Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Organizações e Instituições UNAMA
Organizações e Instituições UNAMA
1
Este artigo é resultado de pesquisas realizadas por ocasião da fase de qualificação de nosso projeto de tese de doutoramento.
Agradecemos o financiamento da Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia – FIDESA.
2
Doutorando pelo NAEA/UFPA, Professor e Coordenador do Curso de Elaboração e Avaliação de Projetos Econômicos do
CESFE/UNAMA e bolsista de pós-graduação e pesquisa da FIDESA.
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 1
INTRODUÇÃO Nesse sentido, nosso desafio é neste mo-
mento traçar uma proposta de abordagem com
base em poucos autores trabalhados. Os estudos
Discussões sobre a reforma do Estado e de casos foram escolhidos aleatoriamente e a base
seus desdobramentos tomaram conta da agenda conceitual está voltada para as mudanças na ad-
de pesquisa de várias áreas das ciências sociais. ministração pública recente no Brasil, aplicadas
Embora o debate esteja se ampliando, muito está em algumas de suas unidades federativas. Para
por ser investigado. Nossa proposta com este isso, o artigo está dividido em três seções, além
artigo é incentivar o debate em administração das considerações finais. Na primeira seção tra-
pública. Trata-se de uma investigação tamos da reforma administrativa no contexto da
exploratória que pretende, em primeiro lugar, reforma do Estado. A base teórica é a da falha
situar as mudanças por que vêm passando os es- seqüencial e falha permanente trabalhadas por
tados nacionais e suas reformas administrativas, Rezende (2002; 2004) e suas implicações nas
ajustes fiscais, descentralização das funções da mudanças organizacionais. Na segunda seção
esfera central de governo etc. Todos são fenô- apresentamos um debate teórico em torno do cha-
menos da chamada “crise do Estado”. mado velho e do novo institucionalismo e as abor-
A tentativa de compreender como as or- dagens organizacionais. Na terceira seção são
ganizações estão inseridas neste processo pode apresentados os casos de reforma do Estado e
ser um grande momento para a discussão no reformas administrativas e inovações nas orga-
âmbito da ciência administrativa. Por isso as te- nizações com base na realidade de unidades da
orias organizacionais têm relevância quando apli- federação. São elas a cidade de Salvador, os es-
cadas a contextos de reformas. Trata-se de uma tados do Pará e Mato Grosso do Sul, e a reforma
reorganização e de um processo de administrativa do Governo Federal. Ao final che-
institucionalização das mudanças que basicamen- ga-se à conclusão de que os desafios para as pes-
te envolvem o controle e a redução dos gastos quisas em administração pública são grandes,
públicos; mudanças no sistema tributário; necessários e multidisciplinares.
descentralização de funções, com criação de no-
vos sistemas de carreiras e salários; criação de
1- REFORMA DO ESTADO E REFOR-
novas formas de gestão com a terceirização,
privatização, avaliação de desempenho e outros; MA ADMINISTRATIVA: UMA
capacitação de recursos humanos com a ABORDAGEM ORGANIZACIONAL
implementação de programas de qualidade total; E AS TEORIAS DA FALHA
mudanças na estrutura jurídica como estratégia SEQÜENCIAL E FALHA PERMA-
de transformações da cultura burocrática, entre NENTE
outras.
Certamente, pesquisas em administração
Em seu recente livro, o professor Flávio
pública exigirão uma visão ampla e atenção es-
Rezende analisa um caso de reforma adminis-
pecial dos processos e seus desdobramentos.
trativa sob a ótica da teoria da falha seqüencial3 .
Mensuração quantitativa e qualitativa exigirá sem-
Suas evidências empíricas estão centradas na
pre metodologia adequada e visão crítica de abor-
experiência brasileira de reforma administrati-
dagens teórico-metodológicas realizadas em
va, coordenada pelo extinto Ministério da Admi-
ambientes diversos do que se pretende investi-
nistração e Reforma do Estado - MARE. Para
gar.
3
Estamos nos referindo ao livro publicado em janeiro de 2004 pela Fundação Getúlio Vargas que é oriundo de sua tese de
doutorado defendida na Cornell University. O professor Flávio Resende tem publicado vários trabalhos, nos últimos anos,
sobre a temática. Está atualmente desenvolvendo um diagnóstico sobre o Estado brasileiro intitulado “O Estado Brasileiro em
Números” (ver Rezende, 2003).
A Figura 1 tenta sintetizar os elementos sibilidade de que qualquer uma venha a ter
centrais da teoria aplicados as realidades traba- chances de vencer uma disputa governamental.
lhadas por Rezende (2002; 2004). Portanto, haverá sempre a possibilidade de que
O resultado do não-alinhamento dos ato- uma visão antagônica venha propor novas refor-
mas, uma vez que a não consecução de objetivos
res estratégicos em torno das reformas é a conti-
previstos para a organização traz a sensação de
nuidade da baixa performance, pois, com base
em Larson (1980), houve reorganização, fracasso. Esse é o dilema da descentralização
como suposto de democracia e da recentralização
extinção, emendamento ou novas orientações.
Nesse sentido, podemos deduzir que as reformas como estratégia de controle de gastos públicos
em algumas políticas de reforma do setor públi-
trarão uma nova reforma, uma vez que a não
co. São medidas que geram conseqüências não
absorção da idéia de mudança e de sua necessi-
dade por grupos organizados, como burocratas e previstas, e uma sensação de permanente neces-
sidade de reestruturação da organização ou re-
políticos, faz com que surja uma competição en-
tre idéias conflitantes. Essa competição leva à formas. A Figura 2 tenta simplificar a situação
conflitante numa organização.
necessidade de afirmação de uma delas e a pos-
4
A presente seção está baseada no trabalho de Abrucio e Pó (2002). As discussões apresentadas são para chamar a atenção
dos estudantes de administração para a agenda de pesquisa que se encontra, hoje, no Brasil.
5
Uma das críticas mais lúcidas feitas sobre a proposta de reforma no Brasil, com base em comparação com outras experiên-
cias, é realizada por Borges (2000).
6
Importante lembrar que reformas nos sistemas previdenciários de unidades subnacionais foi prevista na Emenda Constituci-
onal n.º 20 (CF 1988) e na Lei Federal n.º 9.717/98. Portanto, não foi uma opção, e sim uma imposição às unidades da
federação.
7
A agenda de estudos e pesquisa emergentes na administração é tão ampla que envolve questões como problemas ficais dos
municípios (alguns trabalhos desta natureza foram desenvolvidos no âmbito do IPEA, BNDES, IBAM e FGV) e estados,
programas de qualidade total nas mesmas esferas, reestruturação organizacional, resistências internas e externas, delegação de
funções de atividades públicas para setores do mercado, mudanças institucionais em geral, entre outros. Para uma boa visão
do que está sendo realizado em estudos e pesquisas em administração pública no Brasil ver Abrucio e Pó (2002). Os trabalhos
apresentados nos encontros nacionais da ANPAD, também, são importantes para avaliar o “estado da arte”.
Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004 11
que vem sendo sistematicamente estudado8 . Ou- no interior da organização pública, e não na eco-
tro fator de relevância é o fato de considerarmos nomia em torno dela.
que os poucos estudos e pesquisas desenvolvidos
no âmbito da administração pública encontram
dificuldades que culturalmente têm impedido um i) A experiência de Salvador com as mudanças
avanço nessa área. São eles: primeiro, o fator na gestão dos serviços de saúde
político. As pesquisas em administração pública
exigem um enfoque multidisciplinar e
interdisciplinar. As resistências estão ligadas ao Esclarecidos alguns pontos, passaremos
envolvimento político que isso pode gerar, isto é, às experiências. Primeiro, vamos nos deter ao
na necessidade extrema da aproximação da polí- caso de Salvador, especificamente. A pesquisa
tica partidária, que inexoravelmente está presen- consistiu em um levantamento de questões quan-
te. Em segundo lugar, os distanciamentos que a to à satisfação do cidadão-usuário e sua percep-
esfera estatal sempre teve dos acadêmicos (o ção sobre a inovação gerencial proposta na ges-
velho discurso da dicotomia técnico x político). tão9 . Mendes (2001) realizou uma pesquisa so-
Terceiro, a raridade de cursos de administração bre qualidade total nos serviços públicos de Sal-
com ênfase na área pública ou de administração vador. O trabalho trata da inovação gerencial na
pública e de escolas de governo no país (as exis- administração pública na perspectiva institucional.
tentes basicamente estão em nível de pós-gradu- Parte do suposto - e apresenta evidências
ação). As experiências de escolas de governo são empíricas - de que qualquer ação de implantação
muito novas e ainda não amadureceram sufici- de programas de qualidade total no atendimento
entemente o debate sobre o tema. do cidadão, no sentido da inovação e dos princí-
pios da cidadania, é problemática, uma vez que
O mais interessante é que se fizer- o conceito de cidadania ainda não está muito cla-
mos uma análise do capitalismo brasileiro, gran- ro na sociedade, sobretudo para usuários de ser-
de parte do que, hoje, temos como “grandes em- viços públicos essenciais.
presas” – um nicho por excelência de estudos em
administração – foram, em sua maioria, impul- Para Mendes (2001), a administração
sionadas pelos governos e que o capitalismo bra- pública deve ser entendida com a complexidade
sileiro só acelerou em momentos de intervenção que lhe é peculiar. Primeiro é necessário
estatal. São inúmeros os estudos sobre Estado e compreendê-la como um aparato executivo e um
economia capitalista, mas raríssimos os que en- aparato político (governo). A inovação gerencial
volvem empresa e administração numa relação deve ter relação com a política e a administra-
de simbiose e, não necessariamente, de relação ção. Pois, no setor público “a qualidade depende
puramente econômica. Falamos da ausência de dos sujeitos que participam das ações e, princi-
pesquisas e estudos sobre os determinantes es- palmente, dos que sofrem a ação, ou seja, dos
truturais e conjunturais para a presença do Esta- cidadãos. Assim, a definição de qualidade com-
do nas empresas sob o enfoque da ciência admi- porta uma quarta visão: a do cidadão-‘usuário’”
nistrativa propriamente dita, da teoria (Mendes, 2001, p.4).
organizacional e institucional e não do enfoque A reflexão de Mendes (2001) sobre qua-
da economia das empresas. Trata-se da ótica do lidade no setor público utiliza conceitos como
gerenciamento do Estado para incentivos e inter- consumidor, usuário, cliente e cidadão. Entre-
venções na empresa e de seus desdobramentos tanto, pensa a autora, que o mais importante é a
8
Estamos nos referindo as pesquisas para a tese de doutorado, em andamento, cuja sistematização pode ser consultada em
Farias Filho (2003).
9
A pesquisa teve como metodologia a base teórica e constitucional em Marshall (1950) e na Constituição Brasileira de 1988.
Foram analisadas duas gestões (1993-96 e 1997-2000) e aplicados 4.805 questionários com usuários de serviços de saúde,
classificados segundo o grau de implantação do Programa de Qualidade Total em nove unidades da Secretaria Municipal de
Saúde de Salvador, além de entrevistas com os representantes dos Conselhos Locais de Saúde. Para mais detalhes ver
Mendes (2001).
12 Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004
noção de cidadania. Ela é alicerçada nos princí- do era de ordem institucional e fiscal. Ao assu-
pios de direitos e deveres. Quando transportada mir o governo o diagnóstico encontrado foi o se-
para a lógica de mercado, obscurece alguns pon- guinte: crise fiscal e pagamento do funcionalis-
tos: primeiro, em situações de monopólio de ser- mo em atraso. A reforma tinha como objetivo
viços sobre o controle estatal, é impossível se executar um planejamento estratégico visando a
pensar em princípios de mercado concorrencial. inclusão social; participação popular; moralização
Logo, conceituar cidadão como cliente ou consu- da gestão pública; qualidade ambiental e desen-
midor é desconhecer seu conceito. Serviços es- volvimento sustentável. As mudanças operadas
senciais, em sua maioria, são monopólios do Es- foram: redução do número de secretarias e enti-
tado e, portanto, a lógica do mercado é falha. No dades da administração direta.
caso desse tipo de serviço, o conceito de cidadão
Na nova experiência, a inovação foi o
é o mais adequado como parâmetro. Contudo a princípio de que quem arrecada deve fiscalizar
cidadania deve ser assimilada pelos cidadãos, que
os gastos. Quem comanda os gastos, administra
na maioria das vezes não sabem seus direitos e
a folha de pessoal; implantação de sistema segu-
deveres. Na ótica do setor e na perspectiva ro de pagamento e controle; redução dos níveis
institucional, a importância recai sobre o cida-
hierárquicos em cinqüenta por cento dos cargos
dão. comissionados; melhoria de instrumentos de co-
Para Mendes (2001, p. 6), a literatura municação interna no governo e reforma
sobre inovação gerencial e programas de quali- previdenciária.
dade foca sempre fatores organizacionais e indi-
Com base na teoria de Stoner (1985), que
ca que a mudança cultural é uma importante es- trabalha os princípios das resistências externas
tratégia para o sucesso da iniciativa. Mas chama
nas organizações, os autores demonstram que
atenção que a literatura sobre o tema não trata pessoas e grupos afetados pelas mudanças viam
da mudança cultural na perspectiva do cidadão. na mudança do status quo uma ameaça. Eles
Sua visão é de “cidadania em uma determinada
eram empresários, sindicalistas, políticos e bu-
sociedade é o núcleo articulador entre os eixos rocratas. No âmbito interno a mudança de status
organizacional e institucional das inovações
quo era favorável a funcionários, já que estavam
gerenciais que se estão introduzindo na adminis- em prejuízo salarial.
tração pública”.
Segundo os autores, as resistências vie-
Suas conclusões indicam que i) a inova- ram de setores privilegiados de servidores públi-
ção não garantiu uma modificação do atendimento
cos que tinham maior remuneração e poder de
sob a ótica da cidadania; ii) há uma assimilação barganha. Resistiam às mudanças, pois elas ame-
precária entre direitos dos cidadãos, constitucio-
açavam seus privilégios. Por terem maior poder
nalmente assegurados e dos mecanismos legais
de barganha tinham o poder de fazer pressão,
para assegurá-los. via sindicatos, contra as mudanças propostas. Por
ser via sindicatos, pressões pareciam externas.
ii) A reforma do Estado em Mato Grosso do No setor empresarial ligado às agências
Sul públicas de extensão e pesquisa rural e nas ques-
tões fundiárias a mudança objetivava a inversão
de prioridades. A prioridade passou da grande
O problema da não assimilação do cida- para a pequena propriedade. Burocratas, funcio-
dão dos seus direitos e deveres talvez seja secun- nários e sindicalistas afetados pela mudança do
dariamente uma das respostas que o trabalho de status quo reagiram. Segundo os autores, “as
Lima Filho e Hoffmann (2002) buscou apresen- pessoas ou seus representantes políticos não que-
tar para a experiência do Estado de Mato Grosso riam perder espaço, emprego, estrutura públi-
do Sul. O estudo trata da reforma administrativa ca, influência de pequenas decisões e encami-
promovida pelo governo. O problema apresenta- nhamentos do governo, que fazem grande dife-
Considerando que no período aqui analisado não A extinção da única agência pública res-
houve reposição salarial para servidores públi- ponsável por informações sistematizadas, embo-
cos estaduais no Pará, o questionamento que se ra sofrendo de pouca autonomia, impôs dificul-
faz é: o que levou um aumento tão grande da re- dades imensas para estudos e pesquisas no Esta-
muneração média de servidores públicos? Quan- do do Pará. A coleta de dados e informações no
to aos gastos totais com pessoal, que fatores le- interior das organizações e instituições se justifi-
varam a um crescimento tão grande? ca, também, pela busca de compreender seu fun-
cionamento, de identificar o tamanho e magnitu-
O aumento nos gastos totais com pessoal
de, diferenciação funcional, perfil de composi-
foi de 81,29% no período analisado. Contudo, os
gastos com servidores ativos sofreram uma re- ção e uso dos recursos humanos, gerenciais, pa-
drão de gastos das organizações, setores e
dução, representando, em 2002 apenas 80,81%
do montante dos gastos em 1994. Em compensa- alocação de verbas para políticas públicas. So-
bretudo, a grande relevância para a sociedade é
ção, os gastos com inativos aumentaram 219,05%
sistematizar informações que não se encontram
em relação ao mesmo período, fato este que leva
a outro questionamento: o que levou um aumento nas organizações e instituições estaduais.
nos gastos com pessoal inativo? E por que as
metas de redução de gastos com pessoal não fo-
iv) O MARE e a comprovação empírica da fa-
ram cumpridas, mesmo levando-se em conside- lha seqüencial
ração que a inflação no período foi inferior aos
índices apresentados de elevação dos gastos?
Diagnósticos mais precisos sobre a Nos últimos anos surgiram vários traba-
organização, funcionamento e controle de lhos sobre o setor público e as mudanças em seu
resultados por agências públicas responsáveis por funcionamento. Porém, poucos buscam articular
provimento de serviços públicos são de grande as especificidades regionais e locais, assim como
relevância. Em grande medida, o sucesso das da esfera de governo a um referencial teórico
reformas depende do conhecimento das variáveis que permita compreender a avaliar tais mudan-
qualitativas e quantitativas sobre os principais ças. Um dos poucos trabalhos sobre reforma ad-
problemas de performance que as organizações ministrativa e sua situação peculiar foi realizado
públicas têm. Muitas das tentativas de por Rezende (2004). Neste trabalho, o autor bus-
reorganização de funções, procedimentos, ca aplicar a teoria da falha seqüencial na experi-
relações com a sociedade e controle de resultados, ência de mudanças institucionais conhecida como
assim como as previsões de fatores exógenos à reforma administrativa. O avanço de Rezende
agência pública, são desprezados em tentativas está justamente em diagnosticar a situação da
autoritárias de mudança. mudança.
10
Não cabe aqui uma lista longa das tentativas de reformas na administração pública federal, porém as mais significativas foram
institucionalizadas a partir da criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil, que se consolida com a criação do DASP
em 1938. Em 1956 a Comissão de Estudos e Projetos Administrativos e a Comissão de Simplificação Burocrática foram
instituídas com o mesmo fim. Em 1967 o conhecido Decreto-Lei n.º 200 tentou substituir uma “Administração Burocrática”
por uma “administração para o desenvolvimento” (Bresser Pereira, 1998, Cap. 8). Para uma visão mais detalhada da
evolução do fenômeno, ver Lima Jr. (1998).
11
Entrevista concedida à Rezende por um diretor da Secretaria de Reforma do Estado.