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VID IIDIIIDYD IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIDIDYYS » INSTET! UNITY TPPUR ITO DE TDADE UFRA FEDER, Al ESA E DO RIO DI PLANE JAMENT JANE BAND E REG ONAL VIII II IIIIDIIIIIDIIIIII9II9999999099990999999099905 Capitulo Capitulo Capitulo Capitulo Capitulo {NDICE DOS @UADROS 4.1.2 - As condiches geosrdfica e econémica da drea QUADRO 4 = Dados estatisticos do municipio de Almeirim QUADRO 2 ~ Dados estatisticos do municipio de MazagsKo GRAFICO 4 - Crescimenta populacional de Almeirim s+ GRAFICO 2 - Crescimento.populacional de Mazag€o «++ 4.2.3 - A cidade de Hunguba QUADRO 3 ~ Inventario das habitacées - Quantidade dos diferentes niveis nas varias localidades do projeto Jari seseseeseneeeeres : QUADRO 4 = Populacko residente em Munguba, Planalto e sho Miguel. steeeensenoes 2.2.4 ~ Dados de Honte Dourado QUADRO S ~~ Populacéo residente em Monte Dourado «+ QUADRO 6 ~ Distribuicke da populacko nas localidades do projeto Jari eee eee ene GRAFICO 3 = Crescimento Populacional de Monte Dourado 2.2.2 - Dados do Beiradko GRAFICO 4 ~ Crescimento populacional do Beiradfo ... 2.2.4 - Dados da Empresa GRAFICO S ~ Producko de celulase — seeeeeuewnwnns GRAFICO 6 ~ Produce de caulim - GRAFICO 7 ~ Crescimento do quadro de funciondrios «+ 24 24 25 25 146 154 185, 156 157 467 168 169 \9IF>DIIIBIIIIIIIIIIIIDID POLI D ONE FINI LEAST Ee ea INTRODUGAD capiTuLo fel = 4.2 - caPrruo ES capfTu.o fupice, 4 ~ 0 NASCIMENTO DE UM SoNHO As terras do projeto JARI -......5- 6 histéria de um coronelado As condigées geografica e econémica da drea Os acertos entre 0 Governo © Daniel Ludwig ento econémico € a vida @ proposta de desenvolyim peranga de melhoria da qualidade d A implantag&o do prajeto -...-ssseweeee ~ A fadbrica @ a atividade industrial = A cidade de Honte Dourado (concep.~ cond. atuais) A cidade de Munguba (concepe%o, condigées atuais) ~ Comunidades vizinhas de apoio ao projetotPlanalto $40 Miguel e Bananal (cidade fantasma) parecimento de outras atividades econémicas 2 ~ CONTRASTES € DESTLUSOES 0s nicleos eupontaneos : 2.4.4 ~ 0 surgimento do Seiraddo © Beiradinho 2.442 ~ Beiraddo (condigées atuais, leitura do espaco) Andlice do grau de desenvolvimento da regi€o sees 4 ~ Dados de Monte Dourado +2 ~ Oados do Beiraddo 3 = Monte Dourado X Beiradso 4 - Dados da empresa @ ~ GONcLUSAO Andlise das causas da formag¢%o e aglomeragto do nucleo espontdneo do Beiradto, 410 ia 48 26 198 138 444 444 4145 445) 158 165 170 eee SC 99993 PE FSS IF VIII IIIIIIIIGY INTRODUCAO © presente ectudo teve seu inicio de ume forma muito mait se esperar. 0 empirismo do contato com uma re: pessoal do que poder lidade avistada, vivida e sentida intensamente no seu dia a dia encam minhou-nos nesse sentido. Levando-nos A percepcko © contraste intrigan- te de duas comunidades urbanas vizinhas, que costantemente colocam em is. cheque seus embates soc Pelos caminhos desconhecidos do determinismo, encontramo-nos no interior de um avifo Bandeirante, sobrevoando uma floresta de verde intenso, que em seus matizes mais escuros parecia conter as profundezas misteriosas do universo. A sinuosa linha dos rios entrecortando o verde em cont inuos espelhos d’dgua tornava essa selva ainda mais viva. Avistamos essa natureza que parecia-nos indomdvel, © para a qual uma vida humana aparenta nfo ter muita significancia, durante uma hora € vinte minutos, em que transpomos os 400 Km que separam Belém de Monte Dourado, base de apoio ao projeto Jari, situado & margem esquerda do rio de mesmo nome, en terras paraenses, jd que este marca a divisa com 0 Amapd, no seio da Floresta Amazénica. Dv projeto Jari, a despeito de tudo quanto possa ser dito sobre ideologias € sonhos, € um projeto de desenvolvimento de atividades eco- Jnémicas no vale do rio Jari, regio norte da bacia amazénica. © mesmo compBe-se fundamentalmente de uma fabrica de celulose e atividades ex- trativas da madeira nativa bem como cultivo e plantio de arvores,crian~ do uma Floresta homogénea, que passard a ser a matéria prima da produ- cho. A primeira imagem que leva-nos de volta ao mundo ‘civilizado” nféo € 0 de nenhum aglomerado urbano, mas o movimento ritmade de trato- res e moto-scrapers numa mina, seguida da visko de um pequeno aglomera— do de casas sobre palafitas (Beiradinho) em frente as fabricas, que por sua vez encontram-se na margem oposta do rio. A justaposicéo da escala II 799999 99399930 9993939999399 9909999990909 930090093 das duas fabricas como nivel do rio © o pequena povoada A sua volta censolida a imponéncia das primeiras. © efeito imediato da mudanga drastica, no painel das imagens captadas, ¢ levar a percep¢oe & constatac#a de que a choque inicial se exatamente com 05 s{mbolos maximos das profundas alteractes ocorri~ das com as atividades econdmicas da resifo. Dagqui em diante as imagens sucedem-se rapidamente ao olhar. A visto depara~se com a pequena vila de Munguba @ em seguida com a cidade de Monte Dourado, ambas planejadas para darem andamento ao projeto. Nes~ Se ponto nossos gentidos deparam~se com o inesperado. 0 desenho gritan~ te @ aflitivo de um grande conglanerado de casas sobre palafitas: o Bein rad&o, nome vulgarmente dado & cidade de Laranjal do Jari. © Beiradia ¢ um ascentamenta humana espentaneo que emerge das aguas do Jari & “margem”~ de um projeto econdmico. Assentamento esse que estabeleceu~se A revelia da vontade da empresa que executava o pro~ Jeto e, a0 mesmo tempo, motivade pelas ag&es da mesma. Como sera pos~ ta no decorrer dos capitulos 2 3. A localizacko desse aglomerado nfo deu~se,no entanto, de forma casual. Ele desenvolveu~se o mais préximo possivel do centro urbana de Monte Dourado © com duas part icularidades: A ~ Gonstruiu-se sobre a dua por ser esse o método construti~ vo dos capoclos da regito, J& que suas necessidades basi~ cas sfo supri pelo rio, principalmente porque a drea n&o possufa infra~estratura. + . B - Ena marsem oposta & da cidade de Monte Dourado porque as terras do outre lado do rio, embora constem como proprie- dade da empresa, ne cpoce, nfo estavam regularizadas difil cultando assim o processo de remoc&Ko. Principalmente fren~ te ao governoe do Territério do Amapa,uma ver que a enpres: nfo pretendia realojsé=los. 5 Vielumbrad= as condicées gerars do foce de estuda, cabe escle recer a razdo do titulo deste trabalho. Certamente que as regres 7 caran a implantacéo de cidade plancjada de Monte Dourado e suas in tengGes implicites figuram e.tre os motives basicos de formacke popula- cional na marscw eposta de rie, fore das terras paraenses. Sendo assim fo do Pard” far aluste & cidade de Honte Dourado, com honte D’outre ponte central da localizac%e do aglomerade (monte) que encontra-se ¢o outro lado de rio, fora do Park © sistems de producto das novas ativicades econémicas criow isis, onde as ciferencas de gualidade de ume nova ordem de relaches PEP I KFT TELE ELK WIT IIIT IIT DTT © de alto contraste, constatavel vi- vide acentuam-se © form sualmente. i de © tregado planejado de Monte Bourade em centraponte & ume auséncie de ordem . ceptével @ principio, no as~ sentamento espontaneo. Biante do impacto deste quadre, © cstudo aqui desenvolvido tem como proposicko baésica compreendcr as causes de formac&o do nicleo es ndlise da compesicke fisica do preje~ ponténeo do Beirade. Atraves da to urbeno desenvelvico para Honte Douredo @ suas premissas bésicas, bem conc daz decisfes adotadas ne cua imp lantagto. E, na medida do poss vel, apontar para os embates sociais agui presentes . Tudo quanto J& foi falado sobre o JARI nfo ignora a evidéncia sam em aberto a motiva~ desse nicleo, pordm os trabalhos precedentes dei eke do seu surgimento, o porque ¢ como ele estabeleceu~se. As divers : ~ a -~ - ~ ~ ~ - ~ - ~ ~ -~ ~ -~ ~ - - ~ ~ -~ ~ a“ - - a“ - - - - -~ ~ Fontes de pesquisa aqui utilizadas levam em conta, na medida do nosso aleance, os artigos JA publicados sabre a area em estudo, bem como livros a seu respeito ¢ coleta de dados da Companhia Florestal Monte Dourado, da Caulim da Amazdnia e do IBGE ~ Instituto Brasileiro de Geografia © Estatistica. Visando esclarecer a proposta do trabalho @ caminho das nossas avaliagdes nfo seguird somente as dades dos érgfos oficiais, mas conta~ rd com uma leitura do espace urbano planejado N&o trataremos aqui da posig&o politica do projeto enquanto resposta as ideolagias econdmicas. 0 Governo brasileiro prevé novas atividades econémicas nessas areas visando o seu desenvolvimento e in- tegrago em plano nacional. Apesar de nfo avaliarmos ideolégicamente ou politicamente as tomadas de posi¢%o econdmica, nfo é de nosso desconhecimento a impor tdncia desse tipo de regife para uma reestruturagdo do quadro econémico © acupacianal brasileira. Portanto compreendemos perfeitamente bem os melindres da regixo em fc © Pato pordm nos servird como pano de fun~ do para a andlise, nXo sendo @ centro da discussko. N&o pretendemos definir tampouco posighes polfticas, quando muito avaliaremos as consequéncias saciais das tomadas de deciséo quan= to ao projeto em si. Tenhan elas sido tomadas pelo Governo ou pelo seu idealizador, Daniel Ludwig. As pasigées polfticas anteriores também nfo seréo desconsideradas, pois o modo de producto das atividades econémi- ‘S = - IVIDIVIIIIIIOIIVIIIIOIIIIIIIIIYD PID IIIIIIIIIIIII: cas precedentes teém muito o que contar qua cional da area, anterioruente ao projeto Jd nos anos 40 0 Governo brasileir a @mazinia, através do Prosrana de Expansko tim F. Bougas, em 1943, denominow “Grandios pontado como “Projeto megalomaniaco” devide (4). Constatamos assim na matéria “0s acord Bougas @ apoio internacional ao programa br A devastacdo da qual o pais tem s nos ditimos meses, pelas veementes criticas comeco nos primeiros anos da década de 70, ca de incentivos & ocupagdo amazénica, final pital internacional, durante os anos de dit lucrativos (3). Exatamente nessa época o Go! prajeto JARI com empresdrio norte~amer ica Dessa forma o recente recuo intern os gritos exacerbados de “Da Amazénia depen: ecoam nos nossos ouvides com outras signifi © solo brasileira intocado como “cont.inente ideologia de “desenvolvimento para todos”. teng6es levam a uma estratésia de impor est cional ao Brasil (4). Toda essa visto ¢ de extrema impor pois essa drea, enquanto portadora de um pot Vimento econdmico © ocupa¢%o populacional, tativas de progresso € reestruturacéo do es: nto & caracterizagéo ocupa~ © yoltava suas atencées para da Borracha. Ao que Valen~ 0 Empreendimento” hoje @ a ao “delfrio de Henry Ford” jos de Washington” de Ws F. asileiro (2). ide constantemente acusado internacionais, teve seu com a implantagdo da pol(ti~ nciada mais uma vez pelo cam adura. Com fins altamente verno negociou as terras do no Daniel Ludwig. acional dos investimentos © de a Sobrevivéncia da Terra” cages. Sejam elas de di reserva” seja a faléncia da De qualquer maneira as in~ agnagko ecdnomica ocupa~ cia para o contexto geral, tencial latente de desenvol~ torna-se o centro das expec~ Paco urbano, hoje sobrecar- 9II9D9990003 PFVDIDIIIDIIII III IOI IVIIIDIIIIIIIIIDIIDIIIIID: | lira jade designamos esse regado ¢ cheio de disfuncées. Devido & essa proprie tipo de regixe como “Fronteira”. N&o devemos entender fronteira como “um vazio social ¢ espa~ cial” (5), mas como terras passiveis de iniciarem um processo dindmico de producko que altera a cadeia das relagbes sociais. Este estudo tentard captar essas alteragGes, na medida em que tornem-se relevantes para a compreenséo das relacées sociais estabele~ cidas entre o assentamento espontaneo e a presenca do projeto econémico. Pleiteando fazer um caminho ldgico de raciocinio para perfeito entendimento do leitor o primeiro capitulo do trabalho estabelecerd as condig6es sobre as quais desenvolveu-se o projeto, sua concepexo ini~ cial. As politicas governamentais € © acordo com o empresdrio Daniel Ludwig. Em seguida expord~se-d como o projeto implantou~se e suas con digGes atuais, incluindo seus assentamentos humanos planejados. Expla~ nando sobre © desenho urbane projetado para o centro populacional de Monte Dourado. No segundo capitulo expée-se a época @ sob que circunstancias surgiram 08 nicleos espontaneos ¢ faz-se a distinc&o entre eles. Apon- tando a seguir para a situac&o atual do Beirad%o. Na segunda parte des~ se mesmo cap(tulo confronta~se os dois principais centros urbanas foco do nosso estudo? Monte Dourade ¢ Beirad&o, expondo inicialmente os da~ dos coletados sobre esses dois nticleos. Finalizando, esse capitulo aponta para o crescimento de producto @ sua relacdo com o quadro de funciondr ios; apontando para o reflexo no desenvolvimento da dérea. Goncluindo tentaremos provar que o assentamente espontaneo do Beirad&o deu~se devido at IIIVIIIIIOIIIIIIOIVIOIIIIOIIIIIIIIVIVIIIO : a ~ = a ~ a a a = a ~ A ~ Motivacte de melhora de vida, através da abertura de mer~ cado de trabalho B - Auséncia de condicées reais de assentamento nas cidades planejadas do projeto. Avaliando através da causa de sua exist@ncia os possiveis pa~ péis sécio-econdmicos desempenhados por tal assentamento no prejeto, tencionamos apontar para os beneficios que este trouxe para o mesmo € 0 seu ‘custo’ social. F os em limites precisos que so as fontes m0: que foram-nos acessiveis @ as condiches atuais do projeto. 0 métado é o de andlise dos dados coletados, com base na pesquisa histérica e€ na ob~ servagio do espago social vivido. (4) Ver revista Veja, Edi¢&o especial, Ano 22 Na 26 ~ 5/07/89, Pp. 86 (2) BOUGAS, Valentim F., “Os acordes de Washington” in Diario de Not i~ cias ~ 30/03/4943, p.3 (3) MESQUITA, Fernando, “Amazéniat a sobrevivéncia da Terra”, in; Ter~ ceira Mundo Na 420 ~ Ano XII, p» 50 (4) Idem ant. , p.S2 (S) MUSUMECI, Leonarda, Notas sobre campesinato de fronteira e o mito da “terra liberta”. (mimeo) citado por Luiz Eduardo Soares, , Campesinatos Ideologia ¢ Politica, ins (Colegfo Agricultura e So- ciedade) ~ Rio de Janeiro-RJ, Zahar Editores, 1978. p. 34 9I9IIDIVI9000090 2 5 2 e 3 a 5 ° 2 2 a . 9 = > 5 3 = S 5 4 A 5 a 5 2 3 a 5 5 4 a a Ss CAPETULO 1 ~ 0 NASCIMENTO DE UM SONHO Certamente que lidar com a imensid&o da floresta amazénica © seus inumerdveis mistérios pressupe muita garra e espirito de aventura, sem os quais os desafios da natureza nfo seriam superdveis. Sua ocupa~ c&o tem como preocupacko basica integrd=1a ao restante do pais. Néo é sé essa questHo territorial ou a de melhorar a qualidade de vida’ dos seus habitantes, que permanecem isolados e vivendo em condighes precd~ rias, que movem o interesse pela sua ocupacko. Mas também as perspect vas de desenvolvimento econdmico nacional oferecidas por essa fonte de riqueza natural. Que embora imaginemos imensa nfo é inesgotavel, deven~ do-se portanto tomar as devidas precauches para que sua ocupacto seja racional. Visando principalmente nfo gerar distorgées irrepardveis no seu quadro fisico-social. E com esse ideal em mente que se analisard um dos fatores da inigualdvel exper i@ncia desenvolvida em seus dominios por um empresdrio americano de visto que, embora nfo tenha sido sempre bem entendido, te~ ve a coragem de poucos de langar-se nessa aventura © promover aquele que vem tornando~se um dos polos de maior desenvolvimento da regife do baixo amazonas. (Fig. 4) Este estudo no tem a pretens’o de julsar o desempenho econdmico desse projeto ou de avaliar o seu grau de favore~ Gimento na economia regional. Como exposto na introdugko limita-se a avaliar um dos aspectos #/sicos de seu assentamento. Para tanto € ex~ tremamente necessdrio delinear a drea em que essa implantacto se deu, uma vez que de sua localizag&o deriva~se muitos dos problemas sociais encontrados. »IIDOD I DIDIIDIDIIDIIDDIIDI9IIIIDIID9 9199990909 99999099009 Figura 1 - Mapa do Jari Figura 2 - Floresta da Regiao do Baixo Amazonas 9999999999999 9999909999 9999990099990 900999 9900000 ~ AS terras do Projeto JARI As terras do proseto Jari localizam-se a4 grau de latitude graus de longitude oeste, a margem esquerda do rio Amazonas @ a 400 Km de sua fox. 0 rio Jari, que di nome ao prajete , serve como fronteira entre o estado do Pard eo Territérie do Amapd. Com 880 Km de extens#o- @ grande largura,ele corta toda a propriedade do projeto no sentido norte-sul, até a confluéncia com o rio Amazonas. (Fig.3) AS propriedades do projeto situam-se em dois municipios! Maza- edo, no territério do @mapa, @ Almeirim, no estado do Pardy margens di- reita @ esquerda do rio Jari, respectivamente. Suas caracteristicas geograficas incluem “biogiclos terrestres e aqudticos aque se desdobram em varios ecossistemas, constatando-se a presenca das chamadas terras Firmes de baixo platé, vérzeas, rios, igarapés ¢ ilhas fluviais” (6). Seus planaltos s€o cabertos por densa floresta que, segundo um memorial escrito por Jao Gualberto em 4888, possui de 6@ a 1@@ mil se- ringueiras; hoje as seringueiras no projeto Jari s4o raras. Gualberto descrevia a propriedade com entusiasmo: “A riqueza extraordindria da flora admira ao menos esperto. N&o hd madeira do pais aue nfo se encon- tre abundantemente (...). Ao lado da zona vuleanica, t&o cheia de atra~ tivos para as indistrias metalurgicas, 14 estfo as serras de sedimentos alimentando esperancas a quem se entregar & cultura de cereais, gram/ eas, ete.” Referia-se ainda aos isarapdés como meio de transperte aos se~ ringais de mais diffcil acesso. Notando a presenga de estradas rudimen tares que levavam as dreas mais distantes do rio. Gualberto ainda refe- 10 19.99 II II9II III II 3990909999 999999099999009090030999990000 ' | | riasse As cachoeiras como portadoras de um potencial gerador de energia« Prevendo o desenvolvimento de indistrias extrativas. (Fig. 4) finda sequnda Licie Flavio Pinto, ele afirmava que as “terras plorader “ative @ inteligente”. Além de de aluvifo” aguardavam um ressaltar a fauna riquissima ele apontava para os produtos naturais passiveis de serem explorados? “salsa, castanha, éleo de copa(ba, guta © percha”. Calculando a produgéo de “100 mil hectolitros de castanha se os castanhais incultos fossem exploradas” (7). SKo diversos os tipos de solo da regifo compreendendo solos a encontrada na arenoses, argilosos ¢ argilo-arenasos, aldm da terra ro regifo do pacanari. Apesar de nfo encontrar~se grandes declives na re~ sigo ela possui elevacées variadas que chegam a atingir os 200 metros. (6) ANDREAZZA, Mario David, Projeta Jari ~ depoimento & camara dos de~ putados, Ministério do Interior, Brasilia~DF, 1979. p. 42 (7) PINTO, Lucio Flavio, Jari Toda a Verdade sobre o Projeto de Ludwig “As relacées entre estado @ multinacional na Amazénia. p» 12 1 DIDI PIPIPAIIDIDAIIDIDAAIDIIPPFDIOIPAPIDAIIAAIAIP DOP DIDIIDIDIDIID Figura 3 - Mapa da RegiZo do Jari Figura 4 - Cachoeira de Santo Anténio 12 PIIFIIFIVDIIIIIIDIIIDIIDIVIIODIOIIIIIIIIIIIIVIIIIDIIIID 4.4.4 ~ A histéria de um coronelada 4 regife devide &s suas riquezas naturais foi atrainde migra~ c&o vinda principalmente do nordeste com vistas ‘a extracdo da borracha e coleta da castanha. Porém até a vinda de um cearense, Cel.José Julio, em 1892, essas terras permaneceram sem atividades de real valor produ~ tivo. Muitas estérias sfo contadas a respeito desse primeira coloniza~ dor. ‘A época de sua chegada surgiu o primeiro povoada de sisnifi~ cancia populacional nessa regife, seu centro era Arumanduba, a primeira “capital” da Jari. Essa por sua vez situava-se na margem esquerda do rio Amazonas, distante aproximadamente 4@ Km de Almeirim, sede do muni~ cipio. Ali estabeleceu~se José Julio, que fez daquele povoado sua sede. Hd mais de meio século Arumanduba possuia luz elétrica, telégrafo e até telefone. (Fig.5? Una das estérias contadas diz que ao chegar no Rio de Janeiro, por mar e A noite, um dos companheiros de viagem do coronel perguntou se ja havia visto imagem to bela. Ao que José Julio respondeut > Ja. Arumanduba. Embora nfo esteja em bom estado de conservag¢o, o chalé onde morou o coranel José .ilio encontra~se de pé em Arumanduba, como um re~ ferencial histérico. Alguns dos parentes de empregados do coronel afirmam que seus ancestrais referiam=se a ele como um bom homem, que gostava muita dos empregados que se destacavam no servico. Concedendo ajuda para que seus hos estudassem cm Belém. 13 DIPIIIIIIIFIIIIIIAIIIINIIIIVIIIIIIIID a a ~ A a a a a S ~ Mas outras evidéncias conflituam=se com esse conceito. A refe~ réncia do nome de paga-dividas a um determinado trecho do rio inclui~se como uma delas. 0 coronel arrendava suas terras aos coletores da casta- nha e da borracha e¢ até fornecia-Ihes material, que eles pagariam com o resultado de seus trabaihos. Para suprir esses trabalhadores estabele~ cia postos de troca e venda, conhecidos como armazém e padaria. Nesses locais os trabalhadores adquiriam alimentos e@ utensilios pessoais. A “compra” nfo dava~se por meio de moeda, mas com vales que o trabalhador resgataria ao fim do més com os seus “honordrios”. Além do pagamento ser baixo, o trabalhador raramente recebia dinheiro também pelo fate de que a diferenca entre o seu ganho e suas contas no paste de venda, o pagamento do material ¢ 0 arrendamento raramente permitiam-lhe algum recebimento significativo, (Fig. SA @ 6 Dessa forma o trabalhador permanecia preso as terras do coro~ nel. Quando conseguia juntar alouma importancia dirigia~se a esse para sanar suas dividas. Com a certeza de poder partir para outras terras o empregado juntava a familia e seus proventos e partia em direc%o a oun tra alternativa. Nesse instante ao descer o rie ele era assaltado e to~ dos os seus bens escapuliam-Ihe das m&os. Como esse “assalto” sempre o- corria no mesmo tree 0 do ria, @ desconfiando ser por mandado do core~ nel, o trecho era chamado de Paga~dividas. Dalf o trabalhader, sem ter como partir, recorria mais uma vi ao coronel que mostrava~se magnanimo para com ele, fornecendo~lhe mais uma vez material e terra has esse quadro também teria seu fim. Revoltados com suas con dic6es os empregados. liderados por Cesdrio Medeiros, renderam um navio € obrigaram o coronel a aceitar a fuga em massa. Chegando a Belém eles denunciaram o “cativeiro” disfargado nas terras do corenel. 14 DFVIIDIIDVIIIVIIDID II DIDI IIDIIIII I IIDII IF FIIIIIIIII ve jes de modo duvidoso. 0 coronel conseguira as suas proprieda Foi através da politica que ele estabeleceu os seus dominios. Levando atas de eleic¢Kes de Belém para Arumanduba ele as preenchia, em nome de todos os eleitores, a favor do candidate que apoiava, Em troca recebia desses titulos de posse e protec%o para as manobras de cartério com fins a “incorporar terras alheias” (8). foram-Ihe retirados na época do tenentismo. Seus privilégios Quando mandaram ordem de prise ao coronel © perseguiram=lhe até forcar sua fuga para o Rio de Janeiro. Foi quando José Jtilio vendeu suas pro~ priedades. A propriedade passou para uma sociedade formada por oito por~ tugueses e dais brasileiros, que visavam a exploracéo comercial e agro~ pecudria. Mais tarce passariam a dirigir seus esforcos também para a navegacko @ criache de gado. (8) PINTO, Liicio Flavio, Jarit Toda a Verdade sobre o Projeto de Ludwig - As relaches entre estado ¢ multinacional na Amazénia. p. 16 15 ) 9990090 ) 99399d2 > >,DIDIIDID ie ee) ) Figura 5 - Arumanduba 16 929 2990999909999 999290009 9999090939399 909000 9399009900 Figura SA- Localidade ribeirinha Figura 6 - Ponto de Venda a7 S 2 5 = = a = & a 2 So S x = 5 x a a 5 ~ A = a A - ° = ° S i ~ A a a = = S a a a a a is iS i i 4.4.2 ~ AS condicbes geogrdfico~econémicas da drea Tragar o perfil geo~econdmico desta drea nfo parece uma tarefa ta, uma vez que trata-se de um vazio demogrdfico ardua & primeira vi com poucas atividades produtivas, em sua maior parte baseadas no extra~ tivismo. No decorrer da pesquisa, no entanto, constata-se um outro qua~ drot 0 vazio demogrdfico tornounse um vazio politico, onde os levanta~ mentos estatisticos raramente tinham sido feitos e com dados que levam ‘a mente a precariedade da pesquisa geografica. A imensid&o do territé~ rio a ser pesquisado era de tal ordem que os dados ficam obscurecidos. Ndo tem-se, por exemplo, como avaliar o desenvolvimento das atividades comerciais em relag&o as outras atividades, pois inexiste o recolhi~ mento de ICM nos municipios estudados. E 0 valor absolute das ativida~ des sé é levantado a partir de 1982. Quando o projeto JARI J& havia si- do implantado. Além do que o comércio local nfo passava de “ponto de venda”, que limitava-se a comercializar produtos simples, que fossem acess(veis, essenciais ao cotidiano dos povoades. 0 comerciante fazia suas compras em pequenos estoques que eram suficientes para suprir o consumo do povoado & fazer um pequeno abatimento, base para o “pequeno” lucro que teriam. Ao sobrevoar a regife incorre-se no erro de imagind~la plana. Localizada nos contra-fortes do planalto das Guianas, esta regigo apre~ senta;no entanto, um relevo ondulado. Que em algumas partes possui um desnivel alto, a ponto de favorecer a implantagdo de hidrelétricas. © indice pluviométrico da regigo atinge os 2.500 mm anuais. 0 que reforca seu clima tropical simido que, no entanto, apresenta esta~ ches secas nos meses de agosto e dezembro. 18 99909 9900999990000 999 IDD 9909399909900 09099 999903900 Fonte quase inessotdvel de recursos naturais, a regixo sempre abrigou atividades econémicas voltadas para o aproveitamento desses re~ cursos. Hesmo hoJe sfo poucas as atividades industriais na drea, que prima pelo cunho extrativista © asropecudrio. Essas atividades sempre tiveram ondas mercantis de curta duracko de modo que a Amazénia nunca “estruturou interesses préprios, capazes de competir com os interesses de foras foi uma terra que, como seus trabalhadores, uma vez usada, pu~ nha-se de lado” (9). Até fins dos anos 5@ o governo brasileira limitou-se a dirigir seus esforges para o incremento das atividades extrativas da borracha, no que diz respeito & essa regifo. Quando os Estados Unidos entrou na segunda guerra mundial provacou um novo surto na economia amazonense da berracha. Esse surto chegou a trazer para essas terras os sonhos do americano Henry Ford, que viu seu prajeto fracassar frente as dificul~ dades impostas pela selva brasileira, Esses desafios eram trés basica~ mente? o da baixa densidade ocupacional, a dependéncia da extragko como fonte de renda ¢ empreao além do pouco conhecimento dos recursos locais: Como jd referido no capitulo anterior, tanto o coronel José si1lie come a empresa que o sucedeu em suas atividades econémicas na re~ n atividade gifo 66 possui extrativas. Portanto de economia primdria. 4 subjugacéo da fora de trabalho era estabelecida pela dependéncia ao fazendeiro, ao dono da terra. Partindo~se da prépria forma de acesso & terra, © arrendamento, que implica em formas de sujeicko. Frenaiiente- mente o trabalhador utiliza~se da forea de trabalho familiar. Por vezes usa m&o de obra contratada e abre algum dos pontos de venda, mas nesse caso ele precisa possuir algum dinheiro inicial com que contar. 19 2 = = = 7 = eS ~ a e a * a a 5 a ° e e S a = a = ° a 5S = a a ~ S a a 5 a So 3 7 a 4 a a 2 5 cia diante do fendmeno da ocupacto des~ Assume extrema impor te tipo de drea (com baixa densidade demogratica e pouco explorada) por um prajeto econdmico a compreenste daquilo que se define como “fronte ra”. Gesunde SAWYER desisna-se fronteira a “um espace que oferece condi¢6es para a expans&o de atividades econémicas antes ausentes ou presentes em menor escala” (10). Em 1957 @ Pan-American Pioners Corporation tentou comprar es~ gas terras mas teve insucesso na tentativa, que Ludwig conclui com sa~ tisfacko oito anos depois. Sob os aplausos do governo que havia mudado sua politica de desenvolvimento para a Amazénia. Somente a partir de 1966 ¢ que o Governo Federal cria incent i- vos para a ocupagie da regio como um todo. Esse, no entanto, serd um assunto melhor desenvolvide no préximo capitulo. Desde 1946, quando os dados dessa regigo so mais claros, que as principais atividades apontadas pelas pesquisas geograficas sKot trativa vegetal, agricola e pecudria; tanto para o municipio de Almei~ rim quanto para Mazagdo. Pordm em 1982 esse quacro altera-se. 0 munici~ de Almeirim surgem as indistrias de extraco mineral e de transformaco, pois a fabrica de celulose € caulim encontram=se em suas terras. Este municipio passa a apontar entre os principais produtos exportados no mais a castanha ou a borracha, mas @ arroz, a celulose e o caulim. Pro~ dutos resultantes das atividades da empresa do JARI, seb controle do empresdrio americano Daniel Ludwig. No muninipio de Mazagdo a extragdo de produtos naturais, que zavam as atividades primaérias também tomam outro rumo. Além da caracter extracdo vegetal aparece agora a inddstria extrativa mineral, pois em 20 DIIDIIIIFIIIID III IIIA IID III DID IID IID IID IIIDIIDD suas terras encontra~se a mina de caulim, e o comércio. Este ultimo Passa a ser uma das principais atividades econémicas do municipio por motives que serKo expostos no capitulo (2.4.4) . 0 fato de apr ntarem as atividades extrativas sobrepondo-se '§ demais faz com que ambos os municipios tenham uma populace eminen~ temente rural com uma parcela pouco representativa em sua sede mun pal. Em ambos os casos somente 2! + em média, da populagfo total do mu~ nicipio encontrava~se residindo em sua sede, de 66 até 78. Em 82 embora © quadro persista ele deve-se a outro fator? a maior parte da populacko continua residindo fora da sede municipal porém, uma grande parcela re~ side em um centro urbano que, nfo sendo a sede, encontra e-em seu mu~ nicipio. Esse aspecto serd estudado detalhadamente mais adiante. Essa populacto, rural em sua ess@ncia, é freqiientemente aglut i~ nada em localidades ribeirinhas. Sua localizacfe explica-se em mdlti~ plas vezes. @ maior causa dessa permangncia ao longo do rio é © Simples fato deste ser o meio de transporte mais eficaz da regio! o mais anti~ 90, mais pratico @ mais barato. Outro fator estd na escassez de recurso desse povo. Que até entfo no possusa infra~estrutura urbana de nenhum tipo e€ que vivendo em condiches quase miserdveis utilizam-se do rio pa- ra extrair seu alimento, fonte de sua sobrevivéncia, ¢ ali team seu ponto de recreacto. Fazcse juz & verdade quando se esclarece a fato das cidades sedes desse: municipios possuirem servigos aéreos que as ligavam a Be~ 1ém, no caso de Almeirim, @ a Macapd, no caso de Mazag&o. Essas linhas adreas eram regulares, mas no eram acsess(veis ‘a orande parcela da po- pula cMo, embora existam desde 1961. 21 PIFDIPIIIIPIVIFDIIVIDIDIIIDIIIDIIFIIIIIIIIDIIIIIIDD fo estudar o quadro do crescimento econémico da drea fica cla~ ro que ele nfo segue uma linha regular de ascendéncia ou descendéncia. Em ambos os casos, Almeirim no Pard ¢ MazagKo no Macapd, oscilam com scimentoy ora tomando impulse ora retrocedendo. Um seus fatores de cr ica clarot ambos apresentam grande caréncia de ren fato, no entanto, curses e servicos Para constatar tal fate nfo leva~se muito tempo. Basta compa~ rar o& servicos existentes, encontrados nos censos de 64 a 82, com a d~ rea dos dois municipios. Alemirim possui uma area de 67.200 Km2 situa~ das no estado do Pard. MazagXo possi 44.424 km2 de terras amapaenses. Com.extens%e de terras dessa grandeza ambos os munic{pios per~ manecem sem Servigos bancdrios até 4976, Possuem pouaufssimos profissio~ nais liberais gabaritados- @ poucas escolas. Em média menos de 1% de sua populacko estuda. Infelizmente os dados levantados nfo fornecem a percetagem da populace que encontra~se em faixa escolar, porém | perce~ be-se o baixissimo ntimero de alunos. Talvez mais relevante sejao fato da maior parcela dessa populacke encontrar-se distante da escola, que localiza~se na sede do municipio, pois sua populace como ja dissemos & eminentemente rural. Embora possuissem fornecimento de energia elétrica, era peque~ no o numero de usudrias do servi¢e que, mais uma vez, restringe-se~ & sede do municipio. Mesmo assim nem a sede possuia servicos de dgua € esgoto. 0 servico de coleta de lixo, no entanto, ja era feito didria~ mente. Nenhuma das duas localidades contava com servicos telefénicos, que sé passaré a existir bem mais tarde. Em Arumanduba (Ver Capitulo 4.4.4), municipio de Almeirim, jd havia telefone, mas esse foi retirado por volta de 4948, quando © coronel José Julio vendeu suas terras. 0 22 3 PIF IFIFIIPOVIIFIIFIIFIIIIFVIIIIXAIFIVIVIVIFIOIVIVIFAIOVIIIVIDS servico médico também sempre foi precdrio, embora existente, também 1i~ mita~se a atender a sede do municipio. Nos quadros 4 © 2, que se seguem, pode~se verificar as reais condig¢&es socio-econdmicas da area, bem como avaliar suas precarieda~ des. Principalmente no que diz respeito ‘a cultura e lazer A predominancia das atividades rurais ficam espelhadas no nii- mero de estabelecimentos rurais em-contraposicée ao niimero de indds~ trias, bem como ao pequeno comércio 0s grdficos i @ 2 delimitam as oscilagées populacionais dos dois municipios. Do ano de 1978 para o ano de 1982 repara~se no salto populacional. 0 fantastico crescimento populacional encontra uma expli~ cack clara e simples. Exatamente nos fins do ano de 1978 instalam-se os canteiros de obra para o assentamento do projeto JARI. Exatamente nesse perfodo a porcentagem de crescimento demosrafico anual de Almei rim pula de {8% aa ano,em média, para 190% @ Mazagfo passa de 13 a 56% de crescimento anual E nessa regifo: basicamente rural, com estado de vida beiranda a miséria, com um enorme quadro de caréncia de servigos, onde sfo pou~ cas as chances de emprego assalariado @ urbano, que o projeto JARI vem instalar-se. Seu incremento ven a alterar todo este quadro. Como? Vere- mos a seguir. (9) CARDOSO, F. H. & Muller, G., Amazdnia: a Expanséo do Capitalismo, Ed. Brasiliense, Sdo Paulo~SP, 1977. p.i4 citado por Henrique Rattner e 0. Udru, Colonizac&o na Fronteira @nazénicat Expansfo e Conflitos, IPE/USP, S&o Paulo~ ~ SP, 1987. p45 (40) SAWYER, Donald, “A fronteira inacabada: industrializaco da agri~ Cultura brasileira e debilitagdo da fronteira amazd~ nica” mimeo, CEDEPLAR, 49@2. citado por Lena Lavinas “@ agromurbanizacko da fronteira” in A Urbanizacko da Fronteira (Vol.I), PUBLIPUR/UFRJ, Rio de Janeiro~ “RU, 1987. P99 23

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