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T.F.C. Da DINA
T.F.C. Da DINA
Benguela, 2022
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO MARAVILHA
Benguela, 2022
DECLARAÇÃO JURADA DA AUTORA
Por meio da presente, declaro para a Comissão Científica do Instituto Superior Politécnico
Maravilha, que a monografia apresentada é da minha autoria, não contém material escrito por
outra pessoa, a não ser o referenciado devidamente no texto, parte dela ou em sua totalidade
não foi aceite para a outorga de qualquer outro diploma de uma instituição nacional ou
estrangeira.
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ii
CERTIFICAÇÃO DO TUTOR
Por meio da presente, aprovo que a monografia titulada “Merenda escolar e sua influência no
rendimento dos alunos da 2ª classe da escola primária BG nº 3383, Comuna do Dombe-
Grande, município da Baia-Farta”, da autora: Dina Natália Chingumbinda, em opção ao título
de Licenciatura em Ciências da Educação na especialidade de ensino da psicologia, seja
apresentada ao acto de defesa.
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iii
DEDICATÓRIA
iv
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, João Chingumbinda e Clarice Maurício, fonte do meu conforto, pela ajuda
moral, coragem e confiança transmitida até aos dias de hoje;
Ao meu amado esposo, Firmino Huambo, pelo incansável trabalho, atenção, muita
compressão e amor;
Ao estimado Tutor, Joaquim do Rosário Kulembe, pela sábia orientação transmitida durante a
elaboração do presente trabalho;
v
RESUMO
A merenda escolar é um projecto de âmbito nacional que visa combater o insucesso escolar,
diminuir as taxas de reprovação, permitindo que as crianças em idade escolar se sintam
capazes de cumprir as suas responsabilidades escolares em condições nutricionais adequadas,
assim o nosso trabalho aborda sobre a merenda escolar e sua influência no rendimento dos
alunos da 2ª classe da Escola Primária BG nº 3383, Comuna do Dombe-Grande, município da
Baia-Farta, tema que emergiu do seguinte problema de investigação: Que influência tem a
merenda escolar no rendimento dos alunos da 2ª classe da Escola Primária BG nº 3383,
Comuna do Dombe-Grande, município da Baia-Farta? Assim do ponto de vista geral
objectivamos: analisar a influência da merenda escolar no rendimento dos alunos da 2ª classe
da Escola Primária BG nº 3383, Comuna do Dombe-Grande, município da Baia-Farta. No
entanto, quanto aos objectivos a pesquisa é de tipo descritiva como uma abordagem mista
(qualitativa e quantitativa), metodologicamente recorremos aos métodos de nível teóricos,
entre eles a pesquisa bibliográfica, a indução-dedução, á análise – síntese, aos métodos de
nível empíricos usamos o inquérito por questionário e o inquérito por entrevista, e ainda
recorremos ao procedimento matemático- estatístico. Os resultados apontam que a merenda
escolar tem uma influência positiva no rendimento escolar dos alunos da 2ª classe da escola
em referência, porque quando há distribuição da merenda escolar, os resultados dos alunos
são satisfatórios, já quando não há distribuição da merenda escolar, os resultados são baixos,
no entanto, é importante a implementação da merenda escolar nos alunos da 2ª classe da
referida escola.
vi
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 7: Como te sentes durante as aulas quando não levas lanche na escola?......................50
Tabela 13: Achas que a merenda escolar influencia no rendimento escolar dos alunos?.........54
Tabela 14: Costuma dar lanche ao seu filho quando vai a escola?...........................................55
Tabela 15: O seu filho vai motivado quando não leva lanche a escola?...................................55
vii
ÍNDICE GERAL
DEDICATÓRIA.........................................................................................................................ii
AGRADECIMENTOS..............................................................................................................iii
RESUMO...................................................................................................................................iv
ÍNDICE DE TABELAS..............................................................................................................v
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................8
1.4.1. Objectivos da merenda escolar e sua importância na aprendizagem dos alunos do ensino
primário.........................................................................................................................19
1.5. Merenda escolar de acordo com o Decreto Presidencial n.º 138/13 de 24 de Setembro...21
1.5.1. Tipos de Merenda Escolar de acordo com o Decreto Presidencial n.º 138/2013...........24
1.6. A merenda escolar como fonte da motivação e do bom rendimento escolar dos alunos do
ensino primário.............................................................................................................26
viii
3.1. Apresentação, análise e interpretação dos resultados da entrevista dirigida aos membros
da direcção....................................................................................................................36
CONCLUSÕES........................................................................................................................44
SUGESTÕES............................................................................................................................45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................46
ix
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda o tema Merenda escolar e sua influência no rendimento dos alunos
da 2ª classe da escola primária BG nº 3383, comuna do Dombe-Grande, município da Baia-
Farta. A merenda escolar é concebida com base ao Decreto Presidencial n.º 138/13 de 24 de
Setembro, pois, nos termos do referido Decreto Presidencial, a Merenda Escolar:
Como fundamentam Basaglia, Marques & Benatti (2015, p. 128), que a merenda escolar “é
um elemento motivador da frequência na escola, pois por falta de alimentação em casa, uma
boa parte dos alunos frequenta o ensino público em busca de saciar a fome através da
merenda”, até porque, para muitas crianças, “a merenda representa a única refeição diária”.
O programa tem como um dos objectivos contribuir para a formação de hábitos alimentares
saudáveis, e como um dos princípios, o tratamento preferencial aos alimentos produzidos
localmente (Angola, 2013).
Com base nos referidos fundamentos, “os programas de alimentação escolar não somente
assistem ao desenvolvimento biopsicossocial da criança, reduzindo a evasão escolar e
10
privilegiando o aprendizado, como também, auxilia na formação de hábitos alimentares
saudáveis e promoção do desenvolvimento social” (Martins & Ferreira (s/d), p. 11).
Embora com os fundamentos acima invocados, Samuel (2011) citado por A. Costa & A.
Barreto (2011, p. 107) sublinha que, em Angola, “apesar dos inúmeros progressos alcançados
no sector educativo, a situação das crianças angolanas ainda é preocupante, sobretudo do
ponto de vista económico, a julgar pela íntima relação entre o nível de pobreza e de
escolaridade das crianças e as taxas de abandono e repetência das crianças em idade escolar”.
O tema escolhido justifica-se pelo facto de, a merenda escolar configurar-se num importante
papel para o bom rendimento escolar dos alunos e, olhando pela escola escolhida, a merenda
escolar já não se constata actualmente. Assim, estamos precisamente a falar dos alunos da 2.ª
classe da escola em questão, crianças que, tendo fome, não prestam atenção naquilo que o
professor estiver a transmitir, até porque muitas delas acabam chorando, ficando inquietas
pedem para sair e outras choram mesmo fome diante do professor.
O tema é bastante pertinente, actual e actuante, pois trará contributos de vários autores de
nível académico-social, com a possibilidade de os estudantes, professores, investigadores e
políticos, aprofundarem sobre o assunto e trazerem explicações sobre a ausência da merenda
escolar na escola em questão, lembrando que o programa merenda escolar é de âmbito
Nacional. É mais um desafio, apesar da carência bibliográfica a nível local.
Geral:
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Específicos:
12
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
13
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo faz referência a fundamentação teórica relativamente a merenda escolar e sua
influencia no rendimento escolar dos alunos, espelhando os aspectos mais relevantes com
vista a melhor compreensão do tema em estudo. Para melhor compreensão deste trabalho de
investigação consideramos importante definir alguns termos e conceitos que entendemos
serem fundamentais.
Definições de termos-chave
Entendemos que a merenda escolar é uma refeição que é feita na escola no intervalo durante
as aulas que visa estimular a frequência dos alunos a escola.
Influência: Para Doron e Parot (2001, p. 15) fala-se de “influência quando um sujeito crê
estar submetido a uma força interna ou externa que dirige os seus pensamentos, moldura os
seus sentimentos e comanda os seus actos ou comportamentos”.
Rendimento escolar: segundo Santos e Almeida, (2001, p. 205) diz respeito ao resultado das
competências académicas dos alunos quando avaliados em diferentes campos
da aprendizagem”, bem como pode ser “verificado com maior ou menor capacidade para
aprender e depende de diferentes tópicos, como o da inteligência, que se mostra como sendo
um dos mais importantes.
Na nossa perspectiva, o rendimento escolar é uma medida das capacidades do aluno, que
expressa o que este tem aprendido ao longo do processo formativo ou, em responder aos
estímulos educativos.
Aluno: Segundo Pacheco (2001, p. 45) “é o indivíduo que recebe instruções ou ensinamentos
de um ou vários mestres com fim de construir-se.”
Entendemos que é a pessoa que aprende algo sob orientação de um ou mais professores, numa
formação.
14
1.1. Caracterização do ensino primário
O ensino primário é o fundamento do ensino geral constituindo a sua conclusão com sucesso,
condição indispensável para a frequência do ensino secundário. O ensino primário tem
duração de 6 (seis) anos e têm acesso ao mesmo, as crianças que completam 6 (seis) anos de
idade até 31 de Maio do ano da matrícula, (artigo 27.º da Lei n.º 17/16).
O ensino primário reveste uma modalidade consagrada nos termos do artigo 27.º da Lei n.º
32/20 de 12 de Agosto, Lei que altera a Lei n.º 17/16 de 7 de Outubro – Lei de bases do
sistema de educação e ensino, sendo que nos termos do n.º 3 do referido artigo, o ensino
primário é feito nas seguintes condições:
O ensino primário é um nível de ensino obrigatório na escola pública, unitário, com duração
de 6 (seis) anos, compreendendo as classes da 1.ª à 6.ª classes, cujo objectivo é a formação
básica do cidadão.
O ensino primário tem como função social baseada nos seguintes aspectos (INIDE/MED,
2019, p. 29):
15
Para o Ensino Primário, definiu-se um conjunto de dez disciplinas consideradas fundamentais
para o desenvolvimento harmonioso e multifacetado das crianças, distribuídas em função do
nível de escolaridade e que de seguida apresentamos:
Horário semanal
Disciplinas
1.ª 2.ª 3.ª Classe 4.ª Classe 5.ª Classe 6.ª Classe
Classe Classe
Língua Portuguesa 9 9 9 9 8 8
Matemática 7 7 7 7 6 6
Estudo do Meio 3 3 3 3 - -
Ciências da Natureza - - - - 4 4
História - - - - 2 2
Geografia - - - - 2 2
Ed. Moral e Cívica. - - - - 2 2
Ed. Manual Plástica 2 2 2 2 2 2
Ed. Musical 1 1 1 1 1 1
Ed. Física 2 2 2 2 2 2
Fonte: elaboração própria com base ao INIDE e MED, (2019, p. 33).
Os principais objectivos específicos estão consagrados nos termos do artigo 29.º da Lei n.º
32/20 de 12 de Agosto, tais como:
16
Os objectivos já referidos permitem, depois de ampliadas as suas dimensões complementares,
o perfil de saída dos alunos deste ciclo com os pontos que se seguem (INIDE/MED, 2019, p.
30):
De acordo com o INIDE (2003), o grupo alvo a que se destina o ensino primário em Angola é
constituído por aquelas crianças que completem 6 anos até ao dia 31 de Maio do ano da
matrícula. Considera-se que o seu desenvolvimento intelectual ocorre na confluência de duas
dimensões: a dimensão sócio-afectiva e a dimensão intelectual.
Do ponto de vista sócio emocional – o aluno organiza-se em função da sua escala de valores.
Inicia a sua socialização para a entrada no mundo dos adultos, com aprendizagem de
habilidades que lhe serão úteis no futuro. Um aspecto importante da socialização desta etapa é
o desenvolvimento da cooperação. No entanto, a competição aparece como um impulso
intenso. Ao competir, a criança pode descobrir capacidades que, de outra forma, não teria
percebido. A cooperação leva acriança a abandonar o egocentrismo e a buscar o diálogo e o
respeito a regras estabelecidas (idem).
17
bastante especializadas. No entanto, o seu desenvolvimento, de maneira geral, é mais lento e
uniforme quando comparado àquele das etapas anterior e superior” (INIDE, 2003, p. 7).
18
Neste sentido, de acordo com o relatório de diagnóstico da Fundação Nacional de
Desenvolvimento da Educação o programa de alimentação escolar de Angola, o governo
procurou garantir recursos financeiros para aquisição da merenda escolar, […] o montante de
trinta e cinco milhões de dólares, distribuídos de acordo com uma previsão de atendimento
baseado em números de alunos em conformidade com o projecto de Resolução de 2006, […]”
(Muvuma, 2021, p. 16).
“Angola viveu vários anos de guerra civil que consequentemente afectaram a economia do
país bem como seu desenvolvimento nas várias áreas, existindo assim um elevado grau de
pobreza” (Samuel, 2011, cit. Tuliende, 2018, p. 35). Por muitos anos e em diversas
localidades do país, constata-se por diversos meios informativos, problemas relacionados ao
fenómeno «abandono escolar», tendo como causa a «fome», ou seja, crianças cujas famílias
passam por necessidades económicas, famílias que não conseguem dar aos filhos, um
pequeno-almoço antes de irem à escola. Esta tem sido uma realidade fática de angola.
Atendendo o acima exposto, que por maior de razão influencia nos fenómenos abandono
escolar, dificuldades de aprendizagem e repetências por parte dos alunos, “o Governo adoptou
o Programa de Merenda Escolar como estratégia para melhoria do estado nutricional e de
saúde das crianças, e também para o aumento do rendimento escolar […]” (Angola, 2016, cit.
Tuliende, 2018, p. 35).
19
O projecto da merenda escolar, teve seu início em 1990, mediante a assinatura de um acordo
com o Ministério da Educação. Este acordo previa o estabelecimento de um programa piloto
de nutrição na capital do País, que ocasionou um aumento significativo de matrículas, do
rendimento escolar e diminuição na taxa de desistência dos alunos (Samuel, 2011). O projecto
da merenda escolar, possui uma gestão descentralizada e foi então estendido para as demais
províncias de Angola em 2006” (Samuel, 2011, cit. Tuliende, 2018, p. 36).
Neste sentido, Samuel (2011), sublinha que o acordo Piloto celebrado em 1990, resultou da
“situação nutricional da criança angolana escolarizada das zonas peri-urbanas e rurais, fruto
da guerra, tendo nestes termos, o Programa Piloto de Nutrição integrado 1600 crianças, sendo
200 da Escola da Paz no km 9 de Viana e 1400 da Escola Especial da província de Luanda”
(p. 148).
“No ano de 2008, o PAM reduziu sua assistência a oito províncias, e o Governo assistiu todas
as províncias, num total de 1.080.000 crianças, com uma verba de execução directa do
Governo num montante de 61.182.000 dólares americanos” (idem).
No plano de Acção elaborado pelo Governo Central para os anos de 2006 a 2008, as crianças
abrangidas pelo PAM são de 4 a 15 anos de idade que frequentam o primeiro nível de ensino,
20
totalizando o atendimento cerca de 470.000 alunos de 8 províncias (Muvuma, 2021). Segundo
dados da FNDE (2007) o PAM atendeu até o término de 2007 a apenas duas Províncias Bié e
Huambo, devido à decisão de retirada, motivada pela incapacidade de Angola poder assumir o
Programa de Merenda escolar (Muvuma, 2021, p. 15).
nos últimos anos, a situação da sua implementação é crítica, porque muitos dos
produtos distribuídos não obedecem aos padrões recomendados pela Organização
Mundial da Saúde. As condições de armazenamento e conservação não são as mais
adequadas e alguns produtos expirados são consumidos pelas crianças, como iogurtes,
leite e sumos.
Os objectivos imediatos assumidos pelo PAM para o programa de merenda escolar foram
(Muvuma, 2021, p. 14):
O Programa da Merenda Escolar visa não só combater o insucesso escolar, como também
melhorar o estado nutricional das crianças. Neste sentido, em 2016, o UNICEF alertava que
“a falta de um orçamento claro para as escolas primárias cria um fosso no ensino que se torna
ainda mais exacerbado com a falta de um corpo docente e de pessoal administrativo
qualificado” (UNICEF, 2016, p. 28).
21
A merenda escolar flui de capital importância na aprendizagem dos alunos, isto é, na inserção,
retenção e sucesso escolar. Esta importância é justificada por Samuel (2011) e Menezes
(2010), a implementação do Programa Merenda Escolar garante um nível de aproveitamento
dos alunos estável e evita as desistências e abandonos escolares. Assim, “estudos realizados
em Angola demonstraram aumento significativo de matrículas, rendimento escolar e uma
baixa na taxa de desistência” (Triches, Schneider & Simões, 2013, p. 64).
A distribuição da merenda escolar, no entanto, não se limitou apenas aos países acima
mencionados, deu seguimento também em outros países como é o caso de Angola visto que
muitas crianças de escolas públicas e comparticipadas passaram a beneficiar da ajuda de
muitas ONGs e do próprio Governo de Angolano
(https://journals.openedition.org/mulemba/2037,2015).
22
Como critério de selecção das escolas o PAM levou em consideração aspectos
estruturantes como: existência de água potável, cozinha, refectório, armazém e casas
de banho; e organizacional, como é o caso da formação do programa do comité de
monitoramento, formada pelo Director da escola, um líder comunitário e por um
representante da comissão de país (Muvuma, 2021, p. 15).
Em Angola, a Merenda Escolar é coordenada pela Direcção Nacional para a Acção Social
Escolar, Órgão do Ministério da Educação a quem compete a execução administrativa do
Programa de Merenda Escolar, que tem, entre várias competências, estabelecer a política que
rege o Programa de Merenda Escolar, normas e regulamentos (Samuel, 2011, p. 148).
23
incidência de insegurança alimentar; rurais; difícil acesso, que obrigue as crianças a andar
vários quilómetros para chegarem à escola.
24
Cantinas escolares: as dependências dentro do estabelecimento de ensino
destinadas a prestação de alimentos aos alunos;
Pode-se constatar diante do acima descrito grande responsabilidade e preocupação por parte
do governo angolano, pois o referido decreto reflecte a intenção de “reduzir o insucesso
escolar, diminuir as taxas de retenção e evasão escolar e, assim contribuir para o bem-estar,
crescimento e desenvolvimento do aluno do ensino primário” (Chiquemba, 2021, p. 16). De
realçar que do PME beneficiam os alunos das escolas públicas do Ensino Primário e das
escolas privadas em regime de comparticipação, porém, o programa não se aplica aos alunos
do Subsistema de Adultos, conforme previsto no artigo 3.º do Decreto 138/2013.
O governo angolano na base da preocupação com o sucesso dos alunos no Ensino Primário
aprovou a Lei 138/2013, que estabeleceu um conjunto de objectivos sobre o Programa de
Merenda Escolar, os quais são citados no artigo 4.º, tais como:
Neste sentido, o artigo 5.º da Lei 138/2013 estabelece os princípios que norteia o a
distribuição de alimentos aos alunos com base no programa merenda escolar, nomeadamente:
“Igualdade; respeito pelas diferenças biológicas das crianças; respeito pela idade do aluno;
Atenção especial aos alunos que necessitam de alimentação; tratamento preferencial aos
25
alimentos produzidos localmente.” (ANGOLA, Lei 138/2013, art.5.º). No mesmo sentido
afirma Muvuma (2021, p. 25) que “para atribuição da merenda escolar deve-se levar em
consideração os seguintes princípios: igualdade e respeito pelas diferenças biológicas das
crianças”.
1.4.1. Tipos de Merenda Escolar de acordo com o Decreto Presidencial n.º 138/2013
O artigo 6.º do regulamento apresenta dois tipos de merenda escolar a atribuir, que são: “Um
lanche constituído por uma ração seca. Uma refeição húmida ou semi-líquida, confeccionada
em cantinas escolares ou em cozinhas comunitárias”. Ainda no mesmo artigo é estabelecido o
seguinte:
A merenda escolar também pode ser fornecida por fábricas regionais a serem
instalados para o efeito (Angola, Lei 138/2013, artigo 6.º).
Além da família, a escola exerce papel relevante na vida infantil para a formação de
hábitos saudáveis. É no ambiente escolar que ela vai entrar em contacto, pela primeira
vez, com alimentos fora do lar. Nesse novo espaço, a criança recebe forte influência
do ambiente: da lanchonete, com as guloseimas atraentes, dos colegas e dos
professores, que são vistos pelas crianças como modelos.
26
Por isso, é importante que a família e a escola entrem em sintonia para fornecer aos escolares
cardápios nutritivos que apresentem semelhanças. O intuito é a melhoria do rendimento
escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis, que tenham influência, em curto,
médio e longo prazo, sobre a saúde da criança. Espera-se, com isso, que a criança atinja o
desenvolvimento esperado e que seja efectiva a prevenção de doenças crónicas, como
diabetes, obesidade e doenças cardíacas.
Para Maria Silveira (2015) a faixa etária escolar, principalmente, entre os sete e nove anos de
idade é um dos períodos mais críticos para o desenvolvimento da obesidade infantil, devido a
um conjunto de motivos que serão citados em seguida:
Apela-se, portanto, para os dois lados: tantos os pais e encarregados de educação, através da
instituição escolar que façam tudo para que haja boa coordenação para um melhor controlo
das crianças do ensino primário no que refere a dieta alimentar, especialmente estimulando a
prática de actividades físicas, que representa um grande interferente na saúde das mesmas
(Chiquemba, 2021, p. 19).
Nesta ordem de pensamento, faz-se presente novamente a Lei 138/2013, no seu artigo 7.º,
discorrendo sobre componentes da merenda escolar, com o seguinte:
27
atenção os hábitos alimentares de cada localidade, a sua vocação agrícola e as
necessidades nutricionais das crianças.
A Merenda escolar de acordo com a Lei 138/2013, no seu artigo 8.º, estabelece a prioridade,
afirmando o seguinte:
A merenda escolar pode ser distribuída mais do que uma vez. (Angola, Lei 138/
2013, artigo 8.º).
A merenda escolar é distribuída gratuitamente aos alunos do Ensino Primário nas cantinas das
escolas públicas e privadas em regime de comparticipação, dependendo das condições dos
estabelecimentos de Ensino e das necessidades nutricionais dos alunos as Administrações
Municipais podem criar refeitórios e cozinhas comunitárias para a distribuição da merenda
escolar (Angola, Lei 138/2013, artigo 9.º).
A motivação "deve ser entendida como um meio para alcançar o sucesso escolar, e para
cumprir tal premissa o aluno deve sentir em casa e na escola um ambiente favorável ao seu
interesse pessoal" (Simão, 2005, p. 10). É nesta vertente que o professor e a escola encontram
uma tarefa árdua em desenvolver no aluno primeiramente a motivação e depois a
28
aprendizagem. A motivação é uma dimensão fundamental, que deverá estar, associada ao
processo de ensino e aprendizagem, o que significa que a aprendizagem dos alunos,
principalmente os do ensino primário, deverá ser acompanhada com a motivação.
Segundo Lourenço e Paiva (2010, p. 22), “verifica-se que existe uma relação entre a
aprendizagem e a motivação, constatando uma relação de reciprocidade entre ambas”. Isto
faz-nos perceber que a aprendizagem está interligada com a motivação, ou seja, para que haja
uma aprendizagem significativa, é necessário que antes o aluno esteja motivado, por isso, a
motivação é um factor preponderante da aprendizagem.
Na verdade, não se pode esperar nem exigir resultados positivos a alunos desmotivados, o que
faz com que a motivação anteceda a aprendizagem ou, deve-se criar antes condições
necessárias ao aluno de modo a estar motivado, para depois ensina-lo. Nesta medida, autores
entendem que “a motivação deve ser compreendida, apoiando o desenvolvimento de
actividades que sejam consideráveis para o desenvolvimento do indivíduo que nelas se
envolve. Em termos educativos, um aluno motivado encontra-se disposto para aprender,
autonomamente” (Pereira, 2010, p. 26).
Segundo Bonavante (1976, cit. Alves 2010, p. 10), o baixo rendimento escolar está
relacionado com “as dificuldades de aprendizagem, reprovações, atrasos, etc., e, na maioria
dos casos, as crianças que têm mais dificuldades pertencem às famílias de grupos sociais
desfavorecidos do ponto de vista económico-cultural”.
29
Na opinião de Cabral (1995, cit. Alves, 2010, p. 7), esta problemática “é, muitas vezes, vista
como um problema do aluno, jamais, ou muito raramente como um fenómeno que possa
envolver a organização e as práticas escolares”. O autor afirma que a “adequação do
currículo, das metodologias, da própria estrutura organizativa às características do aluno,
raramente são discutidas ou postas em causa” (idem).
Segundo Bonavante (1976) citado por Sil (2004, p. 16) “cada criança é considerada boa ou má
aluna em função dos resultados obtidos e dos progressos efectivados no cumprimento dos
programas de ensino”. Na mesma lógica, Sil (idem) pode se dizer que “as situações de
repetências e de abandonos prematuros do sistema educativo são exemplos que tipificam a
forma como institucionalmente se exprime o insucesso escolar dos alunos”.
Neste sentido, tratando-se de alunos do ensino primário, para que haja sucesso escolar, a
merenda escolar configura-se um factor determinante, sobretudo às crianças que saem das
suas casas para escola sem tomar pequeno-almoço. Pois a literatura fundamenta que “a
infância é a fase da vida em que se solidificam os hábitos alimentares. É nessa fase que o
acesso a uma alimentação saudável e balanceada pode criar bons hábitos que perdurarão pela
vida” (Muvuma, 2021, p. 20).
“Além disso, é do senso comum que as necessidades calóricas das crianças em fase de
crescimento são maiores do que as dos adultos” (Tiago, 2009), citado por Muvuma (2021, p.
21). Assim, alimentação escolar visa potenciar não só um aproveitamento positivo dos alunos,
como também impulsionar nas crianças desde a tenra idade um organismo com excelente
desempenho, pois o corpo necessita diariamente de vitaminas e minerais para que funcione
perfeitamente, uma alimentação saudável e equilibrada traz vários benefícios físicos e mentais
aumentados assim a sua capacidade na realização das actividades domésticas, laborais e
escolares.
Para Tiago (2009), citado por Muvuma (2021, p. 22), a “má alimentação causa impactos
negativos na concentração da criança ao longo da sua aprendizagem. E para que tenhamos
crianças proactivas é essencial adoptar uma alimentação rica em nutrientes e proteínas de
modo que a doença menos e falte menos às aulas”. Assim, podemos considerar a importância
30
da merenda escolar nas aprendizagens dos alunos do ensino primário, pois é consensual na
literatura moderna que a educação alimentar pode ter resultados extremamente positivos
(Emilia & João, 2009).
De realçar que, em Angola, especialmente na escola que incidiu o nosso estudo, muitas
crianças têm optado por abandonar as escolas, outras com fraco rendimento escolar por razões
por causa das condições precárias revertidas à fome, algumas preferem realizar actividades
comerciais para suprir as necessidades básicas.
Estas razões evidenciam fundamentos suficientes para distribuição da merenda escolar, sendo
que esta reveste o valor fundamental, visando “amenizar a necessidade alimentar das crianças
em fase escolar e prevenir a saúde do aluno, na medida em que a saúde do aluno influencia de
forma directa o seu processo de aprendizagem” (Muvuma, 2021, p. 23).
A merenda escolar impulsiona o rendimento escolar do aluno pois serve para o máximo
incentivo da criança sendo que os seus benefícios vão além de saciar a fome. Ela contribui
para a nutrição de crianças das escolas públicas visto que a maior parte destas crianças em
suas casas têm precariedade no acesso à alimentação saudável. Portanto as escolas públicas ao
distribuir merenda estariam a contribuir de forma salutar para o desenvolvimento físico e
mental destas crianças (Muvuma, 2021, pp. 19-20).
Por essa razão, a merenda escolar, como espaço pedagógico na escola, voltar-se-á ao
incremento das responsabilidades educacionais diante da afirmação de modos da cidadania
criadores e activos (Ceccim, 1995, p. 70). Portanto, no âmbito das políticas públicas a
merenda escolar deve ser vista como prioridade no ambiente estudantil das escolas públicas.
31
Visto que é tanto relevante às sensações de saúde como plena manifestação do modo de
afirmar a vida e potencializar a democracia.
Neste sentido, as pesquisas afirmam que a comida reveste-se de capital importância para a ida
do aluno à escola, estando, porém, em igualdade de importância com o estudo, com a vontade
de aprender. Assim, de acordo com Bezerra (2009, p. 112) “os alunos, por serem carentes,
compareceriam à escola motivados tanto pelo estudo quanto pela busca de alimento”.
Há alunos que frequentam a escola para aproveitar comer, sendo que, para estes alunos,
merenda aparece como a única alimentação do dia, o que de alguma forma influencia o fluxo
de alunos na escola. Ainda assim, para muitos alunos, o cardápio, o tipo de alimento servido,
a forma, o cheiro e a higiene no tratamento dos alimentos é fundamental (Bezerra, 2009).
Diante dos argumentos acima, percebe-se que, a merenda escolar reveste-se como fonte da
motivação dos alunos do ensino primário; a motivação é um factor preponderante que
configura o bom aproveitamento e, consequentemente, o bom rendimento escolar, o que
significa que, sem a motivação não há aprendizagem significativa. O rendimento escolar é
uma realidade notável, que incide em vários aspectos, entre vários, a qualidade de vida das
famílias, bem como alimentação dos alunos em casa e os lanches na escola.
32
CAPÍTULO II: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
33
CAPÍTULO II: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
A presente investigação, quanto aos objectivos é de tipo descritivo que segundo Cervo e
Bervian (2005, p. 27) baseiam-se na observação, registo, análise e correlação de factos, neste
caso sobre a interacção do professor/aluno, sem manipular variáveis, para tal priviligiamos a
abordagem mista isto é qualitativo e quantitativo. Segundo Marconi e Lakatos (2002, p. 269)
“abordagem qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos
descrevendo a complexidade do comportamento humano”. Nesta perspectiva, analisamos as
opiniões e percepções dos membros da escola, dos alunos, professores e encarregados de
educação, para descrever os factores sociopedagógicos associados ao baixo rendimento
escolar.
Os métodos indicam as vias utilizadas para alcançar os objectivos traçados. Partindo da ideia
de que os métodos e as técnicas a serem utilizados na pesquisa são seleccionados a partir do
problema, da delimitação da amostra ou do universo e relembrando os renomados autores
Cervo e Bervian (2005, p. 25) de que método entende-se “o dispositivo ordenado, o
procedimento sistemático em plano geral”. No presente trabalho foi utilizado com maior
relevância os seguintes métodos de nível teórico e empírico:
De nível teórico:
Indutivo-Dedutivo: Segundo Carvalho (2009, p. 86), “indução é uma operação lógica que
vai do particular ao geral. O método indutivo caminha, na aproximação aos fenómenos, para
planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias
(conexão ascendente) ”.
Para Carvalho (2009, p. 84), “dedução parte do conhecimento geral para o particular. Parte
das teorias e leis para predizer a ocorrência de fenómenos particulares (conexão descendente)
”. Por conseguinte, o método indutivo-dedutivo é um procedimento lógico através do qual a
percepção de um objecto ou fenómeno é obtida por inferência, isto é, partindo de dados
particulares para uma verdade geral ou universal, e vice-versa.
Utilizou-se estes métodos porque ajudaram na identificação das leis ou teorias que
constituirão ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa e na explicação dos
fenómenos particulares pelas generalizações.
Pesquisa bibliográfica: na visão de Marconi e Lakatos (2002, p. 36), este método “permite
abrangência da bibliografia já tornada pública em relação ao tema desde as publicações
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisa de monografias, teses, material
cartográfico, Internet entre outros, até meio de comunicação oral, rádio, gravações e
audiovisuais: filmes, televisão”.
O mesmo método permitiu fazer uma comparação sobre opiniões de diferentes autores em
relação ao tema em estudo, no sentido de especificar determinados conceitos, concepções e
posicionamentos de diversos autores sobre a merenda escolar.
De nível empírico:
Inquérito por questionário: Para Gil (2008, p. 102)“é uma técnica de investigação
composta por um determinado número de questões apresentadas por escrito as pessoas, tendo
por objectivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas e
situações vivenciadas”.
35
Por meio de um boletim de inquérito, por questionário dirigido aos alunos e encarregados da
educação sobre a Merenda Escolar no rendimento dos alunos da 2ª classe da escola em
questão.
População
Para Fortin (2009), ap. Mendes e Manuel (2016, p. 117) a população “é um grupo de pessoas
ou elementos que têm características comuns, sobre o qual se faz o estudo”. Na opinião dos
autores, é toda componente da Instituição, contando com professores, alunos, encarregados
dos alunos e direcção da escola. Quanto a população da investigação contar-se-á com o total
de 120 alunos da 2.ª classe, 2 professores e 2 membros da direcção da escola, totalizando 124
sujeitos.
Amostra
De acordo com Fortin (2009), apud. Mendes e Manuel (idem), amostra “é a fracção ou a
porção de uma população junto da qual são recolhidas as informações necessárias ao estudo”.
Assim sendo, a amostra do nosso trabalho é não probabilística, com selecão aleatória simples
para os alunos e pais e encarregados de educação, selecionando assim 20 alunos e 20 de pais e
encarregados de educação, e não probabilística de selecção intencional para os professores e
membros de direcção, selecionado assim 2 professores e 2 membros de direcção, totalizando
44 sujeitos.
36
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS
Este capítulo reserva-se a apresentação, análise e interpretação dos resultados obtidos por
meio de inquéritos por questionário e inquéritos por entrevista aplicados aos professores,
37
membros de direcção, pais e encarregados de educação e alunos da escola primária BG 2025,
no município do Lobito.
A entrevista teve por objectivo obter informações aos membros da direcção da escola em
relação a temática Merenda Escolar e sua influência no rendimento dos alunos da 2ª classe da
escola em questão.
Foram entrevistados dois membros de Direcção com as idades entre 35 e 37 anos de idade, 1
do sexo feminino e outro do sexo masculino, os mesmos têm um tempo superior a 18 anos de
serviço. O que significa que os mesmos têm uma experiência de trabalho aceitável.
Membro B: é a comida distribuída aos alunos na escola para acautelar a sua fome.
Os entrevistados, embora não tenham definido tecnicamente, percebem que a merenda escolar
é um suplemento distribuído na escola aos alunos do ensino primário com vista a acautelar a
fome e garantir condições nutricionais dos mesmos no período escolar, sendo que nem todas
as crianças têm condições de tomar um pequeno-almoço antes de ir à escola, atendendo as
condições socioeconómicas.
38
De acordo as respostas dos membros da direcção da escola, denota-se uma preocupação, ou
seja, os resultados não são satisfatórios às aprendizagens dos alunos, sendo que o Decreto
Presidencial n.º 138/13 de 24 de Setembro de 2013 foi concebido para combater o insucesso
da aprendizagem, diminuir as taxas de retenção, permitindo que as crianças em idade escolar
se sintam capazes de cumprir as suas responsabilidades escolares em condições nutricionais
adequadas, garantindo-se assim o seu bem-estar, o seu crescimento e desenvolvimento, sendo
comprovado pela literatura que os alunos com fome não absolvem como deviam os
conhecimentos.
Membro B: influencia sim no desempenho dos alunos, pois os alunos com fome não
aprendem.
Membro A: a nossa escola não contempla, actualmente, a merenda escolar, por isso,
constata-se um grau notável de absentismo escolar, desistência e reprovações, o que revela
um baixo rendimento escolar;
39
Em suma, os entrevistados caracterizam a merenda escolar e o rendimento escolar dos alunos
da escola em causa, como baixo e razoável, na medida em que, por falta da merenda escolar
muitos alunos se ausentam, desistem e faltam, sendo que a moldura de alunos no primeiro
trimestre e elevado, mas com o tempo, o número vai reduzindo.
Na verdade, isto constitui para nós uma preocupação relevante, sendo que a Lei que altera a
Lei n.º 17/16 de 7 de Outubro, nos termos do n.º 3, o Ensino Primário é um nível de ensino
obrigatório, cujo objectivo é a formação básica do cidadão, por isso, é importante que haja
merenda escola, sendo que, a finalidade do PME é contribuir para o crescimento e o
desenvolvimento biopsicossocial, da aprendizagem e da formação de práticas alimentares
saudáveis dos alunos. “Essa contribuição consiste em acções de educação alimentar e
nutricionais e da oferta de refeições que cubram as necessidades nutricionais, durante o
período lectivo” (Brasil, 2009, p. 34).
Perguntados sobre quais são os níveis motivacionais dos alunos quando há merenda
escolar, os mesmos responderam:
Subscrevemos as respostas dos entrevistados, pois as crianças não suportam a fome. Neste
sentido, a merenda constitui uma prioridade para que haja um aproveitamento excelente,
sendo que, tal como fundamenta Muvuma (2021, p. 14), o PAM tem como objectivos:
aumentar as taxas de matrículas e da permanência dos alunos em sala de aulas; melhorar as
capacidades de concentração e de assimilação das crianças através do alívio da fome; e
reduzir a prevalência das deficiências de micronutrientes, por meio da distribuição de
alimentos fortificados. Por isso, concordamos que é importante que haja merenda escolar na
escola para que o aproveitamento dos mesmos seja favorável.
Sobre como avaliam o rendimento escolar dos alunos, para este ano, os entrevistados
responderam:
40
Membro B: verifica-se que, alguns alunos com condições económicas favoráveis têm um
excelente aproveitamento, já os de baixa renda apresentam resultados razoáveis, ficam
durante as aulas chorando e lamentando a fome.
Os resultados revelam que há alunos que apresentam excelentes resultados, os que têm uma
renda regular, sendo que os de renda baixa apresentam resultados menos favoráveis. Neste
sentido, podemos fundamentar a necessidade da reimplementação da merenda escolar para
acautelar, principalmente, os alunos com condições socioeconomicamente desfavoráveis, para
que a merenda distribuída lhes sirva como refeição do pequeno-almoço.
Membro A: é bastante importante o retorno da merenda escolar, pois nos tempos em que a
merenda escolar vigorou, verificou-se um aproveitamento notável por parte dos alunos;
Membro B: é importante sim, pelo menos, haverá poucas desistências dos alunos.
Questionamos sobre o que estão a fazer para que se retome a merenda escolar na sua
escola, os entrevistados responderam:
A direcção da escola atribui responsabilidade aos órgãos de competência própria, tais como
direcção provincial da Educação e o Governo provincial de Benguela. Nestes termos,
consideramos que os órgãos de direito devem procurar mecanismos para o retorno da merenda
escolar, já que a responsabilidade não é da escola, conforme afirmaram os membros de
direcção.
41
3.2. Apresentação e análise e interpretação dos resultados da entrevista
dirigida aos professores
A entrevista dirigiu-se aos dois professores com idades compreendidas entre 25 e 35 anos,
respectivamente, para obter respostas sobre a temática objecto da nossa investigação. Como
se pode ver, os professores possuem idade aceitável para o exercício das suas funções.
Também possuem formação e grau académico de licenciados.
Assim das respostas obtidas dos professores segue-se a descrição, cuja para garantir o
anonimato das entrevistadas, designamo-los por A e B.
Questionamos aos professores sobre o que entendem por merenda escolar, responderam:
As respostas revelam que os professores, embora não tenham apresentado uma definição
técnica, têm domínio da merenda escolar, o que demonstra um resultado favorável. Pois, nos
termos da Lei 138/2013, no seu artigo 2.º a merenda escolar é “suplemento alimentar e
nutricional distribuído gratuitamente a todas as escolas do ensino primário público e privadas
em regime de comparticipação, durante as actividades curriculares e extracurriculares”.
Professor B: trabalho nesta escola há menos de 8 anos, por isso não presenciei, mas conta-
se que já havia merenda escolar.
Os dados revelam que a escola em estudo já se beneficiou da merenda escolar nos anos
anteriores, facto que constituiu um factor bastante positivo. Neste sentido, é importante que
este programa retome para o bem das famílias e alunos do Dombe Grande.
Professor B: já faz muito tempo que a escola não faz distribuição da merenda escola.
42
Os resultados convergem com os da direcção da escola, quando alegam que este ano não se
verificou a distribuição da merenda escola, sendo que, já passam anos sem os efeitos desse
programa. Na verdade, os dados constituem uma preocupação, na medida em que a merenda
constitui para os alunos uma alimentação necessária que contribui para o bom rendimento
escolar.
Apesar de houver respostas adversas entre professores, o certo é que a merenda escolar é
necessária e a falta dela verifica-se alterações substanciais do ponto de vista do rendimento
escolar, por isso é que, sobre a mesma questão, os membros da direcção da escola
caracterizaram de forma razoável o rendimento dos alunos, assim como um dos professores
fez. Deve, na verdade, ser uma preocupação de todos intervenientes no processo de ensino
aprendizagem.
Professor A: não tenho muito por dizer, sendo que, o tempo em que vigorou o programa
merenda escolar não fazia parte desta instituição, mas posso crer que foi proveitoso.
Professor B: nos tempos que vigorou a merenda escolar em comparação com os dias actuais,
digo que há muita diferença, pois antigamente tínhamos mais alunos a frequentar a escola,
muitos alunos com famílias carentes aproveitavam as refeições da escola.
43
na escola em referência, sendo a merenda escolar um suplemento fundamental no
desenvolvimento social da educação.
Professor A: sim, a merenda escola influencia no rendimento escolar dos alunos, sendo que
o aluno que comeu presta maior atenção em relação ao aluno que esta com fome;
Professor B: sim, pois tem se dito que quem tem fome não pensa, e assim não é capaz de
reter o conhecimento transmitido pelo professor, ou seja, o aluno que estiver com fome só
deseja que a hora de saída chegue rapidamente para ir à casa.
44
que foi melhorar as capacidades de concentração e de assimilação das crianças através do
alívio da fome.
Professor A: para mim é um programa ambicioso pois vem mitigar algumas dificuldades
observadas nos alunos do ensino primário, bem como auxiliar as famílias mais carenciadas,
que muitas da vezes, por falta de condições económicas e financeiras, mandam os seus filhos
à escola sem lanche, pensando que a merenda escolar vai compensar;
Professor B: retirando as tais falhas no terreno, o programa é excelente pois visa suprimir o
insucesso escolar, as desistências, as ausências e as constantes reprovações, contando que os
alunos participem e retenham os conhecimentos.
45
3.3. Apresentação e análise e interpretação dos resultados do inquérito por
questionário aplicado aos alunos
O inquérito por questionário foi aplicado aos alunos com o objectivo de obter dados sobre o
tema objecto de estudo. Em termos de estrutura o questionário foi integrado por um total de
seis questões, cujos resultados são descritos em termos de frequência e percentual, incluindo
uma análise descritiva dos mesmos.
Opções Frequência %
Sim 12 60%
Não 5 25%
Um pouco 3 15%
Total 20 100%
A maioria dos estudantes afirma que gosta de ir a escola. É na verdade um sinal bastante
positivo, pois os alunos motivados a ir a escola podem aprender facilmente. Porém,
preocupam-nos, embora minoria, a situação dos alunos que não gostam e gostam pouco de ir a
escola, pois este é um dos factores determinantes do insucesso escolar.
É preciso que haja vontade de ir a escola para que os mesmos possam aprender facilmente, tal
como defende Simão (2005) que a motivação é meio para alcançar o sucesso escolar, e para
cumprir tal premissa o aluno deve sentir na escola um ambiente favorável ao seu interesse
pessoal, pois, na perspectiva de Lourenço e Paiva (2010) existe uma relação entre a
aprendizagem e a motivação.
46
Opções Frequência %
Sim 8 40%
Não 7 35%
As vezes 5 25%
Total 20 100%
Dos 20 alunos inquiridos, 8 correspondentes a 40% responderam que têm tomado o pequeno-
almoço; 7 que perfazem 35% responderam que não e 5 na ordem de 15% responderam que as
vezes.
Os dados mostram que a maior parte dos alunos tomam pequeno-almoço antes de ir a escola.
Porém, apesar de configurar a maioria os que tomam o pequeno-almoço, os resultados
revelam-se, para nós, bastante preocupantes, na medida em que o número de crianças que vai
a escola sem tomar pequeno-almoço ou que as vezes não comem é substancialmente
considerável, o que denota que muitas famílias do Dombe Grande que cujos alunos frequenta
a escola em questão, vivem em condições desfavoráveis, por isso, há necessidade urgente da
retoma da merenda escolar, para se acautelar os alunos que vão à escola sem comer.
Opções Frequência %
Sim 0 0%
Não 16 80%
As vezes 4 20%
Total 20 100%
Assim, diante dos resultados podemos sustentar que na escola em questão não se verifica
actualmente, a distribuição da merenda escolar, pois, podemos denotar que os alunos podem
estar a confundir a alimentação que trazem de casa como se fosse merenda escolar, atendendo
47
a sua capacidade de compreensão das coisas, na medida em que, os membros da direcção da
escola, os professores e os pais e encarregados de educação concordam que a escola não faz a
distribuição da merenda escolar. É na verdade, uma situação preocupante às aprendizagens
dos alunos.
Opções Frequência %
Excelente 3 15%
Bom 10 50%
Regular 2 10%
Mau 0 0%
Total 20 100%
Dos 20 alunos inquiridos, 10 na ordem de 50% responderam bom, 5 que corresponde a 25%
responderam muito bom, 3 equivalentes a 15% responderam excelente e 2 na ordem de 10%
responderam regular.
Os resultados dos alunos entram em contradição com as respostas da direcção da escola e dos
professores, na medida em que, aqueles qualificam de forma razoável o aproveitamento dos
alunos, embora tenham assumido que há alunos que se destacam. Aqui, os alunos
responderam maioritariamente que o rendimento é bom, muito bom e excelente, havendo uma
percentagem diminuta dos que consideram regular.
48
Opções Frequência %
Sim 8 40%
Não 9 45%
Um pouco 3 15%
Total 20 100%
Dos 20 alunos inquiridos, 8 que perfazem 40% responderam que a merenda escolar influencia
no seu rendimento escolar; 9 correspondentes a 45% responderam que não e 3 na ordem de
15% responderam um pouco.
Como é possível observar através da tabela em questão, os alunos revelam por maioria que a
merenda escolar não influencia a sua aprendizagem. Entretanto, há ainda alunos que afirmam
que a merenda influencia o seu rendimento escolar. De realçar que os dados dos alunos
revelam a falta de domínio e, como já dissemos na tabela anterior, a razão desta fraca
percepção deve-se a idade e o nível académico dos alunos, pelos que as suas respostam,
embora importante devem ser interpretadas na sua lógica de compreensão sobre as coisas. O
certo é que, a merenda escolar constitui um elemento fundamental para o rendimento dos
alunos.
Opções Frequência %
Sim 6 30%
Não 9 45%
As vezes 5 25%
Total 20 100%
Dos 20 alunos inquiridos, 6 que perfazem 30% responderam que os seus pais dão lanche para
comer na escola; 9 na ordem de 45% responderam que não e 5 correspondentes a 25%
responderam que as vezes.
49
Os dados na tabela em questão são menos favoráveis às aprendizagens por duas razões: 1 –
escola não distribui merenda escolar e 2 – maior parte dos pais não dão lanche para os alunos
comer na escola. Estes resultados denotam que muitas famílias cujos alunos frequentam
aquela escola, carecem de alimentação equilibrada, por conta disto, maior parte dos alunos vai
a escola à fome, termos em que a reimplementação da merenda escolar é urgente para
acautelar a situação e provocar um bom rendimento escolar dos alunos.
Tabela 7: Como te sentes durante as aulas quando não levas lanche na escola?
Opções Frequência %
Bem 4 20%
Normal 10 50%
Mal 6 30%
Total 20 100%
Dos 20 inquiridos correspondentes a 100%, 4 que perfazem 20% responderam que se sentem
bem; 10 que correspondem a 50% responderam que normal e 6 na ordem de 30%
responderam mal.
Na óptica dos resultados na tabela, podemos aferir uma preocupação maior, na medida em
que, maior parte dos alunos diz sentir-se normal mesmo quando não leva lanche, outra
percentagem diz sentir-se bem, porém, só 30% o que constitui minoria diz sentir-se mal sem
lanche. É importante salientar que, a comida constitui um elemento fundamental para as
crianças, talqualmente acima ficou aludido que, as crianças com fome perdem a motivação de
aprender, contando que, estando com fome, tudo que querem é voltar para casa. Ainda que
queiram permanecer na escola, o certo é que não poderão absorver os conhecimentos,
conforme deviam se estivessem lanchadas, por isso, não é verdade quando dizem sentir-se
bem, talvez pode ser apenas uma questão de hábito porque já têm ido a escola sem lanchar,
mas não
50
Opções Frequência %
Sim 20 100%
Não 0 0%
Total 20 100%
Neste sentido, acolhemos a posição de Martins e Ferreira (s/d), quando realçam que a
merenda escolar contribui para o desenvolvimento biopsicossocial da criança, reduz a evasão
escolar, privilegia o aprendizado e auxilia na formação de hábitos alimentares saudáveis, bem
como promovem o desenvolvimento social.
A entrevista teve por objectivo, obter informações sobre a percepção dos entrevistados em
relação ao tema. Foram inqueridos vinte pais ou encarregados de educação, com as idades
entre 23 a 43 anos, habilitações literárias de 8.ª classe a licenciados, dos quais 13 do sexo
feminino e 7 do sexo masculino.
Opções Frequência %
Sim 20 100%
Não 0 0%
Um pouco 0 0%
51
Opções Frequência %
Total 20 100%
Os dados da tabela mostram que todos pais/encarregados de educação gostam que seus filhos
estudem.
Neste sentido, os resultados revelam um sinal muito positivo, na medida em que, permite
depreender que os pais incentivem os filhos a irem a escola. Assim, se os pais não garantem
condições adequadas ou se não garantem lanche aos filhos é por falta de condições
socioeconómicas e financeiras.
Opções Frequência %
Sim 9 45%
Não 7 35%
As vezes 4 20%
Total 20 100
Estes dados são quase correspondentes com os da tabela 2, onde os alunos assumem por
maioria que antes de irem a escola tomam pequeno-almoço. Assim, podemos depreender que
apesar de a maioria dos pais/encarregados ou encarregado de educação assumir que seus
filhos tomam pequeno-almoço antes de irem a escola, preocupa-nos os dados que, embora
minoria, revelam que os filhos não comem nada antes de ir a escola. É importante que a
criança coma antes de ir a escola para que possa apresentar maior concentração e desempenho
escolar na sala de aulas.
52
Opções Frequência %
Sim 0 0%
Não 20 100%
As vezes 0 0%
Total 20 100%
Opções Frequência %
Excelente 0 0%
Bom 7 35%
Regular 4 20%
Mau 4 20%
Total 20 100%
Tabela 13: Achas que a merenda escolar influencia no rendimento escolar dos alunos?
Opções Frequência %
Sim 20 100%
Não 0 %
As vezes 0 0%
Total 20 100%
Tabela 14: Costuma dar lanche ao seu filho quando vai a escola?
Opções Frequência %
Sim 10 50%
Não 3 15%
As vezes 7 35%
Total 20 100%
Dos dados podemos depreender que, dos 20 pais e encarregados de educação inquiridos, 10
na ordem de 50% costumam dar lanche, 3 correspondentes a 15% responderam que não e 7
equivalentes a 35% responderam que as vezes.
Assim, apesar de a maioria referencia que dá lanche aos filhos, u sinal bastante positivo,
revela-se preocupação a condição económica dos pais que não dão lanche e os que dão lanche
algumas vezes, sendo certo que, a comida revela-se preponderante para o bom êxito dos
54
alunos. Assim, reiteramos mais uma vez a urgência de reimplementação da merenda escolar
de modo a facilitar os alunos em condições desfavoráveis.
Tabela 15: O seu filho vai motivado quando não leva lanche a escola?
Opções Frequência %
Sim 0 0%
Não 13 65%
Um pouco 7 35%
Total 20 100%
55
CONCLUSÕES
Depois de percorrida diversificadas ideias, com base ao problema e objectivos que orientaram
a investigação e os resultados obtidos a partir da análise dos dados colhidos, permitiu concluir
que:
56
57
SUGESTÕES
De acordo com os resultados obtidos e seguida das conclusões, urge a necessidade de haver
por parte do Estado, Direcção da escola, família e professores a intervenção, no sentido de:
Que a direção da escola elabore um relatório que espelhe o rendimento escolar na época em
que havia merenda escolar, e compará-los com os resultados actuais e fazer chegar as
autoridades competentes;
Que nas reuniões de direcção com os Directores Municipais e Provinciais, se aborde sobre a
importância da merenda escolar no processo de aprendizagem dos alunos, principalmente para
escolas frequentadas pelos alunos considerados vulneráveis.
Que os professores, durante as aulas e não só, falem sobre a importância da alimentação na
aprendizagem dos alunos, por outra incutir aos pais e encarregados de educação hábitos
alimentícios saudáveis.
58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANGOLA, Luanda. Lei n.º 17/16 de 7 de Outubro de 2016. Lei de Bases do Sistema de
Educação e Ensino, estabelece os princípios e as bases gerais do Sistema de
Educação e Ensino. Luanda.
59
MUVUMA, A. S. (2021). A Distribuição da Merenda e o Abandono escolar Estudo de caso
em Escolas do Primeiro Ciclo da comuna dos Ramiros, município de Belas,
província de Luanda. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre, Universidade
Lusófona: Lisboa.
UNICEF. (2016). Água e saneamento nas escolas de Angola. Diagnóstico das condições de
água e saneamento em 600 escolas de 6 províncias de Angola, Luanda.
60
UNICEF. (2018). Orçamento Geral do Estado: Educação, Luanda.
LEI n.º 17/16, de 7 de Outubro de 2016. I Série nº 170. Lei de Bases do Sistema de Educação
e Ensino, que estabelece os princípios e as bases gerais do sistema de educação e
ensino. Diário da República, Órgão Oficial da República de Angola, Luanda, 7 de
Outubro de 2016.
LEI n.º 32/20 de 12 de Agosto de 2020. I Série nº 170. Lei de Bases do Sistema de Educação
e Ensino, que estabelece os princípios e as bases gerais do sistema de educação e
ensino. Diário da República, Órgão Oficial da República de Angola, Luanda, 12 de
Agosto de 2020.
FORTIN, M. F., CÔTÉ, J., & FILION, F. (2009). Fundamentos e etapas do processo de
investigação. Canada: Editora Lusodidacta.
GIL, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (6ª ed.). São Paulo: Atlas S.A.
61
Apêndice I
Masculino
Sexo Feminino
Idade __ Anos
Habilitações literárias:
Licenciado(a)
Mestre
Doutor
8 O que estão a fazer para que se retome a merenda escolar na vossa escola?
62
Muito obrigada pela colaboração
Apêndice II
Inquérito por Entrevista dirigido aos professores da 2ª classe.
O objectivo deste inquérito consiste em obter informações válidas sobre a Importância da merenda
escolar e sua influência no rendimento dos alunos da 2ª classe da escola primária BG 3383, da comuna
do Dombe Grande, município da Baia Farta.
Agradecemos antecipadamente a vossa colaboração respondendo as nossas questões e, de acordo com
o seu conhecimento.
Masculino
Sexo Feminino
Idade __ Anos
Habilitações literárias:
Licenciado(a)
Mestre
Doutor
63
Muito obrigada pela colaboração
Apêndice III
Nº Indicadores X
02 Antes de ir a escola tens tomado o pequeno-almoço?
Sim
Não
As vezes
Nº Indicadores X
03 A sua escola distribui merenda escolar?
Sim
Não
As vezes
64
Nº Indicadores X
07 Como consideras o seu rendimento escolar este ano?
Excelente
Muito bom
Bom
Regular
Mau
Nº Indicadores X
04 Achas que a merenda escolar influencia no seu rendimento escolar?
Sim
Não
Um pouco
Nº Indicadores X
05 Os seus pais te dão lanche para comeres na escola?
Sim
Não
As vezes
Nº Indicadores X
06 Como te sentes durante as aulas quando não levas lanche na escola?
Bem
Normal
Mal
Nº Indicadores X
08 Consideras importante a distribuição da merenda escolar?
65
Apêndice IV
Nº Indicadores X
02 Antes de ir a escola o seu filho toma o pequeno-almoço?
Sim
Não
As vezes
Nº Indicadores X
03 A escola do seu filho distribui merenda escolar?
Sim
Não
As vezes
Nº Indicadores X
66
04 Como considera o rendimento escolar do seu filho?
Excelente
Muito bom
Bom
Regular
Mau
Nº Indicadores X
05 Acha que a merenda escolar influencia no rendimento escolar dos alunos?
Sim
Não
As vezes
Nº Indicadores X
06 Costuma dar lanche ao seu filho quando vai a escola?
Sim
Não
As vezes
Nº Indicadores X
07 O seu filho vai motivado quando não leva lanche a escola?
Sim
Não
Um pouco
67