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ARTISTAS

Ana Dias Batista Luciana Monteiro


Ana Raylander Mártis dos Anjos Luiz83
Cinthia Marcelle Mauro Restiffe
coletivo Tem Sentimento Rafael BQueer
Fabiana Faleiros Renato Dib
Gui Teixeira Ricardo Basbaum
JAMAC Tiago Gualberto
Jarbas Lopes Vitor César
CURADORIA
Caio Bonifácio Joana Waldorf Yná Kabe Rodríguez
Érica Burini Kássia Borges
João Henrique Andrade
Thais Rivitti
BORA LÁ É UM CONVITE.

Um convite para pensar a arte e o meio artístico e mostrar o que estamos produzindo nesse
momento de rearticulação do setor da cultura. O que precisamos, queremos e podemos fazer
para reconstruir nosso meio? Quais as temáticas, linguagens e interesses nos mobilizam hoje?
Depois de quatro anos de um governo devastador para artistas e demais profissionais do
meio, é hora de nos reorganizarmos. As ações do projeto "Bora lá" começaram no dia 1 de
julho e vêm acontecendo semanalmente na sede do Ateliê397. Trata-se de um conjunto de
atividades que inclui festas, debates, oficinas, textos que nos convocam a estarmos juntos e
refletindo.

Uma atividade central em meio às que estamos organizando é a realização de uma exposição
coletiva de arte com o título "Bora lá", abertura prevista para 19 de agosto e encerramento dia
24 de setembro. Estamos convidando artistas cuja produção nos parece fundamental para
ajudar a construir esse novo campo: artistas que trabalham numa perspectiva crítica ao
sistema da arte, artistas que abraçam os desafios de uma produção coletiva, artistas que
colocam em seus trabalhos abordagens - quer sejam temáticas, quer sejam de linguagem -
novas e instigantes.
Tomamos como ponto de partida o trabalho realizado pelo JAMAC - Jardim
Miriam Arte Clube, parceiro de longa data do Ateliê397, atuando há cerca de duas
décadas na periferia de São Paulo. Olhar para o Jamac é chamar a atenção para
questões como: reconhecer um vínculo intrínseco entre fazer arte e fazer política,
estabelecer diálogos com grupos sociais já atuantes em determinado território,
dar seguimento a uma pesquisa técnica, formal e prática contínua (que pode ser
observada no caso do Jamac no campo da pintura ampliada), esgarçar limites de
linguagem (rádio poste, publicações, saraus, cinema etc), compreender a
dimensão formadora da arte promovendo programas como oficinas, cursos, etc
que também investigam a possibilidade de ver "a arte como ofício", acolher
demandas de debates e produções que procuram um lugar para se estabelecer
(questões de gênero, raça, políticas públicas, entre outras), buscar um lugar de
troca com as esferas públicas (governos, prefeituras) e privadas (mercado,
galerias) criando relações produtivas para todos.
Como não temos nenhum recurso para a produção da mostra, não podemos remunerar
a participação de nenhum artista nem sequer arcar com custos de qualquer natureza
tais como produção de obras e transporte. Mas nos prontificamos a ajudar, na medida
das nossas possibilidades, a viabilizar os projetos pensando juntos formas e estratégias.
Vale lembrar que a dedicação da equipe curatorial também não será remunerada, assim
como a dedicação dos profissionais do Ateliê397 que se envolvem com o projeto
(designer, comunicação, bar, etc) também não prevê remuneração.

Abrimos uma campanha de crowdfunding para o projeto "Bora lá" na plataforma


Abacashi com a finalidade de cobrirmos alguns dos custos da mostra, tais como pessoas
para atenderem o público durante o horário de funcionamento da exposição,
profissionais de montagem, o serviço de pintura para devolução do espaço entre outros
gastos incontornáveis.

https://abacashi.com/p/bora-la
Ana Dias Batista
Exaustores enterrados, 2021

No telhado deste galpão havia cinco exaustores industriais: dois eólicos e três a motor,
acoplados a chaminés de fibra de vidro.
Cavamos valas no piso, projetando, em planta, a posição que cada peça ocupava. A
profundidade foi dada pela distância entre o topo das peças e a base da tesoura do
telhado. Posicionamos os exaustores de ponta-cabeça, espelhados. A terra foi devolvida às
valas e travou os exaustores. O trabalho foi executado pelos mesmos pedreiros que
reformaram o espaço, e a superfície recebeu o mesmo acabamento do piso original.
O galpão abrigou uma gráfica e uma confecção, e está sendo adaptado para sediar um
teatro. Os exaustores permanecerão sob os seus usos futuros.
Ana Raylander Mártis dos Anjos
Anos de tirania, série Primeira pessoa do singular, 2023

Seleção de 194 versos na primeira pessoa do singular, como sujeito ou


enunciador, retirados de canções gravadas no período da Ditadura Militar
brasileira, compreendida entre os anos de 1964 a 1985. 5 dípticos
escultóricos de madeira de eucalipto, aço, cimento, tinta vinílico, grafite e
decalque de texto.

Duas peças de 200 x 10 cm; duas peças de 100 x 10 cm; duas peças de 50 x
10 cm; duas peças de 25 x 10 cm; duas peças de 12,5 x 10 cm.

R$ 25.000,00
Ana Raylander Mártis dos Anjos
Anos de tirania, série Primeira pessoa do singular, 2023 (detalhe))

Álbuns completos: A arte negra de Wilson e Nei Lopes (1980), de Nei


Lopes e Wilson Moreira; Antes que eu volte a ser nada (1975), de Leci
Brandão; Ave Sangria (1974), de Ave Sangria; B.R.3 (1971) e Tony
Tornado (1972), de Tony Tornado; Candeia (1970), de Candeia;
Complexo de Édipo (1973), de Tom Zé; Hoje (1969), de Taiguara.

Canções: Acorda amor, de Julinho da Adelaide e Leonel Paiva (Chico


Buarque); Alegria, Alegria, de Caetano Veloso; Aquele Abraço, de
Gilberto Gil; Apesar de você, de Chico Buarque; Cálice, de Chico
Buarque e Gilberto Gil; Como nossos pais, de Belchior;
Comportamento geral, de Gonzaguinha; Da vila da casa de bamba, de
Martinho da Vila; Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, de Erasmo
Carlos e Roberto Carlos; Disritmia, de Martinho da Vila; Domingo no
parque, de Gilberto Gil; El Rey, de Gerson Conrad e João Ricardo; É
proibido proibir, de Caetano Veloso; Eu quero é botar meu bloco na
rua, de Sérgio Sampaio; Jorge Maravilha, de Julinho da Adelaide
(Chico Buarque); Mosca na sopa, de Raul Seixas; O Bêbado e o
Equilibrista, de Aldir Blanc e João Bosco; Pra não dizer que não falei
das flores, de Geraldo Vandré; Primavera nos Dentes, de João
Apolinario e João Ricardo; Que país é este, de Renato Russo; Salve as
Crianças, de Quim Negro; Sinal Fechado, de Paulinho da Viola.

R$ 25.000,00
Cinthia Marcelle. O dramaturgo, 2015, série Conjunção de fatores.
Impressão jato de tinta sobre papel Hahnemühle Photo Rag Ultrasmooth 305 gr, 103 x 103 cm (cada)
Com a participação de Eid Ribeiro. Fotografia de André Hauck.
coletivo Tem Sentimento
Loja de roupas e bolsas costuradas
pelo coletivo de mulheres cis, trans e
travestis

moletom R$ 120,00
camiseta R$ 25,00
cropped R$ 100,00
ecobag R$ 40,00
pano de prato R$ 25,00
bandeira R$ 20,00
porta-isqueiro R$ 20,00

pagamento por PIX:


coletivotemsentimentooficial@gmail.com
Fabiana Faleiros
Lady Incentivo, 2012-2016
Vídeoclipes disponíveis em:
https://www.youtube.com/@donafaleiros
Fabiana Faleiros
Lady Incentivo:
Realização, 2013
Adesivo em vinil
recortado
100 x 148 cm
Gui Teixeira
Massagem social, 2012-2022
Cadeiras de massagem rápida adaptadas
80 x 300 x 300 cm
JAMAC
Olha pro céu, meu amor, 2012-2023
Pipas-gravuras
pipas estampadas em stêncil
70 x 54 cm
JAMAC
Panos de prato pintados, 2023
Panos pintados na oficina de estêncil realizada pelo Jamac com
artistas, curadores, produtores e designers da exposição Bora lá

Os panos de prato estão à venda por R$ 70,00.


O valor arrecadado será revertido para cobrir parte dos custos
da participação do Jamac na exposição.
Chave PIX (CNPJ): 14.054.750/0001-50
Jarbas Lopes
És Vanguardista?, então assina esta ficha. - Mário Pedrosa assina a primeira ficha do PT - Foto Performance sobre Fotografia de Nair Benedicto, 2023.
Impressão sobre papel fotográfico, díptico
61 x 78 cm (cada)
Joana Waldorf
Ficamos por aqui, 2023
Video
27'47"

Esse vídeo possui conteúdo sensível

Para a confecção deste trabalho, Waldorf realizou uma chamada aberta


para a escuta de relatos de pessoas trans com experiências abusivas no
âmbito da psicanálise, tocando sobretudo questões de gênero, mas
também de raça e classe. As cenas foram criadas pela artista, que se
coloca na posição de analista e analisante. Além das histórias coletadas,
entra em cena a vivência da própria artista, que atua na clínica
psicanalítica e se identifica como pessoa não-binária, citações de escritos
e falas públicas de psicanalistas renomados,
tidos como progressistas, mas que possuem visões
danosas e limitantes sobre as questões relativas à
gênero. De maneira flagrante, estas práticas são
expostas e denunciadas pela obra, que encontra
outras leituras em figuras, representadas na fala
des analisantes.

https://www.joanawaldorf.com/ficamosporaqui

Joana Waldorf
Ficamos por aqui, 2023
Vídeo
(Trabalho em andamento)

Depois da convocatória, a artista fará


um vídeo incorporando os relatos,
colocando-se no lugar do/a/e
analisando e do/a/e analista
Kassia Borges
Vag…as (floração), 2023
Cerâmica
Dimensões variáveis

(detalhe)
Luciana Monteiro
Entrelaces, 2022
Vídeo e ação de intervenção de bordado sobre fotografia
A artista convocará mais artistas mulheres negras para selecionarem
e bordarem reproduções de fotografias significativas de suas famílias
18'10"
Luiz83
#001, da série Oficio, 2016-2023
tecido, lâmpada led, fio elétrico
245 x 180 x 10 cm

Edição de 3 + 1 P.A.
(detalhe)

Luiz83
parabéns…!!!, 2023
Tecido, cano de ferro, plástico e caveira de vidro
com aromatizador de café e chocolate
200 x 70 x 70 cm

Edição de 40
Mauro Restiffe
Estacionamento
Oficina, 2014
Gelatina e prata
coleção privada
Mauro Restiffe
Evoé, 2023
Gelatina e prata
30 x 45 cm

Fotografia inédita realizada no


Rito de Transmutação, velório
de Zé Celso, no Teatro Oficina
Rafael BQueer
Madame Satã, 2020, série UóHol
Impressão em papel Fine art
50 x 67 cm
Rafael BQueer
Power Ranger - Super Zentai,
2017
Fotoperformance
Impressão UV sobre PVC
40 x 60 cm
Registro: Gustavo Damas
Renato Dib
Bandeira Boca n. 1, 2018
Tinta acrílica sobre tecido
73 x 103 cm
Renato Dib
Sudários, 2023. Tinta acrílica sobre lenço de algodão, 32 x 32 cm (cada)
Ricardo Basbaum
Você gostaria de participar de
uma experiência artística?,
1994-presente
Aço pintado
125 x 80 x 18 cm
Tiago Gualberto
Espaço para colorir, 2023. Intervenção sobre 16 imagens apropriadas de páginas de Instagram de galerias de arte, impressas em A4
https://goo.su/vaQSPy
Tiago Gualberto
Espaço para colorir, 2023
Papel sulfite, papel machê, luminária industrial,
aço galvanizado
Dimensões variáveis
Vitor César
A manutenção do cotidiano produz seu
ritmo, 2023
Tubos de aço recortados com frases ou
sinais gráficos para serem montados em
diversas arquiteturas
200 x 2,54 x 2,54 cm (cada)
(detalhe)
Yná Kabe Rodríguez
República de Mulheres de Pau, Homens de Buceta e
Pessoas Intersexo (2018—2022)
Pôster em madeira, gravado com pirógrafo
70 x 49 cm
(perfil)

Yná Kabe Rodríguez


Air France, 2018-2022
pôster em madeira e objeto inflável
100 x 59 x 25 cm
Yná Kabe Rodríguez
Boys Cruising, 2018-2022
pôster em madeira, bonecos de plástico e corda
91 x 62 cm
ARTISTAS
ANA DIAS BATISTA
1978, São Paulo

Em 2000 formou-se em artes plásticas na ECA-USP. Em 2014, concluiu seu


doutorado na ECA-USP. Em 2001 fez individuais no Centro Cultural São Paulo e
na galeria Adriana Penteado, São Paulo. No ano seguinte realizou, com Eurico
Lopes e Rodrigo Matheus, o Plano Copan, projeto independente no edifício
paulista. Participou das coletivas 20 anos – 20 artistas, 2002, CCSP, To be political
it has to look nice, 2003, Apex art, Nova York, MAM [na] Oca, SãoPaulo, 2006 e do
simpósio São Paulo S.A., Situação n. 2, 2002. Expôs individualmente no Centro
Maria Antônia, São Paulo, 2004. Recebeu a Bolsa Pampulha e, em 2007,
apresentou individual no Museu da Pampulha, Belo Horizonte. No ano seguinte
concluiu mestrado em artes visuais na ECA/USP e,ainda em São Paulo, realizou,
com Laura Andreato e João Loureiro, Vistosa, projeto independente contemplado
no Prêmio Conexão Artes Visuais da Funarte. Em 2009, apresentou a individual
Programa na Estação Pinacoteca, São Paulo, e recebeu prêmio da Secretaria de
Cultura de São Paulo. Fez individuais nas galerias Mendes Wood, São Paulo (2010
e 2011), Ybakatu, Curitiba (2010) e Marília Razuk, São Paulo (2015). Em 2013
participou, entre outras, das exposições Beyond the Library, Frankfurt
Buchmesse/ Hall 4.1, Frankfurt, e Itochu Aoyama Art Square, Tokyo, Conversation
Pieces, NBK, Berlin, Imagine Brazil/ Artist’s Books, Astrup Fearnley Museet, Oslo,
e Économie Domestique, La Maudite, Paris. Realizou a exposição individual Chão
Comum na Pinacoteca do Estado de S. Paulo (2018).
ANA RAYLANDER MÁRTIS DOS ANJOS
1995
Ana Raylander Mártis dos Anjos é uma artista trans racializada, nascida no cafundó do
mundo. Em sua prática procura estabelecer um diálogo entre a história coletiva e a sua
própria história, o que tem chamado de prática em coralidade, envolvendo grupos de
pessoas para colaborações e experiências de aquilombamento. Com formação em
palhaçaria, bacharelado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais
(Brasil) e Arte e Multimédia pela Escola Superior Gallaecia (Portugal), entende sua atuação
como um fazer interdisciplinar e transversal. Vem recorrendo com frequência aos
saberes da educação, escrita, performance e brincadeira como forma de compor um
maquinário verbal, corporal e ético para discutir urgências em projetos de longa duração.
Foi contemplada com uma residência de pesquisa no Museu de Arte Moderna do Rio de
Janeiro (2021), de arte contemporânea na Adelina Instituto (2019) e com o Prêmio de
Residência EDP nas Artes, do Instituto Tomie Ohtake (2018). Realizou diversos projetos
individuais como Willian, na Temporada de Projetos do Paço das Artes (2023); Coral de
Choros, no Programa de Exposições do CCSP (2018) e Duas Toalhas de Banho, na Área
Panorâmica de Tui, Espanha (2017). Participou de exposições coletivas como Artista de
Artista, na Galeria Luisa Strina (2023); E Se, na Galeria de Artista - GDA (2023); The Day
Before the Fall, pela Apexart de Nova York (2021) e da XIX Bienal Internacional de Cerveira
(2017). Em 2020 fez o primeiro levantamento de artistas transmasculinos e não-binários
nas artes visuais, reunindo 90 nomes. Vem atuando também na produção de textos
críticos e literários, tendo escrito para o Grupo de Crítica do CCSP por dois anos
consecutivos; para o catálogo da exposição panorâmica da artista Cinthia Marcelle no
MASP, para a intervenção da dupla Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. no MUPA e
no Jornal Nossa Voz da Casa do Povo.
CINTHIA MARCELLE
1974, Belo Horizonte
Vive e trabalha em São Paulo desde 2010. A artista transita por diversos suportes: desenhos,
colagens, fotografias, vídeos, performances e instalações, tomando como eixo de suas
experimentações o aprimoramento de seu método de trabalho – operação muito delicada que
vai se desembolando com o tempo, em um movimento para fora e para dentro do mundo. Suas
obras carregam um caráter temporal, presente na prática da repetição e do acúmulo. O trânsito
entre a organização e desorganização das coisas (e de sua própria metodologia de trabalho),
propõe intervenções que sugerem novos arranjos/circuitos de forma a tensionar as normas das
estruturas hegemônicas vigentes.Trabalhos em parceria com outros artistas e participação em
projetos coletivos também constituem práticas recorrentes do seu processo. Entre suas
exposições individuais recentes, destacam-se Family in Disorder (Modern Art Oxford, 2017).
Dentre as coletivas que participou recentemente, destacam-se A Clearing in the Forest (Tate
Modern, Londres, 2022); Língua Solta (Museu da Língua Portuguesa, São Paulo, 2021); Soft
Power (SFMOMA, São Francisco, 2019). Cinthia Marcelle foi a artista selecionada para ocupar o
Pavilhão do Brasil na 57ª Bienal de Veneza (2017) com a instalação Chão de Caça, que recebeu
Menção Especial do júri da mostra. Participou de inúmeras bienais internacionais como 10ª
Bienal de Berlim: We Don’t Need Another Hero (2018); 5ª Bienal de Lubumbashi, Congo (2017);
11ª e 12ª Bienal de Sharjah: Re:emerge (2013) e The Past, The Present, The Possible (2015);
Trienal do New Museum: The Ungovernables (2012); 29ª Bienal de São Paulo: Há sempre um
copo de mar para um homem navegar (2010). Seu trabalho integra o acervo de diversas
instituições nacionais e internacionais incluindo Instituto Inhotim (Brumadinho), Instituto Itaú
Cultural (São Paulo), MAM (São Paulo), KADIST (São Francisco), MASP (São Paulo), Pinacoteca do
Estado de São Paulo, MoMA (Nova York), Pinault Collection (Paris), SFMOMA (São Francisco), Tate
Modern (Londres). Em 2022, Cinthia Marcelle realizará duas exposições individuais
monográficas, no MACBA (Barcelona) e no MASP (São Paulo), as quais são acompanhadas do
lançamento de duas publicações inéditas.
coletivo TEM SENTIMENTO
2016, São Paulo
O Coletivo Tem Sentimento foi criado por Carmen Lopes em 2016 e
iniciou-se através de ações e oficinas de autocuidado para a população em
situação de rua e, desde então, vem fazendo um trabalho que reconhece e
considera todas as complexidades que envolvem as vulnerabilidades de
quem vive na rua, especificamente na região da Cracolândia. Em uma
situação em que pessoas não possuem condições sociais básicas de
sobrevivência, como moradia, saúde, alimentação e higiene, o Coletivo Tem
Sentimento vem desenvolvendo um processo em que o olhar para essas
vulnerabilidades que são múltiplas e complexas possam ir além do
suprimento dessas necessidades básicas e passem a permear formas
possíveis de práticas de autocuidado e de autonomia entre essas pessoas.
Atualmente o coletivo desenvolve um projeto de geração de renda com e
para mulheres cis e trans que vivem nos arredores da Cracolândia através
de uma oficina de moda que hoje se encontra no Teatro de Conteiner. As
mulheres integrantes do coletivo produzem e são remuneradas para que a
partir de um processo de autonomia financeira, possam ter condições de
tomar as escolhas e caminhos que elas decidirem. Essas mesmas mulheres
atendidas também cumprem um papel de atender outras pessoas, com
outras vulnerabilidades, dentro das ações sociais que o Coletivo tem
desenvolvido ao longo da pandemia, como na entrega de marmitas, de kits
de higiene, de máscaras ou de alimentos. O Coletivo Tem Sentimento é
fundamentado pela pluralidade de sentimentos que envolvem a nossa
relação com o mundo, com o outro, com a rua e com nós mesmos,
considerando a raiva, a revolta, a saudade do que não se tem e também,
quase que principalmente, o amor.
FABIANA FALEIROS
1980, Pelotas - RS
Artista, poeta e doutora em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ com bolsa FAPERJ Nota
10. Trabalha na intersecção entre arte e invenção de pedagogias e costuma criar ambientes
instalativos ativados com música, vídeo, oficinas e performances. Suas performances transitam
entre linguagens de espetáculos musicais intercalados com falas que se desenvolvem a partir
da criação de teorias/ficções próprias. Por meio da repetição de gestos específicos no seu
próprio corpo e em imagens da indústria cultural que aparecem em vídeo e outros suportes,
seus projetos desmontam noções de gênero e de humano. Depois de realizar intervenções em
festas de coletivos autônomos entre 2010 e 2012, época em que formou a dupla RG_Faleiros
com o artista Rafael RG, gravou o disco ‘Lady Incentivo: Novas formas de amar e de gravar CD’
ao vivo na Mobile Radio BSP, 30ª Bienal de São Paulo em 2012. Em 2018 participou da 10ª Berlin
Biennale com o 'Mastur Bar', projeto iniciado em São Paulo como exposição individual na Solo
Shows Gallery, que já itinerou pela Colômbia no Festival de Cine e Arte Queer 'Kuir Bogotá', na
exposição '89 noches', Museo de Antioquia, Medellin, em Havana, Cuba, exposição 'Portate
Bien', na Virada Cultural, dentre outras. Em 2019 foi professora convidada da Escuela Incierta,
projeto da residência artística Lugar a Dudas, Cali, Colômbia. Em 2022 foi residente da FAAP e
apresentou a performance 'Há boca virada pra terra' no Performa Paço - Paço das Artes, dentre
outras exposições e festivais. Desde 2020 coordena o grupo de estudo 'Minha tese começa
assim', sobre as fronteiras entre escrita acadêmica e escrita de si. Participou de residências
artísticas Casco (RS), Capacete/Documenta 14 (GR), Q21, MuseumQuartier (AT), Fundação
Joaquim Nabuco (PE), e já apresentou seus trabalhos em instituições como Taxis Palais
(Innsbruck), Lamb art (NY), Zacheta National Gallery (Varsóvia), HAU Theater (Berlin), Fundação
Iberê Camargo (Porto Alegre), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo), Arte Pará (Belém do Pará),
entre outras. É autora do livro O Pulso que cai e as tecnologias do toque, São Paulo, 2016 -
Prêmio PROAC Livro de Artista.
GUI TEIXEIRA
1977, São Paulo
Vive e trabalha em Piracicaba, São Paulo. É artista, mestre em poéticas visuais pela
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Sua pesquisa tem como
foco os encontros entre arte, jogo, ação política e processos de produção de si. Seus
trabalhos demandam diferentes formas de participação do público, que é convidado a
fazer escolhas, individual e coletivamente. Realizou as seguintes exposições individuais:
Construção Infinita, FAMA Museu, Itu, 2021; Jogos Inventam Mundos, MARP, Museu de
Arte de Ribeirão Preto, 2020; Social Board, Galeria Choque Cultural, São Paulo, 2017;
Cosmontanhas, SESC Pinheiros, São Paulo, 2017; Suprematist Wall, L’Oil de Poisson e Le
Lieu, Cidade de Quebec, Canadá, 2011; Nós e o Mundo, SESC São Carlos, 2011;
Programa Anual de Exposições do Centro Cultural São Paulo, 2002; Paisagem Suspensa,
Galeria da ECA-USP; 2001. Entre as exposições e situações coletivas que participou
recentemente estão: Conexões Urbanas, Galeria de Arte do SESI (Av. Paulista e São José
do Rio Preto), 2018/2020; Scapeland, Galeria Martha Traba, Memorial da América
Latina, São Paulo, 2019; Festival de Arte de Porto Alegre, 2017; Festa das Lanternas,
Saracvra, Rio de Janeiro, 2016; Bienal de Montevideo, 2016; Jogos do Sul, Centro de
Artes Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, 2016; Provocar Urbanos, SESC Vila Mariana, São
Paulo, 2016; Festival de Arte da Ilha de Itaparica, 2015; Virada Cultural, Ocupação SESC
Parque Dom Pedro, 2015; Rolê Board, SESC Campo Limpo, São Paulo, 2014; Deslize,
Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, 2013; LCAC - Laboratório Coletivo de Aventura e
Criação, Mostra SESC de Artes, SESC Interlagos, São Paulo, com Alberto Tembo, 2012;
Daquilo Que Me Habita, CCBB Brasília, 2012; Em Direto, Oficina Cultural Oswald de
Andrade, 2012; Convite à Viagem, Rumos Itaú Cultural, exposição itinerante 2012-2013.
JAMAC
2004, São Paulo
Em 1996, Mônica Nador foi convidada pelo curador Tadeu Chiarelli para participar do Projeto Parede
do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Nador realizou nesse espaço o mural Parede para Nelson
Leirner, obra que a impulsionou a ocupar espaços urbanos com sua pesquisa, estabelecendo o
projeto Paredes Pinturas. As Paredes Pinturas eram feitas em casas e comércios na periferia da
cidade de São Paulo. A partir dessa aproximação com a periferia, Mônica Nador iniciou o processo de
construção de um projeto coletivo no Jardim Miriam, na zona sul da cidade. O Jardim Miriam Arte
Clube – JAMAC parte da organização de oficinas para ensinar a técnica de estêncil para a
comunidade, como forma de instrumentalizar seus habitantes, que podem, a partir dessa
experiência, aplicar a técnica em trabalhos para comercialização, o que contribui para a autonomia
do cidadão. Mônica Nador + JAMAC passaram a figurar entre os participantes de importantes
exposições pelo mundo, como a 27ª Bienal de São Paulo (2006), a Biennale de Lubumbashi, no Congo
(2015), o Museo de Antioquia, em Medellín (2016), a 21ª Bienal Sesc_Videobrasil (2019) e a 1ª
OsloBiennalen (2020). Em cada participação em exposições, Mônica Nador + JAMAC realizam oficinas
com grupos locais, que geram desenhos significativos para cada grupo ou contexto. Esses desenhos
são, então, reproduzidos em estênceis e aplicados como padrões em pinturas mostradas nas
exposições. Esses estêncis passam a fazer parte do vocabulário imagético do JAMAC, que rearticula
suas imagens, criando novos padrões e pinturas a cada rearticulação. A produção das pinturas do
JAMAC, baseado nos estêncis, afirma a coletividade de seus processos e autorias. A crítica e curadora
Thais Rivitti escreveu no catálogo da exposição de 2010 de Mônica Nador e JAMAC, realizada na
Estação Pinacoteca: “A permanência do Paredes Pinturas no JAMAC permitiu que a técnica de pintura
mural fosse amplamente difundida pela comunidade: inúmeros jovens e adultos passaram pelas
oficinas de Nador. Muitos deles, hoje, são capazes de fazer, eles mesmos, oficinas para capacitar
outros interessados. O JAMAC é hoje um local aberto a discussões e a práticas que extrapolam o
Paredes Pinturas”. Nador levou, assim, não apenas uma experiência ao Jardim Miriam, mas gerou
uma transformação de sua realidade.
JARBAS LOPES
1964, Nova Iguaçu - RJ
O trabalho de Jarbas Lopes transita entre pintura, escultura, desenho, livros de
artista e performance. Muitos de seus trabalhos são participativos ou sensoriais, e
o artista encoraja os participantes a tocar, segurar, movimentar e virar páginas.
Projetos utópicos são planejados e feitos para envolver a comunidade e oferecer
novas formas para a sociedade funcionar. Exposições individuais recentes incluem:
Gira, MAR - Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro (2022); e a u, CRAC Alsace, Altkirch
(2017); Circulovisão, Galeria Luisa Strina, São Paulo (2017); Galeria Baginski, Lisboa
(2015); Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro (2013); Park Central, Tilton Gallery,
New York (2010); Cicloviaérea, Museo Nacional de Bellas Artes, Santiago (2010);
Padedéu, in collaboration with Laura Lima, Galeria Luisa Strina, São Paulo (2009).
Exposições coletivas recentes incluem: 3a. Bienal de Vila de Gaia, Vila Nova de Gaia
(2019); ‘Brazil, Beleza?! Contemporary Brazilian Sculpture’, Museum Beelden aan
Zee, Haia (2016); ‘Provocar Urbanos: Inquietações sobre a Cidade’, Sesc Vila
Mariana, São Paulo (2016); ‘E de novo montanha, rio, mar, selva, floresta’, SESC
Palladium, Belo Horizonte (2016); ‘(de) (re) construct: Artworks from the Permanent
Collection’, Bronx Museum, Nova York (2015); ‘Look.look.again.’, The Aldrich
Contemporary Art Museum, Ridgefield (2009); ‘Desenhos: A-Z’, Museu da Cidade,
Lisboa (2009). Coleções das quais seu trabalho faz parte incluem: CACI Centro de
Arte Contemporânea Inhotim, Brasil; Victoria and Albert Museum, Inglaterra; The
Cisneros Fontanals Art Foundation, EUA; Henry Moore Foundation, Inglaterra;
MAM/Rio Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Arte da
Pampulha, Brasil; Fundación ARCO, Espanha; MoMA Museum of Modern Art, EUA;
TBA21 Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, Áustria.
JOANA WALDORF
É branca, sapatão não binária, psicanalista, professora e artista
visual. Tem investigado processos de nomeação – contando e
ouvindo histórias – e seus (d)efeitos na subjetividade e no cistema.
Trabalha com a clínica psicanalítica e é coordenadora do Chama Psi
(núcleo de saúde mental da Ong Casa Chama).
KÁSSIA BORGES
Kássia Borges, possui Doutorado em Ciências do Ambiente e
Sustentabilidade na Amazônia, pela Universidade Federal do Amazonas
(2017), com o título "As mulheres Ceramistas do Mocambo: a arte de viver
de artefatos ambientais". Mestrado em Artes Visuais pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (2003), com o título "Origem: um princípio a
fundar". Especialização em Filosofia Política pela (UFU) e graduação em
Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia (1987). Atualmente
é Professora de Tridimensional e Cerâmica na Universidade Federal de
Uberlândia MG. Atua também como curadora do Museu do Índio da UFU e
como curadora adjunta do MASP. Em sua atuação artística, tem se
destacado no cenário nacional e internacional participando de salões e
exposições como no Salão SARP - Ribeirão Preto - São Paulo, Salão da
Cidade de Porto Alegre - Porto Alegre - RS, Salão Victor Meirelles -
Florianópolis - SC, Premiação Salão CELG, Goiânia - GO, Exposição Véxoa:
nós sabemos, Pinacoteca de São Paulo, CCBB (Exposição Vai e vem) São
Paulo, Rio, Brasília e Belo Horizonte. Internacionalmente teve sua obra
exposta e também participando de acervos de museus como: Haus Der
Kunst, Munique (Alemanha), Cidade de Luneburg - Alemanha, La fraternelle,
Saint Cloud, França, Museum Tinguely Basel - Suíça, Londres, New York,
entre outros. Sua obra versa sobre os conceitos de origem, feminino e
ancestralidade nas linguagens da cerâmica, fotografia, desenho, instalação,
meios mistos, escultura e vídeo.
LUCIANA MONTEIRO
1970, São Paulo
É bacharel em Psicologia e tem formação em Artes Plásticas pela Escola
Panamericana de Arte e Design. Durante dois anos, estudou tecelagem
e tapeçaria artística com Tiyoko Tomikawa, no Sesc Pompeia, e
frequentou cursos livres de desenho e história da arte. A influência
materna foi fundamental para sua formação e produção artística e
possibilitou a ela adentrar o caminho das artes trazendo consigo o
têxtil, símbolo de afeto, força e resistência feminina. No conjunto de
trabalhos que a artista desenvolve, a tecelagem e o bordado têm sido
utilizados como linguagem e, recentemente, também como elemento
mediador de conversas com outras mulheres. Os eixos principais de
sua pesquisa são a representação de experiências do feminino, a
ancestralidade e as memórias afetivas que vão sendo tecidas entre o
“eu” e o “mundo”. Desde o ano de 2020, Luciana tem participado de um
coletivo de mulheres artistas em parceria com o Ateliê397 e se
dedicado à pesquisa e à experimentação na área das artes têxtil e
visual, com participação em mostras coletivas como a FIBRA – I Bienal
de Arte Têxtil Contemporânea (2019), no RS; a mostra coletiva Sobre
Monstros (2022), na Lona Galeria-SP; e a Mesmo Estando Separados
(2023), no Ateliê 397-SP.
LUIZ83
1983, São Paulo
Luiz 83 é o nome artístico de Luiz dos Santos Menezes, nascido em 1983 na
cidade de São Paulo ele trabalha e reside nesta cidade. Autodidata sua
formação decorre da experiência adquirida nas ruas da cidade como
“pichador” atividade que ofereceu o principio de um vocabulário plástico que
vem sendo refinado á partir de pesquisas que o artista desenvolve com
considerável grau de inventividade em de meios mais convencionais como o
desenho, a pintura e a escultura. Sua experiência profissional como
montador de exposições de arte também lhe oferece a oportunidade de
permanecer em intimo contanto com obras de caráter clássico e
contemporâneo, oportunidade que resulta em conhecimento sensivelmente
assimilado. Nas suas obras é possível perceber um concretismo de tipo
bastante peculiar e sem dúvida sofisticada nas soluções formais e nos
arranjos conceituais e de natureza POP qualidade também percebida através
de um cromatismo que em geral privilegia cores brilhantes de luminosidade
intensa. O artista também tem se dedicado a performances onde coloca em
questão o lugar social do negro e tematiza a relação do corpo com seu fazer
artístico e interações com a cidade. O artista participou de várias mostras
individuais e coletivas entre quais se destacam a individual “Z” na galeria Tato
e as coletivas “Tendências da Street Art no Museu Brasileiro de Escultura e
“Pretatitude: insurgências, emergências e afirmações na arte contemporânea
afro-brasileira” nos SESC Ribeirão Preto, São Carlos, Vila Mariana e Santos”.
MAURO RESTIFFE
1970, São José do Rio Pardo
Ao longo das últimas décadas, Mauro Restiffe vem compondo um arquivo de imagens, em sua maior parte
em preto e branco, capturadas com a mesma câmera analógica. Embora declare não se interessar por
temas específicos, o artista repetidas vezes fotografa cenas e espaços comuns, desmonumentalizados. São
imagens da arquitetura, cenas urbanas, paisagens, momentos de intimidade. Mesmo quando fotografa
temas épicos, como episódios políticos importantes, seu olhar se volta para o que parece às margens dos
eventos. Nos snapshots que Restiffe faz de seus interlocutores nasce uma dimensão íntima e
contemplativa de sua obra. A granulação típica do formato analógico – gesto de recusa ao caráter
descartável das imagens digitais – dão às suas fotografias um ruído atmosférico que as situa entre a
rememoração e a narrativa. Dentre suas exposições individuais recentes destacam-se Amanhã de manhã,
Galeria Zé dos Bois, Lisboa, Portugal (2022); Laço rastro traço, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil
(2021); Mauro Restiffe: History as Landscape, OGR Torino, Turin, Italy (2019); São Paulo, Fora de Alcance,
Instituto Moreira Salles, São Paulo, Brasil (2018) e Álbum, Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, Brasil (2017).
Participou das coletivas Faz escuro mas eu canto, 34th Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil (2021); O
Canto do Bode, Casa da Cultura de Comporta, Comporta, Portugal (2021); 1981–2021 Arte Contemporânea
Brasileira na Coleção Andrea e José Olympio Pereira, CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil, Rio de
Janeiro, Brasil (2021); Cities in Dust, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2020). Restiffe tem obras em
importantes coleções públicas, tais como Bronx Museum of the Arts, Nova York, Estados Unidos; Colección
Cisneros, Caracas, Venezuela; Fondazione Fotografia Cassa di Risparmio di Modena, Modena, Itália;
Fundación ARCO, Madrid, Espanha; Instituto Inhotim, Brumadinho, Brasil; Instituto Moreira Salles, Rio de
Janeiro, Brasil; MAC USP – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil;
MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; MoMA – The Museum of Modern Art, Nova
York, Estados Unidos; MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo,
São Paulo, Brasil; SFMOMA – San Francisco Museum of Modern Art, San Francisco, Estados Unidos; TBA21 –
Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, Viena, Áustria; e Tate Modern, Londres, Reino Unido.
RAFAEL BQUEER
1992, Belém
Vive e trabalha entre Rio de Janeiro e São Paulo. Tem formação pelo curso
de Artes Visuais da UFPA. Trabalha com múltiplas plataformas como
fotografia, vídeo e performance. Em seu trabalho, Bqueer investiga o
impacto do colonialismo e da globalização por meio de ícones da cultura
de massa recontextualizando às complexidades sociais, raciais e políticas
do Brasil. Combinando ações com montações que cruzam sua memória
com a infância, a obra de Bqueer aborda a questão do racismo, trazendo
suas experiências com os desfiles das escolas de samba, arte drag e a
cultura de massa das periferias para questionar os símbolos
eurocêntricos de poder, bem como a ausência de narrativas
afro-brasileiras e LGBTQIA+ na arte-educação e em instituições de arte.
Participou de exposições nacionais e internacionais, destacando :
“Against, Again: Art Under Attack in Brazil"- Nova York (2020), individual
“UóHol” no Museu de Arte do Rio (2020) e a coletiva "Histórias brasileiras"
no MASP (2022). Artista premiadx na 8º Edição da Bolsa de fotografia da
Revista ZUM - Instituto Moreira Salles (2020) e na 7º edição do Prêmio
FOCO Art Rio(2019). Participou da 6º edição do Prêmio EDP nas Artes do
Instituto Tomie Ohtake (2018) e 30ª edição do Programa de Exposições
Centro Cultural São Paulo- CCSP (2020). Suas obras fazem parte das
coleções do Museu de Arte do Rio (MAR) , Museu de Arte Moderna do Rio
de Janeiro (MAM) e Museu do Estado do Pará (MEP).
RENATO DIB
1973, São Paulo
Formado em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina
em 1995, dedica-se também a cursos e trabalhos nas áreas de
Artes, Arteterapia, História da Arte, Decoração, Design, Moda e
Joalheria. Desde então participou de várias exposições como as
individuais: “Labirinto de Gabinetes” (Galeria Mola – Portugal,
2022), “Corpo Peneira” (Phsphorus – São Paulo, 2015) e
“Nó-Vê–Lo” (Galeria Marilia Razuk – São Paulo, 2010) e as
coletivas: “Recortar e Colar- Ctrl C+Ctrl V (Sesc Pompéia – SP -
2007), “Bienal Del Fin Del Mundo” (Mar Del Plata – Argentina –
2014) ,“Rijswijk Textile Biennial “ (Rijswijk Museum – Holanda –
2017) e “Entre-Laçados” (Museu A Casa – São Paulo – 2018),
entre outras. Dib inicia sua produção com a pintura e colagem,
mas expande para a pesquisa com matérias têxteis e objetos
do cotidiano. Seus trabalhos são construídos a partir de
técnicas de costura, bordado, patchwork, aplicação e o tricô,
assemblagem e colagem criando camadas de tecidos e papéis
variados, muitas vezes em transparências que lembram as
aguadas da aquarela. Aos poucos, os materiais saem do plano
e ganham volume e formas tridimensionais, fazendo alusão,
quase sempre, a partes do corpo humano, tanto interna como
externas e suas projeções psicológicas.
RICARDO BASBAUM
1961, São Paulo
Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil. Artista, escritor e professor,
Ricardo Basbaum investiga a arte como um dispositivo
intermediário e plataforma para a articulação entre experiência
sensorial, sociabilidade e linguagem. Desde o final da década de
1980, ele criou um vocabulário específico para seu trabalho,
aplicando-o de maneira particular a cada novo projeto. Estes, se
manifestam como desenhos, instalações, vídeos e intervenções
urbanas. Ricardo participou recentemente de importantes
exposições coletivas na Documenta XII (Kassel), Museu de Arte
Contemporânea (Chicago), Museu de Arte Moderna de São Paulo,
Bienal Internacional de São Paulo, Le 19 (Centre régional d’art
contemporain, Montbéliard, França), The Secession (Viena), entre
outros. Foi também artista residente na Audain Gallery em
Vancouver e realizou projetos individuais no Galician Centre for
Contemporary Art (Santiago de Compostela) e no The Showroom
(Londres). A obra de Ricardo Basbaum faz parte de importantes
coleções, como: Tate Moden (Londres), Arizona State University Art
Museum (Tempe, EUA), Museu de Arte Contemporânea da USP e os
Museus de Arte Moderna de São Paulo e Rio de Janeiro.
TIAGO GUALBERTO
1983, Igarapé - MG
Artista visual, pesquisador e educador. Possui mestrado em
artes visuais e bacharelado em têxtil e moda pela
Universidade de São Paulo. Desde 2005, realiza exposições,
palestras, publicações e ações em torno de temas ligados à
cidadania, justiça social e ao debate em torno das culturas
afro-brasileiras. Entre mostras e participações institucionais,
destacam-se os projetos desenvolvidos no Museu Afro
Brasil, MASP, Instituto Tomie Ohtake e SESC, na cidade de
São Paulo onde reside, além de parcerias com a incubadora
de projetos artísticos Design Studio for Social Intervention
(DS4SI), em Boston, EUA. Nos últimos anos, Gualberto
intensificou suas atividades de escrita, produzindo críticas
de arte para o Centro Cultural São Paulo (2020), Revista
Artebrasileiros, o web site Artnet, além de ser co-editor
convidado do jornal nova-iorquino Brooklyn Rail, para a
edição especial intitulada "Só a Antropofagia Nos Une?” ao
lado de Sara Rufino, em fevereiro de 2021.
VITOR CÉSAR
1978, Fortaleza
Estudou Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Ceará e
participou do grupo de estudos do Alpendre, em Fortaleza. Mestre em
Poéticas Visuais na Escola de Comunicação e Artes da USP, sua prática
parte de uma pesquisa sobre o modo como os discursos se
manifestam no espaço público, espacial e visualmente. Os trabalhos
se dão em diferentes meios como instalações, materiais gráficos e
inserções em espaços públicos. O artista participou de projetos e
exposições em diferentes espaços e instituições, que incluem o
Prêmio CNI SESI SENAI Marcantônio Vilaça (São Paulo, 2019);
Contracondutas (São Paulo, 2017); Anfibologia, tradução, Galpão VB
(São Paulo, 2016); Anfibologia, Reciprocidad, Museu Experimental El
Eco (Cidade do México, 2013). Participou do 33º Panorama da Arte
Brasileira, no Museu de Arte Moderna (São Paulo, 2013) e da 8a Bienal
do Mercosul (Porto Alegre, 2011). Fez residência no A-I-R Laboratory,
Centre for Contemporary Art Ujazdowski Castle (Varsóvia, 2015); No
Capacete – 29a Bienal de São Paulo (Rio de Janeiro, 2010) e
MuseumsQuartier (Viena, 2006).
YNÁ KABE RODRÍGUEZ
1992, Recanto das Emas - DF
Yná Kabe Rodríguez nasceu no Recanto das Emas,
Distrito Federal, é travesti e tem 30 anos. É bacharela
em Artes Visuais pela Universidade de Brasília, onde
também concluiu um mestrado no programa de
Pós-Graduação em Arte Visuais na linha de pesquisa
Métodos e Processos em Arte Contemporânea. Trabalha
como artista-curadora-pesquisadora, ocupando o cargo
de secretária na SEC-EIB (Secretaria para o
Desenvolvimento da Primeira Escola de Indisciplina do
Brasil), e atua como produtora da Cultura Ballroom
brasileira, com o projeto Grand Prize.

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