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Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Processos Industriais Orgânicos


Indústria petroquímica

Prof. Vinicius Vescovi


Prof. Vinicius Vescovi
✔A Petroquímica é um setor industrial essencial à vida moderna, produzindo diversos produtos e insumos para os mais variados
tipos de indústrias.
Refinaria Henrique Lage (Revap) - Petrobras
São José dos Campos - SP

Fonte: https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/principais-operacoes/refinarias/refinaria-henrique-lage-revap.htm 2
Prof. Vinicius Vescovi
Aplicação
Refinaria Henrique Lage (Revap) - Petrobras
São José dos Campos - SP

Fonte: http://www.abiplast.org.br/wp-content/uploads/2021/05/PREVIEW_ABIPLAST_2020.pdf 3
Cadeia produtiva Prof. Vinicius Vescovi

Fonte: Braskem, 2016.

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Petróleo Prof. Vinicius Vescovi
✔Petróleo é formado pela decomposição de matéria orgânica pelas bactérias em condições extremas de temperatura e pressão após
um longo período. Quando a geologia do terreno é favorável, o óleo fica preso entre as camadas de rochas impermeáveis,
formando assim as jazidas.

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Estrutura-porosa-presentes-em-um-
reservatorio-de-petroleo-tipico-Fonte_fig1_330030260/download

Fonte: https://petrogasnews.files.wordpress.com/2011/03/reservoir.jpg 5
Petróleo - Formação Prof. Vinicius Vescovi

Decomposição de Exposição a altas temperaturas


Camada de lama e
plantas e animais e pressões em ambientes com
sedimentos
aquáticos pequenas disponibilidade de O2.

✔Essas condições podem variam de reservatório para reservatório, assim como a composição de hidrocarbonetos presentes no
petróleo, sendo os principais tipos de hidrocarbonetos apresentados a seguir.

Vídeo 1 6
Petróleo - Composição Prof. Vinicius Vescovi

✔O petróleo consiste em uma mistura líquida complexa composta de orgânicos e inorgânicos em que predominam os
hidrocarbonetos (compostos de hidrogênio e carbono).

✔Gás sulfídrico (H2S) e enxofre elementar respondem pela maior parte de sua constituição em elementos inorgânicos.

Elemento % em Peso
Carbono 83,9 a 86,8
Hidrogênio 11,4 a 14,0
Enxofre 0,06 a 9,00
Nitrogênio 0,11 a 1,70
Oxigênio 0,50
Metais (Fe, Ni, V, etc) 0,30

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Petróleo - Composição Prof. Vinicius Vescovi

Saturado Olefinas
(Parafinas)
Alifáticos (Alcenos - 1 dupla)
(Cadeia aberta)
Diolefinas
Insaturados
(Alcadieno-2 duplas)
Hidrocarboneto
Acetilênicos
Naftênicos
(Alcinos - Lig. tripla)
Cíclicos
(Cadeia fechada)
Aromáticos

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Petróleo - Composição Prof. Vinicius Vescovi
✔De acordo com a Agencia Nacional do Petróleo (ANP), existem diferentes formas de classificar o petróleo. Uma delas seria
definir o tipo pelos hidrocarbonetos presentes na mistura: petróleo parafínico, petróleo naftênico, petróleo aromático.

✔Outra classificação muito utilizada se baseia na propriedade física da densidade do petróleo, o grau API, criado pelo American
Petroleum Institute (API).

❑ Leve acima de 31°API ou densidade inferior a 870 kg/m3;


❑ Médio entre 22 e 31°API ou densidade entre 920 e 870 kg/m3;
❑ Pesado entre 22 e 10°API ou densidade entre 1000 e 920 kg/m3;
❑ Extra Pesado abaixo de 10°API ou densidade superior a 1000 kg/m3;

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Porque é de extrema importância conhecer a composição e a
característica do petróleo a ser processado???

✔É necessário conhecer as quantidades das diversas frações que podem ser obtidas a partir do petróleo bruto e os processos
de separação (operações unitárias e processos químicos) a serem utilizadas no processo de refino.

✔Por exemplo, os óleos parafínicos são excelentes para a produção de óleo diesel, lubrificante e parafinas.

✔Os óleos naftênicos produzem frações significativas de gasolina, nafta petroquímica e querosene de aviação, enquanto que
os óleos aromáticos são mais indicados para a produção de gasolina e solventes.

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•Exploração
•Perfuração
•Explotação ou produção
•Refino

•Processamento petroquímico
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•Exploração
✔A atividade de exploração envolve a observação das rochas e a reconstrução geológica de uma área, com o objetivo de
identificar novas reservas petrolíferas.

✔A pesquisa por acumulações de óleo e gás é realizada pela aplicação conjunta de métodos geofísicos, assim como da análise
de dados geográficos e geológicos da área. Aquisição de dados pode ser realizada em terra, mar ou ar (ar ???), a fim de coletar
informações que serão processadas e analisadas para tentar identificar o potencial da região.

MÉTODOS INVESTIGATIVOS
• Mapeamento geológico de superfície.
• Fotos aéreas (fotogeologia).
• Imagens de satélite (sensoriamento remoto)
• Sísmica de Reflexão (método sísmico) – avalia-se o tempo de propagação de ondas artificiais nas formações geológicas
estudadas.
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•Exploração

MÉTODOS INVESTIGATIVOS

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.

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•Exploração
✔Nas prospecções sísmicas, uma onda de choque é criada pelo seguinte:
o Canhão de ar comprimido - dispara pulsos de ar na água (para exploração sobre a água);

Fonte: Adaptado de: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5774306/mod_resource/content/1/S%C3%ADsmica%20de%20Reflex%C3%A3o%20-%202020.pdf

Streamers são cabos que contém receptores, são flutuante e podem ser rebocados no mar.
Airguns são canhões de ar comprimido que produzem ondas acústicas. São a fonte de energia sísmica utilizada no mar.

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•Exploração
✔Nas prospecções sísmicas, uma onda de choque é criada pelo seguinte:
o Canhão de ar comprimido - dispara pulsos de ar na água (para exploração sobre a água);
o Caminhão impactador - golpeia chapas pesadas no solo (para exploração sobre a terra);

Fonte: http://tudospetroleo.blogspot.com/2015/03/sismica-do-petroleo.html 15
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•Exploração
✔Como o método sísmico de reflexão permite o cálculo destas velocidades, é possível fazer estimativas dos parâmetros das
rochas a partir do conhecimento das velocidades

Macedo et al. Propriedades acústicas (velocidade de propagação e coeficiente de atenuação) de sedimentos marinhos coletados nas proximidades da ilha do Cabo Frio, RJ. Revista Brasileira de Geofísica, Vol. 27(2), 2009

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•Exploração
Após analisarmos todos os dados geológicos e sísmicos da região estuda,
podemos garantir que o poço é tecnicamente e economicamente viável

✔Apesar de os métodos de exploração de petróleo terem evoluído, eles ainda podem ter uma taxa de sucesso de
10% para a localização de novos campos de petróleo.

✔Para descobrir novos campos ou jazidas de petróleo, faz-se necessário coletar dados e avaliar a extensão das
reservas por meio dos chamados poços exploratórios.

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•Exploração
Principais diferenças entre os poços:
a) Poço pioneiro: é o primeiro poço perfurado quando busca-se petróleo e/ou gás natural;
b) Poço de extensão: esse tipo de poço é perfurado quando deseja-se demarcar os limites de uma jazida;
c) Poço pioneiro adjacente: perfuração para descobrir novas jazidas em uma área adjacente a uma descoberta anterior;
d) Poço para jazida mais rasa: quando queremos testar se existem jazidas mais rasas do que as já descobertas.
e) Poço para jazida mais profunda.

✔Depois de todas as pesquisas e testes exploratórios nos poços pioneiros e adjacentes, quando é certificado de que
uma descoberta tem viabilidade econômica, inicia-se então a próxima etapa da cadeia produtiva, a perfuração do
poço de produção.

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• Perfuração
• A perfuração de um poço de petróleo, tanto em terra (onshore) quanto no mar (offshore), é realizada através
de uma sonda.

Fonte: https://petroleohoje.editorabrasilenergia.com.br/petrobras-contrata-intervencao-de-pocos-terrestres-na-bahia/ Fonte: https://opetroleo.com.br/saipem-lanca-us-255-milhoes-em-novos-contratos-de-perfuracao/

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• Perfuração
✔Existem dois métodos principais de perfuração:
o Método percussivo (esmagamento)
o Método rotativo (trituração)

o A perfuração pelo método percussivo consiste no esmagamento da formação através de uma broca localizada na
extremidade de uma haste de aço. Essa haste é suspensa e deixa-se a mesma cair no local desejado, fazendo com que a
broca esmague a rocha.

o A perfuração pelo método rotativo se dá pela transmissão de rotação e com isso a broca consegue triturar a rocha. Os
resíduos gerados pela perfuração, são retirados do poço e levados à superfície pelo fluido de perfuração, que possui
funções, como limpeza de poço, lubrificação da broca, estabilidade do poço entre outras.

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• Perfuração
Vídeo 2

Fonte: https://docplayer.com.br/19004262-Ii-3- Fonte: http://portuguese.downhole-drillingtools.com/sale-11371539-a-haste-


descricao-das-atividades.html de-broca-de-a-o-conduz-para-baixo-as-ferramentas-de-perfura-o-do-furo-
tubula-o-de-broca-padr.html

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Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
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• Explotação ou produção
✔O petróleo é encontrado em equilíbrio com excesso de gás natural (gás associado ou livre), água e impurezas, e contém certa
quantidade de gás dissolvido (gás em solução) e água emulsionada. A quantidade relativa dessas fases determina o tipo de
reservatório.

Reservatório produtor de óleo. Reservatório produtor de gás

Fonte: https://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/1285870/313/Petroleo.pdf 22
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• Explotação ou produção
✔Em reservas terrestres, dependendo das condições físicas do poço, a produção é feita através de bombeamento
mecânico, injeção de gás ou injeção de água.

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.

Fonte: http://camposmarginais.blogspot.com/2011/12/o-bombeio-mecanico.html
VÍDEO 3 23
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• Explotação ou produção
✔Durante a produção, instala-se sobre a cabeça de poço um conjunto de válvulas chamado de árvore de natal, com dispositivos
de segurança e controle de produção, além de vários outros itens possíveis. Elas podem ser:

Árvore de Natal Molhada (ANM)


✔A ANM é um equipamento instalado na cabeça do poço submarino, composto de um conjunto de conectores e válvulas que
permitem controlar o fluxo dos fluidos produzidos ou injetados no poço.
✔É projetado para suportar elevadas pressões e temperaturas do poço (além de elevadas pressões e baixas temperaturas
ambientes).

Manifold
✔Equipamentos que conjugam a produção de dois ou mais poços.
✔Eles servem para o direcionamento da produção de vários poços às unidades de produção e também para distribuir fluidos
destas para serem injetados nos poços.

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• Explotação ou produção

Sistema submerso composto por Manifold e arvore de natal

Fonte: https://tecpetro.com.br/2014/05/11/equipamentos-submarinos/ 25
Prof. Vinicius Vescovi
• Explotação ou produção

Fonte: https://www.jornalpelicano.com.br/2013/12/plataformas-e-a-exploracao-de-petroleo/ 26
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• Explotação ou produção (Recuperação)
✔O petróleo está contido no interior de pequenos poros que são os espaços "vazios" da rocha reservatório. Como resultado de
forças capilares entre o petróleo e a rocha, nem todo o petróleo contido no reservatório pode ser trazido para a superfície.

o Recuperação Primária
o Recuperação Secundária
o Recuperação Secundária especial (terciária) Recuperação Primária

✔Injeção natural de água.


✔A água contida no aquífero está pressurizada, quando a pressão do reservatório é reduzida pela produção de óleo, a água se
expande e cria uma injeção de água natural no limite reservatório – aquífero. Deste modo, o efeito na produção de óleo é
potencializado, já que a pressão do reservatório cai lentamente.

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Prof. Vinicius Vescovi
• Explotação ou produção (Recuperação)
Recuperação Primária Recuperação
Secundária

Fonte: http://engeprojnews.blogspot.com/2013/10/tipos-de-recuperacao-de-petroleo-eor.html

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Fonte: http://www.nupeg.ufrn.br/downloads/deq0376/iep.01e.recuperacao.suplementar.pdf
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• Explotação ou produção (Recuperação)
✔São todos os processos de recuperação que não seja a simples injeção de água ou gás
Recuperação terciário
natural para manter a pressão no reservatório e, assim, aumentar a capacidade de produção.

Polímeros
Térmicos
(Vapor)
Tradicionais Tensoativos

Químicos
Terciário
Fluídos
alcalinos
Outros Microrganismos
Intercalado
(WAG)
Fonte: http://www.nupeg.ufrn.br/downloads/deq0376/iep.01e.recuperacao.suplementar.pdf 29
Prof. Vinicius Vescovi
• Explotação ou produção (Recuperação)
Recuperação terciário

Fonte: http://engeprojnews.blogspot.com/2013/10/tipos-de-recuperacao-de-petroleo-eor.html
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• Explotação ou produção (Recuperação) Prof. Vinicius Vescovi

Fonte: http://engeprojnews.blogspot.com/2013/10/tipos-de-recuperacao-de-petroleo-eor.html

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• Explotação ou produção (Recuperação) Prof. Vinicius Vescovi

Vídeo 4

Fonte: http://engeprojnews.blogspot.com/2013/10/tipos-de-recuperacao-de-petroleo-eor.html 32
Refino Prof. Vinicius Vescovi
✔O objetivo do processamento primário do petróleo é o de separar gás, sob condições controladas, e o de remover água, sais e
outras impurezas, suficientemente para torna-lo estável e adequado para o transporte ou processamento.

✔Dependendo do tipo de fluidos produzidos e da viabilidade técnico- econômica, uma planta de processamento primário pode ser:
o Simples: Separação gás/óleo/água);

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016. 33
Refino - Primário Prof. Vinicius Vescovi
✔O objetivo do processamento primário do petróleo é o de separar gás, sob condições controladas, e o de remover água, sais e
outras impurezas, suficientemente para torna-lo estável e adequado para o transporte ou processamento.

✔Dependendo do tipo de fluidos produzidos e da viabilidade técnico- econômica, uma planta de processamento primário pode ser:
o Simples: Separação gás/óleo/água);
o Complexa Envolve a compressão, tratamento e reinjeção do gás, tratamento e estabilização do óleo e tratamento da água
para reinjeção ou descarte.

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016. 34
Refino - Primário Separação líquido-vapor (Vasos Separadores) Prof. Vinicius Vescovi

✔Os fluidos extraídos do poço passam, inicialmente, por separadores que podem ser bifásicos ou trifásicos, atuando em série ou
paralelo. No separador bifásico ocorre a separação gás/liquido, enquanto que no separador trifásico ocorre, a separação
água/óleo/gás.

✔Os vasos separadores são fabricados nas formas verticais e horizontais. Em geral, os separadores horizontais são mais
eficientes, pois apresentam uma maior área interfacial que permite uma melhor separação gás/líquido. Esses separadores
costumam ser usados em sistemas que apresentam emulsões e altas razões gás/óleo.

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Refino - Primário Separação líquido-vapor (Vasos Separadores) Prof. Vinicius Vescovi
✔Os fluidos extraídos do poço passam, inicialmente, por separadores que podem ser bifásicos ou trifásicos, atuando em série ou
paralelo. No separador bifásico ocorre a separação gás/liquido, enquanto que no separador trifásico ocorre, a separação
água/óleo/gás.
Vaso Separador – Vertical Vaso Separador – Horizontal
(Mais eficientes – Maior área superficial)

Fonte: http://www.abq.org.br/cbq/2014/trabalhos/6/4713-19186.html

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
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Refino - Primário Tratamento da óleo – Dessalgamento do óleo Prof. Vinicius Vescovi
✔O principal objetivo do tratamento do óleo consiste na redução do teor de água e sais inorgânicos (sedimentos, óxido
ferroso e outros sais – cerca de 1%). Visando:
o A redução no custo do transporte
o Evitar problemas de incrustação e corrosão dos equipamentos (transporte e refinaria)

✔A quantidade de água e sais variam em função de fatores como:


o Características do reservatório onde os fluidos são produzidos.
o Idade dos poços produtores (em geral, a quantidade de água produzida, que apresenta maior mobilidade que o óleo,
aumenta com o passar do tempo).
o Método de recuperação utilizado (Injeção de água, vapor, e etc).

Após a separação do sistema óleo/gás/água nos separadores trifásicos, como é possível


remover os saís ainda presentes no óleo
Mistura-se o óleo com água (cerca de 3-10%
do volume) para dissolução dos cristais de sal.
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Refino - Primário Tratamento da óleo – Dessalgamento do óleo Prof. Vinicius Vescovi
✔Esta água é, então, removida do petróleo através do uso de desemulsificantes (óxido de etileno e óxido de propileno) seguido
pelo processo de separação a partir do campo elétrico (formação de dipolos positivos e negativos que possibilitam a remoção da
água).

Fonte: http://carlosedison.blogspot.com/2010/01/ref-001-dessalgacao-do-petroleo.html
Fonte: https://en.citizendium.org/wiki/Crude_oil_desalter

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Refino - Primário Tratamento da óleo – Dessalgamento do óleo Prof. Vinicius Vescovi

Tratador
de óleo

Fonte: http://carlosedison.blogspot.com/2010/01/ref-001-dessalgacao-do-petroleo.html

Fonte: https://www.slb.com/well-production/processing-and-separation/oil-treatment/bilectric-hf-high-frequency-ac-desalter 39
Refino - Primário Tratamento da óleo – Dessalgamento do óleo Prof. Vinicius Vescovi

Tratador
de óleo

Fonte: https://www.slb.com/well-production/processing-and-separation/oil-treatment/bilectric-hf-high-frequency-ac-desalter 40
Refino - Primário Tratamento da óleo – Dessalgamento do óleo Prof. Vinicius Vescovi
✔A dessalgação pode ser realizada em dois ou mais estágios, cada estágio associado a um sedimentador. O petróleo parcialmente
dessalgado no primeiro estágio é levado para o segundo estágio para uma segunda dessalgação

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Fonte: https://www.allaboutpiping.com/what-is-desalter/
Refino - Primário Tratamento do Gás Prof. Vinicius Vescovi
✔O tratamento do gás visa remoção ou redução dos teores de contaminantes (água,gases ácidos - CO2 e compostos de enxofre)
para atender as especificações de mercado, segurança, transporte ou processamento posterior, além de evitar problema de
corrosão do sistema.

✔Os principais processos de tratamento do gás são:


o Desidratação;
o Remoção dos gases ácidos – CO2, H2S e mercaptanas (moléculas contaminantes, como o tiol; SH).

✔Remoção dos gases ácidos (adoçamento do gás)


o Tratamento com aminas
o Membranas
o Adsorventes (exemplo óxido de ferro granulado)

Fonte: https://www.slb.com/well-production/production-chemicals/sulfatreat-h2s-removal-and-treatment 42
Refino - Primário Tratamento do Gás Prof. Vinicius Vescovi
✔A desidratação do gás natural –A remoção do vapor de água reduz a corrosão da tubulação e elimina o bloqueio da linha
causado pela formação de hidratos. O ponto de orvalho da água precisa estar abaixo da temperatura mais baixa da tubulação para
evitar a formação de água livre.
o Processos de adsorção (sólido-líquido): com o uso de um sólido como a sílica-gel, peneira molecular, ou membranas poliméricas.
o Processo de absorção (com o uso de um solvente líquido): onde o gás flui em contracorrente a uma solução de glicol
(monetilenoglicol ou trietilenoglicol).

❖ Vantagens do uso do glicol:


o Facilmente regenerável (maior ponto de ebulição e menor perda por evaporação)
o Maior temperatura de degradação térmica.
o Exigência de menores custos de investimentos e manutenção.

❖ Após a etapa de condicionamento, o gás natural é enviado a uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), onde é promovida a
separação das frações.

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Refino - Primário Tratamento do Gás Prof. Vinicius Vescovi

Fonte: https://www.slb.com/-/media/files/osf/product-sheet/glycol-dehydration-systems-ps.ashx 44
Refino - Primário Tratamento do Gás Prof. Vinicius Vescovi

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/2975723/
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Refino - Primário Tratamento da Água Prof. Vinicius Vescovi

✔O tratamento da água em uma plataforma de petróleo tem as seguintes finalidades:


o Remoção de óleo sob as forma dispersas;
o Remoção de compostos orgânicos solúveis;
o Desinfecção, para remoção de bactérias e algas;
o Dessalinização e remoção de impurezas:
• Remoção de sais dissolvidos (sulfatos, nitratos e outros agentes de incrustação);
• Turbidez e areia;
• Remoção de gases dissolvidos, como gases de hidrocarbonetos leves, dióxido de carbono (CO2)e ácido sulfídrico (H2S);

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Refino - Primário Tratamento da Água Prof. Vinicius Vescovi
✔ Normalmente, a água proveniente dos separadores e dos tratadores de óleo é enviada para um vaso degaseificador, seguindo para um separador
água/óleo e finalmente para um tubo de despejo (tratando-se de plataformas marítimas). Os processos de separação óleo/água mais usados são
o hidrociclones e a flotação.

Fonte: BRASIL, I, N. et al. Processamento de óleo e gás. LTC. 2°ed. 2017.

✔Terminada o processo de produção do poço, o petróleo e gás são então transportados em


embarcações, caminhões, vagões, navios-tanque ou tubulações (oleodutos ou gasodutos) aos terminais
e refinarias de óleo ou gás.

Fonte: https://maranauta.blogspot.com/2012/05/navio-
petroleiro-joao-candido-deixa.html
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Refino Prof. Vinicius Vescovi
✔A composição da carga da refinaria pode variar significativamente, além disso, os processos de refino são dinâmicos e estão
sujeitos a alterações em função principalmente de uma constante evolução tecnológica.

Por estas razões, não existem duas refinarias iguais no


mundo.
✔O refino é o responsável pela separação e conversão das diferentes frações do petróleo bruto (hidrocarbonetos), por meio de uma
série de operações físicas e químicas, transformando essas frações em diferentes produtos, que incluem:
✔Combustíveis (gasolina, diesel, óleo combustível, GLP, QAV, querosene, coque de petróleo, óleos residuais, etc)
✔Produtos acabados não combustíveis (solventes, lubrificantes, graxas, asfalto e etc.).
✔Intermediários da indústria química (nafta, etano, propano, butano, propeno, buteno, BTX – benzeno, tolueno e xileno, e
outros).

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Derivados do petróleo Prof. Vinicius Vescovi
Gás liquefeito de petróleo (GLP) – Fração leve do petróleo que, apesar de estar no estado gasoso à
Refinaria Henrique Lage (Revap) - Petrobras
pressão atmosférica e temperatura ambiente,
São Josépode ser liquefeito
dos Campos - SP apenas com a pressurização, não
havendo necessidade de redução de temperatura.
𝑷𝟏 𝒗𝟏 𝑷𝟐 𝒗𝟐 𝑷𝟏 𝒗𝟏
= → 𝑷𝟐 =
𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝒗𝟐
O GLP é produzido:
• nas unidades de processamento de gás natural (UPGNs);
• nas refinarias: na destilação atmosférica, no craqueamento catalítico (FCC; responsável por 80 % da
produção de GLP produzido no Brasil), no coqueamento retardado e na reforma catalítica.

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Derivados do petróleo Prof. Vinicius Vescovi

Refinaria Henrique Lage (Revap) - Petrobras


São José dos Campos - SP

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.

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Derivados do petróleo Prof. Vinicius Vescovi

Refinaria Henrique Lage (Revap) - Petrobras


Gasolina – A gasolina é a mistura de diferentes hidrocarbonetos,
São José com diversas estruturas moleculares (alifáticas,
dos Campos - SP
naftênicas, aromáticas, saturadas, insaturadas, normais e ramificadas), que pode possuir cadeias entre quatro e 12
carbonos, e faixa de destilação de 30 a 220 °C (FARAH, 2012).

Produção – Nas UPGNs, como subproduto e nas refinarias: na destilação direta, no FCC, na reforma catalítica, no
coqueamento retardado, no hidrocraqueamento catalítico e na alquilação.

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Derivados do petróleo Prof. Vinicius Vescovi

Refinaria Henrique Lage (Revap) - Petrobras


São José dos Campos - SP

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
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Derivados do petróleo Prof. Vinicius Vescovi

Refinaria Henrique Lage (Revap) - Petrobras


Querosene de aviação –Conhecido como QAV,
São éJosé
umdos
combustível
Campos -utilizado
SP em turbinas de avião. Similar aos demais
querosenes, o QAV é uma mistura de hidrocarbonetos com faixa de destilação compreendida entre 150 e 300 °C (FARAH,
2012), com grande predominância de cadeias parafínicas. Nessa faixa de temperatura, há predominantemente moléculas
com nove a 17 átomos de carbono.

Produção – É feita pelo processo de refino básico de destilação atmosférica seguido de tratamentos para a retirada de
compostos de enxofre, como tratamentos cáusticos (Bender e Merox) ou hidrotratamento (HDT), dependendo do tipo
petróleo processado.

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Derivados do petróleo Prof. Vinicius Vescovi

Óleo diesel – Mistura de hidrocarbonetos com cadeias carbônicas entre 10 e 18 átomos de carbonos obtidos a partir do
Refinaria Henrique Lage (Revap) - Petrobras
petróleo que destilam entre 150 e 400 °C (GAUTO,
São 2015). O Campos
José dos óleo diesel
- SPé constituído de cadeias parafínicas, olefínicas,
naftênicas e aromáticas, não havendo nenhum tipo de limitação máxima ou mínima para elas.

Principais contaminantes indesejáveis:


• enxofre, que ocasiona o problema de corrosão;
• o nitrogênio, que traz instabilidade ao produto;
• o oxigênio, que causa acidez.

Produção – Produzido nas refinarias nos processos de destilação (atmosférica e a vácuo), com produção complementar
nos processos de transformação de pesados, como craqueamento catalítico (FCC), coqueamento retardado e o HDT.

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Derivados do petróleo Prof. Vinicius Vescovi
Óleo combustível – Compostos por hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos, aromáticos poliaromáticos, resinas e
Refinaria Henrique Lage (Revap) - Petrobras
asfaltenos com cadeias de mais de 20 carbonos e São
faixaJosé
de destilação
dos Camposacima
- SPdos 300 °C. Possuem como maior contaminante
os compostos de enxofre, que naturalmente podem atingir até 5 % de sua composição total, além de água, sedimentos e
vanádio.

Curiosidade – No início da indústria petrolífera, essa corrente era gerada em grande quantidade e sua destinação
representava um problema. Ao longo dos anos, foram desenvolvidos processos de extração e conversão, como o FCC, o
coqueamento retardado e a desasfaltação a propano, que fizeram com que a produção desse derivado fosse reduzida.

Aplicação – Aquecimento industrial em fornalhas, geração de energia por meio de vapor em caldeiras e termoelétricas,
e como combustíveis para navios (bunker).

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Prof. Vinicius Vescovi

Refino do petróleo

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Refino Destilação do petróleo Prof. Vinicius Vescovi

✔A diferença de volatilidade entre os compostos que constituem o petróleo é a base fundamental para a sua separação.
✔Quanto maior o teor de carbono, ou seja, maior peso molecular e consequentemente maior cadeia carbônica, maior será a
temperatura de ebulição.

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Refino Destilação do petróleo Prof. Vinicius Vescovi

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SIMOMUKAY, Elton; GASCHO, Julia Lopes da S.; ESPER, Elaine Cristina M.; et al. Processos Orgânicos Industriais. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786556902166.
Refino Prof. Vinicius Vescovi
Classificação do refino

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás:


princípios de exploração, produção e refino. (Tekne).
Grupo A, 2016.

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Refino Pré-tratamento Prof. Vinicius Vescovi

✔Primeira etapa dessalinização;


o A água presente no petróleo está emulsionada e o campo elétrico de alta intensidade promove uma desestabilização da
emulsão, por enfraquecimento da película de agentes emulsificantes.
✔Segunda etapa Pré-aquecimento;
o O petróleo ao deixar a dessalgadora troca calor com correntes de produtos e refluxos circulantes que apresentam maiores
temperaturas.

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
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Refino Pré-tratamento Prof. Vinicius Vescovi
✔Terceira etapa Pré-fracionamento (Pré-Flash);
o O cru, previamente aquecido e parcialmente vaporizado, é pré-fracionado em um produto de topo constituído por frações
leves (GC, GLP e nafta) e em um produto de fundo constituído pelos cortes mais pesados que a nafta, conhecido como cru
pré-vaporizado (CPV) ou pré-fracionado que será a carga da torre atmosférica.

Fonte:http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=223&Itemid=413#7

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Refino Destilação atmosférica Prof. Vinicius Vescovi
✔A destilação atmosférica deve ocorrer a uma temperatura máxima de 360°C para evitar craqueamento e o coqueamento
(formação de coque), processos indesejados (perda de produto de maior valor agregado).
✔ O uso de vapor d’água auxilia na separação dos compostos leves que estão ligados (presos) ao resíduo de fundo da coluna.

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Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
Refino Destilação à vácuo Prof. Vinicius Vescovi
✔A destilação à vácuo ocorre a cerca de 400°C.
✔O gasóleo obtido (leve e pesado) é encaminhado para compor a carga de uma unidade de craqueamento catalítico.

✔ Uso da água. Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.

o No forno, o vapor faz com que o RAT passe em maior velocidade, minimizando o coqueamento.

o Na torre, o vapor atua na retificação do resíduo de vácuo (RV), promovendo um melhor fracionamento das frações mais

leves. 63
Refino Sistema de Destilação Prof. Vinicius Vescovi

✔Uma unidade de destilação é formada por três seções principais, quais sejam:
o •
Seção de Pré-aquecimento e Dessalinização;
o •
Destilação Atmosférica;
o •
Destilação a Vácuo;

✔A unidade podem conter um, dois ou três estágios de operação, segundo as configurações seguintes:
o •
Unidade de um estágio com torre de destilação única;
o •
Unidade de dois estágios, com torres de pré-Flash e destilação atmosférica;
o •
Unidade de dois estágios, com torres de destilação atmosférica e destilação a vácuo;
o •
Unidade de três estágios, com torres de pré-Flash, destilação atmosférica e destilação a vácuo.

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Refino Sistema de Destilação Prof. Vinicius Vescovi

Fonte: Adapatado de: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016. 65
Refino Processo de conversão Prof. Vinicius Vescovi
✔Processos de conversão – Craqueamento, alquilação, coqueamento, hidrogenação e reforma catalítica.

Craqueamento
✔Tem como objetivo quebrar as moléculas grandes presentes no resíduos da destilação (principalmente a destilação a vácuo) em
moléculas menores, gerando produtos de maior valor agregado (GLP, gás combustível e nafta de craqueamento).

✔Existem basicamente, dois processos de craqueamento de hidrocarbonetos pesados:


o Processos catalíticos (FCC, RCC, HCC).
o •
Processos térmicos (termocraqueamento, viscoredução e coqueamento retardado) – em desuso.

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Refino Processo de conversão Craqueamento Prof. Vinicius Vescovi

Craqueamento catalítico fluido (fluid catalytic cracking –FCC)

✔A carga é mistura com o catalisador (zeólitas ou sílica-alumina) em elevadas temperaturas (700°C).

✔O catalisador impregnado por coque é levado ao regenerador, onde o coque é parcialmente oxidado, produzindo monóxido de

carbono (CO), que é queimado em uma caldeira gerando calor e vapor d’água de alta pressão.

✔Os hidrocarbonetos craqueados são separados do catalisador e separados por destilação.

✔Como os compostos sulfurados tendem a se concentrar nas frações mais pesadas do petróleo, isso significa que a carga do FCC

possui alto teor de compostos sulfurados.

⮚ Tratamento DEA – Dietanolamina (DEA), que retém o gás sulfídrico (H2S)

⮚ Extração de mercaptanas (tiol/S-H) com NaOH (tratamento Merox)

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
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Refino Processo de conversão Craqueamento Prof. Vinicius Vescovi

Craqueamento catalítico fluido (fluid catalytic cracking –FCC)

Carga gasóleos do
coluna à vácuo

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
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Refino Processo de conversão Coqueamento retardado Prof. Vinicius Vescovi
✔O coqueamento retardado é considerado um craqueamento em condições mais severas de operação (pressão e temperatura).
✔Molécula pesadas (resinas e asfaltenos) são convertidos em moléculas leves (gases, nafta, diesel e gasóleo).

✔A injeção de vapor d’água aumenta a turbulência e a


velocidade de escoamento da mistura, reduzindo a
formação de coque no forno/reator (essa é origem do nome,
coqueamento retardado)

✔A alimentação do tambor de coque (onde ocorre a sua


formação) é alternada (limpeza do outro tanque).

500°C
Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016. 69
Refino Processo de conversão Coqueamento retardado Prof. Vinicius Vescovi

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.

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Refino Processo de conversão Reforma catalítica Prof. Vinicius Vescovi
✔Objetivo: aumentar a quantidade de aromáticos, aumento da octanagem (poder de combustão) da nafta.

✔Na reforma catalítica, há a transformação de hidrocarbonetos lineares e naftênicos em olefinas e, principalmente, em

compostos aromáticos, havendo a formação de hidrogênio (usado no hidrotratamento). Os catalisadores utilizados são a
platina sobre alumina, óxido de cromo sobre alumina e sílica-alumina.

✔A carga sofre um processo de pré-tratamento para remoção de impurezas (S, N, O, metais e olefinas), que podem danificar o

catalisador. As reações desejadas são reações endotérmica, por isso para manter a alta temperatura (510°C) são usados
múltiplos reatores.

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Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
Refino Processo de conversão Reforma catalítica Prof. Vinicius Vescovi
✔Objetivo: transformar hidrocarbonetos lineares e naftênicos em olefinas e, principalmente, em compostos aromáticos,

aumentando a octanagem (poder calorífico) da nafta, além de produzir o BTX (Benzeno, Tolueno e Xileno).
✔Ocorre a formação de hidrogênio (usado no hidrotratamento)

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
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Refino Processo de conversão Prof. Vinicius Vescovi

Reforma catalítica

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.

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Refino Processo de conversão Alquilação Prof. Vinicius Vescovi
✓ O processo de alquilação envolve a utilização de uma isoparafina (geralmente o isobutano), presente no GLP,
combinada a olefinas (propeno, os butenos e pentenos), usando como catalisador o ácido fluorídrico (HF) ou o ácido
sulfúrico (H2SO4 ), para obter uma gasolina de aviação ou como gasolina automotiva de alta octanagem.

✓ O processo de alquilação permite a síntese de compostos intermediários de grande importância na indústria


petroquímica, como:
o etil-benzeno (para a produção de poliestireno);
o isopropril-benzeno (para a produção de fenol e acetona);
o dodecil-benzeno (matéria-prima de detergentes).

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.

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Refino Processo de tratamento Hidrotratamento (HDT) Prof. Vinicius Vescovi
✔Requer muito hidrogênio, sua viabilidade foi possível após o desenvolvimento da reforma catalítica (produz H2)
✔Principal objetivo: Reduz o teor de olefinas e enxofre (diesel e gasolina).

✔Possibilita o uso de petróleo pesado.

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A,
2016.

Retirar nitrogênio (Hidrodesnitrogenação) Quanto maior a


Nível de dificuldade maior a
Retirar enxofre (Hidrodessulfurização) dificuldade pressão a ser aplicada
Saturação de olefinas
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Refino Processo de tratamento Hidrotratamento (HDT) Prof. Vinicius Vescovi
✔A injeção de gás hidrogênio, que minimiza formação de coque no reator (reação paralela indesejável)
✔A adição de água após o vaso de baixa pressão é para remover o bissulfeto de amônio (NH4 HS)
✔No reator ocorrem as diversas reações

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.
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Cadeia produtiva 45000 BPD – Região norte – Reman (AM) Prof. Vinicius Vescovi

Fonte: https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-/topico412/NT%20Refino%20e%20Petroqu%C3%ADmica_2018.11.01.pdf

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Prof. Vinicius Vescovi

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Fonte: https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/anuario-estatistico/arquivos-anuario-estatistico-2021/anuario-2021.pdf
Prof. Vinicius Vescovi
Processo de todas essas unidades é o mesmo?

Esquema de refino da refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC)

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.

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Prof. Vinicius Vescovi
Esquema de refino da COMPERJ 1 (Complexo Petroquímico do Rio Janeiro)

Fonte: GAUTO, Marcelo A et al. Petróleo e gás: princípios de exploração, produção e refino. (Tekne). Grupo A, 2016.

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Prof. Vinicius Vescovi

ATÉ A PRÓXIMA AULA!

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