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Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2021 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA I Série —N.° 238 Prego deste niimero - Kz: 2.380,00 Thi @ Sorspondenin quer ORCA quer telativa a snincio © aninalums do «Disio dda Repibliew, deve ser diisida & Imprensa Asteée ten [Nacional - EP, an Luanda, Rua Heariue de CCaraho m° 2, Cidade Aka Caixa Postal 1306, | A 1s wowimprensansienal goveo - Fin, teleg: | A2° sie ingens, AS tie NATURA 1 pres de cada Ta pb ica wos Dios (ha Republic 1? © 2° eeie€ de Ke: 75.00 e para 132 sae Kz: 95.00, screcido do rexpectivo Ano Ke 1469 391.25 Kz 8576681,29 ] imposto de sel, dependendo a publicaga0 da Ke 45420157 Ke 360529.54 | sie de dep éitoprévio efectuarnatesouraria a Ingrensa Nacional -E.P IMPRENSA NACIONAL- EP. Rua Hlaique de Carvalhon 2 Bandi: calleenter@imprensanacionsl gov aoimarketing@ imprensaacional govaa/wwwimprensanacional gov.20 CIRCULAR Excelentissimos Senhores, ‘Temos ahhonra de convidé-los a visitar a pagina da inter- net no site wwwimprensmacional govaa, onde poder online ter acesso, entre outras informagSes, aos sumiérios dos contetidos dos Diirios ca Repuiblica nas tres séres. Havendo a necessidade de se evitarem os inconve- niientes que resultam para os nossos servigos do facto de as, assinaturas para o Didrio da Reptiblica nao sevem feitas com 1 devida antecedéncia; Para que niio haja interupg%o no fomecimento do Didrrio da Repiiblica aos estimados clientes, temos a honra de informa-los de que, até 15 de Dezembro de 2021, esta- "lo abertas as assinaluras para o ano 2022, pelo que deverio providenciar a regularizagao dos seus pagamentos junto dos nossos servigos. 1, Informamos que, na tabela de pregos a cobrar plas assinaturas para o fornecimento de Didrio da Repriblica para o ano de 2022, passam a ser cobrados os pregos abaixo acrescidos do Imposto sobre o Valor Acrescentado do (IVA) em vigor: «i Didrio da Repiiblica Impress As3 Series. Kz. 1 675 106,04 1 Sétie. Kez; 989.156,67 2? Série Kz: 517892,39 3. Série. Kz: 411.003,68. b) Didrio da Repiblica Gravado em CD: As 3Séties Kz: 1 350891,96 1? Série Kz: 197.706,99 2! Série Kz: 417.655,15 38 Série Kz: 331.454,58 2. As assinaturas sero fetas apenas em reaime anual 3. Aos pregos mencionados no n° 1 acrescer-se-a um valor adicional para portes de correio por via normal das trés series, para todo 0 ano, no valor de Kz; 218.983,00, que podera softer eventuais alteragdes em fungio da flutuagio das taxas a praticar pela Empresa Nacional de Correios de Angola - EP. no ano de 2 4. 0s clientes que optarem pela recepeto dos Didrios ca Republica através do corrcio deverio indicar o seu endereyo completo, incluindo a Caixa Postal, a fim de se evitarem atrasos na sua entrega, devolusdo ou extravio. 5. Os clientes que optarem pela recepgo dos Didrios da Republica da 32 Série através do correio electrénico deve ro indicar o enderego de cerreio electrénico, a fim de se processar o envio, Observaces 4) Estes pregos poder ser alterados caso seregistem desvalorizagio da moeda nacional, ou outros factores que afectem consideravelmente anossa estrutura de custos, b) As assinaturas que forem feitas depois de 15 de Dezembro de 2021 softerao um acréscimo aos pregos em vigor de uma taxa correspondente a 15% SUMARIO Assembleia Nacional Tans: (Que aera a Lei n° 14/19, de 23 de Maio — Let da Aviago Civil — Revoga a alicash,n} i, 1)e 2) don 3 doatigo7 eos 4 6 doattigo 13°, ata os ariacs9°-A,16°-A, 16°-B, 51-4, 810-4, 109% Ae 162°-A,e republic areferda Le Resolugton.° 7821 "Aprova a subliigio defintiva do Deputade eleto José Carlos Henge por Manuel Mateba Muito 9798 DIARIO DA REPUBLICA Reetiieag ion 1872 Restifica Resolon® 6621, de2 de Suet, que aprova a mibsi- ‘uigo de Manuel BessaRodrigues,membco da Comisso Municipal letora de Viana, por Alda Adto Pedro. ASSEMBLEIA NACIONAL Tein’ 3121 4 20 de Dezembro A evolugio da aviagao civil nas suas mais variadas ver- tentes obrige a que se proveda a revisio da Lei n® 14/19, de 23 de Maio — Lei da Aviagio Civil, com 0 objectivo fundamental de adequd-ta @ realidadle moderna e a dincnitea sociopolitica nacional e intemacicnal Ha necessidade de corrigir 0 lapso constante do predim- bnulo da Lei n’ 14/19, de 23 de Maio, refetente ao Doc 9734 da Organizagao da Aviagao Civil Intemacional —OACT que identifica 0 estabelecimento e gestio de supervisio do sis- tema de seaurana do Estado. © Estado Angolano se obriga a cumprir com todas as suas responsabilidades decorrentes dos acordos intemacio- nais sobre aviagdo civil aos quais esta vinculado. Tendo constatado alsumas omissGes imprecisdes face 20 novo paradigma aprovado pela Lei da Aviacio Ci romeadamente o conceito de certifieado de aerédromo, a entidaderesponsavel pela aprovacao dos programas de seau- ranga, a determinagio do atte responsivel pela Entidade Responsiivel pela Investigagao de Acidentes e Incidentes de Aviagdo, entre outros; A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposigdes combinadas do n.° 2 do artigo 165.° e da alinea d) do n® 2 do artigo 166°, ambos da Constituigio da Repablica de Angola, a sesuinte: LEI QUE ALTERA A LELN.* 1419, DE 23 DE MAIO — LEI DAAVIACAO CIVIL ARTIGO LY (alteracaoy Sao alterados os artigos 1, 3, 5°, 7°, 8°, 10°, 118, 12°, 13°, 16°, 19°, 23°, 42°, 49°, 51°, $58, 57°, 61°, 64. 162, 772, 78°, 82°, 83°, 102°, 1038, 104°, 105°, 107.5, 1082, 110°, 111°, 112°, 1542, 155°, 156°, 158°, 159°, 1622, 16H ¢ 165. todos da Lei n® 14/19, de 23 de Maio, que passam a ter a seguinte redaceao: GARTIGO 1 (Object) A presente Lei estabelece os principios © rearas @ observar nos servigos de wansportes, nos servi- gos de navegacio aérea, nos servigos auniliares, nas infra-cstruturas aeronduticas, na certificagao de acré- dromos, equipamentos € pessoal aeronéutico, bem ‘como a organizagao e o exercicio dos poderes da auto- ridade aeronsiutica, no dominio da aviago civil» «ARTIGO 5° (Sober sobre 0 expaso néreo) 1. O Estado Angolano exerce soberania completa ¢ exclusiva sobre o espago aereo que se encontra sob sa jjurisdieao nacional ARTIGO 5° (Gurisdigto nacional) 4, Todo 0 piloto a0 comando de aeronave que sobrevoa o territério angolano deve cumprir as leis fe regulamentos que regem a navegacao aérea em Angola ARTIGO 7° etnies) 1. Para efeitos da presente Lei, entende-se por @) cAcicente Aéreo» — qualquer evento relacionado com a operagio de uma aeronave tripaada, que come entre © momento em que uma pessoa embarca na mesma, com a intengio de realizar ‘yoo € omomento em que todas as pessoas tenham desembarcado, ou no caso de uma aeronave no tripulada, quando a acronave esta pronta para se movinientar com a finalidade de fazer voo € quando ela para ao final do voo, ¢ seu principal sistera de propulsdo € destizado, durante 0 qual: 4 Qualquer pessoa que sofrer ferimentos fatais ‘ut graves como resultado de 1. Estar na aeronave, 2. Por contacto directo com qualquer parte da reronave, inchindo pegas que se soltaram dda aeronave; 3. Exposigdo directa ao jato de um reator, excepto quando os ferimentos sejam de causas naturais, tenham sido causados por uma pessoa a si mesmo ou tenham sido causados por outras pessoas ot sejam ferimentos cansados por passagei- 10s clandestinos escondidos fora das areas normalmente destinadas a passageiros e ‘wipulantes; i, A aeronave sofia dano estrutural on quebra que: ‘Afecte a sua resisténcia estrutural, desem- enho ou caracteristieas de voo © que normalmente requeira grande reparo on substituigao do componente afectado, excepto para falha ou dano do motor, quando 0 dano ¢ Limitado a um tnico motor (incluindo seu capé ou acessérios), helices, pontas das asas, antenas, sendas, liminas, I SERIE — N° 238 —DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021 pneus, freios, rodas, carenagens, paingi portas de trem de pouso, para-brisa, estry tura extema da aeronave (como pequenos amassados ou perfuwrages) ou danos meno- res as pas do rotor prineipal, pis do rotor do balanceadar, trem de pouso e aqueles resultantes de granizo ou colisbes com pas saros (incluindo furos no radome); ou ii, Aactonave esteja desaparecida ou fique total- mente inacessivel. b) «Actas de Inter fréncia Mtciteo — actos ou tentati- vos com a intengao de comprometer a seguranga da aviagao civil ineluinde, entre outros, © seauinte: 1, Apreensto ilegal de aeronaves, 2 Destnuigao de uma acronave em servigo; 3, Tomada de reféns a bordo de aeranaves on acrédromos; 4, Intrusio pela forga a bordo de uma aeronave, ‘num aeroporto ou recinto de uma instalagao aeroniutica, 5. Introdugzio @ bordo de uma aeronave ou acroporto de armas ou dispositivos (ou subs- tiincias) perigoses para fins eriminosos. 6, Uso de uma aeronave em servigo coma finale dade de causar morte, lees corporais graves ‘on danos graves & propriedade ou 20 meio ambiente; 7. Comunicagio de informages falsas que com- prometam 0 seguranga de uma acronave em, ‘Yoo, em terra, ota seguranga de passageiros, tripulantes, pessoal de terra ¢ o piblico mum. eroporto ou nos recintos de uma instalagao de avingto civil. OL aL ¢) «eronave Civity — qualquer aeronave registada cam qualquer pais, & excepgo de aeronaves do Estado; Dhak glk ‘i (revozndo), In) «Aeronave Neo Tripulade, — da sigla inglesa Umonned Aircraft, aetonave projectada para ‘operar sem piloto a bordo ¢ inchui balbes nao tr pulados, pipas (kites), aeromodelos controlados pot linha, aeromodelos de voo livre © aeronaves pilotadas remotamente; atk ILI BLD en 9799 1m) «Autoridiade Nacional da Aviagéto Civiby —abre- ‘viadamente designada por «ANAC», Autotidade Aeronditica ou Autoridade da Aviagao Civil é a entidade competente em matéria de regulago © control da aviagto civil da Republica de Angola; nn (revogado). OL p) «Causasy — acgdes, cmissdes, eventos, candigdes ou a sua combinag#e que concorrem para um acidente ou incidente, pl) «Certificado de Aerédromo — certificado eni- tido pela Autoridade Nacional da Aviagao Civil de acordo com a legislagao aplicdvel para a operagao de un acrédromo; Lk nl, 11) «Eintidace Responsive! pela Imesiigagio de Acickntes © Incidentes de Aviagéion — & wma entidade diferente da Autoridade Nacional da Avingao Civil, encarregada da investigagao de acidentes e incidentes de aviagao civil; Lob DL 1 «Bectores Contriduintesy —acgées,omises,even- tos, condigdes, ou uma combinagao das mesmas, «ue, se eliminadas, evitadas ox ausentes,triam reduzido a probabilidade de ocorréncia do aci- dente, on atemindas a ravidade das consequencias do acidente ou incidente, A identificagao dos facto- res contrbuintes mo implica a impulago de culpa ou a apurasio de responsabildade administrative, civil ou criminal, Vik 1) «dfélicen — dispositive para impulsionar tana aeronave,formado por pas mentados no veio de transmissaio do grupo motopropulsor ¢ que, ao, at, prodiz, pela sua acgio no ar eicundante npulso aproximadamente perpendicular ao sen plano de rotssfo, inci rotores principas auxiliares, ou chapas rotativas do grupe moto- propulsores. x) «Heliporto» — um aerédromo ou area definida ‘numa estrutura destinada a ser utilizada na tota~ lidade ou em parte para aterragem, descolagem € movimento 4 superficie dos helicépteros; Lod DLk aa [...J. bb) «Insialagtio de Navegagio Aéreco» — qualquer instalagao usada, disponivel ou destinada para 0 auxilio a naveaaso aéren inclnindo aeroportos, 9800 DIARIO DA REPUBLICA areas de aterragem, Inzes, qualquer aparelho md [. ‘ou equipamento para disseminar informagGes Wy) «Sistemas de Aeronaves No Tripuladasy, da meteorol6aicas, para sinalizagto, localizagao de sigla inglesa UAS — € uma aeronave e seus radio direccional ou rédio ou outra comunicagio components associados que sio operados sem electromagnetica, ¢ qualquer outra estrutara ot piloto a bordo: mecanismo com finalidade similar para dirisir ww) «Sistema de Aeronanes Remotamente Pilota- ‘ou controlar 0 voo no ar ou na aterragem € des- das», da sigha inglesa PAs, — wma aeronave colagem de aeronave; pilotada remotamente, a estagio de piloto co} LI remoto associada, os elos de comando e controle ib LI, necessérios © quaisquer outros Componentes, ce) «Membro da Tripulazdon — a pessoa designada por um operador para desempentar fungdes numa acronave durante um patiodo de scrvigo devoo. Os membros da tripulagao devern inclur aqucles queso. dsignados pelo. opcrador da aeronave para desempenhar suas fungoes durante 0 vo: ffi « (Competéncias expeciieas da Autoridade Nacional ‘da Avago Ct Sao competéncias da Autoridade Nacional da Aviagao Civil 4a) Propor a0 Executivo a politica aérea nacional e proceder @ sua execugto, bem como subsere- ver acordos em materia aerondutica, de indole técnica on comercial, em concertagdo com o Executive; )Incentivar o desenvolvimento da aviago comercial € apoiar o estabelecimento e operacio de clubes de oo, centros de treinamento ¢ formacao de pilotos civis, escolas de pilotos civis, clubes de aeromodetismo ¢, em geral, as actividades de insttuigdes que tenham o propésito de contribuit ara o desenvolvimento aéteo civil ¢ controlar a sua operagio € desenvolvimento; ©) Enmitir¢ eanendar nonmas técnicas, ordens, reaula- mentos intemos e disposigdes complementarcs da avingHo civil para garantir 9 seguranca ope- racional ¢ dos actos contra a interferénci ilicita, servigos de navesasio aérea e aerddromos de acordlo com a presente Lei, a Convengao sobre Aviagio Civil Intemacional, seus Anexos, © ‘outros regulamentos aplicaveis, bem como revo- sar 0s instruments lezais aprovados; @ Emitir regulamentos que estabelegam um pro- arama de controle sabre 0 uso de substancias viciantes, como drogas e/ou éleool, exigindo que as transpartadoras aéreas € 0 operadores aeroportudrios realizem testes de pré-embaraue, durante o trabalho eapos um acidente de pessoas ‘que desempenham fungdes sensiveis de seau- ranga operacional, como membros da trpulagao, mecénicos, pessoal de seguranca do acroperto © otras pessoas que considere necessérins; &) Adoptar medidas preventivas em beneficio da seguranga operacional, sem prejuizo da respec- tiva acgao judicial, .f Ordenar a0 operador ou piloto de uma acronave que no a opere € tomar as medidas necessirias para deter a referida aeronave ot piloto nas seauintes condigdes: 4 Quando a aeronavendo esteja em condigbes de ‘aeronavegabilidade; ii, Quando © piloto nao estiver fisica on mental- mente qualificado ou treinado para 0 voo, ii Quando a operagiio cause perigo iminente para pessoas ou propriedacles no solo, 2) Inspeccionar qualquer aeronave civil, motor de aeronave, hélice, instrumento, operador aéreo, escola ou organizagao de manutengao aprovada, ‘ou qualquer piloto civil que possta uma licenga cmitida ao abrigo da presente Lei Wy Regulamentar a utilizagao do espago de aeronave- szabilidade nos termos, condigses ¢ limitagoes necessérios para garantir @ seguranga operacio- nal € a ultilizagdo eficiente do referido espaco aereo, ) Enitir, evogar ¢ alterar reautamentos para o trans- porte seguro de mercadorias perigosas por via aérea ¢ verificar 0 seu cumprimento €, no caso de transportadoras estrangeiras, verificar se € realizado de acordo com a Convengio sobre Aviagdo Civil Intemacional e seus Anexos; ,j) Camprir as responsabilidades de certificagiio © fiscalizagao, validar as acges da autoridade de aviagio civil de outro Estado, ao invés de tomar suns proprias medidas, com as seguintes restri- oes: i Para aceoes sobre tivencas de pessoal acronéutico ou cattificados de acronavegabi- Jidade, o outro Bstado deve ser signatario da Convengao sobre Aviagio Civil Intemacional « cumprir com as suas obrigagdes nos termos da referida convengdo, no que diz respeito & emissio ¢ validade de tais certiticados, ii, Para as acgGes aplicaveis aos operadores aéreos, a Autoridade Nacional da Aviacio Civil deve assewurar que, quando a validagio se bascar nas acgdes de outra autoridade da aviagao civil, nao haja informagao que indi- que que esse Estado nfo cumpre com as suas obrigagoes a0 abrigo da Convencao sobre Aviagao Civil Intemacional, no que diz res- peito a certificagio e validagio continua dos ses operadores aereos: BW Autotizar © acesso as acronaves civis, sem res trigdes, dentro de Angola, com a finalidade de vetificar se as referidas acronaves estio cm condigdes de acronavesabilidade € so operadas de acordo com os reaulamentos emitidos a0 abrigo da presente Lei e nos Anexos aplicaveis da Convengao da Aviagio Civil Internacional (aeronaves estrangeiras): D Emit, revowar, modificar, suspender parcial ou totalmente qualquer cattificado, certificado de seronavesabilidade, licenea de pessoal aeronéu- tico, transportadora ou certificado de operador néreo, om certificado de qualquer aeroporto, aerédromo, escola ou organizagio de manuten- (80 aprovada, emitido nos termos da presente Lai, se em resultado de qualquer fiscalizagao cu em resultado de qualquer ontra investizagio DIARIO DA REPUBLICA realizada pela Autoridade Nacional da Aviagao Civil, for determinado que a seguranea opera- cional eo interesse piblico o exi ‘m) Prepatar os acordos de cooperagao em matéria de seauranga operacional e seguranga contra actos de interferéncia ilicita com outras anteridades da aviagao civil dos Estados signatérios da Conven= «0 sobre Aviago Civil Intemacional: n) Registar aeronaves e manter os respectivos rezistos, dda aeronave e do pessoal acronattico nacional; (0) Emnitirlicengas de pessoal aeronéutico, especifi- cando a capacidade em que seus titulares so autorizados a servir como pessoal acronéutico, depois de verificar que tal pessoa possui as qunlificagoes adequadas ¢ foi determinado que les sito fisicamente eapazes de desempenhar as tarefas privilégios que permite a licenga de pessoal acronautice; ‘p) Detentninar a emissdo de um cettificado ou licenca para 0 pessoal aerondutico por um Estado estrangeiro que sejamembro da Organizagao da Aviago Civil Intemacional como prova satis- fatoria, no todo ou em parte, de que 0 pessoal aeronsutico possi as qualficages ¢ capacidade fisica para realizar as tarefas relevantes para a fungi para a qual a licenga de pessoal acronau- tivo ésolicitada: 4g) Bmitir ou validar um certificado de tipo para uma aeronave, motor de aeronave, hélice ou disposi tivo, quando a Autoridade Nacional da Aviacao Civil considerar que eles foram adequadamente rojectados e fabricados, faneionam ¢ cumprem os regulamentos e padties minimos de seau- rranga operacional, 1) Himitir ou validar um cettificado de tipo designado como um certficado de tipo suplementar para tuma modificago no projecto de uma aeronave, ‘motor de acronave, hélice ou dispositive: 4) Emitirum certficado de aeronavegabilidade a uma aeronave registada em Angola, se far verificado que aacronave esti cm conformidade com o cer tificado de tipo adequado ¢, apds uma inspeccao e/ou teste, se verificar que a aeronave esté em condigoes para uma operagio sera, 1 Emits certifieados de operader aéreo ¢ estabelecer (5 padres minimos de seguranea operacional para esse operador; 1) Emitircertiddes a escolas civis ou centros de for- ago € a estabelecimentos de manutengio ou oficinas de reparagao, verificando que cumprem com as normas do regilamento téenico; ¥) Emitir normas de construgto de aeroportos que contenham elementos para a seguranga opera cional;, Ww) Certificar ou cadastrar aeropertos, helipartos € aerédromos piiblicos, privades ou concessio- naclos, onde se realizem operagoes regnlares € no rewulares de operador aéreo nacional ou estramgeiro, ¢ estabelecer padres minimos de seguranga operacional, 1) Classificar seroportos, helipartos e aerddromos civis por categorias, incluindo todos os seus servigos de acordo com o plano de desenvolvi- ‘mento aerondutico, comercial e privade; ¥) Estabelecer, desenvolver ¢ implementar regula- mentos, priticas € procedimentos para proteger 1 aviagtio civil contra actos de interferéncia icita, levando em consideragio a seguranga, regularidade € eficiéncia dos voos; 2) Estabelecer ¢ implementar procedimentos de pro- tec¢iio e manuseio adequado para as informagies de seguranga compartthadas por outros Estados Contratantes ou informagves de seauranga que afectem os interesses de seauranga de outros Estados Contratantes, a fim de garantir que o1s0 ca divulzagao inadequada dessas informagbes scjam evitados; aq) Aprovar, modificar, cancelar ou suspender os des- vvios e isengSes aos regulamentos de seguranca aérea de Angola, bb) Compete & Autoridade Nacional da Aviaedo Civil 1 coordlenagio de todos os assimtos relacionados com a Organizagao Intemacional da. Aviagto Civil, co) Elaborar ¢ aprovar regulamentagio especifica sobre matérias da concomréneia, seauros, sate acidentes no ramo da avingao civil; ‘dé Declarar a perda ou o abandono de acronaves, de acordo com o previsto na presente Lei; ee) Cattificar as empresas de transporte aereo, os serédromos, bem como o equipamento desti- nado a aviagao civil Mf Outorgar, modificar, suspender ou revogar as licengas, cettificados ou autorizagies para 0 exervicio dos servigos aéreos, de infia-estrutara de navegacao aérea, operagao de aerédromos ¢ servigos; 2g) Adquitr, estabelecer, administrar, operar @ con- servar os servios piblicos de controlo e apoio & navegagio aéres, hh) Cooperar com as instituigbes aeronauticas nao militares; I SERIE — N° 238 —DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021 9803, #) Licenciar ¢ controlar a utilizagto de sistemas de aeronaves no tripuladas, acautelando 0 seu so indevido, sobretudo em zonas que possam colo- car ein isco a navewacio aérea, p) Bmitir parecer vinculativo sobre a instalagao de cedificios, linhas eléctricas, antenas © outros obstéculos nas proximidades de actoportos © equipamentos de auxilio & navewagao aérea; ‘hi Actualizar 0s mapas aeronsuticos, W) Estabelecer as normas de seeuranga relatives aos objectivos que, sem serem aeronaves sexundo as definigdes da presente Lei, se movimentem ou se sustenhiam temporariamente no ar, tais como ‘slobos, paraquedas, parapentes, asas delta, uraleves ou qualquer outro analogo utilizado cm actividades de voo livre; 1m) Estabelecer as noma técnicas sobre a seguranga as opcragdes dos servigos de navegagao acrea, transporte aéreo, aerédromos e seguranea contra actos de interferéncia ilcita, bem como quais- quer outras que se afigurem necessirias para 0 cumprimento das suas fingdes, de acordo com a presente Lei, os resulamentos ¢ os padres ou notmnas internacionais; mi) Competed Autoridade Nacional da Aviagio Civil © interacgao com outras entidades do Estado Angolano, ineluindo Departamentos Ministe- riais, para a abordagem e tomada de decisio de questies relacionada com a seauranga da avia- cao civil ea facilitaeao do transporte aéres (00) Binitir avisos de deficiéncias e/ou recomenda- 60es, conforme apropriado ¢ adoptar as medidas necessarias para superar as emergéncias que comprometam a sesuranca da aviacdo civil con- tra actos de interferéncia ilcita, _pp) Blaborar ¢ publicar os regulamentos que visam ‘garantir a criagao de condigdes para atender as pessoas com mobilidade reduzida ne aviagio civil. ARTIGO 12° (Ealidnde Responsive pela Investianeto de Acdentes clientes de Aviarto) 1. A Entidade Responsavel pela Investigagao de Acidentes € Incidentes de Aviagio € uma instituigao, cespecializada em investigar acidentes e incidentes de aviagao, com personalidade juridiea, astonomin adi nistrativa, financeira € patiimonial, € € criada pelo Presidente da Repiblica 2 A Fatidade Responsivel pela Investizagio de Acidentes e Incidentes de Avingao tem autoridade € competéncia en todo o tenitorio da Republica de Angola e actua independentemente da Autoridade ‘Nacional da Aviagio Civil e de qualquer cutra auto- ridade ou entidade cuja fungi ou interesses possam conflituar com a sua missio, seus objectives ¢ suas ‘competéncias, 3. A Entidade de Investigagio de Acidentes ¢ Incidentes de Aviago possui independéneia de actua- gio € acesso inestrito para, em nome do Estado, Angolano, conduit a investigagio de todos os aci- dentes ocomridos em territério angolano, envolvendo acronaves civis de registo aerondutico angolano © estrangeiro. 4A Entidade de Investigagio de Acidentes ¢ Incidentes de Aviagi0 ou seu representante legal tém direito, sem restrigoes, a0 acesso e controlo do local de ocarréncia, dos destrogos ¢ de todo © material © evidéncias relevantes, incluindo gravadores de voo € registos dos Servigos de Trafego Adteo. ARTIGO 13° (Com et2ncins da Fatidade Responsivel pela Investiznsne ‘de Acidentes¢Tneidentes de A¥ing30) 1. Compete aEntidade Resp onsavel pela Investigagao de Acidentes e Incidentes de Aviagao: alk b) Investigar os acidentes € incidentes com aero- naves civis ocomidos em territério angolano; levantando os factos e, circunstancias, a fim de determinar suas causas ou causas provaveis, identificar problemas ¢ deficigneias de segu- ranga e fazer recomendages para eliminar ou reduzir asua repetigio: 4. Proteger e niio divulgar, a partir do momento da ocorréncia deum acidente on incidente até a publicagto do Relatério Final, salvo nos casos previstes no Anexo 13 a Convensao da Aviagao Civil Intemacional, as anal efectuadas € as opinives expressas sobre a informagio, incluindo 2 contida nos regis~ tos dos aravadlores de voo, € 0 conteddo do rascunho de relaterio final da investigagao de tum acidente ou incidente ©) O exercicio dos seauintes direitos e deveres: i. Acesso inrestrito a0 local do acidente ou inci- dente, a aeronave, ao seu contetido ou restos mortais para efectar verificagoes, anotagoes ce analises; i, Acesso imediato e irrestrito a0 contetido dos ‘gravadores de voo outa qualquer outro registo ‘ou gravagao directamente relacionado com 0 evento sob investigagao; iii. Adopcio das medidas necessérias & preser- vvaga0 dos destrogos, da forma € na posigao fem que forem encontrados, e restos mottais dos acidentes investigados © em coordenagiio com as sutoridades militares, policiais, adua- neiras ou politicas do local do acidente; 9804 DIARIO DA REPUBLICA in. Ser informado dos resuitados das valia- 10 Nao divulgar a0 piiblico os nomes das pessoas cs mésicas © psicoldgicas efectuadas acs envolvidas no acidente ow incidente; ‘ceupantes da aeronave e outras pessoas afec- 1 Panticiparcmactividadesnacionais ¢interacionais tadas, bem como de todos os tipos de esames relacionadas com a investigagio ¢ prevengao de ce de clheita de amostras nos corpos das viti- acidentes aéreos, mas e das pessoas envolvidas na operagio da ¥) Bim caso de acidentes de grande magnitude on aeronave, que devido as suns caractristicas © repercus- 1 Solicitar a realizagao de testes de presenga de Ges nacionais ou infemacionais, intragir cm ‘leool, érogas ou outra substincia &tripule- coordenagae com o Orgio responsive pelas 0 da acronave ou a qualquer outra pessoa RelagGes Exteriores com os Estados vineulados cnvolvida na operagao da aeronave on no a0 acidente ou om outros Estados com algun evento s0b investiaagio, inferesse no sentido de conseguir a devida vi Acesso e diteito de colectar quaisquer infor: sssisténcia técnica necesséria para proceder, em tmagdes relevantes para a investigaglo que tempo oportano,alocalizaglo da aeronave dos cestejam em posse do proprietati, do opera- restos mortais dos ocupantes, & a recuperagio dor, doprojectista edo fabricante da aeronave das evidencias ede outros elementos necessirios ‘ou de seus sistemas operacionas, das autori- 20 processo de investigagto; dades aeronéuticas, dor tesponsiveis pelos 1) Partcipar na investigaglo de acdentes ou inciden- fcroportos ¢ acradromes, servigos de naves tes envolvendl aeronavesregistades em Angola tragdo aéreae testemuunhas; cu qperados por operadores angolanos com vii Recolher de qualquer fante as informs. imatricula estangeira, que ocorram em terité= goer necessiriag a0 desenvolvimento. da rio de outro pais de acordo com 0 disposto no Investigagto, sobre infe-estrutura, pessoal, Anexo 13, on qualquer outro ard eelebrado tnaterial, operadores, servigose procedimen, com o pais em eujo taritério ocomeu o acidente; tos aconanices 1) Conuzir 0 respective processo de investigagio siti Outros que se enqundrem nas dsposigoes ern caso de acidente ou incidente, com o auxiio Iconis e remulanenties de Ausels, ben de entidades nacionais e de outros Estados com como as homasepratics recomend estos nice pars ofa; ou 1) Solicitar a asssténcin de entidades nacionais ¢ de au) outros Estados destamente ou por meio de enti- oth dade estatas on privadas no caso de processos i de investigagto de acidentes de grande port; am 2) Emitir recomendapses de seguranga divigidas & MLL “Autoridade Nacional de Aviagao Civil e outras a cnidades governamentas, bem camo entidades aet privadas de qualquer tipo e monitorizar¢avalia BA Entidade Responsivel pela Investigagio de Acidentes ¢ Incidentes de Aviagao publica 0 Relatério Final logo que possivel, com 0 objec- tivo de prevenir acidentes e incidentes, ott no prazo de dozemeses a contar da data da ocorrén cia, de acordo com as disposigdes do Anexo 13 4 Convengao sobre Aviagao Civil Intemacional, salvo justo impediment, Dl mtb wld aLuh PIL} oluk Lk +) Divulgar relatérios anuais sobre 0 andamento da investigagdo, indicando seus pormenores € eventuais problemas de seguranga encontrados, até a publicago do relatério final; O seu cumprimento 2b 3, Todos os processos de investizagdo conduzi- dos pela Entidade de Investigagao de Acidentes € Incidentes de Aviagao sao direccionados a prestar 6 esolreciment das casas dos mesmos © tliza dos excisivamente para fins de prevengao de fans ocorréncias similares de acidentes, nao tendo nunca 0 objectivo de atribuigao de culpa ou responsabilidade. 4. (revogado). 5. Him caso de acidente condo. no tent rio da Repiilicn de Angola cabem no operador © & Entidadc Responsvel pela Investizagao de Acidentes ¢ Incidentes de Aviagao civil, entre outras, as seguin- tes obrigagies: @ Quando a Entidade Resp onsavel pela Investi- sagto de Acidentes e Incidentes de Aviagio exigir ensaios, exames, andlises ou quais- tue outros trabalhos. expecalizndos em simuladores, workshops on laboratrios I SERIE — N° 238 —DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021 980s especializados, no Pais ou no estrangeiro, 0 ‘operador tem a obrigagao de arcar com os custos decomentes do envio € da realizacao dos referidos exames ou testes, A Entidade Responsivel pela Investigacio de Acidentes ¢ Incidentes de Aviaga0 civil € suportada exclusivamente pelo Orgamento Geral do Estado e deve custear as despesas adininistrativas € logisticas de que a investi- ‘2agio exija, nos termos da regulamentacio aplicavel em vigor, 6 (revoeado), 7. A investigagao de acidente ou incidente que envolva exclusivamente aeronaves militares, poiciais ‘ou aduaneiras, ocorrido em qualquer parte do territé- rio nacional, é da responsabilidade dessas intituigies, podendo, caso seja solicitado, a entidade de investiaa- 0 de acidentes de aviagio prestar apoio ou mesmo cconduzir 0 processo todo ou parte da investigncao. 8 A Enlidade Responsivel pela. Investigagio de Acidentes e Incidentes de Aviagio tem @ mesma responsabitidade em caso de acidentes ou inciden- tes ocorridos em tenttério nacional, em que estejam conjuntamente implicados civis, militares, policias nacionais ou aeronaves aduaneiras, para o que também deve assinar acardos operacionais. 9. Os acidentes € incidentes com aeronaves com ‘matricula ou operador angolano que ocorram em terr- trio on 4auas jurisdicionais estrangeiras ou em aguas intemacionais sao syjitos a investigagao técnica pre vista nos acordos intemacionais sobre a materi 10. A inwestigagio de acidente ou incidente com aeronave civil, ocorrido em area militar, poli cial ou aduaneira € da responsabilidad da Entidade Responsavel pela Tnvestigagio de Acidentes ¢ Incidentes de Aviagao, em coordenagao com as respec+ tivas antoridades militares, policiais ou das alfandeaas, com base nos acordos operacionais celebrados entre a Entidade Responsavel pela Investizacao de Acidentes elncidentes de Aviagao e as referidas autoridades, 11. A Autoridade Nacional do Aviagao Civil deve adoptar medidas correctivas, combasenasrecomenda- es de seguranga operacional cmitidas na sequéncia das investigages de acidentes ¢ incidentes efectua- das pela Entidade Responsivel pela Investigncio de Acidentes e Incidentes de Aviagio. 12. Os destinatirios de qualquer recomendagao de seguranga da Entidade Responsavel pela Investigagao de Acidentes ¢ Incidentes de Aviagao tem @ mesma ago. Os destinatarios das recomendages de seguranga emitidas pela Entidade Responsivel pela Investigagio de Acidentes ¢ Incidentes de Aviagio Civil devem nolificar esta Autoridade sobre a adopsa0 das medidas correctivas implementadas, nos prazos estabelecidos nos Regulamentos de Sewuranga Aérea de Angola e Normas Técnicas. d 13. Compete a Entidade Responsavel pela Invest szago de Acidentes e Incidentes de Aviagao verificar ‘este cumprimento, independentemente do que venham. a efectuar os orgies de controlo « fiscalizagao da Autoridade Nacional da Aviagao Civil. 14. As conclusdes sobre as causas ou proviveis causas dos acidentes ou incidentes aéreos a que a Entidade Responsivel pela Investigacio de Acidentes € Incidentes de Avingio chegar devem ser tomadas sem qualquer tipo de interferéncia ou intervengao de ‘qualquer autoridade do Estado de Angols, bem como «qualquer ontra entidade piblica ou privada nacional on strange 15, A Autoridade Nacional da Aviagio Civil deve ‘emit os reaulamentos que a Entidade Responsével pela Investigagao de Acidentes e Incidents de Aviagao, Civil requeiram para o desempenho das suas funcdes, referentes a notificagao de acidentes, incidentes ara- vves, incidentes € riscos operacionais em que estao envolvidos aeronaves civis e todos os elementos que constituem 0 sistema aerondutico nacional. 16, A Fatidade Responsivel pela Investigagio de Acidentes e Incidentes de Aviagio, a seu pedido e em cootdenagao com as entidades no aimbito dos meca- nismos de cooperagao, pode contar com 0 apoio © a colaboragio de outras entidades julgadas necessérias para a contribuigdo nos processos de investigagao. 17. Sempre que se sfigurar necessirio, a Entidade Responsavel pela Investigagdo de Acidentes ¢ Incidentes de Aviaga0 pode recorer ao concurso de outros Estados ou entidades © de peritos técni- eos credenciados para a conduigio de processos de westigagio, ARTIGO 16" (Condieses de proibico e restric) ‘No interesse da soberania nacional, seguransa piiblica ¢ seguranga operacional e seguranga contra actos de interfe- réncia ilicita, a Autoridade Nacional da Aviagio Civil pode proibir ou restringit, temporaria ou permmanentemente, © tr ego aéreo sobre determinadas dreas do territério nacional, ‘com efeito imediato, sem a responsabilidade por danos ot petdas decorrentes da execugao desta medida, SECgAO Entrada, Sobrevoo e Said de Acronaves Estrangeas ARTIGO 19° (esime Geral 1, Sem prejuizo do disposto no artigo 16°, a entrada, sobrevoo ¢ saida de aerenaves estrangeiras do terri- tério nacional ¢ das areas jurisdicionais rege-se pela presente Lei, tratados ow acordos internacionais @ ‘que Angola ¢ os Estados de registo dessas acronaves ‘estgjam vinculados e os Regulamentos de Seguranga ‘Aérea de Angola DIARIO DA REPUBLICA 2 Ld ARTIGO 23° (Obrigacao de aterragem eum tervtinto nacional) LLL 2 0 Edtado Angolano, nos teamos do artigo 3° Bis, do Protocolo relativo a uma emenda Convengio de Chicago sobre a Aviagao Civil Tutemacional, reserva-se 0 direito de fazer uso de medidas coerei- vas adequados para fazer cumprir 0 estabelecido no snimero anterior 3. OBstado Angolanoten o diteito deexiair a ater- ragem, num aeroporte designado, de uma aerenave civil gue sobrevoe, sem autorizagao, 0 seu terrtério ‘1 se tiver motivos razodveis para conclnir que a aero- nave esta a ser ufilizada para fins incompativeis com 05 objectivos da Convengao, podendo, igualmente, dat a essa aeronave quaisquer outras mstrugses necessé- ras para pdr termo a tais violagies, ¢ recomrer a todos ‘os meios adequados compativeis com os rearas petti- nentes do direito internacional abstendo-se em caso de intercesso do recurso a atmas de foz0 e de colocar em, perigo a vida ea sesuranga dos ocupantes da aeronave. 4. Toda a aeronave civil deverd acatar_ uma ‘ordem dada em conformidade com o artigo 3.° Bis do Protocolo relativo a uma emenda a Convencao de Chicago sobre a Aviacao Civil Internacional, ¢ © Estado Angolano tomar as medidas necessérias nos fermos dos Regulamentos de Seguranca Aérea de Angola (RSAA), para obrigar ao ctumprimento de tal ordem a qualquer aeronave civil matrieulada em Angola ou utilizada por um operador que tenha a sede dda sua actividad ou a sua residéncia permanente em Angole, 5. 0 Fstado Angolano adopta as medidas adequa- das & proibigao do uso deliberado de aeronaves civis registadas em Angola ou ufilizadas por um operador que tenha a sua sede principal ou a sua residénecia per manente em Angola para fins incompativeis com os preceitos intemacionalmente exisiveis, 6 © Estado Angolano por via da Autoridade ‘Nacional da Aviagio Civil adopta medidas legais € anges severas que io remetidas és autoridades judi- siais e policiais, ARTIGO 42° ‘(Condises) 1. De acordo com 0 artigo 83.° Bis da Convengao sobre Aviagio Civil Intemacional, a Autoridade ‘Nacional da Avingio Civil pode transferir ou trocar, aps aassinatura de um acordo bilateral, suas fungdes © deveres a outra autoridade aeroniutica de outro Estado, no que diz respeito a acronaves resistadas, de acordo com os artigos 12.° (Regras do Ar), 31.° (Cettificados de Aeronaveaabilidade) e 32° (Licengas de Pessoal) da Convenso sobre Aviagao Civil Internacional, nos termos seauintes: @ Pode atribuir responsabilidades indicadas quanto as fimgoes ¢ atribui¢bes por si trans- feridas, conforme especificado no acordo bilateral, reaulado pelos artigos enumerados ‘no niimero anterior, para as aeronavesregista- dasean Angola, trensferidas para oestrangeiro «€ aceitarresponsabilidades quanto as fungoes € 08 deveres regulamentados das aeronaves rregistadas no estrangeiro que sejam transferi- das para Angola, de acordo como disposto na Convengio da Aviag4o Civil Internacional; ode determinar, no acordo bilateral, a transfe- ‘éncia de fungdes ¢ atrbuiges nas condigoes que considere necessirias € pmidentes, salvo aquelas em que a Autoridadle Nacional da Aviagdo Civil nao pode transfer responsabi- lidades, por neronaves registadas em Angola, para wn Estado que nio eumpra as sas obti- -2ag6es 0 abrigo do direito intetacional em iatéria de vigilancia da sesuranga da avia- » fo civil ARTIGO 49° (Requistos para oacesso ao transporte aéreo daméstco) Os requisitos para 0 acesto ¢ exercicio da active dade de transporte aéreo doméstico sao estabelecidos pela Autoridade Nacional da Aviagio Civil ARTIGO SI (Requisios para o.acesso no servo néreo Internacional regular) LE-h 3. A Antoridade Nacional da Aviagio Civil deve cstabelecer as normas € condigdes para o exercicio de direitos de trafego aéreo, por parte dos operado- tes aeteos estrangeitos, dentro dos principios contidos nos respectivos acordos bilaterais ou multilaterais de transporte aéreo, de que Angola é parte. 4td ARTIGO 5° (equistospara 0 acesso) Os requisitos para a prestagto de servigos aéreos especializados sto fixados por acto proprio. da Autoridade Nacional da Avingtio Civil, ARTIGO 5 (equistos para vacesso) (Os requisitos para o acesso ao exercicio de servi- 08 aéreos privados sao fixados por acto proprio da Autoridade Nacional da Avingio Civil, I SERIE — N° 238 —DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021 9807 ARTIGO 61° (Construeo,operagaioe mantens 3) 1. A construgao, operagao e manutengio dos aers- dromos civis deve obedecer aos Normativos Técnicos Aeronduticos em vigor 2[.1 3.[-1 Abd Led 2E 3. Nenhuma taxa, direto on outros encergos que visem unicamente o privilégio de transito, sobre o ter- ritério angolano ou de entrada € saida do mesmo, sao langadas as aeronaves de outro Estado Contratante ou sobre as pessoas, ou bens que se encontrem a bordo das mess SUBSECCAO VT Servigor de Fulltagde e Seguranga contra Actor de Interforincta Ita ARTIGO 76° (Siena Nala de Facing Segura Canta Ace de Inerfevent ita) 1. AAutoridade Nacional da Aviagao Civil deve ins- tituir um Sistema Nacional de Facilitagao e Seguranga dda Avinglo Civil contra actos de interferénciniicita e definir as suas atribuigdes, organizagio € normas de fimcionamento. 2 Estabelecet, implementar € manter o Programa ‘Nacional de Seguranga da Aviagao Civil com o objec- tivo principal de garantir a scguranga dos passagciros, tripulagocs, aeronaves, pessoal de operagdes de terra, instalagdes aeroportuarias € pUblico em geral. 3d 4h Shel 6. Compete a Autoridade Nacional do Aviagao Civil a aprovagao e coordenagao de todos os progra- mas € politicas de seguranga da aviagao civil, assim como a supervisdo da sua implementagao. 7. A Autoridade Nacional da Avingao Civil deve estabelecer ¢ aplicar as normas ¢ priticas recomenda- das do Anexo 17a Convengaontemacional da Avingao Civil as operagdes da avingZo civil internacional, bem como garanti qc as medidas projctadas para protc~ fer a aviagao civil contra actos de interferéncia ilcta sejam aplicadas as operagdes domésticas, com base rma avalingo de isco de seguranga realizada pelas auforidades nacionsis relevantes especificadas “no Prorama Nacional de Seauranga da Avago Civil 8. A Autoridade Nacional da Aviagao Civil deve estabelecer, desenvolver, implementar manter os semuintes programas 4) Programa Nacional de Formagio, ‘Treino € Certificagao em Seguranga da Aviagao Civil ) Programa Nacional de Controlo de Qualidade {da Seguranga da Aviagao Civil, ©) Programa Nacional de Facilitagao do Trans- parte Aéreo, SUBSECCAO VI Sistema de Seguranea Operactanal ARTIGO 77° (Programa Nacional de Seguranga Operacional da Avago Civil) AAutoridade Nacional da Aviagao Civil deve insti- tuir um Programa Nacional de Seguranga Operacional da Aviagio Civil ¢ definir as suas atribuigdes, orga- nizagao, normas de funcionamento € as tarefas de seguranga das entidades envolvidas na avaliagao do isco de seguranga operacional. ARTIGO 78° (Satureza dos Servigos de Navegacao Aérea) Af. 2. Para efeitos da presente Lei, os Servigos de ‘Navegacao Aérea correspondem: aba 4) Comunicagoes aeronauticas, navegagao aérea e viailancia; ofl SUBSECCAO TT Servigos de Conunicacdes Aeromautcas, Naverario ‘Aéreme Vigiinela ARTIGO 82° (Categoria de Servigos de Camunicacoes Aeroniutias, "Navegarit Viilanci) 1. Os Servigos de Comunicagoes Acronduticas tem. ‘em vista garantir 0 fomecimento de informagoes tteis| 4 conduta segura ¢ eficiente dos vos, nas seguintes categorias: @) Servigo movel aeronautics b) Servigo de radionaveeagao acrondutica, 6) Servigo de vigiléneia e anti-colisao ¢ demais sarvigos definides pela OACT. 2. Os Servigos de Comuicagdes Acroniuticas, ‘Navegagao e Vigilancia devem dotar-se deumarede de telecomunicagoes acronauticas capaz de satisfazer as necessidades especificas da aviagao civil, observando «© disposto na legislago em vigor relativa aos servigos de telecomunicagses nerenauticas. ARTIGO 83 (Normas dos Services de Telecomunicagses Acronis, ‘Navegacto e Vistineta) As normas dos Servigos de Telecomumicagses Aeronéu- ticas, Navegagio € Vigilancia, incluindo as especificagoes dos tipos € dos parametros essenciais dos equipamentos, requisitos em matérias de poténcia, radiofrequéncia, mosu- lagio, caracteristicas do sinal e respective controlo das condigses de revepgdo e de alinhamento, sto estabelecidas ‘em Normativos Téenicos Aeronsuticos, ouvida a Autoridade das Telecomuicagses. 9808 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 1 (CEatidade competente) Lhd 21 3 41 Ao abrigo do n° 1 do presente artigo, os ins- pectores da Autoridade Nacional da Aviagao Civil tm competéncias para a aplicagao das rearas de resolugao de questdes de seguranga operacional € contra actos de intereréncia ict, inchindo as acgbesimediatas pre- vistas na presente Lei, assim como nos Regulamentos de Seguranga Aérea de Angola ARGO 103° (Podrcen gerade cae) No uso dos poderes de fiscalizagio, compete 4 Autoridade Nacional deAviagao Civil, designadamente: al.) 2D lmpor acgbes comectivas, inchindo a rectii cacio imeiata de qunisquerdefciéncias eou aplicar medidas de execucio ¢ fazer cumprir todos os requisitos de seguranga da aviagao civil contra actos de interferéncia ilicita, ARTIGO 104° (Dieta de css pars Haas) A Autoridade Nacional da Avings0 Civil © seus representantes tém live € ininterupto acesso com 0 objectivo de verificar a conformidade com a presente Lei, reaulamentos de seguranga acrea de Angola, © mais nonmas interacionsis apicéveis para inspece cionat, suite, verifier, investigare observar: a} bl ols oud ©) Entrar e inspeccienar qualquer aeronave civil portadora de registo acrondutico angolano ou. qualquer aeronave civil operando em territé- rio da Republica de Angola, sobre areas sob sua jurisdigao, com 0 objective de avaliar qualquer procedimento de suranga da avine so civil contra actos de interferéncia cit, J Entrar em qualquer terreno, instalagao ou edi- ficio cm qualquer acroporto do Estado para fins de actividades de controle de qualidade, ‘ou terreno fora de um aeroporto ocupado para fins comerciais relacionado com um aero- porto ou operador de aeronave; 8) Exigir que um operador de aeronave, aero- porto, aerédromo ou ocupante de terreno fora da infraestrutura aeroportudria usada para fins comerciais relacionados com a acti- Vidade acroportuéria, fomea informacoes relevantes para qualquer auditoria, inspec ho, vistoria, teste ou investigngao: 1 Obter acesso & documentagao e registos de sequranga operacional e contra actos deinter- feréncia ilicita relevantes, 2) Entrevistar qualquer pessoa com o propésito de avaliar o padrio de seauranga operacio- nal out contra actos de interferéncia ilicita ou a implementagao de procedimentos de seguranga; -p) Levar para um acroparto, area do ado on qualquer aren restrita de seauranga, ¢ usar qualquer equipamento necessario para rea lizar as suas fimgdes, incluindo radios, cimaras, dispositivos de sravacio (éudio € video) € artigos especialmente restritos ou proibidos antorizados, como réplica de armas on dispositivos explosivos simulados. ARTIGO 105° (Phono de austen A vias de acheter te aviaga ee fares) 0 Batado Angolano deve estabelecer um plano de assistencia as vitimas de acidentes de aviagio civil e seus familiares, que ¢ estruturado ¢ actualizado resu- Tarmente de acordo com of direrizes estabelecidas pela Organizagio Intemacional da Aviagio Civil nesta materia, CAPITULO VIII Investigario de Acidentes e Incidentes Aeronduticos ARTIGO 1077 (Obrigagto de informe) 1. Em caso de acidente ou incidente de uma aero- nave de nacionalidade angolana no estrangeiro ou em {eritérionacional, os propritérios, operadores ¢pilotos das aeronaves so obrigados a comunicar imtediata- ‘mente os acidentes e incidentes 4 Entidade Resp onsivel pela Investigagio de Acidentes e Incidentes de Aviagio, ‘cu autoridade publica mais préxima, 2 A mesma obrigagao aplica-se a todas as pes- soas que tomem conhecimento de qualquer acidente ‘ou incidente de aviagao ou da existéncia de destrocos de uma acronave ou de pessoas que se possam presu- mir serem sobreviventes de um acidente ou incidente de aviagio. 3. A antoridade que tiver conhecimento da ocar- rénicia de acidente ou incidente de aviagio deve nofificar imediatamente a Entidade Responsivel pela Investigagao de Acidentes e Incidentes de Aviagao ou 1 Autoridade Nacional da Aviagao Civil e deve tomar ‘as medidas de soccrro on salvamento mais urgentes I SERIE — N° 238 —DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021 9809 das vitimas, bem como impedir 0 acesso de pessoas no autorizaclas ao local do evento. ARTIGO 108" (Obrigasno de vigiincls) A adopsae das disposisoes constantes no artigo anterior implica 0 isolamento da Area, com vista a evitar a aproximagao ou intervengio de pessoas ni autcrizadas a0 local do acidente ou dos restos de uma ‘aercnave acidentada ARTIGO 110° (Obrigasio de reat «sujlgo a exame) As pessoas singulares out colectivas, puiblicas ou privadas, sto obrigadas a elaborar os relatérios que Ihes forem solicitados pela Entidade Responsavel pela Investigagio de Acidentes Incidentes de Aviagao, ‘bem como permitit, em tempo itil, 0 acesso a examnes dda documentagdo, do material e evidéncias relevantes dos antecedentes necessérios @ investigagao de ac dentes ¢ incidentes aéreos, ARTIGO IIL (Reamogo da acronave€ cbjectn) 1. A remogao ot retirada da aeronave que soften acidente ou incidente, dos elementos afectados e dos objectos que porventura tenham estado presentes para ‘a produgio do evento ¢ realizada somente com auto- rizagio do investigador encarrezado de conduzir a investigagao ¢ mediante previa coordenagao com a Entidade Responsavel pela Investizacao de Acidentes elncidentes de Aviagao, 2 A Batidade Responsivel pela Investizagio de Acidentes ¢ Incidentes de Aviagio deve coordenar a sua actuagio com as autoridades judiciérias, militares, policiais, sanitérias € aduaneiras, os limites da com- peténcia de cada uma delas. ARTIGO 112° (Sesto judicial einervengao post) 1. A intervengao da Entidade Responsivel pela Inves-tigagio de Acidentes e Incidentes de Aviagio no impede a aegio dos Orgies de Investigacao Criminal, nem a intervengdo policial, nes termos da legislagio penal em vigor, quando as occmréncins este= jam relacionadas com actos criminais, 2 Nos acidentes de aviagao, as autoridades de investigagao criminal e policiais competentes podem sempre intervir, «am concertagao com a Entidade Responsivel pela Investigagio de Acidentes Incidentes de Aviagto, ainda que nto seja mani que o acidente estejarelacionado com actos cr ARTIGO 134° (Cameclamento, suspen de ens, moray des © outros acts) Implica 0 cancclamento ou suspensio de licanga de tripulante ou quaisquer outras licengas, certificados ou autorizages, designagto, delegagio, acitagio, com- peténcia ou privilégios para o exercicio de actividade seronintica, a seanintes indinesdes: ath DL Oldk aL Ok PA violagto das obrigagdes descritas nos Regula- rmentos de Seguranga Aérea de Angola para os catificados de radio-estagao de aetonave € de acronavexabilidade. “ARTIGO 155° (Swpensio eon mutes) 1. Baplicada a medida de suspensio e/oumulta dos respectivos certificados, licengas, autorizactes, apro- vvagses, designagio, delegagao,aceitagao e privileai © demais actos, as infiacgbes cuja responsabitidade recai sobre, operador, proveder, proprietério ou titu- lar quando: a BL. Old att ek BLA, alk Wok 4) Pemniir que 0 pesseal sob sua responsabili- dade exerga fimg8es sob infuéncia de drowas, bebidas alcoslicas, estupefacientes ou subs- tincins psiconctivas, ILE BL} DLd m [ok w Lod: OL; _p) Impedir 0 acesso a informagoes, documen- tos, estatistcas, instalagies © equipamentos as inspectores om auditeres da Autoridade ‘Nacional da Aviagao Civil em exercicio de fimgGes de inspeceao ou supervisio, @ [1 2. Lmplicaa suspenstioe/ou muta dos detentores do certficado, licengas, autorizagSes, aprovagces, desia- nagdo, delegacdo, aceitacao ¢ privilégios as sesuintes iniracgoes 4) Inadequagdo do Sistema de Gestio de Seguranga Operacional do operadoriprove- dor de sexvigos, dL 6) Resisténcia do operador on provedor de seivigos ou demonstragao de fata de dispo- nibilidade em tomar medidas para corrigir ou mitizar a condigao que afecta a segurang operacional on. a seguranga contra actos de interferéncia ilicita efacilitagao; 9810 DIARIO DA REPUBLICA Inadequagéo da competéncia profissional ou quali- ficagbes para desempenhar as tarefas necessérias para cumprit as exigéncias criticas de seguranga operacional ou a seguranga contra actos de inter- feréncia ilicita ¢ facilitagao de acordo com os ‘Regulamentos de Seguranga Aérea de Angola; Otol ILE elk WLk 1 Usilizasao para fins contrtis as cbrizagies pie vilégios dos certficados, icengas,aulorizapbes, aprovagdes, designagao, delegagao, aceitagio € privisios Sed 3. Implica o cancelamento do cettificado, licengas, autoriza¢des, aprovacdes, designagao, delegacao, acei tagao e privilégios as seguintes infracg Ges: a) Ineapacidade do operadenprovedar de servigo ou indisponibilidade de levar a cabo uma acgiocor- rectiva, ou cometimento/repeticao de violagoes seria: dL.1 ©) Comvogto clara por parte do opersdeniproveder de servigo que a continungao da exploragio do servigo€preidicnl para o interest pblico; Uilizagio do servo para fins contirios no certificado, licenga, autorizagao, aprovagocs, aceitacio, delegagio, designagao e privilégios. 4. Implica a suspensao c/ou multa aos detento- res de oetifcado, lcengas, muforizagbes, aprovaies, desigaagic, delesacio, accitayao € privlégios ace proprietérios de aeronaves como exploradores de acto- raves e emprestsnéreas, concessionios,provedores de servigos, erganizasio de treino aprovads,explors- dor de servigo aeroportuario, ¢ de navegagao aérea, incluindo todo o pessoal que presta servigos nos aers- dromos ou desenvolve actividades conexas na aviagao, a segintsiniacg ex Presta falas dectaragdesatoridade aerontutice; No ter nom manter deforma adequada os registos requeridos pelos regulamentos aerondutic os; ©) Nao cumprir com as acgées correctivas aprovadas pela autoridade aeronautica resultantes das ins- pecftes ou uditorinsrealizadas. d) Nao cumprir com os requisitos de notificagao, requeridos pelos regumentos seronticos ) Pemiir 0 acess, trinsito © a permanéncia de pessoas cm dees steels ou rests de suas instalgBes ou aeronave sem 0 respective passe de acesso ou sem o ter visivelmente, em coufor- iidede evi os realamentos em vigor JP Permitir 0 acesso, transite ¢ a permanéncia de pessoas em dreas estereis ou restritas de suas ins talagdes ou acronaves, com um passe de accsso que nao comresponda as dreas nele especificadas: g) Permitit a0 pessoal que presta servigo nas suas instalagSes fazer 0 uso abusivo ou indevido do passe de acesso ou utilizé-lo para fins diversos daqueles para os quais tena sido atribuido; |) Permitir a0 pessoal que presta servigo nas suas instalagSes utilizar 0 passe de acesso para fins pessoais ¢ fora da hora do trabalho; D Pemitir 20 pessoal que presta servigo nas su instalagGes utilizar o cartio de acesso caducado; {j) Permitir ao pessoal que presta servigo nas suns ins- talagdes utilizar o cartio de acesso com dados diversos das fungoes que desempenham, em consequéncia damudanga da area de trabalho, da mudanga de empresa ou qualquer outro motivo, ‘#) Receber beneficios pela prestagio de servigos aero- nauticos, que no forem devidamente aprovados ou autorizados pela Autoridade Aeronautica, }) Nao efectuar a verificagao de antecedentes cti- is € policiais de portadores de cartes de acesso nos termos dos regitlamentos; m) Operar sem possuir um programa exigido pelos regulamentos acronéuticos ¢ devidamente apro- vado pela Autoridade Acrondutica, nn) Nao cumprir 0 programa de seguranga, ineluindo falha em detectar armas, dispositivos tos € outros dispositives perigosos; 0) Nao promover formagio para o seu pessoal em. conformidade com a legislagao e regulamentos aplicaveis; p) Nao promover acgSes de controlo © qualidade lemmas em conformidade com a lexislagao © regulamentos aplicaveis: ) Mundar a sua designagao comercial sem comunicar i Autoridade Acroniutica: 7) Mudar 0 seu enderego da sua sede principal de negécio estabelecida no seu cettificado sem a prévia notificagao & Autoridade Aeronautica, +) Permitir que os condutores de veiculos transeridam, as nommas de seguranga na plataforma imposta ‘nos manuais dos aerédromos, 1) Nao observar os regulamentos as directivas, ins- imigdes, ordens © demais determinagves efou orientagdes demandadas da Autoridade Aeto- nautica: uu) Utilizar ow permitir que se utilize de maneira indevida 0 cartao de acesso que Ihe tenha sido atribuido por razdes de trabalho; sin wcendia- I SERIE — N° 238 —DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021 osu ¥) Negar prestarinformagoes ot negar 0 acesso a documentos ou as instalagoes ou equipamentos ‘aos inspectores da Autoridade Aeronautica em. exercicio de fimyoes de inspecsio ou supervi- 80; w) Ocultar ou emitir reportes, dados ou relatérios falsos; 1) Por qualquer motivo, perturbar on impedira opera- go de acronaves, quando sangao mais grave nao for detesminada por leis y) Negar submeter-se as verificagdes de proficiéncia requerias pela Autoridade Acronautica: 2) Negar submeter-se ao rastreio solicitado pelo pes- soa que excrga fines de sezuranga: aa) Negar, ocultar ou demorar-se na apresentagao de documentos, dads, relatérios, planos de acces correctivas ou informagdes no prazo solicitado pela Antoridade Aeronautics bb) Negar ou demorar a entregar informagées que Ihe tenham sido solcitadas pelas autoridades competentes no Ambito de uma investigagao de acidentes cn incdentes de aviagto: cc) Nao observar os reailamentos, a diretivas, instrugoes, ordcns © domais determinasdes ot orientagdes demandadas da Autoridade Aero- nautien dd) Nao efectuar 0 control de acesso paro as areas stéreis ou zonas restritas de um aerdrcmo nos termos dos regulamentos em vigor, e) Explorar um aerédromo sem observar as nonmas relativas sens de seaurangn, sas dimensoes, bjestos stuados nas refridas areas, eliminago de obstaculos © resisténcia das areas de seau ranga: ffi Transgredir as normas de seguranga de condugao de veiculo na plataforma imposta nos mannis do aerédromo, gg) Violar uma suspensao ou limitagao que the tenha sido imposta pela Autoridade Aeronautica, hhh) Nao dotar os servigas sob sun responsabilidad do ntimero de pessoal necessirio e devidamente quaificado para 0 exercicio das fimgbes que the forem confiadas; ii) Nao dotar o pessoal de equipamentos, manuais € demais instrumentos necessdrios para cumprir adequadamente as suas srbuig6es: _) Permit o exercicio de fangoes ce seauranga sem a previa certificagao pela Autoridade Aeronautica, (kk) Penmitir o exercicio de fimgdes de seguranga com a cetificagto cadtenda: 1) Adquiit,instalar € operar equipamentos de sean- ranga sem a previa homologagio da Autoridade Acronéutica; mun) Falha a0 rastrear adequadamente os passageiros, ‘wipulagdes, bagagem, carga, comeio ¢ fimcions- rn Falha deliberada em manter 0 registo de funcio- narios, (00) Nao protexer devidamente as materias classifica das, pp) Nio camprir com determinagies am sede de satide publica 5. Sem prejuizo das infracgées previstas na presente Lei, compete ANAC a determinagao de outras infracgoes ‘0 abrigo dos RSAA, sendo os valores das mltas fisados ‘em USD, de acordo com a anise da infrneciio, do risco, das eircunstncias atenuantes e agravantes do processo em. concreto. ARTIGO 186° tas) 1. aplicada nmilta cuja responsabilidade recai sobre © passageiro, utilizador do recinto aeroporturio, titular e/ou proprietario, operador ou provedar, = seguintes infiaocdes: alk OL Olek @ ©) Exploragao de aerédromo ou provedor de servigos sem instalagbes adequadas, equipamentos © as facilidades requeridas ou quando estes nto este- Jam de acordo cam a categoria do aerodrome on com aceitago da autoridade, Plnk elk mL } Nao comuicagio a Autoridade Nacional da Avia- 8 Civil da alteragio dos elementos constantes do catificado, licengas, aprovagdes, delezagio cow aitorizagao; Dilek Blk DLk 1m) Tripular uma aeranave sem ser postadar de licenga lou eompeténcia valida € 0 cettficado médico valid, nn) Fazer uso de atribuiges de uma lieenga sem ser portador de cetifcado mésico valide; ‘) Fazer uso dos privilégios de uma icenga ser tera habilitagao inscrita¢ valida na mesma, _p)Inexistancia de um plano de assisténcia as vitimas de acidentes de aviacao civil e seus familiares cw a sia no execugao em caso de acidente on incidente; osi2 DIARIO DA REPUBLICA aE 2Ed old ARTIGO 159° bik (Cates de protbiste de aperacto, prestogio de srvigo, Lak toed ere) AL.) 1A operagao de uma aeronave, prestador de ser- eck vigo, aerddromo, provedor deve ser proibida: .L Pi Ameacas, dirigir palavras ofensivas ou insultuosas aos membros da tripulaglo, ins- pectores da Autoridade Nacional da Aviagio Civil, dentro da aeronave ou nas instalagdes eroportuarias alk pe dL DLR PLE DLol mi [ul ‘m Fumar ou danificar © detector de fimo na aeronave ou nas ‘reas no reservadas para fumadores. 8 Os montantes minimes e maximos das mul tas previstas na presente Lei sto estabelecidos pela Autoridade Nacional da Aviagio Civil 9. As amiltas previstas no presente artigo comres- pondem em Kwanzas equivalente ao minimo de USD 250,00 a 15.500,00 para pessoas singulares e de USD 4.000,00 a 1 500 000,00 para as pessoas colectivas, competindo a Autoridade Nacional da Aviagao Civil a sraduago da multa de acordo com a anilise da infrac- ho, das circunstincias atenuantes € agravantes do proceso em conereto, 10. Constitui infracgao 0 no pagamento das ins- peceves de acompanhamento por parte das entidades previstas na presente Lei ARTIGO 158° (Caos de detenco de meremaves) aluh DL ©) Quando uma aeronave envolvida em infiacga0 para a qual uma multa tenha sido imposta ou ‘possa ser imposta ao seu proprictario ou opera dor pode estar sujeita a detensao de acardo com os procedimentos estabelecidos pela Autoridade ‘Nacional da Aviagio Civil; @ Por dividas 4 Autoridade Nacional da Aviaga0 Civil ald by Se a muita imposta ao proprietario, operador de netonave, prestador de servigo ou de aers- Aromo ou proveder de servigo, nao tiver sido paga no prazo que the for estipulado, OLb @ Fim caso de divides junto Autoridade Nacional da Aviagao Civil, ARTIGO 16 (Caritas ds Servigos Aérews Palco 1. As taxas pela prestagio de servigos e as multas por violagto dos RSSA é aplicavel uma taxa de juros de 196 20 més, a partir da emissto da referida factura ‘ou auto de notificagao. 2. Sempre que houver indicios fundados de que a aplicagio de uma tarifa constitu’ uma pratiea proibida ‘ou petsegite fins predatorios, monopolisticos ou bus ‘que vantagens comerciais indevidas, as autoridades competentes do Estado devem intervir para restringir a aplicagio de tal tafe 3. As restrigdes a que se refere 0 niimero anterior sao definidas pela Antoridade Nacional da Aviagao I em coordenagao com a autoridade competente no dominio da concorréncia ARTIGO 164° (Taxa mats) Os valores das taxas ¢ multas, métodos de céleulo bem como os mecanismos de cobranga, nos termos: da presente Lei, #80 estabelecidos pela Autoridade ‘Nacional da Aviagio Civil ARTIGO 165° ‘egulagae) A Autoridade Nacional da Aviagao Civil ¢ respon- savel pela regulagzo de todas as matérias da aviagao civil ARTIGO 2° (saitamentos) ‘Sto aditados os seguintes artigos: 9°-A, 16°-A, 16°-B, A, 845A, L094, 162A. GARTIGO 9A, (Obrigasoes de aforiagto «coopers 40) 1. As organizagies licenciadas, cettificadas, auto- rizadas, com aceitacio e aprovadas pela Autoridade ‘Nacional da Aviagao Civil devem prestar toda a infor- maga € cooperagio que a mesina Ihes solicite para © cabal desempenho das suas atribuigdes, designada- mente a prestacio de informacées concretas, 0 acesso 3 I SERIE — N° 238 —DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021 9813 registos ¢ a disponibilizagdo de documentos, rlativos a actividade deseavolvida, os quais devem ser dispo- nibilizados nos prazos previstos na lei ou no prazo «que thes for determinado pela Autoridade Nacional da Aviagtio Civil, 2. Sem prejuizo da obrigagao de confidencialidade, 1 Autoridade Nacional da Aviagie Civil pode proce- der divulzagio das informagbes obtidas sempre que tal divulgagio se revele necesséria para 0 sector ou se a divulzagéo da mesma informagao for imposta pelo ‘Tribunal ARTIGO 162-4 (Sistema de Aeronaves RemotamentePlotadas — RPAS) 1 Nenhuma aeronave capaz de navegar sem pilot pode sobrevoar o terrtério angolano sem autorizagio especial da Autoridade Nacional da Aviagao Civil, 2 Compete a Autoridade Nacional do Aviagio Civil aprovar as disposigdes nevessirias, para que © RPAS (Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas) possanavegar com seguranga nas regides acessiveis és aeronaves civis, ARTIGO 16°. Zonas proibidas) 1. Por razaes militares ou de seguranga piiblica, © Estado Angolano pode limitar ou proibir de maneira imifome que as aeronaves de outros Estados sobre- vvoem certas zonas do seu teritorio, sempre que nao facam. distingfio entre as suas proprias aeronaves, fazendo servicos intemacionais reaulares de transporte aéreo, © as aeronaves dos outros Estados contratnntes «que se dediquem a servigos idénticos 2 Estas zonas proibidas tn uma extensto razos- vel eso situadas de modo a nao prejucicarinutitmente anavegaciio area 3. 0s limites das zonas proibidas situadas em ter- ritério angolano © qualquer modificacao @ eles feita posteriormente deven ser comunicados com @ maior brevidade possivel aos demais Estados contratantes © a OACI 4.0 Bstado Angolano reserva-se também o direito, «mn circunstincias excep cionais ou durante um periodo, de emenséncia, ou ainda no interesse da sezuranca publica, e para que tenha efeito imediato, de limitar ou proibir temporarianente os voos sobre a totalidade ou parte do seu territério, contando que estas restrigves se apliquem as acronaves de todos os demais Estados sem distingo de nacionalidade. 5.0 Estado Angolano, de conformidade ecm os regulamentos que venha a estabelecer, pode exizit de toda aeronave que penetre nas zonas referidas nos rimeros anteriores, de aterrar logo que seja possi- vel em algum aeroporto que designar no sex proprio terstrio, ARTIGO 67° (Reducio de perigoscausados pea fama nosaeritramas ¢ zona vias) 1. A presenga da fauna, aves e outros, nos aerédromos: ‘¢ nas suas Zonas vizinhas representa uma ameaga série & seauranga operacional das aeronaves, € esto sueitas as res trigoes especiais que visam minimizar a probabilidade de colisées entre vida animal e aeronaves. 2. As zonas limitrofes ou urbanizagdes préximas dos limites dos aerédromos que podem atvair a fauna, earecem tum estudo aeronéutico especifico, aprovado pela autoridade nacional da aviagao civil que demonstre a redugo da proba- bilidade da fauma ocasionar um perigo para a aviagao civil. ARTIGO St=-A (Aulo navegaeao ate salem © Estado Angolano, no medida do possivel, compro- mete-se a 4) Estabelecer em seu territério aeropartes, servigos de radiocomunicagoes, meteorologia © outras facilidades de navegagao acrea internacional, de acordo com as normas ¢ processos que forem recomendados on oportunamente estabelecidos, b) Adoptar ¢ colocar em vigor os sistemas, proces- sos, cédigos, emblemas, sinais, Iuzes e outras normas ou regulamentos uniformes de comuni- cago adequados que sejam recomendados ou estabelecidos em tempo util, ©) Colaborar em medidas de earacter internacional, de forma a garantir @ publicagao de mapas ¢ cartas seronduticas de acordo com as normas que s¢ recomendem estabelecer fares) ARTIGO 108°. (Colabaracso da Fntidade Responsive pela Investigarao de Acidentes, fe Inckdentes de Avtagho cam outrasentidades do Estado) 1. A petido da autoridade policial ou juste Autoridade de Investigasao de Acidentes e Incidentes de Avingao deve colocar especiatistas a disposicao para realizar os exames necessirios para 0 processo de investigagao do acidente ou incidente aeronsutico ou aeronave civil, desde que @) Nao exista, no 6ra’o solicitante, tecnico trei- nado ot equipamento adequado para os exames exigidos; +) Aautoridade requerente discrimine os exames para seretn feitos; ©) Bxista no quadro de pessoal da Autotidade de Investigagao de Acidentes e Ineidentes de aviago, técnico treinado e equipamento ade- «quado para os exames exigidos, @) A entidade requerente arque com todas as des- pesas correspondentes a0 pedido oad DIARIO DA REPUBLICA 2.0 especialista indicado, nos termos don? 1 do presente artigo, niio pode fer patticipado na investi- acto do mesmo acidente representando a Entidade Responsdvel pela Investigagiio de Acidentes Incidentes de Aviagao. ARTIGO 162°-A Tarif) 1. A fixagdo de pregos pela prestacao de servigos aéteos piiblicos € livre, devendo, contudo, os respec- tivos provedores notificar a Autoridade Aeronautica sobre os mesmos € promover a sua publicagao, 2. Sempre que houver indicios fundados de que a aplicago de uma tnrifa constitu na prticaproibida ‘oul persegue fins predatorios, monopolisticos ou bus- que vantagens comerciis indevidas, as auloridades competentes do Estado devem intervir para restringir a aplicagso deta tifa 3. As retrigbes a que se refere o nimero anterior so definidas pela ANAC em coordenagSo com a auto- ridade competenteno dominio da coneorrécia.» Rrig0 3° vous) ‘Sao revogadas as alineas h), n), ii), m) € zz) don.* 3 do artigo 7. ¢ 0:2 4 € 6 do artigo 13° da Lei n° 14/19, de 23 de Maio. Antigo 4° (contre ein) 1. E aprovada a republicagao da Lei n.° 14/19, de 23 de Maio — Lei da Aviagio Civil, ane a presente Lei e que dela é parte integrante. 2 As expressdes «ANIPAAD @ «VANT» contidas na mesma devem ser subsinidas por «Entidade Respensével pela Investigardo de Acidentes e incidentes de Aviagicn e Sistemas de Aeronaves Pilotadas Remotamenten,respcti- vamente antigo 8° (Divan ais {As divides eas omissBes reultantes da interpretagto e di aplicago da presente Le sto resolvidas pela Assembleia Nacicnal ARTIGO 6° (Pntrada em vigor) A presente Lei entra em vigor & data da sua publicaglo. ‘Vista © aprovada pela Assernbleia Nacional, em Luanda, ‘aos 21 de Julho de 2021, © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedde Dias das Santos. Promulgada aos 3 de Dezembro de 2021, Publique-se, Presidente da Reptblica, Joo Manver Gongatves: Loureco, REPUBLICACAO DA LEI N.* 14/19, DE 23 DE ‘MAIO — LEI DA AVIACAO CIVIL A evolugio da aviagio civil nas stas mais variadas ver- tentes obrisa a que se proceda & revisio da Lei n® 1/08, de 16 de Janeiro — Lei da Aviagao Civil, com 0 objective fundamental de adlequs-la& realidadle modema ea dinamica sociopolitica nacional e intemacional HA nevessidade de se adequar © novo érwae regula. dor do Sistema da Aviagao Civil Nacional, conferindo-the ‘competencias € independéncia, por forma a dar resposta as ‘exigéncias do Doc 9374 da Orginizagiio da Aviagio Civil Intemacional que obriga a que 08 Estados Membros pos- sam uma organizagio eficaz de supervisio, ‘Tendo em conta que o Estado Angolano sujeita-se a cum prir com todas as suas obrigagBes decorrentes de todos os acordos intemacionais sobre aviagao civil aos quais esta vineulado; Urzindo que se atenda 0 n° 3 do artigo 199. da Consti- tuigo da Repiblica de Angola, determina que a criagao de Instinnigbes © Fntidades A dministrativas Independentes sejam feitas por le; ‘A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das dispoxigoes combinadas do n° 2 do aitigo 165.°€ «a alinea d) do n® 2 do artigo 166°, ambos da Constituigao da Republica de Angola, a seauinte: LEI DAAVIACAO CIVIL CAPITULO I Disposices Gerais ARTIGO 1?! (Object) A presente Lei estabelece os principios e regras a ‘observar nos servigos aéreos, nos servigos auxibiares, nas infra-estruturas aeronduticas, na certficago de equipamen- tos € pessoal aeronsutico, bem como na organizagao € no cexercicio dos poderes da autoridade acronautica, no domi- no da aviagho civil ARTIGO 2" ‘Aambito de apieaeao) Sem prejuizo do disposto em tratados, convengdes & ‘outros instrumentos intemacionais de que Angola € parte, a presente Lei regula todas as actividades da aviagao civil no ‘espago aéreonacional eintemacional dejurisdigao angolana ARTIGO 3°¢ (Soberania sobre o expase a ”) 1. 0 Estado Angolano exerce soberania completa e exclu- siva sobre 0 espago aéreo que se encontra sob sa jurisdigao nacional. "adap aio Lda La 321 — Lal que At Lal Avago Chi, pubic no Ded da Apa? 288, de 20 de Deze, See Ara plo igo a Tei n® UBL —Lei qe Altea a Te Avia I SERIE — N° 238 —DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021 oss 2. Considera-se territ6rio angolano todas as aerona- ves de registo acronautico angolano onde quer que elas se encontrem. 3. Todas as acronaves civis angolanas sto considera das teritério do Estado Angolano quando em alto mar ou em temitério que no pertenga a nenhum Estado ou ainda quando em sobrevoo sobre estes. ARTIGO 4° eles doespacoaéreo) E da competéncia das autoridades militares garantir a defesa do espaco aéreo nacional ARTIGOs>° (Gurisdiio nacional) 1 Estao sujetas a jurisdigao nacional todas as acronaves civis que se encontrem em temritério angotano, 2. Estao sujeitos a jurisdicao nacional todos os actos ori- sinaclos por aeronaves que proctizam, ou venham a produzir efeitos, ou quaisquer danos em teritério angolano, ainda que 0s referidos actos tenham sido iniciados em tervitorio estrangeio, 3. Os actos originados por aeronaves consideradas ter- ritério angolano sao, simultaneamente, do dominio das leis angolanas ¢ estrangeiras interessadas, se as suas consequén- cias atingirem teritorio estrangeiro 4. Todo o piloto ao camando de aeronave que sobrevoa 0 territério angolano deve conhecer © cumpri as leis eregula- mentos que regem a navezagao aérea em Angola, ARTIGO 6° (Obrigagoesinernacionais) 1. 0 Estado Angolano obriga-se a cumprit com todas as suas obrigagdes decorrentes de todos 0s acordos intemacio- nas sobre aviagao civil aos quais esta vinculado, 2. No exercicio dos seus poderes ¢ deveres, a Autoridade ‘Nacional da Aviagao Civil actua de forma consentinea com quaisquer obrigagSes assuniidas pelo Estado Angolano, nos termos de qualquer tratado intemacional, convengao ot acardo em vigor ARTIGO7** (Detinicoes) 1, Para efeitos da presente Lei, entende-se por 4a) «Aciderue Aérooy — qualquer evento relacionadoa operagio de una aeronave tripulada, que ocorre entre © momento em que uma pessoa emborca na mesma, com a intengio de realizar voo € ‘© momento em que todas as pessoas tenham desembareado, ou no caso de uma aeronave nao tripulads, quando a aeconave esta pronta para se movimentar com a finalidade de fazer vo € quando ela para ao final do voo, e seu principal sistema de propulsao € desligado, durante o qual: 5 ato plo ago 1 da Le” 3121 — Lal que Aas Lele ago Ci pada io Di dt epabican* 28, de 20 de Dexa. Se 4 Ahern peo age L° 4 Lei n° 31/21 — Ls ee Aetna Le db Aviat i Qualquer pessoa que sofier ferimentos fatais ‘ou graves como resultado de 1. Estar na aeronave, 2. Por contacto directo com qualquer parte da seronave, inchiindo pegas que se soltaram dda acronave; 3. Exposigdo directa a0 jato de um reator, excepto quando os ferimentos sejam de causas naturais, tenham sido causados por uma pessoa a si mesmo ou tenham sido cansados por outras pessoas ot sejam ferimentos causados por passaei- ros clandestinos escondidos fora das érens normalmente destinadas a passagciros © tripulantes. i, A acronave sofia dano estrutural on quebra que: Afecte a sum resistencia estratural, desem- penho ou caracteristicas de voo © que normalmente requeira grande reparo ou substituigao do componente afectado, excepto para falha ou dano do motor, quando 0 dano € limitado a um tinico motor (incluindo seu caps ou acessérios), helices, pontas das asas, antenas, sondas, laminas, pneus, freios, rodas, carena- gens, paingis, portas de trem de pouso, para-brisa, estnutura extema da aeronave (Como pequenos amassados ou perfura- es) ot danos menores as pas do rotor principal, pas do rotor do balanceador, trem de pouso e aqueles resultantes de gra- nizo ou colisdes com passaros (ineluindo fis no radome); ou iii, Aacronave esteja desaparecida ou fique total- mente inacessive. ) «dctos ce Interferéncia Iiciteo. — actos ou tentati- ‘vas com a intengao de comprometer a seguranga \daaviagao civil, inchuindo, entre outro, oseauinte: 1. Apreensioilegal de acronaves: 2. Destruigdo de uma aeronave em servigo; 3. Tomada de refs a bordo de aeronaves on sersdromos, 4, Intruséo pela farga a bordo de uma aero- nave, mum aergporto ott recinto de tana instalagdo acronéutica, 5. Introdupao @ borda de uma aeronave on seroporto de armas ot dispositives (on substincias) perigosos para fins eriminosos, 6, Uso de ma aeronave em servigo com a finalidade de causar mort, lesoes corpo- zais graves ou danos graves propriedade ou a9 meio ambiente; 9816 DIARIO DA REPUBLICA 7. Comnicagto de informagdes falsas que comprometam @ seguranca ce: uma acto= nave em vo, em tara, ou a seguranca de passageiros,tripulantes, pessoal de terra ¢ © pliblico num acroporto ou nos recintes de uma instalago de aviagio civil ©) «Aeréromoy — area definida emterra cu em agua, inchindo quaisquer edificios, instalagbes e equ pamentos, destinads a0 uso, no seu todo on em. parte, para a chegada, partida e movimento en tesra de acronaves, d) «deronmer — qualquer miquina que possa sustentar-se na atmosfera a partir das reacgocs doar, quento sejam contra a superficie terrestre: ©) «Aeronane Chiy — qualquer aeronave reaistada «an qualquer pais, & excepedo de aeronaves do Estado, LP «Aeronane do Estadon — aeronave usada exchir sivamente para 0 servigo da administragao Publica, inefuindo as aeronaves ao servigo da policia e das alfandegas eas aeronaves militares; 2) «leronave em Foo» — considera-se em voo toda a aeronave desde o momento que empresa a sta forga motriz para se descolar até 0 momento em que fermina o percurso da aterragem, ny Revosaday’ I) «Aeroneve Neo Tripulata, da sigla inglesa ‘Unmanned Aircraft — aeronave projectada para ‘operar sem piloto a bord ¢ inclu bales no tr- puladlos, pipas (kites), aetomodelos controtados Por linha, aeromodelos de voo livre ¢ aeronaves pilotadas remetamente; 8 «leronane Remotamente Pilotaday — aeronave no tripulada que € pilotada a partir de uma estagto remota: _j) “Aeroporty — os aerédromos pilicos dotados de instalagdes € facildades de apoio as operacoes de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas © cargas, b) wAnexos 4 Convengdo sobre a Aviagéio Civil Internacionaly — documentos emitides pela Orgmizagao da Aviagao Civil Intemecional, contend as normas ¢ as praticas recomendadas aplicaveis & aviagao civil; 1} «Acessoriasy — instrumentes, equipamentos, aparelhos, pecas ou sobressalentes de qualquer tipo que so usados, ou susceptiveis de sere usados, ou concebidos para tal, na navegagao, ‘operagao, ou controle de uma aeronave en ‘¥o0, inchiindo para-quedas ¢ equipamentos de * Rewgada pelo artigo 3° dL 1°31 —Lei ave Akard Ano comunicagses € qualquer outro mecanismo, ot :mecanismos instalados, cu acoplados aeronave durante 0 voo e que nao sejam parte, ou pegas da eronave, motores da aeronave ou helices: 1m) «ntoridade Nacional da Aviagdo Chil, abrevia damente cesignada por «ANAC» — Autoridade Aerondutica ou Auteridade da Aviagao Civil ¢ a entidade competente ern materia de reautagio. € controle da aviagto civil da Republica de Angola: 1) Revosado)*, 0) «hviagtio Civib» — 0 conjunto de actividades © servigos vinculados 20 emprego de aeronaves civis, inciindo as questdes relacionadas com a seguranga operacional © a seguranga contra actos de interferénciailicita, ) «Causes» — aegbes, omissses, eventos ou sa combinagio, que concerrem para um acidente cou incidente, Dp) «Certificado de Aerédromoy — cetiticado emi- tido pela Autoridade Nacional da Aviagao Civil de acordo com a lezislag80 aplicével para opera- 20 de um aerodrome: ) «Cerifeads de Operador Aéreoy — documento «que autoriza um operador a conduzi peragies especificas de transporte aereo comercial: 1) «Convengto sobre Aviagéo Civil ternactonaby — convengio assinada em Chicago em 1944 que insti a Organizagao da Aviagao Civil Inter- nacional, abrevindamente designada «ICAO» € estabelece a base intemacional dos acordos sobre a aviagdo civil 1) ntidade Responsive! pela Imestigasio de Acidentes ¢ Incidentes de Aviagéioy — € wna cntidade diferente da Autoridade Nacional da Avingio Civil, encarregada da investizagio de acidentes ¢ incidentes de aviagao civil 5} «Bspago Aéreoy — & a peegio da atmosfera que scbrepbe oteritério de um pais, terrtorio maritino, a partir do nivel do soto, ou omar, até 100 km de altitude, onde o pais detem 6 controle sobre a movimentago de aeronaves; 0 «spago Aéreo Nevegaely — 0 espaga aéreo cima das altindes minimas de voo preseritas ‘nos Regulamentos ¢ Normativos Técnicos Aero- nauticos estabelecidos a0 abrigo da presente ichrindo o sen Lei, incluindo 0 espago aéreo necessério para -garantir seguranga @ aterragem e descolagem de aeronaves, * Reweado plo zo 3" ci 3121 —Te ve Ak a Lid Avi I SERIE — N° 238 —DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021 9817 i) «Factores Contribuintes» — acgoes, omissoes, eventos, condigdes, ou uma combinagao das mesmas, que, se eliminadas, evitadas ou ausentes, teriam reduzido a probabilidade de ‘ocorréncia do acidente, ou atenuadas a gravidade das consequéncias do acidente ou incidente A identificagaio dos factores contribuintes nao implica a imputagio de culpa ou a apuragio de responsabilidade administrativa, civil ou crimie nal; ¥) «Grevador de Yoo — qualquer tipo de grava- dor instalado na seronave com 2 finalidade de complementar um processo de investigagao de acidente ou incidente; w) «Hélice» — dispositive para impulsionar uma, aeronave, formado por pas montadas no veio de transmissio do grupo motopropulsor € que a0 sitar, produz pela sua aceHo no ar cireundante, impulso aproximadamente perpendicular a0 seu plano de rotagao, inclui rotores principais, auxiliares, ow chapas rotativas do grupo moto- propulsores: 1) «feliportoy — wm aerodrome ou area definida ‘numa estrutura destinada a ser utilizada na tota- lidade ou em parte para aterragem, descolagem & movimento a superficie dos helicépteros; v) ednformagiio de Seguranea Operacionab — toda a informagao obtida atraves dos Sistemas de Recolha eProcessamentodeDaxlos de Seguranga Operacional, que do inglés significa Sofety Data Collection and Processing Systems (SDCPS) fe que deve ser protegida do uso inapropriado, visando garantir a continua disponibilidade de informagio para tomar medidas preventivas adequadas e opartunos € melhorar seguranea operacional da aviagio, sem qualquer interferén- cia com outros éraaos competentes da justiga de Angola; 2) cdneidente Aéreo» — toda a ocomréneia diferente de um acidente, associnda & operagio de uma acronave, na qual € ou podetia ser afectada a seauraga da operagto; aa) Incicente Aéreo Greve — wn incidente que envolve circunstancias de alta probabilidade de um acidente que nao aconteceu, associada com operagiio de una aeronave € que ocora no periodo compreendido entre 0 momento em ‘que qualquer pessoa embarca na aeronave com a intengio de realizar um voo eo momento em 4 actonave esteja pronta para mover-se com @ intengao de voo até ao momento da sua paralic sagto no final do voo € 0 sistema primario de propulso € destizado; bb) «tnstalagdo de Navegacdo Aéreeo» — qualquer instalagao usada, disponivel ou destinada para 0 ausilio a navegacio aérea, incluindo aeroportes, freas de atenagem, luzes, qualquer aparelho ou equipamento para disseminar informacdes meteoroléaicas, para sinalizagao, localizacao de radio direccional ou rédio ou outra comumicagao electromasnética, ¢ qualquer outra estrutura ou ‘mecanistno com finalidade similar para dirigir ou controlar © vo no ar cu na aterragem ¢ des- colagem de aeronave: <) «lnvestigador-Responsavel (IR) — pessoa indi- cado, com base nas suas qualificapses, pata a rgmiizagio, condugao e controlo de uma inves- tigagio de acidente aeronsutico: didecMer Territorial — uma faisa de aauas costeiras com uma extensio de 12 millias nauticas ( quilémetros), a partir do litoral de um Estado, que € considerado parte do tervitorio daquele Estado, ee) «Membro da Tripulacdion — a pessoa designada por tm operador para desempenhar funngoes rmuma aeronave durante um periodo de servigo de voo. Os membros da tipulagao devem incluir aqueles que si designados pelo opcrador da aeronave para desempenhar suas fungbes durante 0 voo:, ff «Mercadorias Perigosasy —artigos ou substancias susceptiveis de representarem riscos significati- vvos para a saitde, seguranca operacional, bens 1 meio ambiente quando transportados por via nérea e que esti listados na lista de verificagiio de mercadoria perizosa contidas nos instrutivos da Organizagao da Aviagao Civil Internacional ou que so clasificados de acordo a esses ins- itivos; 88) «Motor de Aeronane — qualquer motor usado, cou coneebido para ser usado, para propulsio de aeronaves ¢ incluindo todas as pecas ¢ seus accesérios, com excepgao das helices, ‘hh «Normativos Técnicos Aerontaaicosy — con Jimto de normas, instrtivos, directivas, ordens € cireulares de informagao aeronsutica destinado a garantit a implementagao dos padrdes € pra ticas recomendadas estabelecidas nos Anexos & Convengio sobre a Aviago Civil Intemacional, que todas as pessoas tenham desembareado ia) (Revosado)’; da mesma, ou em caso de uma aeronave nao tripulada, tenha Iugar entre o momento em que * Rewpato peo azo 3d ci 3121 —Te ve Ak aL da Avi

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