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Relatório de Fenômenos de Transportes 1 - Terceiro Experimento - Perda de Carga Distribuída
Relatório de Fenômenos de Transportes 1 - Terceiro Experimento - Perda de Carga Distribuída
MARANHÃO
ENGENHARIA MECÂNICA E MATERIAIS
FENÔMENOS DE TRANSPORTE 1
SÃO LUÍS
2023
ALUNOS: Marcus Vinicius Everton Martins (20191EM0018), Carlos Suamy
Rodrigues (20201EM0023), Louise Gabrielle Araújo Ribeiro (20181EM0022).
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
𝑣12 𝑃1 𝑣2 𝑃2
+ 𝑧1 + = 2𝑔2 + 𝑧2 + Equação (1)
2𝑔 𝛾 𝛾
Em que:
𝑣12 𝑃1 𝑣2 𝑃2
+ 𝑧1 + = 2𝑔2 + 𝑧2 + + ℎ𝑝 Equação (2)
2𝑔 𝛾 𝛾
Na Equação 2, o termo hp é dado em metros e representa a perda de carga distribuída
ao longo do sistema. Para medidores horizontais e de mesmo diâmetro, como os
utilizados neste experimento, os termos de velocidade (v1 e v2) e altura (z1 e z2) são
cancelados, uma vez que se considera o fluido incompressível, escoamento em regime
permanente, a velocidade é mesma entre os dois pontos (diâmetro da tubulação é
constante), a altura da tomada de pressão é aproximadamente a mesma. Assim, a Equação
2 se torna:
𝑃1 𝑃2
𝛾
= 𝛾
+ ℎ𝑝 Equação (3)
Ou ainda:
∆𝑃
ℎ𝑝 = Equação (4)
𝛾
𝐿 𝑉2
ℎ𝑝 = 𝑓 𝐷 2𝑔 Equação (5)
Em que:
𝜌.𝑣.𝐷
𝑅𝑒 = Equação (6)
𝜇
Em que:
Re ≤2100: laminar
2100≤Re<4000: transição
64
𝑓 = 𝑅𝑒 Equação (7)
Este método é aplicável para escoamentos em regime laminar (Reynolds menor que
2000) em tubos horizontais.
Para a maioria dos escoamentos o cálculo do fator de atrito é feito por meio do
diagrama de Moody. Neste diagrama as variáveis, rugosidade relativa (ε/D) e tipo de
escoamento (Re), relacionam-se em diferentes curvas. O ponto de junção entre elas é
projetado ao eixo da esquerda do gráfico resultando no fator de atrito desejado como
mostra a Figura 1.
Fonte: Collins
Para escoamento turbulento em tubos lisos o fator de atrito é mínimo e aumenta com
a rugosidade. Neste caso, quando ε = 0, temos a Equação 8, de Prandt:
1
= 2,0.𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 (𝑅𝑒√𝑓) − 0,8 Equação (8)
√𝑓
−1
𝑓 = 0,316. 𝑅𝑒 4 Equação (9)
𝜀
1 𝐷
= −2,0. 𝑙𝑜𝑔 3,7 Equação (10)
√𝑓
𝜀
1 𝐷 2,51
= −2,0.𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 ( 3,7 + ). Equação 11
√𝑓 𝑅𝑒√𝑓
Churchill propôs a Equação 12 em 1977, que pode ser utilizada em qualquer regime
de fluxo (laminar e turbulento) (ROMA, 2003):
8 12
12
1
𝑓 = 8 [(𝑅𝑒) + 3 ] Equação (12)
(𝐴+𝐵)2
16
1
Onde: 𝐴 = {2,457. 𝑙𝑛 [ 7 0,9 𝜀
]}
( ) +0,27( )
𝑅𝑒 𝐷
37530 16
𝐵=[ ]
𝑅𝑒
Em 1990 Swamee e Jain apresentaram uma equação explícita (Equação 13) que
calcula o fator de atrito sem restrições quanto ao regime de escoamento e válido para
qualquer Reynolds (GIORGETTI, 2008):
−16 0,125
64 8 𝜀 5,74 2500 6
𝑓 = {[𝑅𝑒] + 9,5 [𝑙𝑛 (3,7𝐷 + 𝑅𝑒 0,9 ) − ( ) ] } Equação (13)
𝑅𝑒
Todos os fatores de atrito obtidos até aqui devem ser substituídos na Equação 5 para
o cálculo da perda de carga distribuída. O último método, descrito pela fórmula de
Hazen-Williams, no entanto, não é calculado por essa mesma equação.
𝑄 1,85 𝐿
ℎ𝑝 = 10,643. (𝐶 ) . 𝐷4,87 Equação (14)
Em que:
Q = vazão (m³/s);
D = diâmetro (m);
C = coeficiente adimensional que depende da natureza das paredes dos tubos (valores
tabelados).
É importante dizer que as perdas de carga causadas pelo movimento da água ao longo
da tubulação são uniformes em qualquer trecho da tubulação e independentemente da
posição do trecho, desde que o diâmetro seja o mesmo. Os principais fatores que
influenciam na perda de carga são a natureza do fluido escoado; material constituinte de
tubos e conexões e diâmetro da tubulação, comprimento do tubo e regime de escoamento.
Quanto ao primeiro fator, deve-se avaliar propriedades do fluido como massa específica
e viscosidade, pois uma vez que estes sejam maiores, maior será a perda de carga quando
atritada às paredes da tubulação, as quais também devem ser avaliadas, uma vez que se
a sua rugosidade for muito alta, o atrito entre o fluido e ela será alto e logo, a perda de
carga ao longo do escoamento. Já em relação ao diâmetro da tubulação, quanto maior a
vazão de escoamento, maior deve ser o diâmetro da tubulação, para aumentar a área e
reduzir a velocidade, pela equação da continuidade (Equação 15), e logo, reduzir a perda
de carga.
𝑄 = 𝑣1 𝐴1 = 𝑣2 𝐴2 Equação (15)
Em que:
Assim, são muitas as fórmulas utilizadas para definir o melhor diâmetro para cada
vazão. A fórmula de Bresse é uma delas, bastante utilizada na indústria, calcula o
diâmetro da tubulação de recalque. (Schneider Motobombas)
Em que:
Imagem 02: Foto real do sistema hidráulico usado para o relatório (AUTOR,2022)
O diâmetro dos tubos mais grossos que são predominantes no sistema é de 61mm e
do tubo mais fino que é o único e que se encontra na posição mais alta do sistema é de 25,4
mm (1 Polegada). Já o comprimento do sistema é relativamente proporcional, já que todos
os tubos horizontais têm 3240 mm e os verticais 390 mm, os únicos que fogem desse
padrão, é o tubo vertical que se encontra no canto inferior esquerdo da imagem que tem
1280mm e o tubo mais alto de todos (1 polegada) que tem o comprimento de 3324mm.
Todos esses dados são mostrados especificamente na imagem 03.
Imagem 03:
Imagem do sistema com a medida de cada tubo especificamente (AUTOR,2022)
4. RESULTADOS
O ponto inicial escolhido foi a altura da bomba que está alojada um pouco acima
do chão. A altura de sucção é a própria altura do cano que desce do reservatório que foi
medida como 45 cm. Assim:
Hs = 45 cm
4.2 ALTURA DE RECALQUE
Hr = 390*7
Hr = 2730 mm ou 273 cm
O comprimento de sucção é todo aquele que vem antes da bomba, nesse caso a
tubulação de sucção é toda de PVC.
Ls = 45+160
Ls = 205 cm
Lr = 3266 cm
Lt = Lr + Ls
Lt = 3471 cm
H = f (L.v^2/ D.2g)
● H = perda de carga distribuída
● F = fator de atrito
● L = comprimento da tubulação
● V = velocidade
● G = gravidade
V = Q/A
V = 2,26 m/s
Re=V.D/v
Re = 152028,6
Logo o escoamento é turbulento.
Rr= e/D
Rr = 0.004
Então, temos:
H = 4,566 m
Jct = 15,1 m
Ht = H + Jct
Ht = 19,666 m
HB= Hs + Hr + Ht
HB= 22,306 m
P = ¥. Q. HB
P= 1.78448 kW
5. CONCLUSÃO
Esse relatório foi feito com o objetivo de simular uma situação real de
dimensionamento de bomba, usando conceitos como a equação de Bernoulli e
perdas de cargas localizadas e distribuídas. A perda de carga distribuída
encontrada foi de 4,566 m, a altura manométrica da bomba HB foi de 22,306 m e
a potência total foi de 1,78448 kW. O que significa que a bomba utilizada (imagem
04) atualmente no sistema está adequada.
6. REFERÊNCIAS
2. https://infoenem.com.br/conhecendo-e-utilizando-a-equacao-de-bernoulli
fisica/
3. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/equacao-bernoulli.htm
4. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/equacao-bernoulli.htm
5. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5626814/mod_resource/content/2/A
ula%202%20%20%202808.pdf
6. https://www.thermal-engineering.org/pt-br/o-que-e-o-diagrama-moody
definicao/