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3 Capitulo 2017
3 Capitulo 2017
3 Capitulo 2017
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A medição de distâncias e ângulos possibilita o posicionamento de um ponto em um
determinado sistema de referência.
As distâncias podem ser determinadas percorrendo o alinhamento do início ao fim, medindo
diretamente a grandeza procurada - processo direto [2] - ou a partir de observações que estejam ligadas,
implícita ou explicitamente, à distância procurada - processo indireto [3]. No processo indireto serão
estudados, neste capítulo, os métodos: Taqueométrico [3.1] e brevemente, mira horizontal [3.2] e medida
eletrônica de distâncias [3.3].
Após estudar os processos diretos e indiretos é apresentado um processo de medição de
distâncias relativas a pontos inacessíveis [4]. A seguir serão estudados os efeitos da curvatura da Terra
[5] e da altitude [6] nas distâncias.
Dependendo da finalidade do trabalho, da precisão requerida e do tamanho da área a ser
levantada, a distância observada deve ser reduzida ao nível do mar e daí, ao plano topográfico. Ainda
neste capítulo serão estudadas as reduções de distâncias em levantamentos topográficos [7.1] e em
trabalhos de locação de projetos [7.2].
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1- INTRODUÇÃO
er 0,0005 10 6 500ppm
39
Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
0,50 m 1
er
1000 m 2000
Mostrando que o erro cometido é de uma unidade para duas mil unidades medidas. O erro
relativo é uma medida da qualidade da observação; quanto menor for este erro, melhor foram efetuadas
as observações.
Como mostra a Figura 3.1, a distância inclinada ou espacial (DI), entre dois pontos pode ser
decomposta em:
Distância Vertical (DV) ou Diferença de Nível (DN): é a distância entre dois pontos
medida ao longo da vertical. Pode ser ao longo da vertical de A ou de B – Figura 3.1.
A • DH
•
DI DVAB
Para pesquisar: As verticais que passam pelos pontos A e B são paralelas? Ou seja, o plano horizontal
que passa por A é também perpendicular à vertical de B?
2- PROCESSO DIRETO
Nesse processo o seguimento a ser medido deve ser percorrido do início ao fim. Portanto,
obstáculos como lagos, rios, construções, etc., entre os extremos do seguimento a ser medido, podem
impedir o emprego do processo direto.
Caso não haja obstáculos, podem ser empregados os seguintes instrumentos:
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Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
Se o seguimento a ser medido é maior que a trena utilizada ou o terreno é muito íngreme, divide-
se o seguimento em seções, alinhadas com os extremos do seguimento, conforme esboça a Figura
3.2. A materialização de alinhamentos, seja na construção de pontes que se inicia dos dois lados de
um rio, seja na construção de túneis, de dutos em geral e de linhas de transmissão de energia elétrica
constitui uma interessante aplicação da topografia.
Para pesquisar: como alinhar seções de um seguimento cujos extremos não são visíveis entre si?
l4
l3 l5
l2 B
l1
HZ
• B’
•
•
• •
A’ • DH AB l1 l 2 l 5
41
Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
T T
Falta de horizontalidade da trena: Com a trena inclinada o valor lido será sempre
maior que o procurado (VL > VP). O menor valor
para a distância é a distância horizontal. Uma
forma de eliminar esse erro é oscilar a trena em
torno da linha de referência – uma baliza por
exemplo - e anotar o menor valor.
Erro de alinhamento das seções: Ocorre quando as seções não estão alinhadas
com os pontos extremos. Neste caso VL > VP.
Inclinação da baliza: Qualquer inclinação na baliza na direção do alinhamento
provocará um aumento ou diminuição na distância que está
sendo medida, caso esteja incorretamente posicionada para
trás ou para frente, respectivamente. Este tipo de erro só
poderá ser evitado se for feito uso do nível de cantoneira ou
substituindo a baliza por um fio de prumo.
Medir distâncias horizontais pelo processo direto pode ser muito moroso, caro e impreciso se a
equipe de trabalho não estiver bem treinada e o relevo for muito acidentado. Caso haja algum obstáculo
no alinhamento deve-se empregar o processo indireto.
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Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
3- PROCESSO INDIRETO
3.1- TAQUEOMETRIA
O goniômetro que além de medir ângulos horizontais e verticais é dotado de fios estadimétricos
pode ser chamado de taqueômetro ou simplesmente teodolito. A Figura 3.4 mostra os fios do retículo, ou
fios estadimétricos, de um teodolito com o qual se pode também determinar as distâncias horizontal e
vertical.
Figura 3.4 – Fios do retículo e distância entre o fio superior e o inferior (h).
A Figura 3.5 mostra em destaque o centro do teodolito e a posição dos fios do retículo. A razão
entre a distância da localização dos fios ao centro do aparelho – distância Ob na Figura 3.5 - e a
distância do fio superior ao inferior – ac da Figura 3.5 ou h da Figura 3.4 - é conhecida como ‘constante
estadimétrica’.
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Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
a
O w .
b
c
Ob
g (3.1)
ac
é normalmente igual a 100, ou seja, ac é cem vezes menor que Ob. Se, por exemplo, Ob for igual a 10
cm, ac será 1mm. Dessa forma o ângulo w mostrado na Figura 3.5 é muito pequeno e igual a
ac 1 180
w rad 34' (3.2)
Ob 100 100 60
A Figura 3.6 esquematiza a medição de uma distância horizontal, DH, por taqueometria com a
luneta na posição horizontal. O teodolito está num dos extremos do seguimento a ser medido e no outro
está uma régua graduada, denominada mira, perfeitamente na vertical. FS, FM e FI são as leituras
realizadas na mira, observando, pela ocular, as posições dos fios superior, médio e inferior,
respectivamente.
Da Figura 3.6, verifica-se que o triângulo Oac é semelhante ao triângulo OAC e, portanto,
OB Ob (3.3)
AC ac
AC FS FI (3.4)
sendo (FS – FI) conhecida com leitura estadimétrica e representada pela letra ‘m’. Assim,
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Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
DH m g (3.6)
C
c b
O
. .
B
FS
a
FM
A
FI
DH = OB = ?
Figura 3.6 – Taqueômetro, mira vertical e medição de distância por taqueometria com luneta
na horizontal.
Para minimizar os erros devido à refração atmosférica recomenda-se não realizar medidas,
na mira, abaixo de meio metro, principalmente em dias e/ou lugares quentes. Erros devido à paralaxe
são evitados se as leituras FS, FM e FI são feitas de uma única vez, sem que o observador altere seu
ponto de vista de leitura. O problema com a capacidade de aumento da luneta é resolvido evitando medir
distâncias grandes, acima de 70 metros. A verticalidade da mira pode ser garantida empregando um
nível de cantoneira ou um fio de prumo, e para minimizar este erro, recomenda-se não realizar leituras
na parte superior da mira.
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Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
Neste caso, devido à diferença de nível entre os extremos do seguimento a ser medido, para
visar a mira há necessidade de inclinar a luneta para cima ou para baixo, de um ângulo iˆ em relação ao
DH OB cos î (3.7)
C
C’
FS
B
b
FM
c
A’
w A
O î FI
a
î
DH = ?
Figura 3.7 – Taqueômetro, mira vertical e medição de distância por taqueometria com luneta inclinada.
OB Ob
g (3.8)
A' C' ac
ou seja,
A distância A’C’ não pode ser determinada diretamente das leituras estadimétricas, mas
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Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
Como o ângulo w é muito pequeno pode-se adimitir a seguinte hipótese simplificativa: os ângulos
AÂ' B e CĈ' B são “retos” e portanto:
Consequentemente
OB AC cos î g (3.13)
DH m g cos 2 î (3.14)
DH m g sen 2 Ẑ (3.15)
uma vez que o cos î cos(90 Ẑ) senẐ , no primeiro ou segundo quadrante e o
Fontes de erro: além daquelas que ocorrem quando a luneta está na horizontal têm-se como
fontes de erro:
Como pode ser visto nos exercícios abaixo, o efeito de um erro na observação do ângulo de
inclinação é bem menor que o efeito de um erro de leitura na mira.
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Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1) De uma estação A, foi visada com a luneta na horizontal, uma mira vertical colocada em um ponto
B. Foram feitas as seguintes leituras: fio inferior = 0,753 m e fio superior = 2,003 m. Calcule a
distância horizontal entre os pontos (AB). E se a leitura no fio superior fosse 2,000 m em vez de
2,003, qual seria a nova distância? Calcule a diferença entre as distâncias encontradas, em
centímetros.
2) De uma estação A foi visada uma mira vertical posicionada em um ponto B. Foram feitas as
seguintes leituras: fio inferior = 0,998 m, fio médio = 1,500m, fio superior = 2,002m, com ângulo
zenital de 89º 05’ 00”. Calcule a distância horizontal entre os pontos (AB). E se o ângulo zenital
fosse 89º 00’ 00”, qual seria a nova distância? Calcule a diferença entre as distâncias
encontradas, em centímetros.
Mira horizontal, também conhecida como estádia, é uma haste de metal com baixo coeficiente
de dilatação térmica, dotada de dois alvos em seus extremos sendo a distância entre eles conhecida
com precisão.
Para medir distâncias empregando a mira horizontal, instala-se o teodolito e a mira nos extremos
do seguimento a ser medido – Figura 3.8. Utilizando o visor óptico, deixa-se a mira perpendicular ao
alinhamento. Após medir o ângulo horizontal mostrado na Figura. 3.8, calcula-se a distância horizontal
DH.
Da Figura 3.8, onde b é a distância entre os alvos da mira, verifica-se que:
b
tg (3.16)
2 2 DH
portanto,
b
DH (3.17)
2 tg
2
Se b = 2,000 m, então:
1
DH (m) cot g (m) (3.18)
2
tg
2
Fontes de erro: A obtenção de distâncias empregando mira horizontal tem as seguintes fontes de erro:
erro no comprimento da estádia (mira);
erro de centralização do goniômetro e da mira;
erro na observação de e
falta de perpendicularidade da estádia com o alinhamento a ser medido.
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Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
O comprimento da estádia bem como a necessidade de visualizar dois alvos distando dois
metros um do outro, torna pouco exeqüível o uso desse instrumento em espaços urbanos e rurais,
principalmente em matas, limitando-o para trabalhos de triangulação, onde uma ou outra distância deve
ser medida.
DH
A
O primeiro instrumento eletrônico para medir distâncias foi inventado pelo físico sueco Dr. Erik
Bergstrand, por volta de 1950, e denominado Geodímetro - um acrônimo para “geodetic distance meter”.
Este instrumento foi capaz de medir à noite, distâncias de até 40 km, empregando a luz visível. Cerca de
sete anos depois, na África do Sul, o Dr. T. L. Wadley inventou o Telurômetro, primeiro Medidor
Eletrônico de Distâncias (MED) a empregar microondas e capaz de medir, à noite ou durante o dia,
distâncias de até 80 km.
Atualmente, os medidores eletrônicos de distâncias empregam o laser visível (RL) ou infra
vermelho próximo - laser invisível (IR) -, com comprimentos de onda variando de 500 nm a 1100 nm,
para medir distâncias de até 5 km, com precisão de (10 mm + 5 ppm a 1 mm + 1 ppm). Há as chamadas
trenas eletrônicas que medem distâncias de até 300 m e as Estações totais, instrumentos que além de
permitirem a medição distâncias, também permitem medir ângulos horizontais e verticais
eletronicamente.
A Figura 3.9 representa o processo de medição eletrônica de distâncias. Num dos extremos do
seguimento a ser medido é posicionado o medidor - instrumento que gera sinais eletromagnéticos,
emite-os, recebe-os de volta e realiza medidas e cálculos – e no outro extremo é posicionado o refletor,
que tem a função de refletir para o medidor os sinais por ele emitidos. Há instrumentos que emitem o
laser visível e dispensam o refletor para distâncias pequenas, menores que 300 metros.
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Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
Refletor
Emissor/Receptor
D
DH
vt
D ; (3.19)
2
Se o instrumento medisse o tempo com uma precisão máxima de 10 -6 segundos, o que já pode
ser considerado como uma boa precisão para medida de tempo, a precisão na distância seria de:
3 10 8 10 6
D 150 m (3.20)
2
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Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
Na Figura 3.9 verifica-se que há, no caminho de ida e volta do sinal entre os extremos do
seguimento a ser medido, um número inteiro de comprimentos de ondas que será representado por m, e
uma parte fracionária da onda representada pela letra d. Portanto, da referida Figura, conclui-se que:
2 D m d (3.21)
rad
d (3.22)
2
Portanto,
2D m . (3.23)
2
Fazendo defasagem do sinal recebido em ciclos, tem-se:
2
D m (3.24)
2 2
1
D m 1 1 (3.25)
2 2
e
2
D m 2 2 (3.26)
2 2
e assim tem-se um sistema de duas equações e duas incógnitas, D e m, uma vez que m1 e m2 são
medidos e 1 e 2 conhecidos.
Se, por outro lado, 2 2D, tal que m2 = 0, então:
2
D 2 , (3.27)
2
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Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
D 1 1
m1 int eiro de 2 (3.28)
1
2
e
1
D m1 1 1 . (3.29)
2 2
Para compreender melhor este caso veja o seguinte exercício: se 1 = 20m; 2 = 2000m e os
valores observados 1 = 0,451 ciclos e 2 = 0,470 ciclos tem-se, empregando as equações (3.27), (3.28)
e (3.29) que:
0,470 2000
D 470 m
2
470 0,451 10
m1 int eiro de 46
10
e portanto,
D 46 10 0,451 10 464,51 m
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
3) Se uma estação total mede distâncias com uma incerteza de (2 mm + 2 ppm) qual será o erro
relativo, em ppm, para as distâncias de 20, 100, 1000 e 2000 metros?
4) E se a incerteza fosse (5 mm + 5 ppm)?
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Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
ω1
A α1
α2 β1
B
β2
ω2
Q
Figura 3.10 – Determinando distâncias relativas a pontos inacessíveis
AP AB sen1 (3.30)
AP AB
sen1 sen1 sen1
sen1 (3.31)
AP AB
sen(1 1 )
sen 2 . (3.32)
AQ AB
sen( 2 2 )
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Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
5) Utilizando a Figura 3.10, calcular as distâncias AP e BQ, considerando a medida da base AB =
60m, e os ângulos horizontais α1 = 42º ; α2 = 57º ; β1 = 32º; β2 = 46º.
6) Sabendo que na Figura 3.11 (que está fora de escala), a distância horizontal entre as estações A
2ÂB 112 o 33' 11,60" ; AB̂1 102 o 19' 04,00" e AB̂2 59 o 12' 53,10" , calcular a distância
horizontal entre os pontos 1 e 2.
1
A
d
A B’
s
c
B
R
O
Fig. 3.12: Distâncias horizontal, esférica e corda.
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Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
d R tg (3.34)
do setor OAB:
s R . rad (3.35)
e
c 2R . sen (3.36)
2
Com estas equações é possível relacionar distância horizontal, distância esférica e corda. Expressando
a tangente do ângulo de convergência em série de Taylor, tem-se:
3 2 5
tg (3.37)
3 15
d s s3
(3.40)
R R 3 R3
ou seja
s3
ds (3.41)
3 R2
1 1 s2 .
Er (3.42)
s 3 R2 3 R2
ds s2
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Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
EXERCÍCIOS PROPOSTOS :
7) Dados: s = 30 km, R = 6.371 km
Calcular:
i) A distância horizontal d
ii) O efeito da curvatura da Terra nesta distância, ou seja, calcular d – s.
iii) O erro relativo caso a curvatura seja desconsiderada:
iv) Realizar estes mesmos cálculos para s = 10 km, 5 km, 500 m e 100 m.
As respostas para esse exercício estão na Tabela 3.1.
Observe que a correção da curvatura da Terra se faz necessária quando a distância a ser
representada em um plano é tal que, o seu efeito seja considerável, não seja despresível, para os fins a
que se destina a planta.
Adotando a esfera como modelo físico e matemático para a Terra, as superfícies de nível serão
esferas concêntricas. Da Figura 3.13, onde
si
i •
hi sg
R
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Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
sg si
(3.43)
R R hi
e portanto,
R
s g si (3.44)
R hi
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
8) Dados: hi = 800 m, R = 6.371 km e si = 30 km
Calcular:
i) O fator de escala R R hi ;
1
Geóide: é a superfície equipotencial que mais se aproxima do Nível Médio dos Mares não perturbado e prolongado através dos
continentes.
57
Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
Observe que o efeito da altitude é muito maior que o efeito da curvatura da Terra. Observe
também que o erro relativo depende somente da altitude do seguimento medido e pode ser dado por:
h
Erh 10 6 (ppm ) (3.45)
Rh
O efeito da altitude deve ser corrigido quando há grandes variações de altitude na região a ser
mapeada ou quando se pretende conectar a planta à carta do município, do estado ou do País.
A Figura 3.14 representa a medição de várias seções de uma distância longa, pelo processo
direto. Tal distância deve ser corrigida dos efeitos da altitude e da curvatura da Terra. À estas correções
da-se o nome de ‘Reduções’. Há duas situações em que as reduções devem ser aplicadas:
quando se vai confeccionar uma planta topográfica, ou seja, os dados serão
coletados em campo e processados para serem representados em um plano,
item 7.1; e
quando os dados serão extraídos de uma planta e materializados na superfície
física, ou seja, quando se fará ‘locações’, item 7.2.
ZA ZB
A d1 D
d2 S
d3
· · Superfície de
·
dn nível de A
hA
B
Superfície
física
DH
Plano topográfico
Sg
Geóide (Nível
R Médio dos Mares)
CG
CG
Figura 3.14 – Medição de várias seções de uma distância longa, pelo processo direto.
58
Topografia: planimetria para Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
R R R R
Sg s1 s2 s3 sn (3.46)
R h1 R h2 R h3 R hn
si di (3.47)
e
R
Sg R h di (3.48)
i
Se a variação em altitude na área que está sendo mapeada é pequena, pode-se adotar uma
mesma altitude média (hm) para a região e
R
Sg di (3.49)
R hm
Sg 3
DH Sg (3.50)
3 R2
Aqui há necessidade de se realizar iterações uma vez que Sg se encontra nos dois lados da
equação. Deve-se inicialmente atribuir o valor da distância horizontal à Sg.
Sg0 DH (3.51)
Sg 3j1
Sg j Sg j1 (3.52)
3 R2
59
Rodrigues, D. D- 2010 Medição de Distâncias
R hm
Ssf Sg (3.52)
R
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
9) Um seguimento de aproximadamente 500 m, localizado a uma altitude média de 800 m, foi
dividido em dez seções para ser medido com trena de invar. Os valores das seções, em metros,
são: 49,973, 49,853, 49,936, 49,875, 49,941, 49,832, 49,876, 49,946, 49,912, 49,954.
Determinar o valor da distância reduzida ao plano topográfico tangente ao geóide. Considerar o
raio da Terra igual a 6371 Km.
10) Em um mapa na escala 1/2000, construído em um plano topográfico tangente ao nível médio
dos mares, foi medida uma distância de 56 cm. Sabendo que a região em que se encontra o
seguimento medido está a uma altitude de 800 m, determinar o valor da distância esférica
correspondente, a ser locada com trena, na superfície física. Considerar o raio da Terra igual a 6
371 Km.
60