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Tecnologia do Concreto – Ensaios dos Agregados

Pós graduação em construção civil

Nome: Eduardo Felipe Pereira RA: 2023210750006


ENSAIOS DE GRANULOMETRIA NBR NM 248, NBR 7211 E NBR
17054.

Materiais e Equipamentos
Os materiais utilizados no ensaio de granulometria foram a areia fina, argila
expandida e pó de pedra conforme as imagens abaixo.

Para esse ensaio granulométrico em agregados foi utilizada a norma ABNT NBR
17054 e NM 248. Na Tabela 2 da NM 248, os agregado com dimensão < 4,75mm é
necessário no mínimo 300g de amostra do material, que devem ter sido secadas em estufa
a (105 ± 5)°C durante 24 horas.
Para a realização do ensaio, é medida por balança a massa inicial da amostra, e
depois é despejada toda massa no topo da peneira sob um agitador elétrico.
Após a introdução da amostra nas peneiras, é ligado o agitador e mantida agitada
por 5 (cinco) minutos, após corridos os 5 minutos são retiradas peneiras com a massa
retida em cada abertura e pesadas.

Dados Obtidos

ENSAIO DE GRANULOMETRIA
DESCRIÇÃO TARA M1 (g) M2 (g) DIF. <= 0,3%
ARGILA EXPANDIDA - 339,86 340,120 0,076% OK
AREIA FINA - 474,27 474,25 0,004% OK
PÓ DE PEDRA - 418,58 418,150 0,103% OK

AREIA FINA
PENEIRA
TARA (g) MASSA % RETIDO % PASSA NA
(mm) % RETIDA
RETIDA (g) ACUMULADO PENEIRA
4,75 423,86 0,00 0,00% 0,00% 100,00%
2,36 399,08 0,30 0,06% 0,06% 99,94%
1,18 329,06 1,27 0,27% 0,33% 99,67%
0,6 330,13 4,04 0,85% 1,18% 98,82%
0,3 309,75 35,06 7,39% 8,58% 91,42%
0,15 294,67 371,88 78,41% 86,99% 13,01%
FUNDO 384,97 61,70 13,01% 100,00% 0,00%

ARGILA EXPANDIDA
PENEIRA
TARA (g) MASSA % RETIDO % PASSA NA
(mm) % RETIDA
RETIDA (g) ACUMULADO PENEIRA

4,75 423,86 3,61 1,06% 1,06% 100,00%


2,36 399,08 61,71 18,16% 19,22% 80,78%
1,18 329,06 93,58 27,53% 46,75% 53,25%
0,6 330,13 109,26 32,15% 78,90% 21,10%
0,3 309,75 63,23 18,60% 97,51% 2,49%
0,15 294,67 5,83 1,72% 99,22% 0,78%
FUNDO 384,97 2,90 0,85% 100,08% -0,08%
PÓ DE PEDRA (g)
PENEIRA
TARA (g) MASSA % RETIDO % PASSA NA
(mm) % RETIDA
RETIDA (g) ACUMULADO PENEIRA
4,75 423,86 3,36 0,80% 0,80% 100,00%
2,36 399,08 93,02 22,25% 23,05% 76,95%
1,18 329,06 115,06 27,52% 50,57% 49,43%
0,6 330,13 73,02 17,46% 68,03% 31,97%
0,3 309,75 92,25 22,06% 90,09% 9,91%
0,15 294,67 34,42 8,23% 98,32% 1,68%
FUNDO 384,97 7,02 1,68% 100,00% 0,00%
Com os dados obtidos através ensaio de granulometria, é possível obter a porcentagem
retida acumulada dos agregados na série normal de peneiras, dado esse fundamental para
traçar a curva granulométrica, modulo de finura e DMC

Curva Granulométrica
Curva granulométrica da areia fina, argila expandida e pó de pedra feitas com os
dados obtidos através dos ensaios de granulometria, para o traçado das zonas ótimas e
utilizável foi utilizado os dados da tabela 2 da norma ABNT NBR 7211.

CURVA GRANULOMÉTRICA AREIA FINA


100,00%

90,00%
ARGILA
EXPANDIDA
80,00%
RETIDO ACUMULADO (%)

70,00% PÓ E PEDRA

60,00%
ZONA
50,00% UTILIZÁVEL
SUPERIOR
40,00%
ZONA
30,00% UTILIZAVEL
INFERIOR
20,00% ZONA
ÓTIMA
10,00% SUPERIOR
ZONA
0,00%
ÓTIMA
4,75 2,36 1,18 0,6 0,3 0,15 FUNDO INFERIOR
DIÂMETRO DOS AGREGADOS (MM)
Módulo de Finura
A utilidade deste ensaio desempenha um papel fundamental na compreensão das
características dos agregados empregados na composição do concreto, pois mede a fineza
dos agregados, ajudando na escolha dos mais adequados para o concreto. O modulo de
finura afeta diretamente a resistência e trabalhabilidade, impactando na qualidade das
construções.
O módulo de finura de um agregado é calculado somando as porcentagens
acumuladas retidas em massa do agregado nas peneiras da série normal e, em seguida,
dividindo esse valor por 100. O módulo de finura é uma medida sem unidades e deve ser
expresso com uma precisão de duas casas decimais (0,01).

Modulo de finura da Areia Fina:


0,06+ 0,33 + 1,18 + 8,58 + 86,99 = 97,15 / 100 = 0,97
Modulo de finura da Argila Expandida:
1,06 + 19,20 + 46,72 + 78,84 + 97,43 + 99,22 = 342,20 / 100 = 3,42
Modulo de finura da Pó de Pedra:
0,80 + 23,05 + 50,57 + 68,03 + 90,09 + 98,32 = 342,20 / 100 = 3,31

Dimensão Máxima Característica (DMC)


A utilidade desta determinação é para definir o tamanho máximo das partículas
em agregados, crucial para dimensionar concretos e argamassas, influenciando a
qualidade da mistura e a segurança das estruturas.
O DMC (dimensão máxima característica) é uma Grandeza associada à
distribuição granulométrica do agregado, correspondente à abertura nominal, em
milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária na qual o agregado
apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em
massa. (ABNT NBR 7211).
DMC Areia Fina: 0,60mm

Abertura (mm) Massa retida (g) % Retido Acumulado


0,60 4,04 1,18%
0,30 35,06 8,58%

DMC Argila Expandida: 4,75mm

Abertura (mm) Massa retida (g) % Retido Acumulado


4,75 3,61 1,06%
2,36 61,66 18,14%
DMC Pó de Pedra: 4,75mm

Abertura (mm) Massa retida (g) % Retido Acumulado


4,75 3,36 0,80%
2,36 93,02 22,25%

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE

Método da Estufa NBR 9939


A amostra é submetida a secagem em uma estufa a uma temperatura de (105 ± 5)
⁰C até que sua massa atinja um valor constante. Durante esse processo, são feitas duas
pesagens consecutivas, com intervalos de 2 horas entre elas. O teor de umidade é
determinado calculando a diferença entre a massa inicial e a massa final da amostra.

Para determinar o teor de umidade utilizamos a seguinte formula:


Resultados Método da Estufa

MÉTODO DA ESTUFA
Ps S/ Teor de Umidade
DESCRIÇÃO Pn (g) Ps (g) TARA Pn S/ TARA TARA (h)
AREIA FINA 89,89 89,21 39,20 50,69 50,01 1,36%
PÓ DE PEDRA 163,79 161,85 72,08 91,71 89,77 2,16%
AREIA MÉDIA 155,59 154,64 80,26 75,33 74,38 1,28%

Método Speedy Teste NBR 16097


O Speedy Test é um método rápido para medir a umidade do solo usando uma
reação química com carbureto de cálcio que gera gás acetileno. Isso gera uma pressão
medida em kg/cm² que permite uma rápida avaliação da umidade do solo em %.
Para a execução do ensaio foi separada 20g de areia fina, pois a mesma já
apresentava visualmente um teor abaixo de 10%. É inserida no recipiente uma ampola de
carbureto de cálcio, 20g do agregado que será analisado e 2 esferas de metais, então opôs
a inserção e o fechamento do recipiente deve se “chacoalhar” energicamente o recipiente
devidamente fechado, com o “chacoalho” as esferas internas colidem com a ampola de
carbureto de cálcio que reage com a umidade do solo e gera gás acetileno, por estar em
espaço confinado esse gás causa o aumento da pressão interna, que por conseguinte é
possível ser analisada pelo manômetro, conforme as imagens abaixo:

Este método gera uma pressão como resultado da reação química. A pressão
registrada no manômetro pode ser convertida em porcentagem de umidade usando uma
tabela fornecida com o equipamento.
Resultados Método Speedy
Após o termino do ensaio foi registrado uma pressão de 0,4 Kg/cm² para areia
fina, que comparada na tabela do fabricante resulta em um teor de umidade de 2% e 0,85
kg/cm² para o pó de pedra que resulta em um teor de 4,4%, como é possível ver na
imagem abaixo:

Método da Frigideira NBR 16097


Este Método envolve aquecer cerca de 200g da amostra úmida em fogo baixo,
com agitação constante para evitar a queima, o processo para quando não há mais
formação de vapor de água sob uma placa de vidro. Repete-se até que não haja mais
mudanças de massa nas pesagens, conforme imagem abaixo:

Em seguida, calcula-se a diferença entre a massa úmida e a massa seca final com
os dados das massas obtidas, utiliza-se esta formula para obtenção do teor de umidade:
Resultados Método da Frigideira

MÉTODO DA FRIGIDEIRA
DESCRIÇÃO Pn (g) Ps (g) Teor de umidade (h)
AREIA FINA 214,06 210,56 1,66%

PÓ DE PEDRA 178,24 174,01 2,43%


AREIA MÉDIA 199,16 196,03 1,60%

Comparação Entre os Métodos


A diferença entre os métodos foi utilizada como base de cálculo os resultados obtidos no
método da estufa, com a seguinte formula:
Diferença (%) = [(Resultado do Método - Resultado da Estufa) / Resultado da Estufa] x
100
TIPO DE AMOSTRA DIFERENÇA FRIGIDEIRA DIFERENÇA SPEEDY
AREIA FINA 22,06% 47,06%
PÓ DE PEDRA 11,81% 103,07%
AREIA MÉDIA 25,00%

Utilidade do Teor de Umidade


A principal finalidade desta caracterização é obter com precisão o teor de umidade
presente no agregado, permitindo calcular com exatidão a proporção da mistura. Isso
ocorre, pois, a relação água/cimento tem um impacto direto na trabalhabilidade e
resistência do concreto.
MASSA UNITÁRIA NBR 16972

Para determinar a massa unitária utilizaremos os Métodos A e C, pois o metodo B


é apenas para agregados com DNC > que 37,5mm.
Metodo A: é utilizado para obter a massa unitaria do agregado compactado;
Metodo C: é utilizado para obter a massa unitaria do agregado solto.

Método C
NBR 16972 - 8.4.1: Determinar a massa do recipiente vazio. Em seguida, encher o
recipiente até que ele transborde, utilizando uma pá ou uma concha, despejando o
agregado de uma altura que não supere 50 mm acima da borda superior do recipiente.
Evitar ao máximo a segregação dos agregados que compõem a amostra.
Após preenchido o recipiente deve-se fazer o arrasamento e em seguida pesado
conforme as imagens abaixo:

Método A
NBR 16972 - 8.2.1: Determinar a massa do recipiente vazio. Em seguida, encher o
recipiente com o material até um terço de sua capacidade e nivelar a superfície com os
dedos.
NBR 16972 - 8.2.2: Efetuar o adensamento da camada de agregado mediante 25 golpes
da haste de adensamento, distribuídos uniformemente em toda a superfície do material.
Este diferente do Método C temos que compacta-lo com uma haste de metal com
25 golpes por camada, o recipiente é dividido em 3 camadas, após compactado temos que
fazer o arrasamento e pesa-lo em balança conforme as imagens abaixo:
Dados Obtidos

Determinação da Massa Unitária


Para determinar a massa unitária compactada e solta devemos utilizar a formula
contida na NBR 16972 conforme imagem abaixo:
Resultados da Massa Unitária

Utilidade da Determinação da Massa Unitária Solta/Compactada


A determinação da massa unitária solta dos agregados nos ajuda a calcular
volumes e otimizar o seu uso como material, pois é a medida mais próxima do peso por
metro cubico dos matérias em estoques que serão utilizados no concreto, que por
conseguinte reduz o desperdício e o custo da obra.
Agora a determinação da massa unitária compactada avalia o peso do material
após compactado, medida fundamental para obter a diferença entre volume solto e o
volume compactado, com isso ajuda a determinar a capacidade, estabilidade e densidade
do material, dados esses importantes para a construção de aterros, fundações e prevenção
contra erosão.

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE E ABDORÇÃO DE ÁGUA


NBR 16916

Determinação da Massa Específica e Absorção de Água


Para determinar as massas específicas dos agregados e a absorção de água para
Areia e Argila expandida, nos foi fornecidas os seguintes dados:
Resultados das Massas Específicas e Absorção de Água (Areia e Argila)
Utilidade da Determinação da Massa Específica e Absorção de Água

A determinação da massa especifica nos ajudará no dimensionamento de


estruturas, desempenho dos materiais e no controle de qualidade, uma vez que nos permite
verificar se o material atende às especificações de densidade, garantindo a conformidade
com os padrões de qualidade.
Agora a absorção de água por sua vez avalia a resistência do material sob à ação
da água, e sua porcentagem de absorção de água, pois materiais com alta absorção podem
prejudicar nas misturas cimentícias, e também serem mais suscetíveis a danos por
congelamento.

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