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Lucienne Claudete Espindola (Dissertação)
Lucienne Claudete Espindola (Dissertação)
no do Português,
M E S T R E E M LETRAS
^ / />
A r e a de Lingüistica Aplicada ao Ensino de Portugués e aprovada em
f M
su a. forma final pelo Progama de Pos~Graduaçao em L e t r a s «
Coordenadora do Curso
BANCA EXAMINADORA:
tora) Orientadora'
(ra)
W M A r / m i i m
v/Jjunki
Profi/y T e r esinha Kuhn/Junkes (ttesira)
Suplente
i1
Meus agrade ci men to s:
r ~
A Cassio, meu filho, pela compreensão re_
a
t
A minha f a m i l i a , em especial, a minha
M r ~
nae e a minha v o , pela preocupaçao e
curso
bidos .
iii
Meus agradecimentos:
i teresinha Oenning M i c h e l s , o r i e n t a d o
ra e amiga que orientou este trabalho
iv
SUMARIO
R E S U M O .......................................... .............. .. vi
A B S T R A C T ...................................................... .. vi i
I N T R O D U Ç Ã O .................................................... .. I
CAPÍTULO I
CAPÍTULO I I '
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
1 o Sintaxe D i s c u r s i v a ...........................................67
CAPÍTULO V
C ONSIDERAÇÕES F I N A I S ...........................................134
/
Nosso objetivo e mostrar a validade do modelo greima —
ção de diferentes t ex t os .
t f *
A ilustraçao dos aspectos teoricos e conseqâencia da
I
This study aims at showing the value of G r e i m a s * m o d e l >
of different texts .
terios ja e x i s t e n t e s •
/ / /
A partir desse capitulo de orden m e t o d o l o g i c a , necessa
tor .
CAPÍTULO I
SEGMENTAÇÃO D O TEXTO
M A /
A partir da definição de seqüencia e de e p i s o d i o , po-
/ M
goriais, as mais d i v e r s a s ,
1 , 1 . Criterio espaço-temporal
siveism
Temporal idade
to .
/
A temporalidade do texto pode estar implícita, apreen—
sivel através de relatos ou citação de acontecimentos h i s t ó r i c o s ,
tros textos não são situados temporalmente pelas duas formas ei—
i
tadas, Fies p o ss ue m uma referencia temporal apenas opondo um tem
Esp acialidade
t
A espacialidade pode estar explicita no texto pela de
mes c om un s •
A espacialidade do texto nao se resume nos espaços fi-
t /
sicos onde os fatos da narrativa se desenvolvem. Ha, tambem, que
etapas, sendo que cada uma dessas etapas pode desenvolver-se num
pico.
?
/ f
0 espaço heterotopico e o espaço qu.e circunda o espaço
f
top i c o , ou seja, representa os arredores: pode ser o espaço ante
^ . f /
rior a performance e/ou p osterior a e l a . 0 espaço topiao e o lu
arredores (a l h u r e s ) .
terligados .
f /
1 . 3 . Disjunções actoriais
troca de p e r s o n a g e n s .
/
E m um mesmo texto pod e — se encontrar varios p e r c u r s õ s
1 . 5 . Disjunções lógicas
ções (e, m a s , portanto etc.), que podem li.g ar ou opor idéias den
ias.
IIustraçao
/ /
A parte pratica ao nosso trabalho consiste na analise
trará a segmen t a ç ã o .
A ntes de falar da segmentaçao desse texto, ha que res-
f /
saltar que, para segmentar, um t e x t o , nem sempre um unico crite -
f ' 9
rio da conta dessa d e s m o n t a g e m . H a textos que exigem varios cri-
r * ~ *
terios, inclusive critérios que nao se citou ou criterios ainda
d e s c o n he ci do s.
A segmentação do CONTO D E ESCOLA (em anexo a página
rios:
nunciado.
j
S Q 3 : ”Subi a escada ... começaram os trabalhos.”
rua. ‘
J
toria (Raimundo) ;
S Q 8 : n-Oh! seu Pilar! ... como tres e dous serem cinc o.”
t ^ f
ESTRUTURA FUNDAMENTAL
do percurso de geração do s e n t i d o .
çao do d i s c u r s o .
/ r f
0 minimo de sentido sobre o qual o discurso e construi^
m entar .
co.
verdade
/y
£2 <- -> 52
iserj fparecer)
o 3
ti cb
»
c*.
tí > r<.
Q>
15 R
— v ----------------
falsidade
onde:
relaçao de contradição
<r
<-----> relação de contrariedade
relação de complementaridade
----- >
t
SI - S2 eixo dos contrarios
52 ~ S2 esquema negativo
51 - SI esquena positivo
52 - SI deixis negativa
SI - SB deixis positiva
ça ou outro.
f t '
Sabe-se que Procopio £ o responsável pela morte do co -
/ M /
ronel, enquanto que este ultimo nao e o avaro que sempre par e c e u
sa.
A relação de contrariedade é a relação entre dois ter -
a ^
f f * f
Sl).
A colocaçao das estruturas elementares no quadrado se-
f m, ~ f
ESTRUTURA NARRATIVA
f \
ra f u n d a m e n t a l , no percurso de geração do s e n t i d o .
N e s t a etapa serão trabalhados os elementos constituti-
f /
vos da componente n a r r a t i v a , isto e , sera colocado o modelo n a )—
regras da gramática n a r r a t i v a .
f
— as estruturas de superficie cons ti tu
em uma gramatica s e m i ó t i c a , que ordena
em forma discursiva os conteúdos susceji
tiveis de m a n i f e s t a ç ã o . Os produtos des
ta gramatica são independentes da expres
são que os m a n i f e s t a , conquanto p o ssam
teoricamente aparecer em qualquer subs
tância e, no que dis respeito aos objev
t /
tos -lingüísticos, ~em qualquer l i n g u a .
(p.134)
1 . Narratividade
se complementam.:
2. Sintaxe Narrativa
sujeito de e s t a d o ..
actantes.
teriza como tal quando numa relaçao use tem dois a c t antes, sujei^
resultante da relação-função.
ou
o objeto-valor (Ov).
j u n ç õ e s , transforma o suje i t o - d e - e s t a d o .
Ilustração
-se de algunas p a s s a g e n s .
f f
C o n s t a t a - s e , neste conto, que Procopio Jose Gomes Valon
HltO €Ls •
, M f f * . ,
A situaçao inicial do sujeito Prooopio e a de nao es -
enunciado de e s t a d o :
S (procopio) [J Ov (riqueza)
tal m e l h o r a , a c e i t o u - o .
herdeiro universal. Ato este que pode ser interpretado como sen-
~ r
do uma recompensa ao e n f e r m e i r o , nao so pelos serviços p r esta -
/ * /
dos, mas tambem pela companhia e pel a paci e n c i a que Procopio te
ve com o velho.
(P r o c o p i o ) - sua herança.
ciado que pode ser formulado: S I — ^,(S2f) Ov) = onde se le: o su—
de r i q u e z a .
2 . 1 .Programas narrativos
do da natureza de junção:
- valor.
to-valor .
Deve-se 1er:
F = função
Sl= su jeito-de-fazer
S2 = sujeito-de-estado
*/ *
0 = objeto (suscetível de receber um investimento semántico sob
a forma de v:valor)
£ enunciado-de-fazer
( )= enunciado-de-estado >
— 7 = função fazer (resultante da conversão da transformação)
n u — junção (conjunção ou disjunção) que indica o estado final,
22
a conseqtlênci a do fazer.
sujeito-de— e stad o ;
ta:
COMPETENCIA PERFORMANCE
Competencia Performance
Transformação de um
sujeito operador
(transferencia de ob_
jetos-modais)
zados num único ator e no segundo os sujeitos dis tintos sao as-
vo:
tintos;
”0 desdobramento e a correlação de p r o
gramas levam a 1 er a transformação de es
tados como transferencia <áe_ o bjetos-va-
lor e como comunicação de objetos entre
dois sujeitos q u e , p o r meio deles, se
relacionam(BABR0S,1988,~p,33)
E m r es um o, d e f i n e m - s e , p o r t a n t o , dois tipos fu n d a m e n -
+> 9
A competencia, p o r t a n t o , e um programa narrativo de u-
Ilustração
tanto, nao lhe da o poder-fazer tao almejado por ele. Ele nao
do tempo e das c i r c u n s t a n c i a s .
je to-valor «
f
O segundo passo da analise narrativa consiste em des —
s u p e r f i c i a l , no analisável enquanto d i s c u r s o .
dor e do D es tinador-j u l g a d o r .
Buscar identificar o percurso do sujeito, dentro da ncr
tático, mas de acordo com o papel que o mesmo ocupa nos diversos
l i z ar o programa da p e r f o r m a n c e .
f t
0 percurso do sujeito e constituido pelos programas
+> r
narrativos da competencia, que e pressuposto pelo programa narra
jeito do f a z e r . ” (p.3?)
/ /
0 percurso do Dest inador-manipul ador e const i t u i d o , g<e
ma p r i n c i p a l .
29
I lustraçao
sujeito Daniel
-^ - --
no conto F R A N C I S C A .
f
ütilizando-se do criterio - natureza dos o b j e t o s - v a l o r ,
f
com os quais o sujeito esta conjunto ou dis junto - p o d e - s e veri
poder-fazer,
Daniel
- enquanto sujeito do programa narrativo de uso
t t
- e um. sujeito competente porque esta de posse das modalidades
cisca.
Daniel, mesmo realizando o PNu, não consegue a p e r f o r
2 . 3 . Fases da Narrativa
2 . 3 . 1 . Contrat o e Manipulação
rativo do D e s t i n a d o r .
?
o contrato estabelecido desde o inicio
entre o De s t in a d o r e o Destinatario-su
jeito rege o conjunto narrativo, apare
cendo a seqiLencia da narrativa como sua
execução pelas duas partes contratantes
o percurso do sujeito, que constitui a
«v r /
contribuição do Destinatario ? e segui-
do da s a n ç a o > ao mesmo tempo pragmati-
ca (retribuição) e cognitiva (reconhe
cimento), pelo D e s t i n a d o r . (p . 8 5 )
/ /
so » o contrato fiduciario e um contra
to enunciativo (ou contrato de veridic
ção) que o discurso-enunciado ; [» ..]
(GREIMAS & C O U R T E S , 1979, p.184)
f i t
A l e m do contrato fiduciario ¿ Greimas e Courtes d i s t i n -
determinado P N .
p r o p o s t o , quando fo r intimidado ou p r o v o c a d o .
m a nip ul ar, e pode recusar a proposta feita pelo Des tinador— mani
Ilustração
nador -ma nip ul ado r. Porem, através da sedução $ Onda não est á mani^
ta e o respectivo c o n tr at o .
conquistar a moça,
perante os a mi go s,
2,3,2. Competência
zar a p er f o r m a n c e .
ser consideradas como um objeto com o qual o sujeito deve ser ccn
na performance principal.
S H Om (querer/dever e poder/saber)
* t f
A competencia, do ponto de vista s e m i ó t i c a , e uma es -
Ilustração
/ *4
poder-fazer.
2.3.3. Performance
tica.
orincipal.
F {S1— * ( S 2 H Ovd) ]
onde se lê:
com- o objeto d e s e j a d o .
Ilustração
jeito competente»
42
bilitada a realização do c a s a m e n t o .
saria a bigamia.
SI
(sujeito-do-fazer) e S 2 (sujeito— de-estado) estão
/
sincretizados num unico ator; Daniel, SI tenta apropriar-se do
2,3,4, Sanção
operaçao pr a g m a t i c a .
/ t
Ha que ressaltar qxíe somente Greimas e Courtes (1979 )
pe rcurso da m a n i p u l a ç ã o .
ga dor social, ou vic e-v ers a . No entanto, nem sempre, o Dest ina —
me) .
Ilus tração
conjunto do ob je t o - v a l o r , o qual bu s c a v a .
ganados o jantar a po s t a d o .
Relação su jeito/objecto
\
Contrato competencia
dever— saber-
fazer fazer
plano pragmatico
plano cognitivo
3 • Semântica Narrativa
sujeitos•
Greimas e Courtésf1979) contrastam o nivel fundamental
e o nivel narrativos
48
/
Ressalte-se gue os valores, enguanto inscritos no ni -
estatuto de o b j e t o - v a l o r .
3 , 1 . Modalização e Mo dalidades
f
q ñ e n t emente, ter-se— a dois tipos de relaçao que os c o n s tituem . A
, / f
p a rtir aessa observaçao e possivel que se divida as modalidades—
modaliades do f a z e r «
ser e modalidades do f a z e r .
5aj
fe enunciado de ser-fazer
estado enunciado
Q ft;
H fe)'
de
enunciado de fazer-fazer
Q Et,
O fazer FAZER
C<3
fcq enunciado de ser-ser
Cl
^ r estado enunciado
h q ft;
de
^ íQ enunciado de faze r - s e r
Q
O fazer ESTADO
*3
(Barros,1988:50)
50
mance.
dais que não exigem que o sujeito modalizador deva ser diferente
Modalidades factitivas
damente, como um f a z e r - f a z e r .
Modalidades veridictorias
falso ou verdad e i r o .
verdade
A r e p r e s e n t a ç ã o , no quadrado s e m i ó t i c o , da categoria
temico .
/
endotaxicas guerer saber ser
e a segunda, deontica.
Modalidades epistemicas
apreciação) .
modal epistêmtca:
CERTEZA I M P R OBABILIDADE
(crer-ser) (crer-não-ser)
PROBABI L I D A D E INCERTEZA
(nao-crer-não-ser) (não-crer— ser)
f
As modalidades projetadas no quadrado semiotico em
Modalidades Aléticas
/
um estagio virtual que o sujeito deve estar de p o s s e , juntamente
dever-ser dever-nao-ser
(necessidade) (impossibilidade)
nao-dever-nao-ser nao-dever-s er
(possibilidade) (contingencia)
os valores modais:
NECES S I D A D E I M P O SSIBILIDADE
POSSIBILIDADE CONTINGENCIA
Modalidades deonticas
/ M A
ver-faser”) «
Ilustração
do s u j e i t o .
bre o seu d e s t i n o .
No dia seguinte, pelas onze horas da manha, voltava
o Sr.F.... para a sua chacara de Andar a i , pois tinha
passado a noite f o r a .
E n t r o u , penetrou na sala, e indo deixar o chapeu so
bre uma mesa, viu ali o seguinte bilhete:
”Meu caro e s p o s o ! Parto no paquete eu companhia do
teu amigo p ... Vou para a E u r o p a . Desculpa a ma compa
nhia, pois melhor não podia s e r . - Tua E . . . ” .
Desesperado, f o r a de si, o Sr.F..» lança-se a um
jornal que perto estava: o paquete tinha partido às 8
horas.
- Era P... que eu acreditava meu a m i g o ... Ah! maldi^
ç ao! Ao menos não j>ercamos os dois contos! Tornou a me_
ter-se no cabriole e dirigiu-se a casa do Sr,X..., su
biu; apareceu o moleque.
- Teu s e n h o r ?
- Partiu para M i n a s .
0 Sr.F... d e s m a i o u .
Quando deu acordo de si estava l o u c o ... louco varri
do! ~~
S,oje, quando alguem. o visita, diz ele com um tom les
timoso:
a
a Sra E ...
com Minas;
(m o d a l i z a dor) .
camente d i s t i n t o s .
t *
A modalízaçao alética (dever-ser) antecede a deontica
ca, na qual o sujeito acreditou que o Sr,¿f... era o que lhe pare_
ção e p i s t ê m i c a .
a verdade,
■ESTRUTURA D I S C U R S I VA
f
A estrutura di scursiva e a terceira etapa do percurso
t t
gerativo de sentido de um discurso ; e o nivel em que a narrativa
t **
e assumida pelo sujeito da e n u n c i a ç a o .
tarefa da semântica d i s c u r s i v a *
2 . Sintaxe Discursiva
/ t
A sintaxe discursiva e o nivel imediatamente p osterior
\
a sintaxe n a rr a t i v a . Enquanto na sintaxe narrativa analisou-se o
ciado ,
1 .1 .1 , Âctorial ização
«V /
so .
/ /
-eu) e tomada emprestada pela semiótica, inspirada na teoria de
e n u n c i a d o , de um ”e u ” ou ” tu ” - simulacro da e n u n c i a ç ã o . A p a r
tir desse p r o c e d i m e n t o , construir-se-a um discurso dito subjeti—
em .forma de d i á l o g o .
Uma segunda p o s sibilidade de apresentar o locutor no
0 procedimento
utilizado pela sintaxe discursiva, para
/
produzir efeitos de realidade e o da debreagem interna que, se -
3$ grau.
t **
 debreagem interna da ao discurso-enunciado a ilusão
t
de rea l i d a d e , pois quando se introduz um dialogo no enunciado
1*1.2. Espacializaçao
cial enunciati v a .
de determinados PN.
/
Como ja se observou, a debreagem pode i n s t a l a r $ no dis
prospectividade.
72
W
0 eixo da prospectiuida.de e um dos eixos que compoe a
f
categoria topologica tridimensional. No eixo da p r o s pectividade
ço de referencia zero.
f
... a semiótica narrativa, que utilisa es
se modelo de localisaçao e s p a c i a l , explo
ra essencialmente o eixo da p r o spectivida
de, procurando criar uma distribuição l i
near, homologavel aos percursos narrati —
vos dos sujeitos e a circulação dos o b j e
tos-valor. (p.265)
rio.
Mr /
e de embreagem.
temporal e a a s p e c t u a l i z a ç ã o .
gia do tempo .
A localização temporal resulta dos procedimentos de de
concomitancia / nao-concomitancia
anterioridade / posterioridade
de partid-a para um p r o c e s s o .
outro.
Ilustração
(porta-voz) como sendo um narrador que nada tem a ver com a his-
f ~ t f f
toriãf sua funçao e a ae comunicaria ao enunciatario (leitor) •
de um ”ele” .
77
mui acro d a q u e l e .
referente.
/
Atravé s de uma debreagem interna de 29 g r a u ,no conto U_
gem espacial en u n c i a t i v a .
2. Semântica Discursiva
\ *
Cabe a analise discursiva trabalhar sobre os mesmos ele
r f
mentos que a analise narrativa, p o r e m retomando aqueles elemen —
f
tos que a analise narrativa deixou- de lado, por nao lhe serem per
tinentes.
Fiorin (1989) ais que
r
No nivel n a r r a t i v o , temos esquemas aos_
tratos: por exemplo, um sujeito entra em
conjunção com a r i q u e z a , um sujeito o p e
ra uma disjunção entre alguém e a iuda[...]
E a semant ica d i scurs i va que reveste e,
79
(chamados concretosL.
A semántica discursiva também explora as virtualidades
2 . 1 . Tematisação
t
I/o nivel n a r r a t i v o , busca-se reconhecer os p rogramas
' /
narrativos e os actantes (destinador, destinatario, sujeito, ob
percursos temáticos.
0 papel
temático nao e somente a condensaçao ou a redu
~ / / / /
çao de um percurso temático . Da-se, tamben, 'o nome de papel tema
tico aos elementos simbólicos utilizados pelo discurso, elemen -
dade que deve ser humano, voltado para a defesa da vida humana »
sem preconceito de cor, raça, idade, sexo etc. Quando se fal a em
r f «
m e d i c o , o imaginamos com o minimo dessas a t ribuições. P e r c e b e - s e ,
/
Mesmo que se diga que ha duas classes de discursos : os
P. H 3 j
f
Os semas propriamente ditos representam, o conteúdo es—
83
/ / a /
tavel, o núcleo semico ou a figura nuclear do semema, e, e a par
aspecto realizado .
S f
as figuras do conteudo que correspondem
as y,figuras do plano da expressão da se
miótica natural (ou do mundo natural):
f
assim, a figura nuclear so recobre a
parte figurativa do semema, excluindo
os semas contextuais recorrentes (ou
classemas) .** (p.185)
muí ado por Greimas e Courtés, esclarece ainda mais a noção de fi >
gura:
84
/
A figura e o termo que remete a algo do
mundo natural: a r v o r e , s o l , c o rrer, brin
c a r , vermelho, quente$etc. A s s i m , a fig u
ra e todo conteúdo de qualquer lingua na
tural ou de qualquer sistema de represen
tação que tem um correspondente perceptí
vel no mundo nat u r a l .(p . 65)
t
nPoder-se-a falar de percursos f i g u r a
ti v o s , quando uma f i g u r a , logo que colo
c a d a , chama uma o u t r a , e assim por dian
t e (C O U R T E S , 1979,p , 11?)
w f
Ler um texto nao e apreender figuras
i s o l a d a s , mas p e r ceber relações entre e_
las, avaliando a trama que constituem o
A esse encadeamento de f i g u r a s , a essa
rede relacional reserva-se o nome de
percurso f i g u r a t i v o . (p.70)
deração a tipologia t e x t u a l .
em contextos variados.
deamento com outras figuras que façam parte do mesmo campo se vían
simboliza a justiça.
/
Do ponto de vista p a r a d i g m á t i c o , as figuras se associam,
Ç <20 .
6'/
do subjacentes em um t e x t o .
/
Um ator e assim o lugar de encontro e de
conjunção das estruturas narrativas e das
estruturas d i s c u r s i v a s , do componente gr a
matical e do componente s emântico, porque
/
ele e encarregado ao mesmo tempo de, pelo
m e n o s , um papel atuacional e de um papel
te m á t i c o , que lhe precisan a competencia
e os limites de seu faser ou cio seu ser.
(CHS.hlíOL ,1977,p. 1 9 5 )
88
de um percurso f i g u r a t i v o .
o l o g i c o s . Esquematicamente i
que se le:
P N “ Programa narrativo
P F — Percurso figurativo
narrativo e d i s e u r s ivo .
~ / f.
4*
a— ator
pel de sujeito do f a z e r .
(um grupo, uma classe, uma multid ão); figurativo (seres concre
II us tração
extensão da p a l a v r a ?”
r t
Ueste p a r a g r a f o , o autor descreve cono e uma viagem r.ci
que, colocada uma figura , ela vai chamando outra e mais outras,
2 , 3 , Isotopía
W / 0»
E m nosso t r a b a l h o , nao sera abordada a evolução do con
tier (1972) e de o u t r o s ,-
cretização do discurso o
r e n d a semantica do discurso•
no plano concreto —
recobre a isotopía tematica - situada num
t * * -
plano abstrato. Ou seja, o nivel temático e recoberto p o r figures
f 0+
tes para a analise do texto em questao • Sabe-se que muitos auto
sao de isotopías .
Ilus tração
/
Para ilustrar o recurso da i s o t o p í a , sera utilizada a
a fábula UM A P O L O G O .
- Por que esta voce com esse ar, toda cheia de si, ¿o__
da enro l a d a , para f i n g i r que vale alguma cousa neste mun
do?
- Deixe-me, senhora.
- Queadeixe? Que a deixe, por quê? P o r que lhe digo
que esta com um ar insuportável? Repito que sim, e fala
rei sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora nao e a l f i n e t e , e a-
g u l h a . Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ser?
Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a
sua vida e deixe a dos outros.
- Mas voce e o r g u l h o s a 0
- Decerto que sou.
- Mas por que?
- E boa! Porque c o s o . Então os vestidos e enfeites da
nossa ama, quem e que os cose, senão eu?
a / m / ^
•* /
/ st
A isotopía desta fábula faz com que ela seja lida como
f f «w
o traço J h u m a n o I ,
t t
A primeira isotopía proposta pela fabula e a de uma
dade social
A recorrencia dos traços humanos desencadeou uma nova
ra o Campo de Sant*Ana,
* .
Porem, repentinamente o sujeito nos comunica que vai
** /
triunfando um deles,
do castigo imposto- pelo Des ti nador-man ipul ador (pai), caso o me
de ser esquematizado:
/
“P o r ancoragem histórica compreende-se a
disposição, no momento da instancia da
figurativisação do d i s c u r s o , de um con -
f / r i
junto de inaices espacio-temporais L..oJ
que visam a constituir o simulacro de um
referente externo e a produzir o efei
to de sentido "realidade ” . (GREIMAS & C O Œ
T É S , 1 9 7 9 , p. 21) ~
do real).
tico, finito e fechado, sendo que ela impÕe regras, as quais não
maus tratos ao menino, caso não fosse à aula, fez com que o sujei
"querer-fazer" e do ”saber-fazer”
, está agora impedido de reali -
zar o PHI (brincar); a sua situaçao com relaçao ao PN1 e a de
0 pai,
cumprindo o que determina o papel temático porfie.
/
vivido, pre-estabelece o P N a ser desenvolvido pelo filho, que
/
e o de freqüentar a escola para ser um ”c a pttalista” - papel te
rr * * 9
Se por um lado, o papel do pai e um papel temático pre-
filho.
vo.
106
a f
Nesta segilencia, as figuras ”aluno” e ”f i l h o ” , ate aqui
r* A
A n t i - D e s tinadores Destinadores
(morro e campo) (pai e mestre Policar
po)
Objeto 1 Objeto 2
(brincar) (estudar)
109
dor-manipul a d o r .
9 + 9
A li b e r d a d e 9 ate esta seqïïencia 9 esta figurativizada
*>é 9
Narr a t i v a m e n t e , fica evidenciada a conclus ao do PNu dia
mestre.
Ill
me le iro,
- De c a ...
Raimundo deu-me a p r a t i n h a , sorrateiramente ; eu
meti-a na algibeira das calças, com um alvoroço que
nao posso d e f i n i r • Ca estava ela comigo, pegadinha
a p e r n a . R e s t a v a prestar o serviço, ensinar a l i ç ã o ,
e nao me demorei em faze-lo, nem o fiz mal, ao menos
conscientemente; passava-lhe a explicação em um re
talho de papel que ele recebeu com cautela e cheio
de at e n ç ã o . Sentia-se que despendia um esforço cinco
vezes 'maior para aprender um nada; mas contanto que
ele escapasse ao castigo, tudo iria bemu
sujeito, ou m e l h o r , um D e s t i n a d o r : o filho de P o l i c a r p o , R a i m u n
do, que propõe a Pi l a r uma troca: Pilar lhe ensinaria alguns pon
a Pilar que possui uma moeda e que esta poderia ser sua, se cum
/
Destinador ------- =? Objeto -------^ Destinatario
(Raimundo) (moeda) (Pilar)
destinatário ).
maçao (--- $?) operada pelo sujei to-do-fazer (Pilar), Raimundo o_i
sao d i stintos .
R a i m u n d o , que através do uso da moeda tentou Pilar a
gou dela e veio esfregá-la nos joelhos a. minha vista, como uma
nado mais adiante pelo mestre. Porém, ressalte-se que tanto Rai_
corrupção.
00 f
c ien t e . Sorri para ele e ele nao sorriu; ao contra
rio, franziu a testa, o que lhe deu um aspecto anea
ç a d o r . O coração .bateu-me m u i t o •
- Precisamos muito cuidado, disse eu ao R a i m u n d o .
“ Dig a — me isto so, murmurou e l e •
Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e
a moeda,ca no bolso, lembrava-me o contrato feito •
Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito; depois,
tornei a olhar para o Cúrvelo, que me pareceu ainda
mais inquieto e o riso, dantes mau, estava agora pi^
or. Não e preciso dizer que tambem eu ficara em bra
sas, ansioso que a aula acabasse; mas nem o relogio
andava como das outras vezes, nem o mestre fazia ca
so da escola; este lia os jornais, artigo por arti
go, pontuando— os com exclamações, com gestos de om
bros, com uma ou duas pancadinhas na m e s a • E la f o
ra, no ceu azul, por cima do morro, o mesmo eterno
p a p a g a i o , guinando a um lado e outro, como se me cha
masse a ir ter com ele . Imaginei-me a l i , com os li
vros e a pedra embaixo da mangueira, e a pratinha
no bolso das calças, que eu não daria a ninguém,nem
que me serrassem; guarda-la-ia em casa, dizendo a
mamae que a tinha achado na r u a • Para que me não fu
gisse, ia-a apalpando, roçando-lhe os dedos pelo cu
n h o , quase lendo pelo tacto a i nscrição, com uma
grande vontade de espia-lac
”Ensine i-lhe o que era, disfarçando mui to? £.. ) conduz a presen
falsidade
"aspecto ameaç a d o r " , "ainda mais i n q u i e t o " , "o riso estava agora
com o uso da p a l m a t o r i a •
(moeda), esquematizável:
/
da configuraçao discursiva castigo , através do percurso figuratif
/ /
SQ9: "Dai a algum tempo olhei para ele; ele tambem olha
va para mim, mas desviou a cara, e penso que empali^
d e c e u . Compos-se e entrou a 1 er em vos alta; estava
com medo. Começou a variar de atitude, agitando — se
a toda, coçando os joelhos, o n a r i z . Pode ser que
se arrependesse de nos ter denunciado ; e na verdade,
/ /
por que denunciar— nos? Em que e que lhe tiravamos
alguma cousa?
"Tu me pagas! tao duro como osso!", dizia eu comi
go,"
f **
querer vingar-se.
po.
121
lega de classe. A humilhação sofrida por Pilar faz com que o seu
tanto .
S (Cúrvelo) Ov (liberdade)
W
virtual . Pilar possuia as modalidades do **querer—fazer** e adever-
Pilar o ”poder-,fazer ” .
.A
em conjunção com a p r a t i n h a •
o qual foi deixado de l a d o , quando optou pelo PN2 (obter uma gran
D i s c u r s i v a m e n t e , as figuras ubatalhão de f u z i l e i r o s ” ,
"tambor", “r u f a n d o " , ”dia l i n d o ” , constituem o percurso figuratif
- lar, desde o inicio do conto, tinha esse desejo, e agora nao re
os a conhecer a corrupção e a d e l a ç ã o .
Programas N a r r a t i v o s :
liberdade (brincar).
Para que Pilar adquirisse a competencia modal (querer-
séria para o P N 1 ) .
do
!
- relação aluno-pro f essor
P N 2 (obter uma grande P F - relação pai-filho
f
das ilícitas
0* w
relaçao ao PN2: o espaço das performances e o espaço da escola »
/ a
ra o P N 1 .
!
Conclui-se que o espaço utilizado para a realização do
Por outro lado, o PN1 (brincar), o qual tem como espaço para a
O b s e r v e m o s , inicialmente, os 0 4 . programas n a r r a t i v o s ,
je tivo do PN.
cretização do PNu não resultou de uma crença naquilo que seu pai
(Destinador-manipulador) lhe comunicou. A modalização epistêmica
do aos valores que alicerçavam sua educação, sabia que ”não— de—
o PNl, e não o P N 2 ,
sus / o p r e s s ã o / ,
vida-escolar.
0 conto construiu-se a p a r t i r da oposição entre o PN1
gou as isotopías.
nhava para m im ” mostra que a relação entre pai e filho era uma
/ »y / /
deve ser, e neste conto, ve— se gue o papel assumido pelo mestre
* Pm ' ' '
e uma continuaçao daquele exercido pelo p a i , Ou seja, o pai e o
A M /
integral da criança .
cia, vivência •
nhecimento da corrupção e da d e l a ç ã o .
CONSIDERA g ÕES FINA IS
f t r /
PN1 (brincar)
que encarna a l i b e r d a d e .
fundamental, /liberdade/ vs / o p r e s s ã o / *
çao e ao sentido do m e s m o •
REFERENCIAS B IBLIOGRAFICAS
• Seus 30 M e l h o r e s C o n t o s . Rio de J a n e i r o , N o v a F r o n t e i
ra,1987.
OLIVEIRA
r , Sandrar A, Ottoboni de. Tese , de Mestrado - Ensaio
... .
de A—
- ........................
A N E X O S
ANEXO I
CONTO D E ESCOLA
MACHADO D E ASSIS
140
berto ocaso, recebi o pagamento das mãos de meu pai, que me deu
no de v i r t u d e s .
xinho o filho do m e s t r e 0
dos mais adiantados da escola; mas e r a , Nao digo tambem que era
/ /
dos ¡mais inteligentes, p o r um escrupulo facil de entender e de
ingenua,. Naquele dia foi a mesma cousa; tao depressa acabei, co
f
Olhei para ele; estava mais pálido, Entao lembrou-me
lhei para o Cúrvelo, e vi que parecia atento; podia ser uma sim-
que era, que ninguém cuidava dele nem de mim. Ou entao, de tarde
• •• —
- De tarde, não, interrompeu-me ele; não pode ser de
tarde.
- Então agora,.,
gum partido, mas nunca pude averiguar esse ponto. 0 p i o r que ele
f «V /
força do costume, que não era p o u c a . E daí, pode ser que alguma
lia a valer.
- Não.
- Hoje?
- Pratinha de verdade?
- De verdade.
não me lembra; mas era uma moeda, e tão moeda que me fez pular
virtude uma ideia antes propria de homem; nao e também que nao
144
„ -' , f ■
fosse fácil em empregar uma ou outra mentira de cri a n ç a . Sabía
zes; mas parece que era a lembrança das outras vezes, o medo de
ria, - e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensi_
e dai recorreu a moeda que a mae lhe dera e que ele guardava co
vrado ...
de, se o mestre não visse nada, que mal havia? £ ele não podia
ver nada, estava agarrado aos jornais lendo com fogo, com indig-
«•»
T ia ç c lo • • *
- T o m e , tom e . . .
* /
- De c a ...
der um nada; mas contanto que ele escapasse ao castigo, tudo iria
bem.
/
De repente, olhei para o Cúrvelo e estremeci ; tinha os
ansioso que a aula acabasse ; mas nem o relógio andava como das
vinhar tudo 0
/
- Venha ca! bradou o n e s t r e .
Fui e parei diante d e l e . Ele enterrou-me pela consciên
-Eu...
* f
palmatória.
nha! de ca a mao!
- Mas, seu m e s t r e ...
O ENFERMEIRO
-MACHADO D E ASSIS
150
meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe
I
fando muito. Nao me recebeu mal. Começou por nao dizer nada; pos
*
em mim dous olhos de gato que observa; depois, uma especie de ri_
151
Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente e propôs cha —
mar-me tao-somente P r o c o p i o , ao que respondi que estaria pelo qie
** /•
uma vida de cao, nao dormir, não p e nsar em mais nada, recolher
• • ^ ' A*
injurias, e, as veses, rir delas, com um ar de resignaçao e con
tar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pedir-me que ficasse,
que não valia a pena sangar por uma rabugice de velho. Instou tan
to que fiquei.
/ %
- Estou na dependura, P r o c o p i o , dizia-me ele a noute;
M a /
nao posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Voce ha
152
— Qual o quêl
nos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes, Não
Mais de uma vez resolvi sair; mas instado pelo vigário, ia fican
do,
«v /
basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais
que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo g u arda
aqui.
f M
ao p e s c o ç o , lutamos, e esganei-o.
ousei voltar ao quarto. Não posso mesmo dizer tudo o que passei,
f f
durante esse tempo. Era um a t o r d oamento, um delirio vago e estú
maos do coronel, dez, vinte, cem vezes. Mas nada, nada; tudo ca—
\ ^
lado. Voltava a andar a toa, na sala, sentava— m e , punha as naos
com as maos trêmulas, tão tremulas que uma pessoa, que reparou
para tanta m e l a n c o l i a •
«S) #M / /
io. ^ao convites t nao disse nada a ninguem; fui ouvi-la, so
ne o meu p a s m o • Pareceu-me que lia mal, fui a meu irmão, fui acs
- E r a . .. e r a ...
mais; estava por pouco; ele mesmo o sentia e dizia. Viveria quan
to? Duas semanas, ou uma; pode ser ate que meno ,s. Ja não era vi
a morte nao foram apenas coincidentes? Podia ser, era ate o mais
f +* t f
provável: nao foi outra cousa. Fixei-me tambem nessa i d e i a ...
sava, sim, que era um pouco v i o l e n t o ... Um pouco? Era uma cobra
t «v
ticario, o e s c r i v ã o , todos diziam a mesma cousa; e vinham outras
vista dos lugares foi perdendo para mim a feição tenebrosa que
/
a principio achei n e l e s . Entrando na posse da herança, converti-
f *4
a em títulos e d i n h e i r o . Eram entao passados muitos meses, e a
t j f f r*
ideia de dsitribui-la toda em esmolas e donativos pios nao me cü£
minou como da primeira ves; achei mesmo que era afetação * Restrin
n apolitano, que aqui esteve ate 1866, e foi morrer, creio eu, no
Paraguai.
/
Os anos f o r a m andando, a memoria tornou-se cinzenta e
gerasse a descrição que entao lhes fis; mas a verdade e que ele
devia morrer, ainda que não fosse aquela fatalidade...
serão consolados