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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


FACULDADE DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA AMÉRICA CONTEMPORÂNEA
DISCENTE: STEFFANY DOS SANTOS FLORES

Resumo comentado referente ao texto “A pesquisa sobre Identidade e Cidadania nos


EUA: da Nova História Social à Nova História Cultural” da aula “Identidades”

Com base na leitura do artigo de Barbara Weinstein intitulado “A pesquisa sobre


Identidade e Cidadania nos EUA: da Nova História Social à Nova História Cultural” esta
análise tem como objetivo resumir as ideias centrais discutidas ao longo do texto, buscando
destacar quais os aspectos das novas tendências da historiografia norte-americana acerca da
cidadania e da identidade que a autora evidencia em sua argumentação.
O primeiro passo para a compreensão dessas novas tendências, é entender como a
historiografia era produzida pelos historiadores sociais nos anos 70 e no início dos anos 80,
pois Weinstein afirma que as tendências atuais, da nova história cultural, “[...] representam
desdobramentos das preocupações anteriores” (Weinstein, 1998, p.1) referindo-se ao que era
produzido pela nova história social. Com isso, categorias de classe, gênero ou raça e a ênfase
na “experiência” (sem problematização) aparecem nos trabalhos de nova história social,
porém sem qualquer noção de assimilação, o que para a autora, geram uma corrente
essencialista que destacava e festejava a diferença (Weinstein, 1998, p.8). Essas questões são
expostas a partir das referências da autora a alguns debates estabelecidos entre os
historiadores sociais e historiadores culturais que indicam certas rupturas entre essas
orientações.
Dessa forma, os trabalhos de história cultural, e os novos conceitos de identidade,
buscam encontrar uma saída para essas divisões. Logo, os que estudam sobre mulheres, não
devem apenas se preocupar com a categoria gênero, mas também com as categorias de classe,
raça e orientação sexual. Contudo, Weinstein ressalta que não basta apenas incluir negros
junto com brancos, mulheres junto com homens, ou a comunidade LGBT+ com
heterosexuais, faz-se necessário a desconstrução das “categorias mestras” – formadas pelas
contruções de brancura e masculinidade – pois essas formariam a base da cidadania.
Por fim, a autora ressalta que o principal problema na questão da identidade e
cidadania “não é o falso essencialismo dos grupos marginais, mas o falso e opressivo
essencialismo dos grupos dominantes” (Weinstein, 1998, p.9). Com isso, a historiografia dos
anos 90 passou a reintroduzir a noção de cidadania, mas com o objetivo de “questionar e
desconstruir todos os elementos que constituem este conceito” (Weinstein, 1998, p.10).

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