Engenharia de Produção - 6° semestre

ERROS DE MEDIÇÃO
(parte 2)
Disciplina: Metrologia Científica e Industrial
Profa. Dra.: Kassia Tonheiro Rodrigues
AULA 4
Curva normal

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pontos de inflexão
s = desvio padrão

m = média

assíntota s s assíntota
m
Teorema central do limite

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• A distribuição da média de variáveis aleatórias
independentes se aproxima cada vez mais da distribuição
normal (ou gaussiana) à medida que o número de variáveis
envolvidas aumenta.
Comportamento do erro de medição

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• O erro de medição resulta da ação combinada de um grande
número de variáveis aleatórias independentes. Seu
comportamento é geralmente bem representado por uma
distribuição normal (ou gaussiana).
“Teorema do sopão”
• Quanto mais ingredientes
diferentes forem misturados à
mesma sopa, mais e mais o
seu gosto se aproximará do
gosto único, típico e
inconfundível do "sopão".
Efeito do desvio padrão

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Dois parâmetros caracterizam uma
distribuição normal:
µ = média
σ = desvio padrão s>s>s

m
Cálculo e estimativa do desvio padrão

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cálculo exato: estimativa:
(da população) (da amostra)

σ𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 ҧ )2 σ𝑛𝑖=1(𝐼𝑖 − 𝐼 ҧ )2
𝜎 = lim 𝑠=
𝑛→∞ 𝑛 𝑛−1

Ii i-ésima indicação
médiaI das "n" indicações
n número de medições repetitivas efetuadas
 Incerteza padrão (u)

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• medida da intensidade da componente aleatória do erro de medição.
• corresponde à estimativa do desvio padrão da distribuição dos erros de
medição.
• u=s
• Graus de liberdade ():
• corresponde ao número de medições repetidas menos um.
• =n-1
Estimativa de repetitividade

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A área sob toda a
extensão da curva de
distribuição normal é
unitária, o que, em
termos de probabilidade,
95,45% equivale a dizer que há
uma chance de 100% de
uma variável aleatória
estar no intervalo de
menos infinito a mais
2s 2s
infinito.
m
Estimativa de repetitividade

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• Repetitividade é a metade do valor da faixa dentro da qual o erro
aleatório é esperado;

• Associada a uma probabilidade;

• Para compensar a incerteza de uma estimativa do desvio-padrão, a

repetitividade deve ser calculada multiplicando-se a estimativa do
desvio-padrão por um número maior que 2, incorporando um
“coeficiente de segurança”.
Coeficiente “t” de Student

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ν t ν t ν t ν t
1 13,968 10 2,284 19 2,140 80 2,032
2 4,527 11 2,255 20 2,133 90 2,028
3 3,307 12 2,231 25 2,105 100 2,025
4 2,869 13 2,212 30 2,087 150 2,017
5 2,649 14 2,195 35 2,074 200 2,013
6 2,517 15 2,181 40 2,064 500 2,005
7 2,429 16 2,169 50 2,051 1000 2,003
8 2,366 17 2,158 60 2,043 10000 2,000
9 2,320 18 2,149 70 2,036 ∞ 2,000
Estimativa da Repetitividade
(para 95,45 % de probabilidade)

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A precisão (de medição) define a faixa dentro da qual, para uma dada
probabilidade, o erro aleatório é esperado.

Para amostras infinitas: Para amostras finitas:

Re = 2 · s Re = t · u

Sendo “t” o coeficiente t de Student para 95,45% e para  = n - 1

graus de liberdade.
Exemplo de estimativa da precisão

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1014 g
1015 g σ12
𝑖=1 (𝐼𝑖 − 1015 ) 2
1017 g 𝑢=
(1000,00 ± 0,01) g
1012 g 12 − 1
1015 g
1 1018 g
u = 1,65 g
1014 g
1015 g  = 12 - 1 = 11
1014
0g 1016 g
1013 g t = 2,255
1016 g
1015 g Re = 2,255 . 1,65
média: 1015 g Re = 3,72 g
Exemplo de estimativa da precisão

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-3,72 1015 +3,72

1010 1015 1020

Efeitos da média de medições repetidas sobre o
erro de medição

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• Efeito sobre os erros sistemáticos:
• Como o erro sistemático já é o erro médio, nenhum efeito é
observado.
Efeitos da média de medições repetidas sobre o
erro de medição

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• Efeitos sobre os erros aleatórios
• A média reduz a intensidade dos erros aleatórios, a precisão e a incerteza
padrão na seguinte proporção:

𝑅𝑒𝐼 𝑢𝐼
𝑅𝑒𝐼 ҧ = 𝑢𝐼 ҧ =
𝑛 𝑛
sendo:
n o número de medições utilizadas para calcular a média
Exemplo
• No problema anterior, a Repetitividade da balança foi
calculada:

Re = 3,72 g

• Se várias séries de 12 medições fossem efetuadas, as médias

obtidas devem apresentar repetitividade da ordem de:

3,72
𝑅𝑒𝐼12
ҧ = = 1,07 𝑔
12
 3.6
Diagrama de erros e erro máximo

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Diagrama de erros
Td + Re

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Td
erro Td - Re
Emáx
15

1015 indicação

- Emáx
Algumas definições

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• Diagrama de erros:
• É o gráfico que representa a distribuição dos erros sistemáticos e
aleatórios ao longo da faixa de medição.

• Erro máximo:
• É o maior valor em módulo do erro que pode ser cometido pelo
sistema de medição nas condições em que foi avaliado.
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3.7
Representação gráfica dos erros de medição
Sistema de medição “perfeito” (indicação =
VV)

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indicação
960 980 1000 1020 1040

960 980 1000 1020 1040

mensurando
Sistema de medição com erro sistemático
apenas

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indicação
960 980 1000 1020 1040

+Es

960 980 1000 1020 1040

mensurando
Sistema de medição com erros aleatórios
apenas

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Re
indicação
960 980 1000 1020 1040

960 980 1000 1020 1040

mensurando
Sistema de medição com erros sistemático e
aleatório

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Re
indicação
960 980 1000 1020 1040

+Es

960 980 1000 1020 1040

mensurando
 3.8
Erro ou incerteza?

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Erro ou incerteza?

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• Erro de medição:
• é o número que resulta da diferença entre a indicação de um sistema de
medição e o valor verdadeiro do mensurando.

• Incerteza de medição:
• é o parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a
faixa dos valores que podem fundamentadamente ser atribuídos ao
mensurando. Representa a dúvida presente.
 3.9
Fontes de erros

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Fontes de erros:

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fatores externos
operador

sistema de medição
sinal de
medição indicação
fatores
internos
retroação retroação

mensurando
fatores externos
Erros provocados por fatores internos
• Imperfeições dos componentes e conjuntos

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(mecânicos, elétricos etc).
• Não idealidades dos princípios físicos.

alongamento

força
região linear região não linear
Erros provocados por fatores externos

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• Condições ambientais
• temperatura
• pressão atmosférica
• Umidade

• Tensão e frequência da rede elétrica

• Contaminações
Erros provocados por retroação
• A presença do sistema de medição modifica o
mensurando.

65 °C

20 °C

70 °C 65 °C
Erros induzidos pelo operador

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• Habilidade
• Acuidade visual
• Técnica de medição
• Cuidados em geral
• Força de medição
Dilatação térmica

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Propriedade dos materiais modificarem suas dimensões em função
da variação da temperatura.

T

b b' b = b' - b
c = c' - c
c
c' b =  . T . b
c =  . T . c
Temperatura de referência

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• Por convenção, 20 °C é a temperatura de referência para a
metrologia dimensional.

• Os desenhos e especificações sempre se referem às

características que as peças apresentariam a 20 °C.
 Dilatação térmica:
distintos coeficientes de expansão térmica

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I = 40,0
I = 44,0 SM < P
I = 38,0

20°C 40°C 10°C

Dilatação térmica:
mesmos coeficientes de expansão térmica

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I = 40,0 I = 40,0 SM = P
I = 40,0

20°C 40°C 10°C

Dilatação térmica:
Ce

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Sabendo que a 20C
Ci = Ce
α=α

Qual a resposta certa

Ci a 40C?

(a) Ci < Ce
(b) Ci = Ce

(c) Ci > Ce

(d) NRA
Dilatação térmica:

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(a) Ci < Ce
(b) Ci = Ce

(c) Ci > Ce

(d) NRA
 Micrômetro

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Correção devido à dilatação térmica

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Sistema de Medição Peça Medida
Correção devido à temperatura
Material Temper. Material Temper.

A 20°C A 20°C C=0

A TSM ≠ 20°C A TSM = TP C = 0
A TSM A TSM ≠ TP C = A . L . (TSM - TP)
A 20°C B 20°C C=0
A TSM ≠ 20°C B TSM = TP C = (A - B). (TSM - 20°C) . L
A TSM B TSM ≠ TP C = [A . (TSM - 20°C) - B . (TP - 20°C)] . L
Exemplo

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O diâmetro de um eixo de alumínio foi medido por um
micrômetro em um ambiente com temperatura de 32°. Foi
encontrada a indicação de 21,427 mm. Determine a
correção a ser aplicada ao valor do diâmetro do eixo para
compensar o efeito da temperatura.
Exercício

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Para avaliar o desempenho metrológico de um voltímetro portátil, uma pilha
padrão de (1,500±0,001) V foi medida repetidamente. As indicações obtidas estão
apresentadas na tabela abaixo, todas em volts. Com esses dados, determine:
Nº Indicação Nº Indicação Nº Indicação
(V) (V) (V)
1 1,580 5 1,590 9 1,598
2 1,602 6 1,605 10 1,581
3 1,595 7 1,584 11 1,600
4 1,570 8 1,592 12 1,590

a) O valor do erro da primeira medição;

b) a tendência e a correção do voltímetro;
c) a incerteza-padrão e a repetitividade do voltímetro.