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GOVERNO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE

EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAIANO CAMPUS SANTA INÊS

Roteiro Sala temática – História

Luís Carlos Prestes

Santa Inês
03 / 2023
Roteiro
Sala temática – História

Roteiro de sala temática abordando Luís Carlos


Prestes solicitado pela professora Josiane
Thetê da disciplina de história, realizado por
alunos da turma de zootecnia do Instituto
Federal Baiano Campus Santa Inês da turma
3C.

H1
A vida de Luís Carlos Prestes

1ª Apresentação do tema:

Luís Carlos Prestes conhecido como “Cavaleiro da Esperança” foi um militar e


político comunista brasileiro, que participou de vá rios movimentos revolucioná rios
contra as oligarquias e as ditaduras no Brasil. Nasceu em Porto Alegre em 3 de
janeiro de 1898 e faleceu no Rio de Janeiro em 7 de março de 1990. Entrou para a
histó ria por ter liderado a Coluna Prestes. Movimento que percorreu o interior do
Brasil entre 1925 e 1927 denunciando os desmandos do governo de Artur
Bernardes e propondo reformas sociais e políticas. O movimento surgiu como parte
do tenentismo, um movimento de jovens oficiais do Exército que contestavam o
regime oligá rquico da Primeira Repú blica. Prestes teve papel importe na fundaçã o
do partido comunista brasileiro, lutou contra a ditadura militar no Brasil e sempre
foi uma lideranças e uma voz importante dentro do movimento da esquerda em
nosso país. Além disse ele teve uma vida marcada por lutas e tragedias.

2ª Narradora apresenta o contexto para a primeira cena:

- Entre 1925 e 1927, no Brasil, uma marcha de 25 mil quilô metros


como ato de protesto contra o governo de Artur Bernardes foi realizado pelos
tenentistas. Que foi o movimento ficou conhecido como Coluna Prestes.
- As tropas da Coluna lutavam contra as tropas do governo
(embora evitassem confrontos diretos) e invadiam cidades. Eles cruzaram os
seguintes estados brasileiros: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiá s,
Tocantins, Maranhã o, Ceará , Piauí, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte,
Paraíba e Minas Gerais.
-
Cena 1 - Encenaçã o para o Movimento da coluna.
- Protestantes e coluna entram em cena (marchando). “Cena se
desenvolve eles parando em uma cidade para fazer uma conscientizaçã o e
sã o surpreendidos por forças dos coroneis. Interompem o discurso dizendo
que sã o anti republicanos.
- Prestes: Caros amigos, hoje eu estou aqui para falar sobre um sistema político
e econô mico que muitos consideram controverso, mas que nó s acreditamos
ser o caminho para a igualdade e a justiça social: o comunismo.
- Buscamos estabelecer uma sociedade sem classes, onde todos sã o iguais em
termos econô micos, políticos e sociais.
- O Estado nã o controlará tudo, mas os meios de produçã o serã o controlados
pelos trabalhadores e as decisõ es tomadas democraticamente por toda a
populaçã o.
- Muitos argumentam que o comunismo é utó pico, que nã o pode funcionar na
prá tica. Mas eu digo a vocês que a verdadeira utopia é acreditar que o
capitalismo pode ser justo e igualitá rio. O capitalismo é um sistema que
favorece apenas os ricos e poderosos, deixando a maioria da populaçã o em
uma situaçã o de desigualdade e injustiça.

Corroneis:
- Fora seus comunistas nojentos anti republicanos
Prestes :
- Nó s vinhemos em paz
Corroneis:-Corroneis: - Fora!

- Ameaçam atacar e atirar


- Prestes e a coluna se retira

A coluna enfrentou ameaças por parte de coronéis, mas também encontrou


apoio de populares que apoiavam suas causas. Para evitar conflitos a coluna
decide se retirar e seguir adiante para o pró ximo local onde iria da continuidade
a sua conscientizaçã o. No decorrer da caminhada, Prestes questionava o por que
de um país tã o rico como o Brasil, ter a desigualdade tã o constante e
permanente.
Coluna Prestes nã o venceu, porém, nunca foi derrotada. No final de 1926, apó s
mais de um ano de marcha e luta, os membros da Coluna Prestes começaram a
discutir a possibilidade de pô r fim à marcha. Primeiro, o governo de Artur
Bernardes estava encerrando-se e, além disso, a Coluna havia falhado em criar
um projeto político de tomada de poder, e sua luta nã o havia mobilizado a

populaçã o como esperado.

3ª Narradora complementa e direcionar o público para a 2 cena:


-Amor e comunismo:
Durante a ditadura militar brasileira Prestes exilou-se na Uniã o Soviética apó s ter
os seus direitos políticos cassados, retornando ao Brasil depois da promulgaçã o da
Lei da Anistia em 1979. Prestes viajou com passaporte que o identificava como um
pintor paraguaio. Ao chegar, foi logo contratado como engenheiro pela empresa
responsá vel pela fiscalizaçã o de todas as obras de construçã o civil do país.
Nas horas vagas, Prestes comparecia a reuniõ es do PC ou a conferências de
dirigentes comunistas latino-americanos.

Cena 2 – Olga e Preste (primeira parte da cena; relações de negócio):

-Personagem 1: Camarada Olga, Camarada (fazendo a apresentaçã o do


casal)
Olga estende as mã os e cumprimenta Prestes

-Olga: Ouvir falar muito ao seu respeito. Suas conquistas e lideranças na


coluna.

-Prestes: Nada comparado ao que faremos agora, camarada.

-Personagem 1: Espero que vocês se deem bem, já que terã o que fingir que
sã o marido e mulher. Um rico casal em viagem de nú pcias
-Olga: Eu farei com que você chegue no Brasil a salvo. Nã o se preocupe!

4ª Narradora fala sobre a cena da invasão:

O casal entã o viaja a caminho do Brasil, mas usam passaportes com nomes
portugueses Maria Bergner Vilar e Antonio Vilar. Ao chegarem, se instalaram no Rio
de Janeiro criando um nú cleo preparativo para a revoluçã o brasileira. Mas, a
tentativa desta revoluçã o, falhou pois o Exército negou apoio ao movimento. Eles
foram descobertos, e tiveram o local ao qual estavam vivendo, invadido. Mas, por
sorte nenhum deles se encontravam no recinto.

Cena 3 – cena da invasão:

-Prestes: A polícia encontrou todos os documentos, nomes, assinaturas,


endereços. O Alê conseguiu escapar, mas Miranda acabou de ser preso. Foi traiçã o!!!
Revelaram o segredo do cofre pra polícia.

-Olga: E a Elsa, a mulher de Miranda?

-Prestes: Também foi presa.

-Olga: As intençõ es que nã o se cumprem, coisas que dã o errado... O que nã o


aconteceu também faz parte da histó ria, de alguma forma elas podem ajudar a
mudar o mundo.

-Prestes: As custas de tantas prisõ es, de tantas mortes. Eu fui o responsá vel
político do levante. A culpa foi minha!Eu tinha certeza que o exército apoiaria a
revoluçã o. Quando liderei a coluna mesmo nos piores momentos de confrontos com
as tropas do governo, a nossa vontade de lutar prevalecia, mas agora... (Olga o
interrompe)
-Olga: Desde a revoluçã o russa aprendemos a pensar que o impossível, é
possível. Nã o devemos duvidar que a força da nossa convicçã o poderá mudar este
país. Lutamos pra isso, estamos dispostos a dar a nossa vida pela revoluçã o.

5ª Narradora fala sobre paixão do casal:

Depois dessa invasã o, e de verem os seus planos indo por á gua abaixo. Neste
momento, o casamento de mentira, já nã o é mais mentira. Prestes se apaixona por
Olga. O casal teve que recomeçar, fugiram e deixaram tudo para trá s, inclusive as
roupas, e por perceber que ali na relaçã o já havia amor, ele costura um vestido para
ela.

10ª Cena 4 – entrega do vestido em seguida vem a parte româ ntica do casal.
11ª Narradora complementa
Prestes dando aperto de mã o em Getú lio
12ª Cena 5 – cena da segunda invasã o; Olga será pega.
13ª Narradora relata sobre prisã o, descoberta de gravidez e morte de Olga 14ª
Cena 6 – cena da carta.

6ª Narradora complementa:

O que era pra ser mentira se torna verdade. O que deveria ser trabalho se
tor’na amor. O que poderia ser um conto de fadas tem um final muito parecido com
filme de terror.

Cena 5 – cena da segunda invasã o; Olga será pega.

--Personagem 2: É a polícia! É a polícia!!

(Olga puxa o homem pelo braço, e o traz para dentro de casa)


-Olga: Tem de ter calma, Manoel! Precisamos despistar os soldados, ganhar
tempo..

(Olga vai até Prestes)

-Olga: Você precisa fugir.

-Prestes: Eu nã o posso. Eu nã o vou deixar você!

-Olga: Se eu começar a atirar eles vã o ter que se preocupar primeiro comigo, e


você poderá fugir. (enquanto fala, pega uma arma guardada na gaveta)

-Prestes: Olga eles sã o muitos, você nã o terá a menor chance!

-Olga: Mas se eles te pegarem, nã o vã o te deixar vivo. Eu nã o quero que você


morra.. (Alguém bate na porta)

-Personagem 2: Quem é?

Policial 1: É a polícia, abre a porta.


(Preste se despede de Olga, e sai pela porta do fundo, mas é encontrado pelos
soldados). -Policial 1: Prendam Prestes de uma vez, a caçada terminou.

7ª Narradora relata sobre prisão do casal, e do destino que eles tiveram:

O casal foi preso em uma casa de subú rbio no Méier e, como consequência, foi
separado. Olga foi presa no Brasil, mas recusou-se a cooperar e ceder informaçõ es
ao governo, que decidiu reporta-la. E foi durante a sua prisã o, que ela anunciou a
sua gravidez, mas mesmo assim, foi deportada para a Alemanha, seu país de origem.

Cena 6 – Cena da carta de deportaçã o de Olga:

(Vargas escreve a carta que irá ser lida durante a apresentaçã o)

Carta: Considerando que a alemã Maria Bergner Villar, que também usa os
nomes Frieda Wolf Behrend, Olga Bergner, Olga Bená rio, Olga Meireles, Maria
Prestes e Erna Kruger, se tem constituído elemento nocivo aos interesses do país e
perigoso a ordem pú blica, conforme foi apurado pela Polícia do Distrito Federal:

Resolve em conformidade com o disposto do art2 113, n° 15, da Constituiçã o


Federal, expulsar a referida estrangeira do territó rio nacional.

Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1936. Getú lio Vargas.

8ª Narradora explica deportação, e morte de Olga:

Mesmo sua deportaçã o sendo considerada ilegal pelas leis brasileiras da


época, por carregar em seu ventre uma criança, cuja descendência era brasileira,
em 23 de setembro de 1936, Olga embarcou para Hamburgo. Muitos já sabiam
sobre a Alemanha Nazista, e da perseguiçã o existente com os judeus, por isso, o
medo do que viria a acontecer com ela era tã o grande, já que Olga, era Judia. Sua
filha Anita Leocá dia Prestes, nasceu em Berlim no dia 27 de novembro de 1936, e
foi devolvida a família de Olga.
Olga foi transferida muitas vezes, e nesses locais, foi sujeita a frio, fome,
interrogató rios constantes, trabalho escravo e torturas físicas. E, em abril de 1942,
seu destino foi selado, quando foi executada na câ mara de gá s.

Cena 7: Leitura da carta de despedida de Olga:

Queridos:

Amanhã vou precisar de toda a minha força e de toda a minha vontade. Por
isso, nã o posso pensar nas coisas que me torturam o coraçã o, que sã o mais caras
que a minha pró pria vida. E por isso me despeço de vocês agora. É totalmente
impossível para mim imaginar, filha querida, que nã o voltarei a ver-te, que nunca
mais voltarei a estreitar-te em meus braços ansiosos. Quisera poder pentear-te,
fazer-te as tranças – ah, nã o, elas foram cortadas. Mas te fica melhor o cabelo solto,
um pouco desalinhado. Antes de tudo, vou fazer-te forte. Deves andar de sandá lias
ou descalça, correr ao ar livre comigo. Sua avó , em princípio, nã o estará muito bem.
Deves respeitá -la e querê-la por toda a tua vida, como teu pai e eu fazemos. Todas
as manhã s faremos giná stica... Vês? Já volto a sonhar, como tantas noites, e esqueço
que esta é a minha carta de despedida. E agora, quando penso nisto de novo, a idéia
de que nunca mais poderei estreitar teu corpinho cá lido é para mim como a morte.

Carlos, querido, amado meu: terei que renunciar para sempre a tudo de bom
que me destes? Conformar-me-ei, mesmo que nã o pudesse ter-te muito pró ximo,
que teus olhos mais uma vez me olhassem. E queria ver teu sorriso. Quero-os a
ambos, tanto, tanto. E estou tã o agradecida à vida, por ela haver-me dado ambos.
Mas o que eu gostaria era de poder viver um dia feliz, os três juntos, como milhares
de vezes imaginei. Será possível que nunca verei o quanto

orgulhoso e feliz t sentes por nossa filha?


Querida Anita, meu querido marido, meu Garoto: choro debaixo das mantas
para que ninguém me ouça, pois parece que hoje as forças nã o conseguem
alcançarme para suportar algo tã o terrível. É precisamente por isso que esforço-me
para despedir-me de vocês agora, para nã o ter que fazê-lo nas ú ltimas e difíceis
horas. Depois desta noite, quero viver para este futuro tã o breve que me resta. De ti
aprendi, querido, o quanto significa a força de vontade, especialmente se emana de
fontes como as nossas. Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo.
Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o ú ltimo instante nã o terã o por que se
envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte nã o
significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue.

Mas, no entanto, podem ainda acontecer tantas coisas... Até o ú ltimo


momento manter-me-ei firme e com vontade de viver. Agora vou dormir para ser
mais forte.

Beijo-os pela ú ltima vez. Olga Bená rio Prestes”.

9ª Narradora complementa:
Sua morte só foi descoberta depois de 3 anos, que coincide com o ano em que
Luís Carlos Prestes foi liberto. Prestes aderiu ao queremismo, um movimento que
reivindicava a permanência de Vargas no poder. A adesã o de Prestes a um
movimento em apoio de Vargas, intrigou a todos, já que ele foi o homem contra
quem ele lutou na década de 1930 e que enviou sua companheira para a morte na
Alemanha Nazista.

Cena 8: Entrevista de Prestes:

Personagem 3: Senador, eu gostaria de saber o porque do senhor se aliou a


Getú lio apó s ‘

Getú lio ter entregue Olga Bená rio aos nazistas que a mataram..
Prestes velho: Nã o houve aliança, houve apoio. Eu ainda estava na prisã o, já
apoiava o governo do senhor Vargas, porque naquela época o inimigo principal da
humanidade era o nazismo, o fundamental naquela época era liquidar o nazismo e o
fascismo, principalmente o nazismo alemã o. O fundamental naquele momento era
nos voltarmos para o inimigo principal da humanidade, e para isso, tínhamos que
apoiar os nossos soldados que estavam na Itá lia, os Pracinhas brasileiros e o
governo do Getú lio é que alimentavam e sustentavam os soldados. Entã o apoiar
aquele governo, era para apoiar os pracinhas. Essa foi a minha posiçã o. Eu nã o faço
política baseada nos meus ressentimentos pessoais, eu faço política baseado nos
interesses do povo brasileiro, da situaçã o concreta.

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