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Atendimento Educacional Especializado
Atendimento Educacional Especializado
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
NATAL/RN
2017
Riviane Soares de Lima Silva
Natal/RN
2017
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
_______________________________________________________________
Profª. Drª. Lúcia de Araújo Ramos Martins – UFRN
Orientadora
_______________________________________________________________
Profª. Drª. Janine Marta Coelho Rodrigues - UFPB
Examinadora externa
_______________________________________________________________
Profª. Drª. Luzia Guacira dos Santos Silva - UFRN
Examinadora interna
_______________________________________________________________
Profª. Drª. Theresinha Guimarães Miranda - UFBA
Examinadora externa suplente
_______________________________________________________________
Profª. Drª. Katiene Symone de Brito Pessoa da Silva - UFRN
Examinadora interna suplente
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela força dada em todos os momentos da minha vida e por seu
amor e zelo para com ela.
Aos meus pais, Gecélia e Roberto, por terem me ensinado o valor dos
estudos, permanecendo comigo nesta trajetória, dando-me acolhimento e amor,
além da compreensão nos diversos momentos de ausência.
Aos meus amados irmãos, Thaysa e Rian, por dividirem comigo a vida,
trazendo mais leveza e sorrisos.
Aos meus tios e avós, por alegrarem minha vida com sua presença e amor.
DA – Deficiência Auditiva
DB- Decibéis
DI – Deficiência Intelectual
DV – Deficiência Visual
FM – Frequência Modulada
IC – Implante Coclear
1 PARA COMEÇAR...
1
Idade Contemporânea, é o período atual da história do mundo ocidental, compreende o espaço de tempo que
vai da Revolução Francesa (1789) aos nossos dias atuais (SO, 2017).
17
2
Disseminado, especialmente, a partir da elaboração e divulgação da Declaração de Salamanca e Linha de Ação
sobre Necessidades Educativas Especiais (1994).
18
De maneira simplificada, o que foi pontuado até o momento pode ser assim
representada na figura abaixo (01):
3
Fonte: Google Imagens (2017)
3
Disponível em: <http://www.inclusive.org.br/arquivos/25747>. Acesso em 01 de maio de 2017.
19
Neste sentido, Ropoli (2010, p. 10) considera que as mudanças também “[...]
fazem parte da vontade política do coletivo da escola, explicitadas no seu Projeto
Político Pedagógico – PPP e vividas a partir de uma gestão democrática”. Em outras
palavras, a educação na perspectiva inclusiva requer novos posicionamentos,
envolvendo mudanças atitudinais e pedagógicas.
Vale lembramos que o caminho até a presente pesquisa foi resultado de uma
série de ações e reflexões empreendidas durante a nossa trajetória acadêmica no
curso de Pedagogia, iniciado no ano de 2011, na Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN).
4
Site do ONEESP: http://www.oneesp.ufscar.br/.
5
Onde o projeto foi empreendido sob a coordenação da Profa. Dra. Lúcia de Araújo Ramos Martins (UFRN)
25
Uma das etapas do projeto era constituída pela realização de grupos focais, a
partir de questões disparadoras6. Podemos definir Grupo Focal (GF) como
6
Questões disparadoras: perguntas provocativas, que fomentam discussão. Ver em:
http://www.oneesp.ufscar.br/instrumento_questoes_disparadoras.
26
de uma aluna que apresentava a Síndrome de McCune Albright7, a partir dos relatos
da Professora da Sala Regular, da Professora Auxiliar e da Professora do
Atendimento Educacional Especializado8.
Na construção dos dados que resultaram no TCC, mais uma vez, ouvimos
exclusivamente as vozes das docentes que lidavam com a referida aluna no espaço
escolar, ficando em nós também o desejo de ouvir o que ela tinha a dizer sobre o
seu processo de escolarização. Mas, devido ao pouco tempo disponível para a
investigação, centramos nosso olhar nos professores.
7
A Síndrome de Mccune Albright é uma rara alteração genética, descrita por James Donovan McCune, em 1936
e, posteriormente, por Albright Fuller, em 1937. Resulta de uma mutação no gene GNAS1, relacionado ao
mosaicismo em estado embrionário (SILVA; MARTINS, 2015).
8
O TCC deu origem a um capítulo de livro: SILVA, Riviane Soares de Lima, MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos. A
inclusão escolar de um aluno com Síndrome de McCune Albright: alguns pontos para reflexão. In: MARTINS,
Lúcia de Araújo Ramos, SILVA, Luzia Guacira dos Santos. Educação Inclusiva: pesquisa, formação e práticas.
João Pessoa/PB: Ideia, 2015. p.189-212.
27
Quadro 02: Trabalhos que enaltecem a voz de alunos e/ou docentes do AEE – CAPES, SCIELO e BDTD (2008 – 2015).
TÍTULO / AUTOR / ANO / TRABALHO SÍNTESE
OLIVEIRA, Ustane Fabíola Cerqueira Oliveira teve como objetivo demonstrar que a pessoa com
de – Universidade Estadual de Feira de
deficiência visual é capaz de expressar o conhecimento
Santana, 2014 – Dissertação adquirido nas diversas disciplinas escolares, usando o
desenho como linguagem, por meio de atividades práticas
Representação gráfica para a pessoa aplicadas na Sala de Recursos Multifuncionais. Os sujeitos
com deficiência visual: limites e da pesquisa foram quatro estudantes cegos, que fazem o
possibilidades de aprendizagem por Atendimento Educacional Especializado.
meio do desenho.
MESERLIAN, Kátia Tavares - O objetivo da pesquisa foi investigar como está ocorrendo o
Universidade Estadual de Londrinaprocesso de inclusão dos alunos surdos em uma Escola
2009 – Dissertação Municipal de Arapongas, que assumiu a responsabilidade
de se constituir em uma escola inclusiva. Para tanto,
Análise do processo de inclusão de participaram da investigação quatro professoras de séries
alunos surdos em uma escola iniciais, quatro professores especialistas na área da surdez
municipal de Arapongas e seus respectivos alunos surdos.
CASTRO, Sabrina Fernandes de; A pesquisa teve como objetivo identificar as ações e
ALMEIDA, Maria Amelia. 2014 – Artigo
iniciativas de universidades públicas brasileiras quanto ao
ingresso e permanência de pessoas com deficiência, a fim
Ingresso e permanência de alunos de verificar as barreiras e os facilitadores encontrados por
com deficiência em universidades esses estudantes no cotidiano do ensino superior.
públicas brasileiras. Participaram da pesquisa 12 coordenadores de Serviço de
Apoio e 30 alunos com deficiência.
(CASTRO, 2014; MESERLIAN, 2009; OLIVEIRA, 2014; PETRÓ, 2014; PLETSCH, 2015)
A leitura do quadro referente aos trabalhos que destacam a voz de alunos e/ou docentes do AEE (02), assim como as
buscas realizadas, demonstraram a carência da presença da fala de professores e alunos do AEE, simultaneamente, em
pesquisas, apesar das produções na área da Educação Especial apresentarem crescimento nos últimos anos, como menciona
Oliveira (2013). Ocorreu, também, o crescimento de produções relativas ao AEE e daquelas que dão voz ao professor
(BERNARDES; CORDEIRO, 2014; VENTURINI; SENNA, 2014).
29
deixava segregada as pessoas com deficiência. De acordo com Fávero (2007), “[...]
na ótica da integração é a pessoa com deficiência que tem de se adaptar à
sociedade, e não necessariamente a sociedade é que deve criar condições para
evitar a exclusão” (p. 37).
inclusão, uma vez que o objetivo é incluir, sem distinção, todas as crianças,
independentemente de suas habilidades” (ENUMO, 2005, p. 336).
A escola inclusiva deve ter uma nova visão do aluno, de quem ele é, e ser
nova escola, rompendo com o fazer antigo, dando lugar ao novo. Envolve uma nova
concepção sobre ensinar e aprender para incluir a todos os alunos.
No que diz respeito aos fatores relativos à escola, este documento ainda
dispõe que uma rede contínua de apoio deve ser providenciada para as crianças
com necessidades educacionais especiais, oferecendo desde a ajuda mínima na
classe comum, até programas de apoio à aprendizagem dentro da escola regular
(ibidem).
De acordo com o artigo 58, inciso 2º, “O atendimento educacional9 será feito
em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das
condições específicas dos alunos, não for possível a sua Integração nas classes
comuns de ensino regular” (art. 58, § 2º). Isso quer dizer que, quando houver
necessidade de complementar e/ou suplementar a aprendizagem, de fazer uso de
materiais e recursos específicos, os alunos público-alvo da Educação Especial
poderão ter acesso à oferta do AEE, mas sem deixar de frequentar a sala regular,
pois esse serviço não é substitutivo a escolarização comum.
9
“Atendimento especializado” e “serviços de apoio especializado” são usados como termos equivalente a
Atendimento Educacional Especializado.
36
De acordo com este documento, para que a inclusão escolar seja vivenciada,
10
Lei Nº 12.764 de 2012 - Art. 1, § 2º: A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com
deficiência, para todos os efeitos legais.
40
11
Atribuição do professor de Atendimento Educacional Especializado - “d”, mencionada acima.
43
leve/moderado/severo, entre outras, que hoje são tidas como maneiras inadequadas
e, muitas vezes, até pejorativas de se referir a tais pessoas. Atualmente, usa-se o
termo deficiência intelectual, de acordo com a Declaração de Montreal, publicada em
2004 (MARTINS, 2011).
12
Como, por muito tempo, foi denominada a pessoa com deficiência intelectual.
44
As pessoas com DI, por sua vez, possuem características diversas, assim
como os demais indivíduos. O seu comportamento pessoal e social depende do
contexto a qual cada uma foi submetida, assim como da estimulação recebida.
Todavia, há características gerais que podem ajudar a identificar a deficiência
intelectual: problemas cognitivos, problemas com o comportamento adaptativo e
necessidades de apoio para independência. Entre os apoios que se fazem
necessários está a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Em outras palavras, o AEE deve propiciar aos alunos com DI condições para
abandonar ações mecânicas e exercitar sua atividade cognitiva – regulações
automáticas e ativas, respectivamente, descritas por Piaget – através de ações que
visem a superação de seus limites intelectuais. O atendimento deve propiciar que o
aluno saia da condição de “não saber” para se apropriar de um conhecimento que
ele sabe que tem, que foi capaz de construir (FÁVERO; PANTOJA; MANTOAN,
2007).
A surdez consiste na perda da percepção dos sons, seja ela parcial ou total.
O grau da perda auditiva, medida em decibéis (dB), classifica a surdez em níveis de
acordo com a sensibilidade auditiva do indivíduo (perda leve, moderada e
severa/profunda). A perda auditiva pode acontecer nos dois ouvidos ou apenas em
um.
um bebê que nasce surdo balbucia como um de audição normal, mas suas
emissões começam a desaparecer à medida que não tem acesso à
estimulação auditiva externa, fator de máxima importância para a aquisição
da linguagem oral (BRASIL, 2006, p. 20).
13
Utilizaremos os termos “surdo” e “surdez” para nomear as pessoas com perda auditiva. Durante as citações,
porém, respeitaremos a terminologia utilizada pelos autores.
47
14
No ambiente bilíngue faz-se o uso da Língua de Sinais e da Língua Portuguesa
48
pessoas com surdez. Este trabalho é realizado todos os dias para os alunos
com surdez, à parte das aulas da turma comum, por uma professora de
Língua Portuguesa, graduada nesta área, preferencialmente. O atendimento
deve ser planejado a partir do diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a
respeito da Língua Portuguesa (BRASIL, 2007).
Dentro desse contexto de ações previstas no AEE para pessoas com surdez,
é válido sobressair que
O Decreto nº. 5.626/2005, também institui que a pessoa surda é “[...] aquela
que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de
experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua
Brasileira de Sinais – Libras”.
49
[...] métodos qualitativos podem ser usados para obter detalhes intricados
sobre fenômenos como sentimentos, processos de pensamento e emoções
que são difíceis de extrair ou de descobrir por meio de métodos de pesquisa
mais convencionais.
Yin (2005, p. 19), por sua vez, destaca que o Estudo de Caso representa uma
O Estudo de Caso trata de uma situação específica que busca evidenciar sua
unidade e identidade própria, como afirma Tull e Hawkins (1976), refere-se a uma
análise intensa de uma situação particular.
De acordo com Yin (2005), a análise de dados consiste, entre outras funções,
em combinar as evidências, tendo em vista as proposições iniciais do estudo. Para
tanto, os áudios das entrevistas foram transcritos e armazenados, de maneira
individual. As observações tiveram suas anotações retomadas, para, posteriormente,
aliá-las com os dados das entrevistas, e os respaldos teóricos.
Professor
o Formação.
o Funcionamento do Atendimento Educacional Especializado.
o Atendimento Educacional Especializado para desenvolvimento dos
alunos Bia, Ythalo e Gabriel.
Alunos
o O Atendimento Educacional Especializado na visão de Bia.
o O Atendimento Educacional Especializado na visão de Ythalo.
o O Atendimento Educacional Especializado na visão de Gabriel.
3.4.1 A ESCOLA
15
O site do MEC indica que o município possui uma quantidade de SRM diferente da informada – 49
salas, em consulta realizada em ago. de 2017. Disponível em: http://painel.mec.gov.br.
16
Fonte: Arquivo da pesquisadora (2016).
60
sujeitos, mesmo já havendo dado início à pesquisa anteriormente. Devido a uma das
dificuldades encontradas, foi necessário adicionar mais um ponto em nossos
critérios:
Após a procura de uma escola que atendesse aos nossos critérios, assim
como o Atendimento Educacional Especializado, chegamos à Escola Municipal da
Aprendizagem17. A escola fica localizada no centro da cidade de Parnamirim/RN, faz
parte da rede municipal e possui prédio próprio. Funciona nos turnos matutino,
vespertino e noturno, atendendo a alunos do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e
da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
17
Com o objetivo de preservar a identidade da escola e dos sujeitos participantes da pesquisa, utilizaremos
nomes fictícios.
61
1 Coordenação
1 Quadra poliesportiva
1 Auditório de eventos
1 Biblioteca/sala de leitura
1 Sala de Recursos Multifuncionais
1 Laboratório de informática
1 Plataforma de acessibilidade
Fonte: Arquivo da pesquisadora (2016)
18
O piso tátil de alerta é popularmente conhecido como o piso de bolinha. Sua função é alertar, por isso é
instalado no início e termino de escadas, rampas de acesso e próximo à beira de calçadas, por exemplo. Já o
piso tátil direcional tem como função direcionar e orientar o trajeto.
62
Verificamos que o piso tátil que circula toda escola está bastante deteriorado
(figura 03), faltando partes em pequenos e longos trajetos, deixando, assim, de
exercer sua função de contribuir para orientar as pessoas com deficiência visual e
de baixa visão, o que consiste na perda da segurança e autonomia destas pessoas.
63
Ele tem dezoito anos. Ele tem uma síndrome que esqueci o nome agora. Do
ano passado até o momento é que ele está ereto, ele não andava, agora
caminha com ajuda da mãe, mas ele sobe as escadas (MICHELE, 2016).
seu desenvolvimento global, dentro e fora da mesma. Vale salientarmos que a Sala
de Recursos Multifuncionais, a sala de leitura e algumas salas de aula encontram-se
no primeiro andar, sendo necessário que o aluno subisse as escadas para chegar a
tais ambientes.
19
Braille é o sistema de leitura para cegos baseado em 64 símbolos em relevo, resultantes da combinação de
até seis pontos.
68
Fomos bem recebidas pela professora, que se mostrou sempre solícita aos
nossos questionamentos. Concordou em participar da pesquisa, permitindo-nos
conhecer o desenvolvimento do seu trabalho e selecionar os demais sujeitos da
pesquisa: os alunos do AEE. Também nos apresentou os registros dos alunos e os
materiais que a sala possuia.
20
Para melhor compreensão quando for necessária uma retomada rápida para esclarecimento no texto
21
Refere-se a uma das escolas que é filiada à escola polo da pesquisa.
22
Nome fictício, assim como os dos demais sujeitos, para garantir o anonimato dos mesmos.
69
espaço e possuir um bom vínculo afetivo com a professora. Sua frequência ao AEE
era satisfatória, faltando apenas em situações especiais, por exemplo, quando ia
para consultas médicas. Era sempre acompanhada pela genitora, a qual, segundo a
professora, era dedicada às necessidades da filha, sempre buscando ajudar e tirar
dúvidas quanto à escolarização e inclusão, de forma geral.
23
Microcefalia – é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada.
Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que
podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso.
Disponível em: < http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/links-de-interesse/1225-zika/21854-a-
microcefalia-pode-levar-a-obito-ou-deixar-sequelas> . Acesso em: 29 jul 2017.
24
Atrofia cerebral é uma situação em que o cérebro sofre uma redução de seu volume devido à morte parcial
de suas células, os neurônios, afetando suas capacidades para realizar as atividades diárias de aprendizagem e
de memória. Os seus sintomas da dependem da área do cérebro afetada. Disponível em:
<https://medicoresponde.com.br/o-que-e-atrofia-cerebral/>. Acesso em: 29 jul. 2017.
71
A presença de dores frequentes fazia com que Ythalo, por vezes, faltesse às
aulas na escola regular e também ao Atendimento Educacional Especializado, pois o
uso de medicamentos para combater essas dores o deixava sonolento, prejudicando
sua qualidade de vida, tanto no ambiente escolar, como fora dele. Embora não
tenhamos a intenção de detalhar aspectos relativos à sua situação de saúde,
organizamos um esquema visual (figura 06), detalhado a seguir, para melhor
compreensão do que foi dito a respeito desta particularidade do aluno.
Para Ythalo, assim como para Bia, o AEE tinha como principal objetivo a
alfabetização das diferentes linguagens, além do próprio reconhecimento -
autoestima. O aluno, durante a entrevista, pontuou suas aprendizagens quanto à
72
condição dos pais – surdos ou ouvintes – pelo grau de perda auditiva da criança,
dentre outros fatores (FARRELL, 2008).
25
Sistema de Frequência Modulada Pessoal (FM)
74
26
Fonte: Google imagens (2017)
26
Site:
https://www.google.com.br/search?q=sistema+fm&client=opera&hs=06K&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved
=0ahUKEwjTgYO1zc_TAhWBGZAKHcswBecQ_AUICigB&biw=1366&bih=659
75
27
Com exceção de Gabriel, devido a outras atividades médicas. Este aluno frequenta o AEE apenas uma vez na
semana.
76
4.1 PROFESSOR
4.1.1 FORMAÇÃO
Todavia, não basta que o professor seja licenciado, é necessário que ele
também possua uma formação continuada específica para a Educação Especial,
como estabelece o art. 12 da Resolução CNE/CEB nº 4/2009 e a PNEE-PEI (2008).
Nesse sentido, concordamos com o autor quando este afirma que a atuação
do professor, que é psicopedagogo e tem formação na Educação Especial, é algo
muito relevante, pois favorece a sua atuação em um contexto multidisciplinar.
Ainda de acordo com a autora, uma boa formação inicial não é motivo para
descartar uma formação continuada, principalmente para os profissionais que já
atuam há algum tempo, uma vez o avanço dos conhecimentos e tecnologias
demandam aperfeiçoamento contínuo.
Chimentão (2009, p. 9) ainda pontua que “[...] para que realmente a formação
continuada atinja ao seu objetivo, precisa ser significativa para o professor”, sendo
importante que este a busque, sinta desejo em adquirir novos conhecimentos,
reconheça o elo entre a teoria e a prática, elevando seu interesse em participar
destes momentos formativos.
- A gente tem a consciência de que a gente nunca está pronta, nunca está
acabado, né? Então, eu sei que eu preciso adquirir ainda algumas
habilidades para favorecer e melhorar, mas eu me empenho, gosto, faço
leituras, estou sempre buscando, mas realmente, ainda não estou pronta
(MICHELE, 2016).
Dentro das habilidades que Michele ainda não havia adquirido, estavam a
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e o Sistema Braille. O não domínio desses
82
28
É importante destacar que Thayla não acompanha Gabriel, devido o mesmo, e sua família, não desejar
realizar a aprendizagem da LIBRAS.
83
Uma das estratégias utilizadas pela docente, que pudemos acompanhar, foi o
desenvolvimento de um projeto pedagógico denominado “supermercado”. O referido
projeto consistia na organização de produtos de uso convencional, dispostos em
prateleiras na SRM, em embalagens vazias, possibilitando que o professor
desenvolvesse o trabalho pedagógico a partir de situações vivenciadas no cotidiano
dos educandos, como a ida ao supermercado e o manuseio de produtos aos quais
estão habituados.
29
- Não existe, sentimos falta disso . Apesar de todo dia ter algum professor
em planejamento, não coincide. O meu dia de planejamento é na segunda
feira e, às vezes, nesse dia, tenho encontro na Secretaria de Educação,
então, não venho aqui na escola. Tem dias que não falta nenhum aluno, o
horário é completo. Diante disso, é que minha conversa com o professor se
dificulta [...] (MICHELE, 2016).
[...] Nós temos muito a aprender no processo de inclusão, mas muito mais
pelas questões humanas. A questão da sensibilidade, do ato de acolher...
eu acredito que quando a gente amadurecer para isso vai melhorar, porque
o processo de inclusão não é feito só pela professora da Sala de Recursos
Multifuncionais, mas é engraçado que as pessoas acham o contrário e não
é dessa forma. Mas até que todos nós tenhamos essa clareza, precisamos
nos ajustar (MICHELE, 2016).
Em relação aos responsáveis pelo aluno, Michele relatou que era mais fácil
manter uma relação com aqueles que acompanhavam os filhos para o atendimento,
pois conseguia dialogar sobre assuntos pertinentes ao atendimento realizado e
avançar no desenvolvimento dos educandos.
31
Os responsáveis aguardavam fora da Sala de Recursos Multifuncionais o término do atendimento.
Adentravam apenas quando o mesmo era finalizado.
90
32
Não temos a informação se esta foi uma ação em todas as escolas do município ou apenas na escola de
nossa investigação.
33
Conforme já destacamos.
92
necessário compreender que o professor, que hoje não atende a um educando com
deficiência, pode amanhã receber tal aluno em sua sala de aula.
Lembramos, ainda, que não participamos desse momento, pois fugia aos
objetivos propostos inicialmente para a nossa pesquisa, embora reconheçamos seu
valor. As informações aqui situadas foram fornecidas por Michele, durante uma das
entrevistas que empreendemos.
34
Durante o ano letivo de 2017, mensalmente.
93
Outro ponto abordado pela docente foi em relação à impressora, que também
estava presente na sala, todavia, não funcionava. Este equipamento está previsto no
Manual de Orientação do Programa de Implantação de Sala de Recursos
Multifuncionais (2010), sendo um item necessário ao funcionamento do serviço.
De forma geral, a respeito do que foi pontuado, “[...] é possível perceber que
existe uma dificuldade para a instalação e manutenção dos equipamentos fornecidos
pelo MEC” (GALVÃO, MIRANDA, 2015, p. 209), constituindo-se em uma barreira
para a realização do Atendimento Educacional Especializado.
Para fazer uso das funções desse equipamento, a professora tinha que se
deslocar até a secretaria da escola. Dessa maneira, a flexibilidade em seu
planejamento quanto à utilização desse recurso ficava comprometida, já que a
docente possuia horários completos de atendimentos e o deslocamento até o local
para impressão, durante o atendimento, resultava em redução do tempo de serviço
destinado ao atendimento do aluno.
pedagógicos e equipamentos nas SRM, corroborando com o que foi exposto pela
docente.
Tem pouco material – por incrível que pareça, temos uma gama grande de
material, mas são muitos jogos voltados para surdos, para cegos,
entendeu? Claro que esse material serve: o material dourado, o ábaco, tudo
isso me serve bastante, mas eu gostaria de ter outros tipos de jogos, outras
coisas que possam favorecer [o atendimento a outros alunos](MICHELE,
2016).
[...] não condiz mais com a realidade do aluno – porque quando a gente vai
trabalhando com o aluno a gente vai percebendo as necessidades e pensa:
“ah, se eu tivesse isso. Ah, se eu tivesse aquilo”. É lógico que eu
compreendo que a gente jamais vai ter tudo, por isso vamos adaptando,
como uma coisinha dessa “baratinha” (se referindo a dinheiro de papel)
(MICHELE, 2016).
Para tanto, Michele criava materiais alternativos para atender cada educando
dentro de sua especificidade. Pudemos observar o uso de dois materiais criados,
durante os atendimentos: notas de dinheiro e, posteriormente, a montagem do
“supermercado” com materiais reciclados35.
35
Detalharemos no ponto 4.1.3 como foram utilizados com os educandos sujeitos da pesquisa.
96
Destacamos, ainda, que outra barreira - não mencionada por Michele, mas
percebida por nós - se configurava na família, que, para Chacon (2008), pode tanto
se caracterizar como uma rede de apoio, quanto uma rede impeditiva na
concretização do processo educativo. A família se constitui num limite no momento
em que não contribui com o avanço dos filhos, garantindo a frequência ao AEE.
Michele nos revela:
[...] então ela (instrutora de LIBRAS) veio aqui para a sala do AEE, pegamos
uma cópia de cada prova na coordenação - os professores sabiam disso-,
sentamos e, de acordo com os conteúdos que estavam expostos naquela
avaliação e o que a intérprete trabalhou, foi feita uma adequação.
A singularidade nos avanços de cada aluno “[...] nos leva a entender que a
diversidade admite que os indivíduos aprendem de forma diferente e em diferentes
tempos, ritmos e situações” (PIRES, 2008, p. 200). Assim sendo, não é possível
medir as aprendizagens através de instrumentos padronizados, mas, sim, verificar
os avanços que o aluno apresenta, observando como estava no início e como está
no estágio do processo educativo em que se encontra.
Embora a parte referente à inclusão escolar não tenha sido acessada por nós,
consideramos – a partir da postura evidenciada pela coordenadora pedagógica –
que a Escola Municipal da Aprendizagem fará com que seja parte constituinte do
PPP, apresentando propostas metodológicas, de avaliação e currículo com vistas a
uma escola que atenda às necessidades educativas de todos os alunos (PIRES,
2008), possibilitando aos alunos da Educação Especial o acesso ao ensino regular
36
As Atividades da Vida Autônoma (AVA) estão relacionadas a prática de tarefas diárias importantes para
promoção da independência e autonomia de cada indivíduo, a exemplo, as atividades que envolvem higiene e
vesturário. Disponível em:
http://www.olhosdaalma.com.br/pagina.php?idpagina=40&idtema=2&idcategoria=2. Acesso em 29 de julho
de 2017.
100
[...] eu percebo que eles não têm esse olhar, mas, eles buscam muito (em
outra perspectiva), por que o que eles querem? Eles querem saber qual o
defeito que o menino tem, qual o problema que o menino tem, nessa lógica
"e aí, o que eu posso fazer?". Eles me procuram mais nessa conotação.
37
A matrícula antecipada é destinada às pessoas com deficiência. Acontece no segundo semestre do ano
anterior ao que o aluno pretende estudar, com o objetivo de a Secretaria de Educação, junto a escola, ser
detentora de um tempo para preparar-se para o acolhimento desses alunos.
102
[...] professor eficiente é aquele que observa seus alunos, percebendo suas
dificuldades, potencialidades, e desenvolve práticas que visam, ao máximo,
ao desenvolvimento de cada um e de todos, utiliza métodos diferenciados
de ensino e de avaliação, respeitando as limitações de cada um, buscando
formas cooperativas e colaborativas que propiciem a integração do conjunto
de seus alunos.
Nesse sentido, com a atividade proposta por Michele para a Bia, além de
exercitar a leitura e a comunicação oral, o processo de interação e a aquisição de
vocabulário também foram evidenciados. Durante todo o atendimento, a professora
do AEE se manteve atenta e dedicada à oferta do serviço a aluna, interagindo e
intervindo sempre que se fazia necessário.
104
38
É importante que a docente estendesse o projeto do supermercado aos professores da sala regular, já que é
um tema comum no cotidiano dos alunos. A execução propiciaria resultados, perpassando por todas as áreas
de conhecimento, além de que firmaria um vínculo maior entre esses profissionais. As aulas com os
professores da sala regular poderiam, inclusive, acontecer no espaço da Sala de Recursos Multifuncionais.
39
Aprendizagem significativa é aquela em que ideias expressas simbolicamente interagem com aquilo que o
aprendiz já sabe (MOREIRA, 2010).
107
É preciso lembrar que mesmo que o professor planeje sua aula corretamente,
com vistas ao melhor aproveitamento do tempo e ao desenvolvimento do aluno, esta
pode não ser desenvolvida rigorosamente como planejada. Isto não significa que a
aula não contribuiu com aprendizagens, tanto para o professor, como para o aluno.
Nas palavras de Freire (2002, p. 25), “[...] quem ensina aprende ao ensinar e quem
aprende ensina ao aprender”.
40
Não observamos a professora Michele realizar os registros dos atendimentos no dias de nossas observações.
111
4.2 ALUNOS
Nesse sentido, Bia nos contou, com alegria, sobre as aprendizagens que já
adquiriu na Sala de Recursos Multifuncionais: “Eu já aprendi a ler [...] Já faço o
alfabeto”. Como já relatamos anteriormente41, durante a nossa observação,
acompanhamos a aluna realizando a leitura de um livro de adivinhas. Sua leitura
pausada nos revelou que a aquisição dessa habilidade ainda estava sendo
construída. Quanto à aprendizagem do alfabeto, não pudemos observar uma
atividade que nos comprovasse isto, todavia, a professora Michele já havia nos
pontuado sobre a aquisição dessa aprendizagem. Pudemos verificar, também, a
escrita de seu nome, tão importante para a construção da identidade da aluna.
Bia também nos contou que trazia as atividades da sala regular, para que
Michele a ajudasse, quando apresentava dificuldades em realizar. Em suas
41
Mas sem a intenção de nos tornarmos redundantes.
113
palavras: “Às vezes eu não consigo fazer minhas atividades, aí eu trago para cá
[SRM]” (BIA, 2016). Descreveu que a docente do AEE lhe ajudava nessa realização
com explicações e, em seguida, Bia ia respondendo o que estava sendo solicitado.
Revelou ainda que, embora entendesse as explicações de Michele, “às vezes, sim, e
às vezes não” conseguia realizar as atividades.
tradicional lápis e papel, sugerindo, por exemplo, a leitura de um texto e/ou a escrita
de palavras. Entendemos que diversas são as possibilidades no tocante à sua
utilização. Além disso, estaria cumprindo com o que preconiza o artigo 13, parágrafo
VII da CNE/CEB, 04/2009 – “[...] ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a
ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação”.
Vale salientar que outros recursos também são usados durante o atendimento
de Bia, como livros, revistas, diversos tipos de coleções, folhas em branco, entre
outros, que não foram citados por ela, mas que pudemos observar e que, também,
foram destacados pela professora Michele.
Considerando a relação que o AEE deve ter com a sala regular, de acordo
com a PNEE-PEI (2008) e com a Resolução CNE/CEB 04/2009, realizamos alguns
questionamentos sobre esta e os professores que nela atuam. Perguntamos a
Ythalo se os professores da sala regular ensinavam da mesma maneira que a
professora Michele, o qual respondeu que os professores responsáveis pelas
disciplinas de Matemática e Ciências o ajudavam, explicando.
Podemos inferir dois aspectos sobre essa situação: o primeiro é que, pelo fato
de Ythalo ter uma auxiliar, os professores não se sentiam responsáveis por ele, pois
inferiam que a mesma dava conta das necessidades do aluno, o que é errôneo, pois
o papel da auxiliar não é o de única educadora, sem mencionar que o responsável
pelo aluno é, ainda, o professor da sala regular. O segundo aspecto se deve ao fato
de Ythalo não se sentir incluído em sala, por esse motivo, não desejar permanecer
nela. Havia, então, necessidade de existir um olhar da escola sobre os sinais que o
aluno vinha demonstrando, buscando entendê-lo e atender às suas necessidades.
119
Através da fala do aluno, inferimos que o apreço pelo espaço da SRM indicou
que a sala regular possuia espaço físico pequeno ou, ainda, que possuia uma
grande quantidade de alunos, o que lhe fornecia a sensação de ter um espaço
reduzido. Durante nossa entrevista, também percebemos que, assim como Bia,
Gabriel possuia afeto por Michele, o que refletia o seu apreço em ir para o serviço do
AEE, mesmo que tivesse outras atividades para realizar nesse período.
120
Quando perguntamos a Gabriel o que ele mais gostava de fazer na SRM, ele
nos revelou que gostava de “[...] sentar nessa cadeira [na qual estava e realizava os
atendimentos], estudar e aprender as coisas que eu não sei”. Através dessa fala,
percebemos que o próprio educando reconhecia a necessidade de novas
aprendizagens e indicou as que já realizou no AEE, como as operações de adição e
subtração, necessárias para a construção de conhecimentos matemáticos em sua
turma regular, do 6º ano do Ensino Fundamental II.
Com esse relato, Gabriel revelou que não se sentia incluído na sala de aula
regular, pois as suas necessidades não estavam sendo atendidas. Por que os outros
aprendiam e ele não? Se a educação inclusiva é para todos, entendemos que algo
errado estava ocorrendo. Posteriormente à entrevista com Gabriel, tivemos a
oportunidade de conversar com Michele sobre essa situação. A docente nos contou
que, no início do ano letivo de 2016 havia entrado em contato com a responsável
pelo educando para que o mesmo frequentasse o AEE, mas o serviço foi rejeitado
pela mesma, alegando que Gabriel não necessitava do referido atendimento. Como
é um serviço que complementa ou suplementa a escolarização do aluno, não é
obrigatório, conforme a PNEE-PEI (2008), ficando a critério do aluno e dos seus
responsáveis a decisão de participar ou não do mesmo.
mas, sim, da situação que foi estabelecida. Concordamos com a docente, pois
consideramos “[...] que a deficiência não está na pessoa, mas na situação cultural
em que ela se imbrica” (MELO et al, 2014, p. 90).
Requer, ainda, uma reflexão para o fato de que não apenas os alunos com
deficiência apresentam dificuldades na sala regular, mas, também, outros
educandos que, por exemplo, ainda não adquiriram as competências de leitura e
escrita, nem para a realização de operações matemáticas, para a construção de
conhecimentos relativos às Ciências Naturais, Geografia, entre outras áreas, sendo
necessário, então, que os professores busquem diferentes alternativas pedagógicas
para que todos aprendam.
Destacamos, mais uma vez, a importância de dar voz àqueles que constituem
a clientela do AEE e aos docentes da SRM, pois eles podem nos ajudar a refletir
sobre as barreiras ainda existentes na realidade escolar e também sobre as
possibilidades que tal serviço vem oferecendo aos educandos. Lembramos que a
educação inclusiva se constitui num processo longo e contínuo, exigindo um
repensar constante de percepções e práticas empreendidas na escola.
129
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