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LEI Nº 7655, DE 01 DE JULHO DE 2004.

DISPÕE SOBRE O PLANO DE CARREIRAS E SALÁRIOS DA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE

A Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes:


CAPÍTULO I - DO PLANO DE CARREIRA E SALÁRIOS
Art. 1º O Plano de Carreiras e Salários da Fundação Municipal da Infância e da Juventude tem como objetivos:
I - atrair e manter os melhores profissionais nos quadros da Fundação;
II - indicar perspectivas de crescimento funcional capazes de estimular o desenvolvimento contínuo do empregado;
III - estabelecer uma hierarquia salarial justa e racional de forma a manter uma política de remuneração que
promova harmonia interna e seja compatível com o mercado de trabalho das organizações similares à Fundação.
Art. 2º O Plano de Carreiras e Salários da Fundação Municipal da Infância e da Juventude obedecerá ao regime da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

CAPÍTULO II - DA COMPOSIÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL


Art. 3º O Plano de Carreiras e Salários da Fundação estruturar-se-á em um quadro de pessoal composto de duas
partes:
I - Permanente, da qual fazem parte os empregos de preenchimento efetivo e em comissão, indispensáveis ao
perfeito funcionamento da Fundação;
II - suplementar, com os empregos que se extinguirão à medida que vagarem;
Art. 5º Os empregos efetivos de que trata o Anexo I desta Lei integram os seguintes grupos ocupacionais:
I - Nível Superior - NS;
II - Nível Intermediário - NI;
III - Nível Elementar - NE.

CAPÍTULO III - DOS CONCEITOS ADOTADOS NESTA LEI


Art. 7º Para os efeitos desta Lei são adotados os seguintes conceitos:
I - Fundação - pessoa jurídica de direito público;
II - Empregado público - pessoa física legalmente admitida em emprego público de provimento efetivo ou em
comissão;
III - Emprego público - é núcleo de encargos de trabalho permanente a ser preenchido por agentes contratados para
desempenhá-lo sob relação trabalhista, criados por lei, com denominação própria, número certo e salário especifico
a ser pago pelos cofres públicos;
IV - Quadro de pessoal - conjunto de empregos de provimento efetivo, de carreira e isolados, ou em comissão,
existentes na Fundação;
V - Classe - é o agrupamento de empregos com mesma natureza funcional, grau de responsabilidade, denominação,
nível salarial, substancialmente idênticos quanto aos graus de dificuldade e de responsabilidade para o seu exercício;
VI - Grupo ocupacional - conjunto de empregos com afinidade entre si quanto à natureza do trabalho ou ao grau de
conhecimento exigido para seu desempenho;
VII - Carreira é a série de empregos do mesmo grupo ocupacional, semelhantes quanto à natureza do trabalho e
hierarquizados segundo o grau de complexidade de suas atribuições;
VIII - Emprego isolado - é a classe de empregos que não constitui carreira;
IX - Nível - é o símbolo atribuído ao conjunto de empregos equivalentes quanto ao grau de dificuldade,
responsabilidade ou escolaridade, visando determinar a faixa salarial a eles correspondente;
X - Faixa salarial - é a escala de padrões salariais atribuídos a um determinado nível;
XI - Padrão salarial - é a letra que identifica o salário atribuído ao empregado dentro da faixa salarial, atribuído ao
emprego que ocupa.
XII - Interstício - lapso de tempo estabelecido como o mínimo necessário para que o empregado se habilite à
progressão ou à promoção;
XIII - Progressão - passagem do empregado de seu padrão salarial para outro imediatamente superior, dentro da
faixa salarial da classe a que pertence, observadas as normas estabelecidas nesta Lei;
XIV - Promoção - passagem do empregado para a classe imediatamente superior àquela que pertence, dentro da
mesma carreira, observadas as normas estabelecidas nesta Lei;
XV - Emprego de provimento em comissão - emprego de confiança de livre admissão e dispensa, destinado apenas
às atribuições de chefia, direção e assessoramento, a ser preenchido por empregados de carreira, no percentual
estabelecido nesta Lei.

CAPÍTULO IV - DA ADMISSÃO
Art. 8º Os empregos classificam-se em empregos de preenchimento efetivo e em comissão.
Parágrafo Único - Os empregos em comissão serão preenchidos por empregados de carreira no percentual mínimo
de 20% (vinte por cento).
Art. 9º Os empregos efetivos, constantes do Anexo I desta Lei, serão preenchidos:
I - pelo enquadramento dos atuais empregados, conforme as normas estabelecidas nesta Lei;
II - por admissão, precedida de concurso público, nos termos do artigo 37 da Constituição da República, tratando-se
de emprego de carreira;
III - pelas demais formas previstas em lei.
Art. 10 Para admissão nos empregos efetivos, serão rigorosamente observados os requisitos básicos e específicos
para a classe inicial, sob pena de ser declarado o ato nulo de pleno direito, não gerando obrigação de espécie alguma
para a Fundação ou qualquer direito para o beneficiário, além de acarretar responsabilidade para quem lhe der
causa:
§ 1º Para ser admitido no Quadro de Pessoal da Fundação o empregado deverá:
I - ser aprovado em concurso público, nos termos do inciso II do artigo 37 da Constituição Federal, tratando-se de
emprego correspondente a classe e padrão salarial iniciais da carreira ou a classe isolada,
II - ter preenchido os requisitos básicos para a sua contratação em emprego público:
a) ser brasileiro;
b) estar no gozo de seus direitos políticos;
c) ter cumprido as obrigações militares, se do sexo masculino, e as eleitorais;
d) ter idade mínima de 18(dezoito) anos;
e) ter condições de saúde física e mental compatíveis com o exercício do emprego, de acordo com prévia inspeção
médica oficial, admitida a incapacidade física ou mental parcial, conforme a legislação em vigor;
f) possuir o nível de escolaridade exigido para o emprego, estabelecido no Anexo VI desta Lei;
g) estar legalmente habilitado para o exercício da profissão, no caso de ser ela regulamentada.
§ 2º É vedada a realização de concurso público enquanto houver, para os mesmos empregos, candidato aprovado
em concurso anterior com prazo de validade ainda não expirado.
§ 3º Dar-se-á admissão a exclusivo critério da Fundação, dentro do prazo de validade do concurso e na forma da Lei.
§ 4º A aprovação em concurso público não gera direito à admissão.
§ 5º Lei Municipal especifica definirá os critérios para admissão de estrangeiros na Fundação, observada a lei federal.
Art. 11 A admissão do empregado será autorizada pelo Presidente da Fundação, mediante solicitação do órgão
competente, desde que exista vaga e dotação orçamentária para atender às despesas.
Art. 12 Fica reservado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 5% (cinco por cento) dos empregos
públicos do Quadro de Pessoal da Fundação Municipal da Infância e da Juventude.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos empregos para os quais a lei exija aptidão plena.
§ 2º Não será reservada vaga para portadores de deficiência quando a quantidade de empregos a ser preenchida for
inferior a 10 (dez).
§ 3º Quando a quantidade de empregos a ser preenchida for superior a 10(dez) e o percentual do caput
corresponder a número decimal, o número de vagas a ser reservado corresponderá ao primeiro número inteiro
acima.
Art. 13 Compete ao Presidente da Fundação expedir os atos de admissão para os empregos de preenchimento
efetivo e em Comissão da Fundação.

CAPÍTULO V - DA PROGRESSÃO
Art. 14 Progressão é a passagem do empregado, por merecimento, de seu padrão salarial para outro,
imediatamente superior, dentro da faixa salarial do emprego que ocupa.
Art. 15 As progressões ocorrerão, por merecimento, segundo critérios técnico-administrativos, previstos em
regulamento específico.
Parágrafo Único - O merecimento será aferido durante a permanência do empregado em um mesmo padrão salarial.
Art. 16 As progressões ocorrerão 02 (duas) vezes ao ano, nos meses de março e setembro, da seguinte forma:
I - Os empregados que cumprirem o interstício mínimo estabelecido no artigo seguinte desta Lei até o último dia do
mês de fevereiro, poderão concorrer à progressão em março;
II - Os empregados que cumprirem o interstício mínimo acima referido até o último dia do mês de agosto, poderão
concorrer à progressão em setembro.
Art. 17 Terá direito à progressão o empregado que, cumulativamente:
I - cumprir o interstício mínimo de 2 (dois) anos de efetivo exercício no padrão salarial em que se encontre;
II - obtiver, pelo menos, o grau mínimo na média de suas 2 (duas) últimas avaliações de desempenho apuradas pela
Comissão de Avaliação de Desempenho.
Parágrafo Único - Para obter o grau mínimo indicado no inciso II deste artigo, o empregado deverá receber, pelo
menos, 70% (setenta por cento) do total de pontos em sua avaliação de desempenho.
Art. 18 Havendo disponibilidade financeira, o empregado que cumprir os requisitos estabelecidos neste Capítulo
passará automaticamente para o padrão salarial seguinte, reiniciando-se a contagem de tempo e a anotação de
ocorrências, para efeito de nova apuração de merecimento.
Art. 19 Na indisponibilidade de recursos financeiros para a concessão da progressão a todos os empregados que a
ela tiverem direito terá preferência o empregado que contar maior tempo de serviço na Fundação Municipal da
Infância e da Juventude e, ocorrendo empate no tempo de serviço, o mais idoso.
Art. 20 É vedada a concessão de novas progressões enquanto houver candidato que tenha adquirido esse direito e
que por falta de recursos financeiros da Fundação Municipal da Infância e da Juventude, tenha deixado de receber o
salário a ela correspondente.
Art. 21 O empregado permanecerá no padrão salarial em que se encontra e cumprirá o interstício exigido de efetivo
exercício nesse padrão, para efeito de nova apuração de merecimento, caso não alcance a pontuação mínima
quando da avaliação de seu desempenho.
Art. 22 Os efeitos financeiros decorrentes das progressões vigorarão a partir do primeiro dia do mês subseqüente à
sua concessão.
Art. 23 As normas e os critérios técnico-administrativos referentes à progressão serão objeto de regulamentação
específica.
Art. 24 Somente poderá concorrer à progressão o empregado que estiver no efetivo exercício das funções e
atribuições do emprego que é titular e ocupante.
Art. 24. Somente poderá concorrer à progressão o servidor que estiver no efetivo exercício do seu cargo.
§ 1º O servidor efetivo e estável que no ano civil de referência da avaliação estiver exercendo cargo em comissão ou
função gratificada deverá ser avaliado considerando a função que estiver exercendo no momento da aplicação do
formulário.
§ 2º Apenas o servidor estável e efetivo que esteja executando ou tenha executado suas atividades para o Poder
Executivo deste Município por, no mínimo, 6 (seis) meses, dentro do mesmo exercício civil, poderá ser avaliado.

CAPÍTULO VI - DA PROMOÇÃO
Art. 25 Promoção é a passagem do empregado para a classe imediatamente superior àquele que ocupa, dentro da
mesma carreira, observadas as normas estabelecidas neste Capítulo e em regulamento específico.
Parágrafo Único - A promoção, cujas linhas estão representadas graficamente no Anexo III desta Lei, ocorrerá se
houver disponibilidade financeira.
Art. 26 A promoção por merecimento, com o objetivo de apurar a capacidade funcional do servidor para o
desempenho das atribuições da classe a que concorra, ocorrerá mediante:
I - seleção competitiva; ou
II - avaliação de títulos.
§ 1º A comprovação da capacidade funcional através de seleção competitiva basear-se-á em testes de habilidade
específica e de conhecimentos teóricos, práticos e prático-teóricos.
§ 2º A seleção competitiva não estabelecerá ordem de classificação, apenas relação dos servidores aprovados nos
testes.
§ 3º Será considerado aprovado o servidor alcançar 70% (setenta por cento) do total de pontos dos testes.
§ 4º A comprovação da capacidade funcional por avaliação de títulos basear-se-á na escolaridade da classe superior
à que o empregado ocupa na seguinte seqüência:
I - 4ª série do ensino fundamental;
II - Ensino fundamental completo;
III - Ensino médio completo;
IV - Ensino superior;
V - Pós graduação lato sensu;
VI - Pós graduação stricto sensu.
Art. 27 Para concorrer à promoção, o empregado deverá, cumulativamente:
I - cumprir o interstício mínimo de 03 (três) anos de efetivo exercício na classe que ocupa;
II - obter, pelo menos grau mínimo na média de suas 2 (duas) últimas avaliações de desempenho.
Parágrafo Único - O grau mínimo a que se refere o inciso II deste artigo é aquele definido no parágrafo único do
artigo 17 desta Lei.
Art. 27. Para concorrer à promoção o servidor efetivo e estável deverá cumprir o interstício mínimo de 3 (três) anos
de efetivo exercício no cargo em que ocupa, e apresentar titulações superiores às exigidas para o ingresso inicial no
cargo, adquiridas em instituições legalmente credenciadas, com pertinência na área de atuação do cargo efetivo.
§ 1º O servidor efetivo e estável que tenha exercido ou que estiver exercendo cargo em comissão ou função
gratificada para este Poder Executivo Municipal, terá computado o tempo da função desempenhada nestes para fins
de cumprimento do interstício mínimo disposto no caput deste artigo.
§ 2º A análise da correlação da titulação com as atividades desenvolvidas pelo servidor no cargo que ocupa será de
atribuição da Comissão de Avaliação de Desempenho. (Redação dada pela Lei nº 9254/2022)
Art. 28 Terá preferência para promoção o empregado que contar maior tempo de serviço na Fundação Municipal da
Infância e da Juventude e, ocorrendo empate no tempo de serviço, o mais idoso.
Art. 29 O empregado promovido ocupará, na classe imediatamente superior, o mesmo padrão salarial que ocupava
na classe de origem.

CAPÍTULO VII - DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO


Art. 30 Para proceder à avaliação periódica de desempenho, fica criada a Comissão de Avaliação de Desempenho,
integrada por 05 (cinco) empregados designados pelo Presidente da Fundação conforme o disposto neste Capítulo e
em regulamento específico.
§ 1º O Superintendente Administrativo e Financeiro da Fundação, ao qual caberá a Presidência da Comissão de
Avaliação de Desempenho escolherá, em lista de 03 (cinco) nomes de representantes eleitos entre os empregados
concursados, 02 (três) para integrar a Comissão.
§ 2º Da Comissão deverá fazer parte, também, um representante da Coordenação de Pessoal e Protocolo da
Fundação Municipal da Infância e da Juventude e um empregado indicado pelo sindicato.
Art. 30. Para proceder à avaliação periódica de desempenho, fica criada a Comissão de Avaliação de Desempenho,
que será constituída por 05 (cinco) servidores designados pelo Presidente da Fundação Municipal da Infância e
Juventude, na seguinte composição:
I - O Diretor Administrativo e Financeiro;
II - Um representante da Supervisão de Gestão de Pessoas;
III - Dois servidores efetivos e estáveis da Fundação Municipal da Infância e Juventude;
IV - Um servidor público municipal indicado pelo sindicato.
Parágrafo único. A Presidência da Comissão de Avaliação de Desempenho caberá ao Diretor Administrativo e
Financeiro.
Art. 31 A substituição dos membros da Comissão de Avaliação de Desempenho eleitos pelos empregados e do
empregado indicado pelo sindicato ocorrerá a cada 02 (dois) anos de participação.
Parágrafo Único - Regulamentação específica, somada ao disposto neste Capítulo, fixará os critérios a serem
adotados, mesmo nas hipóteses de aposentadoria, morte ou impedimento.
Art. 32 A Comissão de Avaliação de Desempenho terá sua organização e forma de funcionamento regulamentadas
por ato do Presidente da Fundação.

CAPÍTULO VIII - DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO


Art. 33 Os empregados da Fundação terão seu desempenho verificado semestralmente, mediante a aplicação de
instrumento de avaliação analisado por Comissão, instituída especificamente para esse fim, com o objetivo de
aplicar os institutos de progressão e promoção definidos nesta Lei.
Art. 33. Os servidores da Fundação terão seu desempenho verificado anualmente, mediante a aplicação de
instrumento de avaliação analisado por Comissão, instituída especificamente para esse fim, com o objetivo de
aplicar os institutos de progressão e promoção definidos nesta Lei.
§ 1º O instrumento de avaliação a que se refere o caput deste artigo deverá ser preenchido tanto pela chefia
imediata quanto pelo empregado.
§ 2º No caso das avaliações apresentarem resultados cuja divergência seja inferior a 10% do total de pontos da
avaliação, prevalecerá a avaliação da chefia.
§ 2º O resultado da avaliação de desempenho consistirá na média simples dos resultados das avaliações preenchidas
pelo servidor avaliado e pela chefia imediata. (Redação dada pela Lei nº 9254/2022)
§ 3º No caso das avaliações apresentarem resultados cuja divergência seja superior a 10% do total de pontos da
avaliação, a Comissão pronunciar-se-á a favor de uma delas ou realizará diligência para verificar o real desempenho
do empregado.
§ 3º Para ser considerado aprovado na avaliação de desempenho funcional, o servidor deverá obter a pontuação
mínima de 70% (setenta por cento) na média simples prevista no parágrafo anterior.
§ 4º A comissão de avaliação tem o prazo improrrogável de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar da data da chegada
do formulário preenchido, para conclusão da avaliação do desempenho do empregado, constituindo a não
conclusão injustificada, falta funcional de seus membros apenada com suspensão ou multa.
Art. 34 Do indeferimento da progressão cabe recurso a ser interposto obedecendo aos seguintes requisitos:
I - ser deduzido em petição escrita, no prazo de 05 (cinco) dias úteis a contar da publicação do indeferimento,
protocolado na Fundação;
II - expressar os fundamentos pelos quais se questiona a decisão;
III - ser endereçado ao Presidente da Comissão;
IV - conter a assinatura, o nome a matrícula do empregado e, se o recorrente se fizer representar por advogado, este
deve apresentar a procuração.
§ 1º O não atendimentos de qualquer dos requisitos dos incisos do caput importa em não conhecimento do recurso.
§ 2º Se a Comissão reconsiderar a sua decisão o seguimento do recurso fica prejudicado.
§ 3º se a Comissão mantiver a decisão deverá expor os fundamentos porque o fez, encaminhando o recurso para o
Presidente da Fundação, que decidirá no prazo de 10 (dez) dias.
§ 4º Em caso de provimento do recurso por parte do Presidente da Fundação, aplica-se o disposto no artigo 18.
Art. 35 Se a conclusão da Comissão for no sentido do deferimento da Progressão, ainda que esta se dê fora do prazo
estabelecido no § 4º do artigo 33, aplica-se o disposto no artigo 18.

CAPÍTULO IX - DA REMUNERAÇÃO
Art. 36 Remuneração é o salário correspondente ao emprego, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes ou
temporárias estabelecidas em lei.
Art. 37 Salário é a contraprestação devida e paga diretamente pela Fundação, com valor fixado em Lei, nunca
inferior a um salário mínimo, sendo vedada a sua vinculação ou equiparação, conforme o disposto no inciso XIII, do
artigo 37 e no inciso IV, do artigo 7º da Constituição da República.
Parágrafo Único - Os salários dos ocupantes dos empregos públicos são irredutíveis, conforme dispõe o inciso XV, do
artigo 37 e inciso VI, do artigo 7º da Constituição da República.
Art. 38 Nos termos do inciso XI, do artigo 37, da Constituição da República, a remuneração dos empregados e dos
ocupantes de emprego em comissão da Fundação Municipal da Infância e da Juventude, percebida cumulativamente
ou não, com as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderá exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Art. 39 Os empregos que integram o Quadro de Pessoal da Fundação Municipal da Infância e da Juventude estão
hierarquizados por níveis salariais nos Anexos I e II desta Lei.
§ 1º A cada nível salarial corresponde uma faixa, composta de 14 (quatorze) padrões salariais designados
alfabeticamente de A a O, conforme a Tabela constante do Anexo IV desta Lei.
§ 2º Os aumentos dos salários, bem como o seu escalonamento e correspondentes distanciamentos percentuais
entre níveis e padrões respeitarão preferencialmente, a política de remuneração definida nesta Lei.
Art. 40 A revisão geral dos salários correspondentes aos empregos, bem como dos valores relativos aos empregos
em comissão, deverá ser efetuada anualmente, por lei especifica, sempre na mesma data e sem distinção de índices,
conforme o disposto no artigo 37, inciso X, da Constituição da República.
Art. 41 O Presidente da Fundação publicará anualmente os valores dos salários correspondentes aos empregos
públicos da Fundação Municipal da Infância e da Juventude, os termos do artigo 39, § 6º da Constituição da
República.

CAPÍTULO X - DO TREINAMENTO
Art. 42 Para promover o desenvolvimento de seus empregados, a Fundação adotará o treinamento com objetivo de
formar o empregado, integrando-o ao ambiente de trabalho, dotando-o de conhecimentos e técnicas que
aperfeiçoem suas atribuições ou preparando-o para executar outras, mais complexas.
Art. 43 Do desenvolvimento de programas de treinamento poderão participar instrutores da própria Fundação,
especialmente os chefes de quaisquer de seus níveis hierárquicos.
Art. 44 Na montagem e implementação dos programas de treinamento caberá, ainda, às chefias:
I - identificar as carências de treinamento do órgão que dirige;
II - permitir a participação de seus subordinados nos programas de treinamento;
III - participar, ele mesmo, dos programas de treinamento relacionados às suas atribuições.
Art. 45 Os programas de treinamento serão elaborados e gerenciados pela Fundação Municipal da Infância e da
Juventude.
Art. 46 A execução formal dos programas mencionados no artigo anterior não excluirá a realização de atividades de
treinamento em serviço mediante reuniões, análise e discussão de temas ou problemas, divulgação de normas
técnicas e legais relativas ao trabalho e discussão dos programas de trabalho de cada órgão, com a adoção de
quaisquer métodos didáticos que possam ser adequados a cada caso.
Art. 47 A Fundação poderá, também, encaminhar seus empregados para cursos e estágios em instituições
especializadas, das quais poderá contratar especialistas, observada a legislação pertinente, ou inscrevê-los em
programas preparados pela Secretaria Municipal de Administração.

CAPÍTULO XI - DOS EMPREGOS EM COMISSÃO


Art. 48 Emprego em comissão é o emprego de confiança de livre admissão e dispensa, destinado apenas às
atribuições de chefia, direção e assessoramento, a ser preenchido por empregados de carreira, no percentual
estabelecido nesta Lei.
Art. 49 O empregado que for nomeado para o exercício de emprego de preenchimento em comissão deverá optar
pela remuneração do emprego comissionado ou pela do emprego efetivo.
Parágrafo Único - A opção do empregado pela remuneração de seu emprego efetivo, dar-lhe-á também direito a
percepção de 50% (cinqüenta por cento) do valor atribuído ao emprego em comissão.
Art. 50 Os empregos em comissão pertencentes à estrutura administrativa da Fundação Municipal da Infância e da
Juventude, acompanhados de seus símbolos e valores, são os do Anexo V.
Art. 51 A extinção de qualquer órgão da estrutura administrativa, provocará a supressão automática do emprego em
comissão correspondente à sua direção ou sua chefia.

CAPÍTULO XII - DAS NORMAS GERAIS DE ENQUADRAMENTO


Art. 52 Os empregados ocupantes dos empregos de preenchimento efetivo da Fundação Municipal da Infância e da
Juventude serão enquadrados nos empregos constantes do Anexo I desta Lei, cujas atribuições sejam da mesma
natureza e mesmo grau de dificuldade e responsabilidade dos empregos que estiverem ocupando na data de
vigência desta Lei, observadas as disposições deste capítulo e será realizado por comissão designada pelo Presidente
para esse fim.
Parágrafo Único - Os empregados ocupantes de empregos efetivos a que se refere o caput que estejam exercendo
atribuições diversas das atribuições dos empregos para os quais tenham sido admitidos deverão retornar às suas
atribuições legais.
Art. 53 Somente para fins de enquadramento e para atender a situações existentes na data de vigência desta Lei o
requisito de escolaridade poderá ser dispensado, desde que o emprego não seja correspondente a profissão
regulamentada.
CAPÍTULO XIII - DA COMISSÃO DE ENQUADRAMENTO
Art. 54 O Superintendente Administrativo e Financeiro presidirá a Comissão de Enquadramento a ser constituída por
05 (cinco) membros, dos quais 02 (dois) escolhidos de lista de 03 (três) eleitos em Assembléia Geral da Categoria,
todos designados pelo Presidente da Fundação.
Parágrafo Único - Fará parte da Comissão de Enquadramento 01 (um) representante da Coordenação de Pessoal e
Protocolo e um representante indicado pelo Sindicato.
Art. 55 Caberá à Comissão de Enquadramento:
I - promover o enquadramento dos empregados, observando as diretrizes estabelecidas nesta Lei e procedendo às
adequações necessárias;
II - elaborar as propostas de atos coletivos de enquadramento dos empregados e encaminhá-las ao Presidente da
Fundação.
Parágrafo Único - Para realizar o enquadramento dos empregados a Comissão deverá levar em conta o histórico
funcional de cada um, além de informações colhidas junto às chefias dos órgãos onde tenham, até então, exercido
suas funções.
Art. 56 Do enquadramento não poderá resultar redução de salários ou de remuneração, salvo no caso de desvio de
função.
§ 1º O empregado enquadrado ocupará, dentro faixa salarial do novo emprego, o padrão cujo salário seja igual ao do
emprego que estiver ocupando na data da vigência desta Lei.
§ 2º Quando os salários não forem coincidentes, o empregado ocupará o padrão imediatamente superior dentro da
faixa salarial estabelecida para o emprego em que foi enquadrado.
§ 3º Se não houver, na faixa salarial, valor equivalente ao salário percebido pelo empregado, este ocupará o último
padrão da faixa salarial do emprego em que for enquadrado e terá direito, a título de vantagem pessoal, à diferença,
que será incorporada ao salário do empregado e sobre a qual incidirão todos os reajustes concedidos pela Fundação.
§ 4º Nenhum empregado será enquadrado com base em emprego que ocupe em caráter de substituição.
Art. 57 Os atos de enquadramento serão coletivos e baixados por portaria do Presidente, sob a forma de listas
nominais, de acordo com o disposto neste Capítulo, até 120 (cento e vinte) dias após a data de publicação desta Lei.
Art. 58 O empregado que discordar de seu enquadramento deverá, no prazo de 10 (dez) dias úteis, a contar da data
de publicação das listas nominais de enquadramento, encaminhar ao Presidente pedido de revisão, devidamente
fundamentado e protocolado.
§ 1º Após consulta à Comissão de Enquadramento a que se refere esta Lei, o Presidente terá 10(dez) dias úteis para
decidir e encaminhar o objeto de sua decisão ao responsável pela Coordenação de Pessoal e Protocolo, para que
seja dada ciência ao empregado requerente.
§ 2º Em caso de indeferimento, o responsável pela Coordenação de Pessoal e Protocolo dará ao empregado
conhecimento da negação do pedido.
§ 3º Deferido o pedido, a ementa da decisão do Presidente da Fundação deverá ser publicada em órgão oficial do
Município, no prazo máximo de 10(dez) dias úteis a contar do término do prazo fixado no § 1º deste artigo.
Art. 59 Os empregos vagos existentes no Quadro de Pessoal da Fundação Municipal da Infância e da Juventude antes
da data de vigência desta Lei e os que forem vagando em razão do enquadramento previsto neste Capitulo ficarão
automaticamente extintos.

CAPÍTULO XIV - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Art. 60 A progressão prevista no Capítulo V desta Lei será extensiva aos empregados ocupantes dos empregos da
Parte Suplementar do Quadro de Pessoal.
Art. 61 Caso a despesa com pessoal ultrapasse os limites estabelecidos na Lei Complementar nº 101/2000 deverão
ser aplicadas as medidas estabelecidas no § 3º do artigo 169 da Constituição Federal, para sua redução, exonerando-
se os empregados não estáveis e não concursados, após a redução de pelo menos 20% (vinte por cento) das
despesas com empregos em comissão e funções de confiança.
Art. 62 As despesas decorrentes da implantação da presente Lei correrão à conta de dotação orçamentária própria,
suplementada se necessário.
Art. 63 Dentro de 90(noventa) dias a contar da vigência desta Lei, o Presidente da Fundação Municipal da Infância e
da Juventude, regulamentará, por ato próprio, a progressão e a promoção.
Art. 64 O orçamento da Fundação reservará, a cada ano, montante de recursos financeiros para a concessão das
progressões e promoções.
Parágrafo Único - Tendo em vista as disponibilidades orçamentárias, serão definidos os quantitativos de progressão
e promoções possíveis e a sua distribuição por emprego.
Art. 65 Só poderão ser realizadas contratações por tempo determinado para atender ao disposto no artigo 37, inciso
IX da Constituição federal.
Art. 66 O percentual previsto no parágrafo único, do artigo 8º, será implementado na razão mínima de 5% (cinco por
cento) para cada período de 120 (cento e vinte) dias contados da data de publicação desta lei.
Art. 67 Os salários previstos na Tabela do Anexo IV desta Lei, serão devidos a partir da publicação dos atos de
enquadramento referidos no artigo 57 desta Lei.
Art. 68 São partes integrantes da presente Lei os Anexos I a VI que a acompanham.
Art. 69 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 70 Revogam-se as disposições em contrário.

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