIOS:
a) A natureza jurídica de direito privado é obtida mediante o registro no Cartório de Pessoas Jurídicas
do local de sua sede. Enunciado incorreto!
b) A Lei 9.096/1995, em seu art. 22, dispõe que o cancelamento imediato da filiação partidária
verifica-se nos casos de: I – morte; II – perda dos direitos políticos; III – expulsão; IV – outras formas
previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas
da decisão; e V – filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva
zona eleitoral. Enunciado incorreto!
d) O Tribunal Superior Eleitoral não possui competência para aprovar a estrutura interna,
organização e funcionamento dos partidos políticos (matéria interna corporis), que possuem
autonomia assegurada expressamente no texto constitucional. Enunciado incorreto!
Gabarito: “C”.
À luz do disposto na Lei n.º 9.096/1995 e na Resolução TSE n.º 21.841/2004, julgue os itens a
seguir.
COMENTÁRIOS:
Os partidos políticos não estão obrigados a observar a Lei 8.666/1993 - que versa sobre licitações e
contratos administrativos -, no momento de utilização dos recursos do fundo partidário. Todavia,
precisam prestar contas à Justiça Eleitoral sobre a utilização desses recursos, pois a legislação
eleitoral (Lei 9.096/1995, art. 44) especifica os limites que devem ser observados com cada espécie
de despesa. Enunciado incorreto!
Gabarito: “Errado”.
1. A Constituição Federal, em seu art. 17, § 1º, assim dispõe: "É assegurada aos partidos políticos
autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração
de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar
os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas
de disciplina e fidelidade partidária".
2. Apesar de o texto constitucional fazer referência expressa à autonomia partidária, deve ficar claro
que não se trata de autonomia ilimitada ou absoluta, pois, ao definirem a respectiva estrutura
interna, os partidos políticos precisam sempre observar os limites e condições previstos em lei.
3. A Lei 14.208/2021 alterou a Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995) para instituir as federações
partidárias. Dessa maneira, “dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em federação, que
após sua constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará como se
fosse uma única agremiação partidária” (art. 11-A).
6. A propaganda partidária é gratuita e tem por finalidade divulgar, pelo rádio e pela televisão,
assuntos de interesse das agremiações partidárias. Nos termos do art. 50-A da Lei dos Partidos
Políticos, incluído pela Lei nº 14.291/2022, essa propaganda deve ser realizada entre as 19h30 e as
22h30, em âmbito nacional e estadual, por iniciativa e responsabilidade dos partidos políticos, por
8. Caso você se depare em prova com algum enunciado fazendo referência à verticalização, lembre-
se de que ela não é mais obrigatória. Os partidos políticos não estão obrigados a observar qualquer
tipo de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Em
outras palavras, foi superado o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral que determinava a
verticalização (vinculação de candidaturas) e atualmente as agremiações partidárias são livres para
definir os critérios de escolha e o regime de suas coligações.
9. O art. 17 da CF/1988 dispõe que é livre a criação de partidos políticos, desde que observados os
preceitos estabelecidos no próprio texto constitucional e na legislação eleitoral vigente.
10. Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que a personalidade jurídica dos
partidos políticos, que sempre será de direito privado, é obtida perante o Cartório de Registro das
Pessoas Jurídicas do local de sua sede (e não perante o TSE!). Esse tema é exaustivamente cobrado
em provas, portanto, você não pode se dar ao “luxo” de errar uma questão sobre o assunto!
11. Ainda que o partido político tenha obtido a personalidade jurídica perante o Cartório, somente
poderá participar do processo eleitoral (lançando candidatos, recebendo recursos do fundo
partidário ou realizando propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão) depois de ter o registro
deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
12. Após a aquisição da personalidade jurídica perante o Cartório de Registro Civil das Pessoas
Jurídicas do local de sua sede, inicia-se a fase de comprovação do apoiamento mínimo necessário à
criação do partido. De forma bem objetiva e direta, "apoiamento mínimo" é a quantidade mínima
de assinaturas, que deve ser obtida pela agremiação, de eleitores que sejam favoráveis à criação do
novo partido (que apoiam a ideia). Todavia, só podem ser computadas assinaturas de eleitores que
não sejam filiados a outro partido político.
13. Depois de alcançado o número mínimo de assinatura de eleitores que apoiam a sua criação, os
dirigentes do partido político deverão protocolar o pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral.
14. É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização
da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.
16. Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que a cláusula de barreira não está
mais em vigor, pois foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Sendo assim, para
usufruírem do funcionamento parlamentar os partidos políticos não precisam alcançar nenhuma
quantidade mínima de votos nas eleições.
17. A Lei 9.096/1995, em seu artigo 15-A, é clara ao afirmar que "a responsabilidade, inclusive civil
e trabalhista, cabe exclusivamente ao órgão partidário municipal, estadual ou nacional que tiver
dado causa ao não cumprimento da obrigação, à violação de direito, a dano a outrem ou a qualquer
ato ilícito, excluída a solidariedade de outros órgãos de direção partidária".
18. O artigo 16 da Lei 9.096/1995 dispõe que só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno
gozo de seus direitos políticos. Todavia, tenha muita atenção ao responder às questões de prova! O
Tribunal Superior Eleitoral, em várias oportunidades, decidiu que se o eleitor é apenas inelegível -
cumpriu a pena imposta em condenação criminal, mas o crime cometido está previsto na Lei
Complementar 64/60, por exemplo -, poderá se filiar a partido político normalmente, apesar de não
poder disputar cargo eletivo.
19. A Lei 9.096/1995, em seu artigo 19, dispõe que, deferido internamente o pedido de filiação, o
partido político, por seus órgãos de direção municipais, regionais ou nacional, deverá inserir os
dados do filiado no sistema eletrônico da Justiça Eleitoral, que automaticamente enviará aos juízes
eleitorais, para arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para
efeito de candidatura a cargos eletivos, a relação dos nomes de todos os seus filiados, da qual
constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das seções em que estão inscritos.
20. O art. 9º da Lei 9.504/1997, alterado pela Lei 13.488/2017, dispõe que para concorrer às eleições,
o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses
e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
21. O art. 20 da Lei 9.096/95 afirma que é facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto,
prazos de filiação partidária superiores aos previstos em lei, com vistas a candidatura a cargos
eletivos. Isso significa que o estatuto do Partido X pode estabelecer, por exemplo, que os
interessados em disputar eleições, pela agremiação, se filiem um, dois ou três anos antes da eleição
que desejam disputar.
22. O filiado pode se desligar a qualquer tempo da agremiação, independente do tempo anterior de
filiação. Para tanto, deverá fazer uma comunicação escrita ao órgão de direção municipal e, na
sequência, ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
23. A propósito, destaca-se que a Resolução TSE nº 23.117/2009, em seu art. 13, § 5º, afirma que
pode ser feita “a comunicação apenas ao juiz da zona eleitoral em que inscrito o filiado na hipótese
24. O art. 22 da Lei 9.096/1995 dispõe que o cancelamento imediato da filiação partidária verifica-
se nos casos de: I - morte; II - perda dos direitos políticos; III - expulsão; IV - outras formas previstas
no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas da decisão;
e V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva Zona
Eleitoral.
25. O art. 22 da Lei 9.096/1995, em seu texto original, estabelecia que o eleitor que se filiava a outro
partido tinha que fazer comunicação, à agremiação de origem e ao juiz de sua respectiva Zona
Eleitoral, para cancelar sua filiação. Se não fizesse no dia imediato ao da nova filiação, ficava
configurada dupla filiação, sendo ambas consideradas nulas para todos os efeitos.
26. Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça
Eleitoral determinar o cancelamento das demais.
27. O art. 22-A da Lei 9.096/1995 afirma que perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se
desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
28. Em 27/05/2015, o Supremo Tribunal Federal decidiu que "não se aplica aos cargos do sistema
majoritário de eleição (prefeito, governador, senador e presidente da República) a regra de perda
do mandato em favor do partido, por infidelidade partidária, referente aos cargos do sistema
proporcional (vereadores, deputados estaduais, distritais e federais)".
29. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 17, dispõe que é livre a criação, fusão, incorporação
e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. Ao responder às questões de prova,
tenha atenção para não confundir as expressões "fusão" e "incorporação", pois possuem
significados distintos. Na primeira hipótese, ambos os partidos envolvidos deixam de existir, pois
será criada uma terceira agremiação. Na segunda, o Partido A incorpora os filiados do Partido B, que
deixará de existir.
30. No processo de fusão, o quórum para deliberação é de maioria absoluta. Tenha muita atenção
no momento da prova, pois é comum encontrarmos “pegadinhas” afirmando que o quórum é de
maioria simples ou relativa, por exemplo.
32. A Lei 9.096/1995, em seu art. 29, § 2º, afirma que, observada a legislação civil, caberá ao partido
incorporando (aquele que deixará de existir) deliberar, por maioria absoluta de votos, em seu órgão
nacional de deliberação, sobre a adoção do estatuto e do programa de outra agremiação (partido
incorporador).
33. O art. 28 da Lei 9.096/1995 afirma que o Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de
decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique
provado: I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira; II -
estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros; III - não ter prestado, nos termos desta Lei,
as devidas contas à Justiça Eleitoral; IV - que mantém organização paramilitar.
34. A Lei 9.096/1995, em seu artigo 32, dispõe que " O partido está obrigado a enviar, anualmente,
à Justiça Eleitoral, o balanço contábil do exercício findo, até o dia 30 de junho do ano seguinte.” É o
que, na prática, chamamos de prestação anual de contas partidárias. A legislação a prevê porque,
ainda que não estejamos em ano eleitoral, os partidos políticos podem receber doações e,
consequentemente, gastar esses recursos.
35. As agremiações partidárias sempre prestarão contas para a Justiça Eleitoral, sendo que o órgão
competente para recebê-las irá variar em razão do respectivo nível de organização.
36. A desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que o impeça
de participar do pleito eleitoral. As sanções apenas serão aplicadas no caso de ausência da prestação
de contas.
37. O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem caráter jurisdicional. Sendo assim,
devem ser observados todos os princípios inerentes ao processo, a exemplo do contraditório e
ampla defesa.
38. A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, § 12, dispõe que “erros formais ou materiais que no conjunto
da prestação de contas não comprometam o conhecimento da origem das receitas e a destinação
das despesas não acarretarão a desaprovação das contas”.
40. A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, § 4º, afirma que da decisão que desaprovar total ou
parcialmente a prestação de contas dos órgãos partidários caberá recurso para os Tribunais
Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Superior Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser
recebido com efeito suspensivo.
41. O art. 37. § 13, da Lei 9.096/1995, dispõe que a responsabilização pessoal civil e criminal dos
dirigentes partidários decorrente da desaprovação das contas partidárias e de atos ilícitos atribuídos
ao partido político somente ocorrerá se verificada irregularidade grave e insanável resultante de
conduta dolosa que importe enriquecimento ilícito e lesão ao patrimônio do partido.
42. O simples fato de o partido político ter as suas contas desaprovadas, por si só, não o impede de
participar do processo eleitoral ou de receber recursos do fundo partidário. Por outro lado, caso a
agremiação tenhas as contas julgadas como não prestadas (porque não foram apresentadas à Justiça
Eleitoral), não poderá receber recursos do fundo partidário enquanto perdurar a inadimplência.
43. A Lei 9.096/1995, em seu art. 38, dispõe que o Fundo Especial de Assistência Financeira aos
Partidos Políticos (Fundo Partidário) é constituído por: I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas
nos termos do Código Eleitoral e leis conexas; II - recursos financeiros que lhe forem destinados por
lei, em caráter permanente ou eventual; III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por
intermédio de depósitos bancários diretamente na conta do Fundo Partidário; e IV - dotações
orçamentárias da União em valor nunca inferior, cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31
de dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicados por trinta e cinco centavos
de real, em valores de agosto de 1995.
44. O art. 44 da Lei 9.096/1995 dispõe que os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de pessoal, a qualquer
título, observado, do total recebido, os seguintes limites: a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão
nacional; b) 60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e municipal; II - na propaganda
doutrinária e política; III - no alistamento e campanhas eleitorais; IV - na criação e manutenção de
instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política, sendo esta aplicação de, no
mínimo, vinte por cento do total recebido. V - na criação e manutenção de programas de promoção
e difusão da participação política das mulheres, criados e mantidos pela secretaria da mulher do
respectivo partido político ou, inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de
doutrinação e educação política de que trata o inciso IV, conforme percentual que será fixado pelo
órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total; VI - no
pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres devidos a organismos partidários
internacionais que se destinem ao apoio à pesquisa, ao estudo e à doutrinação política, aos quais
seja o partido político regularmente filiado; VII - no pagamento de despesas com alimentação,
incluindo restaurantes e lanchonetes.
1 - Pagamento de multas eleitorais, decorrentes de infração à Lei das Eleições (orientação fornecida
na resposta da Consulta nº 139.623);