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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CÂMPUS DE CHAPADÃO DO SUL


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

LICITAÇÕES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:


PRINCIPAIS MUDANÇAS OUTORGADAS COM A NOVA LEI
Nº 14.133 DE 2021

LEANDRO HENRIQUE DA SILVA

Chapadão do Sul – MS
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CÂMPUS DE CHAPADÃO DO SUL
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

LICITAÇÕES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:


PRINCIPAIS MUDANÇAS OUTORGADAS COM A NOVA LEI
Nº 14.133 DE 2021

LEANDRO HENRIQUE DA SILVA

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Rocío del Pilar López


Cabana

Artigo científico apresentado como requisito


parcial à aprovação do TCC para obtenção do grau
de Bacharel em Administração, pelo Curso de
Graduação em Administração, Campus de
Chapadão do Sul da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul.

Chapadão do Sul - MS
2021
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

AUTOR: Leandro Henrique da Silva

ORIENTADORA: Prof.ª Dr.ª Rocío del Pilar López Cabana

Aprovado pela Banca Examinadora como parte das exigências da disciplina de TCC, para
obtenção do grau de Bacharel em Administração, pelo curso de Graduação em Administração
da UFMS/CPCS.

_______________________________________
Prof.ª Dr.ª Rocío del Pilar López Cabana
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

_______________________________________
Prof. Francisco de Assis da Silva Medeiros, PhD.
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

_______________________________________
Prof. Dr. Alessandro Silva de Oliveira
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS
Dedico este trabalho aos meus pais, por sempre
acreditarem em min e proverem minha
educação.
Agradecimentos

A Deus que me deu a vida e me concede oportunidade e força para continuar a


caminhada em busca dos meus sonhos.
Aos meus pais Célia Severina da Silva e Elizeu Alves da Silva pelo apoio
incondicional, agradeço por sempre terem acreditado e feito de tudo para a realização desse
sonho.
A minha irmã Camila Alves da Silva pelos conselhos, pelo café diário, incentivo e por
ser um exemplo de fé, iniciativa e resiliência.
A minha sobrinha Alice Alves por ter vindo ao mundo renovar minhas energias e
alegrar os meus dias.
A Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, pela oportunidade de cursar
Administração. E também a todos os professores e demais colaboradores do câmpus de
Chapadão do Sul, por terem proporcionado aprendizado e compartilhado experiências que
tanto me agregaram como pessoa e futuro profissional.
A minha orientadora Prof.ª Dr.ª Rocío del Pilar López Cabana por ter aceito o convite
e dedicar seu tempo me orientando na conclusão deste trabalho. Muito obrigado pela
disposição e paciência.
A minha família e a todos que de alguma maneira contribuíram para o êxito da minha
formação. Muito obrigado.
“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com
mais inteligência”.
(Henry Ford).
Licitações na Administração Pública: Principais mudanças outorgadas com
a nova Lei nº 14.133 de 2021

Resumo

A legislação na administração pública muda frequentemente, sendo fundamental acompanhar


estas alterações, ainda mais em processos relacionados às compras públicas como é o caso das
licitações. Neste sentido o presente trabalho tem como objetivo identificar as mudanças
consideradas relevantes no processo licitatório com a nova lei de licitações nº 14.133 de 2021.
Para atingir este objetivo o percurso metodológico foi através de uma pesquisa bibliográfica e
documental, reunindo informações de fontes pertinentes ao tema de licitações públicas.
Dentre os resultados obtidos se destacaram algumas alterações consideráveis, que colaboram
para a evolução nas contratações públicas, como a extinção e inclusão de modalidades,
modificações nos tipos de licitações, inversão de fases licitatórias e a criação do Portal
Nacional de Contratações Públicas.

Palavras-chave: Licitação; Processo Licitatório; Nova Lei de Licitações.


Bidding in Public Administration: Main changes granted with the new Law
nº 14.133 of 2021

ABSTRACT

Legislation in public administration changes frequently, and it is essential to monitor these


changes, especially in processes related to public purchases such as tenders. In this sense, this
work aims to identify the changes considered relevant in the bidding process with the new
bidding law nº 14.133 of 2021. To achieve this objective, the methodological path was
through a bibliographical and documental research, gathering information from relevant
sources to the subject of public tenders. Among the results obtained, some considerable
changes were highlighted, which contribute to the evolution of public procurement, such as
the extinction and inclusion of modalities, changes in the types of bids, inversion of bidding
phases and the creation of the National Public Procurement Portal.

Keywords: Bidding; Bidding Process; New Bidding Law.


Lista de Tabelas

TABELA 1 Modalidades de Licitação..................................................................18


TABELA 2 Mudanças nas modalidades de Licitações.........................................26
TABELA 3 Critérios de Julgamento de Licitação................................................29
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 11

2 METODOLOGIA .................................................................................................. 13

3 LICITAÇÃO .......................................................................................................... 14
3.1 PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO .............................................................................. 15

4 MODALIDADES DE LICITAÇÕES NA LEI 8.666/1993 ................................ 18


4.1 TIPOS DE LICITAÇÕES ....................................................................................... 22
4.2 FASES DA LICITAÇÃO ........................................................................................ 24

5 MUDANÇAS COM A NOVA LEI Nº 14.133/2021 ............................................ 25


5.1 ALTERAÇÕES NAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO ................................... 26
5.2 CRITÉRIOS DE JULGAMENTO .......................................................................... 27
5.3 INVERSÃO DE FASES NO PROCESSO LICITATÓRIO ................................... 29
5.4 PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (PNCP) .................. 30

6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 31

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 33

REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 34
11

1 INTRODUÇÃO

É notório que a gestão pública e os setores que a envolvem vêm se transformando


constantemente, nesse sentido não seria diferente com o processo de compras públicas através
da licitação. A relevância do processo licitatório se mostra fundamental, visto que ocorrem
aquisições de bens e serviços nas entidades públicas em todo o país, a qual afeta
consideravelmente a economia nacional. Pois como Ribeiro e Júnior (2019, p. 5) mencionam,
“o mercado de compras governamentais brasileiro representa 12,5% do PIB [Produto Interno
Bruto] produto do país (média calculada para o período 2006-2016)”.
Historicamente, todo o processo licitatório conhecido hoje em dia é consequência de
várias mudanças ocorridas no transcorrer dos séculos, de modo que não podemos apresentar
um caso particular como sendo a fonte de sua origem. No entanto podemos assegurar que a
ideia de uma prática desempenhada pelo Estado a fim de escolher o objeto que melhor possa
satisfazer o interesse público não é nova (OLIVEIRA, 2013).
Araújo (2010) diz que desde a antiguidade romana há relatos da presença de normas
para controlar a alienação dos despojos de guerra (dá-se aí o nome “hasta” pública) e
execução de obras públicas, e inclusive na Idade Média, em que na Europa ocidental o
sistema era denominado de “vela e pregão”. Pois os construtores formalizavam as propostas
durante o tempo em que ardia uma vela, sendo adjudicada a melhor oferta de preço quando
esta apagava.
No Brasil a licitação foi inserida no direito público há mais de cento e quarenta anos
através do Decreto nº 2.926, de 14 de maio de 1862, que regia as arrematações dos serviços a
cargo do então Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. No entanto foi a partir
da Constituição de 1988 que ocorreu um grande progresso nesse procedimento, pois a efetiva
constitucionalização da Administração Pública apenas foi levada a efeito pela Carta de 1988
(GUERRA, 2018).
Desta forma, determinada pela Constituição Federal e prevista em seu artigo 37, a
licitação é um princípio constitucional, de prática exigida pela Administração Pública direta e
indireta a todos os poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, ressalvados os
casos especificados na legislação (BRASIL, 1988).
12

A principal lei que regulamenta o universo das licitações, seus princípios, modalidades
e tipos é a Lei nº 8.666, de 1993 (MORAES, 2016). Mais tarde junto à promulgação da Lei nº
10.520/02 e a introdução da modalidade pregão às práticas licitatórias, a Administração
obteve nova vertente para a compra de bens e contratação de serviços. Também, através da
regulamentação do pregão no modo eletrônico, ocorreu melhoria nos serviços utilizando a
tecnologia da informação (FARIA; OLIVEIRA, 2017). No entanto, a nova lei n° 14.133/21,
chega para substituir a legislação anterior de licitações, porém, deve coexistir juntamente com
as regras da antiga legislação, pois as normas anteriores somente serão revogadas
completamente no prazo de dois anos (BORDALO, 2021).
Existem várias definições referentes ao ato de licitar, no entanto podemos conceituar
como o procedimento adotado por lei para a realização dos processos de compras e
contratações de serviços públicos de maneira objetiva e padronizada em todo o país, ou seja, é
o método usual na escolha da oferta mais vantajosa para a administração pública (BRASIL,
1993; TCU, 2010).
É uma atividade que tem como objetivo principal oferecer maior segurança, agilidade,
transparência e qualidade nos processos de escolha de prestação de serviços e produtos sem
abrir mão da concorrência e preço competitivo. Demonstrando assim fundamental
importância não só na manutenção dos órgãos e departamentos públicos como também para a
prática de uma boa gestão (DALBOSCO, 2014).
Dessa forma, o presente estudo traz a ser investigada a seguinte questão: Quais as
principais alterações ocorridas com a nova lei de licitações n° 14.133/21 em relação à
legislação anterior regida pela lei nº 8.666/93?
Assim, com a finalidade de responder à questão citada, o objetivo geral deste artigo
foi identificar as mudanças outorgadas com a nova lei de licitações n° 14.133/21.
Para atingir este objetivo geral foram estruturados os seguintes objetivos específicos:
 Descrever os conceitos e princípios norteadores das licitações.
 Descrever as modalidades, tipos e fases licitatórias da lei nº 8.666/93.
 Descrever as principais mudanças nas modalidades, tipos e fases com a nova
lei nº 14.133/21.
A Metodologia abordada para o desenvolvimento desse artigo foi através de uma
pesquisa bibliográfica e documental, reunindo informações de livros, artigos, teses, leis e
publicações pertinentes ao tema de licitações públicas.
13

O presente estudo justifica-se por ser mais uma ferramenta para a administração
pública em abordar e proporcionar entendimento das informações do processo licitatório,
sendo seu auxílio relevante. Visto que, por se tratar de um assunto recente ainda é pouco o
material bibliográfico disponível atualmente.
A estrutura do trabalho é composta pela introdução, apresentada nessa seção,
relatando um breve contexto histórico da licitação, assinalando o problema de pesquisa, o
objetivo geral, os objetivos específicos e as justificativas da elaboração do artigo.
Posteriormente é exposta a metodologia utilizada para alcançar o objetivo apontado. Na seção
seguinte é apresentado o referencial teórico, onde são abordados os princípios e definições da
licitação, as modalidades licitatórias, os tipos e as fases da licitação. Adiante é apresentada a
nova lei de licitações 14.133/2021 e as principais mudanças ocorridas aos tópicos
mencionados na seção anterior. Por fim, o artigo expõe uma breve discussão e aborda na
última seção as considerações finais.

2 METODOLOGIA

A Metodologia abordada para o desenvolvimento desse artigo tem seu caráter


restritivamente teórico. Tendo em consideração que o objetivo deste artigo foi identificar as
mudanças outorgadas com a nova lei de licitações. A pesquisa bibliográfica e documental se
mostraram as mais idôneas como estratégia de pesquisa.
Para Gil et al. (2002), o desenvolvimento da pesquisa bibliográfica é baseado em
conteúdo já elaborado, ou seja, composto basicamente por artigos científicos e livros. Apesar
de a maioria dos estudos exigirem alguma forma de trabalho desta natureza, existem
pesquisas elaboradas unicamente através de fontes bibliográficas, como as que apresentam à
análise de diferentes posições em relação a um problema.
Ainda, Sousa et al. (2021), lembram que, a pesquisa bibliográfica é importante desde
o começo da pesquisa científica, visto que é a partir desta que o pesquisador deverá realizar
consultas em obras já publicadas sobre determinado assunto, examinando suas conclusões a
fim de verificar se é relevante desenvolver a pesquisa sobre este conteúdo. Pena (2019, p. 19)
14

complementa que esse “tipo de pesquisa tem como finalidade colocar o pesquisador em
contato direto com aquilo que foi escrito sobre um assunto determinado”.
Já a pesquisa documental, segundo Gil et al. (2002), se assemelha à bibliográfica,
sendo que às vezes não fica claro distingui-las, porém o que as diferencia está na natureza de
suas fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica é fundamentada através de trabalho de variados
autores referente algum assunto, a pesquisa documental dispõe de conteúdos que ainda não
foram tratados de forma analítica ou que podem ainda serem reformulados conforme os
objetivos da pesquisa. O autor também destaca o fato da documentação constituir de uma
fonte rica e estável de dados, na qual o pesquisador poderá conseguir evidências para
fundamentar suas afirmações.
Sendo assim, tendo como base: Leis, relatórios do Tribunal de Contas da União e
diversas fontes da literatura científica do campo das licitações, foi possível realizar a revisão e
análise destas referências bibliográficas para atingir o objetivo proposto.

3 LICITAÇÃO

De acordo com o TCU (2010), a licitação pode ser definida como o procedimento
administrativo formal onde através de publicação em edital ou convite são convocadas
empresas interessadas a ofertarem propostas para contratação de serviços ou aquisição de
produtos por parte da Administração pública.
Licitação é o conjunto de procedimentos administrativos, legalmente
estabelecidos, através da qual a administração Pública cria meios de verificar,
entre os interessados habilitados, quem oferece melhores condições para a
realização de obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações,
concessões, permissões e locações (PISCITELLI, 2004, p. 234 citado por
TORMEM et al., 2007, p. 3).

Expressa o objetivo de preservar o cumprimento do princípio constitucional da


isonomia, escolhendo a oferta mais vantajosa para a Administração Pública, de modo a
garantir oportunidade igualitária a todos os interessados. Incentivando assim maior
participação possível de empresas ao certame e consequentemente garantindo a concorrência
(TCU, 2010).
15

Conforme Monteiro (2009 citado por AZEVÊDO FILHO, 2010), as leis que
regulamentam o Processo Licitatório são embasadas em princípios. Assim, toda ação
realizada pelo administrador público que venha a ferir qualquer deles o deixará suscetível a
sanções podendo ocorrer até mesmo a perda do mandato.
No 3º Artigo da Lei 8.666 (1993) são estabelecidos os princípios aplicáveis nas
licitações públicas:
A licitação [...] será processada e julgada em estrita conformidade com os
princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos (BRASIL, 1993, s. p.).

3.1 PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO

Segundo o TCU (2010), os seguintes princípios básicos norteadores dos


procedimentos licitatórios públicos devem ser observados:

 Princípio da Legalidade

De acordo com o TCU (2010), o princípio da legalidade submete que todo ato dos
licitantes e da Gestão Pública devem estar de acordo com as normas, regras e princípios em
vigor estabelecidos.
Do mesmo modo Coelho (2009 citado por SILVA, 2014, p. 13), descreve que “o
Estado será obrigado a fazer exatamente aquilo que a lei mandar e só poderá fazer o que a lei
expressamente autorizar”. Os atos licitatórios encontram-se todos especificados na Lei
8.666/93, assim é preciso que o ente público a execute de acordo com o exposto.

 Princípio da Isonomia

Consiste em atribuir a todos os envolvidos um tratamento igualitário. Sendo esta


condição crucial em toda prática licitatória para preservar a concorrência (TCU, 2010).
16

O princípio da isonomia impede a inclusão de quaisquer circunstâncias ou condições


que possam atrapalhar a natureza competitiva no processo.

 Princípio da Impessoalidade

Princípio que exige da gestão a considerar em suas soluções os critérios objetivos


anteriormente definidos, evitando o subjetivismo e a discricionariedade no decorrer das
práticas licitatórias (TCU, 2010).
O princípio da impessoalidade assim como da isonomia determina a obrigação da
gestão em proceder com tratamento igualitário a todos os envolvidos que estejam na mesma
situação jurídica, sendo vedado qualquer tratamento favorecido e discriminatório.

 Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa

O TCU (2010) mostra que o comportamento da administração e dos participantes


deverá ser além de lícita, compatível com a ética, moral, os bons costumes e as normas da boa
gestão.
Assim de maneira resumida pode-se deduzir que o princípio da moralidade e da
probidade administrativa está ligado à conduta dos agentes envolvidos quanto ao
cumprimento dos procedimentos de forma leal, honesta e responsável.

 Princípio da Publicidade

É direito de todo interessado ter acesso ao processo licitatório público, e seu respectivo
controle, mediante publicação das ações executadas pelos gestores em todas as etapas da
licitação (TCU, 2010).
Neste sentido Silva (2014, p. 14) destaca que:

O princípio da publicidade vem garantir à população, por meio da


transparência das ações, a visibilidade e controle sobre a conduta da
Administração, exceto nos casos que precisam ter sigilo. Quanto aos
processos licitatórios, conforme determinado na Lei 8.666/93, podemos
aplicar nas publicações dos editais, abertura dos envelopes de documentação
em ato público, publicação dos contratos, publicação dos atos decisivos, e
outros.
17

 Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório

Para Tormem et al. (2007), o princípio da vinculação ao instrumento convocatório


obriga a gestão e os participantes da licitação a observarem as condições e regras definidas no
ato convocatório. Vetando qualquer criação ou realização sem que exista a previsão no
instrumento de convocação.
Brasil, (1993, s. p.), acrescenta que: “A Administração não pode descumprir as normas
e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada”.
No mesmo ponto de vista Meirelles (2000 citado por SANTOS, 2018, p. 12) menciona que:

Nem se compreenderia que a Administração fixasse no edital a forma e o


modo de participação dos licitantes e no decorrer do procedimento ou na
realização do julgamento se afastasse do estabelecido, ou admitisse
documentação e propostas em desacordo com o solicitado. O edital é a lei
interna da licitação, e, como tal, vincula aos seus termos tanto os licitantes
como a Administração que o expediu.

 Princípio do Julgamento Objetivo

O princípio do julgamento objetivo segundo o TCU (2010, p. 29) “afasta a


possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no
instrumento de convocação, ainda que em benefício da própria Administração”.
Portanto compreende-se que esse princípio regula que a realização do julgamento das
propostas seja com base nos critérios indicados no ato da convocação, e em seus termos
específicos.

 Princípio da Celeridade

O TCU (2010) enfatiza que, o princípio da celeridade procura a simplificação de


formalidades desnecessárias e rigorismos em demasia. Bem como esclarece que dentro das
possiblidades a tomada de decisão deverá ocorrer no ato da sessão.

 Princípio da Eficiência

Segundo Santos (2018), o princípio da eficiência motiva a possibilidade da gestão


pública em melhorar seus métodos, proporcionando aos cidadãos a maximização dos serviços
18

de maior qualidade em menor tempo. Além de reduzir os custos com a desburocratização e


simplificação dos procedimentos.

Por fim, Meirelles (2009 citado por SILVA, 2014, p. 14) define que:

O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida


com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio
da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada
apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público
e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus
membros.

 Princípio da Competição

O princípio da competição fomenta uma maior quantidade de participantes na procura


da proposta mais vantajosa do objeto licitado (TCU, 2010).
Nesse sentido, o TCU (2010, p. 29) afirma que a “Lei de Licitações veda estabelecer,
nos atos convocatórios, exigências que possam de alguma forma, admitir, prever ou tolerar,
condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação”.

4 MODALIDADES DE LICITAÇÕES NA LEI 8.666/1993

Conforme enuncia o art. 22 da Lei 8.666/1993, os processos de compras públicas de


bens e serviços poderão ser realizados em conformidade com as diretrizes das seguintes
modalidades distintas de licitação: Concorrência, Tomada de preço, Convite, Concurso e
Leilão. No entanto, no ano de 2002, a lei Federal nº 10.520, a fim de agilizar os processos
instituiu o pregão e o pregão eletrônico como nova modalidade de licitação. Para determinar a
modalidade de licitação adequada, a administração pública deve basicamente analisar o valor
que estará disposta a pagar pelo objeto licitado (SOARES; POSSOBOM, 2017).

Os limites de valores das modalidades de licitação estão definidos conforme


demonstrado na Tabela 1.
19

Tabela 1. Modalidades de Licitação.


MODALIDADE OBRAS E SERVIÇOS COMPRAS
Dispensa Até 15.000,00 Até 8.000,00
Convite 15.000,00 à 150.000,00 8.000,00 à 80.000,00
Tomada de Preço 150.000,00 à 1.500.000,00 80.000,00 à 650.000,00
Concorrência Acima de 1.500.000,00 Acima de 650.000,00
Pregão Não há limite de valor Não há limite de valor
Fonte: Tormem et al. (2007, p. 5).

Azevêdo Filho (2010, p. 8) complementa:

As modalidades têm como critério de diferenciação o valor estimado para a


compra, obra ou serviços a serem contratados. Porém, o §1º do artigo 23º
permite a utilização de uma modalidade mais complexa no lugar da mais
simples, independentemente do valor do contrato, não sendo permitido o
contrário.

 Concorrência

Para Carvalho e Silva (2015), concorrência é a modalidade realizada com a


participação de qualquer um interessado que, no início da etapa de habilitação preliminar
comprovem satisfazer todos os requisitos mínimos exigidos no edital.

Na fase de divulgação, a concorrência comporta maior amplitude. Deverá ser


respeitado um prazo mínimo de quarenta e cinco ou trinta dias entre a última
publicação e a data da apresentação das propostas. Qualquer interessado
pode participar da licitação, sem necessidade de atendimento a requisitos
previstos para tomada de preços ou convites. Essa amplitude na participação
produz reflexos sobre a fase de habilitação (JUSTEM FILHO, 2004, p. 198
citado por TORMEM et al., 2007, p. 7).

 Tomada de Preço

É a modalidade que tem o intuito de buscar a antecipação da habilitação dos


participantes, ou seja, requer que os licitantes estejam corretamente cadastrados ou que
cumpram às exigências do cadastramento até três dias antes da data da coleta das propostas,
sempre verificando as qualificações necessárias (AZEVÊDO FILHO, 2010).

Sua finalidade é tornar a licitação mais sumária e rápida. O prévio


cadastramento corresponde a fase de habilitação. No cadastramento, a
habilitação é antecipada para um momento anterior ao inicio da licitação. Os
requisitos de idoneidade e de capacitação, em vez de serem examinados no
curso da licitação e com efeitos para o caso concreto, são apurados
20

previamente (JUSTEM FILHO, 2004, p. 198 citado por TORMEM et al.,


2007, p. 6).

 Convite

Carvalho e Silva (2015) consideram essa modalidade de licitação a mais simples, onde
os licitantes cadastrados ou não, são escolhidos e convidados em número mínimo de três pela
Administração, onde esta deverá realizar a divulgação mediante afixação de cópia do
instrumento convocatório em amplo local de divulgação. Os licitantes interessados deverão
solicitar o convite até vinte e quatro horas antes da data de apresentação das propostas
conforme a lei.

A faculdade de escolha pela Administração dos destinatários do convite deve


ser exercida com cautela, diante dos riscos de ofensa a moralidade e à
isonomia. Se a Administração escolher ou excluir determinados licitantes
por preferências meramente subjetivas, estará caracterizando desvio de
finalidade e o ato terá de ser invalidado. A seleção prévia dos participantes
faz-se no interesse da Administração para consecução do interesse público
(JUSTEM FILHO, 2004, p. 200 citado por TORMEM et al., 2007, p. 6).

 Concurso

Nas palavras de Carvalho e Silva (2015, p. 23), concurso é a modalidade proposta


sempre que a “Administração tem interesse em selecionar trabalho técnico, científico, projeto
arquitetônico ou artístico, ou seja, para trabalhos que exijam determinadas capacidades
personalíssimas”. Por fim, todos que tiverem interesse e atenderem as exigências do edital de
acordo com lei poderão participar do processo licitatório (CARVALHO; SILVA, 2015).

 Leilão

A presente modalidade é interessante para gestão pública, pois repassa o objeto


inservível para outrem poder aproveita-lo.
Em conformidade o artigo 22, § 5º, da Lei relata:

Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda


de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no
art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da
avaliação (BRASIL, 1993, s. p.).
21

 Pregão

Di Pietro (2017 citado por PENA, 2019) relata que o pregão é a modalidade de
contratação de serviços e aquisição de bens sem atrelamento a limite estimado de valor. A
decisão do fornecimento do objeto ocorrerá através de lances e propostas em sessão pública
aberta. De modo simples é um leilão inverso, onde os licitantes darão lances decrescentes e
sucessivos, ou seja, o ganhador será o participante que propor o lance com menor valor.
Em concordância o TCU (2010, p. 46) complementa que “ao contrário do que ocorre
nas demais modalidades, em pregão a escolha da proposta é feita antes da análise da
documentação, razão maior da celeridade que envolve o procedimento”.
O pregão é uma das modalidades mais executadas, sendo uma evolução do processo
licitatório na Gestão Pública, proporcionando aumento no número de interessados e
contribuindo na redução das despesas, dado que poderá ser executado de forma eletrônica
(SOARES; POSSOBOM, 2017).

 Pregão Eletrônico

Di Pietro (2017 citado por PENA, 2019) expõe que a modalidade do pregão eletrônico
é uma derivação do presencial, que concede a liberdade aos interessados de poderem
participar dos processos diretamente de seu computador, através da tecnologia da informação.
No entanto, o pregão eletrônico contém as mesmas obrigações e legislação do presencial.

A principal vantagem do pregão eletrônico é a ampliação no número de


participantes das licitações, que concretiza a ampla competitividade para
escolha da proposta mais vantajosa para administração pública, visto que a
modalidades de pregão eletrônico, não é necessário que os licitantes se
façam presentes fazendo com que as empresas não tenham custos, sem
garantia de retornos, com locomoção, hospedagem, entre outras. Dessa
forma, empresas de todo Brasil podem participar de processo de qualquer
região (SILVA, 2014, p. 16).

 Dispensa e Inexigibilidade de Licitação

Segundo Grau (1991 citado por ALBUQUERQUE, 2018), é mencionado pela lei de
licitações várias situações em que a licitação é dispensável ou inexigível, as quais são
exceções à regra. Constam expressamente detalhadas na legislação as circunstâncias em que a
22

licitação pode ser dispensável, uma vez que é permitido realizar a licitação, mas não é
obrigatório. Já as condições em que a licitação é considerada inexigível são expostas de forma
exemplificada pela legislação, tendo em base que são circunstâncias na qual a competição é
inviável. Uma vez que o objeto da futura contratação possui característica específica, não
deixando escolha a gestão pública a não ser optar a contratação do único licitante habilitado
em satisfazer as exigências pretendidas.
a dispensa de licitação pode ocorrer por alguns motivos, como por exemplo,
nos casos de obras e compras de materiais e serviços em até 10% do valor
previsto, nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem, nos casos de
emergência e de calamidade pública, quando a segurança nacional estiver
comprometida, quando a licitação ficar deserta repetidamente nos processos,
podendo ser justificada, dentre vários outros casos que podem se enquadrar.
Já a inexigibilidade de licitação, [...] pode ocorrer quando a aquisição é
oferecida por um fornecedor exclusivo, para o caso de serviços
especializados, de natureza singular, para contratação de profissional do
setor artístico, em caso de aprovação pela opinião pública, e para outros
casos específicos (BRASIL, 1993 citado por PENA, 2019, p. 13).

Por fim, Barbosa (2012) alerta que mesmo que o objeto pretendido de contratação seja
compatível com essas hipóteses, é essencial que o gestor público seja responsável e cauteloso
ao optar em não realizar o processo licitatório, visto que não poderá se omitir de conceder
satisfatória fundamentação sobre a não utilização da licitação. Essas ações são de extrema
importância para impedir contratações superfaturadas e desvio de dinheiro público.

4.1 TIPOS DE LICITAÇÕES

A princípio, é importante destacar a diferença entre as modalidades e os tipos de


licitações. A modalidade indica a organização do certame, já o tipo estabelece as maneiras
como as propostas deverão ser julgadas, seguindo as normas contidas no edital. O art. 45 da
Lei 8.666/93 ao abordar o julgamento das propostas determinou quais deverão ser os tipos de
licitações usadas nas modalidades, com exceção do concurso, bem como no art. 37 que veda a
execução de outros tipos de licitações não previstos naquele dispositivo (COSTA, 2018).

 Menor preço
23

É conhecido como o critério mais objetivo. Possuí o preço como fator exclusivo no
julgamento da proposta mais vantajosa para a Administração dentro das regras do edital. Ou
seja, a menor proposta de preço que estiver de acordo com as regras contidas no edital será
declarada vencedora. É usado em compras e prestações de serviços de modo geral quando a
modalidade executada é a de pregão presencial ou eletrônico (MORAES, 2016).

 Melhor técnica

Tipo de licitação onde o julgamento é feito em duas etapas: Na primeira acontece a


distribuição de pontuação de cada uma de acordo com avaliação técnica (baseando-se nos
critérios definidos em edital), classificando assim as que obtiverem a pontuação mínima
exigida. Na segunda etapa a gestão pública irá negociar com o licitante de maior colocação da
primeira etapa, procurando dessa forma alcançar a oferta de menor valor dentre os
classificados (e ao mesmo tempo respeitando o preço máximo definido no edital) e, acaso não
ocorra êxito a administração passa a negociar com o segundo classificado da colocação e
assim sucessivamente (FARIA; OLIVEIRA, 2017).
O que a Administração busca neste caso são produtos de natureza intelectual
(elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão, gerenciamento e
consultoria), que demandam maior eficiência, aperfeiçoamento, rapidez,
tecnologia e adequação aos objetivos de determinado empreendimento (art.
46 da Lei n° 8.666/1993).
Inportante [sic] destacar que nesse tipo licitatório, após a classificação da
licitante melhor avaliada, haverá negociação do preço ofertado, utilizando-se,
em regra, como base, a proposta da licitante que ofertou o menor preço e
alcançou a técnica mínima desejada (RODRIGUES, 2015 p. 6).

 Melhor técnica e preço

No tipo de licitação melhor técnica e preço, ocorre à busca da gestão pública pela
melhor proposta se baseando em uma ponderação de menor preço e melhor técnica. Vale
ressaltar que há uma ponderação, onde nem sempre o menor preço estará atrelado à melhor
técnica e vice-versa. Assim, a proposta mais vantajosa para a administração tende a revelar o
melhor custo-benefício na respectiva contratação. Importante ressaltar que nesse tipo de
licitação é fundamental que os requisitos pretendidos estejam claramente destacados no edital
para os participantes, facilitando sua elaboração da proposta e o trabalho do agente julgador
(MORAES, 2016).
24

Lima (2014 p. 12) alerta para que “somente utilize a licitação do tipo técnica e preço
para serviços com características eminentemente de natureza intelectual, de modo a atender o
disposto nos arts. 45 e 46 da Lei 8.666/1993”.

 Maior lance e oferta

O tipo maior lance e oferta é o critério usado conforme a necessidade da


Administração para conseguir o maior valor possível para os bens e serviços a serem vendidos
ou colocados à disposição de terceiros, ou seja, ocorre nos casos de alienação de bens ou
concessão de direito real de uso de bens públicos (LIMA, 2014).

4.2 FASES DA LICITAÇÃO

Para Albuquerque (2018, p. 5), “outro aspecto relevante no estudo da licitação é sua
divisão em fases. Estas fases não estão explicitamente descriminadas na lei, sendo
denominadas “fase interna” e “fase externa” da licitação”.

 Fase Interna

Considera o tempo em que será feito todo o planejamento da licitação. No decorrer dessa fase
é essencial definir o objeto a ser contratado, a justificativa da necessidade de sua contratação, a
dotação e previsão orçamentária, a elaboração do estudo técnico e termo de referência ou projeto
básico. Também na fase interna é feita uma pesquisa mercadológica, visando obter um preço médio,
para que depois sirva de base na fase externa no julgamento das propostas apresentadas
(ALBUQUERQUE, 2018; NOVO, 2019; FISCHER, 2021).
Ao longo da fase interna deverá ser determinada a modalidade licitatória, o critério de
julgamento e elaboração da minuta do edital e contratual. O edital deverá ser analisado pela
assessoria jurídica do órgão a fim de verificar se o processo está compatível com os ditames
legais (TCU, 2010; NOVO, 2019; FISCHER, 2021).

 Fase Externa
25

Começa com o edital publicado nos meios estabelecidos na legislação. Assim, todos
que tiverem interesse estarão cientes do processo licitatório e poderão manifestar suas
propostas (TCU, 2010; ALBUQUERQUE, 2018). No decorrer da fase externa ocorrem dois
atos importantes: um é a etapa de habilitação dos proponentes, onde a gestão pública irá
averiguar a idoneidade técnica, jurídica e econômica financeira. A outra fase essencial será a
análise das propostas dos licitantes, onde a Comissão designada irá julgar de maneira objetiva
conforme os termos do processo (NOVO, 2019; FISCHER, 2021).
Fischer (2021) ressalta que em geral a etapa de habilitação dos interessados acontece
antes das propostas. No entanto, na modalidade do pregão acontece uma exceção onde esses
procedimentos são invertidos.
O processo depois da habilitação e julgamento das propostas será enviado à autoridade
competente para que possa ser feita a adjudicação e subsequente convocação dos vencedores a
fim de formalizar o contrato administrativo (NOVO, 2019; FISCHER, 2021).

5 MUDANÇAS COM A NOVA LEI Nº 14.133/2021

Após viger por pouco mais de vinte e cinco anos, a Lei 8.666/93, enfim, deu seu lugar
à Lei 14.133/21, sancionada no dia 1º de abril de 2021. No entanto, ainda não podemos dizer
que o regimento da década de 90 do século anterior acabou de vez, dado que sua vigência
ainda durará por mais dois anos (BORDALO, 2021). Período este no qual a Administração
Pública terá para se adaptar gradativamente às diretrizes da nova legislação. Assim, a gestão
terá a prerrogativa de decidir se no decorrer deste tempo seguirá as normas antigas ou se, já
utilizará a nova legislação como base para elaborar seus editais (BRASIL, 2021; BORDALO,
2021).
O Art. 193, da Lei 14.133/2021, relata que a contar da data de sua publicação, além da
Lei (8.666/1993), também deverão coexistir com o novo regime da legislação, a Lei do
Pregão (10.520/2002) e a Lei do Regime Diferenciado de Contratações – RDC (12.462/2011),
igualmente sendo revogadas ao término de dois anos. No entanto, no ato da publicação da Lei
14.133/2021, são revogados de imediato os artigos 89 a 108 da Lei 8.666/1993 (BRASIL,
2021).
26

5.1 ALTERAÇÕES NAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Nos artigos 28 até 32 a lei 14.133/21 mostra que as modalidades de “Convite” e


“Tomada de Preços” deixarão de existir, estas que na prática são normas pouco usadas desde
a implantação do pregão, em especial o de modo eletrônico. Assim, a lei continua com as
modalidades do Pregão, Concorrência, Leilão e Concurso. A grande novidade nessas
modalidades até então legisladas pela lei 8.666 de 1993 é que agora obrigatoriamente elas
também passam a assumir a forma eletrônica como regra (que já é uma realidade no pregão).
Assim como deverão assumir a prática do pregão (o qual é a mesma do RDC) como regra, ou
seja, primeiramente as propostas serão julgadas para depois efetuar a habilitação do licitante.
Desse modo, também deixa de existir o RDC, visto que muitos de seus procedimentos são
integrados nas modalidades citadas. Além destas modalidades, a nova lei de licitações inclui
uma nova: o Diálogo competitivo (LOPES, 2021).

As mudanças nas modalidades de licitação estão representadas conforme demonstrado


na Tabela 2.

Tabela 2. Mudanças nas modalidades de Licitações.

MODALIDADES DE LICITAÇÕES

Lei nº 8.666/93 Lei nº 14.133/2021

 Concorrência.  Pregão. (Incorporado da Lei 10.520/02)


 Tomada de preço.  Concorrência.
 Convite.  Concurso.
 Concurso.  Leilão.
 Leilão.  Diálogo Competitivo. (Novo)

Observação: Leis específicas previam Observação: As modalidades abaixo serão


outras modalidades: o Pregão (Lei n. extintas em 2023.
10.520/02) e o Regime Diferenciado de  Tomada de preço.
Contratações (Lei n. 12.462/11).  Convite.
 RDC (Lei n. 12.462/11).

Fonte: Bordalo (2021), adaptado pelo autor.


27

A Lei 14.133/2021 afirma que o diálogo competitivo se trata de uma:

modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e compras em


que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma
ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os
licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos
(BRASIL, 2021, s. p.).

Lopes (2021) refere-se ao dialogo competitivo como sendo um sistema inspirado na


Europa, usado na contratação de objetos que envolvam inovação tecnológica e alta
complexidade. Nos quais a Gestão não detém entendimento suficiente para determinar a
melhor resposta e descrevê-la para uma disputa nas demais modalidades, sendo necessária a
contribuição do mercado na identificação das possíveis alternativas e respectivo
desenvolvimento.

Porém, Silva e Santos (2021, p. 6) alertam que:


todo cuidado deve ser tomado no tocante ao uso da nova modalidade, visto
que compartilhar os “seus segredos” não é algo típico de quem atua no
mercado, por isso que a Administração deve, a todo custo, proteger o sigilo
[...], pois caso isso não ocorra, teríamos uma perigosa quebra de confiança e
as empresas ficariam inseguras e consequentemente tal situação geraria um
descrédito para a modalidade.
Outro fator de extrema importância é o cuidado por conta dos
administradores para que esta modalidade não vire uma “legalização do
cartel”, visto que há a possibilidade de o tal diálogo ser tão somente pretexto
sob um pseudoproblema em que os candidatos seriam selecionados com
critérios subjetivos para que assim consigam um futuro contrato.

5.2 CRITÉRIOS DE JULGAMENTO

O antes denominado “Tipos de licitações”, agora tem sua nomenclatura renovada para
“Critérios de julgamento”. Desta forma, a nova lei de licitações além de continuar com os
critérios já previstos na legislação anterior existindo, também adiciona novas normas para
escolha da contratação (BORDALO, 2021). Sendo elas: Maior desconto; Melhor técnica ou
conteúdo artístico e Maior retorno econômico (BRASIL, 2021).

 Maior desconto
28

Incorporado do decreto que regulamentava o Pregão eletrônico, o maior desconto tem


por orientação o preço global determinando no edital da respectiva licitação, os descontos
acordados deverão ser estendidos em eventuais termos aditivos (BRASIL, 2021).

 Melhor técnica ou conteúdo artístico

É o critério aplicável na modalidade de Concorrência, em casos específicos, ou de


Concurso, visto que este não possuía critério de julgamento definido na legislação anterior
(BRASIL, 2021).
A “melhor técnica ou conteúdo artístico considerará exclusivamente as propostas
técnicas ou artísticas apresentadas pelos licitantes, e o edital deverá definir o prêmio ou a
remuneração que será atribuída aos vencedores” (BRASIL, 2021, s. p.).

 Maior retorno econômico

O julgamento de maior retorno econômico tem a característica por ser o critério usado
exclusivamente na celebração dos denominados contratos de eficiência, onde a contratação
será feita elegendo o serviço que gerar maior economia para a Administração Pública. Nesse
caso, a remuneração deverá ser fixada em percentual, onde incidirá de forma proporcional à
economia efetiva obtida em execução contratual (BRASIL, 2021).

Os Critérios de Julgamento estão representados conforme demonstrado na Tabela 3.


29

Tabela 3. Critérios de Julgamento de Licitação.

CRITÉRIOS DE JULGAMENTO

Lei nº 8.666/93 Lei nº 14.133/2021

 Menor preço.  Menor preço.


 Melhor técnica.  Maior desconto.
 Técnica e preço.  Melhor técnica ou conteúdo artístico.
 Maior lance ou oferta.  Técnica e preço.
 Maior lance (para a modalidade leilão).
 Maior retorno econômico.

Observação: O antes denominado “Maior


lance ou oferta” tem sua nomenclatura
redefinida para “Maior lance” e passa a ser
exclusividade da modalidade Leilão.

Fonte: Bordalo (2021), adaptado pelo autor.

5.3 INVERSÃO DE FASES NO PROCESSO LICITATÓRIO

Com a aprovação da nova lei de licitações, aconteceu uma mudança sutil nas fases,
mas de fundamental importância para o procedimento licitatório (FISCHER, 2021;
PORTELA, 2019). De acordo com a norma anterior, antes da fase do julgamento das
propostas era realizado a fase de habilitação. Ou seja, primeiramente analisava a
documentação dos licitantes, para depois julgar as propostas (BRASIL, 1993).
Deste modo, a fim de trazer ao processo licitatório eficiência e agilidade, a nova lei
determina que o sistema já adotado anteriormente no Pregão e RDC passa a ser regra. Dessa
forma, ocorre então a inversão de fases, realizando primeiramente a apresentação e
julgamento das propostas para depois analisar a documentação da habilitação somente das
empresas vencedoras (BORDALO, 2021; FISCHER, 2021).
30

Conforme menciona Fischer (2021), as fases da nova lei de licitações estão destacadas
no Art. 17, igualmente abaixo:
Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência: I
­ preparatória; II ­ de divulgação do edital de licitação; III ­ de apresentação
de propostas e lances, quando for o caso; IV ­ de julgamento; V ­ de
habilitação; VI ­ recursal; VII ­ de homologação (BRASIL, 2021, s. p.).

Ainda, ressaltasse que a “fase referida no inciso V do caput deste artigo poderá,
mediante ato motivado com explicitação dos benefícios decorrentes, anteceder as fases
referidas nos incisos III e IV do caput deste artigo, desde que expressamente previsto no edital”
(BRASIL, 2020, s. p.).

5.4 PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (PNCP)

Disposto no Art. 174 da nova lei de licitações está uma importante novidade, a criação
do Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP), que se trata do sítio eletrônico oficial
destinado a reunir as informações dos editais, contratos, atas de registro de preços e outros
documentos do processo de compras e contratações. Também centralizar a divulgação de todo
o processo licitatório das entidades e órgãos da Administração direta, autárquica e fundacional
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Ou seja, será o portal oficial
usado pelos órgãos e entidades dos variados poderes e entes federativos no processo de
contratações públicas (BRASIL, 2021).
Para muitos, o PNCP é somente uma ferramenta criada para dar
cumprimento ao princípio da publicidade, sequer elevando-o ao princípio da
transparência [...]. Porém, o PNCP pode e deve ser muito mais do que isso. É
uma das principais iniciativas para superar a antiga visão legalista,
procedimental e economicamente ineficiente, por uma nova visão gerencial,
orientada para resultados, que promove os princípios da transparência
(openness), integridade (integrity) e responsividade (accountability) típicos
de uma boa governança pública (FURTADO; VIEIRA, 2021, s. p.).

No entanto, Lopes (2021) ressalta que já existe o Portal Comprasnet do Governo Federal,
que atualmente é bastante usado por municípios e alguns estados, bem como existem sistemas
igualmente avançados quanto. Assim, a criação do Portal Nacional de Contratações Públicas
31

agrega, porém será necessário todo um esforço em organizar as informações, definir


parâmetros, colaboração e diálogo.

6 DISCUSSÃO

A nova Lei das Licitações nº 14.133 de 2021 evidencia mudanças significativas nos
procedimentos licitatórios que contribuem para uma evolução nas contratações públicas, pois
além de incorporar o que antes já se mostrou eficiente, como as normas da lei do pregão
10.520 de 2002, também inova com a criação da modalidade Diálogo Competitivo. Onde os
licitantes poderão dialogar juntos com a administração, proporcionando melhor relação e
maior participação das empresas privadas na busca da melhor solução para suprir às
necessidades dos órgãos em aquisições ou contratações inovadoras e complexas.
No entanto, Silva e Santos (2021), ressaltam a importância de alguns cuidados que a
Administração deve levar em conta ao utilizar a modalidade do diálogo competitivo. Afinal o
temor da possível quebra do sigilo e compartilhamento dos segredos pode gerar insegurança
afastando os fornecedores ocasionando descrédito para a modalidade. Conforme mencionado
por Lopes (2021), o dialogo competitivo vem de cultura Europeia. Sendo assim é importante
observar o seu desenvolvimento e os impactos ocasionados no decorrer de sua implementação
em nosso meio cultural.
Outra mudança em destaque, segundo a nova Lei das Licitações nº 14.133 de 2021, é a
extinção das modalidades de Tomada de Preço e Convite. De acordo com Lopes (2021), as
modalidades de Tomada de Preço e Convite são regras pouco utilizadas desde a chegada do
Pregão. Também é revogado o Regime Diferenciado de Contratações - RDC, visto que muitas
de suas normas são incorporadas de outras modalidades. Portanto, com a nova legislação as
modalidades aplicáveis são o já mencionado: Diálogo competitivo, o Pregão para bens ou
serviços comuns, Concurso para trabalhos técnicos ou científicos, Leilão para alienação de
um bem e a Concorrência.
Como mencionado por Bordalo (2021), a contar da data de sua publicação a nova lei
de licitações irá coexistir juntamente com as regras da antiga legislação, sendo estas
32

revogadas no prazo de dois anos. Assim os gestores nesse período poderão ir se adaptando
gradativamente as mudanças, podendo licitar conforme a nova lei ou a legislação anterior.
Os critérios de julgamento também recebem relevantes mudanças, passando de quatro
para seis, incorporando o “maior desconto” do decreto que regulamentava o pregão eletrônico.
Trazendo a “melhor técnica ou conteúdo artístico” para ser o critério de julgamento da
modalidade Concurso, deixando o “maior lance” como exclusividade na modalidade Leilão.
Por fim, trazendo o “maior retorno econômico”, onde o licitante vencedor receberá uma
porcentagem em cima do que gerar de benefícios para administração.
Com a inversão de fases, a etapa do Julgamento acontece antes da Habilitação. Dessa
forma, esta última etapa ocorre a princípio somente com os licitantes vencedores, o que
proporcionará rapidez e eficiência. Como citado por Fischer (2021), é uma pequena mudança,
mas de grande relevância no processo licitatório. Visto que na antiga legislação esse
procedimento poderia tomar tempo em demasia, pois era verificada a documentação de
habilitação de todos os licitantes antes do julgamento das propostas. No entanto, segundo
Brasil (2021) é permitido mediante ato justificado que a administração realize a Habilitação
antes do Julgamento, ou seja, a inversão das fases, assim o que era exceção passa a ser regra e
vice-versa.
A criação do Portal Nacional de Contratações Públicas também é uma importante
novidade, visto que irá reunir as informações de todo processo licitatório das entidades e
órgãos de todas as esferas do governo, centralizando a publicidade e promovendo princípios
de uma boa governança pública como a transparência. Apesar disso Lopes (2021), alerta que
hoje em dia o Governo Federal já contempla o Comprasnet, um sistema amplamente usado. E
além desse existem outros tão modernos quanto, desse modo instituir o Portal Nacional de
Contratações Públicas é interessante, porém além demandar um grande esforço no tratamento
das informações, envolverá toda uma colaboração e diálogo dos envolvidos.
Por fim, as mudanças trazidas com a nova lei licitações demonstram grande potencial
em se tornar uma forte ferramenta a proporcionar maior segurança e transparência nos atos do
certame. No entanto só poderemos afirmar se essas mudanças foram realmente efetivas com
passar do tempo.
33

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Cada vez mais a sociedade exige da Administração Pública qualidade e eficiência nos
serviços prestados, com procedimentos de maior eficácia e menor burocracia, e somente em
casos excepcionais que a contratação de serviço ou aquisição de objeto não será através do
processo licitatório. Desse modo, a licitação, independente da modalidade usada, é um
procedimento de vital importância para a Administração Pública, portanto, acompanhar suas
mudanças na legislação é essencial para prática de uma boa gestão administrativa.
A partir do que foi apresentado e discutido, no que tange aos conceitos e princípios
norteadores das licitações, modalidades, tipos e fases licitatórias da lei nº 8.666/93, bem como
as principais mudanças ocorridas nestas através da nova lei nº 14.133/21, compreende-se que
os objetivos específicos desse trabalho foram atingidos. Sendo assim, ao atingir os objetivos
específicos e identificar as alterações mais relevantes nos processos licitatórios, como a
extinção e inclusão de modalidades, modificações nos tipos de licitações, inversão de fases
licitatórias e a criação do Portal Nacional de Contratações Públicas, pode-se dizer que o
objetivo geral de identificar as mudanças outorgadas com a nova lei de licitações n°
14.133/21 foi alcançado.
Este trabalho pode contribuir para a área da administração de modo geral, agregando
conhecimento e podendo auxiliar em futuras pesquisas sobre esta temática, visto que, ocorrem
licitações em todo o país e do mesmo modo que a gestão pública deve dominar os
procedimentos para poder aplicá-los, qualquer empresa que deseje participar do certame,
deverá possuir o mínimo de entendimento sobre os procedimentos licitatórios.
Referente às dificuldades encontradas na realização do artigo, se destacou o pouco
conteúdo de material bibliográfico disponível sobre a nova lei de licitações no momento da
pesquisa.
Enfim, para estudos futuros sugere-se realizar pesquisas e análises “in loco” dos
impactos ocasionados e resultados alcançados com as mudanças ocorridas pela nova lei de
licitações.
34

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