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Realizar um gerenciamento de crise é fundamental para que a empresa mantenha sua

reputação positiva. Nos tempos atuais, é preciso estar atento às mudanças e elaborar um plano
de ação antes mesmo da crise se instalar. Isso ajuda a prever problemas sérios e prepara os
profissionais para qualquer situação.
É bom lembrar que toda empresa, independentemente do porte, está sujeita a enfrentar
imprevistos, problemas de operação ou conflitos, que se não forem bem administrados,
podem causar danos irreversíveis. Portanto, um bom gerenciamento de crise é a melhor forma
de fazer com que a instituição enfrente o problema e minimize as consequências.

O gerenciamento de crise é um conjunto de procedimentos e ações que estuda os possíveis


perigos em potencial que uma instituição pode ter. A fim de minimizar os impactos e
identificar as soluções de melhoria. É um processo de aprendizagem contínua que demanda
cautela e preparo.
Por isso, para que um processo de gerenciamento de crise funcione, é necessário agir com
transparência e acompanhar todas as estratégias que estão sendo aplicadas pela empresa.
Assim, torna-se mais fácil controlar os resultados e alinhar o posicionamento da empresa até
atrair a confiança do público.

Todo negócio possui risco. Se não for conduzida da maneira correta, a tendência é que a crise
aumente de forma descontrolada. Ou seja, quanto mais rápido for a intervenção, mais rápido
a crise será dissolvida.

No início da pandemia, por exemplo, várias empresas começaram a vivenciar problemas


financeiros, estruturais ou até mesmo internos , entre os próprios funcionários. Isso não quer
dizer que todas as empresas vão passar por essa mesma situação. Mas é um cenário onde é
preciso analisar cada ponto e manter-se atento às possíveis crises que podem afetar a
instituição.
E para que existam ações rápidas e efetivas, as empresas, junto aos seus líderes, precisam ter
conhecimento sobre a identidade, tom da marca e os pontos fracos que provavelmente serão
atingidos ao longo do tempo. Isso vai adiantar o processo e fortalecer os argumentos nos
momentos de crise.

Podemos citar como exemplo a crise enfrentada pela empresa Americanas e outras do mesmo
setor.

O varejo no Brasil acabou de sair de uma crise gerada pela pandemia, mas já entrou em outra.

Só neste ano, Americanas e Marisa, dois grandes grupos que vivem momentos conturbados
na gestão, viram suas ações despencarem na Bolsa paulista. Mas elas não foram as únicas.

A Americanas tem as maiores perdas, tanto no acumulado do ano (-87,88%), quanto em 12


meses (-95,59%), após anunciar uma inconsistência contábil de mais de R$ 20 bilhões em seu
balanço financeiro, e com uma dívida que já passa de R$ 45 bilhões.
A Marisa, que já vem apresentando problemas de endividamento nos últimos anos, anunciou
na semana passada renúncias de executivos e uma reestruturação. Suas ações já tombaram
mais de 36% neste ano, acumulando perda de mais de 76% em 12 meses.

No caso da Americanas, ao divulgar uma dívida muito maior da que era esperada no balanço
financeiro, a empresa, que tem os bancos como seus grandes credores, gera um clima de
insegurança entre instituições financeiras. Quando surge essa dívida muito maior e a empresa
tem que entrar numa recuperação judicial, todo o setor financeiro, principalmente, os bancos,
ficaram com bastante receio que pudesse ter algum tipo de problema nas outras empresas do
setor. Sobretudo no que diz respeito a problemas de endividamento.

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