Uma série de políticos latino-americanos declara que a invasão
pelo exercito colombiano sábado passado no território do Equador a fim de liquidar ali o acampamento dos rebeldes de esquerda foi realizado com o apoio dos EUA. O comentarista da «Voz da Rússia», Guennadi Spersky constata.
De acordo com a opinião do senado chileno Alejandro Navarro,
somente os norte-americanos é que possuem o sistema de satélite para localização com grande exatidão dos objetos terrestres semelhantes ao local onde se encontrava Raul Reis e seus extremistas das Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia (FARC). O ex-vice-presidente da Venezuela, Jose Vicente Rangel afirma que antes foi feita a operação de reconhecimento pelos aviões a partir da base norte-americana em Manta no Equador e a base «Três esquinas» na Colômbia. Dois dias antes do ataque Bogotá recebeu a visita de um dos chefes do comando Sul dos EUA, contra-almirante Josef Nimmich, que, segundo fontes militares, «para a troca de informações importantes sobre a luta contra o terrorismo». Depois é que teve inicio a ação punitiva pelos militares colombianos em território alheio. É pouco provavel que isso tenha sido coincidencia.
Também é característica a reação do Estado maior das forças
armadas norte-americanas na região andina ao conflito na America do Sul. Assim, o congressista republicano Conny Mac, como também série de seus colegas, consideram que as ações da Colômbia são justificáveis, «como é justificada a ação de qualquer outra nação contra os terroristas mencionados».
Não lhes preocupa o fato de que durante o conflito foi violada a
soberania do Equador, e isso foi condenado pelas autoridades da Argentina, Brasil, Bolívia, Venezuela, Nicarágua, Paraguai, Peru, Chile, Uruguai. Há muito tempo que Washington e Bogotá vêm realizando o Plano Colômbia da luta contra o trafico de drogas e formadas armadas ilegais. O conflito com o Equador confirma mais uma vez que este plano ultrapassa os limites determinados nas suas tarefas. Podemos recordar aqui a declaração do chefe da Comissão para as Relações Internacionais da Câmara Baixa, Henri Hayd de que para os EUA a Colômbia é de interesse estratégico, devido que em seus vizinhos Venezuela, Equador e Bolívia é registrada a instabilidade em resultado das mudanças políticas. E esta invasão pelos militares colombianos no território do Equador teria sido planejada dentro dos interesses dos EUA com o objetivo de fazer pressão sobre o Governo destes países. Este incidente, de acordo com as palavras do Presidente do Equador, Rafael Correa, pode transformar a America Latina em mais um Oriente Médio. A Organização dos Estados Americanos (OEA), o Secretário Geral da ONU expressa preocupação com o agravamento da situação na região e pedem as partes envolvidas no conflito que solucionem esses problemas com o diálogo e a cooperação; escreveu Guennadi Spersky.