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RESUMO

CAPÍTULO 3 – O ESTADO E AS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO


ECONÔMICO

O terceiro capítulo analisa a atividade econômica no período de 1964 a 1973, tendo em


conta os tipos de política econômica adoptados pelos governos do período. Ressalta que no
referido período teve três mandatos de presidentes militares que foram: Humberto Castello
Branco; Arthur da Costa e Silva; e Emílio Garrastazu Médici.
Durante esses mandatos houve certa continuidade tanto no terreno político, como também
do modelo de política econômica. O modelo de política econômica adoptado no governo de
Castello Branco foi formulado pelo ministro do Planejamento, Roberto Campos e pelo da Fazenda
Octávio Bulhões. Estes, gradativamente, tentaram combater a inflação tendo como principais
objetivos econômicos a expansão das exportações e a retomada do crescimento.
Porém, tendo em conta o cenário de desequilíbrio apresentado no início do governo de
Castello Branco, a política econômica teve que assumir uma posição restritiva. A política
econômica estava alienada à política dos governos no período, que não encontravam resistência
impondo seus desígnios, beneficiando o empresariado.
A economia do período passou por duas fases distintas: a primeira, fase de ajuste
estrutural da economia na tentativa de combater o processo inflacionário e o desequilíbrio externo
que decorreu nos anos de 1964 a 1967, período em que também fora implantado o PAEG; a
segunda, de 1968 a 1973, caracterizada por uma política econômica expansiva e vigoroso
crescimento da atividade econômica, acompanhada por uma gradual redução da inflação e do
desequilíbrio externo.
De acordo com o autor, logo no início do capítulo, afirma-se que, durante os mandatos dos
governos militares eles tentaram combater a inflação tendo como principais objetivos econômicos
a expansão das exportações e a retomada do crescimento. Prosseguindo, tendo em conta as
reformas tributária e financeira implementadas no período de 1964-67 é possível compreender
algumas falhas que a política dos governos procurava solucionar.
As reformas implementadas no período 1964-1967 tinham como objetivo remover cinco
grandes falhas institucionais: a fixação da moeda estável na legislação econômica; a desordem
tributária; a propensão ao déficit orçamentário; as lacunas do sistema financeiro; e os focos de
atrito criados pela legislação trabalhista.
Considerando o período de 1964-72, a primeira fase do endividamento externo brasileiro
pode ser caracterizada pela captação de recursos internacionais com vista a inversões em
infraestrutura e em setores básicos para criar as condições econômicas que conduziram ao
milagre econômico.
No Brasil, o golpe militar de 1964 estabeleceu as bases necessárias para o fluxo seguro de
capitais de risco e empréstimo. Apesar do grande endividamento o governo investiu bem seus
recursos, como por exemplo: infraestrutura, hidroelétricas, transportes, comunicações. Investiu em
setores básicos: bens de capital, siderurgias, química e petroquímica, papel e celulose,
fertilizantes e outros.
Posteriormente, o Brasil assim como outros países subdesenvolvidos viria a sofrer com os
choques de petróleo. Em 1973, ano em que começava a segunda fase do endividamento externo
brasileiro, o petróleo teve sucessivos aumentos de preço, causando problemas nas balanças
comerciais dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Para os economistas brasileiros era
apenas era apenas um desequilíbrio conjuntural que não afetaria a economia brasileira, mas,
erraram, pois, os preços continuaram elevados durante toda a década de 70.
Para finalizar a análise enfatiza-se alguns pontos acerca do “milagre econômico”. O
“Milagre Econômico” que ocorreu no período de 1969 a 1974 contou com o apoio da burguesia
industrial, os militares aumentaram ainda mais os incentivos para a entrada de capitais
internacionais. Devido à abundância de capitais no mercado mundial, muitos países latino-
americanos procuravam nos juros baixos a oportunidade de instalar suas indústrias para o
desenvolvimento interno.

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