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ORIENTANDA: CÁSSIA ELLEN PEREIRA MONTEIRO

ORIENTADOR: PROF. MSC. HELDER RONAN DE SOUZA


MOURÃO

A PRESENÇA DE JORNALISTAS NA PRODUÇÃO DE PODCAST

MANAUS – AM

2023
CÁSSIA ELLEN PEREIRA MONTEIRO

A PRESENÇA DE JORNALISTAS NA PRODUÇÃO DE PODCAST

ESTE TRABALHO É
REQUISITO PARCIAL PARA
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE
BRACHAREL EM
JORNALISMO MOSTRADO AO
PROF MSC. HELDER
MOURÃO.

MANAUS – AM

2023
1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, os podcasts têm ganhado cada vez mais popularidade
como uma forma de mídia acessível e envolvente. Com a presença de jornalistas na
produção de podcasts, surgem tanto desafios quanto oportunidades. Este estudo de
caso busca investigar os diferentes aspectos e impactos da presença de jornalistas
na produção, analisando as vantagens e problemas encontrados nesse contexto.
1.1 TEMA GERAL

A presença de jornalistas na produção de podcast.

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO

Qual o papel, o impacto e os desafios da presença de jornalistas na produção


de podcast?

2. OBJETIVO GERAL

 Destacar a importância dos jornalistas na produção de podcasts, enfatizando


seu papel fundamental na criação de conteúdo de qualidade, confiável e
relevante para os ouvintes.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar como os jornalistas contribuem para a produção de podcasts.


 Avaliar a influência dos jornalistas na qualidade do conteúdo do podcast.
 Analisar as técnicas jornalísticas aplicadas na produção de podcasts.
 Investigar a relação entre a ética jornalística e a produção.

3. JUSTIFICATIVA

A escolha do tema justifica-se por diversas razões. Primeiramente, a


ascensão dos podcasts como forma de mídia que tem sido notável nos últimos anos,
com um aumento significativo no número de ouvintes e na diversidade de conteúdo
disponível.
Nesse contexto, é relevante compreender como os profissionais do
jornalismo estão se adaptando e contribuindo nesse formato.
Além disso, a participação dos jornalistas na produção de podcasts levanta
questões importantes sobre a qualidade, a veracidade e a credibilidade do conteúdo
disponibilizado nesse meio. Considerando que os jornalistas são treinados para
apurar informações, checar fatos e fornecer uma perspectiva imparcial, investigar o
impacto dessa presença na produção de podcasts é crucial para analisar se esses
princípios estão sendo mantidos ou adaptados ao formato.
Outro motivo para explorar esse tema é a oportunidade de refletir sobre a
relação entre o jornalismo e a inovação tecnológica. Os podcasts representam uma
nova fronteira no campo da comunicação, e entender como os jornalistas estão se
inserindo nesse cenário pode fornecer insights valiosos sobre as transformações no
jornalismo contemporâneo e o seu papel na sociedade digital.
Por fim, a presença de jornalistas na produção de podcasts também tem
implicações éticas e profissionais. Investigar esse tema pode gerar discussões sobre
a ética jornalística, os desafios enfrentados pelos jornalistas nesse novo contexto e
as melhores práticas a serem seguidas na produção de conteúdo de qualidade para
os ouvintes.
Portanto, a realização de um podcast sobre a presença de jornalistas na sua
produção justifica-se pela relevância do tema no atual cenário midiático, a
importância de analisar o impacto desses profissionais na qualidade e credibilidade
do conteúdo, a relação entre jornalismo e inovação tecnológica, e a necessidade de
reflexão sobre as implicações éticas e profissionais envolvidas nessa prática.

4. MARCO TEÓRICO

4.1 Jornalismo

4.1.1 O que é o Jornalismo?

Segundo Nelson Traquina (2005), podemos definir o jornalismo poeticamente,


que é a vida, tal como é contada nas notícias de nascimentos e mortes, tal como o
nascimento do primeiro filho de uma cantora famosa ou a morte de um sociólogo
conhecido mundialmente. É a vida em todas as suas dimensões, como uma
enciclopédia. Uma breve passagem pelos jornais diários vê a vida dividida em
seções que vão da sociedade, a economia, a ciência e o ambiente, à educação, à
cultura, à arte, aos livros, aos media, à televisão, e cobre o planeta com a divisão do
mundo em local, regional, nacional (onde está essencialmente a política do país) e
internacional.
“Poder-se-ia dizer que o jornalismo é um conjunto de 'estórias',
'estórias' da vida, 'estórias' das estrelas, 'estórias' de triunfo e
tragédia. Será apenas coincidência que os membros da comunidade
jornalística se refiram às notícias, a sua principal preocupação, como
'estórias? Os jornalistas vêem os acontecimentos como 'estórias' e
as notícias são construídas como 'estórias', como narrativas, que não
estão isoladas de 'estórias' e narrativas passadas.” (TRAQUINA, p.
21, 2005).

Segundo Nelson Traquina, o jornalismo é uma prática social que tem como
objetivo principal a produção e a difusão de informações que sejam de interesse
público. Ele enfatiza que o jornalismo não é apenas um conjunto de técnicas e
habilidades, mas também um fenômeno cultural e socialmente construído.
Ao longo dos anos, o jornalismo evoluiu e se adaptou às mudanças
tecnológicas e sociais, mas sua essência permanece a mesma. Como ressalta Bill
Kovach e Tom Rosenstiel em seu livro "Os Elementos do Jornalismo" (2001): "A
primeira obrigação do jornalismo é com a verdade". Essa citação enfatiza a busca
incessante pela verdade e pela precisão dos fatos como base para o trabalho
jornalístico.
No entanto, é importante lembrar que o jornalismo não é imune a influências
e desafios. Como observado por Gaye Tuchman em "Making News: A Study in the
Construction of Reality" (1978): "O jornalismo é uma representação, é uma
representação não é uma realidade incontestável". Isso nos faz lembrar que o
jornalismo é uma construção interpretativa da realidade, sujeita a vieses e limitações
inerentes à natureza humana e às estruturas sociais.
O objetivo principal do jornalismo é informar o público e garantir o acesso a
informações relevantes para a sociedade. Os jornalistas desempenham um papel
fundamental na investigação de fatos, entrevistando fontes, pesquisando,
escrevendo e produzindo notícias, reportagens e análises em diversos formatos,
como artigos, reportagens de TV, rádio, jornais impressos, revistas e, mais
recentemente, também em plataformas digitais.

4.1.2 Novas formas de fazer jornalismo

Jeff Jarvis, professor de Jornalismo, destaca as diferentes abordagens e


estratégias que estão sendo adotadas no jornalismo contemporâneo, demonstrando
a visão de um especialista reconhecido no campo do jornalismo sobre as novas
formas de prática e as tendências que estão moldando o futuro da profissão.
“Novas formas de fazer jornalismo estão surgindo em resposta ás
transformações digitais e ás demandas da era da informação. O
jornalismo do futuro será um jornalismo de plataforma. Será um
jornalismo de autenticação, um jornalismo de curadoria, um
jornalismo de comunidade, um jornalismo de marca, um jornalismo
de interesse e um jornalismo de verificação”. – Jeff Jarvis, professor
de jornalismo.

Segundo Jeff, O jornalismo de plataforma, refere-se à utilização dessas


plataformas para alcançar um público mais amplo e engajado, explorando recursos
interativos e de compartilhamento.
Quanto ao jornalismo de autenticação, Jarvis enfatiza a necessidade de
estabelecer a credibilidade e a confiança na era da desinformação. Isso envolve a
verificação rigorosa dos fatos, a transparência nas fontes de informação e a
construção de relacionamentos de confiança com o público.
No que diz respeito ao jornalismo de curadoria, Jarvis destaca a importância
de filtrar e selecionar informações relevantes e confiáveis em meio a uma
sobrecarga de conteúdo disponível online. Os jornalistas atuam como curadores,
identificando, organizando e contextualizando as informações para oferecer aos
leitores uma visão abrangente e significativa dos acontecimentos.
Quanto ao jornalismo de comunidade, Jarvis enfatiza a importância de
envolver os leitores e ouvintes em um diálogo contínuo. Isso inclui permitir que a
comunidade participe ativamente da produção de conteúdo, compartilhe suas
perspectivas e experiências, e estabeleça um senso de pertencimento e
colaboração.

4.1.3 Jornalismo Pós-Industrial

No jornalismo pós-industrial, os profissionais da área buscam adaptar-se às


demandas e desafios da era digital, explorando formas inovadoras de produção,
distribuição e consumo de notícias. Isso envolve o aproveitamento das
oportunidades oferecidas pela internet, redes sociais, dispositivos móveis e outras
plataformas digitais para alcançar e envolver públicos cada vez mais diversificados.

“O jornalismo pós-industrial é uma resposta à era digital e à


necessidade de adaptação dos meios de comunicação às novas
formas de produção, distribuição e consumo de informação. Nesse
contexto, os jornalistas precisam explorar caminhos que incluam a
participação ativa do público, a curadoria de conteúdo, a verificação
rigorosa dos fatos e a busca por autenticidade. O futuro do jornalismo
depende da capacidade de se reinventar e de aproveitar as
oportunidades oferecidas pelas plataformas digitais." - Jeff Jarvis,
autor e professor de jornalismo”.
Jornalismo pós-industrial: adaptando-se ao presente. Este é o título do
relatório, “parte pesquisa e parte manifesto”, publicado pelo Tow Center da
Universidade de Columbia em 2012. Desde as primeiras páginas, o documento já
afirma que aquela não era uma tentativa de especular o jornalismo do futuro ou de
salvar a indústria de notícias. Primeiramente porque “o futuro já havia chegado”. E
em segundo lugar porque não havia mais uma “indústria de notícias”. Afinal, com a
notícia escapando à centralidade das antigas e consolidadas organizações
jornalísticas, pensar o jornalismo dentro dos limites aos quais sempre esteve
reservado torna-se hoje insuficiente. Em um estudo bastante completo sobre
práticas profissionais, modos de produção e o papel social da imprensa, os autores
C. W. Anderson, Clay Shirky e Emily Bell traçam um diagnóstico do jornalismo neste
novo e complexo ecossistema midiático. Em entrevista concedida por e-mail à IHU
On-Line, Anderson afirma que desde a publicação do relatório o campo jornalístico
passou por várias mudanças. No entanto, o argumento central “de que as
organizações noticiosas estão com problemas para mudar suas práticas
profissionais de modo a acomodar a realidade digital, e que diversas novas
organizações noticiosas estão desestruturadas, permanece amplamente
verdadeiro”. O pesquisador aborda ainda sua visão sobre a crise no jornalismo que,
para ele, está relacionada a uma crise geral das instituições, como o governo, a
igreja ou o exército. Defende ainda que os desafios do jornalismo estão “tão
relacionados aos processos organizacionais pelos quais as empresas jornalísticas
são conduzidas quanto pelo modelo de negócios ou a tecnologia.” Neste contexto,
Anderson afirma não enxergar uma resolução para o tensionamento entre novas e
velhas mídias. “É muito mais provável que nós, como sociedade, simplesmente nos
‘acostumemos’ com um mundo onde a indústria de notícias seja mais fraca e
sempre envolta em uma constante turbulência.”

4.1.4 O podcast

Um dos primeiros usos do termo podcast foi em 2004, em um artigo do jornal


The Guardian (HAMMERSLEY, 2004). Intitulada “Audible revolution”, a matéria
caracteriza uma nova forma de produção de áudio para a internet, centrada
principalmente nos Estados Unidos, feita por amadores e a partir de recursos
baratos. “Podcasting” é, na verdade, apenas um dos termos usados pelo autor para
tentar definir esse formato, que se pergunta se não deveríamos chamá-lo de
“audioblogging” ou “GuerillaMedia”, fazendo referência a modelos até então mais
consolidados na internet (como os blogs) ou a técnicas como o “marketing de
guerrilha”, que dispensa a mídia tradicional. Ao longo do texto, no entanto, a escolha
do autor é por variações de “rádio online”. Seus exemplos citados são ou programas
de rádio disponibilizados para download ou experiências que buscam ir justamente
contra os formatos tradicionais de rádio. Assim, essa nova forma permitiria quebrar
preceitos técnicos e de conteúdo das estações de rádio, como a não necessidade de
se adequar a um tempo específico para o programa ou a possibilidade de se tratar
temas que não seriam transmitidos em rádios comerciais.
A liberdade dos produtores é acompanhada, para o autor, por uma liberdade
de seus ouvintes: eles podem escutar os programas em qualquer horário e, dessa
forma, “construir sua própria programação”. Ainda que em um cenário com menor
prevalência das redes sociais, Hammersley diz de uma facilidade do contato entre
ouvintes e produtores. Dessa forma, a internet, para o autor, parece se construir
como local de possibilidades para o rádio: “Liberando os ouvintes do tempo e
espaço, e permitindo que eles conversem com quem faz a programação é uma
coisa: liberar os produtores é ainda melhor. Você consegue se safar com muito mais
na internet.” (HAMMERSLEY, 2004, online, tradução nossa).
Apesar da imprecisão terminológica de Hammersley, o termo que realmente
ficou famoso para denominar tais transmissões foi podcast. A palavra, no seu uso
em 2004, vem da junção entre o tocador de MP3 iPod e “broadcast” (transmissão).
Sua cronologia esteve sempre acompanhada por desenvolvimentos tecnológicos. Já
havia experiências de compartilhamento de áudio na internet, desde as décadas de
70 e 80 por meio de canais como o sistema BBS (Bulletin Board System), o Usenet
e o IRC (VALIN, 2009). Mas elas seriam potencializadas por programas de
compartilhamento peer-to-peer (P2P), como o Napster, mais focado em música, e
softwares para gravação de emissões online contínuas de rádios.
No entanto, o principal desenvolvimento que sedimentou a atual configuração
de distribuição dos podcasts foi a criação do feed RSS. Os feeds RSS servem como
agregadores de conteúdo. Foram usados inicialmente por blogs para disponibilizar
suas postagens em sites ou programas agregadores, como o extinto Google Reader,
em que o usuário podia se cadastrar em diversos sites ou blogs e receber suas
atualizações de forma automática. O protocolo, no entanto, não disponibiliza apenas
texto verbal, mas também pode servir como forma de distribuir conteúdos em áudio
e vídeo. Essa é a forma mais comum atualmente de circulação dos podcasts, que
podem tanto ser ouvidos por streaming, download ou por meio de softwares
especializados que utilizam feeds RSS para baixar novos episódios
automaticamente. O mais conhecido destes é o iTunes, da empresa Apple, que, em
2005, introduziu o suporte nativo para o formato e criou um diretório de podcasts,
contribuindo para sua popularização. Serial disponibiliza seus episódios tanto por um
feed RSS, como tem em seu site um tocador para streaming e arquivos MP3 para
download. No percurso inicial dos podcasts, o termo rádio é retomado
continuamente, como forma de explicar o novo formato.
Muitas das primeiras experiências eram, afinal, formatos consagrados ou
meras reproduções de emissões hertzianas. Entendemos que, pela força e
influência do meio, uma pesquisa sobre podcasts não pode prescindir das
características seminais da rádio. É, nosso objetivo, no entanto, não reduzir o
entendimento do podcast apenas à matriz radiofônica. Zuculoto (2016) fala de um
percurso dos estudos acadêmicos sobre o rádio que caminhou, por muito tempo, de
forma conjunta com os estudos de jornalismo, e reivindica uma história própria do
rádio e suas particularidades. Caminhamos em movimento semelhante, ao prezar
pelas potencialidades do podcast, em estudos que levem em 21 consideração suas
aproximações e distanciamentos com o rádio e as formas que ele pode acionar,
como o jornalismo.
O gesto é partilhado por Berry (2016), que afirma que o podcast faz emergir
textos que são recebidos de modos diferenciados daqueles do rádio e, portanto,
pedem por uma análise acadêmica particular. Segundo ele, o podcast é

“[...] uma forma sonora em que as convenções e processos de


produção apresentam uma coleção de textos que são sonoramente
distintos e recebidos de forma diferente do rádio – ainda que
emerjam do mesmo campo. Isto não quer sugerir que estudos de
podcast não sejam parte dos estudos de rádio; é mais um argumento
[...] pela emergência de um ramo de estudos de podcast... (BERRY,
2016, p. 18, tradução nossa) ”.

4.1.5. O podcast no Jornalismo


Falcão e Temer (2019, p. 4), apontam que “[...] o podcast enquanto jornalismo
ganha força ao ser incorporado à programação de grandes jornais como O Estado
de São Paulo e a Folha de São Paulo”.
O podcast no jornalismo A produção de podcastings no Brasil, segue em
expansão a cada ano. Embora a maioria deles não esteja ligado a veículos
tradicionais da imprensa brasileira, existem diversos podcasts ligados à propagação
da informação. O jornalismo é, certamente, uma das áreas em constante
apropriação. Mas como os veículos tracionais estão se inserindo nessa nova forma
de propagar a informação? A inovação aliada às publicações mais frequentes em
arquivos de áudios, traz uma nova cultura de consumo da informação.
A observância da potencialidade do podcast enquanto informação fez com
que a Universidade Federal da Paraíba Paulo trouxesse para a plataforma o
Estadão Notícias, programa disponibilizado de segunda a sexta-feira, abordando
notícias e análises do dia. Já a Folha de São Paulo, lançou em 2019 o programa
Café da Manhã, abordando política brasileira e internacional, cotidiano, saúde,
cultura, economia, entre outros. Embora não haja muitos estudos conceituais da
apropriação do jornalismo em podcast, é possível perceber que a partir disso, a
adesão do podcast como produto jornalístico apesar de lenta, tem expandido a cada
ano. Em razão desse sucesso, no ano de 2019 diversas manchetes da mídia
brasileira classificaram o período como o “ano do Podcast”, outros mencionam,
ainda, uma espécie de “a era de ouro”.
Com a facilidade e as novas possibilidades de distribuição dos conteúdos via
internet, o jornalismo passa a ter novas oportunidades quanto à propagação das
informações. Como uma mídia da cibercultura , o podcast jornalístico permite que a
informação possa ser cada vez mais convergente. Por conseguinte, as
potencialidades do meio digital proporcionaram ao jornalismo uma evolução
tecnológica em relação à distribuição dos seus conteúdos.

“A partir dessas observações podemos não só pensar a aplicação do


podcast na área de comunicação, como forma de divulgação de
informações jornalísticas ou ainda como ferramenta para uso na
educação, mas também aplicações no campo da política e dos
movimentos sociais. Esses dois fatores são importantes na
sociedade brasileira, mas ainda tímidos no que se refere à produção
de podcasts. ”(LUIZ et al., p. 7, 2010).

No contexto do jornalismo, um podcast é uma forma de mídia que permite aos


jornalistas criar conteúdo em formato de áudio para fornecer notícias, análises,
reportagens e discussões sobre uma variedade de assuntos. Os podcasts
jornalísticos combinam os princípios e as práticas do jornalismo com a conveniência
e a acessibilidade do formato de áudio sob demanda.

5. METODOLOGIA
O método utilizado para a realização deste trabalho consiste em pesquisas
qualitativas, quantitativas e exploratórias. Cada uma dessas abordagens possui suas
características e métodos específicos. A escolha do tipo de pesquisa é adequada ao
modelo do trabalho e ao objetivo de investigar o papel dos jornalistas na produção
de podcasts, analisando como a presença desses profissionais impacta a qualidade,
a crediblidade e a precisão do conteúdo veiculado em podcasts.
“Pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou
a construir hipóteses, inclui levantamento bibliográficos e
entrevistas”.
(GIL p. 41, 2002).

De acordo com Gil (2009), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base


em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
Para aquele autor, a principal vantagem desse tipo de pesquisa reside no fato de
permitir ao investigador a cobertura de uma gama maior de fenômenos do que
aquela que poderia pesquisar diretamente. Essa vantagem é particularmente
importante quando o problema de pesquisa requer dados que estão dispersos no
tempo e no espaço relacionados ao objeto de estudo.
Escuta e análise aprofundada de episódios de podcasts selecionados, com o
objetivo de observar as diferenças quando há a participação de jornalistas na
produção. Serão analisados diversos aspectos, como a qualidade do conteúdo, a
abordagem jornalística e a credibilidade das informações apresentadas.
Essas etapas de coleta de dados visam obter uma compreensão aprofundada
do papel dos jornalistas na produção de podcast bem como suas contribuições para
a qualidade e credibilidade do conteúdo veiculado.
Princípios éticos como imparcialidade e veracidade são aplicados na
produção de podcasts produzidos por jornalistas, para garantir a qualidade e a
credibilidade do conteúdo. Isso inclui equilíbrio na abordagem, evitar conflitos de
interesse, verificação dos fatos, precisão na divulgação e transparência sobre fontes
e métodos. Esses princípios asseguram informações imparciais, verificadas e
confiáveis aos ouvintes.
“ Espero que a ética, a transparência e o compromisso com a
verdade estejam sempre com vocês no desempenho do jornalismo
profissional. Espero que tenham êxito na profissão escolhida e que
sejam felizes”.
(SERGIO MATTOS, Jornalista e doutor em comunicação pela
Universidade do Texas em Austin, 2006).

Ao pesquisar essas responsabilidades e habilidades, é possível investigar a


forma como os jornalistas atuam na produção de podcasts, identificar boas práticas
e desafios enfrentados, além de avaliar seu impacto na qualidade e precisão do
conteúdo veiculado, seleção cuidadosa de fontes, isso por sua vez, aumenta a
credibilidade do podcast e a confiança do público na informação fornecida.
6. CRONOGRAMA

Atividades / 2023 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa do Tema X

Problemática/ X
Justificativa
Objetivo Geral e Específicos X

Entrevistas X

Metodologia X

Marco Teórico X

Levantamento X

Pesquisa de Campo X

Entrega do Projeto

Entrega X

Defesa X
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDERSON, C. W..; BELL, Emily; SHIRKY, Clay. JORNALISMO PÓS-INDUSTRIAL: Adaptação


aos Novos Tempos, 2012.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

HAMMERSLEY, The Guardian, intitulada “Audible revolution”, 2004.

HERSCHMANN, M.; KISCHINHEVSKY, M. Revista FAMECOS. Porto Alegre, Revista


espetacularização contemporânea, 2008.

JARVIS, JEFFY. What Would Google Do? New York: HarperCollins, (2009).

JOÃO PESSOA, Revista Latino-americana de Jornalismo, p. 50 a 75 75 | ISSN 2359-375X


Programa de Pós-Graduação em Jornalismo – UFP, ANO 8 VOL.8 N.1 | JAN./JUN. 2021.

SÉRGIO MATTOS, Responsabilidade do jornalismo e dos jornalistas, 2006.

SPREAKER E TRACTO, plataforma de criação distribuição e monetização de


podcasts Voxnest, ebook: Como fazer um podcast, 2020.

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